Túmulos & Tigres

Versão de Testes: 1.01

Giltônio Santos
Changelog v1.01
Várias correçõ es pequenas, erros de digitação, alteraçõ es em mudanças de nomes que não foram consolidadas, etc.;
Acú mulo de Ímpeto agora é limitado. O ímpeto só aumenta apó s um encontro com desafio no mínimo igual ao
nível médio do grupo -1;
Ajustes importantes de equilíbrio no feitiço shillelagh e de usabilidade em chama sagrada;
As açõ es finta e provocação foram adicionadas às opçõ es de combate;
O guerreiro ganhou o talento para se esquivar e provocar com mais habilidade que as outras classes;
A habilidade do clérigo de afastar mortos-vivos agora possui uma duração e permite que a criatura faça uma nova
jogada de proteção cada vez que sofre dano;
A quantidade de dano provocada com ataques baseados em Força e Destreza foi ajustada. Algumas características
das armas foram corrigidas de acordo.
O guerreiro agora recebe uma premiação individual de XP por ser reduzido a 0 pontos de vida e sobreviver. Isso faz
parte de um estudo mais amplo sobre uma possível mecânica para “cicatrizes de batalha”.

Créditos
Criação e desenvolvimento: Giltônio Santos, inspirado em várias versões de regras clássicas para RPGs de fantasia,
principalmente a segunda edição do RPG Advanced Dungeons & Dragons, escrita por David “Zeb” Cook.
Diagramação: Giltônio Santos, utilizando as ferramentas Homebrewery, disponíveis em
https://homebrewery.naturalcrit.com/ com suporte e aconselhamento adicional da comunidade de usuários do Homebrewery:
https://www.reddit.com/r/homebrewery/.
Illustrações: Todas as ilustrações deste livro foram produzidas através de ferramentas de desenho alimentadas por
inteligência artificial. Isso não representa um desafio ou uma oposição à obra de artistas profissionais, cujos objetivos e
escopo estão totalmente fora do alcance deste documento de playtest.
Jogadores da fase de testes: Eduardo “Cavaleiro Morto” Marques, F. C. Pereira, Paulo Biet, Rafael Bezerra, Reynaldo “Ooze”
Barochelo e Tiago Marinho.
Agradecimentos mais do que especiais: À comunidade brasileira de jogadores e DMs de Dungeons & Dragons no Twitter e fora
dele, que são um tesouro gigante de pessoas maravilhosas e mentes brilhantes!
Notícia de Copyright: O material apresentado aqui como expressão criativa, o que inclui os textos que não podem ser
classificados como textos de regras, mas não inclui qualquer expressão já disponibilizada anteriormente sob uma licença
Creative Commons, é propriedade intelectual de Giltônio Maurílio Pereira Santos.
“devemos humildemente admitir que a invenção não consiste
em se criar a partir do nada, mas sim a partir do caos.”
-Mary Shelley-
 Sumário
Dados 4 VII - Equipamento 55
A Mecânica Básica 4 Carregando Objetos 55
Regras Fundamentais 4 Resistência dos Objetos 55
I - Protagonistas da Moeda 56
Campanha 6 Armas 57
1. Escolha uma Classe 6 Armaduras e Escudos 59
Munição, Manutenção e Ajustes
2. Escolha uma Raça 6 do Arsenal 61
3. Determine Atributos 6 Itens de Exploração 61
4. Proficiências 6 VIII - Recuperação e
5. Traços Gerais 6 Evolução 63
6. Equipamento 6
7. Outros Detalhes 7 Fases de Aventura 63
II - Atributos 8 Evolução 64
Força 8 IX - Magia 66
Destreza 9 Círculos de feitiçaria 66
Constituição 10 Feitiços conhecidos e preparados 66
Inteligência 10 Estilhas de feitiço 66
Sabedoria 11 Rotinas 67
Carisma 12 Lançando um feitiço 67
III - Raças 14 Feitiços 71
Anão 14 X - Construindo o Jogo 92
Elfo 14 Armadilhas 92
Halfling 14 Dificuldade dos Testes 93
Humano 15 Não Protagonistas da Campanha 95
Meio-Gigante 15 Bugbear 96
Carniçal 96
IV - Classes 16 Dragão Vermelho, Infante 97
Elfo das Trevas 97
Clérigo 16 Esqueleto 98
Guerreiro 18 Gárgula 98
19 Gnoll, Caçador 99
Ladrão Gnoll, Sacerdote 99
Mago 21 Goblin 100
Goblin, Xamã 100
V - Proficiências 23 Guarda 101
Homem-Lagarto 101
Maestria 23 Licantropo, Homem-Rato 102
Perícias 23 Licantropo, Lobisomem 102
Lobo 103
Combate 27 Lobo Atroz 103
Magia 30 Lobo Invernal 104
Ogro 104
VI - Jogando o Jogo 31 Orc 105
Orc, Bruxo 105
Combate 31 Rato Gigante 106
Exploração 43 Troglodita 106
Troll 107
Interação Social 49 Urso Pardo 107
Vulto 108
Zumbi 108
Obrigado por se juntar ao nosso playtest! O que você
tem em mãos agora é um novo sistema de RPG,
construído a partir das regras do RPG de fantasia mais
popular do mundo. É um jogo cujas premissas você
talvez já conheça, mas refeito de uma maneira um
pouco distinta. A expectativa é que, à medida que lê este
documento de teste, você perceba que já é familiar com
boa parte dos conceitos e ideias trazidos aqui, e
também não tenha dificuldade de compreender e aplicar
o que é novo.
Este esboço não é a versão definitiva! Nosso objetivo
é permitir que o grupo teste cada aspecto das regras e
ofereça um retorno capaz de aprimorar o jogo final.
Elementos de ajuste fino, como o equilíbrio entre as
várias opçõ es de personagem, poderão ser trabalhados
mais adiante: o fundamental neste momento é ter
certeza de que o nú cleo de regras funciona da forma
como foi concebido. Quais são os princípios que
buscamos evocar?
O grupo deve sentir que está jogando um RPG
semelhante aos sistemas clássicos de fantasia dos
anos 80 e 90, mas com um design mais robusto que
os originais;
O sistema deve favorecer uma tomada de decisão
rápida tanto da parte do mestre quanto dos
jogadores, mas com uma densidade de opçõ es que
torne as personagens distintas e mecanicamente
atraentes;
A proposta é heró ica, mas sem deixar de lado o
desafio e o sentido de perigo que marca as regras
clássicas publicadas nos Anos 70 e 80;
Escolhas importam! Os jogadores devem sentir que
as decisõ es que tomam tanto na criação de
personagem quanto durante o jogo são um
determinante maior do seu sucesso ou fracasso do
que um nú mero da ficha ou as regras de um feitiço.
É uma lista grande, nó s sabemos, mas acreditamos
que só vale a pena publicar o jogo se ele for capaz de
fazer aquilo que nó s queremos de uma maneira mais
simples do que os jogos que já existem hoje. Talvez este
primeiro documento não atinja todos os pontos
propostos, mas esses são os princípios para os quais
estaremos olhando em busca de um resultado.
Dados
Túmulos & Tigres (ou apenas T&T) utiliza dados de 4,
6, 8, 10, 12 e 20 lados, que nó s chamamos de d4, d6, d8,
d10, d12 e d20 ao longo do texto. Quando precisamos
determinar um resultado 1 ou 2, as regras se referem a
1d2, que pode ser obtido lançado uma moeda ou
jogando qualquer dado e considerando um resultado
ímpar como um “1” e um resultado par como um “2”. As
regras às vezes se referem também a 1d3, que pode ser
obtido rolando um d6, dividindo o resultado por 2 e
arredondando para baixo.
Algumas regras determinam que é necessário testar a
chance de algo ocorrer, o que costuma ser vinculado a
uma porcentagem entre 1 e 100% e determinado com a
rolagem de 1d%. Se as regras pedirem a rolagem de
1d%, você deve rolar 2d10, sendo um correspondente à
unidade e o outro à dezena. Nesse caso, consideramos
que um resultado “00” indica uma rolagem de 100.
A Mecânica Básica
Uma sessão de T&T se desenvolve como uma conversa
entre os participantes, através da qual eles contam uma
histó ria em conjunto, mas utilizam regras pré-
estabelecidas para o bom andamento da histó ria.
Quando o grupo não é capaz de concordar a respeito da
resolução de uma situação de jogo, nó s resolvemos isso
através de rolagens de dados, de três tipos:
Testes são rolagens nas quais o guardião da
masmorra (GM) arbitra um nú mero alvo (NA) e o
jogador rola 1d20, somando quaisquer
modificadores relevantes para a situação (como um
atributo elevado ou expertise em certo tipo de ação)
e sendo bem-sucedido se o resultado total for igual
ou superior ao NA.
Rolagens de Chance ocorrem em situaçõ es nas quais
o jogador rola 1d% para verificar a chance de um
evento cuja probabilidade já está pré-estabelecida
nas regras, como a chance de aprender um novo
feitiço ou de obter sucesso em uma tentativa de
ressurreição. Se o resultado do dado for menor ou
igual à chance base, o evento se concretiza.
Rolagens quantitativas ocorrem quando o jogador
lança um nú mero de dados e soma os resultados
para obter um valor relevante dentro do jogo, como a
quantidade de dano de um ataque, a quantidade de
cura de um feitiço ou o nú mero de moedas de ouro
subtraídas dos bolsos de um viajante desavisado
que atravessa o caminho do ladrão.
Regras Fundamentais
Além da mecânica básica descrita acima, é sempre bom
ter em mente alguns aspectos fundamentais para uma
sessão bem-sucedida:
Regramentos do GM
O GM e os demais jogadores são parceiros tentando
criar uma histó ria e se divertir juntos, mas o jogo tem
regras, e alguém precisa ter a ú ltima palavra sobre as
regras. Se o grupo não consegue concordar sobre a
interpretação correta de uma situação, cabe ao GM ter a
palavra final.
Dinâmica dos Testes
Ataques, jogadas de proteção e testes de perícia são
testes especiais, com regras pró prias, mas ainda
seguem a premissa básica acima. Um teste que não seja
um ataque, uma jogada de proteção ou um teste de
perícia é um teste de atributo.
Para fazer um teste de atributo, um jogador rola 1d20
e adiciona o modificador do atributo em questão.
Protagonistas da Campanha (PCs) recebem um bô nus
adicional de +2 em todos os seus testes de atributo
quando alcançam o 5º nível.
Para fazer um teste de perícia, um jogador rola 1d20,
adicionando o modificador de proficiência aplicável, de
4
 acordo com a maestria da personagem. Quando testa
uma perícia, tendo ou não proficiência, a personagem
adiciona o modificador do atributo associado (indicado
na descrição de cada perícia) à rolagem.
Para fazer uma jogada de proteção, um jogador rola
1d20, adicionando o modificador referente à classe da
personagem. PCs recebem um bô nus adicional de +2 em
todas as suas jogadas de proteção quando alcançam o
5º nível. O NA da jogada de proteção é sempre 20. Se o
resultado do d20 antes dos modificadores é “1”, aquela
jogada é um fracasso automático. De forma semelhante,
se o resultado do d20 antes dos modificadores é “20”, a
jogada é um sucesso automático.
Para fazer um ataque, um jogador rola 1d20,
adicionando o modificador de proficiência aplicável,
assim como outros modificadores, de acordo com
elementos como distância ou tipo de arma utilizado
pela personagem. Assim como nas jogadas de proteção,
uma rolagem de “1” ou “20” representa uma falha ou
sucesso automático em ataques.
Desafios
Desafios ocorrem quando duas ou mais personagens
medem forças em objetivos opostos. Um guarda em
busca de um espião oculto ou dois atletas correndo em
direção à linha de chegada são exemplos de desafios
nos quais as personagens se enfrentam e apenas uma
delas pode ser bem-sucedida.
Para resolver um desafio, cada personagem envolvida
rola 1d20, soma os modificadores adequados à
situação, e aquela que obtiver o maior resultado total é
a vencedora. Se o resultado for um empate, a situação
anterior não muda.
Esforço
Os PCs (e somente eles) podem aumentar suas chances
de sucesso em um teste empenhando esforço. Ao fazer
isso, o jogador recebe um bô nus de +4 para aquela
rolagem, mas aumenta sua tensão (uma característica
explicada adiante) em um.
Vantagem e Desvantagem
Vantagem e desvantagem formam uma mecânica
específica para o GM atribuir facilitadores ou
complicadores a uma situação, e apenas ele pode dizer
se as condiçõ es de uma rolagem justificam a aplicação
de vantagem ou desvantagem ao teste.
Quando tem vantagem, o jogador rola 2d20 e escolhe
o melhor dos dois resultados, descartando o outro dado
como se ele não tivesse sido rolado. Quando tem
desvantagem, a situação muda: ele rola 2d20 e escolhe
o pior dos dois resultados. Se o GM analisa a situação e
conclui que tanto vantagem quanto desvantagem seriam
aplicáveis, nenhum dos dois ocorre.
Refazendo Testes
Em regra, o jogador não pode repetir um teste no qual a
personagem tenha falhado, e isso vale tanto para os PCs
quanto para NPCs. A regra, portanto, é ter a chance de
testar uma vez para cada evento dentro do jogo. Sucesso
ou fracasso criam uma situação definitiva.
5
A exceção para essa regra simples são aquelas
situaçõ es em que as circunstâncias de um teste mudam
genuinamente. Em T&T, circunstâncias alteradas são
representadas por vantagem e desvantagem nos testes, e
é esse o critério adotado para determinar se o jogador
pode repetir um teste realizado anteriormente.
Assim, uma vez que tenha falhado, o jogador não
pode repetir o teste a não ser que as circunstâncias
tenham mudado o suficiente para ele ter vantagem na
tentativa seguinte e o GM não pode exigir uma nova
rolagem a não ser que as circunstâncias tenham
mudado o suficiente para que o novo teste seja feito
com desvantagem.
Percepção
As regras consideram que as personagens estão o
tempo inteiro tentando sentir o ambiente ao seu redor, a
não ser que fatores externos como privação de sono ou
um feitiço capaz de turbar os sentidos mudem essa
situação. Em termos de regras, a percepção de uma
personagem que não esteja inconsciente está sempre
em um dos seguintes estados:
Distraída: uma personagem distraída está alheia ao
mundo ao seu redor ou concentrada em uma tarefa
que a impede de direcionar seu sentido para evitar
uma emboscada ou detectar uma porta secreta, por
exemplo. Um místico fica distraído enquanto se
concentra em um feitiço, por exemplo. Uma tentativa
de se esconder, mentir ou de outra forma ocultar
algo de uma personagem nessa situação possui um
NA igual a 7 + seu modificador de Sabedoria.
Alerta: esse é o estado da percepção de uma
personagem por padrão. Ela está absolutamente
consciente do mundo ao seu redor e será capaz de
identificar os fenô menos que não necessitarem de
atenção especial. Uma tentativa de se esconder,
mentir ou de outra forma ocultar algo de uma
personagem nessa situação possui um NA igual a 12
+ seu modificador de Sabedoria.
Vigilante: esse é o estado de percepção de uma
personagem que está buscando ativamente perceber
ou identificar qualquer coisa estranha ao seu redor.
Durante um encontro, a personagem terá que abrir
mão de realizar outras tarefas para se manter em um
estado vigilante. Num encontro de combate, manter-
se vigilante é uma ação de um passo. Uma tentativa
de se esconder, mentir ou de outra forma ocultar
algo de uma personagem nessa situação possui um
NA igual a 17 + seu modificador de Sabedoria.
A partir do 5º nível, a experiência dos PCs torna ainda
mais difícil ocultar qualquer coisa deles e todos os NAs
definidos acima são aumentados em +2.
Falhas Voluntárias
Personagens podem escolher falhar em determinados
testes, como jogadas de proteção ou desafios. Para isso,
basta que o jogador declare sua intenção de falhar, de
maneira que o dado não precisa ser rolado e o outro
lado é automaticamente bem-sucedido com qualquer
que fosse a intenção em disputa.
I - Protagonistas da Campanha
Criar uma personagem de 1º nível para participar em
uma sessão de teste de T&T não deve ser uma tarefa tão
desafiadora. Um dos objetivos dess rodada de testes é
garantir que um jogador consiga, com a ajuda do livro
básico, ter uma personagem pronta para jogar em no
máximo 30 minutos. Como fazer isso?
1. Escolha uma Classe
Cada PC possui pelo menos uma classe de personagem
que resume seus principais talentos e habilidades. Para
esta rodada de testes, os jogadores devem escolher
entre guerreiro, ladrão, mago e clérigo. Esses são os
arquétipos clássicos de fantasia que a maioria das
histó rias necessita para funcionar da forma desejada.
2. Escolha uma Raça
O cenário implícito de T&T é habitado por humanos e
uma variedade de povos fantásticos que se distinguem
por seu temperamento peculiar, aparência incomum e
traços culturais bem definidos, em contraposição à
variedade e imprevisibilidade da cultura e do
comportamento humanos. Esta rodada de testes inclui,
além dos pró prios humanos, anõ es, elfos, halflings e
meio-gigantes como opçõ es para os jogadores.
3. Determine Atributos
Todas as personagens são caracterizadas por seis
atributos básicos: Força, Destreza, Constituição,
Inteligência, Sabedoria e Carisma. Para esta rodada de
testes, cada jogador possui seis valores pré-
determinados: 17, 16, 15, 13, 11 e 9. Ele deve atribuir
um desses valores a cada atributo.
4. Proficiências
A classe de uma personagem é sua principal fonte de
proficiência em combate, magia e perícias, mas
algumas raças também contribuem para as capacidades
da personagem, acrescentando habilidade com armas
ou feitiços específicos, por exemplo.
Bônus de Proficiência
Testes que envolvem habilidade com armas, feitiçaria
ou perícias em geral são sempre modificados pelo
bô nus de proficiência de uma personagem. Esse bô nus
varia de acordo com o nível e grau de maestria que a
personagem possui na utilização daquele recurso,
conforme a tabela a seguir:
Tabela I.1: Bônus de Proficiência
Nível Inapto Básico Especialista
1º +0 +1 +2
2º +0 +1 +2
3º +0 +2 +3
4º +0 +2 +3
5º +2 +5 +6
5. Traços Gerais
Traços gerais são características possuídas por todas as
personagens, mas diferem dos atributos em finalidade
de jogo, sendo em alguns casos modificados por eles.
Pontos de Experiência
Os pontos de experiência de uma personagem
(normalmente abreviados como XP) determinam seu
nível, conforme a tabela abaixo. Para esta rodada de
testes, é recomendado que todas as personagens
iniciem com 0 pontos de experiência, mas um grupo de
veteranos pode optar por começar com personagens
mais experientes.
Tabela I.2: Evolução
Pontos de Experiência Nível
0 1º
1.000 2º
3.000 3º
6.000 4º
10.000 5º
Deslocamento
PCs, em geral, utilizam um deslocamento de caminhada
determinado de acordo com seu atributo Destreza. As
quatro raças descritas aqui também são capazes de se
deslocar naturalmente por escalada e natação,
utilizando a metade do valor de seu deslocamento por
caminhada, arredondado para baixo. Se deslocar por
escalada ou natação em um ambiente inó spito pode
requerer um teste da perícia Esportes.
Pontos de Vida
Os pontos de vida determinam, em síntese, o quão
durável uma personagem é em batalha ou outros tipos
de desafios capazes de minar sua resistência corporal.
A classe determina os pontos de vida de uma
personagem, às vezes modificados por um valor muito
alto ou muito baixo em Constituição.
Tensão
Apenas PCs possuem tensão, uma medida de quanto
eles já empenharam esforço na realização de tarefas. O
grau de tensão de uma personagem inicia em 0 e pode
flutuar até 3 ao longo de uma aventura.
Quando um PC acumula tensão maior que 0, qualquer
efeito que o faria recuperar pontos de vida tem seu
resultado reduzido em um valor igual ao seu nível
multiplicado pelo grau de tensão, até o mínimo de 1.
Se a tensão de uma personagem é igual a 3, ela fica
exausta e não pode empenhar mais esforço. A tensão é
reduzida a 0 ao final de uma fase de acampamento.
6. Equipamento
O equipamento inicial da personagem é escolhido de
acordo com as opçõ es disponibilizadas pela sua classe,
e também de acordo com as proficiências que ela
6
 possui. Aventureiros carregam todo tipo de tralha e
sempre possuem algumas moedas na algibeira para
pagar por outra taça de vinho. A riqueza de verdade, no
entanto, é governada pelo investimento de um PC em
Recursos, e flutua menos ao longo do tempo.
Classe de Armadura
A classe de armadura (CA) é o NA para uma personagem
ser atingida por ataques de qualquer tipo. As raças
apresentadas aqui não possuem qualquer carapaça ou
resistência natural, de maneira que sua CA inicial é
igual a 10 + seu modificador de Destreza. Armadura de
qualquer tipo pode ser utilizada para modificá-la.
Inventário e Carga
A Força de uma personagem determina tanto seu valor
de inventário quanto de carga.
O valor de inventário indica o máximo de itens que a
personagem pode carregar, geralmente distribuídos em
sacolas e mochilas, e não inclui qualquer objeto que
seja especificamente excluído do inventário pelas
regras, como coisas que estejam em suas mãos.
O valor de carga é a soma do peso de todas as coisas
carregadas pela personagem cujo peso não seja
negligenciável, inclusive armas e armaduras que
estejam sendo utilizadas, e pode interferir em seu
deslocamento caso ultrapasse o máximo permitido, de
acordo com sua Força.
7. Outros Detalhes
Um PC mago ou clérigo deverá selecionar os feitiços
que compõ em seu grimó rio ou livro de preces e um
ladrão deverá escolher em quais talentos investir seus
pontos iniciais. Além desse tipo de escolha, alguns
outros detalhes também são importantes para que o
jogador tenha uma personagem completa:
Laços
O Carisma de uma personagem determina quantos
investimentos em laços ela pode ter no início do jogo.
Cada investimento pode ser utilizado em aliados,
contatos, reputação ou recursos. Um jogador pode
adquirir investimentos adicionais selecionando um ou
dois inimigos.
Investimentos são a base das mecânicas de interação
social de T&T, e merecem atenção do grupo de teste.
Alinhamento
Cada personagem possui um alinhamento primário
selecionado entre ordem, caos, bem, mal e neutralidade.
O jogador pode escolher também um alinhamento
secundário, selecionando uma opção diferente e não
oposta à primeira (o bem se opõ e ao mal e a ordem se
opõ e ao caos).
De forma alternativa, o alinhamento secundário de
uma personagem pode refletir uma aliança preferencial
a uma divindade, ordem, filosofia ou qualquer outro
detentor de sua lealdade, como uma família ou pessoa
cujo bem-estar ela coloca acima de outros interesses.
7
Significado dos Alinhamentos
Ser alinhado à ordem significa acreditar que sociedades
construídas a partir de sistemas de regras rígidos são
melhores e mais eficientes do que aquelas onde as
pessoas são livres para agir da forma como bem
entenderem. Personagens ordeiras buscam respeitar as
normas, sejam elas de costume, etiqueta ou leis, se
esforçam para manter a palavra dada e esperam o
mesmo tipo de comportamento daqueles com quem
forjam associaçõ es de longo prazo.
Alinhar-se ao caos significa ir em uma direção
diametralmente oposta, valorizando a liberdade, as
escolhas pessoais e o controle sobre os pró prios atos
acima de qualquer expectativa que outros possam criar
a seu respeito. Personagens caó ticas têm pouco apreço
pelas leis e não têm dificuldade em mentir ou trapacear
para alcançar seus objetivos.
Uma personagem alinhada ao bem acredita, acima de
tudo, em colocar as necessidades dos outros acima das
suas pró prias. Um mundo onde cada um zela primeiro
por todos os outros e apenas depois por si mesmo é um
mundo onde as necessidades de cada indivíduo
recebem o cuidado de toda a coletividade.
Para uma personagem alinhada ao mal, por outro
lado, os outros seres não são nada além de meios para
alcançar seus pró prios fins, que em geral envolvem
satisfação pessoal, poder e tudo aquilo que ela puder
utilizar para subjugar outras criaturas às suas pró prias
vontades. Seres malignos não possuem qualquer
dificuldade em fazer uso de meios cruéis e moralmente
condenáveis para atingir seus objetivos.
Alinhar-se à neutralidade significa colocar de lado os
conflitos éticos e morais porque, muitas vezes, a
personagem não se interessa ou não se importa o
bastante com o que outros buscam ou com os métodos
que utilizam para alcançar seus fins. Se PCs neutros são
encontrados mais na companhia de aliados bondosos e
ordeiros, é por conveniência: simplesmente é mais fácil
evitar ser ludibriado ou usado por aliados caó ticos e
malignos quando mantém-se distância deles.
Descrição e Histórico
A descrição de uma personagem envolve tanto os
aspectos físicos quanto psicoló gicos, principalmente
aqueles que escapam ao escopo do alinhamento
primário e secundário. O PC é alto ou baixo para sua
raça? Qual é a cor de seus cabelos? Ele possui uma
barba? Quais são os traços mais marcantes da sua
personalidade? Como é o seu senso de humor? O que
leva a personagem a se aventurar?
Escolher o gênero da personagem também faz parte
dessa fase, considerando que, na maioria das histó rias,
essa é uma escolha puramente estética. Em termos de
regras, T&T não faz qualquer diferenciação entre
personagens do sexo masculino ou feminino, e todos
são igualmente capazes de executar qualquer tarefa.
Num segundo momento, o jogador pode falar um
pouco sobre a origem do PC, sua família e histó ria
pregressa, talvez até mesmo ajudando o GM com bons
ganchos de aventura que poderão ser utilizados à
medida que a campanha progride.
II - Atributos
Protagonistas e não protagonistas da campanha são
igualmente descritos através de seus seis atributos:
Força, Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria e
Carisma. Força, Destreza e Constituição são às vezes
chamados de atributos físicos, enquanto Inteligência,
Sabedoria e Carisma são chamados de atributos
mentais. Eles formam a base para outras características
na ficha de personagem, além de criarem um piso de
competência para as personagens em várias tarefas.
O valor de um atributo determina o modificador que
é adicionado aos testes que o envolvem. Para que a
personagem mova uma pedra, por exemplo, o jogador
rola 1d20 e adiciona ao resultado seu modificador de
Força. Além dessas rolagens, atributos também podem
influenciar outros detalhes, como velocidade de
deslocamento e nú mero de itens mágicos que uma
personagem consegue ter sob seu controle.
Criaturas comuns possuem valores de atributos
variando entre 1 a 20 (5 e 20, para os PCs). Os valores
de 21 a 25 registrados em cada tabela permitem ao GM
projetar as capacidades de antagonistas de origem
sobrenatural cujo poder não se restringe à curva de
possibilidade de indivíduos ordinários.
Força
É uma medida da potência muscular de uma
personagem. Este atributo é utilizado para testes que
envolvam impulsão, capacidade de evitar movimento
involuntário e o potencial de causar dano a criaturas e
objetos apenas com poder físico bruto. Esse potencial é
representado pela coluna Dano de Brutalidade, que
determina a quantidade de dano causado pela
personagem com ataques de armas cuja efetividade
deriva da força bruta.
Qualquer personagem com Força igual ou superior a
10 possui uma chance de realizar feitos de força
improváveis, como dobrar barras ou suspender portais.
O jogador rola 1d% e, se o resultado for menor ou igual
ao nú mero na tabela, a personagem realiza o feito de
força. Se falhar com um objeto, ela só pode tentar
novamente com aquele mesmo objeto depois de
avançar para o pró ximo nível.
A quantidade máxima de objetos que a personagem
pode carregar em seus recipientes é representada pela
coluna Inventário. Carregar um nú mero de objetos
superior ao permitido faz com que ela lute e se mova
com mais dificuldade: ela sofre uma penalidade de -2
em testes de ataque físico e não pode lançar qualquer
feitiço que possua um componente somático.
A Carga, por sua vez, diz respeito ao peso que a
personagem pode carregar livremente sem que isso
interfira em sua capacidade de deslocamento. O valor
estabelecido na coluna é o peso máximo que ela pode
sustentar e ainda se mover todo seu deslocamento
como uma ação de um passo.
Uma personagem que sustente um peso maior que
sua carga máxima, mas que não a ultrapasse mais do
que uma vez e meia, pode se mover metade de seu
deslocamento básico com uma ação de um passo. É
possível, por fim, arrastar um peso igual a duas vezes
sua carga máxima com uma ação de um passo,
deslocando-se até 1,5m com uma ação desse tipo.

Tabela II.1: Força

Valor Modificador Dano de Brutalidade Feitos de Força Inventário Carga
1 -4 nunca 0% 5 15
2 -4 nunca 0% 5 20
3 -4 nunca 0% 6 25
4 -3 1 0% 6 30
5 -3 1 0% 7 35
6 -2 1 0% 7 40
7 -2 1d4 0% 8 45
8 -1 1d4 0% 8 50
9 -1 1d4 0% 9 55
10 0 1d8 1% 9 60
11 0 1d8 2% 10 65
12 0 1d8 4% 10 70
13 +1 1d12 6% 10 75
14 +1 1d12 9% 11 80
15 +2 1d12 12% 11 85
16 +2 2d8 15% 12 90
17 +3 2d8 20% 12 95
18 +3 2d8 25% 13 100
19 +3 2d10 30% 13 105
20 +4 2d10 36% 14 110
21 +4 2d10 43% 14 115
22 +5 2d12 51% 15 120
23 +5 2d12 60% 15 125
24 +6 2d12 70% 15 130
25 +6 5d6 81% 16 135

8
 Destreza
Corresponde à agilidade e desenvolvimento motor de
uma personagem. É utilizada para testes que envolvam
qualidades como equilíbrio, habilidade manual e todo
tipo de atividade que envolva boa coordenação
corporal. É um pré-requisito para ladrõ es, mas pode
ajudar qualquer personagem a se colocar fora de uma
situação de risco físico, como o ataque de um oponente
ou uma armadilha acionada por acidente.
Qualquer personagem que queira causar Dano de
Precisão a seus inimigos poderá se beneficiar de um
bom valor neste atributo.
Testes em situaçõ es nas quais agilidade e leveza
podem facilitar a tarefa, como aqueles baseados na
capacidade de se equilibrar ou se manter em silêncio,
utilizam o modificador de Destreza.
Especialmente importante em combate, o
modificador de Destreza é adicionado à classe de
armadura de uma personagem lutando sem armadura
ou trajada em armadura leve, potencializando sua
capacidade de se esquivar de ataques comuns. Ao atacar
um oponente com ataques desarmados e ataques à
distância com armas que não sejam de arremesso, a
personagem adiciona seu modificador de Destreza ao
resultado da rolagem.
O nú mero de metros que uma personagem é capaz de
percorrer em um ú nico passo durante seu turno de
combate é chamado de Deslocamento, e também varia
de acordo com sua Destreza.
O valor do talento ladino Desvanecer é baseado na
Destreza. A chance indicada na coluna correspondente
será modificada pela quantidade de pontos investida
pelo jogador para aprimorar as chances de sucesso
quando o ladrão tenta utilizar essa habilidade.

Tabela II.2: Destreza

Valor Modificador Dano de Precisão Deslocamento Desvanecer
1 -4 nunca 3m -20%
2 -4 nunca 6m -15%
3 -4 nunca 6m -10%
4 -3 nunca 6m -5%
5 -3 nunca 6m -5%
6 -2 nunca 6m -5%
7 -2 1d4 9m 0%
8 -1 1d4 9m 0%
9 -1 1d4 9m 0%
10 0 1d6 9m 0%
11 0 1d6 9m 0%
12 0 1d6 9m 0%
13 +1 1d8 9m 5%
14 +1 1d8 9m 5%
15 +2 1d8 12m 5%
16 +2 1d10 12m 10%
17 +3 1d10 12m 10%
18 +3 1d10 12m 10%
19 +3 1d12 12m 15%
20 +4 1d12 15m 20%
21 +4 1d12 15m 20%
22 +5 2d8 15m 20%
23 +5 2d8 15m 25%
24 +6 2d8 15m 30%
25 +6 2d10 18m 35%

9
Tabela II.3: Constituição
Valor Modificador Chance de Ressurreição Chance de Colapso Suspiro Vital
1 -4 20% 95% 1
2 -4 25% 90% 1
3 -4 30% 85% 1
4 -3 35% 80% 1
5 -3 40% 75% 1
6 -2 45% 70% 2
7 -2 50% 65% 2
8 -1 55% 60% 2
9 -1 60% 55% 3
10 0 65% 50% 3
11 0 70% 45% 3
12 0 75% 40% 3
13 +1 80% 35% 3
14 +1 85% 30% 3
15 +2 90% 25% 4
16 +2 95% 20% 4
17 +3 99% 15% 4
18 +3 99% 10% 4
19 +3 99% 5% 4
20 +4 99% 1% 5
21 +4 99% 1% 5
22 +5 99% 1% 5
23 +5 99% 1% 5
24 +6 99% 1% 5
25 +6 99% 1% 5

e morrendo, mas pode se estabilizar (sozinha ou com

Constituição
Se relaciona principalmente à capacidade de tolerar
violência e dor física, mas representa de forma geral a
saú de e aptidão corporal. Embora uma Constituição
elevada esteja associada a uma expectativa de
sobrevivência maior e, portanto, seja desejável para
qualquer criatura, ela é especialmente importante para
os aventureiros que se arriscam cotidianamente em
situaçõ es de vida ou morte.
O modificador de Constituição se aplica a testes em
que o vigor físico pode proteger de um mal maior, como
cansaço ou doença, assim como situaçõ es nas quais o
corpo é testado contra o rigor dos elementos (chuva,
frio e calor, por exemplo). Pontos de vida, que são uma
medida do potencial de tolerância das personagens
dentro do mundo de jogo, têm seu valor influenciado
por este atributo, mas um modificador de Constituição
negativo nunca reduz a rolagem do dado de vida a
menos de 1.
Qualquer magia inferior a uma intervenção direta dos
deuses que tente trazer uma personagem de volta à vida
possui uma chance de falhar. O jogador deve rolar 1d%
e, se obtiver um resultado menor ou igual à sua Chance
de Ressurreição, a tentativa é bem-sucedida. Em um
resultado de “00”, a tentativa não produz o efeito
desejado, e algo acontece.
Em qualquer situação na qual a personagem passe
por uma mudança abrupta e radical da sua integridade
corporal, o jogador deve rolar 1d% e, se obtiver um
nú mero igual ou inferior ao que está descrito na coluna
Chance de Colapso, seu corpo pode não tolerar o
choque. A personagem fica imediatamente inconsciente
ajuda externa).
Se sofrer um colapso, uma personagem só pode
recobrar a consciência depois de 1d4 horas ou com a
ajuda de restauração ou outro feitiço ainda mais
potente. Feitiços que apenas restaurem pontos de vida
não farão com que ela recobre a consciência.
Exemplos de eventos que podem provocar uma
chance de colapso incluem membros decepados ou
efeitos de metamorfose, quando não estão sob controle
do pró prio alvo.
Alguém que esteja morrendo deve fazer um teste de
resiliência ao final de seu turno. A personagem morre
apó s falhar um nú mero de vezes igual ao seu Suspiro
Vital e se estabiliza sem a necessidade de ajuda externa
depois de três sucessos ou com um resultado “20”.
Inteligência
É uma medida da capacidade de processar e reter
informação, utilizando-a para construir associaçõ es e
analisar os fatos referentes ao mundo ao redor. É a
ferramenta fundamental da linguagem, a base de todo
conhecimento racional e um pré-requisito para os
magos de T&T, que lançam feitiços numa tradição
mística que é aprendida, e não despertada ou revelada.
Além disso, qualquer personagem que queira dominar
uma grande quantidade de perícias se beneficia de um
bom valor de Inteligência.
O modificador de Inteligência reflete a capacidade
analítica, sendo usado para reconhecer e processar
padrõ es de informação, como em um teste para
identificar um feitiço sendo lançado ou extrair uma

10
 Tabela II.4: Inteligência
Valor Modificador Pontos de Perícia Chance de Aprender Magia Decifrar Escrita
1 -4 0 0% nunca
2 -4 0 0% nunca
3 -4 0 0% nunca
4 -3 0 0% -20%
5 -3 0 0% -15%
6 -2 0 5% -10%
7 -2 0 10% -5%
8 -1 1 20% 0%
9 -1 1 35% 0%
10 0 1 50% 0%
11 0 2 55% 0%
12 0 2 60% 0%
13 +1 2 65% 0%
14 +1 3 70% 0%
15 +2 3 75% 5%
16 +2 3 80% 5%
17 +3 4 85% 5%
18 +3 5 90% 10%
19 +3 6 95% 15%
20 +4 7 99% 20%
21 +4 8 99% 25%
22 +5 9 99% 30%
23 +5 10 99% 35%
24 +6 11 99% 40%
25 +6 12 99% 50%

informação em meio a um universo de dados variados

(como uma biblioteca ou sala bagunçada).
A coluna Pontos de Perícia indica o nú mero de
pontos extras que uma personagem recebe para adquirir
proficiências adicionais durante a criação, o que inclui
tanto novas perícias quanto níveis de maestria
superiores em perícias já possuídas. Mago e guerreiro
podem ainda utilizar esses pontos para se tornarem
especialistas em suas principais ferramentas de
aventura já no início do jogo.
A Chance de Aprender Magia se aplica aos magos,
assim como a qualquer outro místico que baseie sua
aptidão em conhecimentos passados de mão em mão
através de instruçõ es diretas, grimó rios ou
pergaminhos de feitiço. Se falhar nesse teste, a
personagem não poderá tentar aprender aquele feitiço
novamente até alcançar o pró ximo nível. Em um
resultado de “00”, jamais poderá aprendê-lo.
O valor do talento ladino Decifrar Escrita é baseado
na Inteligência. A chance indicada na coluna
correspondente será modificada pela quantidade de
pontos investida pelo jogador para aprimorar as
chances de sucesso quando o ladrão tenta utilizar essa
habilidade. Magos também são capazes de decifrar
escrita, mas sua chance inicial progride naturalmente a
cada nível alcançado.

Sabedoria
Quantifica a percepção, consciência externa e abertura
psíquica, assim como a força de vontade, rigor e
disciplina mental de modo geral de uma personagem. É

11
a ferramenta de trabalho natural para agentes ligados a
uma consciência universal superior, como os clérigos,
mas pode potencializar qualquer um que tenha um bom
uso para uma mente rotineiramente estável.
Aventureiros que precisam perceber rapidamente a
chegada do perigo, desde uma emboscada até uma
armadilha, sempre fazem bom uso da Sabedoria.
Um modificador de Sabedoria elevado facilita que a
personagem perceba mudanças tanto no ambiente
quanto nas criaturas, detecte uma armadilha ou
emboscada, mas também encontre as brechas pelas
quais o sobrenatural penetra no tecido da realidade,
mesmo que de forma instintiva.
Personagens com Sabedoria muito baixa ou muito
alta também acrescentam um modificador ao Teste de
Surpresa que pode ter que ser realizado no início de
um combate, aumentando ou diminuindo,
respectivamente, a chance de estarem surpresos
durante a primeira rodada.
A Sabedoria influencia a chance de um místico ser
bem-sucedido em lançar um feitiço concedido a ele por
uma entidade superior. Essa influência é representada
pela coluna Chance de Falha de Magia, e afeta apenas
os clérigos entre as classes disponíveis nesta rodada de
testes. Clérigos com Sabedoria igual ou maior que 15
não possuem essa chance de falha, enquanto aqueles
com Sabedoria igual ou menor que 5 não possuem
qualquer chance de sucesso.
O valor do talento ladino Sentir Perigo é baseado na
Sabedoria. A chance indicada na coluna correspondente
será modificada pela quantidade de pontos investida
pelo jogador para aprimorar suas chances quando o
ladrão utiliza essa habilidade.
Dependência de Atributos Múltiplos
Todos os PCs são dependentes de atributos múltiplos em
T&T, o que é uma decisão intencional. Estas regras não
permitem que qualquer dos atributos seja tratado pelo
jogador como um atributo desnecessário, de forma que as
escolhas sempre são relevantes e as consequências das
decisões tomadas no início do jogo vão aparecer em
algum momento, a não ser que o GM trabalhe ativamente
para evitá-las.
A forma mais comum dos jogadores encararem essa
situação é concluir que eles precisam ter valores bons em
todos os atributos. A forma que nós escolhemos encarar,
por outro lado, é entender que todos os atributos
possuem alguma utilidade, não importa quem seja você.
O objetivo, ao final, é permitir que o jogador opte por
um guerreiro inteligente, um mago carismático ou um
ladrão forte sem entender que está fazendo uma escolha
ruim em nome do conceito de personagem com o qual
gostaria de jogar. É provável que haja distribuições
superiores umas às outras, mas a ideia é garantir que
todas elas sejam viáveis.
Carisma
É uma medida de magnetismo pessoal, força de
personalidade e presença. Personagens que forjam
alianças com entidades de outros planos se beneficiam
de um valor alto nesse atributo.
Mesmo que não possa determinar o quanto alguém
está de acordo com os padrõ es de beleza de um grupo
social, o Carisma ainda representa a majestade que se
pode exercer sobre outros, tornando-se a melhor
medida de quão fisicamente atraente alguém parece
para as criaturas ao seu redor.

Tabela II.5: Sabedoria

Valor Modificador Teste de Surpresa Chance de Falha de Magia Sentir Perigo
1 -4 -6 100% -30%
2 -4 -5 100% -25%
3 -4 -5 100% -20%
4 -3 -4 100% -15%
5 -3 -3 100% -15%
6 -2 -2 90% -10%
7 -2 -1 80% -10%
8 -1 0 70% -5%
9 -1 0 60% -5%
10 0 0 50% 0%
11 0 0 40% 0%
12 0 0 30% 0%
13 +1 0 20% 0%
14 +1 0 10% 5%
15 +2 +1 0% 5%
16 +2 +1 0% 10%
17 +3 +1 0% 10%
18 +3 +1 0% 15%
19 +3 +2 0% 20%
20 +4 +2 0% 25%
21 +4 +2 0% 30%
22 +5 +2 0% 35%
23 +5 +3 0% 40%
24 +6 +3 0% 45%
25 +6 +3 0% 50%

12
 Tabela II.6: Carisma
Valor Modificador Itens Harmonizados Investimento em Laços Encontro Fortuito
1 -4 0 0 nunca
2 -4 0 0 nunca
3 -4 0 0 nunca
4 -3 1 0 nunca
5 -3 1 0 nunca
6 -2 2 1 -20%
7 -2 2 1 -15%
8 -1 2 1 -10%
9 -1 3 2 -5%
10 0 3 2 0%
11 0 3 3 0%
12 0 3 3 0%
13 +1 3 3 0%
14 +1 3 4 0%
15 +2 4 4 5%
16 +2 4 5 5%
17 +3 4 5 5%
18 +3 4 5 10%
19 +3 4 6 15%
20 +4 5 6 20%
21 +4 5 7 25%
22 +5 5 7 30%
23 +5 5 7 35%
24 +6 5 8 40%
25 +6 6 8 50%

O modificador de Carisma é o fator de preponderância valor de Carisma igual ou menor que 5 nunca possuem
em confrontos sociais, e permite influenciar e insuflar uma chance de encontro fortuito. Mesmo que invista
multidõ es, entre outros feitos de magnetismo e altivez, parte de seus pontos para aprimorar esse talento, o
mas talvez sua maior utilidade seja quanto os PCs ladrão ainda falhará ao tentar utilizá-lo.
tentam acionar seus laços sociais.
O máximo de Itens Harmonizados é influenciado por
este atributo, indicando quantos itens mágicos (com
Atributos Aleatórios
Se o seu grupo insiste em determinar os atributos das
exceção de pergaminhos e poçõ es) a personagem é
personagens à moda antiga, isso pode ser feito.
capaz de usar ao mesmo tempo.
Recomendamos que cada atributo receba um valor entre
A coluna Investimento em Laços indica quantos
5 e 20, rolando 6d4 e descartando o menor dado.
pontos o jogador terá para distribuir na construção da
Isso é superior a 4d6 mantendo os três maiores,
árvore de relacionamentos da personagem, com
como feito nas regras tradicionais, mas T&T não utiliza
elementos como aliados, contatos e recursos.
modificadores raciais para os atributos, então uma
O valor do talento ladino Encontro Fortuito é
variação maior nos valores iniciais permite que os PCs
baseado no Carisma. A chance indicada na coluna
alcancem uma posição semelhante àquela que seria
correspondente será modificada pela quantidade de
encontrada no jogo clássico.
pontos investida pelo jogador. Personagens com um

