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confundido com o Transtorno depressivo maior (TDM), mas difere-se do outro por sua
áreas. O artigo visa ilustrar, sob a ótica de algumas cenas do filme Pequena Miss
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Acadêmico do Curso de Psicologia do Cesuca-Faculdade Inedi.
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Acadêmico do Curso de Psicologia do Cesuca-Faculdade Inedi.
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Professora do Curso de Psicologia do Cesuca-Faculdade Inedi.
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Revista Saúde Mental em Foco do Cesuca, 2(1) , 15-25, 2013
Recredenciamento
Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012.
Introdução
distímico através de trechos de cenas do filme Pequena Miss Sunshine (2006). Além
para tal é essencial um humor cronicamente deprimido por pelo menos dois anos (APA,
2002). Segundo Abreu e Oliveira (em Cordioli 2008, p. 383), “o transtorno distímico,
interesse em quase todas as atividades usuais, embora a intensidade dos sintomas não
esses dois transtornos reside no fato de que a distimia caracteriza-se como uma
depressão mais subjetiva do que objetiva. Spanemberg e Juruena (2004) apontaram que
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norte-americano, dirigido pelo casal Jonathan Dayton e Valerie Faris, e escrito por
normal, mas a família Hoover extrapola”. O enredo acontece em meio a uma relação
desafios e limitações.
Richard (Greg Kinnear) faz o papel de pai. Tem um programa de autoajuda, mas
nem ele próprio consegue se motivar. A mãe Sheryl (Toni Collette) sofre por não
conseguir administrar a família. Ela ainda traz para morar com eles, Frank (Steve
Carell), seu irmão gay, que tentou suicídio por uma desilusão amorosa. Mora também
com a família, o pai de Richard, o avô (Alan Arkin) que é viciado em drogas, mas que a
família desconhece.
Olive (Abigail Breslin), que é a caçula da casa, tem um sonho de ser miss, e por
isso a família se une por pelo menos dois dias para que a menina participe de um
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concurso. O filho adolescente, Dwayne (Paul Dano), de 16 anos, fez votos de silêncio
durante nove meses, inspirado no seu ídolo Nietzsche. O adolescente é foco do presente
DSM-IV-TR.
apresente humor deprimido por no mínimo, dois anos, sendo que nesse período, jamais
esteve sem os sintomas por mais de dois meses. Com curso contínuo e não episódico, os
sintomas podem permanecer por décadas e ainda não ser identificado, diagnosticado ou
humor deprimido e por baixa autoestima. Além disso, costumam ser pouco sociáveis e
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TDM o humor deprimido deve estar presente no seu dia a dia, por um período de no
mínimo duas semanas, já na distimia o humor deprimido deve aparecer por um período
Tabela 1: Critérios diagnósticos para Transtorno distímico Segundo DSM-IV-TR (2002, p.376):
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo
ou observação feita por outros, por pelo menos 2 anos. Em crianças e adolescentes, humor
pode ser irritável, com duração mínima de 1 ano no funcionamento social ou ocupacional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma
condição médica.
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A partir das cenas do filme Pequena Miss Sunshine pode-se identificar algumas
questiona o fato dele não falar a nove meses. Ao contrario, acha normal ter feito votos
de silêncio, como seu ídolo Nietsche, até conseguir entrar na força aérea.
O fato dele também não ter amigos, de passar a maior parte do tempo em seu
quarto lendo Nietzsche, não é questionado por sua família. Esses eventos corroboram
outras áreas importantes de sua vida. “A pessoa que sofre de distimia na infância ou
adolescência costuma acreditar que este é seu estado de humor natural, ou seja, os
sintomas já fazem parte de sua personalidade” (Landeira & Cheniaux, 2010, p.112).
rabugentos, exigentes e queixosos (Spanemberg & Juruena, 2004). Eles podem ser
relativa, visto que muitos desses pacientes investem a energia que têm no trabalho, e
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Distímico.
