Você está na página 1de 49

BARBITÚRICOS E BENZODIAZEPÍNICOS

Prof.ª Pollyana Lyra


BARBITÚRICOS

Barbitúricos

Problemas de 4 categorias
superdose +
Potencial de abuso
Mais eficientes e
seguros Ação ultracurta
BARBITÚRICOS foram
substituídos pelos Curta
BENZODIAZEPÍNICOS Reduziu os óbitos
Intermediária
em mais de 50% Longa
(>2% atualmente)
Derivados barbitúricos

Fonte: Oga, et al., 2008


A toxicidade e início
TOXICIDADE
Barbitúricos são dos sintomas Ação longa:
depressores do SNC dependem do tipo Dentro de 2h
de barbitúrico
Potencialização da ação do GABA
(ácido gama-aminobutírico) no
receptor GABA, pré e pós-sináptico

Consequência: O uso de tiopental e


A atividade noradrenérgica pode outros barbitúricos para sedação em
ser seletivamente deprimida pacientes com problemas neurológicos
diminuiu muito desde a última década

Efeitos sedativos e anestésicos: De


ligeira sedação e hipnose ao coma Efeitos adversos: Depressão cardio-
profundo respiratória, enfraquecimento das
funções das células brancas,
hipocalcemia, disfunção hepática e renal
Fonte: Google sites
TOXICIDADE Efeitos no SNC:

Fenobarbital: Dose letal mínima de Estágio 1: Estupor, mas com resposta


1,5g. Com o desenvolvimento de a comando verbal
tolerância, há casos de ingestão 16g
com recuperação Estágio 2: Não há resposta a todos os
estímulos, mas reflexos e sinais
Concentração sérica tóxica: Varia entre vitais intactos
4 a 90µL/mL e letal de 4 a 120µL/mL
Estágio 3: Não há resposta a
De ação curta são mais potentes e estímulos e reflexos, mas sinais
mais tóxicos que os de ação vitais estáveis
prolongada
Estágio 4: Não há resposta a
Intoxicação leve a moderada lembra a estímulos e reflexos. Os sinais vitais
embriaguez por álcool: Fala enrolada, são instáveis
ataxia, vertigem e confusão
Fonte: Google sites
TOXICIDADE NEONATAL

Alguns autores correlacionam Ação longa (fenobarbital)


um possível efeito teratogênico passam mais para o leite
dos barbitúricos, nos 3 materno que os de ação curta e
primeiros meses de gravidez intermediária

No final da gravidez, CAUSAM Alguns dos sintomas podem


depressão respiratória, persistir por alguns meses,
sedação, defeitos de interferindo no
coagulação e síndrome de desenvolvimento do cérebro e
abstinência no neonato comportamento da criança

Fonte: Instituto Pensi


Uso contínuo, em curtos intervalos
DEPENDÊNCIA
de tempo = Tolerância + Resistência
Tolerância
aos efeitos hipnóticos
farmacocinética, ou
metabólica, e
A tolerância é diretamente
Fonte: Patologia x Diagnóstico tolerância
proporcional à rapidez de seu
farmacodinâmica
efeito e inversamente
proporcional à sua meia-vida
Tolerância metabólica: Preferência por barbitúricos de Pentobarbital e
ação curta e ultracurta secobarbital

Aumento da atividade de
isoenzimas como CYP hepática

Aceleração da biotransformação do
fármaco, rápida eliminação e
diminuição do tempo de ação Tolerância cruzada com outros depressores (álcool etílico e
terapêutica anestésicos gerais de inalação)

Aumento da dose para manter a


concentração nos tecidos
DEPENDÊNCIA
Sintomas

Fonte: Patologia x Diagnóstico

Fonte: Oga, et al., 2008


TRATAMENTO
Não há antídoto
Tentativa de para os
suicídio (maioria) barbitúricos

Automatismo (perda
de controle sobre a
Por acidente
quantidade ingerida Intoxicação (principalmente
após os primeiros
em crianças)
comprimidos)

Fonte: Escolas do Bem Fonte: Melhor com Saúde Fonte: Portal da Cidade Paranavaí
TRATAMENTO
Condutas terapêuticas:

