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Inovação, Qualidade e Cidadania

FINANÇAS E
CONTABILIDADE PÚBLICA

HUAMBO, 2023

Inovação, Qualidade e Cidadania


Apresentação

 Prelector:
Gabriel Katekava Ndjamba
gabriel78ndjamba@Hotmail.com
Telefones: 923 889 325

 ENAPP:
Administração Pública: Sector Empresarial:
+244 947019367 – 944538670 +244 945176841 – 945176847
gestoresapublica@gmail.com gestoresufgn@gmail.com

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Quadro Legal
 Constituição da República de Angola;
 Lei n.º 15/10, de 14, de Julho – do OGE;
 Lei n.º 9/16, de 16 de Junho – dos Contratos Públicos;
 Lei n.º 18/10, de 22 de Agosto – do Patrimonio Público;
 Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril – Programa de
Investimento Público;
 Decreto Presidencial n.º 59/21, de 05 de Março - Regras Anuais de
Execução do OGE;
 Decreto n.º 73/01 de 12 de Outubro, que Define os Órgãos, as
Regras e as Formas de Funcionamento do Sistema Integrado de
Gestão Financeira do Estado (SIGFE);
 Decreto Presidencial n.º 40/18, de 9 de Fevereiro – sobre o Regime
de Financiamento dos Órgãos da Administração Local do Estado;
 Decreto Presidencial n.º 89/18 de 09 de Abril – que aprova o
Regulamento que define os Termos e as Condições de Gestão e
Afectação dos Recursos dos Fundos;

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Conteúdo da Formação
Teoria

I. FINANÇAS PÚBLICAS

I.I - Noções fundamentais


I.II - Fenómeno Financeiro
I.III - Diferença entre Finanças Públicas e Finanças Privadas
I.IV - A Decisão Política e Decisão Financeira
I.V - Finanças Públicas e Actividade Financeira do Estado

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Conteúdo da Formação
Teoria

I.II ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO


ii.i – Noções de orçamento e seus elementos
ii.i.i – Objectivos Nacionais do Orçamentos
ii.i.ii – As funções do Orçamento
ii.i.iii - Tipologias de Orçamento

II.III – AS REGRAS (PRINCÍPIOS) ORÇAMENTAIS

ii.ii.i – Anualidade
ii.ii.ii – Equidade
ii.ii.iii - Publicidade
ii.ii.iv – Plenitude Orçamental (Unidade e Universalidade)
ii.ii.v – Não Consignação
ii.ii.vi – Especificação

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Conteúdo da Formação

II.IIV – DESPESAS PÚBLICAS

ii.iii.i – Conceitos de Despesas Públicas


ii.ii.ii – Classificação de Despesas Públicas: (Institucional; - Funcional
Programática; e Económica)

II.V – RECEITAS PÚBLICAS

ii.v.i – Conceitos e Categorias de Receitas


ii.v.ii – Princípios de Receitas Públicas
ii.v.iii – Categorias Económicas de Receitas
ii.v.iv – Classificação das Receitas: Económicas e Capitais
ii.v.v - Tipologias das Receitas: Tributárias, Patrimoniais e Creditícias

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Conteúdo da Formação

Teoria

II V - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

ii.iii.i – Elaboração do OGE


ii.iii.ii - Execução Orçamental da Receita
ii.iii.iii – Execução Orçamental da Despesa

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Conteúdo da Formação
II. – CONTABILIDADE PÚBLICA

ii.i – Conceitos de Contabilidade Pública;


ii.ii – Sujeitos da Contabilidade Pública;
ii.iii – Objecto da Contabilidade Pública;
ii.iv – Objectivos da Contabilidade Pública;
ii.v – Importância do Contabilidade Pública;
ii.vi – Função da Contabilidade Pública;
ii.vii – Informações que a Contabilidade Pública oferece;
ii.viii– Intervalo de Tempo em Contabilidade Pública;
ii.ix– Regime Contabilístico;

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Conteúdo da Formação
ii.x – Métodos de Lançamentos em Contabilidades;
ii.xi – Teoria do Débito e do Crédito;
ii.xii – Lançamentos e Formas de Lançamentos em Contabilidade;
ii.xiii – Débitos e Créditos em Contabilidade;
ii.xiv – Como são Associadas os Débitos/Créditos em Contabilidade;
ii.xv - A Conta
ii.xvi - As Contas Segundo a Natureza dos Saldos;
ii.xvii – Formato da Conta em T;
ii.xvii.i – Formato da Conta na Horizontal;
ii.xviii – Saldo das Contas;
ii.xviv - Plano de Conta do Estado;
ii.xix – Estrutura da Classificação e Codificação das Contas;
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Conteúdo da Formação
ii.xix.ii – Exemplo da Estrutura do Plano de Contas em Nível de
Classe/ Grupo;
ii.xx - Conceito de Balanço Geral;
ii.xxi – Importância do Balanço Geral;
ii.xxii - Balanço Orçamental;
ii.xxiii - Controlo da Execução Orçamental e Financeiro;
ii.xxiv - Prestação de Contas;
ii.xxv - Conta Geral do estado

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INTRODUÇÃO

Introdução
• A área das finanças públicas é muito extensa e está a surgir no
meio dela muitas outras subáreas, que vão sendo, estudadas de
Finanças públicas e OGE

forma individual, podendo destacar algumas tais como:


Orçamento geral de Estado, Despesa pública, Receitas públicas,
Sistemas Fiscais, Crédito público políticas financeiras, Finanças
locais. O tema, centra-se na actividade financeira do Estado,
que integra um conjunto de fenómenos de natureza
heterogénea, que se situam no domínio da actuação e emprego
de meios económicos adequados a satisfação das necessidades
públicas, neste sentido, a abordagem, começa por destacar
alguns aspectos das finanças públicas, orçamento geral do
estado e por último, a relação existente entre o plano nacional
de desenvolvimento e o orçamento geral do Estado.
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OBJECTIVOS

Objectivo
Finanças públicas e OGE

• Trocar experiencias e conhecimentos com


os participantes, despertando suas
habilidades e competências técnicas, em
matéria sobre Finanças, Orçamento e
Conta Geral do Estado,

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FINANÇAS PÚBLICAS

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I.I - NOÇÕES FUNDAMENTAIS

Finanças Públicas é a disciplina científica que estuda os princípios e regras que


regem a actividade financeira do Estado com o fim de satisfazer as necessidades
que lhe estão confiadas (Nkana-2016).
As Finanças Publicas referem-se a aquisição e utilização de meios financeiros
pelas entidades públicas. De uma forma mais clara, dizem respeito as receitas e
as despesas do Estado, dos municípios e das entidades para estaduais
(Massuanganhe-2011).
A tarefa central das finanças públicas é a de estudar a natureza e os efeitos do
uso, pelo Estado, dos instrumentos fiscais: tributação e gasto; obtenção de
empréstimo e sua concessão; e compra e venda. Estão incluídas neste universo
as interações das agências do próprio governo e do próprio governo com os
governos de outros países.

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I.II - FENÓMENO FINANCEIRO

O fenómeno financeiro concretiza-se através de instituições financeiras públicas.


Com efeito, para garantir um equilibrado provimento das necessidades sociais os
Estados modernos dispõem de instituições financeiras de enquadramento, que
são modos de natureza constitucional, legislativa ou orgânica que visam
racionalizar e controlar o processo social de exercício da actividade financeira
pública. As principais instituições financeiras de enquadramento são: a
Constituição Financeira; os órgãos de decisão financeira (Assembleia da
República, Governos locais, Autarquias locais etc.); o aparelho orgânico da
administração e gestão financeira (v.g. Ministério das Finanças); os planos
financeiros relativos à previsão, execução, controlo e responsabilidade financeira;
o património público; o tesouro público; o crédito público.

É caracterizado pela afectação de bens susceptíveis de aplicação alternativa de


recursos públicos. Dirigidos a satisfação das necessidades públicas.