13
III - Raças
Cada protagonista deve pertencer necessariamente a
uma das raças permitidas para as personagens dos
jogadores. Nesta rodada de testes, os jogadores podem
escolher entre humano, anão, elfo, halfling e meio-
gigante, que são arquétipos clássicos de fantasia.
A raça determina certos traços culturais e de
personalidade, mas isso não é objeto de descrição
detalhada neste documento de testes. Em T&T,
pertencer a uma raça diferente de humano não altera
seus atributos de qualquer maneira, mas confere outros
tipos de vantagem situacionais que podem ser de
interesse de cada jogador.
Anão
Duros na queda e leais até depois da morte, anõ es são
um arquétipo clássico da fantasia. Seu talento com
armas e a genialidade de seus artesãos é apreciada por
aliados e inimigos igualmente. As características de
jogo são as seguintes:
Como criaturas de tamanho médio, anõ es não
recebem quaisquer bô nus ou penalidade em razão de
seu tamanho. Eles são treinados para trabalhar e
guerrear de forma obstinada desde a infância. Em razão
disso, todo anão tem proficiência básica em maças,
machados e um ofício à escolha do jogador, em geral
ligado à lapidação e ferraria.
O anão também é resistente a venenos de todo tipo,
de maneira que recebe um bô nus de +4 em suas jogadas
de proteção contra venenos e possui resistência a
qualquer dano de veneno.
Por fim, sua tenacidade natural torna a mente de um
anão difícil de controlar. Ele recebe um bônus de +4
em jogadas de proteção contra efeitos que tentem
controlar ou subjugar sua vontade.
Elfo
De todos os povos, os elfos foram os primeiros a
despertar do sono da eternidade e caminhar pelo
mundo, praticando feitiçaria e realizando feitos
descritos em lendas mais antigas que qualquer homem.
Suas características de jogo são as seguintes:
Como criaturas de tamanho médio, elfos não recebem
quaisquer bô nus ou penalidade em razão de seu
tamanho. Eles sempre recebem algum treinamento
para a feitiçaria, que resulta em um bô nus de +2 em
testes de Misticismo. Além disso, o jogador pode
escolher uma rotina qualquer, selecionada entre as
esferas Conexõ es, Elemental e Matéria, que a
personagem pode utilizar com proficiência básica,
mesmo que não a tenha. A partir do 5º nível a
personagem pode usar a rotina como se fosse
especialista, mesmo que não seja.
O treinamento dos elfos inclui também capacidades
de exploração e combate: todos são proficientes em
arco longo, arco curto, espada curta e espada rápida.
Eles recebem um bônus de +4 em testes de Análise
feitos para detectar passagens secretas ou portas
ocultas em uma construção.
Finalmente, a natureza feérica dos elfos faz com
sejam imunes a feitiços que provocam
envelhecimento ou sono. Apó s alcançarem a
maturidade física, eles só envelhecem 1 ano para cada
dez anos de vida mortal, em geral abandonando o plano
material antes de morrerem de velhice.
Halfling
Halflings têm um estilo de vida baseado em trabalho
duro e recompensa farta, como banquetes generosos e
longos períodos de descanso à sombra das
árvores. A aventura é sempre uma jornada
inesperada. Suas características de jogo são
as seguintes:
Como o pró prio nome já revela, eles
possuem tamanho pequeno. Halflings
recebem um bô nus de +4 em testes de
14
 furtividade e criaturas de tamanho maior que médio
têm uma penalidade de -4 em jogadas de ataque contra
eles. Em compensação, não conseguem utilizar armas
feitas para serem empunhadas em duas mãos e
precisam das duas mãos para empunhar armas feitas
para empunhadura destra.
Todos eles possuem proficiência em Culinária e
Labor (pescaria é a forma mais comum), e apreciam
atirar pedras como uma espécie de esporte cultural,
recebendo um bônus de +1 em ataques e rolagens de
dano com armas de arremesso.
Por fim, halflings possuem uma resistência natural
à corrupção do espírito: eles têm resistência a dano
psíquico e recebem um bô nus de +4 em jogadas de
proteção contra efeitos que deixem a personagem
amedrontada ou enfurecida.
Humano
Humanos estão presentes em praticamente todos os
cenários de fantasia e quase sempre protagonizam as
histó rias tanto como heró is quanto como vilõ es. Suas
características de jogo são as seguintes:
Como criaturas de tamanho médio, humanos não
recebem quaisquer bô nus ou penalidade em razão de
seu tamanho. Graças à sua coragem, persistência e
otimismo diante das situaçõ es mais desesperadoras,
humanos têm um bônus de +1 em todas as jogadas
de proteção.
Variados e versáteis em suas vocaçõ es, humanos
recebem proficiência em uma
perícia adicional no 1º nível e
se tornam especialistas na
mesma perícia assim que
alcançam o 5º nível.
15
Humanos são capazes de empenhar uma
quantidade colossal de esforço em sua busca por
grandeza. Essa característica racial permite que o
humano empenhe esforço uma vez sem aumentar sua
tensão. Apó s utilizar essa habilidade, ele não pode usá-
la novamente até terminar uma fase de acampamento.
Meio-Gigante
Utilizando infusõ es místicas e pactos cujos termos
foram perdidos há muitas eras, os homens da fronteira
se tornaram tão parecidos com gigantes de verdade que
passaram a ser conhecidos como meio-gigantes. Suas
características de jogo são as seguintes:
O meio-gigante tem porte avantajado. Apesar de
serem de tamanho médio, eles podem utilizar armas
feitas para serem empunhadas em duas mãos como se
fossem de empunhadura destra e recebem um bô nus de
+4 ao utilizar a manobra agarrar. Também sofrem uma
penalidade de -2 em testes de Furtividade e criaturas de
tamanho menor que médio têm um bô nus de +1 em
ataques contra eles.
Naturalmente atléticos, todos os meio-gigantes
recebem proficiência básica em Esportes e podem
usar os pontos recebidos de sua Inteligência para se
tornarem especialistas nessa perícia desde o 1º nível.
Recebem ainda um bônus de +4 em testes de
Comando para tentativas de intimidar criaturas de
tamanho médio ou menor.
Finalmente, o sangue de gigante dá a esses brutos
uma resistência natural aos rigores elementais. O
jogador pode escolher
fogo, frio ou raio
durante a criação da
personagem, e ela
se torna
resistente ao
tipo de dano
escolhido.
IV - Classes
A classe é o principal definidor dos talentos e
habilidades de um aventureiro e estabelece a forma
como ele se lança à vida de aventuras. Nesta rodada de
testes, os jogadores podem escolher entre clérigo,
guerreiro, ladrão e mago.
Clérigo
O clérigo canaliza magia de entidades superiores, como
deuses, semideuses e forças có smicas, para curar e
defender seus aliados. As regras básicas que dizem
respeito ao clérigo são as seguintes:
Pontos de Vida
Iniciais: 10 + modificador de Constituição
Acréscimo de Pontos de Vida no 2º e 3º níveis: 1d10
+ modificador de Constituição por nível.
Acréscimo de Pontos de Vida do 4º e 5º níveis: 1d10
por nível.
Proficiências
Possui todas as proficiências descritas abaixo e recebe
um ponto de proficiência adicional no 2º nível e outro
no 4º. Ele pode usar esses pontos para adquirir
proficiências novas ou aumentar seu grau de maestria,
de acordo com as regras abaixo.
Perícias
Deve escolher quatro delas, pelo menos duas das quais
entre Análise, Arte, Comando, Costumes, Cura, Labor,
Linguagem, Misticismo e Ofício. Ele possuirá o nível
básico de proficiência nas perícias escolhidas e poderá
alocar pontos de proficiência adicionais recebidos em
razão do seu valor de Inteligência para se tornar
especialista em qualquer delas.
Combate
Possui o nível básico de proficiência na utilização de
todos os tipos de arma de impacto, armadura e escudo,
e nos estilos de combate Duas Mãos, Uma Arma e Arma
e Escudo. A partir do 4º nível, ele pode alocar pontos de
proficiência adicionais para se tornar especialista em
armaduras médias ou pesadas, ou ainda nos estilos de
combate Duas Mãos e Arma e Escudo.
Magia
Possui o nível básico de proficiência nas esferas
Celestial e Quintessência, assim como em uma terceira
esfera determinada por sua devoção, que pode ser uma
divindade, um conceito abstrato ou uma religião
organizada. A partir do 2º nível, a cada vez que ganhar
pontos de proficiência, ele pode utilizá-los para se
tornar especialista em esferas de feitiçaria. A tabela a
seguir descreve algumas possíveis devoçõ es clericais:
Tabela IV.1: Devoções Clericais
Devoções Esfera Devoções Esfera
Comuns Adicional Comuns Adicional
Caos, Morte Morte Céus, Fogo Elemental
Amor, Cultura Consciência Caçada, Feras Primal
Forja, Terra Matéria Ar, Jornadas Conexões
Jogadas de Proteção
Paralisação, Veneno ou Morte: +6
Transfiguração ou Petrificação: +6
Ilusão ou Ofensiva Mental: +8
Explosão ou Ataque em Área: +4
Feitiçaria: +8
Além desses modificadores, ele recebe um modificador
adicional de +2 em todas as suas jogadas de proteção a
partir do 5º nível.
Características Adicionais
A fé poderosa de um clérigo lhe confere uma autoridade
sobre o mundo sobrenatural que nem mesmo outros
feiticeiros poderosos são capazes de alcançar. Quando o
clérigo fala em nome de seu deus, não há entidade que
possa ignorá-lo ou criatura que fique alheia ao seu
poderoso comando. Por causa desse mandato ú nico, o
clérigo é capaz de expulsar mortos-vivos de sua
presença, apresentando seu símbolo sagrado e
ordenando que se afastem.
Um morto-vivo que esteja na presença do clérigo e
possa vê-lo e ouvi-lo nesse ato de censura deve ser
16
 bem-sucedido em uma jogada de proteção contra
Ofensiva Mental ou ficará amedrontado por uma hora.
Uma criatura de nível igual ou superior ao nível do
clérigo +4 recebe um bô nus de +4 em sua jogada de
proteção. Por outro lado, se o nível do morto-vivo for
igual ou inferior ao nível do clérigo -4, ele sofre uma
penalidade de -4 em sua jogada de proteção. A criatura
pode fazer uma nova jogada de proteção imediatamente
a cada vez que sofre dano.
Um clérigo realmente poderoso pode destruir
mortos vivos com sua fé, em vez de somente
amedrontá-los. A partir do 5º nível, caso o clérigo
utilize seu poder para expulsar um morto-vivo de 1º
nível, ele pode optar por destruir aquela criatura, em
vez de expulsá-la. A criatura ainda pode realizar sua
jogada de proteção, sendo destruída em caso de falha. O
nú mero de mortos-vivos que o clérigo pode destruir
dessa forma durante um ú nico encontro não pode ser
superior ao seu pró prio nível.
Não existe um limite no nú mero de vezes que um
clérigo pode tentar expulsar ou destruir mortos-vivos,
mas uma criatura que tenha sido bem-sucedida em sua
jogada de proteção fica imune à fé do clérigo até que ele
alcance o pró ximo nível.
Feitiçaria
Para lançar um feitiço, além de ser proficiente numa
esfera com acesso a ele, o clérigo deve primeiramente
preparar o feitiço, o que é feito com a ajuda de um livro
de preces. Em geral, cada clérigo possui seu pró prio
livro de preces, obtido junto à sua ordem religiosa, ou
até mesmo formado como uma compilação de
panfletos, sermõ es e invocaçõ es sagradas que ele vai
acumulando ao longo dos anos.
Diferentemente do grimó rio de um mago, o livro de
preces de um clérigo não é o receptáculo de todo
conhecimento sagrado em sua mente, mas sim uma
espécie de referência, uma âncora e uma peça de
recordação que torna perene o vínculo que ele
construiu com sua divindade. Nos momentos de maior
desespero e frustração, o clérigo pode abrir seu livro de
preces não para procurar o feitiço certo, mas para
encontrar alívio e conforto nas palavras de sua fé.
Rotinas
Além de seus feitiços mais poderosos, o clérigo
mantém uma série de rotinas que não permitem que
fique indefeso nem mesmo quando seu livro de preces
é tomado. O clérigo conhece duas rotinas à escolha do
jogador, entre aquelas disponíveis para as esferas nas
quais seja proficiente. Clérigos realmente poderosos
podem conhecer um nú mero ainda maior delas.
Feitiços Conhecidos
No 1º nível, o clérigo tem um livro de preces contendo
cinco feitiços do 1º círculo pertencentes às esferas nas
quais possui proficiência. Esse primeiro livro de preces
é o repositó rio dos feitiços que ele conhece, exceto as
rotinas, que estão fixadas em sua mente. O primeiro
livro de preces de um clérigo pode ter sido preparado
pelos mestres de seu templo, ou até mesmo enviado
dos céus pela pró pria divindade. Alguns clérigos são
17
guiados por visõ es até o local de onde seu primeiro
manuscrito de fé pode ser desenterrado, como uma
ruína ou o tú mulo de um antigo heró i. Sendo assim, o
mestre pode escolher os feitiços contidos nele ou
permitir que o jogador decida.
Um clérigo aprende feitiços adicionais à medida que
tem contato com eles, o que pode acontecer através de
uma pesquisa pessoal, realizada no intervalo entre
aventuras, com o auxílio de um pergaminho de magia
divina ou com a ajuda de outro clérigo que tenha
conhecimento da oração que ele deseja aprender.
Embora não haja um limite em relação ao nú mero de
feitiços que um clérigo pode conhecer, um livro de
preces de viagem, apropriado para levar em aventuras,
não poderá registrar mais do que vinte feitiços.
De forma distinta de um mago, o clérigo sempre pode
aprender um novo feitiço com o qual tenha contato,
desde que tenha tempo e condiçõ es de registrá-lo em
seu livro de preces. Ele não precisa rolar sua chance de
aprender magia, sendo necessário apenas que o jogador
manifeste sua vontade de registrar aquele novo
conhecimento no livro de preces da personagem. Fé e
devoção, e não a capacidade de aprender cânticos e
gestos complexos, alimentam a feitiçaria clerical.
Finalmente, um clérigo não pode aprender feitiços de
um círculo de feitiçaria que ele não seja capaz de lançar.
Assim, um clérigo deve alcançar o 3º nível antes que
possa aprender feitiços do 2º círculo e deve alcançar o
5º nível para obter acesso aos feitiços do 3º círculo,
como indicado na Tabela IV.2: Feitiçaria do Clérigo. O
clérigo ainda pode tentar aprender o feitiço (ele não
necessariamente sabe que aquele feitiço está além de
seu poder de compreensão, afinal), mas a tentativa
fracassa automaticamente.
Preparando e Lançando Feitiços
A Tabela IV.2 mostra quantas estilhas de feitiço o
clérigo tem para lançar seus feitiços de cada círculo.
Para lançar um feitiço, ele usa uma estilha de círculo
igual ou maior que o daquele feitiço. O clérigo recupera
todas as estilhas de feitiço utilizadas quando termina
uma fase de acampamento ou um período de descanso
ainda maior.
Antes de conjurar um feitiço, o clérigo deve prepará-
lo, o que significa orar e meditar com o auxílio de seu
livro de preces ao longo de pelo menos uma hora,
geralmente no início do dia. Uma vez que tenha
preparado um feitiço, ele fica preparado até que o
clérigo opte por preparar novamente a lista de feitiços
que pode lançar, refazendo o processo descrito acima. O
máximo de feitiços que um clérigo pode preparar é
igual ao seu nível + seu modificador de Sabedoria.
Tabela IV.2: Feitiçaria do Clérigo
Rotinas Estilhas de Feitiço por Círculo de Feitiçaria
Nível Conhecidas 1º 2º 3º
1º 2 1 — —
2º 2 2 — —
3º 2 2 1 —
4º 2 3 2 —
5º 2 4 2 1
Por exemplo, um clérigo de 3º nível com Sabedoria 17
pode preparar seis feitiços selecionados entre o 1º e o
2º círculos de feitiçaria. Esses feitiços devem estar
escritos no seu livro de preces, e ele deve gastar pelo
menos uma hora recobrando esses ensinamentos antes
que eles estejam preparados. Uma vez que tenha
terminado esse processo, os feitiços ficam disponíveis
até que ele resolva preparar uma seleção diferente.
Se a Sabedoria de um clérigo é inferior a 15, há uma
chance de que a divindade não ouça suas preces e a
magia falhe. O jogador deve rolar sua chance de falha de
magia e, em caso de falha, a estilha de feitiço é perdida
sem que qualquer efeito aconteça. Esse teste é feito
quando o clérigo completa o feitiço, ao final do tempo
de lançamento.
Equipamento Inicial
O clérigo de 1º nível possui uma algibeira contendo 10
peças de ouro e recebe também seu livro de preces, seu
símbolo sagrado e o equipamento descrito abaixo:
Uma maça rápida
Uma funda e 20 pedras de funda
Um escudo pesado
Uma cota de talas ou uma cota de malha
Estoque de explorador ou peregrino
Guerreiro
O guerreiro domina técnicas para se tornar absoluto no
campo de batalha, onde defende seus aliados e enche de
pavor seus inimigos. As regras básicas que dizem
respeito ao guerreiro são as seguintes:
Pontos de Vida
Iniciais: 12 + modificador de Constituição
Acréscimo de Pontos de Vida no 2º e 3º níveis: 1d12
+ modificador de Constituição por nível.
Acréscimo de Pontos de Vida do 4º e 5º níveis: 1d12
por nível.
nível, ele pode alocar pontos de proficiência adicionais
para se tornar especialista em outras armas, em
qualquer armadura, escudo ou estilo de combate.
Jogadas de Proteção
Paralisação, Veneno ou Morte: +8
Transfiguração ou Petrificação: +6
Ilusão ou Ofensiva Mental: +4
Explosão ou Ataque em Área: +8
Feitiçaria: +6
Além desses modificadores, ele recebe um modificador
adicional de +2 em todas as suas jogadas de proteção a
partir do 5º nível.
Características Adicionais
Nenhuma outra classe dedica tanto tempo e energia a
conhecer e dominar as diferentes armas. O guerreiro
tem autoridade em armas, um bô nus de +2 em todas
as jogadas de dano com armas nas quais possua
proficiência, graças à sua capacidade de ser mais
eficiente que o restante do campo com sua principal
ferramenta de trabalho. O bô nus é cumulativo com
qualquer outra vantagem que o guerreiro possua em
razão de alto nível de maestria na arma utilizada.
Guerreiros podem buscar conhecimento ao longo de
aventuras, mas sua maior qualidade sempre será o
talento para dominar o campo através da superioridade
de treinamento em ataque, defesa e manobras táticas
para iludir, controlar e sobrepujar os inimigos. O
guerreiro pode utilizar uma reação extra a cada
rodada, além daquela permitida a todas as
personagens. Ela só pode ser usada para fazer um
ataque de oportunidade, e não permite que o guerreiro
reaja mais de uma vez ao mesmo evento.
Desde que não faça nada além de se mover, ele pode
realizar uma manobra de esquiva com dois passos.

Proficiências
Possui todas as proficiências descritas abaixo e
recebe um ponto de proficiência adicional no 2º
nível e outro no 4º. Ele pode usar esses pontos para
adquirir proficiências novas ou aumentar seu grau de
maestria, de acordo com as regras abaixo.
Perícias
Deve escolher três, pelo menos uma das quais entre
Comando, Esportes, Labor, Ofício e Sobrevivência. Ele
possuirá o nível básico de proficiência nas perícias
escolhidas, e poderá alocar pontos de perícia adicionais
recebidos em razão do seu valor de Inteligência para se
tornar especialista em qualquer delas.
Combate
Ele possui o nível básico de proficiência na utilização
de qualquer arma, armadura ou escudo, e em todos os
estilos de combate. O guerreiro — e somente ele —
pode utilizar um dos pontos de perícia recebidos em
razão de sua Inteligência para se tornar especialista em
uma arma à sua escolha já no 1º nível. A partir do 2º

18
 Essa facilidade de reagir e se readaptar ao ambiente de
batalha permite ainda ao guerreiro realizar uma
provocação com apenas um passo.
O guerreiro controla facilmente os inimigos mais
fracos. A partir do 3º nível, quando faz uma ação de
ataque, ele pode utilizar a mesma ação para realizar um
segundo ataque contra outra criatura que também esteja
ao seu alcance, desde que o nível da criatura seja
inferior ao seu. Ele não pode se mover entre esses
ataques e deve usar a mesma arma para ambos.
Equipamento Inicial
O guerreiro de 1º nível recebe uma algibeira contendo
10 peças de ouro e escolhe o restante de suas posses de
acordo com as opçõ es abaixo:
Uma cota de malha ou uma armadura de couro, um
arco longo e 20 flechas;
Duas armas corpo a corpo ou uma arma corpo a
corpo e um escudo pesado;
Uma besta leve e 20 virotes ou duas machadinhas;
Estoque de explorador ou aventureiro;
Ladrão
O ladrão é o arquétipo clássico da fantasia sombria,
movido mais pelo desejo de ouro e gló ria do que por
heroísmo ou bravura. As regras básicas que dizem
respeito a ele são as seguintes:
Pontos de Vida
Iniciais: 8 + modificador de Constituição
Acréscimo de Pontos de Vida no 2º e 3º níveis: 1d8 +
modificador de Constituição por nível.
Acréscimo de Pontos de Vida do 4º e 5º níveis: 1d8
por nível.
19
Proficiências
Possui todas as proficiências descritas abaixo e recebe
um ponto de proficiência adicional no 2º nível e
outrono 4º. Ele pode usar esses pontos para adquirir
proficiências novas ou aumentar seu grau de maestria,
de acordo com as regras abaixo.
Perícias
Deve escolher seis delas, pelo menos quatro das quais
entre Acrobacia, Análise, Arte, Esportes, Furtividade,
Lábia, Linguagem, Náutica, Negó cios e Prestidigitação.
Ele possuirá o nível básico de proficiência nas perícias
escolhidas e poderá alocar pontos de perícia adicionais
recebidos em razão do seu valor de Inteligência para se
tornar especialista em qualquer delas.
Combate
Ele possui o nível básico de proficiência na utilização
de armaduras leves, bastõ es e armas de corte e
perfuração de empunhadura canhota ou destra. O ladrão
possui proficiência básica nos estilos de combate Duas
Mãos, Duas Armas e Uma Arma. A partir do 4º nível, ele
pode alocar pontos de proficiência adicionais para se
tornar especialista em armaduras leves, ou ainda nos
estilos de combate Duas Armas e Uma Arma.
Jogadas de Proteção
Paralisação, Veneno ou Morte: +8
Transfiguração ou Petrificação: +6
Ilusão ou Ofensiva Mental: +4
Explosão ou Ataque em Área: +10
Feitiçaria: +4
Além desses modificadores, ele recebe um modificador
adicional de +2 em todas as suas jogadas de proteção a
partir do 5º nível.
Características Adicionais
O ladrão é um mestre da emboscada e do ataque pelas
costas. Ele é capaz de se beneficiar em combate de um
inimigo distraído ou que não perceba sua presença para
realizar um ataque furtivo. Para isso, deve estar oculto
antes do ataque ou deve estar atacando o inimigo pelos
flancos. Se pelo menos uma dessas condiçõ es ocorrer,
seu ataque causará 1d6 pontos de dano adicional contra
o alvo, em caso de acerto.
O ladrão aprimora esse ataque especial à medida que
se torna mais poderoso, causando 2d6 pontos de dano
adicionais no 3º nível e 3d6 no 5º. Não há um limite no
nú mero de tentativas de ataque furtivo que um ladrão
pode realizar, mas cada criatura só pode sofrer esse
dano adicional uma vez por rodada.
Todos os ladrõ es aprendem uma linguagem adicional
denominada gíria dos ladrões, uma mistura secreta de
dialeto, jargão e có digo que permite ocultar mensagens
em conversas aparentemente normais, assim como em
mensagens marcadas ou pintadas ao longo de regiõ es
urbanas e selvagens. Apenas outra criatura que conheça
a gíria dos ladrõ es entenderá essas mensagens, e apenas
ideias simples e curtas podem ser comunicadas assim.

Talentos de Ladrão
Ladrõ es têm uma série de talentos cuja utilização
ocorre com determinada chance de sucesso. Embora
outras classes recebam alguns, só os ladrõ es têm a
possibilidade de dominar todos eles (e mesmo um
ladrão levará toda sua carreira para fazê-lo!).
Conseguir ou não utilizar cada talento é uma rolagem
de chance. Se o resultado for igual ou menor que a
porcentagem de chance de sucesso do ladrão naquele
talento, a tentativa foi bem-sucedida. Caso contrário, ele
falha e não pode tentar usar novamente o talento
naquele mesmo contexto até que tenha alcançado um
novo nível.
Por exemplo, se utiliza seu talento inibir objeto para
sabotar uma poção de cura e falha, o ladrão não poderá
tentar sabotar aquela mesma poção até que tenha
alcançado o pró ximo nível.
No 1º nível o ladrão recebe 90 pontos percentuais
que pode adicionar às suas pontuaçõ es básicas
recebidas em razão do valor dos seus atributos. Não
mais do que 30 pontos podem ser atribuídos a um
ú nico talento; respeitada essa restrição, os pontos
podem ser distribuídos livremente.
A cada vez que o ladrão alcança um novo nível, o
jogador recebe mais 30 pontos, e não mais do que 15
deles podem ser atribuídos a uma ú nica habilidade.
Nenhuma habilidade pode ser aumentada acima de
95%, incluída a chance base em razão do seu valor em
um atributo relevante. Se uma circunstância de jogo
(como o aumento temporário ou permanente de um
atributo) resultaria em uma chance superior a 95% em
um talento, ela se torna 95%.
Alguns talentos não possuem uma chance base e
iniciam em 0%. Um ladrão não pode tentar inibir um
objeto, por exemplo, a não ser que tenha investido uma
parte de seus pontos para esse fim. Cada um dos
talentos de ladrão é descrito abaixo:
Decifrar Escrita
Por necessidade, ladrõ es tendem a aprender coisas
estranhas. Entre elas está a capacidade de ler vários
idiomas, particularmente no que se refere a mapas do
tesouro, escrituras, notas secretas e afins (mas o GM
pode determinar que alguns idiomas estão além dessa
capacidade). O teste precisa ser feito toda vez que o
ladrão tentar ler um documento, independentemente de
ele já ter tido contato com o mesmo idioma
anteriormente. Um resultado favorável significa que o
ladrão decifrou o significado, compreendendo ideias
gerais, mesmo que não o sentido total do escrito.
Desassombro
O ladrão possui uma capacidade ú nica de entrar em
confusõ es das quais precisa sair logo e por conta
pró pria. Quando falha em uma jogada de proteção
contra um efeito que provoque algum descontrole
mental, como deixá-lo amedrontado, encantado ou
enfurecido, sua chance de desassombro deve ser
testada no início de seu pró ximo turno. Num resultado
favorável, o efeito se comporta como se ele tivesse sido
bem-sucedido em sua jogada de proteção.
Desvanecer
Qualquer um pode tentar se esconder, mas um ladrão
esperto pode verdadeiramente sumir além da
capacidade de percepção de seus oponentes. Para isso, é
necessário ficar completamente imó vel e ter uma
posição na qual se ocultar, que pode ser uma sombra ou
vegetação de porte adequado, ou mesmo uma cortina de
fumaça surgida no momento certo. O ladrão só pode
desvanecer aos olhos daqueles que não podem enxergar
através da cobertura, e quebra esse efeito caso se mova.
Encontro Fortuito
A sorte favorece o ladrão, fazendo com que ele acabe
sempre no lugar certo e na hora certa (a depender do
ponto de vista…) para realizar uma tarefa. Sempre que
ele está à procura de uma pessoa ou objeto que se
encontra no lugar onde ocorre a busca, o GM pode rolar
secretamente sua chance de encontro fortuito, e um
resultado favorável significa que, de fato, o ladrão
esbarra naquilo que estava buscando. Isso vale para
encontrar uma pessoa perdida numa cidade, um objeto
à venda em uma feira ou uma chave perdida em meio a
uma pilha de tesouro, assim como em qualquer
situação semelhante de jogo.
Furtar Bolsos
O ladrão usa essa habilidade ao furtar pequenos itens
dos bolsos, mangas, cintos, mochilas e similares de
outras pessoas, ao ocultar itens (como chaves) e ao
realizar simples truques com as mãos. Uma tentativa
fracassada significa que ele não conseguiu o item, mas
não que sua tentativa foi detectada. Diferente de outros
talentos, uma tentativa falha pode ser imediatamente
repetida, mas uma segunda falha significa que dessa vez
o ladrão foi detectado pelo alvo.
Inibir Objeto
Ladrõ es são hábeis em sabotar objetos e fazer com que
eles funcionem mal, o que inclui aparatos mecânicos de
todo tipo, como uma carroça ou armadilha, e até itens
mágicos ativáveis, como uma poção, varinha ou
armadilha mágica. Embora qualquer personagem possa
inutilizar um objeto simplesmente o destruindo, uma
tentativa bem-sucedida de inibir objeto significa que o
defeito que inviabiliza a utilização só pode ser
percebido quando alguém tentar utilizar a coisa.
Sentir Perigo
Ladrõ es possuem uma chance natural de evitar perigos
e emboscadas mesmo em situaçõ es nas quais seriam
atingidos normalmente. Um ladrão que falhe em seu
teste de surpresa no início de um combate pode evitar
ser surpreendido com um resultado favorável em um
teste de Sentir Perigo. Se uma armadilha faz uma jogada
de ataque contra um ladrão e ele é atingido, um
resultado favorável em um teste de Sentir Perigo faz
com que aquele ataque erre o alvo. Finalmente, se o
ladrão falha em uma jogada de proteção ocasionada por
uma armadilha ou outro tipo de ataque surpresa, um
teste favorável de Sentir Perigo fará com que ele seja
atingido como se tivesse sido bem-sucedido na jogada
de proteção.
20

Equipamento Inicial
O ladrão de 1º nível recebe uma algibeira contendo 10
peças de ouro e recebe também um conjunto de
ferramentas de infiltração, uma armadura de couro e o
equipamento descrito abaixo:
Uma espada rápida ou uma espada curta;
Um arco curto e 20 flechas ou uma espada curta;
Duas adagas;
Estoque de explorador ou aventureiro.
Mago
Mais que um arcanista ou lançador de feitiços, o mago é
um arauto das forças ocultas e uma janela para os
mistérios do universo que se abre diante de seus
companheiros de jornada. As regras básicas que dizem
respeito a ele são as seguintes:
Pontos de Vida
Iniciais: 6 + modificador de Constituição
Acréscimo de Pontos de Vida no 2º e 3º níveis: 1d6 +
modificador de Constituição por nível.
Acréscimo de Pontos de Vida do 4º e 5º níveis: 1d6
por nível.
Proficiências
Possui todas as proficiências descritas abaixo e recebe
um ponto de proficiência
adicional no 2º nível e outro no
4º. Ele pode usar esses pontos
para adquirir proficiências
novas ou aumentar seu grau de
maestria, de acordo com as
regras abaixo.
Perícias
Deve escolher quatro delas, pelo
menos duas das quais entre
Alquimia, Análise, Ciências,
Costumes, Linguagem, Misticismo e
Natureza. Ele possuirá o nível básico
de proficiência nas perícias escolhidas
e poderá alocar pontos de proficiência
adicionais recebidos em razão do seu
valor de Inteligência para se tornar
especialista em qualquer delas.
Combate
Possui o nível básico de proficiência
na utilização de maças rápidas, adagas
e dardos, e nos estilos de combate
Duas Mãos e Uma Arma. O mago pode
utilizar pontos de proficiência para
adquirir o nível básico de proficiência
em qualquer arma, armaduras leves,
escudos, e no estilo de combate arma
e escudo, mas não pode se tornar
especialista ou adquirir qualquer grau
de maestria mais avançado que
proficiência básica de combate.
21
Magia
Possui o nível básico de proficiência nas esferas
Conexõ es, Consciência, Elemental, Ilusão, Matéria,
Morte e Quintessência. O mago — e somente ele —
pode utilizar um dos pontos de perícia recebidos em
razão de sua Inteligência para se tornar especialista em
uma esfera à sua escolha já no 1º nível. A partir do 2º
nível, a cada vez que ganhar pontos de proficiência, ele
pode utilizá-los para se tornar especialista em outras
esferas de feitiçaria.
Jogadas de Proteção
Paralisação, Veneno ou Morte: +4
Transfiguração ou Petrificação: +6
Ilusão ou Ofensiva Mental: +10
Explosão ou Ataque em Área: +4
Feitiçaria: +8
Além desses modificadores, ele recebe um modificador
adicional de +2 em todas as suas jogadas de proteção a
partir do 5º nível.
Características Adicionais
A manipulação básica de quintessência ensinada desde
o princípio de seu aprendizado permite que o mago
ataque seu inimigo com projéteis de energia arcana
pura. Com uma ação de dois passos, o mago é capaz de
lançar mísseis mágicos desse tipo, utilizando uma
estilha de feitiçaria do 1º círculo ou superior. O
mago cria dois mísseis mais um míssil
adicional para cada círculo da estilha utilizada.
Cada míssil atinge uma criatura à escolha do
mago que esteja dentro de seu raio de visão e
a não mais de 36 metros de distância. Um
míssil causa 1d4+1 pontos de dano de
força ao seu alvo, e todos eles atingem
simultaneamente. O mago pode
direcionar os mísseis para atingir
uma ou várias criaturas, mas deve
fazê-lo antes de determinar o dano
causado por eles.
Assim como ocorre com o
ladrão, o conhecimento de um
mago também é construído a partir
do acú mulo de informação vinda
de diferentes fontes e eventos,
fazendo com que ele se torne
especialmente apto em decifrar
linguagens, có digos e
mensagens que teoricamente
não seriam alcançáveis.
Sendo assim, o mago é
capaz de Decifrar Escrita,
um talento já descrito de
forma mais detalhada na
seção referente ao ladrão.
Um mago de 2º nível
ou superior pode tentar
decifrar mensagens, símbolos
e có digos escritos que venham até
ele com uma chance de sucesso igual
ao seu valor base em Decifrar Escrita mais 4% por
nível, até o máximo de 95%.
Se falhar no teste, o mago não pode tentar decifrar
aquele mesmo escrito novamente até que tenha
alcançado um novo nível.
Feitiçaria
Para lançar um feitiço, além de ser proficiente numa
esfera com acesso a ele, o mago deve primeiramente
preparar o feitiço, o que é feito com a ajuda de um
grimó rio. Em geral, cada mago possui seu pró prio
grimó rio, fruto da dedicação e cuidado na pesquisa e
registro de uma série de segredos arcanos transmitidos
ao longo dos séculos para alguns poucos discípulos das
artes arcanas.
Esse grimó rio pode ter formatos e configuraçõ es
diversas; qualquer coisa que o GM autorizar é aceitável,
mas seu espaço é limitado e um mago cuidadoso
costuma escolher bem o que carregar consigo entre
uma aventura e outra. Os mais poderosos costumam
guardar seu grimó rio mais importante em uma base de
operaçõ es enquanto se aventuram, levando consigo
apenas o que esperam utilizar em um grimó rio de
viagem. Naturalmente, o grimó rio original é o bem mais
precioso de um mago, sem o qual ele não passa de uma
sombra de seu pró prio poder.
Rotinas
Além de seus feitiços mais poderosos, o mago mantém
uma série de rotinas que não permitem que fique
indefeso nem mesmo quando seu grimó rio é tomado. O
mago conhece três rotinas à escolha do jogador, entre
aquelas disponíveis para as esferas nas quais seja
proficiente. Magos realmente poderosos podem
conhecer um nú mero ainda maior delas.
Feitiços Conhecidos
No 1º nível, o mago tem um grimó rio contendo sete
feitiços de 1º círculo pertencentes às esferas nas quais
possui proficiência. Esse primeiro grimó rio é o
repositó rio dos feitiços que ele conhece, exceto as
rotinas, que estão fixadas em sua mente. O primeiro
grimó rio de um mago pode ter sido escrito com a ajuda
de um mentor ou numa escola, mas também pode ter
sido o encontro fortuito que levou um jovem leigo ao
caminho da magia. Sendo assim, o mestre pode
escolher os feitiços contidos nele ou permitir que o
jogador decida.
Um mago aprende feitiços adicionais à medida que
tem contato com eles, o que pode acontecer através de
uma pesquisa pessoal, realizada no intervalo entre
aventuras, com o auxílio de um pergaminho ou pelo
acesso ao grimó rio de outro praticante da arte arcana.
Embora não haja um limite em relação ao nú mero de
feitiços que um mago pode conhecer, um grimó rio de
viagem, apropriado para levar em aventuras, não poderá
registrar mais do que vinte feitiços.
Quando tem contato com um feitiço pela primeira
vez, o mago pode tentar aprendê-lo rolando sua chance
de aprender magia. Um sucesso indica que o mago é
capaz de escrever aquele feitiço e prepará-lo, enquanto
uma falha significa que, por hora, o mago não é capaz de
Tabela IV.3: Feitiçaria do Mago
Rotinas Estilhas de Feitiço por Círculo de Feitiçaria
Nível Conhecidas 1º 2º 3º
1º 3 1 — —
2º 3 2 — —
3º 3 2 1 —
4º 3 3 2 —
5º 3 4 2 1
compreender aquela instrução mística. Ao alcançar um
novo nível, no entanto, o mago pode tentar aprender um
feitiço que tenha falhado em aprender antes, desde que
tenha uma nova oportunidade de contato. Se a rolagem
de chance do mago resulta em “00”, ele jamais poderá
aprender aquele feitiço.
Finalmente, um mago não pode aprender feitiços de
um círculo de feitiçaria que ele não seja capaz de lançar.
Assim, um mago deve alcançar o 3º nível antes que
possa aprender feitiços do 2º círculo e deve alcançar o
5º nível para obter acesso aos feitiços do 3º círculo,
como indicado na Tabela IV.3: Feitiçaria do Mago. O
mago ainda pode tentar aprender o feitiço (ele não
necessariamente sabe que aquele feitiço está além de
seu poder de compreensão, afinal), mas a tentativa
fracassa automaticamente.
Preparando e Lançando Feitiços
A Tabela IV.3 mostra quantas estilhas de feitiço o mago
tem para lançar seus feitiços de cada círculo. Para
lançar um feitiço, ele usa uma estilha de círculo igual
ou maior que o daquele feitiço. O mago recupera todas
as estilhas utilizadas quando termina uma fase de
acampamento ou um período de descanso ainda maior.
Antes de conjurar um feitiço, o mago deve prepará-lo,
o que significa estudar invocaçõ es místicas escritas no
seu grimó rio cuidadosamente, ao longo de pelo menos
uma hora, geralmente no início do dia. Uma vez que
tenha preparado um feitiço, ele fica preparado até que o
mago opte por preparar novamente a lista de feitiços
que pode lançar, refazendo o processo descrito acima. O
máximo de feitiços que um mago pode preparar é igual
ao seu nível + seu modificador de Inteligência.
Por exemplo, um mago de 3º nível com Inteligência
17 pode preparar seis feitiços selecionados entre o 1º e
o 2º círculos de feitiçaria. Esses feitiços devem estar
escritos no seu grimó rio, e ele deve gastar pelo menos
uma hora recobrando esses ensinamentos antes que
eles estejam preparados. Uma vez que tenha terminado
esse processo, os feitiços ficam disponíveis até que ele
resolva preparar uma seleção diferente.
Equipamento Inicial
O mago de 1º nível recebe uma algibeira contendo 10
peças de ouro e recebe também um grimó rio e o
equipamento descrito abaixo:
Um cajado ou uma adaga;
Uma arma mística apropriada à sua tradição;
Quatro dardos;
Estoque de aventureiro ou estudioso.
22
 V - Proficiências
As proficiências, em suas três categorias, são a
principal engrenagem do sistema de regras de Túmulos
& Tigres. Elas definem o que as personagens sabem e
emolduram boa parte das açõ es que elas podem tentar.
Muitas coisas, da utilização de um item mágico à
tentativa de atingir alguém com uma flecha, são
cobertas pelas proficiências, alinhadas ao sistema de
classe e nível.
Perícias são conhecimentos abrangentes a respeito de
ofícios e assuntos variados. Algumas delas podem ser
tentadas mesmo que a personagem não possua o nível
básico de proficiência, com chances de sucesso não
muito elevadas, enquanto outras requerem um mínimo
de competência antes que possam ser utilizadas.
Proficiências de combate demarcam as capacidades
de uma personagem com armas, escudos, armaduras e
estilos de combate. Todas as personagens de T&T
conseguem lutar em alguma medida, mas algumas são
muito mais eficientes que as outras. Utilizar itens de
combate sem a devida habilidade para isso cria todo
tipo de complicação para a personagem, e não costuma
gerar bons resultados.
A proficiência em magia estabelece quais esferas de
feitiçaria estão ou não ao alcance de uma personagem. É
um tipo de proficiência possuído apenas por místicos,
que delimita quão variados e poderosos são os feitiços
que eles podem alcançar, ao mesmo tempo servindo
como uma barreira que impede personagens místicas
de fazer tudo ao mesmo tempo.
Maestria
Pessoas em geral possuem uma ou duas competências
básicas em tarefas de seu cotidiano, talvez se
especializando em uma delas, mas as personagens dos
jogadores não são como a maioria das pessoas: ao
longo de suas aventuras, elas dominam muitas e
variadas competências, às vezes indo ainda mais longe
e adquirindo níveis de especialidade com suas
ferramentas de trabalho que um indivíduo comum
jamais sonharia em alcançar.
Uma personagem que não possui qualquer nível de
proficiência em uma tarefa é considerada inapta. Seu
modificador para testes que envolvam aquela aptidão
no 1º nível é +0, e avança lentamente ao longo de sua
carreira, como mostrado na Tabela V.1: Proficiência e
Nível. Personagens que não possuem proficiência em
uma esfera de magia simplesmente não podem lançar
feitiços associados a ela e personagens que não
possuem proficiência com uma armadura ou escudo
não podem lançar feitiços quando armados com esses
tipos de proteção, além de outras penalidades pontuais.
O nível básico de maestria é geralmente recebido da
classe de personagem já no 1º nível, e o valor de
Inteligência de uma personagem pode fazer com que ela
receba proficiência adicional em perícias não
concedidas por sua classe. Seu modificador para testes
que envolvam aquela aptidão no 1º nível é +1, e avança
razoavelmente ao longo de sua carreira.
23
Já no 1º nível, a depender do tipo de proficiência, as
personagens podem se tornar especialistas, passando a
utilizar o seu melhor modificador quando realizam
testes que envolvam aquela competência. Algumas
especialidades são restritas a certas classes ou podem
ser adquiridas apenas mais adiante.
Adquirir níveis avançados de maestria ainda
superiores em uma perícia, esfera de feitiçaria ou
ferramenta de combate pode dar à personagem
competências novas ou aprimorar suas habilidades
atuais, mas as regras desenvolvidas para essa finalidade
serão apresentadas em uma rodada de testes posterior.
Tabela V.1: Proficiência e Nível
Nível Inapto Básico Especialista Pontos Extras
1º +0 +1 +2 —
2º +0 +1 +2 +1
3º +0 +2 +3 —
4º +0 +2 +3 +1
5º +2 +5 +6 —
Perícias
Fruto de vocação, treinamento e técnica, a proficiência
em perícias desdobra os talentos das personagens,
principalmente para as atividades de exploração e
interação. É impossível a um ú nico PC conhecer tudo o
que existe para ser conhecido e atuar com competência
em todas as áreas, mas uma combinação bem pensada
de habilidades pode permitir a um grupo de três a cinco
personagens uma zona ampla de atuação.
Acrobacia (Destreza)
Essa perícia inclui todo tipo de performance acrobática,
como mergulhos, saltos mortais, rolamentos, andar na
corda-bamba ou se sustentar de pernas para o ar.
Se obtiver sucesso em um teste de Acrobacia com NA
20, a personagem sofre apenas metade do dano normal
em quedas de 18 metros ou menos e nenhum dano em
quedas de 3 metros ou menos, além de não ficar caída
ao final da queda. Quedas de alturas maiores causam
dano normalmente.
Personagens que estejam utilizando armadura mais
pesada que leve ou um escudo não podem utilizar
Acrobacia. O mesmo ocorre com personagens que
estejam carregando equipamento mais pesado que 1/4
do que sua força permite. Não é possível para uma
personagem inapta testar Acrobacia.
Alquimia (Inteligência)
Os alquimistas combinam ingredientes estranhos de
maneiras secretas para produzir substâncias
fantásticas. Alguns itens extraordinários podem ser
produzidos através desta perícia, desde que a
personagem tenha acesso aos materiais necessários e
um laborató rio dentro do qual possa trabalhar.
Não é possível para uma personagem inapta testar
Alquimia. Com a proficiência básica e acesso aos
materiais certos, uma personagem pode produzir
qualquer item alquímico descrito pelas regras.
Ao se tornar especialista, é possível identificar a
natureza de um líquido, pó ou poção de origem
alquímica ou mágica, bastando experimentar uma
porção ínfima retirada do recipiente. A tentativa tem
sucesso automático com um líquido alquímico e NA 15
com uma poção ou líquido mágico.
Análise (Inteligência)
Com algumas pistas, a personagem pode chegar a uma
conclusão significativa. As evidências podem incluir
rastros ou grama pisoteada (para caça), motivos e
manchas de sangue (um crime), alegorias e nuances
(estudos acadêmicos) ou insinuaçõ es e alianças
(política). A conclusão pode não ser precisa, mas é um
começo. Outros não conseguiriam chegar tão longe.
Jogos não baseados em sorte, dinâmicas sociais ou
talento atlético são o domínio das personagens com
bom nível de proficiência em Análise.
Esta perícia também é o caminho para decifrar
enigmas, simples ou complexos. Através de uma
combinação de curiosidade e intuição, é possível reunir
imagens ou palavras aparentemente sem sentido.
Enigmas, quebra-cabeças, criptogramas e có digos
apresentam menos problemas do que para uma mente
comum, e mistérios naturais (como deslocar-se pelo
Domínio das Fadas) fazem mais sentido para pessoas
com boa capacidade de análise.
Pintura (Destreza): é a arte de utilizar tintas e outros
recursos (como carvão e giz) para retratar a realidade
em uma tela branca.
Ciências (Inteligência)
Embora os conhecimentos científicos sejam
normalmente divididos por muitos campos, cenários
como aqueles em que se desenrolam as campanhas de
T&T contam com acadêmicos capazes de transitar por
diferentes áreas com autoridade e talento, reunindo
ciências naturais e humanidades numa rede de
formação sustentada por abordagens semelhantes.
Dessa forma, conseguem ser competentes em
Economia, Física, Histó ria, Geografia e Matemática,
além de outros campos.
Cientistas são unidos pela curiosidade e método,
além de um esforço comum para sistematizar o
conhecimento através da formulação de leis naturais e
adoção de uma taxonomia rígida dos fenô menos. Eles
frequentemente compreendem idiomas antigos, que
utilizam para denominar seus segredos e criar uma
língua franca da ciência, capaz de atravessar fronteiras e
espalhar as mais importantes descobertas. Não é
possível para uma personagem inapta testar Ciências.

Arte
Essa perícia engloba as mais variadas formas de
manifestação artística, podendo ser escolhida para mais
de uma delas, inclusive. Diferentes tipos de arte não
estão necessariamente vinculadas ao mesmo atributo, e
o talento pode ser utilizado de formas diversas, desde
ganhar dinheiro até impressionar potenciais inimigos e
aliados com essas formas de expressão.
Arquitetura (Inteligência): é a arte de compreender,
analisar e utilizar espaços, principalmente para a
construção de edifícios de todo tipo.
Atuação (Carisma): é a arte de personificar outros
seres através do trabalho de ator, que não se confunde
com o simples fingimento. Habilidades de disfarce e
maquiagem também fazem parte dessa perícia.
Caligrafia (Destreza): é a arte de escrever de forma
artística, além do conhecimento para elaboração de
iluminuras e aprimoramentos similares.
Canto (Carisma): é a arte de utilizar a pró pria voz
como instrumento, impressionando os ouvintes com
extensão vocal e precisão.
Dança (Destreza): é a arte de trabalhar a expressão
corporal em conjunto com o ritmo para produzir um
espetáculo coreografado.
Escultura (Destreza): é a arte de trabalhar matéria-
prima como pedra, argila e madeira para dar a ela
formas reconhecíveis pelos observadores.
Instrumento Musical (Destreza): é a arte de tocar um
instrumento, que pode ser de cordas, sopro, percussão
ou uma mistura de possibilidades.
Literatura (Inteligência): é a arte da expressão escrita,
utilizada para fazer poesia e narrar histó rias para serem
lidas ou encenadas.

