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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BIOMEDICINA:

Ureia: produto residual do metabolismo das proteínas, filtrada pelos rins e excretada na
urina. Níveis elevados de ureia no sangue podem indicar disfunção renal.
Creatinina: produto de resíduo do metabolismo da creatina fosfato nos músculos. Ela é
filtrada pelos rins e excretada na urina.

Gasometria:
Quando o sangue é venoso tem mais CO2 e quando é arterial tem mais O2.
pH do sangue entre 7,35 a 7,45, arterial mais básico e venoso mais ácido
Pacientes com problemas cardíacos tendem a ter CO2 mais baixo ou saturação mais baixa,
mas sempre determinado pela saturação, CO2 e O2 juntos
Bicarbonato, quantidade de base excretada e o total de oxigênio são baseados no CO2, O2
e pH
Erros inatos no metabolismo:
Os EIM são distúrbios genéticos que afetam uma ou mais etapas do metabolismo, o
conjunto de processos bioquímicos que ocorrem dentro das células para manter a vida e
que resultam de mutações em genes específicos que codificam enzimas envolvidas no
metabolismo de proteínas, carboidratos, lipídios ou outras substâncias.
Hereditariedade: EIM são geralmente causados por mutações genéticas herdadas dos
pais. Eles podem ser transmitidos de forma autossômica recessiva, autossômica dominante
ou ligada ao cromossomo X.

Ampla Variedade de Distúrbios: Existem mais de 1.000 distúrbios metabólicos diferentes,


cada um resultando de uma deficiência em uma enzima específica (ex: fenilcetonúria,
doença de Tay-Sachs, doença de Gaucher, acidemia isovalérica, etc).
Manifestações Clínicas Variadas: Os sintomas e a gravidade dos EIM variam
amplamente, dependendo do tipo de distúrbio e da extensão do metabolismo afetado.
Alguns distúrbios se manifestam na infância com sintomas graves, enquanto outros podem
aparecer mais tarde na vida com sintomas leves.
Diagnóstico e Triagem Neonatal: O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz
de muitos EIM. Por isso, muitos países implementaram programas de triagem neonatal para
detectar precocemente distúrbios metabólicos graves que podem ser tratados com medidas
dietéticas ou terapêuticas.
Tratamento: O tratamento de EIM varia de acordo com o distúrbio específico, mas
geralmente envolve medidas dietéticas, suplementação de nutrientes, terapia
medicamentosa, e em alguns casos, transplante de órgãos. O objetivo é minimizar os
sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Pesquisa e Desenvolvimento: A pesquisa contínua na área de EIM visa entender melhor
os mecanismos subjacentes, desenvolver novas terapias e melhorar os métodos de triagem
e diagnóstico.

Automação em bioquímica clínica:


Refere-se à aplicação de tecnologia automatizada para realizar análises laboratoriais de
amostras biológicas, como sangue, urina e outros fluidos corporais com o objetivo de
aumentar a eficiência, precisão e rapidez dos processos laboratoriais, além de reduzir o
tempo de resposta e o potencial de erro humano.
Algumas maneiras são através de: automação de análises; robótica; integração de
sistemas; controle de qualidade; padronização de métodos; redução de tempo e economia
de recursos.

Hematologia: Fisiologia da hemostasia


A hemostasia é o processo fisiológico pelo qual o corpo controla o sangramento para
manter a integridade vascular após uma lesão e realizam a formação de um coágulo
sanguíneo para bloquear o vazamento de sangue dos vasos sanguíneos danificados.
Visão geral da fisiologia:
1.Vasoconstrição;
2.Formação do plugue primário (Hemostasia primária) pelas plaquetas com a formação de
um tempão e é medido por receptores;
3.Ativação da coagulação (Hemostasia secundária) simultânea à primária é também
ativada: o fibrinogênio solúvel vira insolúvel, formando uma rede que estabiliza o coágulo
formado pela primária.
4.Fibrinólise: dissolve o coágulo e restaura o fluxo sanguíneo normal através da conversão
do plasminogênio em plasmina que dissolve o fibrinogênio.

Técnicas hematológicas básicas:


Contagem de células sanguíneas através do: hemograma completo.
Microscopia de esfregaço sanguíneo;
Determinação do hematócrito: que é a proporção de volume ocupado pelos glóbulos
vermelhos no sangue total;
Dosagem da hemoglobina: avaliar a capacidade de transporte de O2; para anemias.
Índices hematimétricos: VCM (v. glóbulos vermelhos); HCM (qtt. média de hemoglobina
nos glóbulos vermelhos); CHCM (concentração média da hemoglobina nos glóbulos
vermelhos)
Citologia hematológica:
Testes que avaliam a coagulação sanguínea: avaliam a capacidade do sangue de
coagular adequadamente.
Principais testes de coagulação:
Tempo de protrombina e RNI;
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa ou TTPa);
Tempo de Tromboplastina Parcial Diluída (dPTT);
Tempo de trombina (TT);
Dosagem de fibrinogênio;
Dosagem de D-dímero (produto de degradação da fibrina).