Estabilização e manutenção de sinais vitais (hipotermia,


hipertermia, letargia, agitação); adequação da ventilação;
Terapia de
administração intravenosa de solução de Ringer em pacientes
suporte
hipertensos; glicose, naloxona e tiamina em todos que tiverem
depressão do SNC

Os barbitúricos diminuem a motilidade gastrointestinal e


Descontaminação
retardam o esvaziamento gástrico. Por isso, fazer lavagem
do trato
gástrica e emese em pacientes conscientes. São bem adsorvidos
gastrointestinal
por carvão ativado. Administrar na dose de 1g/kg de peso
TRATAMENTO
Condutas terapêuticas:

Doses repetidas de carvão ativado diminuem a meia-vida sérica


de fenobarbital intravenoso ou oral. A alcalinização urinária
Aumento da aumenta de 5 a 10x a velocidade da excreção do fenobarbital e
eliminação do metarbital. A diurese forçada requer um fluxo de 3 a
4mL/kg/min e pH>7,5

Fenobarbital Excreção
Pka 7,2 em pH 7,5
acelerada

96% de moléculas não- Elevar o pH urinário


85% de ionização do
ionizadas = Fácil com administração de
fenobarbital
absorção bicabornato de sódio
TRATAMENTO

Fonte: Oga, et al., 2008


Morreram por intoxicação com
barbitúricos

Michael Jackson
Elvis Presley Heath Ledger

Marilyn Monroe Prince


BENZODIAZEPÍNICOS

BENZODIAZEPÍNICOS se refere a uma classe


de compostos com um anel benzênico em
sua estrutura acoplado a um anel diazepínico
+ grupamento aril na posição 5, compondo
um terceiro anel, com a estrutura 5-aril-1,4
benzodiazepínico

Várias modificações foram


feitas nessa estrutura,
Fonte: Oga, et al., 2008
produzindo fármacos com
atividades similares
(benzodiazepínicos-1,5 e
1,4 benzodiazepínico
triazolobenzodiazepínicos)
Principais
representantes
do maior grupo

Fonte: Oga, et al., 2008


TOXICODINÂMICA
Potencializam a
atividade do GABA

Interagem com receptores específicos no SNC, distribuídos no córtex,


cerebelo e estruturas límbicas, áreas envolvidas em processos Aumento da
emocional, cognitivo e na convulsão frequência de abertura
do canal de cloreto

O gradiente de Hiperpolarização da
concentração e potencial membrana
de membrana
determinam sua direção
Fonte: SehatQ
Inibição da excitação
celular
Se liga ao seu Abertura do
Fluxo de ânions
receptor canal de cloreto A condutância de cloreto induzida
pelo GABA deprime a
excitabilidade da membrana
Os barbitúricos ativam os
canais de cloreto
TOXICODINÂMICA
diretamente e causam
depressão respiratória

Esses fármacos são mais


seguros que os barbitúricos
devido à falta de ação direta
dos benzodiazepínicos sobre o
fluxo de cloreto

Pesquisas indicam receptores


específicos para os benzodiazepínicos
São os hipnóticos de Benzodiazepínicos no SNC e sugerem a existência de
escolha devido à sua ou ansiolíticos substâncias endógenas muito
eficácia e segurança naturais parecidas com esses fármacos
Fonte: MD.Saúde
Fármacos relativamente
CONSEQUÊNCIAS TOXICOLÓGICAS DO USO E DO ABUSO seguros

São usados com


Injeção intravenosa muito rápida Benzodizepínico + Barbitúrico = É a frequência em
ou disfunção hepática = Depressão associação mais severa associações com
respiratória e cardiovascular
antidepressivos