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I.III - DIFERENÇA ENTRE FINANÇAS PÚBLICAS E FINANÇAS PRIVADAS

As finanças públicas diferem radicalmente das finanças privadas,


podendo indicar duas posições:

• Em primeiro lugar porque os impostos constituem um meio de


financiamento específico do Estado, que não se encontra ao
dispor de nenhuma empresa privada. Esta, obtêm as suas
receitas através dos preços que cobram pela venda de bens
ou pela prestação de serviços. No entanto, o Estado também
vende bens e presta serviços, mas as receitas dai resultantes
são secundárias se comparadas com aquelas que são
geradas pela arrecadação de impostos;

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• Em segundo lugar, a possibilidade do Estado recorrer aos impostos
implica que nas finanças públicas, ao contrário do que sucede nas
finanças privadas, não são as receitas que determina as despesas. As
empresas não poderão normalmente realizar despesas superiores as
receitas das suas vendas, já que o acesso ao credito não e ilimitado.
Quando isso acontece, as empresas entra numa situação de
falência. As suas despesas são realizadas em função das receitas
cobradas, as quais depende da vontade do consumidor. Pelo
contrário o Estado poderá lançar os impostos na medida das
despesas que pretende efectuar. As receitas do estado são mais
elásticas que as receitas das empresas privadas, devido a natureza
coerciva das imposições tributárias.

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I.I.IV - A DECISÃO POLITÍCA E DECISÃO FINANCEIRA
A constituição para a escola da “escolha pública” é uma
instituição que sanciona a vontade do indivíduo, da
comunidade ou na sociedade política. E o consenso
democrático pressupõe um conjunto de instituições e
regras. Como defenderam:
 Wicksell, o consenso mínimo tem de existir e deve
reportar-se: aos direitos individuais, aos limites das áreas de
acção individuais e colectivas, à estruturação do Estado para
provimento dos bens colectivos que o mercado não pode
fornecer, bem como à participação das populações nas
decisões colectivas.
 Buchanan defende, por exemplo, que a Constituição dos
Estados Unidos da América consagra implicitamente um
princípio de equilíbrio orçamental, que limita drasticamente o
crescimento do peso do Estado na economia.

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A partir destas noções muito ampla de lei, temos de começar por
apelar a Constituição da República, numa acepção formal. E aí
tem-se a referir, que além dos artigos gerais, como as de
consagração do Estado de direito democrático; Princípio da
igualdade; existem normas técnicas que determinam a função
financeira do Estado: Orçamento de Estado; Elaboração do
Orçamento; Fiscalização da execução orçamental; competência
política e legislativa da Assembleia Nacional relativamente à Lei
do Orçamento e à autorização para contrair empréstimos ou
garantias), competência parlamentar quanto à tomada das
contas). A Lei do Orçamento reveste um valor reforçado,
devendo ser respeitada pelas leis que sejam aprovadas no seu
âmbito, prevalecendo hierarquicamente

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Processo de Planeamento
e Orçamentação: Programação e Execução
Diagnóstico;
Análise de situação; Receita e Despesa;
 Matriz de enquadramento Implementação de
Lógico ; Projectos;
Planificação Anual; Operação e
Plano de Desenvolvimento Manutenção

Gestão Financeira
Monitorização e Relatórios
Gestão financeira (SIGFE);
Monitoria do Projecto;
Património (SIGPE);
Relatórios;
Contratação Pública;
Revisão e avaliação
Auditoria

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i.iv - Finanças Públicas e Actividade Financeira do Estado
Quando falamos de Finanças Públicas referimo-nos “ a actividade
financeira de um ente público tendente à afectação de bens à
satisfação de necessidade que lhe estão confiadas” Na encruzilhada
entre as decisões sobre a satisfação das necessidades colectivas e o
prosseguimento do interesse público encontramos o fenómeno
financeiro público e as finanças públicas.

Em sentido orgânico, estamos perante os órgãos do Estado ou de outros


entes públicos a quem compete gerir os recursos destinados à
satisfação de necessidades sociais, em sentido objectivo, estamos
perante a actividade através da qual o Estado ou outro ente público
afecta bens económicos à satisfação de necessidades sociais e em
sentido subjectivo, estamos perante a disciplina científica que estuda os
princípios e regras que regem essa actividade

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ORÇAMENTO GERAL
DO ESTADO

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I. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO

I.I – NOÇÕES DE ORÇAMENTO E SEUS ELEMENTOS

i.i.i – Funções do Orçamento


i.i.ii – Tipologias de Orçamento

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I.I – Noções de orçamento e seus elementos

O Orçamento Geral do Estado é um documento, apresentado sob a


forma de lei, que comporta uma descrição detalhada de todas as
receitas e de todas as despesas do Estado, propostas pelo Governo e
autorizadas pela Assembleia Nacional, e antecipadamente prevista
para um horizonte temporal de um ano (Pereira at all – 2012);

(Nunes – 2019), define Orçamento Geral do Estado, como um


documento onde são previstas e computadas as receitas e as despesas
anuais competentemente autorizadas.

Das definições acima enumeradas, pode-se destacar os seguintes


elementos: Previsão, Autorização e Limitação no tempo.

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I.I.I. – Funções do Orçamento

Ligadas à racionalidade, à eficiência e à transparência no


ECONÓMICA que respeita ao fenómeno económico, isto é, à satisfação de
1 (Previsão) necessidades públicas e à estabilização da conjuntura
económica.

Inerentes à garantia do equilíbrio e separação de poderes,


2 POLÍTICA bem como à garantia do respeito dos direitos fundamentais
(Autorização)
dos cidadãos e dos contribuintes em especial.

Ligadas à salvaguarda concreta dos direitos subjectivos


dos cidadãos, à organização e funcionamento da
JURÍDICA Administração Pública e à limitação dos poderes executivos, a
3 (Limitação no tempo) partir do respeito do princípio do consentimento. Portanto,
através dele se autoriza o exercício dos poderes da
administração financeira e se fixam os seus limites.

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I.I.II – TIPOLOGIAS DE ORÇAMENTO

ORÇAMENTO CLÁSSICO/TRADICIONAL

As projecções de gastos são estabelecidas considerando-se os


orçamentos dos anos anteriores, ou seja, fundamenta-se em dados
históricos. Esse procedimento normalmente gera resultados com as
mesmas falhas e erros cometidos no passado. A ênfase é naquilo que
a instituição gasta, e não no que realiza.

ORÇAMENTO DE DESEMPENHO

Significa que as Unidades Gestoras seriam contempladas com recursos


orçamentários conforme o desempenho no exercício
anterior. Caracteriza-se por apresentar o orçamento sob duas
perspectivas: o objecto do gasto e um programa de trabalho.

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I.I.II – Tipologias de Orçamento

ORÇAMENTO BASE ZERO

A ideia básica é a de que cada unidade da Administração Pública, a cada


ano, ao elaborar sua proposta orçamental, deve justificar o quanto e para
que deve gastar os recursos que são alocados.
Primeiro, permite avaliar até que ponto certa despesa é necessária ou não;
segundo, estabelecer uma hierarquia de prioridades para definir o que seria
mais importante o governo realizar. A maior preocupação nesse tipo de
orçamento é justificar o porquê da despesa, se deve ou não gastar esse ou
aquele recurso e em qual programa ou projecto.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Orçamento participativo é um mecanismo governamental de democracia
participativa que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os
orçamentos públicos, geralmente quanto ao orçamento de investimentos,
como exemplo a construção de unidades hospitalares e aquisição de bens.
Normalmente, este processo ocorre através da participação da
comunidade em assembleias abertas e periódicas e etapas de negociação
directa com o governo.
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I.I.II – Tipologias de Orçamento

ORÇAMENTO INCREMENTAL

Nesse tipo de orçamento, a definição dos montantes de recursos a serem alocados


para os programas, acções, órgãos ou despesas é feita mediante a simples
incorporação de acréscimos em cada item de despesa, mantendo-se o mesmo
conjunto de despesas do orçamento anterior, ou com pequenos ajustes.

ORÇAMENTO-PROGRAMA

É um instrumento de planeamento da acção do governo, por meio da


identificação dos seus programas de trabalho, projectos e actividades, com
estabelecimento de objectivos e metas a serem implementados e previsão dos
custos relacionados.
Está intimamente ligado ao sistema de planeamento e aos objectivos que o
governo pretende alcançar. A ênfase é nos objectivos a realizar.
Cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa
do Programa Plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de
roteiro à execução coordenada do programa anual.

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I.I.III - OBJECTIVOS NACIONAIS DO ORÇAMENTO

O Orçamento Geral do Estado é o instrumento financeiro


utilizado para materializa os grandes Objectivos Nacionais
fixados no Plano Nacional de Desenvolvimento, quer os
de Médio como os de Longo Prazo, tendo os seguintes
objevtivos:
• Preservação da Unidade e coesão nacional.
•Garantia dos pressupostos básicos necessários ao
desenvolvimento.
• Melhoria da qualidade de vida.
• Inserção da juventude na vida activa.
• Desenvolvimento do sector privado.
• Inserção competitiva de Angola no contexto
internacional.