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Comando (Carisma)
Enquanto uns falam, outros escutam. Intimidação,
liderança e discursos capazes de inspirar uma turba são
algumas das características treinadas por personagens
que possuem esta proficiência. Mortais inferiores
negociam ou bajulam para conseguir o que querem,
comandar é entender o poder de uma personalidade
forte. Embora a personagem não possa obrigar outra
pessoa a se convencer de seus argumentos, ela pode
fazer algo ainda melhor: convencer a plateia que
acompanha o debate.
Costumes (Inteligência)
Uma mistura de etiqueta e compreensão das tradiçõ es,
essa perícia permite a uma personagem não apenas
saber como agir, mas também o que esperar,
principalmente quando confrontada com indivíduos de
outra origem. Uma ú nica perícia engloba as diferentes
práticas e tradiçõ es dos vários povos conhecidos
dentro do cenário de campanha, inclusive
conhecimentos sobre as leis observadas e as religiõ es
praticadas em determinado territó rio.
Cura (Sabedoria)
Uma personagem proficiente em Cura sabe como usar
medicamentos naturais e princípios básicos de
primeiros socorros e medicina. Mesmo o indivíduo
mais capaz nesta perícia continua sendo um curandeiro,
não um médico, no entanto. A maior parte das
sociedades nos cenários de T&T possui acesso a
místicos capazes de curar ferimentos e doenças através
de magia, ocupando o espaço que poderia ser da
medicina praticada por cirurgiõ es e clínicos. Não é
possível para uma personagem inapta testar Cura.
Açõ es cobertas por esta perícia podem ser tentadas
sem proficiência básica, mas carregam uma chance de
50% de simplesmente falharem, mesmo que ela seja
bem-sucedida conforme o NA da tarefa. Essa chance é
rolada em segredo pelo GM, de forma que o jogador não
sabe se a personagem teve sucesso até que isso se torne
claro pelos efeitos da ação.
Esportes (Força)
Escalar penhascos, saltar abismos, nadar correntezas e
montar outras criaturas são a especialidade da
personagem. Talvez ela seja realmente uma esportista
treinada, ou simplesmente alguém muito talentoso e
resistente. Personagens com essa perícia se destacam
em demandas atléticas, mesmo quando o “esporte” em
questão não envolve regras, mas a simples luta pela
sobrevivência em ambientes hostis.
Furtividade (Destreza)
À s vezes saber ficar quieto é a diferença entre vida e
morte. Com esta perícia, uma personagem pode passar
despercebida por observadores, esgueirar-se pelas
sombras e geralmente se mover sem produzir alertas.
De modo geral, a dificuldade de permanecer furtivo é
derivada da quantidade de atenção que o antagonista
está dedicando a descobrir ameaças ocultas, mas
25
fatores como terreno e quantidade de iluminação
também são fundamentais para dizer se alguém é capaz
de se ocultar.
Furtividade não se confunde com o talento ladino
Desvanecer, que pode ser utilizado inclusive enquanto a
personagem está sendo observada, mas exige que ela
permaneça completamente imó vel.
Lábia (Carisma)
Esta é a perícia utilizada para situaçõ es sociais que
exigem bom traquejo e uma postura amigável.
Personagens que alcançam esse domínio são capazes de
mentir com o olhar de quem acredita plenamente no
pró prio discurso. Na verdade, até mesmo quando falam
com honestidade, elas são capazes de usar sua postura
e entonação para comunicar algo que pode até passar
despercebido para um observador menos atento.
Habilidades como sedução, manha e todo tipo de ardil
social são facilitadas para o aventureiro bem-treinado.
Labor (Constituição)
Essa perícia envolve atividades laborais básicas como
pesca, cuidado com animais de fazenda e plantas
domésticas, coleta de nozes e frutas silvestres, plantio,
colheita, uso de cordas e todo o restante das
habilidades necessárias para fazer funcionar uma
propriedade rural, como os reparos de uma cerca ou o
funcionamento de um moinho.
Açõ es cobertas por esta perícia podem ser tentadas
sem proficiência básica, mas carregam uma chance de
50% de simplesmente falharem, mesmo que ela seja
bem-sucedida conforme o NA da tarefa. Essa chance é
rolada em segredo pelo GM, de forma que o jogador não
sabe se a personagem teve sucesso até que isso se torne
claro pelos efeitos da ação.
Linguagem (Inteligência)
A perícia em Linguagem envolve mais do que
memorização mecânica de palavras ou frases. Através
desses conhecimentos, uma personagem é capaz de
compreender a estrutura básica da comunicação,
reconhecer e imitar sotaques ou fala vernácula e até
compreender o fato de que a relação entre pensamento e
linguagem não se resume a uma simples transposição
de ideias para falas.
Além disso, é a perícia que permite às personagens
colocarem suas falas por escrito sem a ajuda de um
escriba. Não se trata de caligrafia (uma forma artística
de registro escrito), mas de conhecimento de uma ou
mais formas de escrita existentes no cenário de
campanha. Se uma personagem com capacidade de ler e
escrever pode falar um idioma, ela também será capaz
de escrever aquele idioma através do registro mais
utilizado por ele (um alfabeto, conjunto de ideogramas
ou estrutura similar).
Personagens inaptas podem falar apenas seu idioma
(ou idiomas) de origem e não são capazes de ler ou
escrever. A proficiência básica permite ler e escrever
nos idiomas que a personagem sabe falar. Quando se
torna especialista em Linguagem, uma personagem
pode ainda aprender até dois idiomas adicionais. Em
Tabela V.2: Dialetos
Anânico Brejeiro (halflings)
Celestial Comum (humanos)
Dracônico Élfico
Gigântico Goblínico
Gnômico Infernal
Órquico Subterrâneo
qualquer caso, o cenário implícito das aventuras de
T&T inclui os idiomas descritos na Tabela V.2.
Personagens humanas começam sabendo apenas a
língua comum, mas as outras raças sabem, além do
comum, a língua do seu pró prio povo (meio-gigantes
tratam o gigântico como a língua do seu povo).
Misticismo (Inteligência)
Embora esta proficiência não conceda à personagem
quaisquer poderes de feitiçaria, ela lhe dá familiaridade
com as diferentes formas e ritos de magia. Se observar e
ouvir alguém que está lançando um feitiço, ou se
examinar os componentes usados, ela poderá tentar
identificar o feitiço que está sendo lançado, ou pelo
menos a esfera ou tradição mística envolvida.
Um desdobramento adicional do Misticismo é o
conhecimento sobre o universo invisível, como outros
planos de existência e as entidades que neles habitam,
como anjos, demô nios e criaturas elementais. Criaturas
de origem mágica, como feras místicas, golens, dragõ es
e aberraçõ es, normalmente são descritas nos tomos dos
estudiosos desta perícia.
Um especialista em Misticismo tem familiaridade
com pelo menos uma ferramentas de oráculo, como
cartas, runas, astrologia ou borra de café. Ferramentas
oraculares serão descritas em outra rodada de testes,
com sua aplicação e modo de utilização, mas sua
utilidade sem proficiência em Misticismo não passa de
entretenimento. Não é possível para uma personagem
inapta testar Misticismo.
Natureza (Inteligência)
Como um desdobramento específico da ciência em
geral, o conhecimento desta perícia inclui animais,
plantas e outras formas de vida naturais (assim como
seus venenos), informação sobre doenças (mas não seu
tratamento; pra isso existe a perícia Cura) e outras
questõ es referentes ao mundo natural, como a
capacidade de prever o clima e se orientar em
ambientes selvagens (senso de direção). Natureza é
uma perícia teó rica, e boa parte de sua aplicação prática
está inserida em outros domínios, como Sobrevivência
e Cura. Não é possível para uma personagem inapta
testar Natureza.
Náutica (Sabedoria)
Essa perícia diz respeito às habilidades necessárias
para trabalhar em um barco, desde sua condução,
navegação e comportamento a bordo até a realização de
pequenos reparos e utilização dos nó s característicos
dos marinheiros. Ferramentas de comunicação
utilizadas por embarcaçõ es, operação das armas do
navio (quando aplicável) e a etiqueta pró pria dos
portos, marinhas de guerra e marinhas mercantes são
de conhecimento da personagem. A perícia Náutica não
inclui a habilidade de natação. Não é possível para uma
personagem inapta testar Náutica.
Negócios (Inteligência)
A perícia dos comerciantes e mestres das corporaçõ es.
Esta habilidade é utilizada para administrar
propriedades de forma produtiva (de um castelo até
uma taverna), avaliar bens cujo valor pode se expressar
economicamente (de uma espada até uma carga de
cereais) e conduzir negociaçõ es que não possam
simplesmente ser resolvidas com a simpatia natural
dos envolvidos ou uma faca bem afiada. Não é possível
para uma personagem inapta testar Negó cios.
Açõ es cobertas por esta perícia podem ser tentadas
sem proficiência básica, mas carregam uma chance de
50% de simplesmente falharem, mesmo que ela seja
bem-sucedida conforme o NA da tarefa. Essa chance é
rolada em segredo pelo GM, de forma que o jogador não
sabe se a personagem teve sucesso até que isso se torne
claro pelos efeitos da ação.
Ofício
Assim como ocorre com Arte, ao escolher que sua
personagem seja proficiente em Ofício, o jogador na
verdade deve escolher um ofício específico entre os
listados abaixo (e outros que possam ser concebidos
dentro do jogo). Diferentes tipos de ofício não estão
necessariamente vinculadas ao mesmo atributo, e os
verdadeiros artífices de cada profissão estão um passo
à frente de meros construtores, utilizando seu talento
para forjar até mesmo objetos de poder místico.
Com proficiência básica, é possível criar um item
comum associado àquele domínio; o especialista pode
criar itens incomuns. As regras pressupõ em que o
artesão tem acesso às ferramentas, insumos e local de
trabalho necessários para seus objetivos. Não é
possível para uma personagem inapta testar Ofício.
Alfaiataria (Destreza): é o ofício utilizado para
trabalhar tecidos mais finos que o couro, como seda,
linho ou algodão. Os alfaiates produzem as roupas
utilizadas pela elite, mas também são responsáveis por
objetos místicos como robes e mantos.
Carpintaria (Destreza): é o ofício dos especialistas
em trabalhar madeira, seja para a construção de objetos
como cadeiras e mesas ou, para os carpinteiros
realmente habilidosos, até embarcaçõ es.
Cartografia (Inteligência): é o ofício dos projetistas de
mapas, capazes de utilizar esse conhecimento não
apenas para elaborar seus pró prios mapas, mas
também para ler e interpretar com maior confiança os
mapas de outros cartó grafos.
Construção (Inteligência): o ofício dos pedreiros é
utilizado para as mais variadas tarefas de construção
civil, desde levantar um forno à lenha até supervisionar
os trabalhadores braçais que dão forma aos castelos.
Couraria (Destreza): é o ofício utilizado para
construir objetos de couro, desde coisas simples como
mochilas e botas até armaduras de couro mágicas.
Culinária (Sabedoria): esse é o ofício dos cozinheiros.
Personagens proficientes em culinária sabem mais do
26
 que fritar um ovo, podendo cozinhar para agradar tanto
nobres quanto plebeus.
Encadernação (Destreza): os cenários de T&T
raramente possuem uma imprensa organizada, e a tarefa
de construção dos tomos ainda se faz de maneira
artesanal, por artífices capazes de transformar esses
objetos em verdadeiras obras de arte.
Ferraria (Força): é o ofício utilizado para produzir
armas e armaduras feitas principalmente de metal,
sejam elas mundanas ou não. Ferreiros também são
capazes de produzir objetos mais simples e de
utilização cotidiana, havendo demanda.
Joalheria (Destreza): os talentos do joalheiro navegam
uma linha fina entre arte e ofício, transformando a
beleza bruta de pedras e metais em beleza acabada,
principalmente nos anéis mágicos que tanta cobiça
despertam nos aventureiros.
Mecânica (Inteligência): é o ofício associado ao
funcionamento das engrenagens e ao movimento
natural dos objetos, tão ú til para construir um reló gio
ou um sistema de tubulação quanto para desenhar (ou
desarmar) armadilhas fatais.
Venefício (Inteligência): é o ofício de extrair o veneno
natural de plantas e animais, mas também de preparar e
conservar venenos encontrados em substâncias
minerais, tudo isso sem se envenenar no processo!
Prestidigitação (Destreza)
Esta perícia permite bater uma carteira, cortar uma
bolsa ou fazer um objeto escorregar para dentro do
pró prio bolso ou mochila. Pegar um objeto que não está
sendo segurado por outra pessoa, esconder uma arma
leve em suas roupas ou realizar algum truque de
ilusionismo com as mãos, utilizando um objeto não
maior que um chapéu ou um pedaço de pão, também
são usos que uma personagem pode fazer. É a perícia
dos mágicos profissionais (embora magos de verdade
sejam capazes de realizar truques semelhantes sem
necessitar de muita habilidade ou talento).
Assim como o talento de ladrão, esta perícia também
pode ser utilizada para tentar retirar algo do bolso de
outra pessoa. Diferente do talento de ladrão, uma
tentativa de prestidigitação sempre está sujeita à
possibilidade de detecção por parte do alvo, de acordo
com seu nível de vigilância. Prestidigitação também
não permite uma segunda tentativa contra o mesmo
alvo numa mesma situação, mesmo que a personagem
não tenha sido detectada na primeira manobra.
Sobrevivência (Sabedoria)
Esta perícia é utilizada para seguir rastros que não
sejam imediatamente ó bvios a um observador, para
caçar animais selvagens como cervos e javalis, para
guiar um grupo através de terrenos inó spitos ou para
perceber os sinais de que uma fera ameaçadora vive nas
redondezas. Perigos comuns em áreas selvagens, como
areia movediça, picadas de insetos mortíferos e os
efeitos de frio e calor extremos, são evitados com esse
tipo de treinamento.
Açõ es cobertas por esta perícia podem ser tentadas
sem proficiência básica, mas carregam uma chance de
50% de simplesmente falharem, mesmo que ela seja
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bem-sucedida conforme o NA da tarefa. Essa chance é
rolada em segredo pelo GM, de forma que o jogador não
sabe se a personagem teve sucesso até que isso se torne
claro pelos efeitos da ação.
Combate
As personagens de T&T arriscam a vida com bastante
frequência, e uma parte grande desse risco vem dos
encontros de combate nos quais elas se envolvem. Em
razão disso, o treinamento de combate é regra, embora
algumas personagens tenham mais do que outras.
Proficiências de combate se dividem em três tipos:
armas, armaduras (e escudos) e estilos de combate.
Entre as classes básicas, apenas o guerreiro é capaz
de avançar com igual capacidade por todos esses
caminhos de treinamento, mas mesmo o guerreiro terá
que escolher um ponto a partir do qual se especializar,
sob risco de nunca alcançar a maestria plena em
qualquer deles.
Armas
Todas as personagens possuem alguma proficiência em
armas, utilizadas de acordo com as regras de combate.
O nível e a maestria de uma personagem determinam
quão fácil para ela é atingir inimigos com seus ataques.
Seus atributos determinam a quantidade de dano que
ela causa com aquele tipo de arma: Força para armas
que causam dano por brutalidade e Destreza para armas
que causam dano por precisão.
Cada arma integra uma categoria. Quando dizemos
que uma personagem possui proficiência em adagas, o
que queremos dizer é que ela pode lutar de forma
competente com qualquer adaga, faca, punhal, estilete,
canivete ou até mesmo um kukri ou katar. Uma espada
rápida pode ser um florete ou uma wakizashi, a
depender do cenário em que se passa a campanha e da
vontade do jogador, mas as regras seguirão sendo as
mesmas. A descrição de cada classe determina as
categorias de armas nas quais ela possui proficiência e
em que outras categorias ela pode se tornar proficiente
a partir do 2º nível (se aplicável).
A principal divisão entre as várias categorias é entre
armas de combate à distância e armas de combate
corpo a corpo. As armas de combate à distância são
ainda divididas entre as de arremesso e as de projétil.
Algumas categorias, como lanças e adagas, possuem
ainda a característica peculiar de serem utilizadas tanto
em combate corpo a corpo quanto em combate à
distância, às vezes com algumas restriçõ es.
Armas Corpo a Corpo
Essa categoria inclui todo tipo de arma empunhada por
um combatente para atacar oponentes imediatamente
adjacentes (ou quase imediatamente adjacentes, no caso
de algumas categorias específicas).
Qualidades especiais: podem ser utilizadas por
qualquer combatente que não seja inapto, e que pode
incluir variaçõ es como uma maior chance de acertos
críticos, um ataque que causa dano a alvos mú ltiplos,
entre outras possibilidades.
Adaga: uma faca de combate muito afiada, projetada
para ser usada como instrumento perfurante, num
estilo de combate que envolve estocadas e tentativas de
atingir os ó rgãos vitais do oponente. Faca e punhal são
exemplos de adaga.
Alabarda: qualquer arma de combate corpo a corpo
em que a parte utilizada para desferir os ataques é
encaixada na extremidade de uma haste longa,
normalmente de madeira, estendendo o alcance efetivo
e o poder de ataque do usuário. Naginata e voulge são
exemplos de alabarda.
Armas Naturais: ataques feitos com os pés, punhos,
joelhos, cotovelos, ou até mesmo cabeçadas, golpes de
ombros e similares. As personagens dos jogadores
sempre possuem proficiência básica nesse tipo de
ataque. As garras e presas de monstros e feras também
são consideradas ataques naturais.
Bastão: esta categoria inclui qualquer tipo de arma de
impacto leve o suficiente para ser utilizada inclusive na
mão canhota, tornando o estilo de combate com duas
armas fácil de ser implementado. Jitte e tonfa são
exemplos de bastão, assim como o porrete muitas vezes
usado por ladrõ es de rua.
Chicote: armas de couro e correntes projetadas para
exercer controle sobre outros por meio do açoitamento,
mas adotadas por combatentes que apreciam a tática de
assombrar oponentes com demonstraçõ es de agilidade
e movimento controlado. Açoite e manriki são
considerados chicotes pelas regras.
Espada Curta: maior que uma adaga, menor que uma
cimitarra, este tipo de arma é favorecido por
combatentes ágeis e adeptos de estilos que envolvem
duas armas. O sabre, além da pró pria espada curta, são
exemplos desse tipo de arma.
Espada Militar: a arma do cavaleiro por excelência,
projetada para permitir o maior controle do campo de
batalha sem a necessidade de recorrer ao balanço
desengonçado do machado ou à ineficiência das armas
de haste. Espada longa e katana são espadas militares.
Espada Pesada: a arma de referência de um soldado
que considera o poder destrutivo mais importante que a
capacidade de manobrar o campo de batalha com
alguma agilidade. Claymore e nodachi são consideradas
espadas pesadas.
Espada Rápida: é uma arma para duelistas, projetada
para depender mais da agilidade e precisão do
combatente do que da sua força física, aceitando em
geral uma adaga ou outra espada rápida como uma arma
empunhada na mão canhota. Cimitarra e wakizashi
funcionam como espadas rápidas.
Lança Curta: Uma extremidade de madeira, pedra ou
metal em um cabo quase sempre de madeira, para uma
ofensiva baseada em estocadas rápidas ou arremesso. O
cabo mais curto que o de uma arma de haste permite a
combinação com um escudo. Azagaia e tridente são
considerados lanças curtas.
Lança Longa: Inclui todas as armas de haste que não
são melhor definidas como alabardas. Lembram uma
lança convencional, mas com muito mais amplitude,
para um alcance amplo em combate. Pique e yari são
exemplos de lanças longas.
Maça Pesada: martelos ou tacapes para combatentes
especialmente brutais, desenhado para ser efetivo
apenas quando empunhado em duas mãos, mas em
geral cumprindo as mesmas funçõ es do martelo
desenhado para ser usado juntamente com um escudo.
Um malho ou um tacape podem ser considerados
maças pesadas.
Maça Rápida: uma maça rápida é uma arma de
impacto feita para ser usada com uma mão, em geral
adotada por combatentes que querem subjulgar o
inimigo sem provocar dano letal. Cajado, maça e
martelo utilizam as regras para maças rápidas.
Machado Curto: a tradicional machadinha, que pode
ser utilizada tanto para combate pró ximo quanto para
um arremesso rápido. A machadinha e o tomahawk são
exemplos dessa arma.
Machado Largo: a lâmina do executor, feita para ser
empunhada em duas mãos e causar a maior quantidade
de dano possível, inclusive com um balanço horizontal
capaz de afastar ou ferir mais de um oponente por vez.
Foice e picareta são tratados como machados largos.
Machado Militar: um machado capaz de realizar a
maior parte das funçõ es de uma espada pesada sem
perder totalmente a agilidade de uma espada rápida, um
favorito de anõ es, orcs e outros povos que entrelaçam
suas práticas de cultura bélica e trabalho árduo. O
machado de batalha é um machado militar.
Armas de Arremesso
São armas desenhadas para serem projetadas até certa
distância com a ajuda da força do combatente, e muitas
delas são capazes de fazer uma função dupla,
funcionando também como armas de combate corpo a
corpo. Se uma personagem possui maestria em uma
arma utilizável para arremesso e combate corpo a
corpo, ela não precisa adquirir as duas proficiências de
forma independente, podendo recorrer a ambas, de
acordo com cada situação.
Duas armas: se uma personagem proficiente no
estilo de combate duas armas tem um ou duas armas de
arremesso em mãos, ela pode usar um ou mais passos
para arremessá-las ou fazer ataques corpo a corpo, a
seu critério.
Adaga: adagas podem ser balanceadas
especificamente para o arremesso, mas as regras não
fazem qualquer diferença entre um e outro tipo.
Dardo: dardos são projetados para serem
arremessados com agilidade e perfurar o inimigo,
muitas vezes levando venenos em suas pontas.
Lança Curta: uma lança mais apropriada para o
arremesso é uma azagaia, mas as regras não
estabelecem nenhuma diferença entre os dois tipos.
Machado curto: a machadinha é arremessável, ao
contrário de outros machados feitos para usar em uma
mão, mas as regras não fazem essa diferença.
Pedra: é o equivalente arremessável de um ataque
desarmado. As personagens dos jogadores sempre
possuem proficiência básica para arremessar pedras.
Armas de Projétil
São construídas de maneira que um mecanismo além da
força do combatente é utilizado para lançar uma flecha,
pedra, virote ou qualquer outro projétil requerido pela
arma empunhada como parte do ataque.
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 Arco (curto ou longo): todos os tipos de arco são
incluídos na categoria. Preparar e atirar uma flecha de
uma aljava presa às costas ou à cintura é uma só ação.
Besta Leve: precisa de duas mãos para ser
adequadamente operada, mas a recarga é mais simples,
não precisando de auxílio mecânico extra.
Besta de Mão: essa categoria inclui qualquer besta
que possa ser direcionada com apenas uma mão. Ainda
é necessário ter a outra mão livre para recarregá-la.
Besta Pesada: além de precisar das duas mãos para
ser operada, uma besta pesada requer auxílio mecânico
extra para a recarga, o que consome tempo extra durante
uma batalha.
Funda: inclui fundas, estilingues e armas similares.
Preparar e atirar um chumbo de funda retirado de um
estojo na cintura é uma só ação.
Zarabatana: um tubo de madeira carregado com uma
agulha, em geral envenenada, propelida com um forte
sopro do combatente.
Armas Exóticas
Ferramentas de combate como redes, boleadeiras ou
um frasco de fogo grego não são cobertas pelas regras
acima. Sua peculiaridade faz com que sejam tratadas
pelas regras como equipamentos gerais, e não como
armas em sentido convencional. Uma personagem que
lança uma rede ou atira uma boleadeira, em termos de
regras, faz um ataque especial, semelhante ao místico
que lança um feitiço.
Armaduras
A principal maneira de se manter vivo em uma aventura
sem utilizar artifícios mágicos é através de uma boa
armadura, mas as melhores são caras, as mais pesadas
exigem muito treinamento para serem trajadas com
eficiência, boa parte delas só podem ser vestidas com a
ajuda de algum aliado e quase todas interferem de
alguma maneira com o lançamento de feitiços.
Complementando a proteção oferecida pelas
armaduras e exigindo também um treinamento prévio,
os escudos adicionam uma camada extra de defesa
física e não deixam de ser uma arma secundária
interessante para um combatente especializado.
As armaduras são divididas em três categorias: leves,
médias e pesadas, além dos escudos. Cada categoria
possui exemplos de equipamentos capazes de oferecer
pouca defesa, defesa considerável ou a melhor defesa,
de acordo com o material, a qualidade da produção e o
preço que o combatente está disposto a pagar.
O grau de proteção varia ainda de acordo com a
maestria, de maneira que uma personagem inapta se
beneficia menos do mesmo traje protetor que um
especialista daquela categoria.
Armaduras Leves
Costumam ser produzidas principalmente em couro ou
outro material mais leve e flexível, e são ideais para
combatentes interessados em viajar com pouco peso e
não perder flexibilidade durante um combate. Uma
personagem trajada em armadura leve mantém seu
bô nus de Destreza como parte do cálculo da CA.
29
Armaduras Médias
Esse tipo de couraça utiliza materiais como metal,
escamas ou camadas maiores e mais resistentes de
couro e pelagem de grandes animais. Personagens que
não se especializam nesse tipo de armadura optam por
ele durante jornadas ou quando não possuem proteção
mais efetiva à disposição. O modificador de Destreza de
uma personagem só é aplicado à sua CA quando trajado
com esse tipo de armadura se for negativo.
Armaduras Pesadas
A nobreza dos equipamentos de proteção, armaduras
pesadas são feitas majoritariamente de aço ou materiais
raros ou exó ticos, como a carapaça de insetos gigantes e
metais criados ou manipulados por alquimistas.
Guerreiros treinados evitam comparecer a um campo
de batalha sem estar de armadura completa. O
modificador de Destreza de uma personagem só é
aplicado à sua CA quando trajado com esse tipo de
armadura se for negativo.
Escudos
Disponíveis nos mais diferentes materiais e formatos,
os escudos aprimoram a CA do combatente e podem
também funcionar como arma secundária, permitindo
um maior controle do campo de batalha na medida que
adicionam amplitude às capacidades de ataque e defesa
de uma personagem.
Estilos de Combate
Cada oponente é uma histó ria ú nica, cada combate é
singular e existem muitas formas de combater. Criaturas
de todo tipo têm suas armas favoritas e meios de ataque
mais utilizados. Estilos de combate são formas gerais
pelas quais uma personagem pode se equipar para lutar
e executar manobras num encontro de combate.
A classe determina quais estilos de luta uma
personagem conhece no início do jogo, mas algumas
classes permitem que as personagens aprendam outros,
ampliando suas possibilidades. Como qualquer outra
proficiência, um estilo de combate também beneficia
mais aqueles que se especializam, alcançando níveis
superiores de maestria.
Uma Arma
Ao combater optando pelo estilo Uma Arma, usa-se uma
arma de empunhadura destra e deixa-se a outra mão
como um ponto de equilíbrio extra para ataque e defesa.
Existem algumas desvantagens em fazer isso, pois o
combatente está se privando da proteção de um escudo
e da agressividade naturalmente superior de ter uma
arma secundária à mão. Apesar dos inconvenientes,
lutar assim deixa a personagem com uma mão livre
para usar itens mágicos, agarrar um oponente ou
executar os componentes gestuais de um feitiço, entre
outras qualidades.
Todas as personagens possuem o nível básico de
proficiência no estilo de combate Uma Arma.
Investindo um ponto extra para se tornar especialista,
uma personagem passa a ter um bô nus de +1 em sua CA
quando luta utilizando esse estilo.