Injeção intravenosa de fármacos de Pacientes devem ser informados


sobre o risco de Benzodizepínicos + São usados com
ação ultra-curta (Triazolam) =
Álcool durante o tratamento frequência em
Apneia e óbito
associações com
antidepressivos
Via intravenosa = Maior grau de
hipotensão
Envolvem o uso concomitante
Intoxicações graves e letais são de outros depressores do SNC
raras (etanol e barbitúricos)
CONSEQUÊNCIAS TOXICOLÓGICAS DO USO E DO ABUSOInterrupção do uso após
terapia prolongada:
É um potente inibidor
da biotransformação RECORRÊNCIA: Sintomas
Benzodizepínicos + Fluvoxamina
oxidativa voltam a se manifestar
(antidepressivo) = Concentração
plasmática aumentada
REBOTE: Retorno dos
sintomas originais, para os
EFEITOS COLATERAIS: Sedação e
Risco para quem exerce quais foram prescritos, em
letargia, interferência com o tempo
atividade com precisão intensidade maior
de reação e coordenação motora
ou rapidez de reflexos
SÍNDROME DE
ABSTINÊNCIA: Novos
Doses elevadas (20 a 40x a dose Relatos de que podem causar sintomas após
habitual) geram hipotonia muscular, comportamento agressivo e/ou descontinuação ou redução
dificuldade pra ficar de pé e andar, suicida. A indução de violência é das doses
hipotensão e desmaios pequena e muito característica
CONSEQUÊNCIAS TOXICOLÓGICAS DO USO E DO ABUSO

A probabilidade de aparecimento da Recorrência, do Rebote ou da Síndrome


de Abstinência é maior com interrupção abrupta de benzodiazepínicos de
meia-vida curta (Alprazolam) do que com os de longa (Diazepam)

Aumento da idade =
Considerar o desenvolvimento Idosos são mais vulneráveis Aumento da meia-vida
de dependência quando há aos efeitos desses de eliminação
fatores de risco medicamentos

Devem evitar o uso


prolongado,
principalmente os de
longa ação
ANTÍDOTO DA INTOXICAÇÃO AGUDA

Antagonista seletivo Contraindicação: Pacientes


Deve ser usado com
do receptor GABA com aumento da pressão
cautela, somente quando
se tem certeza de que a intracraniana, história de
overdose é devida epilepsia, exposição a
unicamente aos antidepressivos tricíclicos
benzodiazepínicos ANTÍDOTO ESPECÍFICO:
Flumazenil

Bloqueia por inibição


Administrado competitiva os efeitos
vagarosamente (0,2 dos benzodiazepínicos
mg/min até 3-5 Doses elevadas causam
mg/min) agitação e sintomas de
abstinência
ANTI-INFLAMATÓRIOS

Prof.ª Pollyana Lyra


EFEITOS NO TRATO GASTRINTESTINAL
Dispepsia moderada; hemorragia; perfusão 4x o risco de úlcera sintomática, São os mais
e outros efeitos que causam a morte de úlcera hemorrágica e úlcera frequentes
pacientes com patologias inflamatórias profunda com peritonite e morte

Atingem de 15 a 30% dos pacientes que


utilizam AINE regularmente = 10 a 30x o Pacientes de alto risco:
desenvolvimento desses sintomas na Idosos com 60+ anos,
população geral histórico de úlcera péptica,
dispepsia com uso de AINE,
Dispepsia ocorre em 10 a 60% dos usuários fumantes, consumidores de
= 5 a 10% dos portadores de artrite álcool, uso prolongado de
reumatoide abandonam o tratamento AINE em altas doses, AINE
+ corticoide ou aspirina ou
Lesões endoscópicas assintomáticas: Em 20 anticoagulantes, e doenças
a 80% dos pacientes severas concomitantes

Fonte: Freepick
EFEITOS NO TRATO GASTRINTESTINAL
Pacientes com úlceras
OSTEOARTRITE sintomáticas induzidas por
AINE: 81% não apresentam
fatores de risco
Ácido araquidônico aumenta a produção de
PG + Leucotrienos EUA: 76 mil
internações/ano por
Danos nas articulações, dor e inflamação gastropatias com
mortalidade entre 5 a 10%
COX-1 e COX-2: Responsáveis pela
produção de PG

São inibidas pelos AINE e inibidores Processo alternativo: Via do ácido araquidônico
seletivos das COX = Aumento da produção de 5-lipoxigenase