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I.II – AS REGRAS (PRINCÍPIOS) ORÇAMENTAIS

I.II.I – Anualidade
I.II.II – Equidade
I.II.III – Plenitude Orçamental (Unidade e Universalidade)
I.II.IV – Não Consignação
I.II.V – Especificação

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II.II – AS REGRAS (PRINCÍPIOS) ORÇAMENTAIS

Princípios do
OGE

Universalidade

Publicidade
Legalidade

Anualidade

Eficiência
Unidade

Eficácia
Unitário, único

Compreende
todas as receitas Adequada
e despesas divulgação e
Base anual em que o
ano económico transparência
coincide com o ano
civil

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II.II.I – Anualidade
Anualidade. A regra da anualidade envolve uma dupla
exigência: votação anual do Orçamento pelo Parlamento e
execução anual do Orçamento pelo Governo e Administração
Pública. O registo das receitas e das despesas poderá ser feito na
óptica do orçamento de gerência ou na óptica do orçamento
de exercício;

II.II.II – Equidade
Tem como finalidade garantir que os recursos sejam gastos
considerando a necessidade de não oneração das gerações
futuras, especialmente no tocante a encargos cujo benefício
reverta apenas para as gerações presentes. Deve, pois, existir
equidade na distribuição de benefícios e custos entre gerações;

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II.II.III – Publicidade
O Governo deverá assegurar a publicação de todos os
documentos que se revelem necessários para assegurar a
adequada divulgação e transparência do Orçamento de
Estado e da sua execução;

II.II.IV – Plenitude Orçamental (Unidade e Universalidade)


Um só Orçamento e tudo no Orçamento. Com esta
formulação tradicional pretende-se ligar a unidade e a
universalidade orçamental. Procurando evitar-se a
proliferação de contas, o que está em causa é uma
preocupação essencial de racionalidade;

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II.II.V – Não Consignação
Não se pode afectar o produto de quaisquer receitas à cobertura de
determinadas despesas”. Pretende-se, deste modo, que a totalidade
das receitas públicas seja destinada à generalidade das despesas.
Trata-se de um princípio republicano, decorrente da satisfação das
necessidades públicas com meios colectivos. Há, no entanto, algumas
excepções consagradas na lei: as receitas das reprivatizações; as
receitas relativas aos recursos próprios comunitários tradicionais; as
receitas do orçamento da segurança social afectam ao
financiamento dos diferentes subsistemas;

II.II.VI – Especificação
Estipula que o Orçamento deve especificar “as despesas segundo a
respectiva classificação orgânica e funcional, de modo a impedir a
existência de dotações e fundos secretos, podendo ainda ser
estruturado por programas”. Assim, as despesas são fixadas de acordo
com uma classificação orgânica, económica e funcional

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II.III – DESPESAS PÚBLICAS

II.III.I – Conceitos de Despesas Públicas


II.III.II – Classificação de Despesas Públicas: Institucional;
- Funcional Programática; e Económica

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II.III.I – Conceitos de Despesas Públicas

A despesa pública, consiste no gasto de dinheiro


ou no dispêndio de bens por parte de entes
públicos para criar ou adquirir bens suscetíveis de
satisfazer necessidades públicas (Sousa -1992)
O ordenamento jurídico Angolano, define
despesa orçamental ou pública, como sendo
toda a despesa de sector público administrativo
do Estado, organismos e órgãos orçamentados e
mesmo aqueles dotados de autonomia
administrativas e financeira.

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II.III.II - Classificação de Despesas Públicas:
Institucional
O art.º 113.º da LQOGE determina que as despesas orçamentais
obedecem as seguintes classificações:

A classificação Institucional, engloba as unidades orçamentais e os


órgãos dependentes (n.º 1 do art.º 14.º);

São U.O`s os órgão do Estado ou da Autarquia, ou o conjunto de órgão,


ou de serviços da administração do Estado ou das Autarquias, fundos e
serviços Autónomos, instituições sem fins lucrativos, financiadas
maioritariamente pelos poderes públicos e a segurança social a quem
forem consignadas dotações próprias (n.º 2 do art.º 14);

Os O.D`s são as unidades administrativas dos órgãos ou de serviços da


Administração do Estado ou Administração Autárquica, fundos e
serviços autónomos, instituições sem fins lucrativos financiadas
maioritariamente pelos poderes públicos ou a segurança social, que
constituem as unidades orçamentais
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Funcional Programática
Tem por escopo vincular as despesas orçamentais as acções e aos
objectivos e metas, observando para esse efeito, opções de políticas
económicas (n.º 1 do art.º 15);
Compreendendo três níveis de agregação, nomeadamente: função,
programa e actividade ou projecto (n.º 2 do art.º 15);

Económica
De acordo com o a al. a) e b) do n.º 1do art.º 16, a classificação
económica. Compreende as despesas correntes e de capitais.

Sendo despesas correntes as destinadas a manutenção ou operações


de serviços anteriormente criados, bem como as transferências
anteriormente criadas com igual propósito (n.º 2 do art.º 16);

São despesas de capitais, as destinadas à criação ou aquisição de


activos permanentes, à amortização da divida, à concepção de
financiamento ou aquisição de reservas, bem como as transferências
realizadas com igual propósito (n.º 3 do art.º 16).

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Classificação Económica da Despesa

Exemplos Natureza 1
Lei Quadro do OGE Bilhetes de Passagem
Lei n.º 15/10, de 14 de Julho

Artigo 16.º - Classificação económica da Categoria 1 Natureza 2


Bens e Serviços Combustíveis e Lubrificante
despesa

Natureza n
Despesas Correntes – são as …
destinadas à manutenção ou
operação de serviços ou
EXEMPLOS DE CATEGORIAS EXEMPLOS DE NATUREZAS
transferências efectuadas com
BENS E SERVIÇOS COMBUSTÍVEIS E
igual propósito; LUBRIFICANTES
BENS E SERVIÇOS SERVIÇOS DE ENERGIA E ÁGUAS
Despesas de Capital – são as
DESPESAS COM O PESSOAL VENCIMENTOS DO PESSOAL
destinadas à aquisição ou CIVIL DO QUADRO
formação de activos JUROS DA DÍVIDA JUROS DA DÍVIDA EXTERNA
permanentes, amortização da INVESTIMENTOS OBRAS E INSTALAÇÕES
dívida, concessão de
financiamentos, constituição de Tipo de classificação
reservas ou transferências Dimensão da célula
efectuadas com igual propósito OD
orçamental

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Dimensão da Classificação da Despesa
Classificação ►A célula orçamental consiste numa
institucional Classificação combinação de 7 dimensões
funcional
independentes: OD, sub-função, programa,
OD
projecto/actividade, fonte de recurso,
acordo e natureza.
Classificação
económica Naturez Sub- ►Estas dimensões correspondem a 5 tipos de
a função
classificação: institucional, funcional,
programática, recurso financeiro e
classificação económica.
Célula
orçamenta ►A soma das células orçamentais de uma
l
UO é que compõem o orçamento dessa
mesma UO. As dimensões das células
Acordo
Programa orçamentais permitem ao orçamento ser
apresentado de diferentes formas,
permitindo também uma melhor
Fonte de Projecto/
monitorização do mesmo.
recurso Actividade

Tipo de classificação
Classificação por
recurso financeiro
Classificação Dimensão da célula
OD orçamental
programática

