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06 AULA = Instituições e

uso abusivo de
substancias psicoativas
Profª. Eliane Meira
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
 DROGAS PSICOATIVAS
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
DROGAS PSICOATIVAS:

https://www.youtube.com/watch?v=4XMbel-XhvU
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Por definição, os psicoativos são substâncias químicas
que agem no sistema nervoso central de quem as
consome e causam alterações na função cerebral. Essas
alterações interferem temporariamente no humor,
consciência, comportamento e percepção do indivíduo.
As drogas fazem parte das substâncias psicoativas, e a
sua utilização pode trazer efeitos indesejados, como
intoxicação e outros problemas de saúde.
As consequências das drogas variam de acordo com
alguns fatores, como a quantidade consumida, as
características do indivíduo, o seu contexto e qual
substância foi consumida.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
A Organização Mundial de Saúde reconhece a dependência
química como uma doença por esta ser-lhe prejudicial
devido à alteração da estrutura e no funcionamento normal
da pessoa. (OMS, 2004 apud COSTA, 2009).
De acordo com o relatório divulgado no último ano pelo
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC), cerca de 29,5 milhões de pessoas no mundo
usam drogas de forma problemática e apresentam
transtornos relacionados ao consumo de substâncias
psicoativas, incluindo a dependência.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Clerget (2004) faz um alerta sobre a distinção, feita
internacionalmente, a três definições relacionadas às
drogas são elas:
• Uso: seria o consumo eventual de um produto psicoativo,
mas em quantidade que não leva a complicações, nem
danos
• Abuso: é o consumo dessa substância, porém levando
interferir significativamente na saúde psíquica, incluindo
consequências emocionais, sociais e econômicas
• Dependência: é o risco principal do uso abusivo e implica
em danos à saúde de modo geral.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Alguns motivos que levam a busca de substancias
psicoativas:
• competição no mercado de trabalho,
• Ansiedade,
• Estresse,
• Depressão,
• busca de soluções práticas nos consultórios
médicos.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
 FATORES DE RISCO:
• Muitos são os estudos sobre os fatores de risco do consumo de drogas ilícitas no Brasil. Segundo
Scivoletto e Giusti (2004) os principais fatores de risco relacionados ao uso de drogas são:
• curiosidade,
• obtenção de prazer,
• relaxamento das tensões psicológicas,
• facilitação da sociabilização,
• influência do grupo,
• isolamento social,
• dinâmica familiar,
• baixa autoestima,
• manejo inapropriado da mídia na questão das drogas,
• influências genéticas,
• familiares com problemas com álcool,
• excessiva medicalização da sociedade
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
FATORES DE RISCO PARA ABUSO DE DROGAS:
• Biológicos: pais que abusam de certas substancias, ela está
mais propensa a utilização pelo comportamento genético
para o vicio ou alguns indivíduos possuem redução de
receptor D2 (receptor de dopamina) que recompensa.
• Psicológicos: doenças psicológicas impossibilita o sujeito de
se controlar, impulsividade, personalidade, procura de
sensações, sensações de risco.
• Ambientais: presença de estresse na vida do individuo,
desde a infância (crianças que sofrem abusos, instabilidade
na família e etc.), comportamento familiar, pressão de
amigos, vivencia em comunidades mais carentes e etc.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
 Dependentes no ambiente de trabalho:
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 40% dos acidentes de trabalho
estão relacionados ao consumo de álcool. Além disso, os trabalhadores que consomem drogas têm
mais chances de envolver-se em situações de risco do que os demais colaboradores.
A OIT alerta para alguns sinais que podem indicar dependência química:
• Aumento do absenteísmo (com ou sem justificativa);
• Atrasos frequentes;
• Fazer pausas longas no trabalho;
• Dificuldade de concentração;
• Envolvimento em acidentes durante o exercício da função;
• Diminuição da produtividade;
• Mau relacionamento com colegas;
• Problemas psicológicos (sintomas de Depressão, medos e insônia);
• Problemas físicos (dores de estômago, fadiga e perda de memória).
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
 Dependentes no ambiente de trabalho:
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 40% dos acidentes de trabalho
estão relacionados ao consumo de álcool. Além disso, os trabalhadores que consomem drogas têm
mais chances de envolver-se em situações de risco do que os demais colaboradores.
A OIT alerta para alguns sinais que podem indicar dependência química:
• Aumento do absenteísmo (com ou sem justificativa);
• Atrasos frequentes;
• Fazer pausas longas no trabalho;
• Dificuldade de concentração;
• Envolvimento em acidentes durante o exercício da função;
• Diminuição da produtividade;
• Mau relacionamento com colegas;
• Problemas psicológicos (sintomas de Depressão, medos e insônia);
• Problemas físicos (dores de estômago, fadiga e perda de memória).
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Ações da organização:
Considerada como doença pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) a dependência de substâncias precisa ser
um tema abordado nas empresas, para que hajam ações
de prevenção e tratamento. O assunto não deve ser
tratado com discriminação e sim como uma questão de
saúde no ambiente de trabalho.
Quando as empresas não adotam iniciativas para a
promoção da saúde, prevenção e ações estruturadas que
ofereçam tratamento à dependência química, há
diminuição da produtividade e aumento das ausências
no trabalho.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
A falta de tratamento para os empregados
dependentes químicos ainda representa um alto
índice de sinistralidade para o convênio médico, pois
o funcionário o utiliza com mais frequência para
tratar os efeitos causados pelo consumo (gastrite,
dores de cabeça, insônia, etc.), como também seus
familiares adoecem nesse processo e buscam
atendimentos médicos de forma mais intensiva e
reiterada.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Um funcionário sem o tratamento adequado pode
apresentar:
• Maior dificuldade para a aquisição de novos conhecimentos;
• Desconforto com mudanças na rotina de trabalho, pois não
tem interesse em aprender novos comportamentos ou
habilidades;
• Ocorrência mais frequente de desvios, quase acidentes e/ou
acidentes de trabalho;
• Menor compromisso com o uso dos equipamentos de proteção
individual e outras medidas de proteção;
• Menos atenção às questões de segurança;
• Dificuldade nas relações Interpessoais - envolve-se com mais
facilidade e frequência em tumultos, discussões e disputas
com colegas ou líderes.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Um Programa de Prevenção e Tratamento da
Dependência Química bem estruturado, possibilita a
identificação precoce e o encaminhamento do
funcionário para o tratamento adequado, além de
tornar possível sensibilizar as pessoas com maior
possibilidade para o desenvolvimento da doença, a
reverem seus padrões de consumo de substâncias e
avaliar sua qualidade de vida.
Após a intervenção o funcionário, se houver indicação,
é levado à internação e acompanhamento por grupos
de apoio, psicólogo e também por psiquiatra para
garantir o processo de recuperação.
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Pode um colaborador ser demitido?
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece
que o empregado que comparece embriagado de
forma habitual ao serviço, ou que de algum modo
prejudique suas tarefas, pode ser demitido por justa
causa. Esse dispositivo obviamente alcança o uso de
outras drogas além do álcool.
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do
contrato de trabalho pelo empregador:
f) embriaguez habitual ou em serviço;
INSTITUIÇÕES E USO ABUSIVO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS:
Diante da incerteza, sensato seria à empresa incluir o empregado no programa de
recuperação de dependentes alcoólicos (caso a empresa tenha um programa voltado
a dependentes químicos) ou, como já mencionado anteriormente, afastar o
empregado e encaminhá-lo para o INSS, a fim de que este tenha a oportunidade de se
reabilitar antes de tomar uma decisão inadvertida.
A aplicação de advertência e suspensão disciplinar também são meios que o
empregador pode se utilizar para tentar reverter o comportamento do empregado. O
entendimento dos tribunais, em qualquer das situações de dependências químicas no
ambiente de trabalho, é de que cabe ao empregador esgotar os recursos disponíveis
para promover e preservar a saúde do trabalhador.