Duas Mãos
As armas mais destrutivas disponíveis para os PCs são
geralmente armas de duas mãos. Obviamente, uma
personagem lutando assim não será capaz de usar um
escudo ou arma secundária, mas a capacidade ofensiva
envolvida em um estilo como esse costuma compensar
adequadamente essa desvantagem. O dano de uma arma
empunhada em duas mãos é calculado como se a Força
da personagem fosse 3 pontos superior ao valor real.
Assim, um guerreiro com Força 15 usando uma arma
em duas mãos deve calcular seu dano como se o valor
de seu atributo fosse 18.
Muitas armas de duas mãos são armas de haste que
fornecem ao usuário benefícios táticos especiais,
enquanto outras apenas têm qualidades especiais que
as tornam ainda mais ameaçadoras. Não é necessário
usar as duas mãos quando se deseja apenas segurar a
arma; a personagem pode fazê-lo com uma mão e
liberar a outra para atividades diferentes, mas não pode
atacar sem empunhá-la com as duas mãos novamente.
Todas as personagens possuem o nível básico de
proficiência no estilo de combate Duas Mãos. Ao se
tornar especialista, a personagem consegue se tornar
ainda mais destrutiva, causando +3 pontos de dano em
ataques bem sucedidos com esse estilo de combate.
Arma e Escudo
Talvez o mais tradicional entre os estilos de combate,
Arma e Escudo proporciona à personagem os benefícios
defensivos de um escudo e ainda permite a realização
de uma ofensiva razoavelmente eficiente. Além do
bô nus de CA garantido pelo escudo, este estilo também
abre a possibilidade de que o escudo seja usado
praticamente como uma arma secundária, empurrando
e deslocando o inimigo.
Existem duas desvantagens neste estilo: primeiro, a
personagem fica limitada a usar uma arma de uma mão,
já que a outra mão carregará seu escudo; além disso, se
precisar de uma mão livre, ela terá que largar sua arma,
pois os escudos típicos são amarrados ao braço e não
podem ser removidos facilmente.
Clérigos e guerreiros possuem o nível básico de
proficiência no estilo Arma e Escudo. Magos não
iniciam com essa proficiência, mas podem escolher
desenvolvê-la. Quando uma personagem inapta
empunha arma e escudo, a cada vez que faz um ataque
ou lança um feitiço ela perde o bô nus de CA oferecido
pelo escudo até o início do seu pró ximo turno. O nível
básico de proficiência permite que uma personagem
ataque ou lance um feitiço sem perder a proteção.
Mesmo em um turno no qual já tenha atacado, o
especialista em Arma e Escudo pode usar um passo
para realizar um golpe de escudo, que funciona de
forma idêntica a uma tentativa de deslocar.
Duas Armas
Este estilo usa uma arma em cada mão do combatente.
A vantagem é clara: a personagem tem mais poder de
ataque ou pode usar a arma secundária defensivamente
para bloquear golpes. Outro benefício está no fato de
que alguém tentando desarmar a personagem terá o
dobro do trabalho: ela simplesmente está duas vezes
mais preparada para combater que o restante do campo
de batalha!
A princípio, apenas armas de empunhadura canhota
podem ser utilizadas para combater utilizando Duas
Armas. Adagas são especialmente funcionais para os
estudantes deste estilo, além de poderem ser facilmente
escondidas em uma bota ou casaco. O dano da arma
secundária é calculado como se a Força ou Destreza da
personagem (o que for aplicável) fosse 3 pontos
inferior ao valor real. Assim, um ladrão com Destreza
17 usando duas armas deve calcular o dano da arma
secundária como se sua Destreza fosse 14.
Guerreiros e ladrõ es possuem o nível básico de
proficiência no estilo Duas Armas. Uma personagem
inapta pode empunhar duas armas ao mesmo tempo,
mas só pode atacar com uma delas a cada rodada. O
nível básico de proficiência permite atacar com duas
armas da forma descrita mais adiante.
O especialista em Duas Armas faz seus ataques
utilizando o melhor bô nus de proficiência e pode
utilizar sua arma secundária para uma manobra de
aparar sem perder a possibilidade de atacar com ela
durante a mesma rodada.
Magia
A magia é um conhecimento complexo e multifacetado,
de maneira que os místicos representados pelos
jogadores em uma campanha convencional de T&T não
possuem sequer a expectativa de acumular todo o
conhecimento mágico que existe no mundo. Em vez
disso, eles precisam escolher uma ou duas esferas e se
especializar o quanto conseguirem, aprendendo no
máximo os conceitos elementares das demais.
O sistema de proficiência em esferas de magia
descrito aqui tem como objetivo obrigar os jogadores a
fazerem escolhas difíceis. Místicos realmente
dedicados, como magos ou clérigos, provavelmente
escolherão apenas uma ou duas esferas para
desenvolver até o 9º círculo de feitiçaria, e isso
necessariamente virá em detrimento de outros
conhecimentos mundanos que o jogador gostaria de ver
em seu repertó rio. Isso é proposital: todo poder vem
com algum sacrifício.
Os místicos descritos ao longo desse primeiro
documento de teste não se aprofundam muito em
qualquer esfera. Sua maestria é limitada e eles não
precisam se especializar para lançar qualquer feitiço,
bastando que ele seja acessível à sua classe com uma
proficiência básica. Mesmo assim, jogadores vão
desejar investir pontos para aumentar a maestria em
sua esfera preferida, pois isso impacta diretamente suas
chances de sucesso quando lançam feitiços que
necessitam de um ataque contra o alvo.
30
 VI - Jogando o Jogo
A ideia básica de Túmulos & Tigres é que a maioria das
açõ es seja resolvida com um simples teste. Se a
personagem quer invadir uma fortaleza e decide fazer
isso desmaiando o guarda pró ximo à janela, o GM não
remete às regras de combate para dar continuidade à
cena, mas simplesmente pede ao jogador para fazer um
teste (talvez um teste de Força ou um ataque) resistido
pelo guarda. Se for bem-sucedido, o PC desmaia seu
oponente sem esforço, mas se fracassar, terá que lidar
com o fato de que o guarda tem a oportunidade de
chamar reforços e gerar um novo conflito.
Em alguns momentos, no entanto, as regras de teste
não são o bastante para fazer funcionar os engenhos que
nó s tentamos tocar adiante com esse sistema. Para
esses momentos, utilizamos aquilo que denominamos
sistemas dramáticos: os subsistemas que mantêm T&T
funcionando quando rolagens simples não são
suficientes para as pretensõ es do grupo.
São quatro grupos de sistemas dramáticos: Combate,
Exploração, Interação Social e Magia. Com exceção das
regras de magia, eles envolvem conflitos que poderiam
ser solucionados sem regras pró prias, mas que ficam
mais interessantes com os subsistemas envolvidos.
Apenas uma parte dos sistemas dramáticos serão
testados durante esta rodada. Muitas regras que
pensamos são, afinal de contas, opçõ es de jogo, e não
elementos obrigató rios para uma aventura desafiadora.
Combate
Como um jogo de ação e aventura, T&T frequentemente
permite que os jogadores optem por resolver seus
conflitos pela força das armas. As regras são as que
estão descritas a seguir.
Organização do Combate
Um encontro de combate típico é um embate com pelo
menos duas forças opostas, uma enxurrada de golpes de
armas, fintas, defesas, deslocamento rápido e
lançamento de feitiços. O jogo organiza o caos do
combate em um ciclo de rodadas e turnos. Uma rodada
representa cerca de 6 segundos no mundo do jogo.
Durante uma rodada, cada combatente tem um turno. A
ordem dos turnos é determinada no início do encontro,
quando todos os lados envolvidos rolam a iniciativa.
Depois que cada personagem agir em seu pró prio turno,
o confronto prossegue à rodada seguinte, se nenhum
dos lados tiver derrotado o outro.
Surpresa
Um grupo de aventureiros se aproxima furtivamente de
um acampamento de bandidos, saltando das árvores
para atacá-los. Um cubo gelatinoso desliza por uma
passagem de masmorra, despercebido pelos
exploradores até engolir um deles. Em situaçõ es assim,
um lado da batalha surpreende o outro.
O GM determina quem pode ser surpreendido. Se
nenhum dos lados tentar ser furtivo, eles
automaticamente notam um ao outro. Um jogador cuja
personagem não esteja imediatamente consciente da
31
Combate Passo a Passo
1. Determine surpresa. Caso seja necessário, role os dados
para determinar se alguém envolvido no encontro de
combate está surpreso.
2. Estabeleça posições. O GM decidirá o posicionamento
inicial e distância das forças envolvidas a partir de
informações como a ordem de marcha dos aventureiros
ou suas ações declaradas anteriormente no local onde
se encontram.
3. Teste iniciativa. Cada grupo envolvido no combate
participa em um teste resistido de iniciativa. O lado
vencedor decide de quem será a primeira ação.
4. Resolva os turnos. Cada participante da batalha resolve
um turno por rodada, sendo o primeiro turno escolhido
pelo grupo vencedor do teste de iniciativa e os turnos
seguintes escolhidos de modo alternado, primeiramente
pelo lado derrotado, depois novamente pelo lado
vencedor, e assim por diante, até que cada personagem
tenha resolvido pelo menos um turno. Havendo mais de
dois grupos envolvidos, eles resolverão turnos de modo
alternado, em ordem decrescente, iniciando pelo maior
resultado no teste de iniciativa.
5. Fim da rodada. Efeitos cuja duração seja dada em
rodadas (como alguns feitiços e condições) chegam ao
fim após cada personagem resolver um turno.
6. Comece a próxima rodada. Quando todos os turnos
tiverem sido resolvidos, a rodada termina. Repita o
passo 3 até que a luta pare.
presença dos inimigos deve rolar 1d10. Em um
resultado de 1, 2 ou 3, ela foi surpreendida.
Ao ser surpreendido, as ú nicas açõ es que um
combatente poderá realizar no primeiro turno de
combate são cair no chão e correr na direção oposta ao
perigo mais evidente. De outra forma, ele apenas fica
parado e não age. Em qualquer caso, não poderá realizar
uma reação até o fim da rodada. Um membro de um
grupo pode ser surpreendido mesmo que os outros
membros não sejam.
Iniciativa
Cada combate se inicia necessariamente com um teste
de iniciativa, do qual devem participar todos os grupos
envolvidos. Os jogadores escolhem um deles para testar
pelo grupo, enquanto o GM testa pelos inimigos. Os
seguintes modificadores cumulativos se aplicam ao
teste, de acordo com a situação na qual ocorre a batalha:
Tabela VI.1: Modificadores de Iniciativa
Situação Modificador
Grupo está no terreno elevado +1
Grupo possui vantagem numérica +1
Grupo possui enorme vantagem numérica +2
Grupo iniciou a agressão +1
Circunstâncias favoráveis em geral +1
Circunstâncias muito favoráveis em geral +2
Para fazer um teste de iniciativa, cada lado rola 1d20
e comparam-se os resultados, já somados os
modificadores acima (quando apropriado). O grupo que
obtiver o maior resultado é declarado vencedor. Se
houver mais de dois lados envolvidos no conflito (uma
situação rara, mas que pode ocorrer), o GM deverá
ordenar todos os grupos, do maior até o menor
resultado. A ordem decrescente do resultado desse teste
determina a ordem usada pelos grupos para decidir
quem resolverá seu turno a seguir.
T&T utiliza um sistema de iniciativa flutuante: ela é
checada no início de cada rodada. O objetivo é tornar o
combate mais interessante, na medida em que o
andamento das açõ es se torna imprevisível e os
jogadores não podem basear suas escolhas numa
certeza em relação aos momentos seguintes.
O Turno
Um turno é dividido em três passos: três instantes ou
momentos que podem ser utilizados para realizar açõ es
simples, como se mover ou apanhar um objeto, ou
combinados para gerar açõ es complexas, como lançar
um feitiço. A descrição de uma ação dirá quantos
passos são necessários para concretizá-la. Se não
restam passos suficientes no atual turno da personagem
para realizar determinada ação, ela não poderá ser
realizada durante esse turno.
Usar os três passos não é obrigató rio para resolver
um turno. O jogador pode utilizar apenas um ou dois
passos e declarar seu turno encerrado, ou mesmo não
realizar qualquer ação, mas a oportunidade de agir é
perdida, pois as regras não permitem que alguém poupe
açõ es para um momento mais favorável.
O turno pode incluir atividades que não requerem a
utilização de um passo sequer para completar. Isso
acontece, por exemplo, quando uma personagem
comunica algo de forma simples e ágil, apenas
gesticulando ou com um grito de alerta. Sacar uma arma
com a qual a personagem possua proficiência ou
empunhar um símbolo sagrado que ela traz consigo
também são atividades em geral absorvidas por açõ es
mais complexas às quais estão associadas.
Quando açõ es do tipo descrito anteriormente
aparecerem nas regras, elas serão chamadas de açõ es
livres. O ú nico limite no nú mero de açõ es livres que o
jogador pode declarar durante seu turno é o bom senso
dos envolvidos.
Reações
Certas habilidades especiais, feitiços e situaçõ es
permitem que alguém realize uma ação especial fora do
seu turno, uma reação. A reação é uma resposta
instantânea a um gatilho de algum tipo, que pode
ocorrer a qualquer momento como resposta a esse
gatilho. Um ataque de oportunidade, cujas regras são
detalhadas adiante, é o tipo mais comum de reação.
Cada personagem só pode realizar uma reação por
rodada. Se a reação interromper o turno de outra
criatura, ela poderá continuar seu turno logo apó s essa
ação especial ser resolvida.
A dinâmica de uma reação existe em paralelo às
açõ es comuns realizadas durante um turno comum de
combate, de maneira que reagir a um evento não requer
a utilização de um ou mais passos do turno, e pode ser
feito mesmo que a personagem tenha utilizado seus três
passos para outro fim.
Deslocamento e Posição
Em combate, as personagens estão em constante
movimento, muitas vezes usando movimentação e
posicionamento para ganhar a dianteira sobre o outro
lado do campo de batalha.
Durante o seu turno, a personagem pode utilizar um
passo para se movimentar uma quantidade de metros
igual ao seu deslocamento. Cada passo utilizado dá
direito à mesma quantidade de movimento, de forma
que é possível se deslocar até três vezes o valor de seu
deslocamento em um ú nico turno, desde que não se
faça mais nada.
O movimento pode incluir saltos, escalada e natação.
Esses diferentes modos de movimento podem ser
combinados com a caminhada ou podem constituir
toda a movimentação. Seja como for que a personagem
esteja se movendo, o jogador deduz a distância de cada
parte do movimento do deslocamento total até que este
se esgote ou ele decida parar.
Fazendo Mais de um Deslocamento
Considerando que ainda tenha passos sobrando em seu
turno, a personagem pode se deslocar mais de uma vez
(antes e depois de realizar uma ação, por exemplo).
Algumas açõ es, como ataques e certos feitiços,
possuem a característica de poderem ser utilizadas em
movimento. Nesse caso, é possível “quebrar” o passo
de deslocamento, movendo-se antes e depois da ação.
Caso a personagem tenha mais de um tipo de
deslocamento, como caminhada e voo, poderá alternar
entre os tipos durante o movimento. Sempre que trocar,
deve subtrair a distância já percorrida do novo tipo de
deslocamento. O resultado determina o deslocamento
restante. Se o resultado for 0 ou menos, ela não pode
mais se deslocar dessa forma sem usar outro passo.
Por exemplo, se puder se deslocar 9 metros
caminhando e 18 metros voando porque está sob o
efeito do feitiço voo, a personagem poderá voar por 6
metros e caminhar por outros 3 em seguida. Se tiver
voado 9 metros ou mais, no entanto, ela precisará
iniciar um novo passo, caso queira continuar se
deslocando com os pés no chão.
Terreno Difícil
O combate raramente ocorre em salas vazias ou
planícies de grama curta. Cavernas repletas de
pedregulhos, florestas repletas de espinheiros e
escadarias traiçoeiras, que são o cenário de uma luta
típica, contêm terreno difícil.
Cada metro de movimento em terreno difícil custa
1m extra. Mó veis baixos, entulho, vegetação rasteira,
escadas íngremes, neve e pântanos rasos são exemplos
de terreno difícil. O espaço de outra criatura, hostil ou
não, também conta como terreno difícil. Uma
personagem nunca está em terreno difícil quando se
movimenta em seu habitat natural, mesmo que ele seja
considerado terreno difícil para outras.
Personagens Caídas
Os combatentes muitas vezes se encontram caídos no
chão, seja porque foram derrubados ou porque se
jogaram. A condição caído é descrita mais adiante.
32
 Como parte do movimento durante seu turno, ou
como uma reação em resposta à ação de qualquer
personagem, é possível cair sem usar qualquer
deslocamento. Ficar em pé exige mais esforço, e custa
uma quantidade de deslocamento igual à metade do
deslocamento total da personagem.
Por exemplo, se o deslocamento da personagem é
9m, ela deve gastar 4,5m de movimento para se erguer.
Não é possível se levantar sem movimento suficiente
para isso ou se seu deslocamento for reduzido a 0.
Para se mover enquanto estiver caído, alguém deve
rastejar ou usar um feitiço como teleporte. Cada metro
de movimento ao rastejar custa 1m extra. Rastejar 1m
em terreno difícil, portanto, custa 3m de movimento.
Movimento Junto a Outras Criaturas
Também é possível se mover pelo espaço de uma
criatura não hostil. Se for uma criatura hostil, só é
possível passar por aquele espaço se ela for pelo menos
dois tamanhos maior ou menor que a personagem. O
espaço de outra criatura sempre é considerado terreno
difícil para outras, mesmo um aliado.
Quer uma criatura seja amiga ou inimiga, a
personagem não pode terminar seu movimento
voluntariamente em seu espaço. Isso significa que, caso
ela possua apenas a quantidade de movimento
necessária para entrar naquele espaço, mas não o
suficiente para deixá-lo em seguida, não poderá se
mover para lá.
Da forma descrita mais adiante, se deixar o alcance
de uma criatura hostil durante seu movimento, a
personagem provoca um ataque de oportunidade.
Criaturas Voadoras
Criaturas voadoras desfrutam de muitos benefícios de
mobilidade, mas também devem lidar com o perigo de
cair. Se uma criatura voadora for derrubada, tiver seu
deslocamento reduzido a 0 ou for privada da habilidade
de se mover, ela cai a menos que tenha a habilidade de
pairar ou esteja sendo mantida no ar por algum tipo de
magia, como o feitiço voo.
Tamanho
Cada criatura ocupa uma quantidade diferente de
espaço. Essa não é uma medida de seu tamanho
corporal efetivo, mas sim do espaço que ela ocupa para
se deslocar e lutar efetivamente. Aquele é o espaço que
a criatura controla, que outra criatura não pode
atravessar contra a sua vontade, a não ser que realize
uma manobra especialmente para essa finalidade.
Além do espaço que controla, uma criatura ameaça
um espaço ao seu redor, que varia de acordo com seu
tamanho e as armas que utiliza. Uma criatura de
tamanho pequeno ou médio empunhando uma arma de
combate corpo a corpo (essa normalmente é a
descrição de um dos PCs) tipicamente ameaça uma área
de 1,5m ao seu redor. As estatísticas de combate de uma
criatura indicam a área que ela ameaça com ataques.
Espremendo-se em Espaços Pequenos
Uma criatura pode se espremer em um espaço que seja
grande o suficiente para alguém um tamanho menor que
ela. Assim, uma criatura grande pode se espremer por
33
uma passagem de apenas 1,5m de largura. Ao se
espremer por um espaço, a criatura utiliza 1m extra de
deslocamento para cada metro que se move ali (logo,
alguém que esteja rastejando em um espaço pequeno de
terreno difícil utiliza 4m de seu deslocamento para se
dar uma mísera passada adiante!).
Ações em Combate
Quando realiza sua ação do turno, a personagem
escolhe entre açõ es permitidas em função da sua classe,
raça ou alguma característica especial que possua, uma
ação de improviso ou uma das açõ es descritas abaixo.
NPCs em geral têm opçõ es de açõ es específicas e
alinhadas à sua descrição. Quando o jogador propõ e
uma ação não detalhada em alguma parte das regras, o
GM diz se ela é possível e que tipo de teste é preciso, se
houver, para determinar sucesso ou falha.
Aparar
Com uma ação de um passo, é possível erguer uma
arma em posição de aparar, substituindo sua
agressividade natural por capacidade defensiva extra. A
personagem só pode aparar com uma arma que não
tenha sido usada para atacar durante seu turno, e não
poderá realizar ataques com a arma apó s decidir
colocá-la em posição de aparar, o que inclui um
possível ataque de oportunidade.
Uma personagem que esteja com uma arma em
posição de aparar recebe um bô nus na sua CA igual ao
seu modificador de Força, se positivo, apenas contra
ataques corpo a corpo.
Ataque
A ação mais comum a ser tomada em combate é a ação
de Ataque, seja brandindo uma espada, disparando uma
flecha de um arco ou lutando com os punhos.
Com um passo, a personagem faz um ataque corpo a
corpo ou à distância, utilizando uma arma ou os
pró prios punhos. As regras detalhadas a respeito da
resolução de ataques são apresentadas mais adiante.
Como regra, não é possível realizar a ação de Ataque
mais de uma vez por turno.
Se a cadência de tiro de sua arma de alcance for maior
que 1, a personagem pode usar passos adicionais para
fazer ataques à distância adicionais.
Alguns feitiços necessitam de um ataque (corpo a
corpo ou à distância) para produzir seus efeitos. Isso é
determinado individualmente na descrição deles. O
ataque é tratado como parte do lançamento, e não como
uma ação independente.
Auxílio
Com dois passos, é possível ajudar outra criatura na
conclusão de uma tarefa. Quando realiza a ação de
Auxílio, a criatura auxiliada recebe um dos benefícios
abaixo, a critério do ajudante. O benefício deve ser
usado até o início do pró ximo turno do ajudante.
Se o aliado testa uma perícia com a qual o ajudante
também é proficiente, ele pode adicionar +2 à
rolagem. Se o ajudante é um especialista naquela
perícia, seu auxílio adiciona +4 à rolagem.
 Se o aliado lança um feitiço que o ajudante também
seria capaz de lançar, ele reduz em 1 o nú mero de
passos necessários para o lançamento (isso não
pode reduzir o nú mero de passos necessários para o
lançamento de um feitiço a menos que 1).
Se o aliado testa um talento para o qual o ajudante
possui uma chance de pelo menos 10%, ele adiciona
um bô nus igual à metade do valor do talento do
ajudante (arredondada pra baixo) ao valor do seu
pró prio talento antes da rolagem do d%. Esse
acréscimo não pode elevar a chance de sucesso do
aliado acima de 95%.
Se o aliado ataca um inimigo que está dentro de uma
área ameaçada pelo ajudante, ele adiciona +1 à
rolagem do ataque e, em caso de sucesso, +2 à
rolagem de dano.
Busca
Com um passo, quando executa a ação de Busca, a
personagem dedica sua atenção a ler o ambiente à
procura de algo. Dependendo da natureza dessa procura,
o GM pode exigir um teste da perícia Análise. Em alguns
casos, se ele julgar apropriado, o teste de perícia poderá
ser substituído por uma rolagem de chance de Encontro
Fortuito ou Sentir Perigo, caso a personagem possua
pelo menos um desses talentos.
De forma alternativa, a ação de busca pode ser
utilizada para aumentar o nível de atenção da
personagem, de maneira que ela passa de distraída para
alerta ou de alerta para vigilante até o início do seu
pró ximo turno, o que pode ser ú til contra oponentes
especialmente furtivos.
Esquiva
Utilizando três passos, a personagem concentra toda
sua atividade durante uma rodada de combate em não
ser atingida. Ela não poderá realizar reaçõ es até o início
do seu pró ximo turno, mas conta com os seguintes
benefícios até lá:
Se um ataque é realizado contra a personagem, o
jogador pode rolar 1d6 e subtrair o resultado da
rolagem do agressor depois de saber o resultado, mas
antes de determinar se o ataque foi bem-sucedido.
Se faz uma jogada de proteção para evitar uma ameaça
de dano físico (como uma seta envenenada ou uma bola
de fogo), o jogador pode rolar 1d6 e adicionar o
resultado à sua jogada de proteção contra aquele perigo.
Se a personagem sofre dano físico, o jogador pode
reduzir o dano sofrido em 1d10. Esse benefício não
pode reduzir o dano sofrido a menos de 1.
Ao ser utilizado durante um turno, o mesmo
benefício não poderá ser utilizado novamente até o final
daquele turno.
Se um carniçal ataca a personagem com garras e logo
em seguida desfere uma mordida, por exemplo, apenas
um dos ataques poderá ser penalizado, mas a
personagem poderá penalizar o primeiro ataque, a
segunda rolagem de dano e ainda receber um bô nus em
sua jogada de proteção contra a paralisia provocada
pelo inimigo. Cada meio de defesa se tornará novamente
disponível ao final do turno.
Finta
Com um passo, a personagem faz um floreio de arma,
balança o corpo, levanta poeira ou executa outro
movimento com o objetivo de distrair um oponente à
sua escolha dentro da área que ameaça. Ele deve ser
bem-sucedido em uma jogada de proteção contra
Ofensiva Mental ou o pró ximo ataque corpo a corpo que
a personagem realizar contra ele durante o mesmo
turno terá um bô nus de +1.
Lançar Feitiço
Místicos, como magos e clérigos, têm acesso a feitiços
e podem usá-los com grande efeito em combate. Cada
feitiço tem um tempo de lançamento, que especifica se
o místico deve usar um ou mais passos, uma reação,
minutos ou mesmo horas para lançá-lo. Lançar um
feitiço, portanto, não é necessariamente uma ação. A
maioria dos feitiços tem um tempo de lançamento de
um a três passos, permitindo que se use uma ação em
combate para lançá-los.
Ocultação
Durante seu turno de combate, a personagem necessita
de um passo para realizar uma ação de Ocultação, que
pode exigir um teste de Furtividade (para se esconder),
Prestidigitação (para ocultar um objeto) ou Blefe (para
ocultar uma ação, como o lançamento de um feitiço).
Personagens que possuam o talento Desvanecer são
capazes de realizar manobras ainda mais arrojadas com
uma ação desse tipo, virtualmente desaparecendo
diante dos olhos de seus oponentes.
Primeiros Socorros
Utilizando três passos e um kit de primeiros socorros, é
possível tentar estabilizar uma personagem cujos
pontos de vida tenham sido reduzidos a 0 e que esteja à
beira da morte. É preciso fazer um teste de Cura (NA 15)
e, em caso de sucesso, o alvo fica estável e não tem
necessidade de fazer novos testes de resiliência, a não
ser que sofra algum dano posteriormente.
Provocação
Com dois passos, a personagem se dirige a um inimigo
que possa ver seus gestos ou ouvir suas palavras e
desfere uma série de insultos e desafios. Ele deve ser
bem-sucedido em uma jogada de proteção contra
Ofensiva Mental ou sofrerá uma penalidade de -2 em
todos os ataques e -4 em todas as rolagens de dano em
qualquer ação ofensiva que não inclua a personagem
como um alvo, até o final do seu pró ximo turno.
Criaturas com Inteligência 1 ou 2 são imunes a essa
manobra, mas também são incapazes de executá-la.
Recuo
Com dois passos a personagem pode realizar uma ação
de Recuo. Se o fizer, qualquer deslocamento que execute
não gera ataques de oportunidade até o início do seu
pró ximo turno.
Uso de Objeto
Muitas vezes o Uso de Objeto é parte da ação à qual ele
está relacionado. O mago não precisa de uma ação
separada do resto do lançamento para manipular suas
34
 ferramentas materiais, assim como o guerreiro não
precisa de uma ação específica para se defender com
seu escudo. Para manipular um objeto como uma ação
independente durante seu turno, no entanto, a
personagem deve utilizar um passo.
Alguns objetos (principalmente objetos mágicos)
possuem regras específicas para sua utilização, que
podem incluir a necessidade de utilizar mais passos
para interagir adequadamente com eles ou a inclusão de
outro tipo de ação como parte de sua ativação. Essas
regras específicas se sobrepõ em às gerais e são
incluídas na pró pria descrição dos objetos.
Tirar uma arma da bainha para atacar imediatamente
com ela é uma ação livre, mas sacá-la sem realizar um
ataque conta como uso de um objeto. O mesmo vale
para o movimento de puxar uma flecha da aljava ou
qualquer outro tipo de munição ao alcance das mãos.
Para se beneficiar dessa situação, o combatente deve ter
o objeto pronto para uso. Uma aljava dentro da mochila
ou uma espada no chão não podem ser manipulados
como parte de um ataque, por exemplo.
Jogadas de Proteção
A jogada de proteção é uma rolagem que dá uma chance,
ainda que pequena, de que a criatura encontre alguma
maneira de se salvar da destruição certa (ou pelo
menos diminuir o dano de um ataque bem-sucedido).
Embora não seja tecnicamente uma reação, a jogada
de proteção representa um ato instintivo por parte da
personagem, como esvaziar a mente contra uma
tentativa de dominação mental, bloquear o pior de um
jato de ácido com um escudo ou cobrir o corpo para
evitar as queimaduras mais graves de uma labareda. A
ação exata não é importante, os jogadores podem pensar
em explicaçõ es vivas e coloridas sobre por que uma
jogada de proteção foi bem-sucedida ou falhou.
Para fazer uma jogada de proteção, o jogador rola
1d20 e adiciona os modificadores relevantes. Para obter
sucesso, o resultado deve ser igual ou maior que 20. O
modificador que uma personagem adiciona à rolagem
varia de acordo com sua classe, seu nível e o tipo de
jogada de proteção.
As jogadas de proteção são feitas em diversas
situaçõ es: para ataques que envolvem Paralisação,
Veneno ou Morte, para Transfiguração ou Petrificação,
para Ilusão ou Ofensiva Mental, para Explosão ou
Ataque em Área e para efeitos de Feitiçaria de modo
geral. O tipo de jogada de proteção que deve ser feita é
determinado pelo feitiço, monstro, item mágico ou
situação específica envolvida.
Prioridade das jogadas de proteção
A ordem na qual as jogadas de proteção são descritas
aqui ou no registro de uma personagem não é aleató ria.
À s vezes pode acontecer de um ataque se enquadrar em
mais de um tipo de jogada de proteção, e esses casos
determinam que a jogada de proteção que aparece
primeiro tem prioridade.
Por exemplo: uma nuvem venenosa, embora seja um
ataque em área, determina uma jogada de proteção
contra veneno. A ilusão invocada pelo feitiço assassino
fantasmagórico causa a morte de uma personagem que
35
falha em uma jogada de proteção. A jogada de proteção
contra morte tem prioridade sobre a jogada de proteção
contra ilusão, e deve ser utilizada.
Ataques
A estrutura dos ataques é simples, e permanece a
mesma, independente da arma utilizada. A personagem
pode utilizar uma arma de combate corpo a corpo, de
ataque à distância, um feitiço ou até mesmo seus
pró prios punhos, as regras de resolução ainda seguirão
os passos apresentados ao longo desta seção.
Ataques são um tipo especial de teste porque
utilizam como NA a capacidade de se defender
fisicamente do alvo, representada pela sua Classe de
Armadura (CA). Como regra, qualquer teste que tenha
como nú mero alvo a CA do alvo é um ataque, e qualquer
outra ação realizada contra aquele alvo, por mais nociva
que seja, não será considerada um ataque.
Ataques também são um tipo de ação especial porque
podem ser realizados durante o deslocamento. Embora
alguns feitiços necessitem de um ataque para serem
resolvidos, eles não se beneficiam dessa possibilidade,
a não ser que a descrição especifique que podem ser
lançados em movimento (a maioria não permite).
Uma personagem capaz de se deslocar 9m em um
passo pode se deslocar 3m, realizar um ataque e se
deslocar outros 6m, por exemplo. Se ela for capaz de
ataques mú ltiplos, poderá quebrar ainda mais o
deslocamento. É possível, por exemplo, andar 3m,
atacar, andar mais 3m, atacar novamente e finalizar seu
turno andando outros 3m.
Rolagem de Ataque
A rolagem de um ataque determina se a tentativa foi
bem-sucedida ou não. Trata-se de um teste, feito
rolando 1d20 e adicionando os modificadores
referentes ao tipo de ataque que está sendo utilizado.
Como dito anteriormente, a CA do alvo funciona como
NA do teste. Caso o total seja igual ou maior, aquele
ataque foi bem-sucedido.
Criaturas possuem uma CA descrita com o restante de
suas estatísticas de jogo, um espaço no chão possui CA
10 e objetos têm CA em razão do tamanho, conforme a
tabela a seguir. Um objeto que esteja sendo segurado por
alguém possui um valor de CA igual ao descrito abaixo
ou igual ao valor da CA do detentor, o que for maior.
Tabela VI.2: CA dos Objetos
Tamanho do Objeto Classe de Armadura
minúsculo 22
diminuto 18
pequeno 14
médio 10
grande 8
enorme 6
gigantesco 4
colossal 2
Modificadores
Os modificadores seguintes sempre são aplicados às
rolagens de ataque:
 Destreza: O modificador de Destreza é adicionado
como um modificador em ataques desarmados e
com armas de projétil.
Bô nus de Proficiência: A personagem adiciona seu
bô nus de proficiência em ataques com armas e
feitiços, de acordo com seu nível de proficiência
naquela ferramenta de combate.
Modificador de Equilíbrio: Todas as armas de
combate corpo a corpo e armas de ataque à distância
arremessáveis possuem um modificador de
equilíbrio que é adicionado aos ataques realizados
com aquele tipo de arma. Em regra, quanto mais
eficiência uma arma extrai da utilização correta,
maior é o seu modificador de equilíbrio.
Modificador de Esfera: Quando se trata de aplicação
combativa, os feitiços não são iguais, e algumas
esferas se prestam a uma postura mais ofensiva que
outras. Assim, um modificador é adicionado aos
ataques com feitiços, tendo como referência a esfera
na qual estão classificados.
Rolando 1 ou 20
À s vezes, o destino abençoa ou amaldiçoa um
combatente, fazendo com que o novato acerte e o
veterano erre.
Se o resultado obtido no dado para um ataque for 20,
será bem-sucedido independentemente de quaisquer
modificadores ou da CA do alvo.
Se o resultado obtido no dado para um ataque for 1,
será uma falha independentemente de quaisquer
modificadores ou da CA do alvo.
Acerto Crítico
Em um ataque (e em nenhum outro tipo de teste), um
resultado 20 no d20 representa, além de um sucesso
automático, também um acerto crítico.
O acerto crítico faz com que o dano seja calculado
como se o jogador tivesse obtido o maior valor possível
na rolagem de dano. Se um ataque causaria 1d10 pontos
de dano ao alvo em caso de acerto, ele causará 10
pontos de dano se ocorrer um acerto crítico. Esse efeito
não inclui dados de dano adicionais, como aqueles
produzidos por um ataque furtivo ou uma arma com a
qualidade devastação.
Alguns feitiços que exigem um ataque não causam
dano aos pontos de vida do alvo. Eles possuem um
efeito específico em caso de acerto crítico, que é
definido na descrição do feitiço, quando for o caso.
De forma semelhante, armas mágicas, relíquias e
outros objetos de origem sobrenatural podem possuir
efeitos específicos em caso de acerto crítico, como a
temida lâmina vorpal, capaz de decepar a cabeça do
oponente com um resultado “20” em um ataque.
Atacantes e Alvos Ocultos
Combatentes muitas vezes tentam escapar da atenção
de seus inimigos escondendo-se, lançando o feitiço
invisibilidade ou aguardando nas sombras.
O atacante de um alvo oculto tem uma penalidade de
-4 nesse ataque. Isso é verdade tanto para adivinhar a
localização do alvo quanto para tentar atingir uma
criatura que você pode ouvir, mas não ver. Se o alvo não
estiver no local, a personagem erra automaticamente,
Fazendo um Ataque
1. Alvo. O alvo deve estar dentro do alcance do ataque e
ser um alvo válido para o tipo de ataque intentado. Uma
criatura, um objeto ou até mesmo o chão em uma
determinada posição podem ser alvos válidos, a
depender do tipo de ataque.
2. Modificadores. O GM pode observar circunstâncias
específicas que alteram as chances de sucesso, como
um alvo parcialmente coberto ou caído no chão. Além
disso, feitiços, habilidades especiais e outros efeitos
podem aplicar penalidades ou bônus ao ataque.
3. Resolução. O jogador faz uma rolagem para o ataque.
Em caso de acerto, faz-se a rolagem de dano em
seguida, a menos que o ataque em particular tenha
regras que especifiquem o contrário. Certos ataques têm
efeitos especiais além ou em vez de dano.
mas o GM apenas diz que o ataque errou, não se o local
estava correto.
Ao atacar de uma posição oculta, a personagem pode
inverter a situação acima, adicionando +4 ao ataque. Se
estiver escondida — oculta e em silêncio — quando
fizer um ataque corpo a corpo, ela revelará sua
localização mesmo se o ataque falhar.
Ataques à Distância
Quando faz um ataque à distância, a personagem
dispara um arco ou uma besta, arremessa uma
machadinha ou de outra forma atira projéteis para
atingir um inimigo à distância. Um monstro pode atirar
espinhos de sua cauda, e muitos feitiços também irão
requerer um ataque à distância.
Alcance
O alcance de um ataque é determinado de acordo com a
arma ou feitiço utilizado, de forma que um alvo às
vezes estará a salvo tão somente por estar longe
demais. As estatísticas de jogo de uma arma e a
descrição de um feitiço incluirão seu alcance normal e,
no caso das armas, também seu alcance longo. Se um
alvo estiver fora do alcance normal de uma arma, mas
ainda dentro do seu alcance longo, ele poderá ser
atingido, mas com uma penalidade de -4 nesse ataque.
Ataques à distância em combate corpo a corpo
Mirar um ataque à distância é mais difícil quando um
inimigo está pró ximo. Quando uma personagem faz um
ataque à distância com uma arma, um feitiço ou algum
outro meio, há uma penalidade de -4 nesse ataque se ela
estiver dentro da área ameaçada por uma criatura hostil
que possa vê-la e que não esteja incapacitada.
Ataques corpo a corpo
Usado em combate pró ximo, um ataque corpo a corpo
permite que alguém ataque um inimigo dentro da área
que ameaça. Um ataque corpo a corpo normalmente usa
uma arma branca, como uma espada ou machado.
Criaturas monstruosas fazem ataques corpo a corpo
com suas garras, chifres, dentes, tentáculos ou outra
parte do corpo. Alguns feitiços também envolvem fazer
um ataque corpo a corpo.
Combatentes em sua maioria ameaçam uma área de
1,5m ao redor do seu espaço controlado e podem,
36
 portanto, atacar alvos imediatamente adjacentes ao
fazer um ataque corpo a corpo (seu ataque tem extensão
de 1,5m). Certas criaturas (normalmente aquelas
maiores que o tamanho médio) têm ataques corpo a
corpo com extensão maior que 1,5m, conforme
observado em suas descriçõ es.
Em vez de usar uma arma para fazer um ataque corpo
a corpo, a personagem pode usar um ataque desarmado:
um soco, chute, cabeçada ou golpe semelhante (nenhum
dos quais conta como arma). Em termos de regras, um
ataque desarmado não é o mesmo que um ataque
realizado com uma arma natural.
Ataque pelos Flancos
Quando dois aliados estão flanqueando um inimigo, é
mais difícil que ele se defenda de seus ataques. Um
ataque corpo a corpo contra um oponente flanqueado
recebe um bô nus de +2.
Para flanquear um inimigo, os combatentes devem
estar em lados opostos dele. Uma linha traçada entre o
centro do espaço de um dos combatentes e o centro do
espaço de seu aliado deve passar por lados ou cantos
opostos do espaço do inimigo.
Para flanquar um oponente, é preciso oferecer ameaça
imediata a ele. Além de não estar incapacitada de
qualquer forma, ela deve estar empunhando uma arma
branca ou ser capaz de fazer um ataque desarmado ou
utilizando armas naturais. Qualquer nível de cobertura
também impede que o alvo seja flanqueado.
Combatentes armados com armas de extensão maior
que 1,5m (como uma lança longa ou alabarda) podem
flanquear mesmo que não estejam imediatamente ao
lado do inimigo, se preencherem os demais requisitos.
Ataques de Oportunidade
Em uma luta, todos estão constantemente esperando
uma chance de atingir um inimigo que está fugindo ou
passando, o que pode ocorrer com o que se denomina
ataque de oportunidade.
A personagem pode fazer um ataque de oportunidade
quando uma criatura hostil que ela pode ver sai da sua
área de ameaça. Para fazer o ataque de oportunidade, ela
usa sua reação para fazer um ataque corpo a corpo
contra a criatura provocadora. O ataque ocorre logo
antes da criatura deixar seu alcance.
É possível evitar ataques de oportunidade realizando
uma ação de Recuo, da forma descrita acima. Também
não se provoca ataques de oportunidade ao utilizar
algum efeito de teleporte ou ao sofrer um movimento
involuntário. Por exemplo, uma personagem não
provoca um ataque de oportunidade quando uma
explosão a arremessa para fora do alcance de um
inimigo ou a gravidade faz com que ela passe por ele.
Combater com Duas Armas
Quando alguém realiza a ação de Ataque com uma arma
corpo a corpo de empunhadura canhota que está
segurando em uma mão, pode usar um segundo passo
para atacar com uma arma corpo a corpo também
canhota, mas diferente, que esteja na outra mão.
Se qualquer uma das armas for arremessável, é
possível arremessá-la, em vez de fazer um ataque corpo
37
a corpo com ela. Punhos e garras são considerados
armas de empunhadura canhota, e podem ser utilizados
em conjunto com essa forma de combate.
O estilo de combate Duas Armas é uma proficiência
específica que pode ser desenvolvida por algumas
personagens, aprimorando a efetividade desse tipo de
ofensiva. Durante uma rodada na qual faz ataques com
duas armas, a personagem deve somar seu bô nus de
proficiência em Duas Armas às suas rolagens, e não seu
bô nus de proficiência com as armas de escolha.
Agarrar
Quando quiser prender ou agarrar um oponente, a
personagem pode usar uma ação de Ataque para fazer
um ataque desarmado especial, chamado de Agarrar.
A personagem atacante precisa ter pelo menos uma
mão livre para realizar essa manobra, e o alvo deve
estar dentro de sua área de ameaça e não ser mais do
que uma categoria de tamanho maior que ela. Se for
bem-sucedida, sujeita o alvo à condição agarrado (uma
condição descrita adiante), mas se falhar e o alvo tiver
uma arma branca em mãos, ele pode usar sua reação
para fazer um ataque corpo a corpo contra ela.
Uma manobra de agarrar utiliza o bô nus de
proficiência da personagem em combate desarmado
(todas as personagens iniciam tendo proficiência básica
com seus ataques desarmados), e pode ser combinada
com o estilo Duas Armas para mais de uma tentativa na
mesma rodada, desde que a personagem tenha as duas
mãos livres.
Escapando do Aprisionamento. Durante seu turno,
uma criatura agarrada pode usar uma ação especial de
dois passos para tentar se libertar. Ela deve ter pelo
menos uma mão livre e ser bem-sucedida em um teste
de Força com NA igual a 10 + o modificador de ataques
desarmados da personagem que a está aprisionando.
Movendo uma Criatura Agarrada. Quando se move,
uma personagem pode arrastar ou carregar a criatura
agarrada com ela, mas seu deslocamento é reduzido
pela metade, a menos que a criatura seja dois ou mais
tamanhos menor.
Estrangulamento. Se a personagem tem uma criatura
agarrada e sua outra mão está livre, ela pode, uma vez
por rodada, com uma ação especial de um passo, causar
dano de impacto a ela como se a tivesse atacado com
uma arma baseada em brutalidade.
Desarme
Com um ataque corpo a corpo, é possível optar por
desarmar o alvo ou derrubar um objeto de uma de suas
mãos. O ataque é feito contra a CA do alvo ou contra a
CA do objeto, modificado de acordo com a maneira
como a arma está sendo segurada no momento da
tentativa, segundo a tabela a seguir:
Tabela VI.3: Modificador de Desarme
Arma do Defensor
Arma do Atacante Canhota Destra Duas Mãos
Canhota — -4 -8
Destra +4 — -4
Duas Mãos +8 +4 —
 Se o ataque for bem-sucedido, o atacante derruba o
objeto das mãos do alvo e ele cai no chão entre eles. Se
o ataque falhar, no entanto, o alvo pode usar uma reação
para imediatamente tentar desarmar seu atacante,
seguindo as mesmas regras acima.
Deslocar
Com um ataque corpo a corpo, é possível optar por
deslocar uma criatura, seja para derrubá-la ou empurrá-
la para longe. Se arma do atacante for de corte ou
perfuração, imagine que ele utiliza o lado cego ou uma
parte do cabo para obter esse resultado.
O alvo não deve ter mais do que um tamanho a mais
do que a personagem e deve estar dentro da sua área de
ameaça. Se o ataque for bem-sucedido, em vez de causar
dano, ela derrubará o alvo ou o empurrará 1,5m para
trás. Assim como Agarrar, a manobra pode ser
combinada com o estilo Duas Armas, permitindo mais
de uma tentativa durante um mesmo turno.
Um ataque de oportunidade pode ser utilizado para
uma tentativa de deslocar. Embora o atacante não possa
impedir completamente o movimento do alvo, essa
combinação pode ser o bastante para impedir que ele
chegue ao local aonde planejava ir inicialmente.
Combate Montado
Um cavaleiro avançando para a batalha em um cavalo de
guerra, um mago lançando feitiços das costas de um
grifo ou um clérigo voando alto no céu em um pégaso,
todos desfrutam dos benefícios da velocidade e
mobilidade que uma montaria pode fornecer.
Uma criatura voluntária que seja pelo menos um
tamanho maior que a personagem e que tenha uma
anatomia apropriada, pode servir como montaria,
usando as regras a seguir. A critério do GM, situaçõ es
particulares podem permitir que um caveleiro monte
uma criatura de anatomia pouco apropriada ou que não
concorde em ser montada.
Montar e Desmontar
Ao se deslocar, é possível montar uma criatura que
esteja a até 1,5m ou desmontar. Isso custa uma
distância em deslocamento igual à metade do valor
total da personagem. Por exemplo, se é 9m, ela deve
gastar 4,5m para subir numa montaria. Portanto, não
poderia montar se não tivesse 4,5m de movimento
restantes ou com o deslocamento reduzido a 0.
Se um efeito mover a montaria contra a vontade do
cavaleiro, ele deve ter sucesso em um teste de Esportes
com NA 15 ou cairá de cima dela, ficando caído em um
espaço a até 1,5m. Se for derrubado enquanto estiver
montado, deve fazer o mesmo teste.
Se a montaria cair, o cavaleiro pode usar uma reação
para desmontá-la imediatamente em vez de cair
também. Caso contrário, ele desmonta e cai em um
espaço adjacente a ela.
Controlando uma montaria
Enquanto estiver montada, uma personagem tem duas
opçõ es: pode controlar a montaria ou permitir que ela
aja de forma independente. Criaturas inteligentes, como
um dragão ou unicó rnio, sempre agem de forma
independente, embora possam ser influenciadas em
batalha pela perícia Comando.
É possível controlar uma montaria sem qualquer
esforço se ela tiver sido treinada para aceitar um
cavaleiro. Presume-se que cavalos domesticados,
burros e criaturas semelhantes tenham esse
treinamento. Uma criatura de Inteligência 1 ou 2 que
não foi treinada para aceitar um cavaleiro pode ser
controlada com um teste de Comando com NA igual a
10 + o nível da criatura.
Uma montaria controlada resolve o turno dela
juntamente com o de seu cavaleiro, de acordo com seu
direcionamento, mas só pode usar os três passos do
turno para se mover ou realizar açõ es de Recuo e
Esquiva. Uma montaria que ainda não tenha resolvido
seu turno no momento em que o cavaleiro a monta o faz
assim que ele termina suas pró prias açõ es.
Montarias independentes resolvem o turno de forma
autô noma, como qualquer outra personagem. Carregar
um cavaleiro não impõ e restriçõ es às açõ es que elas
podem realizar, mas um cavaleiro pesado, como um
guerreiro de armadura, pode fazer com que a montaria
alcance seu limite de peso suportado, resultando em
penalidades nas suas açõ es. O cavaleiro ocupa dois
espaços no inventário da montaria, o que pode
ocasionar penalidades em seus ataques ou outros tipos
de ação que requeiram mobilidade especial.
Em qualquer caso, se a montaria provocar um ataque
de oportunidade enquanto um cavaleiro estiver sobre
ela, o atacante pode mirar nele ou na montaria.
Combate Aquático
Quando os aventureiros perseguem tritõ es de volta para
suas casas submarinas, lutam contra tubarõ es em um
antigo naufrágio ou se encontram em uma masmorra
inundada, eles devem lutar em um ambiente desafiador.
Sob a água, aplicam-se as regras a seguir.
Ao fazer um ataque corpo a corpo com arma, uma
criatura que não possua capacidade natural de se
deslocar por natação sofre uma penalidade de -4.
Criaturas cujo habitat natural é aquático ou que estão
sob efeito de feitiçaria capaz de conceder velocidade de
deslocamento por nado não sofrem essa penalidade.
Um ataque à distância erra automaticamente um alvo
que esteja fora do alcance normal da arma. Contra um
alvo dentro do alcance normal, o ataque sofre uma
penalidade de -4 e seu dano é tratado como se o alvo
tivesse resistência àquele ataque, a menos que a arma
seja uma besta ou lança curta.
Criaturas e objetos totalmente imersos na água têm
resistência a dano de fogo. A critério do GM, ataques
baseados em fogo podem ter seus efeitos neutralizados
debaixo d’água, e outros podem ser potencializados
(como ataques baseados em eletricidade).
Cobertura
Paredes, árvores, criaturas e outros obstáculos podem
fornecer cobertura durante o combate, tornando o alvo
mais difícil de ferir. Um alvo pode se beneficiar da
cobertura apenas quando um ataque ou outro efeito se
origina no lado oposto da cobertura.
38
 Existem três graus de cobertura. Se um alvo estiver
atrás de várias fontes de cobertura, apenas o grau de
cobertura mais protetor se aplica; os graus não são
somados. Por exemplo, se um alvo está atrás de uma
criatura que dá meia cobertura e um tronco de árvore
que dá três quartos de cobertura, o alvo tem três
quartos de cobertura.
Um alvo com meia cobertura tem +2 de bô nus em sua
CA e em jogadas de proteção contra Explosão ou Ataque
em Area. Considera-se meia cobertura se um obstáculo
bloquear pelo menos metade de seu corpo. O obstáculo
pode ser um muro baixo, uma grande peça de mobília,
um tronco de árvore estreito ou uma criatura, seja essa
criatura um inimigo ou um aliado.
Um alvo com cobertura de três quartos tem +5 de
bô nus em sua CA e em jogadas de proteção contra
Explosão ou Ataque em Á rea. Considera-se três quartos
de cobertura se cerca de três quartos do corpo do alvo
estiverem protegidos. O obstáculo pode ser uma ponte
levadiça, uma fenda de flecha ou um tronco de árvore.
Alguém totalmente coberto não pode ser alvo direto
de um ataque ou feitiço, embora alguns feitiços possam
atingi-lo ao inclui-lo em uma área de efeito que se
expande além da linha de visão do místico. Um alvo
tem cobertura total se estiver completamente oculto.
Dano e Cura
Lesõ es e risco de morte são companheiros constantes
de quem explora os mundos de T&T. O golpe de uma
espada, uma flecha bem posicionada ou uma explosão
de chamas de um feitiço bola de fogo têm o potencial de
ferir, ou mesmo matar, a mais resistente das criaturas.
Descritos anteriormente, os Pontos de Vida
representam a vitalidade das personagens de T&T para
a batalha, e estão constantemente flutuando, à medida
que uma personagem sofre dano ou recebe cura.
Rolagens de Dano
Força e Destreza especificam o dano causado por uma
personagem quando utiliza sua agilidade para atacar os
pontos vitais do inimigo (dano de precisão) e quando o
faz puramente com força bruta (dano de brutalidade)
Feitiços, armadilhas e outros efeitos nocivos
especificam o dano causado.
O jogador rola os dados de dano, adiciona quaisquer
modificadores e aplica o dano ao seu alvo. Armas
mágicas, habilidades especiais e outros fatores podem
conceder um bô nus ao dano. Com uma penalidade, é
possível causar 0 de dano, mas nunca dano negativo.
Se um feitiço ou outro efeito causar dano a mais de
um alvo ao mesmo tempo, o dano deve ser rolado uma
só vez para todos eles. Por exemplo, quando um mago
lança raio, o dano do feitiço é rolado uma vez para todas
as criaturas que se encontrem na área de efeito.
Tipos de Dano
Diferentes ataques, feitiços ofensivos e outros efeitos
nocivos causam diferentes tipos de dano. Os tipos de
dano não possuem regras pró prias, mas outras regras,
como resistência a dano, dependem dos tipos. A maior
parte do dano causado às personagens pode ser
inserido em uma das categorias abaixo:
39
Ácido. O spray corrosivo do sopro de um dragão
negro e os tentáculos de algumas aberraçõ es causam
dano ácido. Efeitos capazes de causar dano recorrente
estão entre os mais comuns para dano de ácido.
Cortante. Espadas, machados e garras de monstros
causam dano cortante.
Fogo. Os dragõ es vermelhos sopram fogo e muitos
feitiços invocam chamas para causar dano de fogo.
Alguns efeitos associados ao fogo tem o potencial de
continuar queimando apó s o efeito inicial, para um
dano ainda maior.
Força. Força é quintessência pura focada em uma
forma nociva. A maioria dos efeitos que causam dano
de força são feitiços, como arma espiritual. Ataques
voltados contra oponentes intangíveis frequentemente
precisam recorrer a esse tipo de dano.
Frio. O frio infernal que irradia da lança de um diabo
de gelo e a explosão gélida do sopro de um dragão
branco causam dano de frio. Efeitos elementais capazes
de tornar um oponente mais lento costumam ser
associados a esse tipo de dano.
Impacto. Ataques de força contundente - martelos,
queda, constrição e similares - causam dano de
impacto. Criaturas feitas de osso, vidro e outros
materiais quebradiços em geral são especialmente
vulneráveis a esse tipo de dano.
Necrótico. Dano necró tico, causado por certos
mortos-vivos e feitiço da esfera de Morte, afeta o alvo
drenando sua energia vital. Ataques em área que
buscam causar dano aos vivos e fortalecer os mortos
frequentemente recorrem a esse recurso.
Perfuração. Ataques de perfuração e empalamento,
desde uma lança ou adaga até mordidas de monstros,
causam dano perfurante.
Psíquico. Habilidades mentais, como a explosão
psíquica de um lorde aberrante, causam dano psíquico.
Entidades incorpó reas podem ser difíceis de atingir por
qualquer outro meio.
Radiante. Dano radiante, causado pelo feitiço chama
sagrada de um clérigo ou pela arma pungente de um
anjo, queima a carne como fogo e sobrecarrega o
espírito com poder. Mortos-vivos, demô nios e outras
criaturas tocadas por forças sombrias costumam ser
vulneráveis a ataques dessa natureza.
Raio. O feitiço raio e o sopro do dragão azul causam
dano de raio, assim como qualquer ataque elétrico.
Ataques baseados em raio costumam ser ainda mais
efetivos contra inimigos vestidos com metal.
Trovão. Uma explosão concussiva de som, como o
efeito do feitiço onda trovejante, causa dano de trovão.
Veneno. Picadas venenosas e o gás tó xico do sopro
do dragão verde causam dano de veneno. Ataques desse
tipo raramente causam apenas dano, em geral trazendo
também outras condiçõ es ainda mais perigosas.
Resistência a Dano e Vulnerabilidade
Algumas criaturas e objetos são extremamente difíceis
ou fáceis de ferir com certos tipos de dano.
Se uma criatura ou um objeto tiver resistência a um
tipo de dano, o dano desse tipo é reduzido pela metade
contra ele. Se criatura ou objeto forem vulneráveis a um
tipo de dano, o dano daquele tipo é dobrado contra ele.
A resistência e a vulnerabilidade são aplicadas depois
de todos os outros modificadores de dano. Por exemplo,
se uma criatura tem resistência a dano de impacto, é
atingida por um ataque que causa 25 pontos de dano de
impacto, mas está dentro de uma aura mágica que reduz
todo o dano em 5, os 25 pontos de dano são primeiro
reduzidos em 5 e depois reduzidos à metade. A criatura
perde 10 pontos de vida.
Se mú ltiplas instâncias da característica afetam o
mesmo dano o redutor ou multiplicador é aplicado
apenas uma vez. Por exemplo, uma criatura resistente a
dano de fogo e a todos os danos não mágicos, sofre
metade do dano de um fogo não mágico, não um quarto.
Se uma criatura seria tanto resistente quanto
vulnerável a um efeito causador de dano, as duas
situaçõ es se anulam, independentemente do nú mero de
instâncias de resistência e vulnerabilidade que sejam
aplicáveis. Se uma criatura vulnerável a dano mágico é
resistente a fogo, um ataque de fogo mágico contra ela
não terá seu efeito reduzido à metade e nem dobrado.
Cura
A menos que resulte em morte, nenhum dano é
permanente. Descansar pode restaurar os pontos de
vida de uma criatura, e métodos mágicos como um
feitiço curar ferimentos ou uma poção de cura podem
remover o dano em um instante.
Quando uma criatura recebe cura de qualquer tipo, os
pontos de vida recuperados são adicionados ao seu
valor atual. Os pontos de vida de uma criatura não
podem exceder o máximo, e qualquer cura além desse
valor é perdida. Por exemplo, se o clérigo cura 8 pontos
de vida do ladrão no momento em que ele tinha 14
pontos de vida, mas seu máximo é 20, ele recuperará 6
pontos de vida, não 8.
Uma criatura que morreu não pode recuperar pontos
de vida até que algum feitiço com esse poder a traga de
volta do reino dos mortos.
Recuperar o Fôlego
Embora uma batalha seja um momento caó tico com
poucas oportunidades para se recobrar o controle, uma
personagem ainda pode recuperar um pouco do fô lego
em meio a esse caos natural.
Como uma ação de dois passos, um PC recupera um
nú mero de pontos de vida igual a 1d10 + seu nível e
recebe um bô nus de +4 em todas as suas jogadas de
proteção até o início do seu pró ximo turno.
Apó s utilizar essa habilidade, um PC não pode utilizá-
la novamente até terminar uma pausa. A não ser que sua
descrição especifique uma habilidade desse tipo, NPCs
não podem Recuperar o Fô lego.
Caindo a 0 Pontos de Vida
Quando cai a 0 pontos de vida, a personagem morre
imediatamente ou fica inconsciente, conforme
explicado nas seçõ es a seguir.
Morte Instantânea
Uma quantidade massiva de dano pode dar um fim
sú bito à vida de alguém. Quando um ú nico golpe reduz
a personagem a 0 pontos de vida e ainda há dano
restante, ela morre se o dano restante for igual ou
superior ao seu atributo Constituição mais duas vezes o
seu nível. É o seu valor de limite de dano massivo.
Por exemplo, imagine que um clérigo de 5º nível com
um valor de Constituição 13 tenha atualmente 6 pontos
de vida. Se ele receber 29 pontos de dano de um ú nico
ataque, ele é reduzido a 0 pontos de vida, mas 23
pontos permanecem. Como o dano restante alcança um
valor equivalente a duas vezes seu nível mais seu valor
de Constituição, ele morre automaticamente.
Inconsciência
Se algum dano reduzir uma personagem a 0 pontos de
vida e não conseguir matá-la, ela ficará inconsciente
(essa condição é descrita adiante). Se recuperar
quaisquer pontos de vida, ela recobrará a consciência,
mas ficará atordoada (outra condição descrita mais à
frente) até o final de seu pró ximo turno.
Dando Cabo de uma Criatura Inconsciente
Como uma ação de Ataque especial de dois passos, é
possível usar uma arma branca de combate corpo a
corpo ou um estrangulamento (da forma descrita
anteriormente para a manobra Agarrar) para tentar
acelerar a morte de um alvo inconsciente. As mesmas
regras se aplicam caso se queira executar um inimigo
adormecido, amarrado ou que de qualquer outra
maneira esteja impossibilitado de resistir à tentativa de
assassinato. Fazer isso sempre será considerado uma
ação maligna, incompatível com o có digo de honra da
maior parte dos PCs.
O ataque acerta automaticamente e o alvo deve ser
bem-sucedido em um teste de Constituição com NA
igual ao dano causado ou morrer automaticamente. Se o
atacante possui alinhamento bom, o alvo recebe um
bô nus de +4 no teste.
40
 Testes de Resiliência
Sempre que começar seu turno com 0 pontos de vida,
uma personagem deve fazer um teste de resiliência para
determinar se se aproxima da morte ou se agarra à vida.
O teste de resiliência é essencialmente um teste de
sorte, não sendo afetado por efeitos que afetam testes
em geral, a não ser que o efeito em questão especifique
isso. Ele também segue regras pró prias para determinar
sucesso ou falha, descritas a seguir.
Para fazer um teste de resiliência, o jogador rola
1d20. Se o resultado for 10 ou mais, ele é bem-
sucedido. Caso contrário, falha. Um sucesso ou falha
não tem efeito por si só . Em seu terceiro sucesso, a
personagem se torna estável (veja a seguir). Quando a
personagem acumular um nú mero de falhas igual ao
seu suspiro vital, ela morre. Sucessos e fracassos não
precisam ser consecutivos. O nú mero de fracassos de
uma personagem é redefinido para zero ao final de uma
fase de acampamento e ela perde qualquer sucesso que
tenha conseguido quando retorna a 1 ponto de vida.
Dano em 0 Pontos de Vida. Se a personagem sofrer
qualquer dano enquanto estiver com 0 pontos de
vida,seu nú mero de falhas em testes de resiliência
aumenta em 1. Se o dano for igual ou superior ao seu
limite de dano massivo, ela morre instantaneamente.
Estabilizando uma Criatura
A melhor maneira de salvar uma criatura com 0 pontos
de vida é curá-la. Se a cura não estiver disponível, a
criatura pode pelo menos ser estabilizada para que não
seja morta por uma falha no teste de resiliência. Como
descrito acima, é possível usar uma ação de Primeiros
Socorros para estabilizar um alvo caído.
Uma criatura estável não faz testes de resiliência,
mesmo que tenha 0 pontos de vida, mas permanece
inconsciente. A criatura deixa de ser estável e começar a
fazer testes de resiliência novamente, se sofrer dano.
Apó s 1d4 horas, a criatura recupera 1 ponto de vida.
Morte de Antagonistas
A maioria dos GMs considera que um inimigo morre no
instante em que cai a 0 pontos de vida, em vez de ficar
inconsciente e fazer testes de resiliência, mas o grupo é
livre para seguir a abordagem que julgarem mais
adequada para suas campanhas.
NPCs especiais, como um grande aliado ou o vilão da
campanha, são exceçõ es comuns; o GM pode seguir as
mesmas regras dos personagens dos jogadores ou
decidir sem realizar qualquer teste.
Nocauteando uma criatura
À s vezes, um atacante deseja incapacitar um inimigo,
em vez de matá-lo. Isso é possível com ataques corpo a
corpo, mas não feitiços ou ataques à distância. Quando
um atacante reduz uma criatura a 0 pontos de vida com
um ataque corpo a corpo com esse objetivo, ele pode
optar por nocautear a criatura. O atacante deve fazer
essa escolha no instante em que o dano é causado. A
criatura ainda cai inconsciente, mas fica estável.
Nocaute como uma Manobra de Combate. Se uma
personagem se aproxima do alvo de forma despercebida
e possui uma arma adequada para nocauteá-lo, pode
41
tentar um nocaute automático, sem a necessidade de
reduzi-lo a 0 pontos de vida antes.
O alvo dessa manobra deve estar surpreso. Se já
estiver em combate com outros oponentes, não é
possível nocauteá-lo assim. De outra forma, se o
atacante acertar seu ataque, o alvo deve ser bem-
sucedido em um teste de Constituição com NA igual ao
dano causado ou cair inconsciente, recobrando os
sentidos sem ajuda externa apó s 1d4 minutos ou assim
que recuperar 1 ponto de vida.
Condições
Condiçõ es alteram as capacidades de uma criatura de
várias maneiras e podem surgir como resultado de
magia, uma característica de classe, um ataque de
monstro ou outro efeito. A maioria das condiçõ es,
como cego ou inconsciente, atrapalham a personagem,
mas algumas, como a invisibilidade, podem ser
vantajosas.
Uma condição dura até ser resolvida (para resolver a
condição caído, por exemplo, é necessário se levantar)
ou por uma duração especificada pelo efeito que impô s
a condição. Se vários efeitos impõ em a mesma
condição a uma criatura, cada instância da condição
tem sua pró pria duração, mas os efeitos da condição
não pioram. Uma criatura tem uma condição ou não.
As definiçõ es a seguir especificam o que acontece
com uma criatura enquanto está sujeita à condição.
Acelerado
Uma criatura acelerada possui dois passos
adicionais em seu turno, um dos quais pode ser
utilizado para realizar um ataque além daqueles que
já seriam permitidos por sua arma e por suas
habilidades de combate.
A criatura recebe um bô nus de +2 em sua Classe de
Armadura, em testes de Destreza e perícias
associadas e em jogadas de proteção contra
Explosão ou Ataque em Á rea.
Durante um combate, quando for determinado quem
resolverá o turno seguinte, se a criatura acelerada
ainda não agiu, ela pode escolher agir imediatamente
antes do combatente designado para resolver o
pró ximo turno.
Agarrado
O deslocamento de uma criatura agarrada torna-se 0
e ela não pode se beneficiar de nenhum bô nus em
seu deslocamento.
A condição termina se o agarrador ficar incapacitado
(outra condição descrita adiante).
A condição também termina se um efeito remover a
criatura agarrada do alcance do agarrador ou do
efeito que a está agarrando (como no caso do
deslocamento provocado por uma onda trovejante).
Amedrontado
Uma criatura amedrontada sofre uma penalidade de
-4 em testes de atributo, perícia e ataques enquanto a
fonte de seu medo estiver ao alcance da sua visão.
A criatura não pode se aproximar voluntariamente
da fonte de seu medo.

Atordoado
Uma criatura atordoada está incapacitada (veja a
condição), não pode se mover e pode apenas
balbuciar palavras imcompreensíveis.
A criatura falha automaticamente em testes
baseados em Força e Destreza.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4.
Caído
A ú nica opção de movimento de uma criatura caída é
rastejar, a menos que use uma ação para se levantar.
A criatura sofre uma penalidade de -4 nos ataques.
Um ataque corpo a corpo contra a criatura tem um
bô nus de +4, assim como um ataque à distância
realizado por um inimigo que esteja adjacente.
Qualquer outro atacante sofre uma penalidade de -4
nos ataques contra um alvo caído.
Cego
Uma criatura cega não pode ver e falha
automaticamente em qualquer teste de habilidade
que exija visão.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4 e a
criatura sofre uma penalidade de -4 em seus ataques.
Encantado
Uma criatura encantada não pode atacar o
encantador ou tê-lo entre os alvos de qualquer efeito
nocivo que venha a produzir. Se o efeito atingir uma
área, a criatura encantada fará o máximo possível
para excluir o encantador da área afetada.
Sem deixar de zelar pela pró pria segurança, uma
criatura encantada se esforçará para defender e
auxiliar o encantador, inclusive com açõ es e
habilidades (como feitiços benéficos) que possam
ser ú teis para ele.
O encantador tem um bô nus de +5 em qualquer teste
para interagir socialmente com a criatura.
Enfurecido
Uma criatura enfurecida adiciona 1d6 aos seus
ataques e, em caso de sucesso, mais 1d6 à rolagem
de dano contra qualquer que seja o alvo de sua raiva
e tentará atacá-lo a cada turno enquanto ele
permanecer dentro do seu raio de visão.
Enquanto permanecer enfurecida, a criatura não
pode lançar feitiços nem se concentrar naqueles já
lançados ou realizar qualquer outra ação para a qual
seja necessária alguma disciplina mental.
Uma criatura enfurecida sofre uma penalidade de -4
em qualquer teste de interação social, exceto
tentativas de intimidação.
Exausto
Uma criatura exausta pode se mover apenas metade
de seu deslocamento com um passo durante seu
turno, e não pode recuperar pontos de vida
naturalmente até que tenha resolvido essa condição.
Cura mágica ainda é capaz de devolver seus pontos
de vida normalmente.
Se uma criatura que já está exausta recebe um efeito
que provocaria essa mesma condição, ela deve testar
sua chance de colapso, pois pode sucumbir ao
cansaço. Há um aumento cumulativo de 10% na
chance de colapso para cada teste prévio, que
persiste até que a criatura se livre da exaustão.
Caso a exaustão da criatura seja provocada por
meios naturais ela será resolvida ao término de uma
fase de acampamento.
Uma criatura que esteja exausta em razão dos efeitos
rigorosos do tempo, como frio e calor extremo, não
poderá se recuperar da exaustão enquanto não
estiver a salvo desses efeitos.
Impedido
O deslocamento de uma criatura impedida torna-se
0 e ela não pode se beneficiar de nenhum bô nus em
seu deslocamento.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4 e a
criatura sofre uma penalidade de -4 em seus ataques.
A criatura sofre uma penalidade de -4 nos testes de
Destreza e perícias associadas.
Incapacitado
Uma criatura incapacitada não pode realizar açõ es
ou reaçõ es.
Inconsciente
Uma criatura inconsciente está incapacitada (veja a
condição), não pode se mover ou falar e não tem
consciência de seus arredores.
A criatura larga tudo o que está segurando e cai no
chão.
A criatura falha automaticamente nos testes de
Força, Destreza e perícias associadas e em qualquer
jogada de proteção que exija rapidez de reação para
evitar o perigo.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4.
Qualquer ataque bem-sucedido realizado por um
atacante adjacente à criatura é considerado um
acerto crítico automático.
Intoxicado
Uma criatura intoxicada sofre uma penalidade de -4
nos ataques e testes de atributo e perícia.
Invisível
Uma criatura invisível é impossível de ver sem a
ajuda de magia ou de um sentido especial. A
localização da criatura pode ser detectada por
qualquer ruído que ela faça ou qualquer rastro que
ela deixe.
Para fins de combate, a criatura é tratada como um
alvo e como um atacante oculto (da forma descrita
acima).
Maculado
Uma criatura fica maculada apó s sofrer um acerto
crítico provocado pelas garras, presas ou qualquer
outro dano de corte ou perfuração provocado por um
morto-vivo.
42
 Seu espírito emana uma energia perceptível através
de habilidades de detectar o mal. Mortos-vivos e
certos animais (como cavalos e cães) podem sentir
essa emanação como um odor corporal. A criatura
tem uma penalidade de -4 para se ocultar deles.
Feitiços de cura afetam a criatura como se fossem
lançados um círculo abaixo (logo, ela não pode ser
curada por feitiços lançados no 1º círculo).
Seu máximo de pontos de vida é reduzido em 1
ponto por nível. Por exemplo, um guerreiro de 3º
nível com um máximo de 25 pontos de vida tem seu
total reduzido para 22 pontos de vida enquanto
estiver maculado.
A criatura maculada não se recupera naturalmente
dessa condição, apenas o feitiço apropriado (como
restauração ou remover maldição) pode remover os
efeitos acima que, de outra forma, são permanentes.

Paralisado
Uma criatura paralisada está incapacitada (veja a
condição) e não pode se mover ou falar.
A criatura falha automaticamente nos testes de Força
e Destreza e em qualquer jogada de proteção que
exija rapidez de reação para evitar o perigo.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4.
Qualquer ataque corpo a corpo ou ataque à distância
realizado adjacente à criatura é um acerto crítico.

Petrificado
Uma criatura petrificada é transformada, junto com
qualquer objeto que esteja vestindo ou carregando,
em uma substância inanimada só lida (na maior
parte dos casos, pedra). Seu peso aumenta dez vezes
e ela para de envelhecer.
Ela fica incapacitada (veja a condição), não pode se
mover ou falar e não tem consciência de seus
arredores.
Os ataques contra a criatura têm um bô nus de +4.
Ela falha automaticamente nos testes de Força,
Destreza e perícias associadas e em qualquer jogada
de proteção que exija rapidez de reação para evitar o
perigo.
A criatura tem resistência a todos os danos e fica
imune a venenos e doenças, embora um veneno ou
doença já existente em seu sistema seja suspenso,
não neutralizado.
Retardado
Uma criatura retardada possui apenas um passo em
seu turno e não pode realizar reaçõ es. Ela precisará
de dois turnos para realizar uma ação de dois passos
ou três turnos para realizar uma ação de três passos.
A criatura recebe uma penalidade de -2 em sua
Defesa, em todos os testes de Destreza e em jogadas
de proteção para escapar de efeitos em área.
Exploração
Embora o combate seja de longe o tipo de atividade
mecanicamente mais complexa que os heró is de
Túmulos & Tigres executam, dentro do mundo de jogo
a maior parte de seu tempo é dedicado a tarefas de
exploração, que podem ser resolvidas a partir das
regras apresentadas nesta seção.
Também como acontece com a resolução de um
combate, sistemas dramáticos de exploração servem
para ser invocados em situaçõ es nas quais o GM levou
o tempo necessário para construir conflito. Na maior
parte do tempo de jogo, se os PCs decidem ir de um
ponto a outro ou varrer uma planície em busca de uma
curso d’água, eles conseguem sem grandes imprevistos,
ou apenas com um teste de Sobrevivência.
Nosso objetivo é que a versão completa das regras de
T&T apresente mecânicas interessantes para variados
aspectos das atividades de exploração. Nos limites
desta rodada de testes, no entanto, serão relevantes as
regras para realização de jornadas e sobrevivência de
forma geral.