Redução do nível de PG = Redução da dor e Aumento da produção de pró-inflamatórios +


inflamação Leucotrienos gastrotóxicos
EFEITOS NO TRATO GASTRINTESTINAL
Mecanismos causadores da lesão gástrica

Administração oral Inibição das PG gástricas,


principalmente a PGE2 e a prostaciclina
(PGI2) = Papel protetor da mucosa
Difusão retrógrada do ácido para a gástrica
mucosa gástrica
Esses eicosanoides inibem a secreção
Lesão tecidual ácida gástrica, aumentam o fluxo
sanguíneo da mucosa e estimulam a
secreção do muco citoprotetor do
Irritação local intestino
EFEITOS NO TRATO GASTRINTESTINAL Contudo, nenhuma
resolveu as complicações
gastrointestinais

Estratégias para reduzir o efeito na Principal objetivo clínico: Diminuir a


mucosa: Desenvolvimento de pró-drogas, gastrotoxicidade dos AINE, reduzindo a
administração de dose única diária morbidade e a mortalidade, mantendo a
(fármacos com meia-vida plasmática eficácia farmacológica dos medicamentos
longa), cobertura entérica, formulações
de liberação controlada, incorporação do
óxido nítrico (NO) na molécula do AINE

O NO pode neutralizar o efeito da


supressão da COX, mantendo o fluxo
sanguíneo e prevenindo a adesão de
leucócitos

Fonte: Suprevida
EFEITOS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Os fatores responsáveis pelo risco A descoberta dos inibidores seletivos da COX-


cardiovascular associados ao uso de AINE, 2 levou a crer que os problemas dos AINE
seletivos ou não, incluindo risco trombótico, sobre o TGI pareciam estar reduzidos
não estão claramente indentificados
Porém, apesar de estarem associados a
menor risco de toxicidade no TGI, os AINE
apresentam menor produção de leucócitos
inflamatórios com propriedades
aterotrombóticas

O uso dos seletivos da COX-2 causam


aumento da pressão arterial, assim como os
AINE convencionais

Fonte: Saúde iG
EFEITOS NO SISTEMA HEMATOLÓGICO
COX-1 e COX-2: Catalisam a formação de Pacientes de alto risco: Que utilizam AINE
eicosnoides protrombóticos e + anticoagulantes; com deficiência nos
antitrombóticos, respectivamente, com fatores de coagulação (devido à ação
diferentes modelos de inibição dessas sobre a função plaquetária)
isoformas
Pacientes que utilizam AINE podem
Ainda não está clara a relação entre a desenvolver anemia devido ao
troboprofilaxia e a trombogenicidade sangramento de perfurações
exibida pelos AINE e a inibição gastrintestinais, ou exacerbar esse
farmacológica desses vasoativos quadro, se existia antes do uso

Os AINE provocam: Discrasias sanguíneas,


Prejuízo na absorção da vitamina B12 e da
agranulocitose (10% fatal) e anemia
bile, contribuindo para a morbidade
aplástica (40% fatal)

Fonte: Toda Matéria


Muito cuidado
A nefrotoxicidade é bem
documentada, mas o EFEITO NOS RINS na prescrição!
mecanismo não é claro

Fator principal: Inibição da COX e Inibidores da COX-2: Podem causar edema, modesta
perturbações de suas ações nos rins elevação da pressão sanguínea, exacerbar a hipertensão
pré-existente ou interferir com anti-hipertensivos
Um dos mecanismos sugere que a
AINE no sistema renal: Toxicidade aguda, síndrome
degradação metabólica do ácido
nefrótica ou necrose papilar (principalmente entre 30 e
araquidônico e seus metabólitos ativos é
70 anos). 20% podem apresentar tais anormalidades
crucial para a manutenção do mecanismo
(comum em mulheres); de 1 a 5%, síndrome nefrótica
homeostático renal. Assim, seu acúmulo
que justifique intervenção clínica
poderia comprometer o sistema
Isquemia aguda pode acontecer horas após doses
Os metabólitos da COX-2 participam da iniciais em pessoas suscetíveis. É reversível se
mediação da liberação da renina, regulação prontamente diagnosticada e interrompida a terapia.
da excreção do sódio e manutenção do fluxo Danos permanente com uso excessivo de misturas de
sanguíneo renal analgésicos (com fenacetina) por meses ou anos
Fonte: Atualiza
EFEITOS NO EQUILÍBRIO HIDRELETROLÍTICO