É comum encontrarmos decisões em que a dispensa por justa causa com fundamento
na embriaguez é descaracterizada, condenando a empresa reclamada no pagamento
de verbas decorrentes de uma dispensa imotivada, bem como estabelecendo a
reintegração do empregado desligado, a fim de que este possa fazer o devido
tratamento.
Conforme a legislação brasileira, o empregado que possui dependência química deve
ser afastado do trabalho por motivo de doença – e não por qualquer forma punitiva –
devendo receber do empregador o pagamento dos 15 primeiros dias decorrentes do
afastamento. A partir desse momento o trabalhador passará a gozar do benefício
previdenciário, ficando a recuperação a cargo do sistema de saúde pública.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
 COSTA, Selma Frossard. As Políticas Públicas e as Comunidades
Terapêuticas nos Atendimentos a Dependência Química: Rev. Brasil, p. 9,
2009. Disponível em:. Acesso em: 6 jun. 2015.
 SCIVOLETTO, Sandra; GIUSTI, Jackeline S. Fatores protetores e de risco
associados ao uso de drogas na adolescência: Atualização Científica. 2004.
Disponível em:
<http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/ac_131.htm>.
Acesso em: 20 maio 2016.
 CLEGERT, S. Adolescência: a crise necessária. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
OBRIGADA!
BOA NOITE!

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