Surdo Tempo e Movimento

Uma criatura surda não pode ouvir e falha
automaticamente em qualquer teste de habilidade
que exija audição.
Quando uma criatura que não pode ouvir lança um
feitiço com componente verbal, há uma chance de
50% do feitiço falhar.
Em situaçõ es em que acompanhar a passagem de tempo
é importante, o GM determina o tempo que uma tarefa
requer, e ele pode usar uma escala de tempo diferente,
de acordo com o contexto. Em um ambiente de
masmorra, por exemplo, o movimento dos PCs pode ser

43
mensurado em minutos. O GM decide que eles
precisarão de um minuto para rastejar por um longo
corredor, outro minuto para verificar se há armadilhas
na porta ao final dele e outros dez minutos para
vasculhar a sala seguinte à procura de valores.
Em uma cidade ou região selvagem, uma escala de
horas é muitas vezes mais apropriada. Exploradores
ansiosos para chegar à torre solitária no coração da
floresta atravessam rapidamente as quinze milhas que a
separam do vilarejo onde passaram a noite, chegando
em pouco menos de quatro horas.
Até mesmo uma escala de dias é possível, para
viagens longas. Seguindo a estrada que sai do Extremo
Sul da Costa do Machado e leva até seu Norte
Congelante, os exploradores passam quatro dias sem
intercorrências antes que uma emboscada de goblins
interrompa sua jornada. Nesse momento, o GM reverte
para uma contagem de tempo em rodadas de 6
segundos, podendo voltar à contagem em dias assim
que os PCs se livram da ameaça.
Ritmo de Jornada
A velocidade de jornada de um grupo nunca será maior
que a velocidade de jornada de seu membro mais lento.
Grupos maiores e com mais equipamento tendem a se
deslocar mais devagar e grupos que dispõ em de
animais de carga e montaria podem cobrir muito mais
terreno em um dado período.
Durante uma jornada, um grupo de exploradores pode
se deslocar numa passada normal, rápida ou lenta,
conforme mostrado na tabela a seguir. Ela indica quão
distante o grupo pode ir em certo tempo e se o ritmo
escolhido possui algum efeito sobre o restante de suas
habilidades. Um ritmo acelerado torna as personagens
menos perceptivas, enquanto um ritmo lento permite
esgueirar-se e vasculhar uma área com mais cuidado.
Marcha forçada. A tabela assume que personagens
viajam 8 horas por dia, mas elas podem forçar além
desse limite, correndo o risco de exaustão.
Para cada hora adicional de viagem além das
primeiras 8, as personagens percorrem seu
deslocamento de uma hora dentro do ritmo escolhido e
cada uma deve fazer um teste de Constituição ao final
dessa hora. O NA é 15 + 1 para cada hora além das 8
iniciais. Ao falhar no teste, uma personagem pode
empenhar esforço para evitar essa falha, mas se não o
fizer, ficará exausta.
Montarias e Veículos. Por curtos períodos (talvez até
uma hora), alguns animais conseguem se mover muito
mais rápido que criaturas humanó ides. Uma
personagem montada pode cavalgar a galope por cerca
de uma hora, cobrindo o dobro da distância normal
para um ritmo rápido. Se outra montaria estiver
disponível apó s 10 a 15 quilô metros, as personagens
podem cobrir distâncias ainda maiores nesse ritmo,
mas isso é muito raro, exceto em áreas muito povoadas.
Personagens em carroças, carruagens ou outros
veículos terrestres escolhem um ritmo de jornada
normalmente. Personagens em transporte aquático
estão limitadas à velocidade da embarcação e não
sofrem penalidades por um ritmo rápido ou obtêm
qualquer benefício de um ritmo lento. Dependendo do
navio e do tamanho da tripulação, ele pode viajar até 24
horas por dia.
Certas montarias especiais, como um pégaso ou grifo,
ou veículos especiais, como um tapete voador,
permitem jornadas ainda mais céleres.
Tabela VI.3: Ritmo de Jornada
Por Por Por
Passada Minuto Hora Dia Efeito
Rápida 120m 7km 56km viajantes ficam
distraídos
Normal 90m 5km 40km —
Lenta 60m 3km 24km é possível ir
furtivamente
Terreno Difícil
Assim como durante um combate, a adaptação das
personagens ao terreno também pode influenciar em
suas jornadas de longa distância. O ritmo de jornada
descrito na tabela acima pressupõ e terrenos
relativamente simples, como estradas, descampados,
ou corredores subterrâneos pouco acidentados. A
verdade, no entanto, é que com a mesma frequência que
viajam por esse tipo de lugar, exploradores também
enfrentam pântanos, mata fechada e planícies cobertas
por densas camadas de neve, e todos esses são
considerados espécies de terreno difícil.
O grupo se move na metade do ritmo quando viaja
por esse tipo de terreno — se mover 1me em terreno
difícil custa 2m de deslocamento — de forma que só é
possível cobrir metade da distância durante o mesmo
tempo de jornada, seja ele contabilizado em minutos,
horas ou dias.
Em situaçõ es desse tipo, a discrepância entre os
nativos do ambiente e os invasores pode se tornar ainda
mais marcante, acentuando a distinção entre criaturas
adaptadas para a região e aquelas que não são capazes
de manobrar suas características principais. Um grupo
de exploradores que esteja viajando por terreno difícil
tem uma penalidade de -4 em testes de Furtividade ao
tentar se ocultar de criaturas que se deslocam
normalmente pela área.
Sobrevivência
Em regra, os jogadores de T&T representam criaturas
vivas. Embora seja possível que isso mude em
determinados contextos, essas personagens possuem as
mesmas necessidades básicas que humanos do mundo
real, incluindo uma demanda por comida, bebida e
descanso que deve ser atendida minimamente todos os
dias.
As regras abaixo pressupõ em que as personagens
estão adaptadas ao ambiente em que gastam a maior
parte de seu tempo. A quantidade de água necessária
para não sofrer os efeitos de uma desidratação poderia
ser alterada em um deserto, por exemplo, mas a norma
é que, independente do cenário em que se encontram e
de elementos mecânicos como classe e raça, a comida
típica da região oferece todos os nutrientes e energia
dos quais o aventureiro precisa.
44

Água e Comida
Personagens que não comem ou bebem ficam exaustas.
A exaustão causada pela falta de comida ou água não
pode ser removida até que a personagem coma e beba a
quantidade necessária. Falta de comida e água são
cumulativas; a privação de ambas torna ainda mais
provável e rápido que a personagem sofra um colapso.
Comida
Uma personagem precisa de meio quilo de comida por
dia e pode fazer a comida durar mais subsistindo com
meias raçõ es. Comer um quarto de quilo em um dia
conta como meio dia sem comida. Uma personagem
pode ficar sem comer por um nú mero de dias igual a 3
+ seu modificador de Constituição (mínimo 1). Ao final
do primeiro dia além desse limite, a personagem fica
exausta, de maneira que os dias subsequentes podem
levá-la a um colapso. Um dia normal de alimentação
zera a contagem de dias sem comida.
Água
Uma personagem precisa de quatro litros de água por
dia, ou oito litros por dia, se o tempo estiver quente.
Uma personagem que bebe apenas metade dessa
quantidade de água deve ter sucesso em um teste de
Constituição com NA 15 ou ficará exausta ao final do
dia. Uma personagem com acesso a ainda menos água
fica automaticamente exausta ao final do dia.
Repouso
PCs necessitam não apenas de pausas em sua jornada.
Um mínimo de sono efetivo é necessário, além do
simples descanso sob a sombra de uma árvore. É
esperado que as personagens obtenham pelo menos 6
horas de sono a cada dia. Assim, um grupo de 4
aventureiros poderia fazer uma pausa de 8 horas nas
quais cada um deles dormiria por 6 horas e descansaria
acordado por mais duas, fazendo a guarda do
acampamento.
Qualquer personagem consegue ficar um dia sem
dormir. Apó s as primeiras 24 horas, no entanto, é
necessário ser bem-sucedido em um teste de
Constituição com NA igual a 15 + o total de dias durante
os quais a personagem foi privada de sono para seguir
agindo sem penalidade. Uma falha indica que a
personagem fica exausta até que consiga descansar
adequadamente.
Sono de Armadura
Armaduras leves não representam em geral um
obstáculo para o sono. Personagens que possuem
proficiência com esse tipo de armadura são capazes de
dormir utilizando uma peça do tipo sem que isso lhes
traga qualquer prejuízo. Armaduras médias podem ser
ignoradas por uma personagem que seja especialista
nesse tipo de proteção, mas os demais aventureiros não
são capazes de repor seu sono vestidos assim.
Uma armadura pesada nunca permite que seu usuário
durma de forma efetiva para receber o nível de repouso
necessário e continuar se aventurando sem maiores
contratempos. Mesmo especialistas nesse tipo de
proteção precisam retirar pelo menos a parte principal
45
da couraça para dormir apropriadamente, resultando
em uma proteção reduzida, como descrito na respectiva
seção de equipamento.
Sono em Locais Inóspitos
Aventureiros estão acostumados a dormir em locais
muito desconfortáveis, mas certos ambientes não são
propícios nem mesmo para eles. Para obter um sono de
repouso, uma personagem precisa de um ambiente seco
e não pode estar exposta aos efeitos de um clima
extremo (como descrito a seguir). Uma personagem que
esteja sofrendo os efeitos da falta de comida e água deve
ser bem-sucedida em um teste de Constituição com NA
15 para obter repouso de um período de sono.
A critério do GM, efeitos independentes como medo e
doença podem impedir uma personagem de obter sono
restaurador. Nesses casos, é possível utilizar a mesma
regra acima, exigindo um teste de Constituição para que
a personagem descanse efetivamente, apesar dos
obstáculos.
Clima Extremo
O rigor climático pode tornar uma jornada muito mais
difícil do que projetado pelos exploradores, criando
dificuldades e inviabilizando suas escolhas à medida
que a natureza se opõ e ao seu progresso. Embora todo
tipo de manifestação natural possa prejudicar o
trabalho dos aventureiros, esta seção lida
especificamente com os efeitos de calor e frio intensos,
chuva intensa e névoa, na forma a seguir.
Calor
Além do consumo aumentado de água, situaçõ es de
calor elevado podem colocar ainda mais pressão sobre
as personagens. Viajar de armadura pesada se torna
inviável e apenas especialistas em armadura média
podem manter a proteção durante a jornada. Qualquer
personagem que insista em usar armadura pesada ou
armadura média sem o treinamento adequado deve ser
bem-sucedida em um teste de Constituição de NA 15 a
cada hora de viagem ou ficará exausta.
Calor extremo. Na fronteira da tolerância das
criaturas comuns, o calor extremo pode ser vivenciado
em locais tão perigosos quanto o coração de um deserto
tropical ou a boca de um vulcão. A cada hora de jornada
em calor extremo a personagem deve ser bem-sucedida
em um teste de Constituição com NA 15 ou ficará
exausta. Personagens que não estejam utilizando roupas
leves e apropriadas para resistir a altas temperaturas
fazem esse teste com NA 20, enquanto personagens que
estejam utilizando armadura pesada ou média (com
exceção de especialistas no caso de armaduras médias)
testam com NA 25.
Frio
Personagens preparadas podem evitar os efeitos mais
nocivos do frio intenso utilizando roupas resistentes,
calçados impermeáveis e outros recursos capazes de
isolar o frio. Uma personagem que viaje sem a devida
proteção contra o frio deve ser bem-sucedida em um
teste de Constituição de NA 15 a cada hora de viagem ou
ficará exausta.
Fogo é um recurso excepcionalmente importante em
ambientes muito frios. Além de guardar o
acampamento, as personagens em descanso devem
garantir que sua fogueira não se apague ou arrumar uma
fonte de calor igualmente efetiva. Sem essa fonte de
calor, o explorador não pode receber os benefícios de
uma fase de acampamento.
Frio extremo. Madrugadas no deserto, viagens pela
tundra e nevascas rigorosas podem submeter as
personagens a situaçõ es de frio extremo nas quais nem
mesmo sua proteção comum será capaz de protegê-los.
Equipamentos adequados podem amortecer os efeitos
mais mortais de um frio desse tipo, mas não evitá-los
completamente. A cada oito horas de jornada em frio
extremo a personagem deve ser bem-sucedida em um
teste de Constituição com NA 15 ou ficará exausta.
Personagens que não estejam utilizando proteção
adequada fazem esse teste a cada hora, enquanto
personagens que estejam utilizando apenas seus trajes
de jornada comuns testam a cada hora com NA 20.
Chuva e névoa
Chuva e nevoeiro denso podem atrapalhar a
movimentação dos exploradores de duas maneiras:
primeiro, reduzindo sua capacidade de vencer terreno.
Cada 1m de movimento em um ambiente desse tipo
custa 1m adicional, de maneira que um grupo de
viajantes cobre apenas metade do terreno que cobriria
sem esse obstáculo. Essa penalidade é cumulativa com
aquela imposta por um terreno difícil, de maneira que
um grupo em jornada por um pântano coberto de névoa
não cobrirá mais do que 18.5km em um dia de jornada
rápida.
Além disso, chuva e névoa também afetam
dramaticamente a visibilidade na região, impondo uma
penalidade de -4 em todos os testes de Análise, assim
como nos testes de Sobrevivência com o objetivo de
rastrear a passagem de outras criaturas. Qualquer
tentativa de Ocultação é feita com um bô nus de +4 e até
mesmo o ladrão aumenta sua chance em 20% quanto
utiliza Desvanecer.
Queda
Uma queda de grande altura é um dos perigos mais
comuns que um aventureiro enfrenta. No final de uma
queda, uma criatura sofre 1d6 de dano de impacto para
cada 3m de queda, até um máximo de 20d6. A criatura
termina a movimentação caída, a menos que evite
sofrer pelo menos uma parte do dano da queda.
Sufocamento
Uma criatura pode prender a respiração por um minuto
e, além disso, por um nú mero de segundos igual a 30
vezes seu modificador de Constituição, caso ele seja
positivo.
Ao final desse tempo, a criatura fica sem fô lego ou
sufocada, e pode sobreviver por um nú mero de rodadas
igual ao seu modificador de Constituição (mínimo de 1
rodada). No início de seu pró ximo turno, ela cai para 0
pontos de vida, está morrendo e não pode recuperar
pontos de vida ou ser estabilizada até poder respirar
novamente.
Por exemplo, uma criatura com Constituição 15 pode
prender a respiração por 2 minutos. Se começar a
sufocar, ela terá 2 rodadas para alcançar o ar antes de
cair para 0 pontos de vida.
Jornadas
Jornadas são um aspecto recorrente em uma campanha
de T&T, mas apenas algumas regras são realmente
fundamentais para esse segmento da histó ria. A maior
parte do trabalho envolvido em uma jornada é feito na
imaginação do GM, mas esta seção descreve uma série
de regras que as personagens utilizam para interagir
com o mundo durante um movimento entre dois pontos
em seu mapa.
Preparação
A primeira coisa que um grupo precisa fazer em uma
jornada é preparar seu deslocamento, o que deve ser
feito atribuindo funçõ es às personagens envolvidas,
escolhendo um ritmo de jornada (de acordo com as
regras descritas anteriormente) e, se for o caso,
estabelecendo objetivos secundários.
Funções de jornada
Como um jogo feito para se jogar em equipe, T&T
demanda o tempo inteiro que os jogadores assumam
funçõ es para suas personagens. Isso vale para um
combate, durante o qual as personagens precisam ser
curadas e as mais fracas protegidas pelas mais fortes,
por exemplo, mas vale também em uma jornada,
durante a qual o grupo certamente precisará, no
mínimo, de um batedor, um caçador-coletor, um
navegador e um vigia.
Grupos compostos por mais de quatro personagens
podem atribuir a função a mais de um deles, que atuará
segundo as regras de Auxílio. Grupos com menos de
três personagens podem optar por deixar a função
descoberta ou atribuir duas ou mais funçõ es a uma
mesma personagem, fazendo com que ela faça os testes
relevantes para a função com uma penalidade de -4.
Batedores seguem à frente do grupo preparando
locais de acampamento, buscando caminhos
alternativos, pontos de interesse ou avisando a respeito
de perigos vindouros. As principais perícias do batedor
são Análise e Furtividade, mas Natureza e
Sobrevivência também podem ser ú teis. Um grupo não
pode traçar objetivos secundários de jornada e não pode
preparar uma emboscada a não ser que tenha uma
personagem nessa função.
O caçador-coletor contribui para a jornada com
conhecimento de caça e domínio sobre plantas
medicinais e alimentícias. Labor e Sobrevivência são as
principais perícias nessa função, mas um jogador
criativo pode encontrar boa utilidade para outras como
Ciências e Natureza, por exemplo. Um grupo que viaje
sem um caçador-coletor deve carregar todos os
suprimentos necessários na jornada, o que pode
retardar seu progresso em alguns casos.
O navegador é o principal responsável por garantir
que um grupo permaneça em sua rota e não se perca
46

pelo caminho. A cada dia que o grupo viaja fora de uma
estrada sem um navegador há uma chance de 50% de se
perder, adicionando uma rolagem na tabela de
encontros aleató rios e um dia à jornada. As principais
perícias nessa função são Ciências e Natureza, mas
Esportes, Ofício (Cartografia) e Náutica também podem
ser necessárias em alguns casos.
Por fim, o vigia é responsável por manter a guarda
durante a jornada (o que não se confunde com os turnos
de guarda de um acampamento, que em geral são
compartilhados por todas as personagens). Grupos sem
vigia não são capazes de detecção quando confrontados
com um encontro. Em consequência disso, também não
podem realizar manobras mais complexas como evasão
e emboscada. A principal perícia nessa atribuição é
Análise, e um bom vigia necessitará de uma Sabedoria
elevada.
Objetivos secundários
O grupo pode estabelecer um ou mais objetivos
secundários que pretende cumprir ao longo de sua
jornada. Objetivos secundários devem estar
relacionados ao terreno a ser coberto e se referem a
coisas que o grupo poderia fazer sem se distanciar do
objetivo principal de chegar ao destino. Assim,
descobrir uma passagem alternativa para as Cavernas
de Loregan pode ser um objetivo secundário, enquanto
investigá-las à procura de tesouros é uma aventura por
si só . Os objetivos secundários descritos abaixo são
apenas exemplos para inspirar os jogadores.
Caracterização regional. Um grupo que adote esse
objetivo secundário faz sua jornada atento às
características naturais, habitantes e pontos de
interesse da região, de forma que, ao chegar ao seu
destino, possui uma boa noção do que existe no espaço
entre os dois pontos navegados.
Busca de aventura. Como mencionado no exemplo
acima, o objetivo secundário de um grupo pode ser
descobrir novos locais que possam depois ser
explorados à procura de tesouros e segredos. As regiõ es
selvagens de cenários de fantasia com frequência
47
abundam em ruínas que aguardam para serem
descobertas.
Novos contatos. Se o grupo está viajando por uma
região de população mais densa, eles podem aproveitar
a jornada como uma forma de estabelecer novos
contatos e selar possíveis alianças futuras com
comerciantes, governantes, aventureiros ou outros
poderes locais.
Ingredientes e materiais. Místicos e artesãos podem
utilizar jornadas como oportunidades para adquirir
objetos de interesse que serão utilizados depois no
lançamento de feitiços, pesquisa arcana ou fabricação
de objetos feitos em material natural como couro, ossos
e madeira.
Rastrear missões. Regiõ es povoadas não são
oportunidades apenas de contatos, elas também podem
permitir ao grupo de aventureiros encontrar novas
missõ es que sejam de seu interesse cumprir, como o
resgate de uma vítima de sequestro, a caça a uma
monstruosidade que assombra os campos ou a captura
de um bandido perigoso.
Encontros durante jornadas
Do ponto de vista dos PCs, um encontro (aleató rio ou
não) não precisa ser algo inevitável. Na verdade,
permitir que os jogadores tomem decisõ es a respeito
daquilo que desejam ou não confrontar com base nas
informaçõ es das quais suas personagens dispõ em é
mais interessante do que simplesmente dizer para eles
rolarem iniciativa. Encontros durante jornadas são, por
definição, inesperados, mas isso não significa que não
possam ser detectados antes que as personagens
tenham que efetivamente agir, e também não significa
que elas não possam preparar suas açõ es com esse fim.
Detecção
Detectar um encontro antes que ele efetivamente ocorra
requer que o vigia obtenha sucesso em um teste de
Análise, para observar as evidências da presença de um
grupo de humanoides, ou Sobrevivência, se o encontro
em potencial for contra feras selvagens. Em qualquer
caso, o NA do teste é 15.
Caso o encontro envolva criaturas que estejam
tentando se ocultar, elas é quem devem testar sua
Furtividade de acordo com o estado de alerta do vigia.
Penalidades para jornadas em ritmo rápido se aplicam
normalmente. Um grupo que não detecta presença
estranha em sua jornada pode se encontrar surpreso no
início de uma batalha.
Evasão
Um grupo que tenha tido sucesso em detectar um
encontro antes que ele ocorra pode tentar uma manobra
de evasão, caso esteja receoso de uma abordagem hostil
ou até mesmo tenha motivos para viajar longe de
atenção indesejada.
Evadir-se com uma movimentação mais rápida que o
oponente requer que o navegador tenha sucesso em um
teste de Esportes com NA 10, se estiverem viajando
com uma passada normal e 15 se a passada for lenta.
Um grupo que se desloca em ritmo rápido não precisa
fazer esse teste, mas os oponentes podem fazer um
teste de Análise para detectar a movimentação e talvez
iniciar uma perseguição ou qualquer outra reação à
passagem do grupo.
Uma evasão baseada em mudar a rota para evitar o
confronto exigirá que o navegador teste Ciências, se não
tiver um mapa, ou Ofício (Cartografia), caso tenha um.
O NA é 10 para uma região com a qual ele seja bastante
familiar, 15 para territó rio razoavelmente familiar e 20
para territó rio realmente desconhecido.
Emboscada
Viajantes realmente ousados podem usar a
oportunidade de perceber um encontro antes dos
oponentes para preparar uma emboscada,
surpreendendo o outro lado e sendo premiados com
boas chances de causar estrago antes que o inimigo
sequer possa agir.
O batedor testa Furtividade com NA 15,
representando a capacidade média de vigilância
encontrada do outro lado. Caso o grupo tenha sucesso
na manobra, os oponentes devem testar para evitar
estarem surpresos no início de um combate.
Jornadas Subterrâneas
Se mover em ambientes subterrâneos é um pouco mais
difícil do que nos ambientes aos quais os PCs em geral
estão adaptados. Desafios comuns são a ausência de luz
natural, um terreno difícil de ser atravessado e o risco
de ser confrontado por inimigos que já seriam
formidáveis em situaçõ es comuns, mas são ainda mais
mortais por estarem em seu ambiente natural.
A maioria dos grupos de aventureiros terá que
utilizar fontes de luz para se deslocar pelo subterrâneo.
Um grupo que recorra a uma fonte de luz além daquelas
disponíveis no local não será capaz de utilizar recursos
como emboscada ou qualquer outro que exija a
habilidade de passar despercebido em um local.
Testes para detectar encontros em um ambiente
subterrâneo por parte de personagens que não sejam
adaptadas a essas regiõ es têm uma penalidade de -4 e
oponentes que estejam tentando se ocultar recebem um
bô nus de +4 em seu teste de furtividade.
Finalmente, a não ser que uma circunstância pró pria
do cenário aponte em outro sentido, o GM pode tratar
qualquer deslocamento em um ambiente subterrâneo
como se estivesse ocorrendo em um terreno difícil, de
forma a levar em consideração a natureza sinuosa,
acidentada e muitas vezes escorregadia desses locais.
Tempo e Adaptação em Ambientes Subterrâneos
A maioria das personagens não é capaz de medir de
forma adequada a passagem do tempo quando colocada
em um ambiente subterrâneo. Para elas, a presença do
sol nascendo e se pondo é uma parte importante demais
de suas referências para que elas possam funcionar
propriamente sem esse fenô meno.
Criaturas da superfície precisam ser bem-sucedidas
em um teste de sabedoria com NA 15 para determinar
com alguma precisão o momento do dia em que se
encontram (recorrer a feitiços resolve isso como
resolve muitas outras coisas na vida dos aventureiros
de T&T). Apó s ter sucesso em três testes desse tipo, a
criatura está adaptada à passagem do tempo no
subterrâneo e não precisa fazer novos testes.
A visão também é capaz de se adaptar à escuridão
apó s algum tempo. Isso não significa que as
personagens passam a enxergar no escuro, mas que elas
desenvolvem um senso de orientação que inclui um
aprimoramento da visão noturna aliado a uma maior
sensibilidade dos demais sentidos.
Apó s três dias se deslocando pelo subterrâneo os PCs
não consideram mais o ambiente subterrâneo como
terreno difícil, a não ser que haja um fator específico de
dificuldade. Personagens que façam uso constante de
iluminação artificial mais forte que uma tocha precisam
de cinco dias de adaptação.
Visão e Luz
Embora algumas entre elas tenham percepção mais
apurada, nenhuma das raças dos PCs pode realmente
enxergar no escuro. Essa é uma característica rara no
universo de T&T, possuída por alguns poucos seres
naturalmente notívagos, além de outros cujos sentidos
são alimentados por energia sobrenatural, como
demô nios e mortos-vivos. Por causa disso, as regras
que ditam o que uma personagem pode detectar em
certo ambiente através da visão entram em uso com
certa frequência ao longo de uma aventura.
Tarefas fundamentais como perceber perigos,
encontrar objetos escondidos, atingir um inimigo em
combate e mirar um feitiço, para citar apenas algumas,
dependem fortemente da visão. A escuridão e outros
efeitos que obscurecem a visão podem ser um
obstáculo significativo.
Uma determinada área pode estar levemente ou
fortemente obscurecida. Em uma área levemente
obscurecida, como penumbra, neblina irregular ou
folhagem moderada, as criaturas têm uma penalidade
de -4 em qualquer teste baseado na visão.
Uma área fortemente obscurecida, como escuridão,
neblina opaca ou folhagem densa, bloqueia totalmente a
visão. Uma criatura é considerada cega (como já
descrito) ao tentar ver algo naquela área.
A presença ou ausência de luz em um ambiente cria
três categorias de iluminação: luz forte, luz fraca e
escuridão.
A luz forte permite que a maioria das criaturas veja
normalmente. Mesmo os dias sombrios fornecem luz
forte, assim como tochas, lanternas, fogueiras e outras
fontes de iluminação dentro de um raio específico.
A luz fraca, também chamada de penumbra, cria uma
área levemente obscurecida. Uma área de luz fraca
geralmente é um limite entre uma fonte de luz brilhante,
como uma tocha, e a escuridão circundante. A luz suave
do crepú sculo e do amanhecer também conta como luz
fraca. Uma lua cheia particularmente brilhante pode
banhar a terra com luz fraca.
A escuridão cria uma área fortemente obscurecida. As
personagens enfrentam a escuridão ao ar livre à noite
(mesmo na maioria das noites de luar), dentro dos
limites de uma masmorra sem fontes de luz ou de um
cofre subterrâneo ou área de escuridão mágica.
48
 Interação Social
Apesar das semelhanças, o que torna T&T diferente de
um jogo de tabuleiro talvez seja justamente toda a
dinâmica de interação social que permite transformar
as regras em um efetivo jogo de representação. Um
jogador de xadrez não pode usar o bispo para
argumentar com o cavalo adversário e convencê-lo a
mudar de lado, mas um clérigo pode convencer um
guerreiro adversário exatamente dessa forma.
Considerando que conflitos de combate em geral
envolvem situaçõ es de vida ou morte, é esperado que as
personagens queiram resolver os problemas sem
recorrer a violência, mas a verdade é que os jogadores
só vão seguir esse caminho de forma preferencial
quando as regras forem tão previsíveis quanto as de um
combate e o resultado (leia-se: recompensa) for tão
desejável quanto, ou até mais. O objetivo dos sistemas
de interação social é garantir isso.
Nesta primeira rodada, nosso foco são os testes de
reação e a dinâmica dos laços. Outros aspectos serão
desenvolvidos melhor quando as bases do sistema
estiverem ainda mais avançadas.
Testes de Reação
Há situaçõ es nas quais o grupo (inclusive o GM) não
sabe qual será a natureza de um encontro antes que ele
se desenrole. A linha divisó ria entre combate e
interação social, em casos desse tipo, é traçada com um
teste de reação.
Como jogador responsável por representar todos os
NPCs do cenário de campanha, o GM sempre pode
decidir qual é a forma como eles reagirão aos PCs.
Assim, se os PCs encontram um bando de orcs
aleatoriamente viajando por uma terra selvagem e
automaticamente saltam sobre eles com armas em
punho, só cabe ao DM dizer: “eles parecem rosnar
enquanto se preparam para uma defesa!” A seleção da
reação com base na situação garante certa
previsibilidade e evita resultados iló gicos que muitas
vezes podem ser obtidos em rolagens aleató rias.
Mas às vezes a imprevisibilidade faz parte da
diversão, e pode dar ao grupo a chance de improvisar
diante da situação e transformar um encontro
potencialmente mortal em uma boa oportunidade para
estabelecer contatos e aliados. Isso ocorre naqueles
momentos em que o GM não tem ideia do que os NPCs
do outro lado farão, e não é nem um pouco raro nas
campanhas de T&T!
Em episó dios desse tipo, o GM pode determinar
aleatoriamente uma reação ao encontro rolando para
obter um resultado na tabela a seguir. Ele deve jogar
2d10 e somar o resultado ao modificador de Carisma
mais alto entre os membros imediatamente visíveis do
grupo. Circunstâncias específicas do cenário,
alinhamento dos envolvidos e elementos do pró prio
encontro (como força e riqueza aparente das
personagens) também influenciam o resultado. Apenas
um teste é feito, independente do nú mero de criaturas
que aparecem no encontro.
Usando a coluna que melhor corresponda ao
comportamento das personagens dos jogadores,
encontre a entrada listada para a rolagem já modificada.
O GM não deve dizer aos jogadores especificamente
qual foi a reação obtida na tabela, pois o resultado é
apenas uma indicação geral de como o outro lado
reagirá, e não uma descrição precisa. Além disso, ele
sempre pode mover os NPCs um passo acima ou abaixo
para deixar as coisas mais interessantes. Dentro dessas
orientaçõ es gerais, é possível um grande nú mero de
reaçõ es específicas.
Fuga. Os NPCs tentarão evitar o encontro, se
possível, ou reagirão com pânico, terror ou até mesmo
uma tentativa de rendição imediata. Criaturas que
tenham motivos para se acharem muito mais

Tabela VI.4: Reação dos NPCs

— As personagens dos jogadores são: —
Resultado Amistosas Indiferentes Ameaçadoras Hostis
2 ou menos Hostil Hostil Hostil Hostil
3 Hostil Hostil Hostil Hostil
4 Ameaçadora Ameaçadora Hostil Hostil
5 Ameaçadora Ameaçadora Hostil Hostil
6 Ameaçadora Ameaçadora Hostil Hostil
7 Cautelosa Ameaçadora Ameaçadora Hostil
8 Cautelosa Cautelosa Ameaçadora Hostil
9 Cautelosa Cautelosa Ameaçadora Hostil
10 Cautelosa Cautelosa Ameaçadora Ameaçadora
11 Indiferente Indiferente Ameaçadora Ameaçadora
12 Indiferente Indiferente Ameaçadora Ameaçadora
13 Indiferente Indiferente Cautelosa Ameaçadora
14 Indiferente Indiferente Cautelosa Cautelosa
15 Amistosa Indiferente Cautelosa Cautelosa
16 Amistosa Amistosa Cautelosa Cautelosa
17 Amistosa Amistosa Cautelosa Fuga
18 Amistosa Amistosa Cautelosa Fuga
19 Amistosa Amistosa Amistosa Fuga
20 ou mais Amistosa Amistosa Amistosa Fuga

49
poderosas que os PCs ou que cobicem algo que está na
posse deles terão uma postura cautelosa em vez disso.
Amistosa. Os NPCs serão gentis, prestativos,
conciliadores ou simplesmente pacíficos, talvez
provendo as personagens com informaçõ es sobre o
terreno adiante ou oferecendo oportunidades de troca
mutuamente vantajosas.
Indiferente. A reação dos NPCs é neutra, talvez
entediada, despreocupada, ou protocolar. Não
demonstram estar impressionados pelo encontro com
os PCs, ou talvez estejam até mesmo alheios a eles. Isso
pode também significar que algo mais importante está
na mente desse grupo, o que não deixa de ser uma
oportunidade para troca de informaçõ es relevantes
sobre a campanha, mas esses NPCs não estarão
particularmente focados em colaborar.
Cauteloso. Os NPCs reagem com suspeita, cautela e
desconfiança em relação às intençõ es dos PCs. Certas
criaturas podem apresentar um comportamento até
mesmo paranó ico nesse tipo de situação, mantendo o
outro lado a uma distância segura, que poderia evoluir
para hostilidade ou uma cooperação reticente.
Ameaçador. Os NPCs são arrogantes e bravateiros, ou
tentam intimidar os PCs com postura e atitudes. O
objetivo pode ser realmente obter algo do outro lado ou
simplesmente disfarçar seu medo de um
eventualconfronto. A depender do tipo de criatura, uma
demonstração de fraqueza por abrir espaço para que
exigências sejam feitas, que podem incluir favores,
informaçõ es ou até mesmo bens dos PCs.
Hostil. Os NPCs se mostram irritados,
temperamentais e, a depender da situação, até mesmo
agressivos ou violentos. Sua disposição para cooperar,
mesmo em questõ es de interesse comum, é
praticamente nenhuma. As chances de um encontro
desse tipo terminar em combate são grandes.
Quando testar?
Testes de reação ocorrem no momento em que o grupo
de NPCs têm a primeira oportunidade de dar uma boa
checada nos PCs. Não é necessário uma inspeção
cuidadosa, apenas distância e condiçõ es de luz e som
suficientes para garantir que eles consigam
compreender o que está diante deles.
Se as personagens dos jogadores estiverem sob o
efeito de algum feitiço de ilusão, as características
básicas dessa ilusão devem ser consideradas no teste
de reação. Assim, personagens cobertos por um véu
50
 ilusó rio que faz com que se pareçam com um bando de
orcs serão tratados como orcs por quem quer que esteja
do outro lado. A tabela a seguir apresenta algumas
situaçõ es, além do carisma das personagens, que
podem modificar um teste de reação.
Tabela VI.5: Modificadores de Reação
Circunstância Modificador
Raça tipicamente aliada +1
Raça tipicamente inimiga -3
Grupo é visivelmente mais forte +4
Grupo é visivelmente mais fraco -2
PCs de raças tipicamente ordeiras +1
PCs de raças tipicamente caóticas -1
PCs têm algo a oferecer +2
PCs têm algo ser tomado -2
NPCs tem feridos entre eles +2
NPCs estão em seu território -3
Alterando o comportamento dos NPCs
É possível que os PCs consigam alterar a reação inicial
da outra parte através de uma utilização bem-sucedida
de perícias adequadas a uma melhor interação social.
As perícias mais usadas para esse tipo de ação são
Comando e Lábia, mas até uma utilização criativa de
Arte ou Negó cios pode funcionar em certos ambientes.
O NA desse tipo de teste varia em função da reação
inicial e daquela que o grupo deseja alcançar. Assim,
tornar criaturas hostis indiferentes às personagens é
muito mais simples do que fazer com que seu
comportamento fique amistoso.
Para utilizar a tabela abaixo, é necessário cruzar o
resultado do teste de perícia e a reação inicial que o
grupo deseja alterar. Assim, por exemplo, se uma das
personagens do grupo testa sua perícia em persuasão
para influenciar a reação de um grupo de NPCs
ameaçadores e obtém um resultado 23, esse valor é
suficiente para fazer com que as criaturas se tornem
pelo menos indiferentes aos PCs.
É importante ter em mente que nem sempre os
jogadores saberão qual é o sentimento nutrido pelos
NPCs! Certas criaturas podem ser bastante
dissimuladas e ocultar sua hostilidade até terem a
oportunidade de trair ou emboscar o grupo. Uma
personagem que esteja ativamente tentando perceber as
intençõ es do outro lado deve ser bem-sucedida em um
teste de Análise com NA igual ao resultado do teste de
Lábia do líder adversário.
Se as personagens estiverem efetivamente tentando
comprar a simpatia do outro lado com qualquer objeto
de desejo, o GM pode reduzir o NA proposto abaixo em
até 5, de acordo com a criatura que está do outro lado e
com o tipo de suborno que o grupo pode oferecer.
Tabela VI.6: Alterando a reação de NPCs
— A reação inicial dos NPCs é: —
Resultado do teste Indiferente Ameaçadora Hostil
15 Inalterada Inalterada Inalterada
20 Inalterada Indiferente Inalterada
25 Amistosa Indiferente Indiferente
30 Amistosa Amistosa Indiferente
35 Amistosa Amistosa Amistosa
51
Laços
Muitas aventuras de T&T se passam em meio à selva ou
debaixo do solo, mas algumas também ocorrem nos
ambientes urbanos que vão das ruas da zona portuária
ao salão principal da corte, na maior cidade do reino.
Em lugares desse tipo, às vezes os aventureiros são
forçados a colocar de lado suas armas comuns para
recorrer a um arsenal menos convencional, formado
por quem eles conhecem ou por quem são conhecidos,
aqueles que lhes devem favores ou para quem eles
podem ficar devendo um, assim como aqueles que têm
olhos e ouvidos nos lugares precisos.
Todas essas coisas são representadas pelos laços.
Laços não são diferentes dos equipamentos que eles
deslocam até uma masmorra ou dos feitiços que
escrevem em grimó rios, pois não se aprimoram
naturalmente com os níveis e precisam ser cultivados e
acumulados de acordo com os interesses de cada
jogador. Mesmo assim, seu poder e suas conquistas
sempre serão considerados quando precisar recorrer a
essa rede de pessoas, então personagens de nível mais
alto têm mais facilidade para buscar seus laços.
Utilizar um laço requer um teste de Carisma com NA
20, e não significa imediatamente obter qualquer que
seja o privilégio que a personagem deseja daquela
conexão. O PC pode obter sucesso em acessar seus
contatos sem que isso signifique que eles têm acesso à
informação que ele busca. O auxílio de um clérigo
aliado pode ser provocado com sucesso apenas para o
grupo descobrir que aquela maldição não pode ser
quebrada com um simples feitiço. Se em outra
oportunidade o jogador já descreveu especificamente
um NPC com o qual possui laço, ou já teve a
oportunidade de ir até ele antes antes, ele recebe um
bô nus de +2 em seu teste ao tentar ter acesso ao mesmo
NPC.
Em geral, laços só podem ser acessados quando as
personagens estão em uma área urbana com boas
possibilidades de comunicação. Se um PC possui os
recursos mágicos para isso e deseja empenhá-los, a
critério do GM, uma tentativa também poderia ser feita
durante uma fase de acampamento, mas esse tipo de
situação raramente se mostra viável.
Cada PC começa o jogo com um investimento em
laços feito de acordo com as escolhas do jogador, e
pode adquirir outros ao longo de suas aventuras. Esse
investimento é determinado por seu valor de Carisma e
sua disposição em fazer inimigos. Como dito acima, o
desenrolar da campanha deverá assegurar que essas
características sejam desenvolvidas para além de seu
estágio inicial, de forma que a árvore de
relacionamentos da personagem apó s algumas
aventuras raramente será semelhante àquela que
possuía no início da histó ria.
Aliados
Um grupo de aliados inclui pessoas com quem o PC
pode contar para receber ajuda real em uma situação de
necessidade. Não são pessoas que dariam a vida pela
sua causa, mas tentarão auxiliá-lo até onde for possível
sem comprometer seus pró prios projetos. Um
sacerdote capaz de lançar um feitiço de remover
maldição, como descrito anteriormente, ou um guarda
capaz de fazer um recado chegar a alguém dentro de
uma prisão, são exemplos de aliados.
O primeiro investimento em aliados indica
capacidade de acessar pessoas em um nível local.
Investimento adicional pode tornar esse grupo regional
ou global. O que esses adjetivos significam depende de
cada campanha, mas eles sempre se referem à posição
em que a personagem está no momento em que tenta
acessar seus aliados, e não ao seu local de origem. O
nú mero máximo de grupos de aliados que uma
personagem pode ter é igual ao seu modificador de
Carisma (sempre o mínimo de 1), e eles podem estar
nas seguintes categorias:
Arcanos e ordens. Para aliados que navegam o
universo místico através de ordens e colégios de magia,
sendo ou não eles bruxos, magos e feiticeiros.
Comércio e guildas. Para aliados que influenciam o
mundo da criação e circulação de bens e serviços.
Lei e política. Para aliados que estão inseridos em
governos e ó rgãos pú blicos ou que possuem acesso
fácil a esse tipo de espaço.
Militar. Para aliados em associaçõ es militares, sejam
elas pú blicas ou particulares, de qualquer tipo, desde
que voltadas basicamente para a guerra.
Religião e templos. Para aliados no clero, que podem
ir desde o padre local até um alto sacerdote em uma
cidade importante.
Selvagem e rural. Para aliados em meio a círculos
druídicos, camponeses, cortes élficas e tribos bárbaras,
sejam elas compostas por humanos ou não.
Submundo. Para aliados no mundo do crime.
De modo alternativo, o jogador pode escolher uma
das raças do cenário de campanha como um grupo de
aliados. Nesses casos, em vez de navegar com
facilidade determinado grupo social, ele estabelece um
vínculo em razão das características e valores daquele
povo específico.
Contatos
Uma rede de contatos inclui pessoas que sabem aquilo
que alguém precisa saber, ou que são capazes de indicar
quem tem a informação necessária e quanto ela vai
custar. Contatos não são aliados e vice-versa, e alguém
acessado através da rede de contatos não fará qualquer
coisa para o PC que não seja oferecer uma informação o
mais correta possível sobre algo que esteja ao seu
alcance saber.
De forma idêntica aos aliados, contatos também são
locais, regionais ou globais, o que tem impacto sobre
sua capacidade de dar informaçõ es precisas e ú teis. O
nú mero máximo de redes de contatos que uma
personagem pode ter também é igual ao seu
modificador de Carisma (sempre o mínimo de 1). Redes
de contatos existem nas seguintes categorias:
Becos e tavernas. Aquilo que acontece na escuridão
da vida noturna das cidades não costuma ser revelado,
a não ser que alguém saiba a quem perguntar.
Caravanas e estradas. Aqueles que viajam longas
jornadas por cidades distantes e terras indô mitas
frequentemente trazem segredos consigo que vale a
pena conhecer.
Cortes e nobreza. A vida dos poderosos pode ser
entediante às vezes, e não há nada melhor para espantar
o tédio do que perseguir e espalhar boatos.
Feiras e comércio. Se alguém compra ou vende
mercadorias, é certo que cedo ou tarde os segredos
dessa pessoa vão circular entre comerciantes.
Mundo invisível. Magos negociam informação
debaixo do nariz das pessoas comuns, e sabem de
coisas que outros matariam pra saber.
Portos e embarcações. O modo mais fácil e barato de
levar mercadorias de um lugar a outro é através de um
barco, e o mesmo vale para o tráfico de informação.
Regiões selvagens. Aqueles que sussurram entre as
árvores frequentemente sabem segredos que nunca
chegam aos ouvidos dos habitantes das cidades.
Inimigos
Diferente de outros laços, o jogador não investe para ter
um inimigo, ele ganha a oportunidade de fazer
investimentos adicionais em outros laços. Uma
personagem iniciante pode ter até dois inimigos
parelhos (ou seja, de poder semelhante ao dela), que
valem um novo investimento cada, ou um inimigo
superior (alguém significativamente mais forte que
ela), que vale dois investimentos.
Quando escolhe um inimigo, o jogador seleciona,
além do nível de poder, a categoria, que pode ser
político (para alguém com poder e influência capazes
de criar problemas burocráticos, como uma inspeção
fora de hora ou uma proibição de carregar armas),
marcial (para alguém que quer aplicar violência física
contra o PC), engenhoso (para alguém que dispõ e de
meios intelectuais para atrapalhar os planos do grupo
ou tomar o que eles desejam) ou místico (para alguém
que pretende usar magia e pactos sobrenaturais para
tornar a vida do PC miserável).
O inimigo raramente quer matar a personagem,
porque isso não seria interessante o bastante, mas ele
também não está em uma dinâmica de rivalidade
saudável, e machucará seus entes queridos se tiver a
oportunidade. Diferente de outros laços, o jogador não
acessa um inimigo. Em vez disso, todas as vezes em
que ele faz um teste de Carisma para usar algum laço e
obtém um resultado “1” no d20, não apenas ele não
consegue o que pretendia, mas seu inimigo faz algum
movimento para prejudicá-lo.
Se livrando de um inimigo
Embora pareça ó bvio que a melhor escolha do PC seria
matar o inimigo na primeira oportunidade, o GM deve
deixar claro que esse tipo de escolha tem
consequências, uma das quais é a chegada de outro
inimigo tão obstinado quanto o anterior assim que um
novo resultado “1” for obtido em uma tentativa de
recorrer aos seus laços.
Isso significa que uma inimizade não pode nunca ser
desfeita? De maneira alguma! A questão é que livrar-se
de um inimigo não é uma tarefa qualquer e sim um
objetivo de longo prazo em uma campanha, que pode
significar um esforço para frustrar de forma definitiva
52
 o oponente ou até mesmo a abertura de um caminho
que leve à reconciliação. O GM deverá considerar
quanto tempo e energia a personagem colocou em
desfazer aquela inimizade antes de considerar que ela
pode ser desfeita.
Recursos
Todas as personagens começam o jogo com os
equipamentos necessários para partir numa jornada de
aventuras e executar suas tarefas de forma competente.
Além disso, elas também começam com moedas que
podem comprar uma aljava nova ou algumas raçõ es de
viagem na vila vizinha às cavernas que estão
explorando. Recursos, no entanto, representam mais do
que isso.
O investimento de uma personagem em recursos
descreve sua capacidade de obter aquilo que ela não
poderia alcançar apenas com o ouro em sua algibeira,
incluindo mercadorias e serviços cujo valor pode se
expressar com dinheiro, mas também aqueles
perigosos ou raros demais para serem pagos de forma
tão simples. Drogas, venenos e itens mágicos são o tipo
de coisa que não se pode adquirir sem recursos.
Recursos também representam o potencial de uma
personagem para mobilizar uma capacidade econô mica
além do dinheiro que tem à mão. É possível que um
guerreiro entregue a antiga propriedade de sua família
como garantia para obter um empréstimo que financie
alguns soldados adicionais em sua pró xima expedição?
Testar este laço responderá a essa questão.
Todas as personagens possuem um valor base de
recursos zero, mas muitos jogadores escolherão utilizar
uma parte de seu investimento inicial para aumentar
esse valor, aprimorando sua capacidade de resolver
pelo menos uma parte de seus problema com dinheiro.
O valor máximo de recursos que uma personagem
iniciante pode investir é igual ao seu modificador de
Carisma.
Alguns bens e serviços descritos nas regras possuem
valor em dinheiro, o que significa que as personagens
utilizam em regra aquilo que têm em mãos para
adquirir esse tipo de coisa. Outros bens e serviços
53
possuem um valor em dinheiro e outro em recursos,
indicando que é possível pagar diretamente, mas
também é possível buscar o objeto de desejo por meios
alternativos. Finalmente, certos bens e serviços
possuem um valor apenas em recursos, indicando que
eles não são acessíveis para quem não tem nada além
de peças de ouro e vontade.
Uma personagem só pode testar para adquirir bens e
serviços cujo valor em recursos é igual ou menor que
seu pró prio valor de recursos, e cada bem ou serviço
pode ser tentado apenas uma vez antes que a
personagem alcance um novo nível. O lançamento do
feitiço ressurreição, por exemplo, possui um valor 6,
fora das possibilidades das personagens iniciantes.
Uma vez que tenha usado recursos para adquirir algo, a
personagem não pode usar recursos novamente por um
nú mero de semanas igual ao valor de recursos do bem
ou serviço que foi obtido.
Aprimorando recursos
Muitas das personagens de T&T se aventuram com o
objetivo de enriquecer, o que significa que seus
recursos se aprimoram naturalmente ao longo da
jornada. Isso pode acontecer de duas maneiras
fundamentais: apropriação de tesouro e aquisição de
rendas.
Se uma personagem possui pelo menos 10.000 PO
em tesouros, incluindo moedas, mas também obras de
arte, gemas e objetos de valor, ela pode substituir esse
tesouro por aumentar seus recursos em +1. Isso só
pode acontecer quando a personagem está em um
ambiente urbano e a mudança é irreversível. Cada
manobra deste tipo custa o dobro da anterior. Assim,
para transformar riqueza concreta em riqueza abstrata
novamente, são necessárias 20.000 PO. Na terceira vez,
são necessárias 40.000 PO, e assim por diante.
Uma aquisição de rendas ocorre quando a
personagem recebe o controle permanente de uma
propriedade capaz de oferecer lucros, como uma
fazenda produtiva, uma companhia mercenária ou uma
taverna. Em geral, um empreendimento assim
aumentará os recursos da personagem em +1, mas
propriedades ainda mais rentáveis podem tornar uma
personagem ainda mais rica. De forma alternativa,
essas propriedades podem aumentar os recursos de
mais de uma personagem ao mesmo tempo,
enriquecendo parte do grupo, ou o grupo inteiro!
Estilo de vida
O estilo de vida de um PC deve ser ponderado em
relação a seus recursos, pois pode ser um fator que
dificulta que ele obtenha a ajuda correta no momento
certo pela simples falta dos meios que possam ser
empenhados em troca. O estilo de vida de um PC pode
ser classificado em cinco categorias básicas, conforme
descrito abaixo:
Um estilo paupérrimo pode ser obtido com recurso
zero e significa que, durante as fases em que está na
cidade, a personagem vive nas ruas, se alimenta de
restos (ou do que pode caçar) e não gasta com
confortos como banho quente e bebidas alcoó licas.
Um estilo simples pode ser obtido com um valor de
recursos 1 e significa que, durante as fases em que está
na cidade, a personagem dorme em albergues,
estalagens de baixo padrão ou uma moradia humilde de
um bairro perigoso. Sua alimentação é básica, porém
completa, e às vezes pode sobrar o suficiente para
algumas canecas de cerveja barata.
Um estilo austero pode ser obtido um valor de
recursos 2 e significa que, durante as fases em que está
na cidade, a personagem dorme em estalagens regulares
com quarto individual, ou talvez até mesmo tenha uma
pequena propriedade. Com o planejamento certo, a
maioria das refeiçõ es são possíveis para ela, assim
como bebidas de boa qualidade.
Um estilo confortável pode ser obtido com um valor
de recursos 3 e significa que, durante as fases em que
está na cidade, a personagem dorme em boas estalagens
com quartos individuais e bom acesso a recursos de
higiene pessoal ou possui uma propriedade de boa
localização. Comida e bebida de todo tipo são em geral
bastante acessíveis para alguém com tantos recursos.
Um estilo luxuoso pode ser obtido com um valor de
recursos 4 e significa que, durante as fases em que está
na cidade, a personagem ocupa tavernas de alto nível ou
sua pró pria casa ou chácara. Comida e bebida da melhor
qualidade são comuns para alguém com esse estilo de
vida, e até mesmo iguarias raras e exó ticas, como
carnes selvagens e bebidas preparadas por outros
povos ou naçõ es distantes.
Perdendo recursos
A forma mais fácil de perder recursos é sustentar um
estilo de vida acima do que é possível para a
personagem. Um PC com nível de recursos superior a
zero pode sustentar um estilo de vida acima do que
normalmente lhe é possível por um nú mero de meses
igual ao seu modificador de carisma (apenas para si,
não para aliados e seguidores!). Apó s esse período, seu
valor de recursos é reduzido permanentemente em um.
Além disso, rendas que foram adquiridas podem ser
perdidas, e um PC que perde sua fonte de renda (um
incêndio na taverna ou um motim dos mercenários, por
exemplo) perde também os recursos que tinha
adquirido com a aquisição, pelo menos até que consiga
reverter a situação.
Uma personagem com recursos superiores a zero
também pode sacrificar permanentemente uma parte
deles, reduzindo seu valor em -1 para adquirir um bem
ou serviço que custe no máximo seu valor de recursos
+1. Uma personagem com recursos 3, por exemplo,
poderia reduzir esse valor para 2 permanentemente em
troca de um bem ou serviço de valor 4. A redução só
ocorre se o teste de Carisma necessário para acessar os
recursos for bem-sucedido.
Finalmente também é possível reduzir
permanentemente seu valor de recursos em -1 para
fazer uma segunda aquisição durante um período no
qual o PC estaria restringido em adquirir qualquer coisa
com recursos. Uma personagem que paga pelo
lançamento de um feitiço que requer recursos 3 e, em
menos de três semanas, decide pagar pelo lançamento
de um segundo feitiço do mesmo valor, sofrerá essa
redução definitiva.
Reputação
A reputação indica que um PC é conhecido além de seu
pró prio grupo e pessoas diretamente vinculadas a ele.
Sua fama lhe precede, com todas as consequências que
isso pode acarretar, para o bem ou para o mal, mas em
geral mais para o bem do que para o mal.
Cabe ao jogador descrever se sua personagem é
conhecida por ser benevolente ou impiedosa, temerária
ou prudente, protegida por forças celestiais ou abissais.
O que importa é que, no fim das contas, sua presença
causa um espanto e um encantamento que podem ser
manipulados para seus pró prios objetivos.
Com investimento 1, a personagem tem uma
reputação restrita, que chega a membros de sua classe e
raça (para personagens não humanos). Ela pode ser
usada uma vez e seu uso é recuperado quando a
personagem avança para o pró ximo nível ou termina
uma aventura.
Com investimento 2, a personagem tem uma
reputação ascendente, que chega também a NPCs de lida
semelhante (um guerreiro será conhecido por outros
homens de armas) e outros com acesso a bastante
informação (viajantes, bardos e taverneiros). Essa
reputação pode ser usada uma vez e uma vez adicional
como se fosse uma reputação restrita. Ambos os usos
são recuperados quando a personagem avança para o
pró ximo nível ou termina uma aventura.
Com investimento 3, a personagem tem uma
reputação generalizada, e qualquer um pode ter ouvido
falar dela. Essa reputação pode ser usada uma vez, mas
em seguida a personagem pode fazer um uso adicional,
como se fosse uma reputação ascendente. Por fim, um
terceiro uso pode ser feito, como se fosse uma
reputação restrita. Todos os usos são recuperados
quando a personagem avança para o pró ximo nível ou
termina uma aventura.
Diferentemente de outros laços, uma reputação não é
testada, mas aprimora os testes nos quais é utilizada.
Quando faz um teste de Comando, Lábia, Negociação ou
um teste de Carisma para usar um de seus laços, o
jogador pode utilizar sua reputação para obter um efeito
idêntico ao de empenhar esforço, mas sem o aumento
de tensão.
Como qualquer outro laço social, uma reputação
também carrega o peso de ser uma provocação aos
inimigos. Se o jogador faz um teste utilizando sua
reputação, mesmo que seja um teste de perícia, e obtém
um resultado “1” no d20, tendo sucesso ou não, seu
inimigo faz algum movimento para prejudicá-lo, da
forma descrita anteriormente.
54
 VII - Equipamento
Entre objetos mundanos e extraordinários, os PCs
podem encontrar muitas coisas ao longo de uma
aventura de Túmulos & Tigres.
Nossa intenção é que a versão final do jogo carregue
material suficiente para que o GM tenha que formular as
propriedades de poucos objetos durante o jogo. Para
esta rodada de testes, no entanto, nosso foco são as
armas, armaduras, equipamento de aventura e algumas
poucas regras que dizem respeito a todas essas coisas.
Carregando Objetos
O nú mero de objetos que uma personagem pode
carregar é limitado tanto pela sua anatomia (em geral
humanoide) quando pela sua capacidade de mover-se
com eles. Como dito antes, a Força de uma personagem
determina quantos objetos ela consegue trasportar, mas
restriçõ es anatô micas continuam existindo. Um
humanoide está limitado da seguinte forma:
Um objeto na cabeça, que pode ser um elmo, chapéu,
tiara, coroa ou qualquer outro similar;
Até três objetos no torso. Uma roupa comum não
ocupa qualquer espaço, mas uma armadura leve ou
média ocupa um dos espaços e uma armadura
pesada ocupa dois;
Uma pulseira ou braçadeira em cada pulso;
A cintura pode conter um cinturão ou cinto, uma
algibeira e a bainha de uma arma. Armas de duas
mãos devem ser carregadas nas costas e ocupam um
espaço no torso;
Os pés podem conter um par de sapatos, botas ou
sandálias. Uma adaga pode ser amarrada em cada
uma das pernas.
mobilidade em combate, mas também o peso máximo
que ela pode suportar ao longo de suas jornadas. Para
calcular o valor de carga, basta somar o peso (em
quilogramas) de todo o equipamento que ela traz
consigo, até mesmo o que esteja utilizando. O
inventário, por sua vez, é uma medida abstrata do
volume que um personagem pode levar consigo. É
possível, por exemplo, que um objeto relativamente
leve precise de espaço adicional e cuidado, fazendo
com que sua presença no inventário de uma
personagem limite o acesso a outros objetos.
Em razão disso, cada objeto descrito aqui tem um
custo de inventário. Recipientes, como mochilas ou
sacolas, descrevem também a quantidade de objetos
que podem carregar, expandindo a capacidade
anatô mica da personagem, mas não seu inventário, cujo
valor é absoluto. Uma mochila, por exemplo, ocupa
dois espaços do inventário de uma personagem e toma
a maior parte do seu torso, mas carrega até oito objetos.
Um saco grande carrega os mesmos oito objetos, mas
não ocupa espaço algum de inventário quando está
sendo utilizando porque tem que ser levado com as
duas mãos. Uma sacola carrega quatro objetos, mas
ocupa apenas um espaço no torso, de maneira que pode
ser carregada por alguém que está utilizando uma
armadura pesada.
Na maior parte do tempo, as personagens terão que
fazer escolhas. Se aventurar implica levar consigo e
trazer de volta todo tipo de quinquilharia de utilidade
duvidosa, mas os PCs de T&T de forma geral, precisam
ser muito mais cuidadosos a respeito da utilidade
daquilo que carregam em suas jornadas.