Afetam o equilíbrio de Na, K, cloreto, e


água. Na maior parte das vezes, ocorre de
forma transitória

Não mais que 5% desenvolvem edema


clinicamente detectável

O desequilíbrio pode interferir com a


terapia anti-hipertensiva, resultando em
falência do tratamento

Fonte: Manual da Química


EFEITOS NO FÍGADO
Um dos maiores
50% da hepatotoxicidade é devido ao uso problemas causados
por medicamentos Fonte: Hospital 9 de julho
de drogas terapêuticas

Maior possibilidade de promover o dano: Injúria hepática: Pode ocorrer por efeito
Anti-inflamatórios e analgésicos (uso idiossincrático em função de
indiscriminado e venda sem controle) hipersensibilidade, que se manifesta de 4
a 6 semanas de terapia, ou pelo efeito de
um metabólito, como no caso do
Elevação de uma ou mais funções hepáticas,
paracetamol
quase sempre reversíveis com a suspensão da
terapia
Nimesulida e diclofenaco: Hepatotóxicos
em potencial
Mulheres de 50+ anos têm maior probabilidade de
desenvolver a hepatotoxicidade
EFEITOS PSIQUIÁTRICOS

O uso de AINE tem sido associado a


alterações na cognição, no humor e na
precipitação ou exacerbação de
problemas pré-existentes

Possível explicação: Modulação da


neurotransmissão central pelas PG e pela
COX-2, particularmente

Fonte: Dra. Francis Paciornik Zorzetto


Vias metabólicas do AAS

Fonte: Oga, et al., 2008


EFEITOS GASTRINTESTINAIS (AAS)

Irritação gástrica relacionada à ação direta sobre a mucosa e inibição da síntese de


prostaglandinas gástricas, em especial a PGE2 a PGI2 (prostaciclina), que modulam a
secreção gástrica e promovem a secreção de muco citoprotetor pelo intestino

A inibição da síntese de PG torna o Pacientes que usam de 15+


estômago mais suscetível a lesão comprimidos/semana sofrem
sangramento gastrintestinal ou ulceração
Doses de 1 a 3g/dia: Induz sangramento gástrica
em 70% dos pacientes sadios
O sangramento é indolor e leva à anêmia
ferropriva. Os pacientes podem
Doses de 4 a 5g/dia: Perda de 3 a 8mL/dia
apresentar náuseas, vômitos e dispepsia
de sangue nas fezes
EFEITOS NO SANGUE

Podem surgir algumas discrasias


sanguíneas: Anemia aplástica,
trombocitopenia, pancitopenia e
Quadro hipoglicêmico, provavelmente
agranulocitose
devido à supressão da liberação de ácidos
graxos dos tecidos adiposos
Agranulocitose: Mortalidade de 50%
A hiperglicemia e a
Esses efeitos não são comuns em glicosúria levam ao
pacientes com hemodinâmica agravamento do quadro
normal de intoxicação
EFEITOS NA FUNÇÃO PLAQUETÁRIA

80mg/dia: Inativam a tromboxana A2 (TXA2), Cuidado com pacientes sob terapia com
vasoconstritor e agregante de plaquetas, anticoagulantes ou deficientes de fatores de
aumentando o tempo de sangramento coagulação. Pode haver sangramento (gástrico)

Inibe a produção de PGI2, vasodilatador e Por isso, baixas doses de


antiagregante plaquetário. Sua produção volta AAS são empregadas na A enzima atua na
ao normal em 2h, enquanto a produção de terapia antitrombótica biotransformação
TXA2 ainda fica inibida preventiva do AAS

A dose de AAS necessária para inibir a síntese


de TXA2 é 10x menor que a necessária para Deficiência de
inativar a formação de PGI2 Glicose-6-
fosfatodesidrogenase AAS aumenta
Altas doses: Casos de hipoprotrombinemia (G-6-PD): Pode gerar ligeiramente o risco
anemia hemolítica de hemorragia
cerebral
EFEITOS HEPÁTICOS