Investigação laboratorial de doenças:


Anemias: Hemograma completo; Índices hematimétricos; Dosagem de ferro sérico, ferritina
e capacidade total de ligação do ferro; Esfregaço sanguíneo periférico.
Doenças hemorrágicas vasculares e plaquetárias: TP e TTPa; Dosagem do fibrinogênio;
Contagem de plaquetas; Teste de agregação plaquetária; Dosagem de fatores de
coagulação específicos.
Leucoses: Hemograma completo; Esfregaço sanguíneo completo; Imunofenotipagem por
citometria de fluxo; Biologia molecular.

Princípios Gerais em Imunohematologia:


Estuda as interações entre o sistema imunológico e os componentes sanguíneos,
especialmente os glóbulos vermelhos e os anticorpos presentes no sangue.
Princípios gerais:
Antígenos e anticorpos;
Compatibilidade sanguínea;
Tipagem sanguínea;
Teste de Coombs;
Imunização e sensibilização;
Crossmatch.

Urinálise:
Análise física: cor e transparência.
Análise química: pH, proteínas, glicose, cetonas, bilirrubina e urobilinogênio.
Análise microscópica: células sanguíneas e epiteliais, cristais.
Nitritos: infecção bacteriana.
Bilirrubina: problemas hepáticos.

Exame de Líquidos Cavitários:


Análise laboratorial de fluídos que normalmente se acumulam em cavidades do corpo como
o espaço pleural, pericárdico ou peritoneal.
Tipos mais comuns de exames:
Exame macroscópico e microscópico;
Exame químico;
Cultura microbiana;
Dosagem de amilase para diagnosticar pancreatite em líquido peritoneal.
Exames laboratoriais de rotina parasitológica.
Fezes: método direto, de concentração e específico.
Urina: sedimentoscopia
Sangue: esfregaço sanguíneo
Tecidos ou secreções: histopatológico, de secreções
Sorológicos: ELISA, Western Blot
Métodos de diagnóstico laboratorial das doenças infecciosas, parasitárias e
autoimunes:
Doenças infecciosas: cultura de microrganismos; teste de sensibilidade a antibióticos;
PCR; teste de antígeno e anticorpo; microscopia.
Doenças parasitárias: exame de fezes, urina e sangue; biópsia de exames e tecidos.
Doenças autoimunes: testes sorológicos; testes de função imunológica; testes genéticos;
biópsia e exame de tecidos.

Microbiologia:
Colheita de amostras: identificação correta da fonte da amostra; assepsia adequada;
coleta estéril; volume suficiente; momento da coleta.
Transporte das amostras: transporte rápido; condições adequadas; identificação clara;
preservação.
Processamento de amostras no laboratório: registro e recebimento; processamento
imediato; inoculação em meios de cultura; incubação adequada; identificação de
microrganismos.

Principais meios de cultura para bactérias e fungos:


Rico: Ágar nutriente e sangue.
Seletivo:
Ágar MacConkey (enterobactérias gram-negativas como E.Coli e distingue entre lactose
fermentadoras e não fermentadoras)
Ágar Sabouraud (muito utilizado no cultivo de fungos, especialmente em leveduras e fungos
filamentosos, com baixo pH, para Candida spp. Cryptococcus spp.)
Ágar verde brilhante (isolamento de Candida spp., diferencial)
Ágar chocolate (cultivo de bactérias fastidiosas)

Princípio das colorações microbiológicas:


Coloração simples: corante básico - cristal violeta.
Coloração diferenciada:
Coloração de gram - cristal violeta, iodeto de potássio, álcool, fucsina (gram p -violeta)
Colorações ácido-rápidas: identificar bactérias ácido-álcool resistentes
Colorações especiais: Coloração de esporos; Coloração capsular.
Colorações imunológicas: Imunofluorescência; Imunohistoquímica.
Colorações para fungos: de tinta da china.

Teste de sensibilidade a antimicrobianos:


Determina a eficácia de diferentes antibióticos contra uma cepa bacteriana específica.
Passos: isolamento e identificação da bactéria; preparação do inóculo; semeadura no meio
de cultura; aplicação de antibióticos; incubação; avaliação dos resultados; relatório e
resultados.
Resultados: A formação de uma zona clara ao redor do disco, conhecida como zona de
inibição, indica que o antibiótico é eficaz contra a cepa bacteriana testada.

Noções de diluição:
Razão da diluição: relação entre o volume da solução original ou concentrada e o volume
total após a diluição.
Fator de diluição: inverso da razão de diluição.
Cálculo da diluição: multiplicar o volume da solução original pelo fator de diluição para
determinar o volume total após a diluição.
Diluição serial: diluições sucessivas, onde uma diluição é usada como base para a
próxima.
Utilização de pipetas;
Controle de qualidade;
Diluição em análises químicas: dentro da faixa de detecção.

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