As personagens podem carregar joalheria como

amuletos, anéis, brincos e pulseiras livremente sem
acrescentar volume ao inventário, mas apenas um
objeto mágico desse tipo surtirá seus efeitos,
geralmente o mais poderoso, silenciando o efeito de
qualquer outro.
A força de uma personagem determina a quantidade
de objetos que ela pode carregar sem perder qualquer
Resistência dos Objetos
A tabela a seguir traz os tipos de material relacionados
aos tipos de dano para descrever a relação entre eles. As
regras pressupõ em que, na maior parte do tempo, as
personagens são capazes de evitar que os efeitos mais
nocivos da batalha alcancem suas posses realmente
preciosas, mas às vezes isso pode falhar. Se uma
personagem obtém um resultado “1” em sua jogada de

Tabela VII.1: Resistência dos Objetos

— Material Predominante —
Tipo de Dano Cerâmica Couro Madeira Metal (forte) Metal (fraco) Osso Papel Pedraria Rocha Tecido Vidro
Ácido Res Norm Norm Norm Norm Norm Vuln Res Imun Norm Res
Cortante Norm Vuln Norm Res Res Norm Norm Res Res Vuln Res
Fogo Res Norm Vuln Res Norm Res Vuln Res Imun Vuln Res
Força Vuln Norm Norm Res Norm Vuln Res Vuln Res Res Vuln
Frio Res Vuln Res Norm Norm Norm Res Norm Imun Res Res
Impacto Vuln Res Vuln Res Norm Vuln Res Vuln Norm Res Vuln
Necrótico Imun Norm Vuln Imun Imun Norm Res Imun Imun Norm Imun
Perfuração Res Norm Res Res Res Res Norm Res Res Norm Res
Radiante Imun Norm Norm Res Res Norm Norm Imun Imun Norm Res
Raio Imun Imun Imun Norm Norm Res Vuln Imun Imun Vuln Res
Trovão Vuln Res Norm Res Res Vuln Res Vuln Res Res Vuln

55
proteção contra um efeito capaz de causar dano a um
objeto que ela esteja carregando, o objeto também sofre
o dano do ataque e pode até mesmo ser destruído.
Se um ataque ou qualquer outro efeito permite que o
alvo faça uma jogada de proteção para resistir
parcialmente ou totalmente ao dano, objetos que não
estejam sendo carregados por ninguém não recebem
uma jogada de proteção e sofrem todo o dano. Itens
mágicos, no entanto, devem receber uma jogada de
proteção como se fossem criaturas. O modificador da
jogada de proteção de um item mágico é sempre igual à
metade do seu nível (arrendondado para baixo) + 2.
Dano psíquico e de veneno não estão incluídos na
tabela porque, como regra, objetos são imunes a esse
tipo de ataque. Muitos deles também não podem ser
afetados por ataques necró ticos, em razão da ausência
de uma força vital que possa ser comprometida.
Um objeto que sofra qualquer quantidade de dano
deve subtrair esse total dos seus pontos de vida e é
destruído se for reduzido a 0 pontos de vida. O valor
médio dos pontos de vida dos materiais é dado de
acordo com a tabela a seguir:
Tabela VII.2: Pontos de Vida dos Objetos
Material Pontos de Vida
Cerâmica 4 pv/cm de espessura
Couro 9 pv/cm de espessura
Madeira 20 pv/cm de espessura
Metal (forte) 60 pv/cm de espessura
Metal (fraco) 45 pv/cm de espessura
Osso
Papel
15 pv/cm de espessura
2 pv/cm de espessura
Pedraria 30 pv/cm de espessura
Rocha 50 pv/cm de espessura
Tecido 2 pv/cm de espessura
Vidro 3 pv/cm de espessura
Moeda
No mundo de T&T, muitos impérios se ergueram e
desmoronaram antes dos PCs nascerem. Os
aventureiros que invadem masmorras antigas em busca
de fortuna dificilmente encontram moedas cunhadas
pelos atuais poderes, e mesmo o que eles enxergam
como dinheiro pode ter variado ao longo dos séculos.
Metais raros e nobres, no entanto, nunca perdem seu
valor, e são utilizados aqui para permitir que o GM e os
jogadores tenham alguma ideia da apreciação
econô mica dos objetos que interessam às personagens.
A denominação peça de cobre (PC) em geral se refere
à moeda mais comum e de circulação mais corriqueira
no cenário, que pode ser realmente de cobre, mas
também é feita com ligas de bronze, ferro e níquel ou
cerâmica. Uma peça de cobre pode pagar por uma
caneca de cerveja de má qualidade e duas podem pagar
pelo dia de trabalho de um aprendiz de ferreiro. PCs
raramente contabilizam suas peças de cobre apó s
encontrarem seus primeiros tesouros. Em boa parte das
localidades, 10 peças de cobre podem ser trocadas por
uma peça de prata.
A peça de prata (PP) atende à maior parte da demanda
para negociaçõ es comuns realizadas por comerciantes
em cidades de pequeno e médio porte. As moedas
raramente são feitas de prata pura, sendo na verdade
cunhadas a partir de uma liga prateada que expressa um
valor semelhante. Quando mais pura a prata usada em
uma moeda, menor ela será. Aventureiros costumam
deixar de uma a três peças de prata apó s uma noite no
albergue local. É comum que 10 peças de prata sejam
trocadas por uma peça de ouro.
Apenas pessoas muito ricas (ou tolas) carregam
peças de ouro (PO) em grande quantidade. A maior
parte dessas moedas fica nas mãos de banqueiros ou no
tesouro dos nobres, mas aventureiros são famosos por
desenterrá-las séculos depois de terem sido perdidas
por alguém de má fortuna. Assim como a prata, o ouro
também não costuma ser utilizado para cunhar moedas
puras, e moedas com mais ouro são mais valiosas que
moedas forjadas com a ajuda de metais menos nobres.
Uma peça de ouro pode comprar uma adaga, mas um
tesouro em peças de ouro pode armar um exército.
Moedas cunhadas em platina, electrum, mithril e
adamantina existem, mas não são comuns. Trata-se de
uma cunhagem ainda mais rara, cujo valor não pode ser
resumido ao metal utilizado em sua confecção. Em
geral, refletem a histó ria de determinado povo ou época,
quando aquele metal pode ter sido valorizado ou
abundante o suficiente para ser transformado em
instrumento de troca. Essas moedas não possuem um
valor de troca padrão quando comparadas às moedas
comuns, mas dificilmente uma delas valerá menos que
10 peças de ouro.
Vendendo Saque
Existem muitas oportunidades para encontrar tesouros,
equipamentos, armas, armaduras e muito mais nos
locais perigosos por onde os PCs se aventuram.
Normalmente, tesouros e quinquilharia podem ser
vendidos quando o grupo retorna a uma cidade ou
povoamento, desde que encontre compradores e
comerciantes interessados em seu saque.
Dinheiro de aventureiros raramente se parece com algo
que um comerciante veria cotidianamente.
56

Armas, Armaduras e Afins
Como regra geral, armas, armaduras e outros
equipamentos não danificados podem ser restituídos ao
mercado pela metade do preço. Armas e armaduras
usadas por monstros raramente estão em boas
condiçõ es para serem vendidas.
Itens de Poder
Vender itens mágicos é problemático. Vender relíquias e
artefatos é impensável. Encontrar alguém para comprar
uma poção ou um pergaminho não é muito difícil, mas
outros itens estão fora do alcance da maioria, exceto
dos nobres mais ricos. Da mesma forma, além de
alguns itens mágicos comuns, as personagens
normalmente não encontrarão itens mágicos para
comprar. Aqueles que têm a sorte de encontrar um
objeto de poder pelo caminho raramente aceitarão se
desfazer dele em uma transação comercial comum.
Falsificaçõ es, por outro lado, estão em todos os lugares,
e aventureiros desatentos podem ser vítimas delas.
Gemas, Joias e Objetos de Arte
Esses itens mantêm seu valor total no mercado e
podem ser trocados por moedas ou usados diretamente
em transaçõ es que incluam pessoas ricam o suficiente
para negociar com esse tipo de tesouro. Para objetos
excepcionalmente valiosos, o GM pode exigir que se
encontre primeiro um comprador em uma cidade
grande ou comunidade maior.
Bens de Comércio
Nas fronteiras, muitas pessoas realizam transaçõ es por
meio de escambo. Tal como gemas e objetos de arte, os
bens comerciais – barras de ferro, sacos de sal, gado,
etc. – mantêm o seu valor total no mercado e podem ser
utilizados como moeda, com as pessoas certas.
Armas
Mesmo que isso não seja obrigató rio, as personagens de
T&T costumam resolver muitos problemas com
violência. O grupo pode optar por lutar apenas quando é
provocado, mas dificilmente atravessará o caminho de
orcs sanguinários e lobos famintos sem recorrer à força
das armas de vez em quando, e as regras a seguir são
utilizadas para organizar seu funcionamento.
Em um encontro de combate, armas são usadas para
causar dano de perfuração, corte ou impacto, mas
também podem ser utilizadas como parte de manobras
diversas, como desarmes, tentativas de aparar ou
movimentação forçada de oponentes. Armas que
utilizam a Força da personagem para produzir seus
efeitos causam dano por brutalidade. Armas que se
beneficiam da Destreza causam dano por precisão.
Como regra, a arma que uma personagem utiliza não
afeta a quantidade de dano que ela causa, mas tão
somente o tipo (corte, impacto ou perfuração) e o
atributo usado para aferi-lo.
Portar uma adaga ou um machado é principalmente
uma questão de estilo, mas cada arma de combate
corpo a corpo possui também um modificador de
equilíbrio e uma ou mais qualidades especiais. Uma vez
57
que se torna proficiente no uso daquela arma, uma
personagem adiciona o modificador de equilíbrio aos
seus ataques e pode acessar suas qualidades especiais.
Armas de Corpo a Corpo
T&T não utiliza estatísticas específicas para cada arma;
o jogo dá uma denominação genérica, aplicável a várias
armas que, mesmo não sendo iguais, são semelhantes o
bastante para usar as mesmas estatísticas de jogo. A
lista é ampla o suficiente para garantir que a arma
escolhida pelo jogador para sua personagem possa se
enquadrar em pelo menos um dos modelos propostos.
Lendo as Entradas
Cada entrada da tabela possui uma série de informaçõ es
a respeito da arma em questão, lidas da forma seguinte:
Preço. O valor que as personagens tipicamente vão
pagar por uma arma daquela espécie em um mercado
comum, considerando uma arma sem defeitos de
fabricação e sem qualidades extraordinárias. Uma
personagem com recursos maiores que zero pode
utilizar esse investimento em laços para adquirir uma
arma, em vez de recorrer a dinheiro em espécie.
Modificador de equilíbrio. Quando uma personagem
proficiente no uso da arma faz um ataque corpo a corpo,
esse valor integra o modificador do seu ataque.
Dano básico. Precisão indica uma arma que causa
dano com base na Destreza do portador; brutalidade
indica uma arma que causa dano com base na Força.
Empunhadura. Destra indica uma arma que deve ser
empunhada na mão principal; canhota indica uma arma
que pode ser empunhada com a mesma habilidade
usando a mão fraca; duas mãos indica uma arma que
pode (ou deve) ser empunhada em duas mãos durante
um ataque.
Tipo de dano. Como descrito em Combate, armas de
combate corpo a corpo em geral causam dano de corte,
impacto ou perfuração.
Qualidades. Toda arma de combate corpo a corpo
possui pelo menos uma qualidade especial, mas elas
são acessíveis apenas para personagens com a
proficiência adequada.
Peso. O valor adicionado à carga suportada pela
personagem ao carregar uma arma do tipo.
Qualidades
Todas as armas são potencialmente mortais, mas cada
uma à sua maneira, principalmente em razão das
qualidades que podem ser utilizadas por um lutador
hábil em seu manejo. Elas são descritas a seguir:
Arremesso. Essa arma pode ser utilizada também
para atingir inimigos distantes, de acordo com suas
estatísticas de arma de ataque à distância.
Confusão. Uma arma de confusão deixa o alvo
atordoado até o fim de seu pró ximo turno com um
acerto crítico no ataque.
Devastação. Uma arma de devastação causa 1d12
pontos de dano adicionais quando a rolagem do ataque
resulta em um acerto crítico.
Execução. Uma rolagem de ataque 19 ou 20 é um
acerto crítico com uma arma de execução.
Tabela VII.3: Armas de Combate Corpo a Corpo
Nome Preço Equilíbrio Dano Básico Empunhadura Tipo Qualidades Peso
Adaga 2 po +3 Precisão canhota ou destra perfuração arrem. 0,5 kg
Alabarda 10 po +2 Brutalidade duas mãos corte ext., tresp. 8 kg
Bastão 4 po +2 Brutalidade canhota ou destra impacto conf., noc. 1,5 kg
Chicote 10 po +1 Precisão destra corte ext., subm. 1 kg
Espada Curta 15 po +4 Precisão destra perfuração guar. 1,5 kg
Espada Militar 20 po +3 Brutalidade destra ou duas mãos corte exec., guar. 2 kg
Espada Pesada 25 po +2 Brutalidade duas mãos corte pen., tresp. 5 kg
Espada Rápida 15 po +4 Precisão canhota ou destra corte pen. 2 kg
Lança Curta 2 po +3 Brutalidade destra ou duas mãos perfuração arrem. 4 kg
Lança Longa 4 po +3 Brutalidade duas mãos perfuração ext., subm. 6 kg
Maça Pesada 10 po +1 Brutalidade duas mãos impacto conf., dev. 5 kg
Maça Rápida 5 po +2 Brutalidade destra ou duas mãos impacto noc. 2 kg
Machado Curto 5 po +2 Brutalidade canhota ou destra corte arrem. 2,5 kg
Machado Largo 15 po +1 Brutalidade duas mãos corte dev., tresp. 5 kg
Machado Militar 10 po +2 Brutalidade destra ou duas mãos corte dev., exec. 4 kg

Extensão. Quando empunha uma arma com extensão,
a personagem ameaça uma área de 3 metros ao seu
redor, em vez de 1,5 metro.
Guarda. Uma arma de guarda é projetada para
bloquear a aparar com eficiência e aumenta em +1 o
bô nus de CA concedido por uma ação de aparar.
Nocaute. uma arma desse tipo causa como se a Força
do atacante fosse 5 pontos superior quando utilizada
para tentar nocautear um oponente desprevenido.
Penetração. uma arma de penetração causa dano
mesmo se a personagem falhar em seu ataque. O dano é
igual ao modificador de Força ou Destreza da
personagem (o que for aplicável), até um mínimo de 0.
Submissão. A personagem recebe um bô nus de +2
em ataques para deslocar com uma arma de submissão.
Trespasse. Se uma arma de trespasse reduz o alvo a 0
pontos de vida, o dano restante do ataque pode
imediatamente ser aplicado a outra criatura adjacente,
de CA igual ou inferior.
Armas de Ataque à Distância
Nenhuma vantagem possuída por alguma arma de
combate corpo a corpo é capaz de superar a maior
vantagem das armas de ataque à distância: uma
personagem pode usá-las sem precisar se colocar
diretamente em perigo. Por outro lado, elas dependem
de munição e sua eficiência é reduzida dramaticamente
contra inimigos capazes de se posicionar taticamente
no campo de batalha. A lista de armas de ataque a
distância não é exaustiva, mas contém exemplos
suficientes para alimentar qualquer campanha de
fantasia medieval nos moldes propostos aqui.
Lendo as entradas
Cada arma da tabela é descrita com as características
abaixo, que podem ou não ser como aquelas possuídas
por armas de combate corpo a corpo.
Armas de ataque à distância não possuem um
modificador de equilíbrio, com exceção das armas de
corpo a corpo arremessáveis, que utilizam o valor
descrito na tabela correspondente. Em contrapartida,
elas adicionam o modificador de Destreza da
personagem aos ataques.
Preço. Seu valor típico em um mercado comum.
Dano básico. A maioria das armas de ataque à
distância causam dano fixo. Armas de arremesso são
uma exceção a essa regra.
Empunhadura. Armas de ataque à distância em geral
precisam das duas mãos para uma operação adequada,
mas não necessariamente para realizar um ataque.
Tipo de Dano. Como no caso das armas de corpo a
corpo, pode ser de corte, impacto ou perfuração.

Tabela VII.4: Armas de Combate à Distância

Nome Preço Dano Básico Empunhadura Tipo Recarga Cadência de Tiro Alcance Peso
Adaga 2 po Precisão canhota ou destra perfuração livre 2 6/18 0,5 kg
Arco Curto 50 po 1d6 duas mãos perfuração livre 2 24/96 1 kg
Arco Longo 75 po 1d10 duas mãos perfuração livre 2 45/180 1 kg
Besta de Mão 60 po 1d4 canhota ou destra perfuração 1 passo 2 9/36 1,5 kg
Besta Leve 70 po 1d8 destra perfuração 2 passos 1 24/96 2,5 kg
Besta Pesada 80 po 1d12 duas mãos perfuração 3 passos 1 30/120 9 kg
Dardo 2 pp 1 canhota ou destra perfuração livre 3 6/12 0,1 kg
Funda 1 pp Brutalidade destra impacto 1 passo 1 9/36 0,1 kg
Lança Curta 2 po Brutalidade destra perfuração livre 1 9/30 4 kg
Machado Curto 5 po Brutalidade canhota ou destra corte livre 2 6/18 2,5 kg
Pedra — Brutalidade canhota ou destra impacto especial 2 6/18 0,1 kg
Zarabatana 2 po 1 destra perfuraçao 2 passos 1 6/12 0,5 kg

58
 Recarga. a quantidade de passos necessários para
atirar novamente apó s utilizar a munição anteriormente
carregada. Algumas armas possuem recarga livre,
indicando que podem ser recarregadas logo antes de um
ataque. Sacar uma flecha sem atirá-la no mesmo
movimento ainda requer um passo. Carregar uma arma
de projétil sempre requer as duas mãos livres. Armas de
arremesso, por outro lado, podem ser sacadas e
arremessadas com apenas uma mão.
Se a personagem tem várias pedras à mão prontas
para serem arremessadas, a recarga é considerada livre.
Se ela precisa se abaixar para pegar uma pedra que
esteja ao seu alcance imediato, pode fazê-lo com uma
ação de 1 passo, que funciona como uma recarga.
Cadência de Tiro. A quantidade de ataques que
podem ser feitos com aquela arma em um mesmo
turno, desde que haja munição carregada.
Alcance. A distância (em metros) até onde é possível
atingir um alvo. O nú mero antes da barra representa o
alcance normal. O nú mero apó s a barra representa o
alcance máximo.
Peso. O valor adicionado à carga suportada pela
personagem ao carregar uma arma do tipo.
Armaduras e Escudos
A proteção básica oferecida por armaduras e escudos é
acessível à maior parte das personagens, e pode
significar a diferença entre vida e morte em encontros
particularmente agressivos, mas as melhores
armaduras não são baratas, fáceis de encontrar ou
simples de colocar e remover.
Tamanho e Desenho das
Armaduras
A lista incluída nesta seção reflete o preço de uma
armadura (incluindo o elmo apropriado) feita para
qualquer raça de tamanho médio. Personagens
pequenas são menores e podem obter uma armadura
com menos material, mas há menos armeiros
disponíveis para atender a essas necessidades,
tornando sua armadura tão cara quanto a comum.
Armaduras para tamanhos e formatos fora do padrão
custarão muito mais e serão feitas sob medida. Este não
é o tipo de coisa que se pode comprar na loja local!
Quando uma armadura é encontrada num saque, o
GM deve descrever o tipo de criatura que estava
utilizando a peça de proteção ou, no caso de uma
armadura encontrada como parte de um tesouro ou
arsenal, determinar aleatoriamente. Uma chance de
90% de que as armaduras encontradas em uma
guarnição sejam do tamanho certo para as criaturas que
vivem ali é apropriada. Embora uma personagem de
tamanho médio possa usar a armadura de um orc, um
halfling não verá muita utilidade nela. Da mesma forma,
a armadura de um gigante não ajudará um dos PCs.
O tamanho da armadura afeta seu peso, restringindo a
carga máxima da personagem. O peso listado na tabela é
para armaduras de tamanho médio. Armaduras
pequenas pesam metade do valor estabelecido,
enquanto armaduras para criaturas grandes pesam no
mínimo uma vez e meia mais.
59
Escudos são mais fáceis de adaptar: com algum ajuste
na empunhadura (NA 10, com o ofício apropriado), o
escudo leve de uma criatura média pode ser o escudo
pesado de uma criatura pequena e o escudo pesado de
uma criatura grande pode ser o escudo de corpo de uma
criatura média. Obviamente, isso significa que uma
criatura pequena não poderá usar de forma apropriada o
escudo de corpo feito para uma criatura grande, e muito
menos a criatura grande poderá usar o escudo leve de
uma criatura pequena como algo além de um enfeite.
Em termos de regras, um escudo de metal não difere
de um escudo de madeira, embora o portador possa ser
levado a escolher em razão das suas convicçõ es a
respeito da melhor utilização desses materiais. Um
escudo de corpo para uma criatura média será em geral
feito de madeira, considerando a quantidade de material
e o peso que esse tipo de objeto alcança.
O GM tem a ú ltima palavra a respeito da usabilidade
de armaduras e escudos encontrados pelas
personagens, principalmente aqueles portados por
criaturas cuja anatomia seja muito exó tica para
personagens comuns. Se o chefe goblin entra em batalha
cavalgando um warg coberto de metal, a armadura
poderá depois ser adaptada ao grande felino que
acompanha o guerreiro? O GM deve dizer.
Armaduras pesadas são sempre construídas sob
medida para um combatente, e não podem ser
simplesmente vestidas por outro com igual
proficiência. Quando o tesouro inclui uma armadura
pesada, mesmo que ela seja do tamanho adequado,
considera-se sempre que a personagem interessada em
vesti-la deve buscar um ferreiro capaz de fazer os
ajustes necessários, o que pode ser feito com um dia de
trabalho a um custo no mínimo entre 1-10% (1d10) do
valor de uma armadura nova do mesmo tipo.
Vestir uma armadura pesada sem fazer ajustes
prévios é possível, mas sua proteção fica
comprometida. O bô nus de CA que a armadura oferece é
reduzido em dois pontos. Logo, uma personagem inapta
vestida com uma cota de malha não ajustada para o seu
corpo terá um bô nus de CA de +4 somente.
Vestindo e Tirando Armaduras
Há momentos em que é importante saber com que
rapidez uma personagem pode entrar ou sair de sua
armadura. Acidentes e imprevistos acontecem o tempo
todo. Se o grupo é surpreendido durante um
acampamento ou o exército inimigo inicia uma ofensiva
durante a celebração de um dia santo, as personagens
podem querer vestir a armadura antes de entrar em
combate. Se uma personagem escorrega e cai no rio, há
tempo para remover uma armadura pesada antes que
ela o leve para o fundo?
O tempo necessário para vestir a armadura depende
do tipo. Armaduras leves são em geral feitas com uma
peça e podem ser ajustadas no corpo com um minuto e
removidas em 1d4 rodadas. Armaduras médias podem
ser vestidas em três minutos com uma leve ajuda ou o
dobro desse tempo, se a personagem estiver se vestindo
sozinha. As várias peças e camadas de uma armadura
pesada podem ser ajustadas em dez minutos com ajuda
ou vinte minutos, se a personagem trabalhar sozinha.
Tabela VII.5: Armaduras e Escudos
— Modificador de CA —
Nome Preço Peso Penalidade Inapto Proficiente Especialista
Armaduras Leves
Jaqueta Pesada 5 po 4 kg — +0 +1 +2
Couro 10 po 5 kg -1 +1 +2 +3
Couro Batido 45 po 7 kg -1 +2 +3 +4
Armaduras Médias
Gibão de Peles 10 po 6 kg -2 +3 +4 +5
Cota de Escamas 50 po 23 kg -3 +4 +5 +6
Placa Peitoral 400 po 10 kg -2 +5 +6 +7
Armaduras Pesadas
Cota de Malha 75 po 28 kg -4 +6 +7 +8
Cota de Talas 200 po 30 kg -5 +7 +8 +9
Armadura Completa 1.500 po 33 kg -6 +8 +9 +10
Escudos
Leve 5 po 3 kg -1 — +1 +2
Pesado 10 po 6 kg -3 — +2 +3
Corpo 30 po 23 kg -8 — +3 +4

Também é possível vestir uma armadura média ou
pesada de forma apressada, sem tomar o cuidado
necessário para ajustar cada ponto de proteção. Vestir
uma armadura assim leva metade do tempo, mas a
proteção oferecida também é reduzida à metade
(arredondado para baixo).
Um escudo pode ser fixado na posição correta em
três passos e removido com apenas um, se a
personagem optar por jogar o objeto no chão, em vez de
guardá-lo de forma adequada.
Tirar armaduras médias e pesadas é muito mais fácil
que vesti-las. Uma armadura média pode ser removida
em 1d4 rodadas e as várias partiçõ es de uma armadura
pesada podem ser abandonadas em 1 minuto ou até 1d4
rodadas, se a personagem tiver um ajudante capaz de
desfazer ou simplesmente cortar algumas junçõ es e
amarras. Para um guerreiro lutando contra a correnteza,
pode ser a diferença entre a vida e a morte!
Exemplos de Armaduras e
Escudos
A lista abaixo não pode ser considerada exaustiva, pois
os desenhos, materiais e peculiaridades das várias
armaduras utilizadas por aventureiros variam muito em
função do cenário, momento histó rico e
disponibilidade de matéria prima em cada campanha.
Armaduras específicas para certos cenários de
campanha ou elaboradas com materiais especiais, além
das sempre cobiçadas armaduras mágicas, não são
objeto desta rodada de testes.
Lendo as Entradas
Apesar da variedade de itens de proteção encontrados,
as características abaixo podem ser consideradas
padrão para as várias espécies de armadura:
Preço. O preço alcançado no mercado comum pelo
item, o que não significa que esteja imediatamente
disponível para as personagens, principalmente no caso
das armaduras pesadas, quando procuradas em cidades
de menor porte.
Peso. Observe que, além de ser adicionada ao total de
peso suportado pela personagem, uma armadura pesada
ou escudo de corpo ocupa dois espaços em seu
inventário, enquanto uma armadura leve ou média e um
escudo leve ou pesado ocupam um espaço.
Penalidade de Armadura. trajar qualquer armadura
mais leve que uma jaqueta pesada ou empunhar um
escudo faz a personagem sofrer uma penalidade em
seus testes de Acrobacia, Esportes e Furtividade.
Personagens inaptas recebem o dobro da penalidade.
Modificador de CA. Aplicado de acordo com o grau de
proficiência do combatente, que pode ser inapto,
proficiente ou especialista.

Adquirindo uma Armadura Completa

Capaz de quase transformar o combatente no equivalente
primitivo de um veículo blindado de guerra, a armadura
completa não está ao alcance de qualquer plebeu, mas
pode ser adquirida também através de um teste de
Carisma que a personagem faz para usar seus recursos,
como descrito anteriormente. O valor necessário de
recursos para adquirir uma armadura completa é 5.