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Classificação Económica da Despesa
Os Programas são planos superiormente Exemplos
constituídos e aprovados, pelos quais se
estabelecem produtos finais. Concorrem EXEMPLOS DE TIPOS DE EXEMPLOS DE PROJECTOS
PROJECTOS
para a solução dos problemas da
sociedade. Ex: Programa Água para Todos PROJECTO DE INVESTIMENTO REVITALIZAÇÃO DE EIXOS VIÁRIO
PÚBLICO - PIP S DE LUANDA
e outros constantes do PND.
PROJECTOS DIVERSOS COMEMORAÇÕES DO DIA
MUNDIAL DO TURISMO
O menor nível de agregação da
classificação funcional-programática
corresponde a: EXEMPLOS DE TIPOS DE EXEMPLOS DE ACTIVIDADES
ACTIVIDADE
ACTIVIDADE DE MANUTENÇÃO E ADMIN.E GESTÃO DOS
Actividades – acções contínuas e OPERAÇÃO ASSUNTOS DO ESTADO E
permanentes relacionadas com a GOVERNAMENTAIS A NÍVEL
PROVINCIAL
manutenção e operação dos órgãos que
ACTIVIDADES DIVERSAS COMEMORAÇÕES DO 4 DE ABRIL
integram a administração do Estado.
ACTIVIDADES DIVERSAS MASSIFICAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO BOXE
Projectos – acções planificadas e limitadas
no tempo, associadas a metas, que
concorrem para a expansão ou
aperfeiçoamento dos encargos do Estado
durante um dado período de tempo
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Diferença entre projectos e actividades
Projecto
Actividade Acção planificada, estruturada em objectivos,
produtos e acções desenvolvidas com o auxilio
Acção contínua e permanente de uma quantidade limitada de recursos
(humanos, materiais, técnicos e financeiros),
durante um dado período de tempo.
EXEMPLOS DE TIPOS DE EXEMPLOS DE ACTIVIDADES EXEMPLOS DE TIPOS DE PROJECTOS EXEMPLOS DE PROJECTOS
ACTIVIDADE
PROJECTO DE INVESTIMENTO CONSTRUÇÃO DO
ACTIVIDADE DE MANUTENÇÃO ADMIN.E GESTÃO DOS
PÚBLICO - PIP APROVEITAMENTO
E OPERAÇÃO ASSUNTOS DO ESTADO E
GOVERNAMENTAIS A NÍVEL PROVINCIAL HIDROELÉCTRICO DE LAÚCA
DESPESA DE APOIO AO CRIAÇÃO DA BASE DE DADOS
ACTIVIDADES PERMANENTE COMEMORAÇÕES DO 4 DE ABRIL DESENVOLVIMENTO - DAD SOBRE O GÉNERO

DAD PIP
► As Despesas de Apoio ao Desenvolvimento ► Projectos de Investimento Público são um
são despesas que contribuem, directa ou conjunto de acções planificadas,
indirectamente, para o desenvolvimento, estruturadas e objectivas para um período
► ou seja, são despesas de programas determinado de tempo, com a finalidade
específicos ou projectos (que não sejam de de prover bens e serviços públicos
investimento público) ► uma vez concluídos, dão origem, por
► uma vez concluídos não dão origem a norma a despesas de funcionamento
despesas de funcionamento correntes correntes permanentes.
permanentes.

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II.IV – RECEITAS PÚBLICAS

II.IV.I – Conceitos e Categorias de Receitas


II.IV.II – Princípios de Receitas Públicas
II.IV.III – Categorias Económicas de Receitas
II.IV.V – Classificação das Receitas: Económicas e Capitais
II.IV.VI - Tipologias das Receitas: Tributárias, Creditícias e

Patrimoniais

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ii.v.i – Conceitos

O n.º 1 do art.º 8 da LQOGE, estabelece, que constituem receitas


orçamentais todas as receitas públicas, cuja titularidade é o
Estado ou as Autarquias, bem como dos órgãos que dele
dependem, inclusiva as relativas a serviços e fundos autónomos,
doações e operações de crédito.

Receitas Públicas são todos os ingressos de carácter não


devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera
governamental, para alocação e cobertura das despesas
públicas (Massuanganhe-2011)

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ii.v.ii – Princípios de Receitas Públicas

Princípio da legalidade: O primeiro princípio que tem que


ser respeitado na execução das receitas e a legalidade. O
que significa que a receita só poderá ser cobrada se tiver
existência legal e se estiver inscrita no orçamento;

Princípio da Competência - estabelece que as Receitas e


as Despesas devem ser incluídas no apuramento do
resultado do período em que foram geradas, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem
(Confrontação das Despesas com as Receitas),
independentemente de recebimento ou pagamento.
Prevalece sempre o período em que ocorreram

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Princípio da Realização - Como norma
geral, a receita é reconhecida no período
contábil em que é realizada. Usualmente
a realização ocorre quando bens ou
serviços são fornecidos a terceiros em
troca de dinheiro ou de outro elemento
activo.

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ii.v.iii – Categorias Económicas de Receitas

Receita Tributária – no âmbito de cada


esfera governamental, é aquela oriunda
da sua competência de tributar.
Receita de Serviços – “ derivada da
prestação de serviços pertencente a
esta fonte, os ressarcimentos feitos às
unidades públicas de saúde por
atendimento a portadores de planos
privados de previdência
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Receita Patrimonial – “ refere-se ao resultado financeiro da fruição do
património, seja decorrente de bens mobiliários ou imobiliários, seja advinda
de participação societária”. Exemplo: Rendimentos de aplicação financeira,
etc.

Transferência Corrente – “ são as provenientes de recursos financeiros


recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinados a atender a despesa de manutenção e funcionamento”
Enquadram-se nesta fonte os recursos transferidos fundo a fundo, derivados
de convénios por órgãos da União ou do estado.

Outras Receitas Correntes – estas fontes poderão ainda ser desdobradas em


subcontas, para melhor clareza na identificação (Ex: multa referente à
cobrança).

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ii.v.iv - Classificação económica das receitas: Correntes
e Capitais
Do ponto de vista legal, a LQOGE, contempla no n.º 1do
art.º 10 a classificação económica das receitas em
receitas Correntes e Capitais.
Sendo receias correntes as receitas tributárias,
patrimoniais, de serviços bem como as trasnferências
recebidas para atender quaisquer despesas (n.º 2 do
art.º 10);
Considera como receitas de capitais as provenientes de
realizações de recursos financeiros oriundos de
operações de crédito e de conversão em espécies de
bens e de direitos, bem como de saldos não
comprometidos de exercícios anteriores (n.º 3/ art.º 10).

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Classificação Económica da Receita

Lei Quadro do OGE EXEMPLOS DE NATUREZAS EXEMPLOS DE


CATEGORIAS
Lei n.º 15/10, de 14 de Julho
IMP. SOBRE REND. TRAB. P/ CONTA OU RECEITA TRIBUTÁRIA
TREM
Artigo 10.º - Classificação
IMP. SOBRE REND. TRAB. P/ CONTA PR RECEITA TRIBUTÁRIA
económica da receita ÓPRIA
IMPOSTO DE SELO RECEITA TRIBUTÁRIA

Receitas Correntes – As RENDAS DE CASAS RECEITA PATRIMONIAL

tributárias, patrimoniais, de
serviços, transferências ALIENAÇÃO DE HABITAÇÕES ALIENAÇÕES

recebidas;

Receitas de Capital – As
resultantes de operações de
crédito, conversão em
espécie de bens e direitos, e
saldos não comprometidos
de exercícios anteriores.

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Dimensão da Classificação da Receita
Classificação institucional ►A célula orçamental para a
receita reduz-se a uma
combinação de 4 dimensões
OD
independentes: OD. fonte de
Classificação recurso, acordo e natureza.
económica Natureza
►Estas dimensões
correspondem a 3 tipos de
classificação: institucional,
Célula orçamental
recurso financeiro e
económica.
Acordo ►A soma das células orçamentais
de uma UO é que compõem o
orçamento dessa mesma UO. As
dimensões das células
Fonte de orçamentais permitem ao
recurso
orçamento ser apresentado de
diferentes formas, permitindo
também uma melhor
Classificação por recurso financeiro monitorização do mesmo.

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ii.v.v - Tipologias das Receitas: Tributárias, Creditícias e
Patrimoniais

Receitas Tributarias As receitas tributárias são,


assim, provenientes da cobrança de impostos
ou de taxas – constituindo a principal parcela
das receitas correntes e cerca de metade do
total dos créditos públicos.

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Receitas patrimoniais são rendas obtidas pelo Estado
quando este aplica recursos em inversões financeiras, ou as
rendas provenientes de bens de propriedade do Estado,
tais como alugueis. São receitas imobiliárias, receitas de
valores mobiliários, participações e dividendos, e outras
receitas

Receitas creditícias são as que resultam da contracção de


empréstimos, atingindo mais de trinta por cento do total
das receitas do Estado e a quase totalidade das receitas
de capital

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II V - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

ii.iii.i – Sistema orçamental do Estado Angolano


ii.iii.ii - Elaboração do OGE
ii.iii.iii - Execução Orçamental da Despesa

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Sistema Orçamental do Estado

O Ministério das Finanças é o Órgão Central do Sistema Orçamental


com competências de coordenar e supervisionar o processo de
preparação dos orçamentos dos Órgãos do Sistema Orçamental e
consolidar a proposta de Orçamento Geral do Estado.