Hepatotoxicidade: Maioria em crianças e adultos jovens, portadores de artrite reumatoide


juvenil. 50% apresentam algum dano hepático. Mulheres são mais suscetíveis

Principal indicação de lesão: Aumento da Deve ser evitado em crianças com


atividade da transaminase plasmática. hiperbilirrubinemia, devido ao risco de
Valores se normalizam em 1 semana com kernicterus, pelo resultado do
a interrupção do tratamento. De semanas deslocamento da bilirrubina da albumina
a meses sem a interrupção plasmática

5% apresentam hepatomegalia, anorexia e


Hipoalbuminemia ˃3,5g/100mL:
náusea. Às vezes icterícia. Recomenda-se
Aconselhável a dosagem da transaminase
a suspensão da terapia
glutâmico oxalacética (TGO),
Leite materno: Concentração de salicitato principalmente quando a concentração de
é 1,5x maior que no sangue salicilato sérico ˃15mg/100mL
EFEITOS NA GESTAÇÃO
Seu uso deve ser evitado
O AAS pode prolongar o tempo de gravidez, no último trimestre,
principalmente 5 dias
retardando o parto de 3 a 10 dias
antes do parto

Efeito: Inibição das PG das séries E e F, poderosos


agentes uterotrópicos

O efeito antiplaquetário aumenta o sangramento pós-parto e


neonatal

Estudos em animais demonstram efeitos teratogênicos, sem comprovação de risco


significativo para humanos
Fonte: MamãeBox
EFEITOS RESPIRATÓRIOS
Estimula direta e
indiretamente a
respiração

Fonte: Google Sites No estímulo direto sobre o centro respiratório medular,


promovem um aumento da ventilação pulmonar, com
aumento da profundidade (hiperpneia) e frequência
(taquipneia)
SÍNDROME DE REYE

Doença rara e fatal


Falência hepática e encefalopatia em crianças

Inflamação e inchaço do cérebro,


Ocorre após alguma virose, degeneração e perda da função
principalmente influenza hepática, náusea grave, vômitos,
confusão e letargia, às vezes
O AAS + doença viral podem lesar
seguidos de coma
as mitocôndrias, talvez
Dados epidemiológicos
preferencialmente em indivíduos mostram ligação entre
pré-dispostos AAS em estados febris e
desenvolvimento fatal
Salicilato em crianças com da síndrome de Reye
catapora ou influenza são contra-
indicados
Fonte: Oga, et al., 2008