60
 Munição, Manutenção
e Ajustes do Arsenal
Arcos, bestas, fundas e zarabatanas utilizam munição,
que o GM pode optar por contabilizar ou não,
informando aos jogadores no início de uma aventura se
esse é um recurso cujo consumo necessita de atenção.
Uma aljava de 20 flechas, um estojo de 20 virotes ou
uma caixa com 50 agulhas pró prias para uma
zarabatana podem ser adquiridos ao custo de 1 PO. Um
saco com 20 chumbos de funda pode ser adquirido por
4 PC, mas o combatente também pode utilizar pedras
que encontre ao longo da sua jornada com facilidade.
Manutenção do Equipamento
As regras partem do pressuposto de que as personagens
fazem pequenos ajustes e reparos em seu equipamento
enquanto descansam na cidade, mas equipamento
realmente danificado pode precisar de mais cuidado na
pró xima vez em que isso for possível. Uma arma ou
armadura danificada levemente impõ e uma penalidade
de -1 nas rolagens e estatísticas relevantes (ataque e
dano para armas, CA para armaduras e escudos). Uma
armadura ou escudo gravemente danificado é
imprestável até ser reparado. Uma arma ainda pode ser
utilizada, mas com uma penalidade de -3 nas rolagens
de ataque e dano.
Na maior parte das vezes, cabe ao GM dizer se um
evento de jogo danificou um item de combate a ponto
dele demandar reparos profissionais, como nos casos
acima. Simplesmente cumprir seu propó sito não
estraga uma arma ou armadura: a espada do guerreiro
não quebra ao atacar um elemental feito de rocha!
Reparar danos leves custa o equivalente a 10% do preço
original da arma ou armadura, enquanto danos graves
podem ser reparados se a personagem estiver disposta
a investir 40% do preço original. Esses reparos devem
ser feitos por um artesão proficiente, mas não
necessitam de teste. A manutenção cotidiana de armas e
armaduras pode ser feita pelos pró prios aventureiros.
Itens de Exploração
Aventureiros costumam carregar uma variedade de
objetos ú teis consigo, mas as necessidades de um não
necessariamente correspondem às necessidades de
outro, e objetos como tochas, cordas e ganchos de
escalada não são especificamente relevantes a ponto de
merecerem ser contabilizados individualmente em uma
aventura de T&T. O estoque é composto por um
conjunto de itens desse tipo, e pode ser obtido sem
dificuldades mesmo por um aventureiro com recursos
limitados. Se uma personagem perde seu estoque inicial
ou precisa adquirir um novo por qualquer motivo,
considera-se que uma nova mochila de couro de boa
qualidade contendo um dos conjuntos de objetos
descritos abaixo pode ser adquirida por 25 PO.
O estoque de aventureiro por si só ocupa dois
espaços no inventário de uma personagem, mas alguns
objetos incluídos nele ocupam seu pró prio espaço e não
são contabilizados juntamente com o restante. Itens que
61
aparecem em destaque dentro de cada lista são
contabilizados individualmente para o inventário.
Estoque de Artesão. Um caderno de desenho, um
conjunto de giz de cera, uma lanterna coberta, dois
frascos de ó leo, uma balança portátil, uma faca, uma
pedra de amolar e um avental de trabalho, ao peso total
de 5 kg.
Estoque de Artista. Um saco de dormir, um conjunto
de roupas chamativas, um estojo de maquiagem, um
frasco de tinta, uma pena para escrita, 5 folhas de papel,
5 velas, rações de viagem para 5 dias e um cantil, ao
peso total de 13 kg total.
Estoque de Aventureiro. um pé de cabra, um
martelo, 10 pitons, 10 tochas, uma pederneira, rações
de viagem para 10 dias e um cantil. A mochila
também tem uma corda de cânhamo de 15 metros
amarrada na lateral, ao peso total de 30 kg.
Estoque de Estudioso. Um livro de histó ria geral, um
mapa regional, dois estojos para mapas e pergaminhos,
um frasco de tinta, uma pena para escrita, um caderno
de anotaçõ es e 10 velas, ao peso total de 5 kg.
Estoque de Explorador. um saco de dormir, uma
marmita com talheres, uma pederneira, 10 tochas,
rações de viagem para 10 dias e um cantil. A mochila
também tem uma corda de cânhamo de 15 metros
amarrada na lateral, ao peso total de 30 kg.
Estoque de Peregrino. um cobertor de inverno, um
mapa regional, 10 velas, uma pederneira, uma sacola
para doaçõ es, dois blocos de incenso, um incensário,
rações de viagem para dois dias e um cantil, ao peso
total de 5 kg.
Outros Itens de Aventura
Além dos estoques de equipamento descritos
anteriormente, aventureiros também podem necessitar
pontualmente de objetos muito ú teis, mas difíceis de
obter. O que caracteriza esses bens é que eles não são
em geral encontrados em qualquer mercado, de forma
que sua aquisição requer que a personagem interessada
mobilize seus recursos para esse fim. Os exemplos
abaixo podem servir de inspiração para que o GM
determine a dificuldade de obter bens desejáveis em
outras situaçõ es.
Ferramentas de Navegação. A natureza de um
conjunto de ferramentas de navegação varia de acordo
com a tecnologia disponível e pode incluir objetos
como bú ssola, quadrante, astrolábio e carta celeste,
entre outros (como a máquina de Anticítera). Uma
personagem com um investimento em recursos de 2 ou
3 pode adquirir ferramentas de navegação adequadas ao
nível tecnoló gico da campanha.
Material de Infiltração. Kits de disfarce, títulos
forjados e trajes camuflados são apenas alguns
exemplos do tipo de material que as personagens
podem utilizar para ter acesso a pessoas e lugares que
de outra forma não estariam ao seu alcance. Nem
sempre é possível adquirir essas coisas sem levantar
suspeitas sobre a índole do comprador, mas um
investimento em recursos pelo menos igual a 3 permite
adquirir material de infiltração.
Tecnologia Experimental ou Superior. lunetas e
lentes de aumento, reló gios mecânicos e explosivos,
por exemplo, são tecnologia muito acima do que está
disponível para a maioria das personagens de T&T, mas
o GM pode decidir que esses objetos, embora
prodigiosos, estão sim disponíveis para a personagem.
Um investimento em recursos de pelo menos 4 é
recomendado, no entanto.
Cada um dos itens descritos acima ocupa pelo menos
um espaço no inventário, e o GM pode decidir que itens
específicos ocupam mais de um espaço, caso sejam
muito difíceis de guardar.
Armas Exóticas
Uma rede não causa dano, mas pode aprisionar um
oponente, enquanto um punhado de bolas de gude pode
fazer alguém perder o equilíbrio. Uma armadilha de
urso não utiliza uma jogada de ataque, mas pode ser
bastante ú til se os aventureiros tiverem a oportunidade
de preparar o terreno em que vão combater.
Esses itens não são descritos em detalhes nesta
rodada de testes, mas o GM pode determinar que um
deles é capaz de causar pelo menos uma das condiçõ es
descritar anteriormente, por pelo menos uma rodada, a
um alvo que falhe em uma Jogada de Proteção ou teste
de atributo pertinente à situação.
Assim como os itens de aventura especiais, as armas
exó ticas ocupam pelo menos um espaço no inventário.
Ferramentas de Misticismo
O clérigo lança feitiços utilizando seu símbolo sagrado,
enquanto o mago utiliza as armas místicas comuns
dentro da sua tradição, como adagas, cajados, orbes e
varinhas. Ambos utilizam componentes verbais e
gestuais como ferramentas, e alguns dos feitiços
lançados por eles possuem ainda componentes com um
valor real de mercado, como pedras preciosas ou
plantas muito raras.
Caso o clérigo perca seu símbolo sagrado ou o mago
perca sua arma mística, um novo equipamento do tipo
pode ser adquirido por 10 PO em uma grande cidade.
Um livro de preces ou grimó rio de viagem pode ser
substituído ao custo de 50 PO, mas a personagem ainda
tem que fazer o trabalho de registrar seus feitiços nele,
ao custo de 1 PO por círculo do feitiço. Um livro de
preces ou grimó rio comum é mais barato, custa apenas
25 PO, mas se perde se entrar em contato com a água e
pega fogo com facilidade, de maneira que não é muito
recomendado para aventureiros.
Um livro de preces ou grimó rio de viagem ocupa um
espaço no inventário e pode conter até 20 feitiços. As
versõ es comuns são mais delicadas e requerem dois
espaços de inventário, mas podem conter qualquer
nú mero de feitiços, ao custo de 25 PO mais 1 PO para
cada feitiço acima de 20 que possa conter. Versõ es
comuns têm uma chance de 40% de se tornarem
imprestáveis testada a cada vez que a personagem falha
em uma jogada de proteção contra dano de fogo ou raio.
Essa chance de destruição aumenta para 80% se a
personagem for imersa em água ou líquido similar.
Veículos e Montarias
Embora não sejam exatamente baratos, cavalos e
carroças estão imediatamente à disposição das
personagens na maioria das campanhas. Os cavalos
podem ser substituídos por uma montaria mais
adequada ao cenário, como camelos ou seres ainda
mais exó ticos. Um animal de tração simples custa 50
PO, contra as 75 de um cavalo de montaria. Um animal
treinado para batalha não custará menos de 400 PO.
Montarias exó ticas têm seu preço definido pelo GM,
mas em geral elas são adquiridas com recursos, um
investimento de pelo menos 4.
Carroças normalmente são puxadas por um ou dois
animais de tração adquiridos separadamente. A carroça
em si pode ser adquirida por 15 PO.
Em um cenário típico de T&T, a ú nica outra forma
desejável de transporte é uma embarcação. Um bote ou
balsa para até quatro tripulantes pode ser adquirido por
50 PO. Naus de pequeno porte requerem a mobilização
de um investimento em recursos pelo menos igual a 4.
Eventualmente, as personagens podem ter que esperar
pela possibilidade de comprar uma, que ficará
disponível dentro de algumas semanas. Uma opção
adequada é comprar passagem em outra embarcação, ao
custo de 1 PP por quilô metro da jornada.
Possuir barcos de grande porte é privilégio dos
reinos e dos agentes mais ricos e poderosos de um
cenário de campanha. Barcos (sejam eles de pequeno ou
grande porte), além de serem caros em si mesmos,
possuem custos associados à manutenção de uma
tripulação adequada por longos períodos de tempo. O
jogador que deseja um barco para sua personagem deve
considerar a possibilidade de utilizá-lo como sua base
de operaçõ es, em vez de simples meio de transporte.
Recipientes
Um aventureiro pode adquirir uma nova mochila sem
os objetos descritos acima ao custo de 2 PO. Sozinha ela
pesa 2,5 kg e ocupa dois espaços no torso, mas permite
que a personagem carregue até 8 objetos.
Um saco grande ou dois sacos pequenos podem ser
guardados em um espaço na mochila até que sejam
necessários. Um saco grande possui 6 espaços,
enquanto um saco pequeno possui 3. O saco grande
ocupa as duas mãos quando está sendo utilizado,
enquanto o saco pequeno ocupa apenas uma. Dez sacos
pequenos ou cinco grandes custam 1 PP. Seu peso é
pequeno o bastante para desconsiderar.
Uma sacola pode ser pendurada a tiracolo e ocupa um
espaço no torso. Ela permite carregar até 4 objetos,
custa 1 PO e pesa apenas 1 kg. É um recipiente ú til para
um aventureiro que viaja em armadura pesada.
Um cantil carrega até 2,5 l de um líquido como água
ou vinho e pesa 0,5 kg mais o peso do líquido que está
carregando (1 l de água pesa 1 kg).
Um aventureiro que tenha um valor de recursos pelo
menos igual a 1 é capaz de renovar seu estoque de
qualquer desses objetos quando está em uma cidade
sem precisar contar peças de ouro para comprá-los.
62
 VIII - Recuperação e Evolução
O material apresentado ao longo desta seção cobre dois
aspectos importantes das regras. Primeiramente, como
as personagens se recuperam e se preparam para novas
aventuras. Depois, como elas evoluem através do
acú mulo de pontos de experiência (XP).
Fases de Aventura
A versão longa das regras de Tú mulos & Tigres inclui,
entre outros vários subsistemas, regras extensas a
respeito do que as personagens fazem entre uma
aventura e outra. Lá, o período entre jornadas inclui as
fases de preparação, e abre espaço para que os
jogadores planejem e executem obtivos das personagens
que não podem ser resumidos às suas missõ es em
masmorras e regiõ es selvagens.
Durante esta rodada de testes, no entanto, apenas o
outro aspecto do jogo estará em uso, o que
denominamos fases de aventura. Quando as
personagens abandonam a segurança da cidade e
adentram locais em que um erro pode custar sua vida,
dizemos que elas estão em uma fase de aventura. Há
três tipos: fases de ação, de pausa e de acampamento.
Fases de Ação
Tipicamente, uma fase de acampamento ou pausa só é
rompida (ou finalizada) para que tenha início uma fase
de ação. As personagens começam uma interação
social, um evento de exploração ou um encontro de
combate e precisam obter sucesso para mover adiante
seus objetivos. É um desafio que, se vencido, aumentará
o total de pontos de experiência (XP) de todos eles e
implicará um desgaste que poderá deixar os jogadores
se sentindo encorajados a iniciar uma pausa ou período
de descanso ainda mais longo.
Uma mesma fase de ação pode ter mais de um
encontro. Se as personagens são atacadas em uma
taverna (combate), investigam pistas sobre os motivos
de seus atacantes (exploração), encontram um potencial
informante (interação social), infiltram o local onde
está escondido o mandante do ataque (exploração) e
lutam contra ele e seus capangas (combate), tudo isso
sem parar em momento algum para descansar ou
projetar detalhadamente seus pró prios passos, estamos
falando de uma ú nica fase de ação.
Ímpeto
O grupo de aventureiros poderia se sentir tentado a
parar e descansar a cada vez que utilizam seus recursos
para vencer um encontro. Afinal, fazendo isso, eles
assegurariam a oportunidade de encontrar qualquer
oponente sempre com força máxima e acesso a todas as
suas melhores e mais ú teis habilidades. Em muitas
aventuras isso não ocorre porque o tempo está contra
eles, mas em outras situaçõ es, o que pode levar o grupo
a seguir em frente é o seu Ímpeto.
Enquanto avançam numa fase de ação, os PCs perdem
recursos, mas ganham Ímpeto, numa escala de 1 a 6.
Essa medida abstrata reflete seu ganho de autoconfiança
e convicção, assim como a euforia correndo nas veias e
63
o entusiasmo natural de uma sequência de sucessos em
batalhas e outros tipos de desafio.
O GM registra o valor de Ímpeto do grupo de
aventureiros (ou coloca marcadores no centro da mesa,
onde todos possam ver), que é sempre igual a zero apó s
qualquer fase que não seja uma fase de ação, e
acompanha seu desenvolvimento ao longo dos
encontros seguintes.
A cada vez que o grupo termina um encontro com
sucesso, se o desafio proposto é no mínimo igual ao
nível médio do grupo -1, o seu ímpeto aumenta em um,
refletindo a injeção de ânimo representada pela vitó ria,
independente do tempo e recursos gastos para esse fim.
Enquanto o ímpeto dos aventureiros for maior que zero,
eles recebem os benefícios descritos abaixo.
Experiência superior
Ao terminar um encontro, o grupo recebe um bô nus de
XP igual a 5% multiplicado pelo seu valor de ímpeto ao
início daquele encontro. Um grupo com Ímpeto 4 ao
iniciar um encontro, por exemplo, recebe um bô nus de
20% de XP ao finalizá-lo com sucesso.
Resistência Aprimorada
Cada vez que uma das personagens do grupo é curada,
ela recebe pontos de vida adicionais numa quantidade
igual ao valor de Ímpeto do grupo.
Esforço Máximo
A cada dois avanços na escala, a tensão das
personagens é reduzida em um grau. Obviamente, essa
redução não pode fazer com que a personagem tenha
tensão negativa, mas pode encorajar os aventureiros a
se empenharem mais nas suas açõ es.
Mantendo o Ímpeto
Não é possível manter o Ímpeto apó s descansar. Se o
grupo termina uma fase de pausa ou acampamento, seu
ímpeto sempre vai a zero. Em razão disso, a ú nica
maneira de não perder Ímpeto entre um encontro e o
pró ximo é seguir adiante.
Fases de Pausa
Uma pausa é um descanso curto de pelo menos uma
hora e permite que as personagens reestabeleçam o
foco, respirem fundo e se preparem para os desafios
que virão a seguir. Para que uma pausa tenha seus
efeitos, uma personagem não pode fazer nada além de
descansar, conversar e realizar açõ es que não exijam
grande esforço físico ou mental.
Algumas habilidades de classe podem ser usadas um
nú mero limitado de vezes entre pausas, conforme
estabelecido em sua descrição. A ação Recuperar o
Fô lego, mais comum durante encontros de combate,
pode ser usada uma vez entre pausas. Se a personagem
possui tensão acumulada, ela pode reduzir sua tensão
em um ao final de uma fase de pausa.
Passar muito tempo descansando e pouco tempo em
ação não resolve muita coisa para os aventureiros. Uma
vez que a personagem tenha se beneficiado dos efeitos
de uma pausa, pelo menos quatro horas devem se
passar antes que ela possa fazê-lo novamente.
Fases de Acampamento
Para realizar esse tipo de recomposição, as personagens
precisam encontrar um local seguro o bastante para
descansar por pelo menos oito horas ininterruptas.
Embora esse tipo de repouso não seja o suficiente para
verdadeiramente renovar as energias de um grupo de
aventureiros, é o bastante para garantir que eles
consigam se mover adiante com sua exploração tendo a
maior parte dos recursos à mão.
Místicos podem preparar seus feitiços ao final de
uma fase de acampamento e a tensão das personagens
vai a zero, independente do ponto em que se
encontrava. Pontos de vida são integralmente
recuperados, assim como certas habilidades de
utilização limitada. Se a personagem tem alguma falha
em testes de resiliência, essas falhas são removidas ao
final da fase de acampamento.
Assim como nas pausas, qualquer atividade
extenuante durante o período faz com que os benefícios
sejam perdidos e o repouso deva ser reiniciado.
Personagens que necessitem de sono e comida devem
ter ambos em quantidade razoável para que possam
acampar. Uma vez que uma personagem tenha se
beneficiado dos efeitos do acampamento, pelo menos
vinte e quatro horas devem se passar antes que ela
possa se beneficiar desses efeitos novamente.
Apesar do nome, uma fase de acampamento pode
ocorrer em uma estalagem, base de operaçõ es ou
qualquer outro lugar que seja seguro o suficiente para
as personagens fazerem seu repouso. O GM tem sempre
a palavra final a respeito da viabilidade de se concluir
uma fase de acampamento em um determinado local, e
deve ser completamente honesto com os jogadores a
respeito das condiçõ es de conforto e segurança de um
refú gio, embora isso não signifique que eles não
possam ser interrompidos ou emboscados no meio
desse repouso.
Evolução
T&T estabelece regras que permitem contar a histó ria
de um grupo de aventureiros desde os dias de
aprendizado inicial até que alcancem o verdadeiro
poder e se tornem os agentes que moldam os
acontecimentos do mundo ao seu redor, mas esta
rodada de testes prevê personagens que alcançam
apenas até o 5º nível.
Cada PC possui uma contagem abstrata,
representando o conhecimento e poder adquirido ao
longo de suas aventuras, que chamamos de pontos de
experiência (ou apenas XP). Apó s um período de
desenvolvimento do jogo, que pode ser uma aventura
completa, uma sessão de jogo ou até mesmo um ú nico
encontro, o GM vai interromper a ação por algum tempo
e contabilizar quanto XP cada personagem recebeu em
razão dos desafios pelos quais passou desde a ú ltima
vez em que recebeu experiência.
Quando eu posso evoluir?
Essa é fundamentalmente uma escolha do GM, baseada
no estilo de jogo do grupo, e não faria sentido estabelecer
uma regra pré-determinada para esse fim.
Basicamente, nos parece que é mais interessante que as
personagens alcancem o nível seguinte quando têm a
oportunidade de parar, repousar e colocar a cabeça em
ordem para compreender o que aprenderam e como isso
pode ser utilizado na sequência de suas aventuras, mas
isso não é obrigatório. Se o GM decidir que é mais
adequado que as personagens evoluam ao nível seguinte
assim que tiverem a quantidade certa de XP, independente
do ponto da aventura em que se encontrem, isso também
é totalmente válido.
Evoluir as personagens após uma fase de acampamento
assim que elas tiverem a quantidade de XP necessária para
ir ao próximo nível não nos parece apenas razoável, como
a melhor opção para conduzir esta rodada de testes.
Pontos de experiência são a medida essencial do
aprimoramento das personagens. Eles representam uma
série de fatores difíceis de quantificar, como aumento
da confiança, condicionamento e vivência prática dos
ensinamentos obtidos anteriormente. Quando um PC
ganha XP suficiente para avançar para o pró ximo nível
de experiência, esses fatores abstratos se traduzem em
uma melhoria mensurável nas suas habilidades.
Quais áreas melhoram e como isso ocorre depende
principalmente da sua classe, mas alguns
aprimoramentos alcançam todos os PCs. Ao avançar de
nível, a personagem de um jogador necessariamente
aumenta seus pontos de vida. A cada nível ímpar, o
jogador verá os bô nus de proficiência melhorarem,
enquanto nos níveis pares ele poderá optar por uma
proficiência nova ou por aumentar o grau de maestria
naquelas que a personagem já possui.
Finalmente, o nível às vezes é utilizado como um
medidor genérico do poder de uma personagem para
decidir se ela é afetada por um feitiço ou sofre os
efeitos de certa habilidade. Quanto mais experiente ou
poderosa uma personagem se torna, mais relevantes
são os recursos a serem movidos para derrotá-la.
A Tabela I.2 desde documento de teste descreve a
quantidade de XP necessários para que uma
personagem evolua para o nível seguinte em sua trilha
de experiência. A Tabela V.1 descreve os principais
benefícios aplicados de forma geral às personagens que
progridem em nível numa campanha de T&T.
Experiência Coletiva
Os pontos de experiência são conquistados através das
atividades dos PCs, que geralmente se relacionam com
seus objetivos de aventura. Assim, todas as
personagens que participam de um encontro recebem
XP por superar seus inimigos ou obstáculos. Como a
cooperação em grupo é importante, os pontos de
experiência para derrotar inimigos são dados a todos,
independentemente de suas açõ es. Uma personagem
que nunca leva uma espada ainda pode ter bons
conselhos ou sugestõ es importantes sobre melhores
táticas. Além disso, mesmo uma personagem cujos
64
 planos fracassem e as açõ es sejam infrutíferas também
pode aprender com as açõ es de outras.
A experiência coletiva é em geral conquistada pelas
personagens apó s um encontro, que pode ser de
combate, exploração e interação social, mas também
vem como resultado de uma missão bem-sucedida. O
GM estabelece o nível de desafio nos encontros e
também deve manter em suas notas de jogo uma lista
das missõ es que as personagens aceitaram e estão
tentando cumprir, com a premiação de XP que será
obtida caso elas tenham sucesso. Quando um encontro
é vencido ou uma missão é cumprida, o XP obtido é
dividido igualmente entre as personagens do grupo.
Para obter o XP referente a um encontro, uma
personagem deve estar presente, mas missõ es não
seguem essa regra. É possível que uma personagem
receba o XP pelo cumprimento de uma missão mesmo
que não esteja presente quando ela é efetivamente
cumprida, desde que tenha de alguma forma
contribuído ao longo da trajetó ria. O clérigo que
contacta outros planos em busca de informaçõ es que
podem levar à localização da Adaga de Moghal pode
deixar que o ladrão se infiltre sozinho no castelo onde
ela está escondida, mas sua ajuda foi importante para
cumprir o objetivo, assim como a do mago que planejou
a estratégia do grupo. Se o ladrão encontra um guardião
pelo caminho e o derrota, no entanto, seus aliados não
receberão XP pelo encontro de combate.
Experiência Individual
PCs também ganham experiência por suas açõ es
individuais, de acordo com a classe. Cada personagem
ganha pontos por fazer açõ es apropriadas para a classe
da qual faz parte, então guerreiros ganham XP adicional
por derrotar criaturas, comandar outros combatentes
ou receber o impacto maior da batalha, defendendo o
grupo. Quanto mais difícil a batalha, maior a premiação
Tabela VIII.1: Experiência Individual
Ação Individual
Clérigo
Por feitiço lançado para enfrentar desafios
Por item mágico criado
Por relíquia consagrada
Por relíquia descoberta
Guerreiro
Por comandar uma tropa de pelo menos 100 combatentes
Por nível da criatura derrotada
Por participar de uma batalha com mais de 200 combatentes
Por ser reduzido a 0 pontos de vida e sobreviver (uma vez por encontro)
Ladrão
Por nível da criatura derrotada
Por peça de ouro de tesouro conquistado
Por uso bem-sucedido de um talento de ladrão
Mago
Por feitiço lançado para enfrentar desafios
Por item mágico criado
Por novo feitiço pesquisado
65
individual, que não se confunde com a experiência
recebida coletivamente por vencer o encontro.
Magos ganham XP por usar seus feitiços de forma
produtiva, solucionando os problemas que o grupo
encontra diante de si. O mago que entra na floresta e
lança seus feitiços sem um motivo razoável não ganha
qualquer XP, mas o mago que lança um raio em um
grupo de orcs usa sua magia para um propó sito e ganha
experiência de acordo. Eles também ganham XP por
pesquisar novos feitiços e criar itens mágicos.
Clérigos ganham XP individualmente por criar itens
mágicos, consagrar relíquias ou desenterrar aquelas
que estavam perdidas. Sua experiência também
aumenta quando lançam feitiços de forma semelhante
ao que ocorre com os magos, mas um clérigo não ganha
qualquer XP por usar seus feitiços em desacordo com
os princípios de sua fé (um sacerdote da deusa da cura,
por exemplo, não receberá qualquer XP por feitiços
usados para ferir seus oponentes).
Finalmente, ladrõ es, que tendem a aprimorar suas
capacidades a partir de um conjunto de talentos de
infiltração e subterfú gio, e que se dedicam à vida de
aventuras como uma forma de fugir à ameaça do
trabalho árduo, recebem XP por encontrar ou ganhar
ouro, inclusive sua parte dos tesouros adquiridos
coletivamente pelo grupo. Eles recebem XP adicional ao
utilizarem com sucesso seus vários talentos, desde que
isso ajude a resolver conflitos dentro do jogo.
Para o GM, o objetivo das premiaçõ es individuais de
XP é incentivar a criação de desafios variados que
representem oportunidades para cada PC utilizar as
melhores habilidades de sua classe. Para o jogador, o
objetivo é encorajar que ele aborde e resolva os desafios
que aparecem ao longo das aventuras da forma que
seria mais desejável para um membro de sua classe.
A ideia não é impedir o grupo de resolver todos os
seus problemas com combates, mas sim dar razõ es
para que as personagens se comportem de outra forma!
Premiação de XP
100 vezes o círculo do feitiço
valor em XP do item
100 vezes o nível do clérigo
300 vezes o nível do clérigo
300 vezes o nível do guerreiro
10 vezes o nível do guerreiro
100 vezes o nível do guerreiro
50 vezes o nível do guerreiro
5 vezes o nível do ladrão
2 XP
100 XP
100 vezes o círculo do feitiço
valor em XP do item
300 vezes o círculo do feitiço
IX - Magia
A magia que pulsa nas profundezas da terra é tão
poderosa quanto imprevisível, mas os místicos de
Feitiços conhecidos e
Túmulos & Tigres são ousados e engenhosos: eles
sempre encontram formas de domar essa força da
preparados
Como dissemos antes, cada feitiço é ú nico, formulado a
natureza e colocá-la sob seu controle, remodelando o
partir de princípios cuidadosamente pesquisados e
tecido da realidade para criar todo tipo de prodígio
recitaçõ es inaplicáveis para alcançar outros resultados.
impensável para o homem comum.
Por isso uma personagem que não pode lançar um
Esta seção apresenta as regras básicas de utilização
feitiço como um talento natural deve aprendê-lo antes
de magia pelos PCs e pelas demais personagens que
de utilizá-lo em suas aventuras. Mentores experientes e
habitam o multiverso fantástico. Todos, desde os
tomos místicos costumam guardar os segredos da
deuses em seus reinos celestiais até os demô nios em
feitiçaria, e os místicos estão sempre à procura dessas
seus precipícios, realizam magia utilizando as mesmas
fontes de conhecimento.
regras contidas nestas páginas, com uma necessária
Clérigos e magos não são limitados no nú mero de
variação em estilo e intensidade, é claro.
feitiços que podem conhecer, mas têm acesso apenas
Alguém capaz de utilizar magia é denominada um
àqueles que estão em seu grimó rio ou livro de preces
místico. Embora algumas criaturas sejam capazes de
em dado momento, e devem prepará-los antes da
fazer isso por outros meios, a maneira mais comum de
utilização. O nú mero de feitiços contidos em um
utilizar magia é aprender feitiçaria, da forma feita por
grimó rio ou livro de preces só é limitado pelo seu
magos e clérigos, por exemplo. Personagens de
nú mero de páginas, mas o nú mero que pode ser
diferentes origens e tradiçõ es darão nomes diversos à
preparado por um clérigo ou mago também depende de
feitiçaria, simples e diretos como “xamanismo” ou
seu nível. Outras classes, que ficarão disponíveis em
envoltos em sentidos ocultos como “a nobre arte”.
rodadas de teste futuras, possuem outras formas de
Um feitiço é uma ú nica invocação de poder,
aprender e preparar seus feitiços,
normalmente utilizada para obter um efeito
determinado (como arremessar um raio ou curar um
ferimento) ou um efeito selecionado dentro de uma Estilhas de feitiço
pequena lista de opçõ es. As personagens precisam Independentemente de quantos feitiços um místico
obter acesso a um feitiço antes de poder utilizá-lo, e a conheça ou prepare, ele pode lançar apenas um nú mero
maioria delas possui um limite na quantidade de limitado deles antes de descansar. Manipular a
feitiços que é capaz de acessar e lançar. estrutura da magia e canalizar sua energia até mesmo
em um feitiço simples é desgastante física e
Círculos de feitiçaria mentalmente, e feitiços de círculo elevado são ainda
mais desgastantes. Assim, a descrição de cada classe
Cada feitiço está inserido em um dos nove círculos de
mística inclui uma tabela mostrando quantas estilhas
feitiçaria ou é considerado uma rotina - um feitiço que
de feitiço de cada círculo de feitiçaria uma personagem
pode ser utilizado sem a necessidade de descanso ou
pode usar, de acordo com seu nível. Por exemplo, o
preparação prévia. Como regra, os feitiços mais
mago de 3º nível Halder possui duas estilhas de feitiço
poderosos e complexos estão guardados nos círculos
de 1º círculo e uma de 2º círculo.
mais elevados de feitiçaria, enquanto os círculos
Quando uma personagem lança um feitiço, ela gasta
iniciais são reservados à feitiçaria mais simples e sem
uma estilha do círculo daquele feitiço ou superior,
grande poder de alterar a realidade. Rotinas são ainda
efetivamente aplicando o “fragmento” místico à criação
mais simples que os feitiços dos círculos iniciais, mas
do efeito. É possível pensar em uma estilha de feitiço
um místico experiente aprende a utilizá-las com uma
como um bloco de construção de certo tamanho:
eficiência cada vez maior, para resultados superiores
pequeno para uma estilha de 1º círculo, maior para um
aos de um jovem aprendiz.
estilha de círculo superior. Um feitiço do 1º círculo
Os PCs construídos para esta rodada de testes só
pode ser construído com qualquer bloco, mas um
chegam até o 5º nível e não lançam feitiços de círculo
feitiço de 9º círculo precisa de um bloco grande, a
superior ao 3º.
estilha de 9ª círculo. Então, se Halder lança mãos
Criaturas que podem lançar feitiços como parte de
ardentes, um feitiço de 1º círculo, ele gasta uma de suas
seus talentos naturais costumam fazê-lo sem se
duas estilhas de 1º círculo e só lhe resta a outra.
importar com o círculo. PCs e outras personagens que
Terminar uma fase de acampamento ou descansar
lançam feitiços como uma habilidade de classe
alguns dias na cidade é o suficiente para restaurar
possuem acesso aos vários círculos de feitiçaria de
quaisquer estilhas de feitiço que o místico tenha
acordo com o nível que tenham alcançado. Um mago,
utilizado anteriormente. Monstros e outros
por exemplo, precisa alcançar o 5º nível antes de poder
personagens que possuem habilidades especiais para
lançar uma bola de fogo, que é um feitiço de 3º círculo.
lançar feitiços sem usar uma estilhas seguem regras
Independentemente do nível que alguém alcance, há
pró prias a respeito de quanto tempo ou o que é
limites claros e bastante rígidos sobre a feitiçaria.
necessário para renovar essas habilidades.

66
 no turno atual, consumindo seus três passos, sendo
Lançar um feitiço em um finalizado imediatamente antes do início do turno
círculo superior seguinte do místico. Essa é uma situação perigosa; se a
personagem passar por qualquer evento capaz de
Quando um místico lança um feitiço usando uma
quebrar sua concentração, o feitiço é perdido, mas a
estilha de círculo superior ao necessário, o feitiço
estilha de feitiço ainda é usada.
assume o círculo mais alto para aquele lançamento. Por Feitiços cujo tempo de lançamento é dado em
exemplo, se Halder lançar mãos ardentes usando uma minutos ou horas são muito complexos para serem
de suas estilhas de 2º círculo, essas mãos ardentes utilizados como parte de um combate ou interação
serão de 2º círculo. Efetivamente, o feitiço fica maior curta. Assim como um feitiço com tempo de
para aproveitar o “potencial construtivo” do bloco.
lançamento de uma rodada, eles requerem concentração
Alguns feitiços, como mãos ardentes e curar
e podem ser perdidos caso o místico passe por algum
ferimentos, têm efeitos mais poderosos quando
evento capaz de rompê-la.
lançados em um círculos mais alto, conforme detalhado
na descrição do feitiço. Mantendo a Concentração
Rotinas Não importa se o místico recorre a um feitiço com
tempo de lançamento longo ou se está prolongando a
Uma rotina é um feitiço que pode ser lançado à vontade, duração de um feitiço já lançado, em ambos os casos
sem usar uma estilha de feitiço e sem estar preparado ele deve manter a concentração e impedir que a tarefa
com antecedência. A prática repetida fixou o feitiço na seja perturbada por um evento externo. Concentrar-se
mente do místico e infundiu nele a magia necessária em um feitiço não é uma tarefa propriamente
para produzir o efeito repetidamente. O círculo de desafiadora na maior parte do tempo, mas o místico
feitiçaria efetivo de uma rotina é 0. não é capaz de manter a concentração em mais de um
feitiço de cada vez.
Lançando um feitiço À s vezes manter a concentração requer não só
Quando uma personagem lança qualquer feitiço, as disciplina, experiência e força de vontade: pode ser
mesmas regras são seguidas, independentemente de sua também uma questão de sorte. Em qualquer situação na
classe ou do efeito mágico invocado. qual julgue que a concentração pode ser quebrada, o GM
Cada descrição de feitiço começa com um bloco de deve solicitar um teste de Constituição (NA 15) para
informaçõ es, incluindo seu nome, círculo de feitiçaria, que o místico a mantenha. Apenas um teste deve ser
tempo de lançamento, alcance, ferramentas e duração. O solicitado para cada evento. Algumas situaçõ es sempre
resto da descrição explica seu efeito em termos exigem um teste para manter a concentração:
narrativos e de regras. Dano
Não obstante o nú mero de açõ es que uma
Quando a personagem sofre qualquer tipo de dano em
personagem possa realizar, ela não poderá, a princípio,
seus pontos de vida, o jogador deve fazer um teste de
lançar mais de um feitiço por turno. Personagens de
Constituição (NA igual a 5 + a quantidade de pontos de
nível muito alto, que não são descritas nesta rodada de
vida perdidos). Em caso de falha, a concentração é
testes, são capazes de burlar essa regra.
imediatamente quebrada.
Tempo de lançamento
Alguns feitiços são açõ es de três passos, o que significa
que não é possível fazer nada além de lançá-lo no turno
de lançamento. A maioria dos feitiços é mais rápido do
que isso, no entanto. Eles funcionam como açõ es de
dois passos, que permitem que a personagem ainda
realize outra ação no turno, como se mover ou alcançar
um objeto. Alguns poucos feitiços são especialmente
ágeis, iniciados e finalizados com uma ação de um
ú nico passo, e permitem concretizar até outras duas
açõ es durante o mesmo turno.
Feitiços bastante incomuns, como escudo e
contramágica, podem ser lançados com a reação da
qual a personagem dispõ e para aquela rodada. Esse tipo
de feitiço é lançado como resposta a um evento dentro
do jogo, de maneira que o gatilho na descrição do feitiço
deve acontecer antes que ele possa ser lançado.
Em algumas situaçõ es, um feitiço pode ter um tempo
de lançamento prolongado o suficiente para impedir
que comece e termine de ser lançado em um ú nico
turno. Se o tempo de lançamento de um feitiço é
descrito como 1 rodada, o lançamento deve se iniciar

67
 Uma personagem que fique inconsciente por algum
motivo perde a concentração em qualquer feitiço no
qual esteja investida. Além disso, se o místico morre,
qualquer feitiço cuja duração estivesse sendo mantida
pela sua concentração se encerra imediatamente.
Movimento Forçado
Ser arrastado, derrubado, empurrado, agarrado ou ter
seu movimento forçado de qualquer maneira pode
quebrar a concentração se o místico não for bem-
sucedido em um teste de Constituição (NA 15). Se o
movimento forçado também provoca perda de pontos
de vida, apenas um teste é necessário, utilizando o
maior nú mero alvo.
Mau Tempo
Frio e calor extremos, tempestades e outros fenô menos
da natureza igualmente violentos podem quebrar a
concentração se o místico falhar em um teste de
Constituição. O NA pode variar de acordo com a
intensidade do fenô meno (desde 10, para uma noite fria
e chuvosa ao relento, até 25, para uma nevasca
particularmente impiedosa).
Alcance
O alvo de um feitiço deve estar dentro de seu alcance.
Para um feitiço como raio de gelo, o alvo é uma criatura.
Para um feitiço como bola de fogo, o alvo é o ponto no
espaço onde a bola de fogo irá explodir.
A maioria dos feitiços tem alcance expresso em
metros. Alguns feitiços têm como alvo apenas uma
criatura que o místico possa tocar, incluindo ele
pró prio. Outros feitiços, como escudo, afetam apenas o
místico. Esses feitiços têm alcance pessoal.
Feitiços que criam cones ou linhas de efeito que se
originam do místico também têm alcance pessoal,
indicando que o ponto de origem do efeito do feitiço
deve ser ele mesmo.
Uma vez que um feitiço é lançado, seus efeitos não
são limitados por seu alcance, a menos que sua
descrição diga o contrário.
Ferramentas
Embora o elemento definitivo do lançamento de um
feitiço seja a força de vontade envolvida, os místicos
mortais não são capazes de abrir mão de certos
elementos que auxiliam o processo como verdadeiras
muletas em seu trabalho de modificar a realidade
através da magia. Essa âncora física são as ferramentas,
requisitos que o místico deve cumprir para que o
lançamento de um feitiço seja bem-sucedido. A
descrição do feitiço indica se ele possui ferramentas
verbais (V), somáticas (S) ou materiais (M). Se perde o
acesso a uma das ferramentas componentes
necessárias, o místico fica incapaz de lançar aquele
feitiço.
Verbal (V)
A maioria dos feitiços requer que palavras místicas
sejam entoadas. As palavras em si não são a fonte do
poder; em vez disso, a combinação particular de sons,
com altura e ressonância específicas, coloca os fios do
tecido místico da realidade em movimento. Assim, uma
personagem amordaçada ou em uma área sem
propagação de som, como aquela criada pelo feitiço
silêncio, não pode lançar um feitiço que requeira uma
ferramenta verbal.
Somático (S)
Movimentos de lançamento são feitos com as mãos e
podem significar que o místico gesticula
agressivamente ou realiza uma complexa sequência de
gestos. Se um feitiço requer uma ferramenta somática, é
necessário ter ambas as mãos livres de qualquer objeto,
com exceção de ferramentas materiais. Uma
personagem que tenha proficiência em escudos também
pode ter um deles preso ao antebraço enquanto executa
o gestual atrelado a um feitiço.
Material (M)
Como regra, a ferramenta material é o símbolo sagrado
do clérigo ou a arma mística do mago, mas alguns
feitiços pedem objetos específicos com um custo em
peças de ouro.
Ferramentas materiais com custo em ouro podem ser
usadas um nú mero indefinido de vezes, a não ser que o
feitiço especifique que elas serão consumidos como
parte do lançamento, situação na qual o místico deverá
obter o objeto a cada vez em que pretenda lançar o
feitiço.
É preciso ter pelo menos uma mão livre para
manipular a ferramenta material de um feitiço. Uma
personagem que possua proficiência em escudos pode
usar um deles com a mesma mão que utiliza para
segurar a ferramenta material durante o lançamento.
Duração
A duração de um feitiço diz respeito ao tempo durante o
qual produz resultados. A duração pode se expressar
em rodadas, minutos, horas ou mesmo anos. Alguns
feitiços especificam que seus efeitos persistem até que
sejam dissipados ou destruídos.
Quando a duração de um feitiço é especificada em
rodadas, ele chegará ao fim depois que todos os turnos
da rodada forem resolvidos. Um feitiço cuja duração
seja de um instante gera seus efeitos imediatamente e
não pode ser posteriormente dissipado. A não ser que
possa ser revertido por outros meios, seu resultado
será permanente.
Alguns feitiços possuem uma duração máxima, mas,
respeitado esse limite, duram pelo tempo em que o
místico estiver concentrado neles. Isso é especificado
em sua descrição e funciona de acordo com as regras de
concentração apresentadas anteriormente.
Alvo
Um feitiço típico exige que o místico escolha um ou
mais alvos para serem atingidos por seu efeito. A
descrição informa se o feitiço tem como alvo criaturas,
objetos ou um ponto de origem para uma área de efeito
(entre as possibilidades descritas abaixo).
A menos que o efeito seja perceptível, uma criatura
pode não saber que foi alvo de um feitiço. Um efeito
como um relâmpago crepitante é ó bvio, mas um efeito
68
 mais sutil, como uma tentativa de ler pensamentos,
normalmente passa despercebido, a menos que a
descrição do feitiço diga o contrário.
Caminho livre até o alvo
Para escolher um alvo, é necessário ter o caminho livre
até ele, então ele não pode estar sob cobertura total.
Se o místico determinar a área de efeito em um ponto
que não possa ver e um obstáculo, como uma parede,
estiver entre ele e esse ponto, o feitiço se originará na
posição adjacente ao obstáculo, do lado que o místico
de encontrar.
Escolhendo a si mesmo como alvo
Se um feitiço tiver como alvo uma criatura à escolha, é
possível escolher a si mesmo, a menos que a criatura
deva ser hostil ou especificamente uma criatura
diferente. Se estiver dentro da área de efeito de um
feitiço que lançou, o místico pode escolher a si mesmo
como alvo.
Área de Efeito
Feitiços como mãos ardentes e jato cromático cobrem
uma área, permitindo que afetem várias criaturas ao
mesmo tempo.
A descrição de um feitiço especifica sua área de
efeito, que normalmente tem uma entre cinco formas
diferentes: cone, cubo, cilindro, linha ou esfera. Cada
área de efeito tem um ponto de origem, um local de
onde a energia do feitiço irrompe. As regras para cada
forma especificam como posicionar seu ponto de
origem. Normalmente, um ponto de origem é um ponto
no espaço, mas alguns feitiços têm uma área cuja
origem é uma criatura ou um objeto.
O efeito de um feitiço se expande em linhas retas a
partir do ponto de origem. Se nenhuma linha reta
desbloqueada se estender do ponto de origem até um
local dentro da área de efeito, o local não será incluído
na área. Para bloquear uma dessas linhas imaginárias,
um obstáculo deve fornecer cobertura total.
Cone
Um cone se estende em uma direção escolhida a partir
de seu ponto de origem. Sua largura em um
determinado ponto ao longo de seu comprimento é
igual à distância desse ponto ao ponto de origem. A área
de efeito especifica seu comprimento máximo.
O ponto de origem de um cone não está incluído na
área de efeito, a menos que o místico deseje.
Cubo
O místico seleciona o ponto de origem de um cubo, que
fica em qualquer lugar na face do efeito. Seu tamanho é
expresso a partir do comprimento de cada lado.
O ponto de origem de um cubo não está incluído na
área de efeito, a menos que o místico deseje.
Cilindro
O ponto de origem de um cilindro é o centro de um
círculo de um determinado raio, conforme indicado na
descrição do feitiço. O círculo deve estar no chão ou na
altura máxima do efeito. A energia em um cilindro se
expande em linhas retas desde o ponto de origem até o
69
perímetro do círculo, formando a base. O efeito do
feitiço então sobe da base ou desce do topo, a uma
distância igual à altura máxima.
O ponto de origem de um cilindro está incluído na
área de efeito.
Linha
Uma linha se estende desde seu ponto de origem em um
caminho reto até seu comprimento e cobre uma área
definida por sua largura.
O ponto de origem não está incluído na área de efeito
da linha, a menos que o místico deseje.
Esfera
O místico seleciona o ponto de origem de uma esfera e
ela se estende para fora desse ponto. O tamanho da
esfera é expresso como um raio em metros que se
estende a partir da origem.
O ponto de origem de uma esfera está incluído na
área de efeito.
Jogadas de Proteção
Muitos feitiços especificam que um alvo pode fazer
uma jogada de proteção para evitar algum ou todos os
efeitos de sua magia. O feitiço especifica qual é a jogada
de proteção que deve acontecer, assim como o resultado
em caso de sucesso ou falha.
Uma personagem que esteja pelo menos 5 níveis
acima do místico recebe um bô nus de +4 em sua jogada
de proteção. Por outro lado, uma personagem que esteja
pelo menos 5 níveis abaixo do místico sofre uma
penalidade de -4 em sua jogada de proteção.
Ataque
Alguns feitiços exigem que o místico faça um ataque
para determinar se o efeito atingiu o alvo pretendido. O
modificador para um ataque desse tipo é igual ao
modificador de esfera + o modificador de proficiência
do místico na esfera em que aquele feitiço está inserido.
Quando o feitiço envolve um ataque à distância, é
importante lembrar que o jogador tem uma penalidade
de -4 nesse ataque se a personagem estiver adjacente a
uma criatura hostil que possa vê-la, a não ser que ela
esteja incapacitada.
Efeitos Mágicos Combinados
Os efeitos de diferentes feitiços se somam enquanto
suas duraçõ es se sobrepuserem. Os efeitos do mesmo
feitiço lançado várias vezes não se somam, no entanto.
Em vez disso, o efeito mais potente - como o bô nus
mais alto - desses lançamentos se aplica enquanto
ambos estiverem ativos.
Por exemplo, se dois clérigos lançarem bênção sobre
o mesmo alvo, ele ganha o benefício do feitiço apenas
uma vez, e não adiciona +2 às suas jogadas.
Armadura e Feitiçaria
Armadura, não importa qual seja ela, possui um efeito
nefasto sobre a feitiçaria, interferindo em seu
lançamento e fazendo com que ela falhe de forma
taxativa. Quando veste uma armadura com a qual não
possui proficiência, além de outras penalidades
mundanas que venha a sofrer, o místico fica impedido
de concluir o lançamento de feitiços enquanto se
mantiver com o traje. Nem mesmo a estilha é utilizada,
embora nada o impeça de tentar, utilizando sua ação.
Esferas de Feitiçaria
Os feitiços de T&T são divididos em grupos, de acordo
com sua pertinência temática, e a proficiência em um
ou mais grupos é determinada de acordo com a classe
de uma personagem. Esses grupos podem ser chamados
de caminhos, escolas, domínios ou esferas de feitiçaria.
No fim, todos esses nomes se referem à mesma coisa, e
indicam que aventureiros diferentes agregam
competências diferentes a um grupo, considerando que
nem toda esfera é capaz dos mesmos feitos de magia.
Celestial
O domínio que representa a conexão entre o sacerdote e
as formas superiores do universo, sejam elas malignas
ou benignas. Os deuses falam através de várias formas,
algumas delas sutis, outras tão claras quanto o Sol, mas
apenas o clérigo é capaz de perceber cada uma delas em
suas peculiaridades e responder de volta, seja para
buscar forma de fazer sua vontade, seja para pedir a eles
diretamente que intervenham em seu favor. Isso pode ir
desde parar um pequeno sangramento até trazer alguém
de volta do reino dos mortos.
Modificador: +3
Conexões
Através desse domínio, o mago é capaz de, desafiando
as leis da natureza, modificar temporariamente o
funcionamento de pessoas e objetos no espaço,
aumentando ou diminuindo sua aceleração, impedindo
ou forçando seu movimento e alterando o efeito da
gravidade sobre eles. Um iniciante é capaz de acelerar
os pró prios passos por alguns segundos, mas
um arquimago é capaz de parar o
tempo ao seu redor ou criar
portais permanentes ligando
locais distantes no plano
material e fora dele.
Modificador: +1
Consciência
Acredita-se que as
criaturas conscientes
possuem uma alma
particular, não
desenvolvida
plenamente pelos
outros seres vivos.
Através dessa
compreensão, o mago é
capaz de adentrar a mente
de outras criaturas, seja para
descobrir seus segredos, seja
para controlá-la diretamente,
tornando o inimigo em um
vassalo de suas ordens. Um mago
iniciante não faz muito além de atrair
simpatia de outros, mas um mestre da manipulação da
consciência pode hipnotizar multidõ es com seu talento.
Modificador: +2
Elemental
O místico elementalista domina as forças de fogo, água,
terra e ar para utilizá-los contra seus inimigos e em
favor de seus aliados. Desde o treinamento mais básico
até os níveis mais avançados, o domínio elemental tem
como principal foco causar uma ruína de fogo e gelo
aos inimigos, combinando também essas forças para
criar efeitos paraelementais baseados em lama, magma,
raios, neblina, tempestade e poeira.
Modificador: +4
Ilusão
O mago aprende a enganar seus inimigos de muitas
formas, mas nenhuma tão literal quanto a magia de
ilusão, que permite turbar os cinco sentidos e criar
situaçõ es que não estão de fato ali. O ilusionista
iniciante pode não avançar além de jogos de luz e
sombra, mas o verdadeiro mestre da arte é capaz de
criar efeitos quase reais através da manipulação de
matéria sombria invocada de planos exteriores, fazendo
seus inimigos realmente acreditarem que estão sendo
envolvidos em chamas ou arremessados no abismo.
Modificador: +1
Matéria
O mago adquire a capacidade de alterar as propriedades
fundamentais dos objetos inanimados, transformando
chumbo em ouro, mesmo que apenas metaforicamente.
Se algo existe, sua essência pode ser refinada para
alcançar novas propriedades, e esse princípio
fundamental pode ser utilizado para criar objetos a
partir do nada, fabricar engenhos complexos a partir de
rocha nua e forçar portas a se abrirem e
janelas a se fecharem.
Modificador: +2
Morte
O místico se torna capaz
de praticar necromancia
tanto em sua forma
carnal quanto
espiritual. Forças
necró ticas são
colocadas ao seu
alcance para ferir
seus inimigos e
proteger seus
aliados, enquanto os
pró prios habitantes
do mundo dos
mortos vêm
sussurrar segredos
que ele é capaz de
utilizar para planejar
seus pró ximos passos. O
iniciante talvez não seja capaz de
muita coisa além de parar o processo
70
 de putrefação de um cadáver, mas o arquimago pode
condenar uma hoste inteira a uma vida de não morte
sob seu comando.
Modificador: +3
Primal
O místico primal domina não apenas animais e plantas,
mas também toma para si o poder de assumir suas
formas e talentos naturais. Se ninguém é tão capaz
quanto o mago de compreender as mentes dos seres
inteligentes, o pensamento intuitivo dos animais e as
formas totalmente primitivas de comunicação de
plantas e fungos são como um idioma natural para
esses mestres da natureza, que condensam esse
conhecimento na forma de feitiçaria. O principal adepto
da esfera primal é o druida, uma classe que será
descrita em uma rodada de testes futura.
Modificador: +3
Quintessência
O místico manipula as características fundamentais do
mundo ao seu redor através do conhecimento sobre a
matéria prima de todas as coisas, o quinto elemento
que não se encontra normalmente na natureza, também
conhecido como éter, fluxo e mana, entre outros nomes.
Através da compreensão de suas propriedades, o
místico se torna capaz de manipular a pró pria magia,
fazendo cessar ou prolongar seus efeitos, detectando
sua presença ou, com um pouco mais de experiência,
imbuindo suas propriedades em outros.
Modificador: +2

Feitiços
Rotinas Conexões 2º Círculo 3º Círculo
Celestial Passada Rápida Celestial Celestial
Chama Sagrada Reflexos Místicos Augúrio Palavra Curativa
Poupar Moribundo Queda Suave Cegueira/Surdez Remover Maldição
Conexões Consciência Restauração Revivificar
Mão Invisível Compreender Fala Conexões Rogar Maldição
Mensagem Encantar Pessoa Encontrar Armadilhas Conexões
Consciência Heroísmo Escalada de Aranha Clarividência
Amizade Sono Levitação Lentidão
Zombaria Viciosa Elemental Passo Nebuloso Piscar
Elemental Mãos Ardentes Consciência Velocidade
Produzir Chamas Nevoeiro Acalmar Emoções Voo
Raio de Frio Onda Trovejante Cativar Consciência
Toque Chocante Ilusão Detectar Pensamentos Línguas
Ilusão Disfarçar-se Sugestão Matriz Hipnótica
Dardo de Sombras Imagem Silenciosa Elemental Medo
Ilusão Menor Jato Cromático Disparo Gélido Elemental
Matéria Matéria Esfera Flamejante Bola de Fogo
Borrifar Veneno Compreender Escrita Estrondo Muralha de Vento
Reparar Decifrar Matéria Lufada de Vento Raio
Respingo de Ácido Identificar Ilusão Ilusão
Morte Pedras Explosivas Imagem Refletida Imagem Maior
Abraço Macabro Morte Invisibilidade Indetectável
Recobrar Ferimento Infligir Ferimentos Nublar Matéria
Primal Ler a Sina Matéria Mesclar-se à Rocha
Chicote de Espinhos Perdição Arrombar Nuvem Fétida
Shillelagh Primal Localizar Objeto Proteção Contra Energia
Quintessência Amizade Animal Proteção contra Veneno Morte
Demonstração Constrição Silêncio Animar os Mortos
Luz Falar com Animais Morte Falar com os Mortos
Luzes Dançantes Quintessência Mão Espectral Toque Vampírico
Armadura Arcana Raio do Enfraquecimento Primal
1º Círculo Detectar Magia Primal Falar com Plantas
Celestial Escudo de Essência Crescimento de Espinhos Respiração Aquática
Benção Mensageiro Animal Quintessência
Comando Quintessência Contramágica
Curar Ferimentos Arma Encantada Dissipar Magia
Purificar Água e Comida Escuridão

71
 Amizade Animal
Abraço Macabro
1º círculo Primal
Rotina de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S, M
Ferramentas: V, S
Duração: 24 horas
Duração: instantânea
Este feitiço permite que o místico convença um animal
O místico cria um par de mãos esqueléticas e
de que não pretende lhe fazer mal. Ele deve escolher um
fantasmagó ricas junto a uma criatura dentro do alcance
animal que possa ver dentro do alcance, e o animal
e elas imediatamente tentam envolvê-la no abraço frio
também deve ser capaz de ver e ouvir o místico. Se a
da sepultura. Ele deve fazer um ataque mágico à
Inteligência do animal for maior que 3, o feitiço falha
distância contra o alvo, causando 1d8 pontos de dano
automaticamente. Caso contrário, ele deve ser bem-
necró tico e impedindo o alvo de recuperar pontos de
sucedido em uma jogada de proteção contra Ofensiva
vida até o final da pró xima rodada em caso de acerto.
Mental ou ficará encantado enquanto durar o feitiço. Se
O dano aumenta em 1d8 quando o místico alcança o
o místico ou um de seus companheiros ferir o alvo, o
5º nível (2d8).
feitiço termina.
Acalmar Emoções Animar os Mortos
2º círculo de Consciência
3º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: 18 metros
Alcance: 3 metros
Ferramentas: V, S
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Duração: instantânea
O místico tenta suprimir emoçõ es fortes em um grupo
Este feitiço cria um servo morto-vivo. O místico deve
de pessoas. Cada humanoide dentro da esfera de 6
escolher uma pilha de ossos ou um cadáver de um
metros de raio centrada em um ponto dentro do alcance
humanó ide médio ou pequeno dentro do alcance. Seu
do feitiço deve fazer uma jogada de proteção contra
feitiço imbui o alvo com uma imitação de vida,
Ofensiva Mental; uma criatura pode escolher falhar, se
elevando-o a uma criatura morta-viva. O alvo se torna
desejar. Para cada alvo que falhar, o místico escolhe um
um esqueleto se o místico escolher ossos ou um zumbi
dos efeitos a seguir:
se escolher um cadáver.
Ele pode suprimir os efeitos causados a um alvo
Durante seu turno, o místico pode usar uma ação de
enfeitiçado, enfurecido ou amedrontado. Quando este
um passo para comandar mentalmente qualquer
feitiço termina, qualquer efeito suprimido é retomado,
criatura que ele criou com este feitiço se ela estiver a
desde que sua duração não tenha expirado nesse tempo.
até 18 metros. Se tiver mais de uma criatura sob seu
Como alternativa, o alvo pode se tornar indiferente a
controle, ele pode comandar qualquer uma ou todas
uma ou mais criaturas às quais era anteriormente
elas ao mesmo tempo, emitindo um só comando que
hostil. Esta indiferença termina se o alvo for atacado,
todas executarão.
ferido por um feitiço ou se testemunhar quaisquer de
O místico decide qual ação a criatura realizará e para
seus amigos sendo feridos. Quando o feitiço termina, a
onde ela se moverá durante seu pró ximo turno, ou pode
criatura torna-se hostil novamente, a menos que o GM
emitir um comando geral, como guardar uma câmara ou
decida de outra forma.
corredor específico. Se ele não der nenhum comando, a
Amizade criatura apenas se defenderá contra criaturas hostis.
Rotina de Consciência Uma vez dada uma ordem, a criatura continuará a segui-
la até que a tarefa seja concluída ou até que o místico
Tempo de Lançamento: 2 passos utilize uma nova ação para modificar sua diretiva.
Alcance: pessoal A criatura fica sob controle do místico por 24 horas,
Ferramentas: S, M apó s as quais deixa de obedecer a qualquer comando
Duração: concentração, até 1 minuto que ele lhe tenha dado. Para manter o controle da
Enquanto durar o efeito, o místico tem um bô nus de +4 criatura por mais 24 horas, ele deve lançar este feitiço
em todos os testes de Carisma direcionados a uma novamente antes que as 24 horas tenham se passado.
criatura de sua escolha que não seja hostil a ele. Esse uso do feitiço reafirma seu controle e pode ser
Quando o feitiço termina, a criatura percebe que ele usado em até quatro criaturas animadas por ele de cada
usou magia para influenciar seu humor e se torna hostil vez.
ao místico. Uma criatura propensa à violência pode Quando o místico lança este feitiço para animar os
atacá-lo. Outra criatura pode se vingar de outras restos mortais inicialmente, a ferramenta material é um
maneiras (a critério do GM), dependendo da natureza da preparado contendo sangue, pó de ossos e terra de
interação entre o místico e ela. cemitério.