passagem do tempo, mais um dia se passou. Ele se olha no espelho, com olhar
Em outra cena, Sheryl fala a Dwayne que seu tio está ali, interrompendo sua
leitura, o filho sai do quarto, sem fazer nenhuma contestação a respeito da fala materna,
que diz que seu tio dormiria em seu quarto a partir daquele dia. O adolescente em
ordens da mãe sem questionar. Tal aspecto também pode ser relacionado ao critério B
Quanto ao critério B (3), esse pode ser percebido quando Dwayne manifesta
encontrar um local para continuar sua leitura, é interrompido novamente por sua mãe
com a solicitação que busque o frango no carro para o almoço. Ele levanta-se somente
interesse em buscar o alimento. Em seguida, mais uma vez, sua mãe lhe dá outra ordem,
pede que chame seu tio no quarto para almoçarem. Ao chegar na porta do quarto,
Dwayne apenas faz um gesto para comunicar que o almoço está pronto. Seu tio tenta
traduzir o gesto de Dwayne, e em seguida lhe questiona de o porquê fazer tal voto de
silêncio. O menino apenas aponta para o pôster de Nietzsche e não diz nada. Frank
então vai à sala de jantar e senta-se ao seu lado na mesa e o questiona novamente: “Tem
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bloco de notas que utiliza para se comunicar: “EU ODEIO TODO MUNDO”. E Frank
No desenrolar da trama, surge a informação que Olive, a irmã mais nova, fora
Sunshine. Com tal possibilidade, se inicia uma discussão de como a levariam para o
concurso. Em meio às soluções, seria necessário que toda família fosse junto. Na cena
com o olhar à mãe para que o deixe em casa, e escreve transtornado: “Não é justo tudo
Sheryl, então o suborna, referindo que iria permitir que entrasse na academia das
forças aéreas se concordasse em acompanhar todos à viagem. Ele aperta sua mão, e com
tristeza, escreve novamente que não iria se divertir. Essa cena pode ser associada ao
parte do tempo.
da manhã. Enquanto todos pedem um lanche reforçado, Dwayne pede apenas uma
salada verde. Tal cena está evidenciando o critério B (1), que é o apetite diminuído ou
meninos da idade de Dwayne, o que pode estar indicando mais um dos sintomas do
quadro distímico.
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Em seguida, após algumas cenas, Dwayne descobre que é daltônico e que tal
deficiência visual poderá impedi-lo de pilotar. Tal fato o deixa transtornado, saindo
correndo do carro sem rumo. A mãe vai atrás para tentar convencê-lo a voltar. Ele então
diz: “Não vou mais entrar nesta piruá! Eu não quero ser desta família – divórcio,
falência, suicídio, vocês são todos fracassados – por favor, me deixe sozinho, por
favor!”. Nessa cena, o adolescente então verbaliza todas as situações difíceis da família
indivíduo com o Transtorno Distímico. Além disso, pode-se perceber o quanto esses
Considerações Finais
podem interferir na vida de um adolescente tornando-se tão presente no seu dia a dia,
que parece fazer parte de sua essência. Correlacionar o filme com os critérios descritos
transtorno. Transtorno esse tão facilmente confundido com a TDM, mas que possui
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família nesse contexto bem como a observação de todos os critérios para se diagnosticar
um transtorno corretamente.
Perante a relevância que um correto diagnóstico pode trazer a vida de todo ser
visualizar os sintomas de alguns dos transtornos mentais bem como fornece subsídios
Referências Bibliográficas
Artmed.
Cordás, T. A., Nardi A. E., Moreno, R. A., & Castel, S. (1997). Distimia do mau humor
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Dayton, Jonathan & Faris, Valerie; escrito por Arndt, Michael. (2006). Little Miss
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Orsini, Mara Rúbia de Camargo Alves, & Ribeiro, Cecília Rodrigues. (2012). Impacto
2014, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
166X2012000500007&lng=pt&tlng=pt. 10.1590/S0103-166X2012000500007.
agosto de 2014, de
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
81082004000300007&lng=pt&tlng=pt. 10.1590/S0101-81082004000300007.
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