Biotransformação do paracetamol
em relação à hepatotoxicidade
EFEITOS TÓXICOS Efeito adverso mais grave:
Estudos subsequentes Necrose hepática fatal (após
Recomendado no início dos mostraram significante superdose)
anos 90 como fármaco de perfil gastrotóxico
primeira escolha para Nos adultos, pode ocorrer após
osteoartrite Bem tolerado em dose única de 10 a 15g (150 a
doses terapêuticas 250mg/kg). Doses de 20 a 25+ g
usuais. Ocorre são potencialmente fatais
Forte ação antipirética, erupção cutânea e
ação analgésica média, outras reações Crianças de 9 a 12 anos
ação anti-inflamatória fraca alérgicas apresentam menor incidência de
esporadicamente
hepatotoxicidade do que adultos
Intoxicações fatais em em doses similares
doses terapêuticas são Discrasia sanguínea
pouco prováveis. O (pancitopenia, Sintomas durante os primeiros 2
pequeno número relatado agranulocitose e dias de intoxicação aguda
foi de pacientes alcoólicos trombocitopenia) foi podem não refletir sua
crônicos descrita, mas reversível gravidade potencial
EFEITOS TÓXICOS
Elevação das
transaminases Casos não fatais: Lesões
Primeiras 24h: Náuseas, hepáticas (˃1.000 µ/1-
vômitos, anorexia e dor reversíveis em semanas ou
L-1), concentrações de
abdominal (por uma bilirrubina podem meses
semana ou mais) aumentar, tempo de
Biotransformação: Parte da
protrombina se
2 a 4 dias após doses prolonga (auxiliam o dose, após N-hidroxilação
tóxicas: Lesão hepática diagnóstico) mediada pelo citocromo P-450
origina o N-acetil-
A determinação da 10% dos pacientes não benzoquinonaimina, altamente
concentração plasmática é submetidos a reativo
emergencial, para tratamento específico
avaliação da severidade da desenvolvem Reação com o grupamento
intoxicação e necessidade insuficiência hepática. sulfidril da glutationa e excreção
10 a 20% evoluem para como mercapturato
de terapia específica
encefalopatia, coma e
morte por insuficiência
hepática fatal
EFEITOS TÓXICOS
Altas doses: Saturação nas Diagnóstico precoce Quando há história sugestiva de
reações de conjugação com importante no uso de doses excessivas, iniciar o
ácido glicurônico e sulfato tratamento tratamento mesmo antes da
comprovação
O metabólito consome 70%
da glutationa hepática Emprego do
nomograma de Lavagem gástrica (máximo em
Reage com as proteínas Rumack-Matthew 4h após ingestão) sem carvão
hepáticas por ligação ativado, que pode absorver o
covalente = Necrose antídoto N-acetilcisteína
Ação nefrotóxica
hepática
descrita mesmo na
ausência de
Paracetamol e fenacetina = hepatotoxicidade
Ação nefrotóxica aguda, Recomendada diálise por 3h
severa, mas é mais rara
hipoglicemia, coma (retira 58% dos metabólitos)
EFEITOS TÓXICOS
gravidade observada pela N-acetilcisteína oral (composto
meia-vida plasmática (2 a sulfidrila que estimula a síntese
3h) hepática da glutationa): É o
tratamento de escolha
4+h = Necrose hepática
12+h = Coma hepático

Tratamento: N- Deve iniciar-se no


acetilcisteína, cisteamina, máximo em 8 a 10h
metionina após ingestão. É
praticamente
ineficiente após 5h
Cisteamina e metionina:
Náusea, vômito, dores
abdominais

Fonte: Consulta remédios


DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

Primeiro representante do grupo: Fenazona (antipirina). Introduzido em terapia em 1884


como analgésico e antipirético

Após alguns anos, diversos derivados O uso da fenazona e aminopirina foi


foram sintetizados: Metamizol (dipirona), restrito após descoberta de agranulocitose
aminofenazona (aminopirina), fatal, erupções e reações cutâneas
fenilbutazona, oxifembutazona e Podem causar anemia hemolítica em
sulfimpirazona pessoas com deficiência da G-6PD
Efeitos adversos no trato gastrintestinal e
discrasias sanguíneas limitam seu uso O metamizol possui emprego restrito em
alguns países, pelo desenvolvimento de
Complexação com metais, como cobre, agranulocitose severa. Pode promover
reduz a incidência de efeitos adversos no anemia aplástica e ser agente
trato digestivo sem alterar sua eficiência porfirinogênico
DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

Fenilbutazona e oxifembutazona: Afetam o trato gastrintestinal, de irritação a perfuração


de úlcera e sangramento. Retenção de sais e água. Edema em 10% dos pacientes. Falência
cardíaca congestiva
Durante seu uso: Leucopenia, Contraindicação: Pacientes com história
trombocitopenia, anemia aplástica fatal prévia das moléstias citadas, idosos,
(50% dos pacientes), agranulocitose, menores de 14 anos
efeitos hepatotóxicos e nefrotóxicos. Dor Apazona: Baixa frequência de incidência
de cabeça é comum e outros efeitos no de reações adversas. 3% dos pacientes
SNC são moderados com náusea, dispepsia, dor epigástrica,
Intoxicação aguda: Acidose metabólica, erupções cutâneas
hipotensão arterial, oligúria, choque e Menor frequência de vertigem e cefaleia.
coma. Depressão da medula óssea Contraindicação: Pacientes com
relatada broncoespasmo pelo uso de AAS

Você também pode gostar