Órgão do Governo: é a entidade articuladora entre o Órgão Central


e as respectivas Unidades Orçamentais. São Órgãos do Governo os Órgãos do Governo
Órgãos de Soberania, os Ministérios, os Governos Provinciais, os
Serviços de Inteligência, a Procuradoria Geral da República, a (Órgãos de Soberania; Órgãos da Administração Central
Comissão Nacional Eleitoral. do Estado; Órgãos da Administração Local)

Unidade Orçamental (UO): É o Órgão do Estado, ou o conjunto de


Órgãos, ou de Serviços da Administração do Estado, ou da
Administração Autárquica, Fundos e Serviços Autónomos, UO UO UO
Instituições Sem Fins Lucrativos, financiadas maioritariamente pelos
poderes públicos e a segurança social, a quem forem consignadas
dotações orçamentais próprias.

Órgão Dependente (OD): Unidade Administrativa, ou executora, dos


Órgãos, ou de serviços, da Administração Autárquica, Fundos e
Serviços Autónomos, Instituições Sem Fins Lucrativos Financiadas
maioritariamente pelos poderes públicos e a segurança social, que
constituem as Unidades Orçamentais.
OD OD OD OD OD OD OD

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iii.iii.ii – Elaboração da Proposta Orçamental

Elaboração
A proposta orçamental é a consolidação dos orçamentos das
Unidades da Administração Pública, que é submetida ao
Poder Legislativo. É o documento que em caso de
aprovação, dará lugar a Lei do Orçamento Geral do
Estado
Na elaboração da proposta orçamental é importante ter em
consideração:
o O Calendário aprovado (prazos);
o As instruções; e,
o A metodologia descrita no manual de elaboração

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MANUAL DE ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTAL
É o instrumento de apoio ao processo de preparação do Orçamento
Geral do Estado e contem orientações gerais e especificas para os
Órgãos do Sistema Orçamental e às Unidades Orçamentais

•Visando aprimorar constantemente o processo


orçamental, o Manual trata da revisão das classificações
orçamentais para o OGE em curso, em especial as
classificações económicas da receita e da despesa e a
classificação de programas, com o objectivo de o
Orçamento Geral do Estado reflectir a estrutura
programática do Plano Nacional de Desenvolvimento
2018-2022.

•As orientações sobre elaboração do orçamento estão


distribuídas por vários capítulos. Por seu lado, os capítulos
subdividem-se em secções e subsecções ou por alíneas,
para facilitar o acesso às orientações, sendo a paginação
sequencial

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FAZEES DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO

Instruções

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INSTRUÇÕES

•Estas constituem um conjunto de regras e


procedimentos a serem observados pelos Órgãos do
Sistema Orçamental e Unidades Orçamentais no
processo de preparação do OGE.

•Por exemplo, as instruções para elaboração do


OGE/2021 basearam-se no Decreto Presidencial nº
/20, de ? de Agosto, que aprova o Manual de
Elaboração do OGE, para o corrente exercício
económico.

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ORÇAMENTO PRELIMINAR

• O Orçamento Preliminar é um instrumento do


processo de preparação do Orçamento Geral do
Estado, elaborado com base na avaliação dos
Projectos e Actividades, segundo uma escala de
prioridades que permitem atingir os objectivos
políticos máximos, médios e mínimo dos órgãos do
sistema orçamental.

• O Orçamento Preliminar é a base de


fundamentação para o estabelecimento do Limite
de Despesa de cada Unidade Orçamental para o
exercício
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LIMITES DE DESPESA

• Os Limites de Despesas dos Órgãos da Administração Central do


Estado para o ano 2021 são determinados com base nos grandes
objectivos nacionais e sectoriais do PND 2018 - 2022.

• Os Limites são fixados para cada Departamento Ministerial e Órgãos


Específicos do Executivo, competindo aos respectivos Titulares
estabelecer o Limite de Despesas das respectivas Unidades
Orçamentais, com base na proposta de Limites elaborados pelo
GEPE, ou órgão equivalente.

• Na definição do Limite de Despesas das UO’s deve priorizar-se as


actividades e projectos em função das prioridades definidas nos
Programas Sectoriais, garantir o funcionamento das actividades em
curso, assegurar a correcta orçamentação dos contratos vigentes
de aquisição de bens e prestação de serviços e garantir a
afectação de recursos para o normal funcionamento das instituições
tuteladas

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“As Unidades Orçamentais devem remeter, ao Ministério das Finanças, as projecções de arrecadação de receitas
próprias e doações, especificando por natureza económica da receita.

O Ministério das Finanças, com base nos indicadores macroeconómicos e estimativas da receita a arrecadar, deve
estabelecer os Limites de Despesa Preliminares para apreciação e discussão com os Órgãos do Sistema
Orçamental.

Os Limites de Despesas referido no número anterior são fixados para cada Órgão Orçamental, competindo aos
respectivos titulares estabelecer o Limite de Despesas das Unidades Orçamentais que o constituem.

O Ministro das Finanças deve, nos termos do n.º 2 do Artigo 20.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, avaliar com os
Órgãos de Soberania e discutir com os Órgãos da Administração Central e Local do Estado os respectivos limites
de despesas.

Na definição do Limite de Despesas das Unidades Orçamentais, os Órgãos orçamentais devem priorizar as
actividades e projectos que garantam o funcionamento das actividades em curso, assegurar a correcta
orçamentação dos contratos vigentes de aquisição de bens e prestação de serviços e garantir a afectação de
recursos para o funcionamento das instituições superintendidas ou tuteladas”

1 2 3
MINFIN
determina os Discutir com Órgãos os Distribuir LD às UO’s e
L.D.
LD por Órgão LD atribuídos ODs

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• As Unidades Orçamentais devem proceder a elaboração das
respectivas propostas orçamentais na Plataforma Informática do
SIGFE, com base no Limite de Despesas fixada pelo respectivo Órgão
do Sistema Orçamental;

• Na inserção de dados no SIGFE, as Unidades Orçamentais devem


observar com rigor, a classificação funcional-programática e
económica da despesa;

• As despesas a serem realizadas com recursos oriundos de doações


devem ser identificadas na proposta orçamental através do respectivo
“Acordo”, conforme Tabela de Acordos do OGE e respectiva Fonte de
Recurso “Contrapartida de Doações” ou “Recursos Ordinários do
Tesouro”, conforme aplicável;

• Os Órgãos do Sistema Orçamental devem proceder à validação, no


SIGFE, das propostas orçamentais das respectivas UO’s, procedimento
através do qual é informado ao Ministério das Finanças a conclusão
do processo

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Aprovação (Artigos 22º a 24º)

A Proposta Orçamental antes de ser enviada para


análise à Assembleia Nacional deve ser apreciada
por:

•Comissão Económica do Conselho de Ministros


•Conselho de Ministros
•Presidente da República de Angola

Em coerência com os prazos dispostos legalmente, o


Titular do Poder Executivo deve remeter à Assembleia
Nacional a Proposta Orçamental para aprovação em
processo democrático.
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iii.iii.iii - Execução (Fazes)Orçamental da Despesa

é a fase em que a despesa é iniciada, isto é, oportunidade em que uma área expressa
Solicitação de bem ou formalmente a necessidade de adquirir um bem ou contratar um serviço importante para o
1
de serviço seu funcionamento.

é a fase em que a área de compras busca no mercado local e externo propostas de


2 Pesquisa de preços fornecedores para avaliar o montante a ser gasto para atender a solicitação de bem ou de
serviço.

é a fase da despesa na qual o valor do serviço ou do bem a ser adquirido é comprometido e


Cabimentação adquirido o seu pagamento. Esta fase é caracterizada pela emissão da Nota de
3 Cabimentação.

é a verificação do direito do credor, fase em que a dívida é efectivamente assumida, com


4 Liquidação base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito.

é fase em que o Estado cumpre com a sua parte da despesa, entregando ao fornecedor o
valor reconhecidamente devido, é a quitação do débito após a sua regular Liquidação.
5 Pagamento Nenhum pagamento de despesa poderá ser efectuado sem a cabimentação e a liquidação
respectivas.

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CRÉDITOS ORÇAMENTAIS (Contrapartidas Internas)
Os créditos orçamentais, foram instituídos em virtude das alterações
orçamentais posteriores, por intermédio das quais é executado o
Orçamento Geral do Estado (art.º 25.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho –
LQOGE).
Os créditos Orçamentais, são de dois tipos (n.º 1 do art.º 26º):
a) Créditos Iniciais, quando instituídos pela Lei Orçamental;
b) Créditos Adicionais: São as alterações qualitativas e quantitativas feitas
no orçamento, com três finalidades principais:

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Finalidade os créditos adicionais:

I. Créditos Suplementares; quando destinados ao reforço da


dotação orçamental;

II. Créditos Especiais; quando destinados a atender despesas


para as quais não haja dotação especifica na Lei Orçamental;

III. Créditos Extraordinários; Atender a despesas imprevisíveis e


urgentes.

A Reserva Orçamental é utilizada somente, após esgotadas


todas as possibilidades de cancelamento das dotações de
despesas correntes e de capital da Unidade Orçamental

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II. – CONTABILIDADE PÚBLICA

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II.I – Conceitos de Contabilidade Pública
A Contabilidade é indispensável para qualquer entidade, não importa a estrutura
ou complexidade da organização, todas necessitam da contabilidade para
informar os actos e factos para melhor tomada de decisão.
Na contabilidade a informação e controlo desempenham um papel essencial e
jogam uma função importantíssima na organização.
O papel principal da contabilidade pública é oferecer informação que ajuda os
administradores na tomada de decisões e no fornecimento de informação
adequada ou correcta, no momento oportuno.
A contabilidade pública ajuda a capacitar os administradores para distinguir o
apropriado e o inapropriado. A importância da contabilidade pública é
inequívoca para um bom Administrador e decisor público.

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São vários os conceitos aplicados para definir a contabilidade
pública, em todo caso. Vamos nos cingir ao conceito como
abaixo se descreve:
A Contabilidade Pública é o ramo da Ciência Contabilística
que aplica na administração pública as técnicas de registo
dos actos e factos da administração pública, demonstrando
o seu património e as suas variações, bem como
acompanha e evidencia a execução orçamental, assim
sendo, apurando resultados e elaborando relatórios
periódicos, tendo em conta a lei, os princípios, normas e regras
de contabilidade pública.

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II.II - Sujeito da Contabilidade Pública

O sujeito da contabilidade pública é o Ministério


das Finanças, envolvendo as seguintes áreas:
 Direção Nacional de Contabilidade
 Delegações Províncias de Finanças para os
Governos Provinciais
 Departamento de Administração ou de
Contabilidade Pública ao nível dos Ministérios

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II.III - Objecto da contabilidade pública
O objecto da Contabilidade Aplicada ao Sector Público é o
património público.
Património Público é o conjunto de direitos e obrigações dos
bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos,
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas
entidades do sector público, que seja portador ou represente
um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação
de serviços públicos ou à exploração económica por entidades
do sector público e suas obrigações.

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II.III - Objecto da contabilidade pública
A Contabilidade aplicada ao Sector Público não se limita
a estudar, registar e evidenciar um único objecto:
património (e suas variações).
A contabilidade pública não está somente no
património, mas, também, no orçamento e sua
execução (previsão e arrecadação da receita, previsão
execução despesas e fixação).
A contabilidade pública serve também para registar
todos os factos contabilísticos (modificativos,
permutativos e mistos).
A contabilidade pública regista os actos praticados pela
administração pública, que podem alterar qualitativa e
quantitativamente o património.
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II.IV - Objectivo da Contabilidade Pública

O objectivo da contabilidade aplicada à administração pública é o de


fornecer informações actualizadas e exactas para subsidiar as tomadas
de decisões dos administradores públicos.

A contabilidade pública dispõe que o seu objetivo seja o de fornecer


ao público informações sobre os resultados alcançados e os aspectos
de natureza orçamental, económica, financeira e física do património
da entidade do sector público e suas mutações, em apoio ao processo
de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o
necessário suporte para a instrumentalização do controlo social.

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II.IV - Objectivo da Contabilidade Pública

A contabilidade pública também encarrega-se de:


a) Planificar – Controlar – Registar – Informar*.
b) Aconselha no presente e orienta para o futuro
c) Fornecer informação actualizada e exacta para melhor
tomada de decisão
d) Dar cumprimento da legislação nas instituições
governamentais e particulares;
e) Brindar informações à estatísticas;
f) Registar o orçamento previsto, aprovado, executado e
disponível, - g) Prevenir riscos; - h) Acautelar prejuízo;
- i) Evitar imprudências; - j) Impedir a imprevisão;
- k) Outras de interesse das intuições

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II.V - Importância da Contabilidade Pública

fornece informações e meios apropriados para que


os administradores públicos e os agentes públicos
possam tirar lições do passado, justificar o presente e
preparar o futuro.

A contabilidade pública é indispensável em qualquer


entidade, porque é necessário informar os actos e
factos da administração pública que se repercute no
património público.
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II.VI – FUNÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA
A Função da contabilidade pública é a de evidenciar os
actos e factos ligados à Administração orçamental,
financeira, patrimonial e deverá ser organizada
permitindo o seguinte:
1) O acompanhamento da execução orçamental;
2) O conhecimento da composição patrimonial,
3) O levantamento dos balanços gerais
4) A análise e interpretação dos resultados económicos,
financeiros e sociais.

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II.VI – FUNÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA
Deverá ainda:
 Evidenciar, em seus registos, o montante dos créditos

orçamentais vigentes, a despesa cabimentada e a despesa

realizada a conta dos mesmos créditos e as dotações

disponíveis;

 Organizar demonstrações mensais da receita arrecadada

para servir de base a estimativa da receita na proposta

orçamental;

 Apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os

resultados da gestão.
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II.VII - INFORMAÇÃO QUE OFERECE A CONTABILIDADE PÚBLICA
A contabilidade pública oferece dois tipos de
informação:
1. Interna:
a) Administração; e,
b) Os trabalhadores
2. Externa:
a) Estado;
b) Fornecedores;
c) Investidores

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II.VIII - INTERVALOS DE TEMPO EM CONTABILIDADE PÚBLICA
Os intervalos de tempo foram criados para apurar os resultados
da contabilidade pública. Este intervalo de tempo podem ser
por período administrativos tal como:
a) Diariamente; Mensal; Trimestral; Semestral; e Anual (Que
coincide com ano civil o que denominamos exercício
económico).
Por último, os intervalos de tempo são muito importante, porque
permitem detectar os erros e corrigi-los antepadamente, não
esperando o final do exercício económico.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO
Na Ciência Contabilística, há praticamente dois
regimes contabilístico que podem ser utilizados para
reconhecimento das variações ocorridas no
patrimônio, responsáveis pela determinação e
apuramento de resultados:
 O Regime de competência; e,
O Regime de caixa.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO

O regime de caixa consiste em reconhecer a


receita no momento do recebimento de
recursos financeiros e a despesa no momento
do pagamento.
No regime da caixa o fluxo de caixa é o critério
usado para definir o montante de receitas e de
despesas. Dessa forma, todos os valores
recebidos são considerados receita e todos os
desembolsos são considerados despesa.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO

O regime de competência orienta que o reconhecimento da


receita e da despesa, deve ser feito no momento em que
ocorrer o facto gerador independentemente do recebimento
ou do pagamento
Receita, regra geral, coincide com o momento da
transferência da propriedade de bens e direitos a terceiros ou
da prestação de serviços, provocando um acréscimo no activo
ou uma redução no passivo, com consequente aumento do
patrimônio líquido.
Despesa, normalmente, utiliza-se como facto gerador o
consumo de activos ou a incorporação de passivos, gerando
redução na situação líquida patrimonial.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO
O regime orçamental é o reconhecimento das receitas e
despesas orçamentais, para a Contabilidade Pública é o
regime misto, isto é, adota-se ao mesmo tempo o regime de
caixa e o de competência.
O regime misto dispõe que:
1) As receitas nelas arrecadadas; e
2) As despesas nelas legalmente cabimentadas, e por último,
3) Consideram-se Restos a Pagar as despesas cabimentadas
mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se
as processadas das não processadas.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO
1) As receitas orçamentais devem ser contabilizadas pelo
regime de caixa orçamental (regime de arrecadação);
2) As despesas orçamentais devem ser contabilizadas pelo
regime de competência orçamental (regime de
cabimentação), sendo que durante o exercício financeiro
o registo deve ocorrer no momento da liquidação e, no
final do ano, deve ser acrescentado aos valores da
despesa orçamental o montante de cabimentação não
liquidado.

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II. IX - REGIME CONTABILÍSTICO

A cabimentação de despesa é o acto emanado de


autoridade competente, que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não, de
implemento de condição. Logo, a despesa
orçamental obedece ao seguinte esquema de
contabilização:
1) Durante o ano, deverá ser apropriada quando
ocorrer a etapa da liquidação, correspondendo
ao momento do recebimento de bens e serviços;
2) No encerramento do exercício, deverá ser
apropriado também como despesa, o saldo de
cabimentação emitidos e não liquidados.
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II. X - MÉTODO DE LANÇAMENTOS EM CONTABILIDADE

O método de lançamento: é o meio pelo qual


procedemos ao registo de factos e actos
contabilístico da administração publica

Existe dois métodos fundamentais que são:

1) Métodos das partidas simples e,

2) Métodos das partidas dobradas

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II. X - MÉTODO DE LANÇAMENTOS EM CONTABILIDADE
o método das partidas simples encontra-se em desuso por ser
incompleto e deficiente, porque, somente regista as operações
realizada com o pessoal, omitindo o registos do património e do
resultado, assim sendo, apenas uma das operações de debito ou
crédito é contabilizada.
O métodos das partidas dobradas descrito pela primeira vez pelo
Pai da contabilidade Frade Lucas Pacioli em 1494, em Itália, no
livro de colecção de conhecimentos Aritmética, Geometria,
Proporção e Proporcionalidade no capitulo de Contabilidade por
Partidas Dobras, que fala sobre tratado da contabilidade

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II. XI – TEORIA DO DÉBITO E DO CRÉDITO EM CONTABILIDADE
A teoria contabilística do dedito e do crédito é enfatiza por
Pacioli, da seguinte forma:
1) Não há devedor sem credor
2) A todo debito corresponde um crédito de igual valor e vice-
versa
3) Se aumentar de um lado, deve consequentemente
aumentar do outro lado também
4) Uma transação deve conter somente duas entradas:
a) Uma entrada de crédito em uma conta e,
b) Uma entrada de debito em outra conta
De facto, concluímos que é dai a origem do nome “dobrada”

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II. XII – LANÇAMENTOS E FORMAS DE LANÇAMENTOS EM CONTAS

Neste mesmo capitulo, realça Pacioli, que em cada


lançamento, o valor lançado nas contas a debito deve ser
sempre igual ao total do valor lançado nas contas a
crédito.
As contas devem ser lançadas da seguinte maneiras:
1) 1 conta à debito = 1 conta à crédito
2) 1 conta à debito = varias contas à crédito
3) Varias contas à debito = 1 conta à crédito
4) Varias contas à debito = varias contas à crédito

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II. XIII – Débitos e Créditos em Contabilidade

Em contabilidade :
1) Debito significa :
a) Anotar na coluna do debito de uma conta;
b) Aumentar seu valor se a conta representa um bem ou direito
c) Diminuir seu valor se a conta representa uma obrigação
2) Crédito significa:
a) Anotar na coluna de crédito de uma conta
b) Aumentar seu valor se a conta representa uma obrigação
c) Diminuir seu valor se a conta representa um bem ou direito

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II. XIV – COMO SÃO ASSOCIADOS OS DÉBITOS E CRÉDITOS

1) Associamos debito ao destino ou seja, é a aplicação de


recurso, ou digamos, que um lançamento à debito em uma
conta, significa que o dinheiro, o bem ou serviço destina-se
aquela conta
“Conta Debitada: quando uma conta recebe algo ou assume o
compromisso de entregar algo”.
1) Associamos crédito a origem ou seja, é a origem do recurso
aplicado ou digamos, um lançamento a crédito em uma
conta, significa que o dinheiro, o bem ou serviço teve origem
naquela conta
“Conta Creditada: quando uma conta entrega algo ou adquire o
direito de receber algo”.
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II. XV – CONTA

Conta: é um conjunto de elemento patrimoniais


expresso em unidade de valor.
A conta é constituída:
1) O titulo; e,
2) O valor
O titulo: Serve para identificar o nome da conta
O valor: expressa as unidade monetária

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II. XVI – AS CONTAS SEGUNDO A NATUREZA DOS SALDOS

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II.XVII - FORMATO DAS CONTAS – 1.º CONTAS EM FORMA DE T

Para fins didáticos e de ensinamentos se representam por um T

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II.XVII.I - FORMATO DAS CONTAS – 2.º CONTAS EM FORMA HORIZONTAL

As contas para fins práticos ou laboral e em forma Horizontal,


Apresentam características comuns e, é são necessárias para
registar cada modificações

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II.XVIII - SALDO DAS CONTAS

Saldos: é a diferença entre o movimento devedor e


credor, e existem classes de saldos, que são:
1) Saldo devedor;
2) Saldo credor; e,
3) Saldo nulo ou saldada.

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Saldo Devedor

Saldo devedor: quando o seu movimento devedor, ou Acumulado é maior


que credor.
Exemplo:

Nome da Conta
Dedito Credito

120 000,00 110 000,00

60 000,00 10 000,00

20 000,00 30 000,00
Movimento Movimento
Devedor 200 000,00 150 000,00 Credor

Saldo Devedor 50 000,00

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Saldo Crédor

Saldo Credor: quando o seu movimento credor, ou Acumulado é maior que


o devedor.
Exemplo:
Nome da Conta
Dedito Credito

110 000,00 130 000,00

10 000,00 20 000,00

30 000,00 30 000,00
Movimento Movimento
Devedor 150 000,00 180 000,00 Credor

30 000,00 Saldo Credor

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Saldo Nulo ou Contas Saldadas

Conta saldada ou saldo nulo: Ocorre quando os seus movimentos são iguais, ou seja, se
anulam.
Exemplo:
Nome da Conta
Dedito Crédito

170 000,00 140 000,00

80 000,00 60 000,00

50 000,00 100 000,00

Movimento
Devedor 300 000,00 300 000,00 Movimento Credor
0
Saldo Nulo, Saldada ou Serrada

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II.XIX - PLANO DO CONTAS DO ESTADO
Níveis de Desdobramento e Código das Contas Cada rubrica
contabilística do Plano de Contas da Administração publica, contém
alguns atributos necessários a sua precisa identificação e
caracterização. São atributos essenciais de uma conta: codificação
(código da conta), denominação (título da conta), função,
funcionamento e indicadores contabilística detalhamento, natureza do
saldo, sistema contabilística etc).
As contas são identificadas por um código composto de 9 (nove) dígitos
numéricos, distribuídos em 7 (sete) níveis de desdobramento,
classificados de acordo com a seguinte estrutura: X. X. X. X. X. XX. XX,
onde estão:

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II.XIX.I - Classificados e codificados de acordo com a seguinte estrutura:

x x x x x xx XX CÓDIGO VARIÁVEL

• 1º Nível – CLASSE ------------------------


• 2º Nível – GRUPO -------------------------------
• 3º Nível – SUBGRUPO-------------------------------
• 4º Nível – ELEMENTO ----------------------------------
• 5º Nível – SUBELEMENTO-----------------------------------
• 6º Nível – ITEM ------------------------------------------------------
• 7º Nível – SUBITEM----------------------------------------------------------
• CONTA CORRENTE -------------------------------------------------------------------

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II.XIX.II - EXEMPLO DA ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS, EM NÍVEL DE CLASSE/GRUPO

Designação Valores % Designação Valores %

1 – Activo 2-Passivo
1.1-Circulante 2.1-Circulante
1.2-Realizável a longo prazo 2.2-Exigivel a longo prazo
1.3-Permanente 2.3-Resl. De Exercício futuros
1.4- Compensado 2.4-Patrimonio liquido
2.6-Compensado

3-Despesa 4-Receitas
3.1-Despesas Correntes 4.1-Receitas de correntes
3.2-Despesas de Capital 4.2-Receitas de capital
3.3- *Deduçoes da Receita

5-Resultados do exercícios (-) 6-Resultado do Exercício(+)


5.1-Resultado Orçamental 6.1-Resultado Orçamental
5.2-Resultado Extra- 6.2-Resultado
orçamental Extraorçamental
5.3-Resultado apurado

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II.XIX.II - EXEMPLO DA ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS, EM NÍVEL DE CLASSE/GRUPO

A classe é o primeiro nível de desdobramento da estrutura do Plano de


Contas e representa a classificação máxima para agregação das contas.
A estrutura desse plano de contas está dividida em duas colunas,
compostas de três classes cada uma
O Activo: são as contas que representam os bens e direitos.
O Passivo: são as contas que compreende as obrigações
A Despesa: são as contas que representam as saídas de recursos
A receita: são as contas que representam as entradas de recursos
O Resultado Diminutivo do Exercício: são as contas de variações diminutivas
O resultado Aumentativo do Exercício: são as contas de variações positivas
da situação liquida do património.

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Exemplo da Estrutura do Plano de Contas, em nível de classe/grupo

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ii.iii.iii.i – Controlo da Execução Orçamental e
Financeira do Estado
A fiscalização orçamental, financeira e patrimonial e
operacional da Administração do Estado e dos órgãos
que dele dependem, é exercida pela Assembleia
Nacional e pelo Tribunal de Contas, ao nível do
controlo externo, e pelo Presidente da República,
através dos seus órgãos especializados, ao nível do
controlo interno ( n.º 1 do art.º 63).
O controlo externo é exercido pela Assembleia
Nacional, a quem compete aprovar a Conta Geral do
Estado, podendo a mesma ser acompanhada do
Relatório Parecer do Tribunal de Contas e todos os
elementos necessários a sua análise (n.º 2 do art.º 63)

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ii.iii.iii.ii - Prestação de contas

A Prestação de Contas está intimamente ligada à


transparência, e não deve ter como único objectivo
responder à pressão da lei de responsabilidade fiscal,
mas, adicionalmente, reflectir na obrigação dos
gestores em garantir a transparência no uso dos
recursos públicos.

A Prestação de Contas é um dos caminhos para


aplicação da cidadania e configura-se como um
indicador de Administração bem sucedida, pois
priorizam a publicação dos resultados de suas acções.

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O artigo 13.º do Decreto n.º 73/01, de 12 de Outubro, - que define
os órgãos, as regras e as formas de funcionamento do Sistema
Integrado de Gestão financeira do Estado (SIGFE), combinado
com as disposições do artigo 34.º do Decreto Presidencial n.º
141/20, de 21 de Maio, que aprova as Regras de Execução do
OGE. Estabelecem os critérios e os prazos de prestação de
contas, nomeadamente:

O n.º 3 do artigo 34.º, diz que as Áreas de Contabilidade Pública


adstritas às Delegações Provinciais de Finanças, devem efectuar
a recepção, controlo e análise das prestações de contas das
Unidades Orçamentais e Órgãos Dependentes de subordinação
local, bem como dos demais organismos que beneficiem de
dotação orçamental do OGE e não possuem dependência
central

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Cada Unidade Orçamental ou Órgão Dependente deve remeter
a sua prestação de contas do mês findo, até ao 5º dia do mês
seguinte, tendo como fundamento o Mapa Demonstrativo de
Execução Orçamental e Financeira, anexando a cópia do
extrato da Quota Financeira e uma síntese da gestão realizada,
destacando os seguintes aspectos:
a) – Introdução
b) – Desenvolvimento
-Dotação inicial e suas variações;
-Despesas cabimentadas e sua incidência com a dotação
orçamental;
-Despesa liquidada e sua relação com o crédito orçamental
e com a despesa cabimentada, com realce para as categorias
que causam maior impacto;
- Despesa pagas, sua correspondência com a despesa
cabimentada

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c) – Conclusões
- Ganhos alcançados; e
- Acções planeadas a realizar no mês seguinte.

As Delegações Provinciais de Finanças, por sua vez,


devem remeter, mensalmente, à Direcção Nacional
de Contabilidade Pública, até ao 12º dia do mês
subsequente, o relatório síntese sobre a análise das
prestações de contas das entidades sob jurisdição
local.

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Entidade Formas de A quem
Prazos
Gestora submeter submeter

Até o 15º dia Envio do Delegações


do mês relatório Províncias
subsequente físico das Finanças

Administra
ção
Municipal Decreto
Presidencial Envio do Direcção
n.º 73/22, de relatório Nacional de
01 de Abril de electronicame Contabilidade
2022 nte Pública
Decreto
Presidencial
n.º 73/
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A Conta Geral do Estado é o conjunto de
demonstrações financeiras, documentos de natureza
contabilística, orçamental e de tesouraria, relatórios de
desempenho da gestão orçamental, financeira e
patrimonial, que deve ser elaborada com clareza,
exatidão e simplicidade, de modo a possibilitar a
análise económica e financeira.

O Decreto Executivo n.º 32/17 de 26 de Janeiro, -


aprova as instruções para a elaboração da Conta
Geral do Estado

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Órgãos responsáveis pela elaboração da Conta Geral
do Estado – art.º 3º

 O n.º 1 - A entidade encarregue pela coordenação e


elaboração da CGE é a Direcção Nacional de
Contabilidade Pública do Ministério das Finanças, na
condição de Órgão Central do Sistema Contabilístico do
Estado, que fá-lo com o suporte e em coordenação
com os seus Órgãos Sectoriais de Contabilidade.

O n.º 2 – As Delegações Provinciais de Finanças são as


entidades responsáveis pelo acompanhamento da
conformidade e controlo dos relatórios de gestão das
Unidades Orçamentais e Órgãos Dependentes da
Administração Local do Estado

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Compilação dos Relatórios, art.º 5

 A compilação dos relatórios recebidos das


Unidades Orçamentais e Órgãos Dependentes e
subsequente remessa nos termos do artigo 4.º
deste Diploma é da responsabilidade do
Governo Provincial, no caso da Administração
Local, e dos Serviços Centrais Ministeriais e
Órgãos de Soberania, no caso da administração
e Nível Centra

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Bibliografia

1. Legislação Angolana “Contituição” e diversa sobre Contabilidade e


Orçamento
2. Conferencias, seminários e classes praticas dos meus professores de
contabilidade e finanças, faculdade de contabilidade e finanças,
Universidade de Granma, República de Cuba, 1998
3. Laras Flores, Elias. 16 edições. Editora Trillas. Méxicos, 1999
4. Manual: Contabilidade Publica – por prof. Fernando Melo
5. Manual: Contabilidade Publica – por prof. Prof. José Divanil Spósito Berbel
6. Manual de introdução aos conceitos orçamentários do Estado da Bahia
7. Manual: Macroeconomia Aplicada – Prof. Paulo Ringote, 2016
8. Manual: Calculo Financeira – Prof. Antonio Manuel, 2016
9. Noçoes de contabilidade Basica. Editora Obcursos
10. Moreia, Isabel. Correspondencia Comercial. 2ª edicção. Editora ETEP.
Portugal, 2010.
11. Chiavenato, Idalberto. Teoria geral da administração. 6ª edição. Volume 1.
Editora Campus. Brasil, 2001.
12. Heller, Robert. Comunicar com Claridade. Editora Grijalbo Mondadori.
Barcelona, 1998

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12. Palma, João. Casos Práticos de Contabilidade e Gestão. Editora, Plátano.
Portugal, 1998.
13. Gonçalves, Manuel Alberto. Contabilidade Geral. Editora, Plátano. Portugal,
2001.
14. Noções de contabilidade Básica. Editora Obcursos
15. Maldonado, Ricardo. Contabilidade geral. Editora UC. Venezuela
16. Borges, António. Rodrigues, Azevedo. Rodrigues, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral. Editora, Áreas. Portugal 2006.
17. Borges, António. Rodrigues, Azevedo. Rodrigues, Rogério. Elementos de
Contabilidade Geral.14ª Edição. Editora Rei dos Livros. Portugal 1995.
18. Rodriguez, Carlos Mallos. Contabilidade Analítica. 4ª edição. Editora Instituto
de contabilidade e auditoria de contas. España
19. Neuner, Hohn J. W. Contabilidade de custos. Editorial povo e Educação.
Cuba,
20. Hongren, Charles T. A Contabilidade de custos. Editorial povo e Educação.
Cuba,
21. Ministério da Administração Interna. Contabilidade das Autarquias locais.
Editora Imprensa Nacional Casa da Moeda. Portugal 1983.
22. http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/indice.php

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OBRIGADO!

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