72

Arma Encantada
2º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 hora
Uma arma comum tocada pelo místico se torna mágica,
concedendo um bô nus de +1 em ataques e rolagens de
dano, enquanto durar o feitiço. Esse efeito também
permite que a arma trespasse a resistência de certas
criaturas sobrenaturais ao dano de armas comuns,
mesmo que temporariamente.
Armadura Arcana
1º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: 8 horas
O místico toca uma criatura voluntária que não esteja
usando armadura, e uma força mágica protetora a
envolve enquanto durar o feitiço. O alvo ganha um
bô nus de +4 na CA. O feitiço termina se o alvo vestir
qualquer tipo de armadura ou se o místico dissipar o
feitiço com uma ação de um passo. Empunhar um
escudo não impede o alvo de se beneficiar deste feitiço.
Arrombar
2º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V
Duração: instantânea
Quando o místico lança este feitiço, ele deve escolher
um objeto que possa ver dentro do alcance. O objeto
pode ser uma porta, uma caixa, um baú , um conjunto de
algemas, um cadeado ou outro objeto que contenha um
meio mundano ou mágico que impeça o acesso.
Se o alvo escolhido estiver sendo mantido fechado
por uma fechadura mundana ou estiver preso ou
barrado, ele será desbloqueado, destrancado ou
destravado. Se mais de um recurso tiver sido usado
para proteger o objeto, apenas um deles será afetado por
um ú nico lançamento deste feitiço.
Se o místico escolher um alvo que seja mantido
fechado com um feitiço tranca arcana, ele será
suprimido por 10 minutos, período durante o qual o
objeto poderá ser aberto e fechado normalmente.
Quando o feitiço é lançado, um estrondo audível a
uma distância de até 90 metros, emana do objeto alvo.
Augúrio
2º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
Utilizando uma ferramenta oracular de sua preferência,
o místico recebe um presságio de uma entidade de
73
outro mundo sobre os resultados de um curso de ação
específico que planeja realizar nos pró ximos 30
minutos. O GM escolhe uma das opçõ es a seguir:
Fortuna, para bons resultados
Fracasso, para maus resultados
Fortuna e fracasso, para resultados tanto bons
quanto maus.
Nada, para resultados que não sejam especialmente
bons ou maus.
O feitiço não leva em consideração quaisquer
circunstâncias posteriores que possam alterar o
resultado, como o lançamento de outros feitiços, a
invocação do auxílio de agentes externos ou qualquer
postura que o místico adote justamente com o objetivo
de alterar suas chances iniciais.
Se lançar este feitiço duas ou mais vezes antes de
completar sua pró xima fase de acampamento, há uma
chance cumulativa de 25% para cada lançamento apó s
o primeiro de o místico obter uma leitura aleató ria. O
GM deve fazer esse teste em segredo.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é a pró pria ferramenta oracular escolhida, que
deve ter um valor de no mínimo 25 PO.
Bênção
1º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Murmurando evocaçõ es divinas, o místico abençoa até
três criaturas à sua escolha dentro do alcance. Enquanto
durar o feitiço, elas recebem um bô nus de +1 em
ataques e jogadas de proteção contra efeitos de medo.
Quando lança este feitiço usando uma estilha de 2º
círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo
adicional para cada círculo da estilha acima do 1º.
Bola de Fogo
3º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 45 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
Uma pequena esfera de energia ardente voa das mãos do
místico até um ponto à sua escolha dentro do alcance.
Quando alcança o ponto escolhido ou antes disso, caso
se choque contra um obstáculo pelo caminho, a esfera
eclode com um rugido baixo em uma explosão de
chamas que alcança 6 metros de raio, se espalhando
pelos cantos. Qualquer criatura pega dentro da área
deve realizar uma jogada de proteção contra Ataque em
Á rea, sofrendo 8d6 pontos de dano de fogo em caso de
falha, ou metade disso se for bem-sucedida.
Além de causar danos às criaturas, a explosão ateia
fogo em materiais combustíveis e seu calor derrete
metais menos resistentes como ouro, cobre e prata,
entre outros. Objetos resguardados por uma criatura
bem-sucedida em sua jogada de proteção, assim como
objetos místicos, não são afetados por esse efeito.

Borrifar Veneno
Rotina de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 3 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico estende sua mão em direção a uma criatura
que ele pode ver dentro do alcance e projeta uma nuvem
de gás nocivo de sua palma. O alvo deve fazer uma
jogada de proteção contra Veneno. Em caso de falha,
sofre 1d12 pontos de dano de veneno.
O dano aumenta em 1d12 quando o místico alcança o
5º nível (2d12).
Cativar
2º círculo de Consciência
Tempo de lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 1 minuto
O místico desencadeia uma série de palavras, na
verdade uma formulação mágica capaz de roubar a
atenção, fazendo com que criaturas de sua escolha que
ele possa ver dentro do alcance e que possam ouvi-lo
façam uma jogada de proteção contra Ofensiva Mental.
Criaturas imunes a encantamento são automaticamente
bem-sucedidas. Se o místico ou seus companheiros
estiverem lutando contra uma criatura, ela tem um
bô nus de +4 em sua jogada de proteção. Se falhar, um
alvo é considerado distraído para açõ es de ocultação de
qualquer criatura além do místico até que o feitiço
termine ou até que não possa mais ouvi-lo.
A feitiço chega ao fim de forma prematura se o
místico for incapacitado ou não puder mais falar.
Cegueira/Surdez
2º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 hora
O místico entrega a vingança divina na forma de
cegueira ou surdez para uma criatura que possa ver
dentro do alcance do feitiço. O alvo deve ser bem-
sucedido em uma jogada de proteção contra Feitiçaria
ou ficará cego ou surdo (escolha do místico) pela
duração do feitiço.
Se o feitiço terminar antes que 1 hora tenha se
passado, o alvo recuperará o sentido. Caso contrário, ele
ficará cego ou surdo até que a condição seja removida
por um feitiço restauração ou remover maldição.
Chama Sagrada
Rotina Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico invoca uma irradiação similar a uma chama,
que desce sobre uma criatura que ele possa ver dentro
do alcance do feitiço. Ele deve fazer um ataque mágico à
distância contra o alvo, causando 1d8 pontos de dano
radiante em caso de acerto.
De forma alternativa, ele pode fazer com que a
irradiação se sobreponha sobre uma arma que está
segurando. Se o fizer, como parte do lançamento, ele
pode fazer um ataque mágico corpo a corpo contra uma
criatura ao seu alcance. Em caso de acerto, a arma causa
dano radiante, em vez do seu dano comum.
Independente do modo adotado para lançar o feitiço,
o dano aumenta em 1d8 quando o místico alcança o 5º
nível (2d8).
Chicote de Espinhos
Rotina Primal
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
O místico cria um chicote de vinhas coberto de
espinhos que imediatamente ataca uma criatura dentro
do alcance. Ele deve realizar um ataque mágico corpo a
corpo contra o alvo, causando 1d6 pontos de dano de
perfuração e puxando um alvo de tamanho grande ou
menor até três metros em sua direção, se acertar.
O dano aumenta em 1d6 quando o místico alcança o
5º nível (2d6).
Clarividência
3º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 10 minutos
Alcance: 2 quilô metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
O místico cria um sensor invisível dentro do alcance
em um local com o qual está familiarizado (um lugar
que visitou ou viu antes) ou em um local ó bvio que não
lhe é familiar (como atrás de uma porta, virando a
esquina ou em um bosque). O sensor permanece no
lugar enquanto durar o feitiço e não pode ser atacado ou
interagir de qualquer forma.
Ao lançar o feitiço, o místico escolhe ver ou ouvir, e
pode usar o sentido escolhido através do sensor, como
se estivesse no lugar. Uma vez por rodada, como uma
ação de dois passos, ele pode alternar entre ver e ouvir.
Uma criatura que possa ver o sensor (como alguém
sob o efeito de ver o invisível ou visão da verdade) vê
um orbe luminoso intangível do tamanho do punho do
pró prio místico.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é um foco de vidência específico, cuja
produção não consome menos de 100 PO. Espelhos e
bolas de cristal são usados pela maior parte dos
místicos, mas variaçõ es culturais são comuns.
74
 Compreender Escrita
Comando
1º círculo de Matéria
1º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Ferramentas: V
Duração: 1 hora
Duração: 1 rodada
Enquanto durar o feitiço, o místico é capaz de
O místico dá um comando de uma só palavra para uma
compreender o significado de qualquer texto, desde que
criatura que ele possa ver dentro do alcance. O alvo
possa ver e tocar a superfície em que o registro está.
deve ser bem sucedido em uma jogada de proteção
O feitiço permite que ele compreenda até uma página
contra Ofensiva Mental ou seguir o comando durante
de texto por minuto, mas não auxilia na decodificação
seu pró ximo turno. O feitiço não tem efeito se o alvo for
de mensagens secretas, glifos e outras formas de
um morto-vivo, se não puder ouvir ou compreender as
comunicação que não caracterizem um idioma.
palavras do místico, ou se o comando for diretamente
prejudicial a ele. Compreender Fala
Alguns comandos típicos e seus efeitos são descritos 1º círculo de Consciência
a seguir. Outros comandos são possíveis, mas cabe ao
GM determinar como o alvo se comporta. Se o alvo não Tempo de Lançamento: 3 passos
conseguir seguir um comando, o feitiço termina. Alcance: pessoal
Fuja. O alvo passa seu turno afastando-se do místico Ferramentas: S, M
pelos meios mais rápidos disponíveis. Duração: 1 hora
Largue. O alvo larga tudo o que está segurando e Enquanto durar o feitiço, o místico é capaz de
termina seu turno. compreender o significado de qualquer língua falada ou
Pare. O alvo não se move e não realiza qualquer ação. gesticulada que ele puder ouvir ou ver.
Uma criatura voadora permanece no ar, desde que seja Este feitiço não é capaz de decodificar formas de
capaz de fazê-lo. Se precisar se mover para permanecer comunicação secretas que não são parte de um dialeto
no ar, ela voará a distância mínima necessária para isso. propriamente, como a gíria dos ladrõ es.
Rasteje. O alvo cai no chão e termina seu turno.
Venha. O alvo se move em direção ao místico pela Constrição
rota mais curta e direta disponível, terminando seu 1º círculo Primal
turno quando estiver adjacente a ele. Tempo de Lançamento: 2 passos
Quando lança este feitiço usando uma estilha do 2º Alcance: 27 metros
círculo ou superior, o místico pode afetar uma criatura Ferramentas: V, S
adicional para cada círculo da estilha acima do 1º. Duração: concentração, até 1 minuto

75
Ervas daninhas e trepadeiras brotam do solo em um
quadrado de 6 metros, começando em um ponto dentro
do alcance. Enquanto durar o feitiço, essas plantas
transformam o solo da área em terreno difícil.
Quando o místico lança o feitiço, qualquer criatura na
área deve ser bem sucedida em uma jogada de proteção
contra Paralisação ou será agarrada pelas plantas
emaranhadas até que o feitiço termine. Uma criatura
agarrada dessa maneira pode usar uma ação de dois
passos para ter direito a uma nova jogada de proteção, e
se liberta se for bem-sucedida.
As plantas murcham assim que o feitiço termina e se
decompõ em na terra alguns minutos depois disso.
Contramágica
3º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 1 reação
Alcance: 18 metros
Ferramentas: S
Duração: instantânea
O místico tenta interromper outra criatura no processo
de lançar um feitiço. Se a criatura estiver lançando um
feitiço de 3º círculo ou inferior, o feitiço falha. Se
estiver lançando um feitiço de 4º círculo ou superior,
ela deve ser bem-sucedida em uma jogada de proteção
contra Feitiçaria ou o feitiço falha.
Crescimento de Espinhos
2º círculo Primal
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 45 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
O chão em um raio de 6 metros centrado em um ponto
dentro do alcance se contorce e brota espinhos duros.
A área se torna terreno difícil enquanto durar o
feitiço. Quando uma criatura adentra a área ou se move
dentro dela, ela sofre 2d4 pontos de dano perfurante
para cada 1,5 metro que percorrer.
A transformação do solo é camuflada para parecer
natural. Qualquer criatura que não possa ver a área no
momento em que o feitiço é lançado deve fazer um teste
de Sabedoria com NA 20 para reconhecer o terreno
como perigoso antes de entrar nele.
Curar Ferimentos
1º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
Uma criatura tocada pelo místico é preenchida com
ânimo e vitalidade novos, recuperando 2d6 pontos de
vida. Este feitiço não tem efeito sobre mortos-vivos ou
construtos. O místico pode utilizar até dois passos
adicionais para lançar esse feitiço. Para cada passo
adicional, ele escolhe uma das modificaçõ es a seguir:
Alcance. Ele pode usar o feitiço em um alvo distante
até 9 metros.
Potência. A quantidade de pontos de vida
recuperados aumenta para 2d10.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 2º círculo ou superior, o nú mero de pontos
de vida recuperados aumenta em um dado (d6 ou d10)
para cada círculo da estilha acima do 1º.
Dardo de Sombras
Rotina de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, M
Duração: instantânea
Costurando a partir das sombras ao seu redor, o místico
cria um projétil quase real e o arremessa em direção ao
alvo, como se fosse um dardo verdadeiro. O alvo deve
fazer uma jogada de proteção contra Ilusão. Em caso de
falha, sofre 1d6 pontos de dano psíquico e uma
penalidade de -2 em jogadas de proteção contra feitiços
lançados pelo místico até o final da pró xima rodada.
O dano aumenta em 1d6 quando o místico alcança o
5º nível (2d6).
Decifrar Matéria
1º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: 1 minuto
O místico segura um objeto inanimado e suas
propriedades vão sendo reveladas em sua mente. Assim
que completa o lançamento ele pode revelar uma
propriedade à sua escolha. A cada rodada seguinte, pela
duração do feitiço, ele pode revelar uma propriedade
adicional com uma ação de um passo, mas não mais de
uma propriedade a cada rodada.
É possível descobrir se um alimento está
envenenado, se a água de um poço está contaminada, de
que uma moeda é feita ou sua idade aproximada, entre
outras características físicas. Se o feitiço revela a
presença de um veneno ou doença, o místico não é
capaz de determinar seu nome, mas compreende o risco
que representa. Um objeto danificado, como um eixo
pronto para se partir assim que o vagão entrar em
movimento, mostrará essa condição, e um tecido pode
indicar que a mancha vermelha não foi produzida com
sangue de verdade.
Este feitiço não é capaz de revelar se um item é
mágico ou indicar propriedades que não estão na
substância física, mas um efeito de magia que produza
alteraçõ es físicas, como uma espada estranhamente
leve, pode dar indicaçõ es sobre a natureza do objeto.
Demonstração
Rotina de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 3 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 1 hora
76
 O místico demonstra capacidade de manipular nos
níveis mais triviais as forças que produzem a magia no
universo. Esse feitiço reú ne uma série de pequenos
truques que místicos iniciantes costumam aprender
como parte de seu treinamento, e pode variar entre as
diferentes tradiçõ es de feitiçaria.
Exemplos de efeitos que podem ser produzidos
incluem fazer flores desabrocharem ou sementes
germinarem instantaneamente, projetar a pró pria voz
com mais potência ou tornar a pró pria sombra mais
ameaçadora, eliminar a sujeira de uma mesa ou peça de
roupa, acender ou apagar uma vela, entre outros. Como
regra, no entanto, se uma ação é capaz de causar dano
ou influenciar as rolagens do místico e de outras
criaturas, ela não pode ser realizada com o feitiço.
O místico é capaz de lançar esse feitiço mú ltiplas
vezes, mantendo até três efeitos ativos de cada vez.
Detectar Magia
1º círculo de Essência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 10 minutos
Enquanto durar o feitiço, o místico sente a presença de
qualquer efeito mágico que esteja a até 9 metros dele,
incluindo itens mágicos e criaturas sob efeito de algum
feitiço.
Se sentir a presença de magia com este feitiço, o
místico pode usar uma ação de dois passos para refinar
sua busca, identificando a aura de magia que emana
especificamente de criaturas ou objetos visíveis na área.
Ele também identifica a esfera de feitiçaria à qual
pertence o efeito em cada aura, se houver uma.
77
Este feitiço pode penetrar a maioria das barreiras,
mas é bloqueado por 30 centímetros de pedra, 2,5
centímetros de metal comum, uma folha fina de
chumbo ou 90 centímetros de madeira ou terra.
Detectar Pensamentos
2º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Pela duração do feitiço, o místico pode ler os
pensamentos de certas criaturas. Quando lança o feitiço
e como uma ação de dois passos a cada turno posterior,
ele pode focar sua mente em qualquer criatura que
possa ver a até 9 metros. Se a criatura que ele escolher
tiver Inteligência 3 ou inferior ou não falar nenhum
idioma, ela não será afetada.
Inicialmente é possível ter conhecimento dos
pensamentos superficiais da criatura – o que está mais
em sua mente naquele momento. Como uma ação de
dois passos, o místico pode redirecionar sua atenção
para os pensamentos de outra criatura ou tentar
investigar mais profundamente a mente da mesma
criatura. Se ele optar por investigar mais
profundamente, o alvo deve fazer uma jogada de
proteção contra Ofensiva Mental. Se falhar, o místico
conseguirá ter uma boa compreensão de seu raciocínio
(se houver), seu estado emocional e algo que paira em
sua mente (como algo que o preocupa, ama ou odeia).
Se tiver sucesso, o feitiço termina. De qualquer forma, o
alvo sabe que sua mente está sendo investigada pelo
místico. A menos que ele mude sua atenção para os
pensamentos de outra criatura, esse alvo pode usar uma
ação de dois passos no seu turno para fazer um teste de
Inteligência resistido contra o místoco. Se o alvo vencer,
o feitiço termina.
O feitiço também pode ser utilizado para detectar a
presença de criaturas pensantes que o místico não
possa ver. Quando ele lança o feitiço ou como uma ação
de dois passos num turno posterior, ele pode procurar
pensamentos a até 9 metros. O feitiço é capaz de
penetrar barreiras, mas 60 centímetros de rocha, 5
centímetros de qualquer metal que não seja chumbo ou
uma fina folha de chumbo bloqueiam seu efeito. Não é
possível detectar uma criatura com Inteligência 3 ou
inferior ou que não fale nenhum idioma.
Depois de detectar a presença de uma criatura dessa
maneira, o místico poderá ler seus
pensamentos enquanto durar o feitiço,
da forma descrita acima, mesmo que
não possa vê-la, se ela permanecer
dentro do alcance.
Disfarçar-se
1º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 1 hora
O místico muda sua aparência – incluindo suas roupas,
armaduras, armas e outros pertences – pela duração do
feitiço ou até que ele o dissipe com uma ação de um
passo. Ele pode parecer 30 centímetros mais baixo ou
mais alto e pode parecer magro, gordo ou algo entre
uma coisa e outra. Ele não pode mudar elementos
básicos de sua anatomia (assumir o disfarce de um
quadrú pede ou de uma criatura de tentáculos, por
exemplo), mas é livre para determinar os demais
aspectos da ilusão.
As mudanças provocadas por este feitiço não
resistem à inspeção física. Por exemplo, se o místico
usar este feitiço para adicionar um chapéu à sua roupa,
objetos passarão através do chapéu, e qualquer um que
o tocar não sentirá nada ou sentirá sua cabeça e seu
cabelo. Se ele usar esse feitiço para parecer ter um porte
menor do que a realidade, uma pessoa perceberá a
presença de seu corpo mesmo que em teoria esteja
segurando o ar.
Uma criatura pode usar uma ação de dois passos para
inspecionar o místico e, se for bem-sucedida em uma
jogada de proteção contra Ilusão, percebe o truque. Caso
o místico interaja com o ambiente ou os indivíduos ao
seu redor de forma suspeita, alguém que esteja olhando
em sua direção pode fazer essa jogada de proteção
como uma ação livre.
Disparo Gélido
2º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico cria três raios de energia congelante e os
lança contra alvos dentro do alcance. Ele pode
arremessá-los contra um alvo ou vários, mas todos os
raios devem ser disparados ao mesmo tempo.
Ele deve fazer um ataque mágico à distância para
cada raio, causando 2d6 pontos de dano de frio em caso
de acerto.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 3º círculo ou superior, ele pode criar e
disparar um raio adicional para cada círculo da estilha
acima do 2º.
Dissipar Magia
3º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico escolhe uma criatura, objeto ou área de três
metros de raio dentro do alcance. Qualquer feitiço de 3º
círculo ou inferior que esteja ativo no alvo termina. Para
cada feitiço de 4º círculo ou superior que esteja ativo no
alvo, o místico deve fazer um teste de Misticismo com
NA igual igual a 10 + o círculo do feitiço. Se obtiver
sucesso, o feitiço termina. Diferente do uso regular da
perícia, é possível fazer esse teste mesmo que a
personagem não seja proficiente.
O GM pode determinar que um efeito mágico não
derivado de um feitiço pode ser encerrado com dissipar
magia. Se o fizer, ele deve determinar qual é o NA do
teste de Misticismo para que o místico consiga encerrar
o efeito.
Encantar Pessoa
1º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 1 hora
O místico tenta encantar um humanoide que ele possa
ver ao seu alcance. O alvo deve fazer uma jogada de
proteção contra Ofensiva Mental, recebendo um bô nus
de +4 na rolagem se estiver em combate contra o
místico ou seus aliados. Se falhar, ficará encantado até
que o feitiço termine ou até que o místico ou seus
aliados façam algo prejudicial a ele. A criatura
encantada não passa a tratar o místico automaticamente
como um amigo íntimo, mas como um conhecido
amistoso. Quando o feitiço termina, ela sabe que estava
encantada e por quem.
Quando lança este feitiço usando uma estilha de 2º
círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo
adicional para cada círculo da estilha acima do 1º.
Encontrar Armadilhas
2º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico sente a presença de qualquer armadilha
dentro do alcance que esteja vinculada a um objeto ou
passagem que ele possa enxergar.
Uma armadilha, para o propó sito deste feitiço, inclui
qualquer coisa que possa infligir um efeito repentino ou
inesperado e em geral considerado prejudicial ou
indesejável, e que foi especificamente concebido como
tal por seu criador. Assim, o feitiço é capaz de sentir a
área de uma armadilha mecânica, mas não revela uma
fraqueza natural no chão ou um teto instável.
Este feitiço apenas revela que uma armadilha está
presente. O místico não descobre a localização de cada
armadilha, mas descobre a natureza geral do perigo
representado por uma armadilha percebida.
Escalada de Aranha
2º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 hora
Até o feitiço terminar, uma criatura voluntária tocada
pelo místico ganha a habilidade de se mover para cima,
para baixo e através de superfícies verticais e de cabeça
para baixo ao longo de tetos, deixando suas mãos livres.
O alvo também ganha deslocamento de escalada igual
ao seu deslocamento de caminhada.
78

Escudo de Essência
1º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
Um campo cintilante aparece e envolve uma criatura à
escolha do místico dentro do alcance, concedendo-lhe
um bô nus de +2 na CA enquanto durar o feitiço.
Escuridão
2º círculo de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 10 minutos
Uma escuridão mágica se espalha a partir de um ponto
que o místico escolher dentro do alcance para
preencher uma esfera de 4,5 metros de raio pela
duração do feitiço. A escuridão se espalha pelos cantos,
obscurecendo a visão inclusive de criaturas capazes de
enxergar no escuro, além de suprimir a iluminação
produzida por qualquer fonte de luz mundana.
Se o ponto escolhido estiver em um objeto que o
místico esteja segurando ou que não esteja sendo usado
ou carregado, a escuridão emanará do objeto e se
moverá com ele. Cobrir completamente esse objeto com
algo opaco, como uma tigela ou elmo, suprime o efeito
do feitiço.
Se alguma área deste feitiço se sobrepõ e a uma área
de luz criada por um feitiço de 1º círculo ou inferior, o
feitiço que criou a luz é dissipado.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 3º círculo ou superior em uma área de luz
criada por um feitiço de círculo inferior ao da estilha
usada, o feitiço que criou a luz é dissipado.
Esfera Flamejante
2º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Uma esfera de fogo de 1,5 metro de diâmetro aparece
em um espaço desocupado, à escolha do místico,
dentro do alcance e permanece pela duração do feitiço.
Qualquer criatura que terminar seu turno a até 1,5
metro da esfera deve realizar uma jogada de proteção
contra Ataque em Á rea. Ela sofre 2d6 pontos de dano de
fogo se falhar, ou metade do dano se for bem-sucedida.
Como uma ação de um passo, o místico pode mover a
esfera até 9 metros. Se movimentá-la para colidir contra
uma criatura, a esfera termina seu movimento da
rodada e o alvo deve realizar uma jogada de proteção
contra o ataque flamejante, da forma descrita acima.
Ao mover a esfera, o místico pode direcioná-la para
passar por cima de barreiras de até 1,5 metro de altura e
saltar sobre buracos de até 3 metros de largura. Ela
incendeia objetos inflamáveis que não estejam sendo
79
usados ou carregados e emite luz brilhante em um raio
de 6 metros e luz fraca por mais 6 metros adicionais.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 3º círculo ou superior, o dano causado
aumenta em 1d6 para cada círculo acima do 2º.
Estrondo
2º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
Um barulho repentino e alto, dolorosamente intenso,
irrompe de um ponto à escolha do místico dentro do
alcance. Cada criatura em uma esfera de 3 metros de
raio centrada naquele ponto deve realizar uma jogada de
proteção contra Ataque em Á rea. Uma criatura sofre 3d8
pontos de dano trovejante se falhar, ou metade desse
dano se for bem-sucedida. Seres feitos de material
inorgânico como pedra, cristal ou metal sofrem uma
penalidade de -4 nessa jogada.
Um objeto comum dentro da área que não esteja
sendo usado ou carregado sofre o dano completo do
feitiço, sem uma jogada de proteção. Objetos mágicos
sofrem dano de forma semelhante, mas têm direito a
uma jogada de proteção para reduzir o dano à metade.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 3º círculo ou superior, o dano causado
aumenta em 1d8 para cada círculo acima do 2º.
Falar com Animais
1º círculo Primal
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 10 minutos
O místico adquire a capacidade de compreender e se
comunicar verbalmente com animais enquanto durar o
feitiço. O conhecimento e a consciência de muitos
animais é limitada por sua inteligência, mas, no
mínimo, eles podem fornecer informaçõ es sobre locais
pró ximos e monstros, incluindo eventos fora do normal
que tenham notado há menos de um dia.
O místico pode eventualmente persuadir um animal a
fazer-lhe pequenos favores, mas os termos e
funcionamento dessa negociação são analisados caso a
caso, com a ajuda do GM.
Falar com os Mortos
3º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 3 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: 10 minutos
O místico concede a aparência de vida e inteligência a
um cadáver de sua escolha dentro do alcance,
permitindo-lhe responder às perguntas que o místico
faz. O cadáver ainda deve ter boca e não pode ser um
morto-vivo. A feitiço falha se o mesmo cadáver foi alvo
nos ú ltimos 10 dias.
Enquanto durar o feitiço, o místico pode fazer até cinco
perguntas ao cadáver. Ele sabe apenas o que sabia em
vida, incluindo idiomas nos quais podia se comunicar.
As respostas geralmente são breves, enigmáticas ou
repetitivas, e o cadáver não é obrigado a oferecer uma
resposta verdadeira se o místico for hostil ou se ele o
reconhecer como inimigo. Este feitiço não retorna a
alma da criatura, apenas uma centelha ínfima da forma
vital que animava seu corpo. Assim, o cadáver não
consegue aprender novas informaçõ es, não compreende
nada do que aconteceu desde que morreu e não pode
especular sobre acontecimentos futuros.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é uma oferenda compatível com o
temperamento do morto, que pode ser algo tão simples
quanto uma caneca de cerveja para um anão ou tão
complexo quanto um incenso raro para um sacerdote. A
oferenda é consumida durante o lançamento.
Falar com Plantas
3º círculo Primal
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 10 minutos
O místico imbui plantas até 9 metros ao seu redor com
senciência e movimento limitados, dando-lhes a
capacidade de se comunicarem com ele e seguirem seus
comandos simples. O místico pode questionar as
plantas sobre eventos ocorridos em sua proximidade no
dia anterior, obtendo informaçõ es sobre criaturas que
passaram, clima e outras circunstâncias.
Ele também pode transformar terrenos difíceis
causados pelo crescimento de plantas (como matagais e
vegetação rasteira) em terrenos comuns enquanto durar
o feitiço, ou transformar um terreno comum onde as
plantas estão presentes em um terreno difícil, fazendo
com que trepadeiras e galhos atrapalhem seus
perseguidores, por exemplo.
As plantas podem realizar outras tarefas em favor do
místico, a critério do GM. O feitiço não permite que elas
se desenraízem e se movam, mas elas podem mover
galhos, gavinhas e caules, nos limites da área ocupada,
ou liberar um alvo de constrição
Se uma planta senciente estiver na área, o místico
pode se comunicar com ela como se compartilhassem
uma linguagem comum, mas não ganha nenhuma
habilidade mágica para influenciá-la.
Heroísmo
1º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico imbui uma criatura voluntária de bravura. Até
que o feitiço termine, ela fica imune a ser amedrontada
e ganha 15 pontos de vida temporários, que
desaparecem quando o feitiço chega ao fim.
Quando lança este feitiço usando uma estilha de 2º
círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo
adicional para cada círculo acima do 1º.
Identificar
1º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
O místico escolhe um objeto que deve estar tocando
enquanto lança o feitiço. Se for um item mágico ou
algum outro objeto imbuído de magia, ele aprenderá
suas propriedades e como usá-las, saberá se é
necessário se harmonizar com o objeto e quantas cargas
ainda possui, se for um item de uso limitado.
Ele aprende também se algum feitiço está afetando o
item e qual é. Se o item foi criado por magia, o místico
saberá dizer quais feitiços, se algum, foram usados em
sua criação.
Se, em vez disso, ele tocar uma criatura durante o
lançamento, aprenderá quais feitiços, se algum, a estão
afetando naquele momento.
Ilusão Menor
Rotina de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: S, M
Duração: 1 minuto
O místico cria um som ou uma imagem de um objeto
dentro do alcance que permanece pela duração do
feitiço. O feitiço também termina se a ilusão for
dissipada pelo místico com uma ação de um passo ou
se ele lançá-lo novamente.
Se criar um som, seu volume poderá variar de um
sussurro a um grito. Pode ser a voz do místico, de outra
pessoa, o rugido de um leão, a batida de um tambor ou
qualquer outro som a seu critério. O som continua por
toda a duração, ou o místico pode alterá-los a cada
rodada, com uma ação de um passo.
Se criar a imagem de um objeto - como uma cadeira,
pegadas enlameadas ou um pequeno baú - a ilusão não
deverá ser maior que um cubo de 1,5 metro. A imagem
não cria som, luz, cheiro ou qualquer outra ilusão
sensorial para acompanhá-la.
A interação física com a imagem revela que ela é uma
ilusão, pois coisas podem passar por ela. Uma criatura
pode usar uma ação de dois passos para inspecionar a
imagem e, se for bem-sucedida em uma jogada de
proteção contra Ilusão, percebe o truque.
Imagem Maior
3º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
80
 O místico cria a imagem de um objeto, uma criatura ou
algum outro fenô meno visível que não seja maior que
um cubo de 6 metros. Ela aparece em um local que
esteja dentro do alcance do feitiço e de seu campo de
visão e parece completamente real, incluindo sons,
cheiros e temperatura apropriados à coisa retratada. O
calor, o frio, as ondas sonoras e os cheiros percebidos
através da ilusão não são suficientes para causar mal
diretamente a outras criaturas, mas podem fazê-lo
indiretamente (projetando um objeto do qual o alvo
possui um medo irracional, por exemplo).
Enquanto estiver ao alcance da ilusão, o místico pode
usar uma ação de dois passos para fazer com que a
imagem se mova para qualquer outro local dentro do
alcance. À medida que a imagem se desloca, ele pode
alterar sua aparência para que seus movimentos
pareçam naturais. Se ele criar a imagem de uma criatura
e movê-la, por exemplo, ele poderá alterar a imagem
para que pareça estar caminhando. Da mesma forma,
ele pode fazer com que a ilusão emita sons diferentes
em momentos diferentes, até mesmo fazendo com que
ela mantenha um diálogo com um observador
desavisado.
A interação física com a imagem revela que se trata
de uma ilusão, pois coisas podem passar por ela. Uma
criatura pode usar uma ação de dois passos para
inspecionar a imagem e, se for bem-sucedida em uma
jogada de proteção contra Ilusão, percebe o truque.
Imagem Refletida
2º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 1 minuto
Três duplicatas ilusó rias do místico aparecem em seu
espaço. Até o feitiço terminar, as duplicatas se movem
com ele e imitam suas açõ es, mudando de posição para
que seja impossível rastrear quem é a pessoa real. O
místico pode dissipá-las com uma ação de um passo.
Enquanto durar o feitiço, a cada vez que o místico
seria atacado, o jogador rola 1d20 para determinar se o
ataque em vez de atingi-lo não é direcionado a uma das
suas duplicatas.
Se ainda houver três duplicatas, o jogador deve tirar 6
ou mais para alterar o alvo do ataque para uma
duplicata. O nú mero necessário aumenta se houver
menos duplicatas: 8 ou mais com duas e 11 ou mais
com uma.
A CA de uma duplicata é igual a 10 + o modificador de
Destreza do místico, mesmo que ele esteja usando
algum tipo de aramadura ou qualquer outro item de
proteção. Se um ataque atingir uma duplicata, ela será
destruída.
As ilusõ es só podem ser destruídas por um ataque
que as atinja, e ignoram todos os outros danos, como
aqueles causados por efeitos de área. O feitiço termina
quando não restar nenhuma delas.
81
Imagem Silenciosa
1º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
O místico cria a imagem de um objeto, uma criatura ou
algum outro fenô meno visível que não seja maior que
um cubo de 4,5 metros. A imagem aparece em um ponto
dentro do alcance e permanece pela duração do feitiço.
A ilusão é puramente visual; não é acompanhada por
som, cheiro ou outros efeitos sensoriais.
O místico pode usar sua ação para fazer com que a
imagem se mova para qualquer local dentro do alcance.
À medida que a imagem muda de local, ele pode alterar
sua aparência para que seus movimentos pareçam
naturais. Por exemplo, se criar a imagem de uma
criatura e movê-la, ele poderá alterar a imagem para que
pareça estar andando.
A interação física com a imagem revela que ela é uma
ilusão, pois coisas podem passar por ela. Uma criatura
pode usar uma ação de dois passos para inspecionar a
imagem e, se for bem-sucedida em uma jogada de
proteção contra Ilusão, percebe o truque.
Indetectável
3º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: 24 horas
O místico esconde o alvo tocado de qualquer feitiçaria
capaz de prover informaçõ es a seu respeito. Este feitiço
pode ser lançado sobre uma criatura voluntária ou um
lugar ou objeto de não mais de 3 metros em qualquer
dimensão. Enquanto durar o feitiço, o alvo, sua
natureza, pensamentos ou posição não podem ser
revelados com magia ou percebidos através de sensores
mágicos de vidência.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é um bom punhado de pó de diamante jogado
sobre o alvo. Uma porção adequada pode ser preparada
por um joalheiro ou adquirida por 25 PO, e é consumida
durante o lançamento.
Infligir Ferimentos
1º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico aflige uma criatura com o toque da morte. Ele
deve fazer um ataque mágico corpo a corpo contra o
alvo, causando 3d10 pontos de dano necró tico em caso
de acerto. Este feitiço não tem efeito sobre mortos-
vivos ou construtos.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 2º círculo ou superior, o dano causado
aumenta em 1d10 para cada círculo acima do 1º.
 metade ou um quarto de seus pontos de vida; se está
Invisibilidade maculada ou intoxicada; se está afetada por algum efeito
2º círculo de Ilusão capaz de causar dano de forma continuada ou provocar
Tempo de Lançamento: 2 passos sua morte de forma direta.
Alcance: 3 metros Este feitiço não tem efeito sobre mortos-vivos ou
Ferramentas: V, S, M construtos.
Duração: concentração, até 1 hora Levitação
Uma criatura que o místico toca torna-se invisível 2º círculo de Conexões
enquanto durar o feitiço. Qualquer coisa que o alvo
esteja vestindo ou carregando fica invisível enquanto Tempo de Lançamento: 2 passos
estiver com ele. O feitiço termina para um alvo que Alcance: toque
ataque ou lance um feitiço. Ferramentas: V, S
Quando lança este feitiço usando uma estilha de 3º Duração: concentração, até 10 minutos
círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo Uma criatura ou objeto à escolha do místico que ele
adicional para cada círculo da estilha acima do 2º. possa ver dentro do alcance sobe verticalmente, até 6
metros, e permanece suspenso ali enquanto durar o
Jato Cromático feitiço. É possível levitar um alvo de até 250 quilos.
1º círculo de Ilusão Uma criatura que não queira ser afetada pode fazer uma
Tempo de Lançamento: 2 passos jogada de proteção contra Paralisação, evitando o efeito
Alcance: pessoal em caso de sucesso.
Ferramentas: V, S, M O alvo só pode se mover empurrando ou puxando um
Duração: 1 rodada objeto fixo ou superfície ao seu alcance (como uma
parede ou teto), o que lhe permite mover-se como se
Uma extraordinária variedade de luzes coloridas e estivesse escalando. Você pode alterar a altitude do alvo
piscantes brota das mãos do místico. Criaturas em um em até 6 metros em qualquer direção no seu turno. Se
cone de 4,5 metros à sua frente devem realizar uma você for o alvo, poderá subir ou descer como parte do
jogada de proteção contra Ilusão. Em caso de falha, uma seu movimento. Caso contrário, você pode usar sua
criatura fica cega até o final de seu pró ximo turno. ação para mover o alvo, que deve permanecer dentro do
Criaturas que não possam enxergar ou que estejam alcance do feitiço.
inconscientes no momento do lançamento não são
Quando o feitiço termina, o alvo flutua suavemente
afetadas. Criaturas de 7º nível ou superior só são
até o chão se ainda estiver no ar.
afetadas se sua Inteligência for inferior a 6.
Lentidão
3º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico altera o tempo ao redor de até seis criaturas
de sua escolha em um cubo de 12 metros dentro
do alcance. Cada alvo deve ser bem-sucedido
em uma jogada de proteção contra Feitiçaria
ou ficará retardado enquanto durar o feitiço.
Uma criatura afetada pode fazer uma nova
jogada de proteção ao final de cada um de seus
turnos. Se for bem-sucedida, o feitiço termina para ela.
Ler a Sina
1º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: Instantânea
Concentrando-se em uma criatura que ele possa ver
dentro do alcance do feitiço, o místico é capaz de
discernir quão pró xima ela se encontra da morte
naquele momento, aprendendo as seguintes
informaçõ es a seu respeito: se ela está contaminada por
alguma doença e quão grave e contagiosa é a moléstia;
caso ela esteja ferida, se possui menos de três quartos,

82

Línguas
3º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: 1 hora
Este feitiço concede à criatura tocada pelo místico a
habilidade de compreender qualquer idioma falado que
ouça. Além disso, quando o alvo fala, qualquer criatura
que conheça pelo menos um idioma e possa ouvir o
alvo entende o que ele diz.
Localizar Objeto
2º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 10 minutos
O místico descreve ou nomeia um objeto com o qual
está familiarizado. Ele sente a direção de sua
localização, desde que esteja a até 500 metros. Se o
objeto estiver em movimento, o místico é capaz de
pressentir a direção na qual ele se desloca.
O feitiço pode localizar um objeto específico
conhecido pelo místico, desde que ele o tenha visto de
perto – não mais de 9 metros – pelo menos uma vez. De
modo alternativo, o feitiço pode localizar o objeto mais
pró ximo de um tipo específico, como um certo tipo de
roupa, jó ia, mobília, ferramenta ou arma.
Este feitiço não consegue localizar um objeto se
qualquer espessura de chumbo, mesmo uma folha fina,
estiver bloqueando o caminho do místico até ele.
Lufada de Vento
2º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
Uma corrente de vento de 18 metros de comprimento
por 3 metros de largura sopra do místico em uma
direção de sua escolha enquanto durar o feitiço. Cada
criatura que inicia seu turno dentro da corrente deve ser
bem-sucedida em uma jogada de proteção contra
Paralisação ou será empurrada 4,5 metros para longe do
místico na direção em que o vento sopra.
Qualquer criatura dentro da corrente precisa gastar o
dobro de seu deslocamento para cada passo que tentar
se mover na direção do místico.
A corrente dispersa gás ou vapor e extingue velas,
tochas e chamas desprotegidas semelhantes na área. Faz
com que chamas protegidas, como as de lanternas,
dancem descontroladamente e tem 50% de chance de
apagá-las. Uma vez por rodada, como uma ação de um
passo, o místico pode mudar a direção na qual a
corrente sopra, mas ela continuará se projetando a
partir dele.
83
Luz
Rotina de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, M
Duração: 1 hora
O místico toca um objeto que não tenha mais de 1,5
metros em alguma de suas dimensõ es. Até que o feitiço
termine, o objeto emite luz brilhante em um raio de 6
metros e luz fraca por mais 6 metros adicionais. A luz
pode ser colorida como ele quiser.
Cobrir completamente o objeto com algo opaco
bloqueia a luz.
O feitiço termina antes de completar sua duração se a
luz for dissipada pelo místico com uma ação de um
passo ou se ele lançá-lo novamente.
Se mirar um objeto segurado ou usado por uma
criatura hostil, o místico deverá ter sucesso em um
ataque mágico corpo a corpo contra a criatura para
tocar o objeto.
Luzes Dançantes
Rotina de Quintessência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico cria até quatro luzes do tamanho de tochas
dentro do alcance, fazendo-as aparecer como tochas,
lanternas ou orbes brilhantes que pairam no ar durante
todo o período. Ele também pode combinar as quatro
luzes em uma forma vagamente humanó ide brilhante de
tamanho médio. Qualquer que seja a forma escolhida,
cada luz emite luz fraca em um raio de 3 metros.
Como uma ação de um passo no seu turno, ele pode
mover as luzes até 18 metros para um novo local dentro
do alcance. Uma luz não pode ficar a menos de 6 metros
de outra luz criada por este feitiço, e qualquer delas se
apaga se for deslocada para além do alcance.
Mão Espectral
2º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: 1 minuto
Uma mão fantasmagó rica é criada a partir da energia
vital do místico e aparece em algum lugar dentro do
alcance. Ela possui CA 15, 5 pontos de vida e usa os
modificadores do místico em jogadas de proteção. A
mão também é imune a ataques de armas comuns, dano
necró tico, psíquico, de veneno e feitiços que
provoquem dano em área. Se for reduzida a 0 pontos de
vida, o místico sofre 3d4 pontos de dano necró tico e o
feitiço termina.
Pela duração do feitiço, cada vez que lançar um
feitiço do 4º círculo ou inferior com alcance de toque, o
místico pode optar por ter como alvo uma criatura que
esteja adjacente à mão espectral. Caso o feitiço exija um
ataque mágico corpo a corpo contra o alvo, ele recebe
um bô nus de +2 nesse ataque se utilizar a mão.
Uma vez a cada rodada, como uma ação de um passo,
o místico pode mover a mão até 18 metros, mas não
para um lugar onde não possa enxergá-la. Se ele perder o
contato visual com a mão, ela flutua no ar inerte e não
pode ser utilizada até que ele possa vê-la novamente. O
feitiço termina antes de completar sua duração se a mão
for dissipada pelo místico com uma ação de um passo
ou se ele lançá-lo novamente.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é um amuleto de marfim esculpido no formato
de uma pequena mão, usado ao redor do pescoço, de
valor não inferior a 50 po. O amuleto deve ser usado
pelo místico enquanto durar o feitiço.
Mão Invisível
Rotina de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 1 minuto
Pela duração do feitiço, o místico é capaz de pequenos
truques de telecinese num alcance de 9 metros ao seu
redor.
Ele pode usar uma ação de dois passos para executar
algum desses truques, que incluem manipular um
objeto, abrir uma porta ou recipiente destrancado,
guardar ou pegar um item de um recipiente aberto ou
derramar o conteú do de um frasco.
Esse efeito não pode ser usado para atacar, ativar
itens mágicos ou carregar mais de 5 quilos.
Mãos Ardentes
1º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico estende as mãos diante de si, com os
polegares se tocando e os dedos abertos, e uma fina
camada de chamas brota das pontas de seus dedos.
Criaturas em um cone de 4,5 metros à sua frente devem
realizar uma jogada de proteção contra Ataque em Á rea.
Elas sofrem 3d6 pontos de dano de fogo em caso de
falha, ou metade desse dano em caso de sucesso.
Quaisquer objetos inflamáveis dentro da área que não
estejam sendo usados ou carregados pegam fogo.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 2º círculo ou superior, o dano causado
aumenta em 1d6 para cada círculo acima do 1º.
Matriz Hipnótica
3º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico cria uma matriz retorcida de cores que se
espalha pelo ar num cubo de 9 metros dentro do
alcance. Ela só aparece por alguns instantes, mas cada
criatura na área que puder enxergá-la deve fazer uma
jogada de proteção contra Ofensiva Mental. Se falhar,
fica encantada e incapacitada enquanto durar o feitiço.
O feitiço termina para uma criatura afetada se ela
sofrer algum dano ou se alguém usar uma ação para
tirá-la de seu estupor.
Medo
3º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico bombardeia as criaturas em um cone de 9
metros diante dele com visõ es de seus piores medos.
Cada uma delas deve ser bem-sucedida em uma jogada
de proteção contra Ofensiva Mental ou deixará cair o
que estiver segurando e ficará amedrontada enquanto
durar o feitiço.
Enquanto estiver amedrontada dessa forma, uma
criatura deve utilizar cada passo para se afastar do
místico pela rota mais segura disponível em cada um
de seus turnos, a menos que não haja para onde se
mover. Se terminar seu turno em um local onde não
tenha linha de visão do místico, ela pode fazer uma
nova jogada de proteção. Em caso de sucesso, o feitiço
termina para aquela criatura.
Mensageiro Animal
2º círculo Primal
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 24 horas
O místico usa um animal para entregar uma mensagem.
Ele deve escolher um animal minú sculo que possa ver
dentro do alcance, como um esquilo, um rato ou um
morcego. Animais vinculados a outra criatura, como
uma familiar ou companheiro animal, são imunes ao
efeito deste feitiço.
O local para onde viajará o mensageiro deve ser um
que o místico tenha visitado anteriormente, e o
destinatário, alguém fácil de reconhecer, como “um
homem ou mulher vestido com o uniforme da guarda”
ou “um anão ruivo usando um chapéu pontudo”. Como
parte do lançamento, o místico fala uma mensagem de
até vinte e cinco palavras. O animal viaja enquanto
durar o feitiço em direção ao local especificado. Um
mensageiro voador cobre cerca de 80 quilô metros em
24 horas, enquanto um mensageiro terrestre ou
aquático cobre 40 quilô metros no mesmo período.
Quando o mensageiro chega, entrega a mensagem à
criatura descrita, replicando o som da voz do místico. O
animal fala apenas com uma criatura que corresponda à
descrição dada. Se o mensageiro não chegar ao seu
destino antes do feitiço terminar, a mensagem será
perdida e ele retornará ao local de origem.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 3º círculo ou superior, a duração aumenta em
48 horas para cada círculo da estilha acima do 1º.
84

Mensagem
Rotina de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: 1 rodada
Apontando seu dedo para uma criatura dentro do
alcance, o místico sussurra uma mensagem. O alvo (e
somente ele) ouve a mensagem e pode responder em
um sussurro que apenas o místico ouvirá.
É possível lançar este feitiço através de objetos
só lidos se o místico for familiar com o alvo e souber
que ele está atrás da barreira. Silêncio mágico, 30
centímetros de pedra, 3 centímetros de metal comum,
uma pequena folha de chumbo ou 1 metro de madeira
impedem essa comunicação.
Mesclar-se à Rocha
3º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: 8 horas
O místico entra em um objeto ou superfície de pedra
grande o suficiente para conter totalmente seu corpo,
fundindo a si mesmo e a todo o equipamento que ele
carrega com a pedra enquanto durar o feitiço. Usando
seu deslocamento, ele entra na pedra em um ponto que
possa tocar e fica completamente invisível e
indetectável por sentidos não-mágicos.
Enquanto estiver unido à pedra, ele não pode ver o
que ocorre fora dela e qualquer teste de Sabedoria que
ele fizer para ouvir sons fora dela será feito com uma
penalidade de -4. Ele permanece consciente da
passagem do tempo, pode lançar feitiços sobre si
mesmo e pode usar seu deslocamento para sair da
pedra no mesmo lugar em que entrou, o que encerra o
feitiço. De outra forma, fica completamente imó vel.
Pequenos danos físicos à pedra não prejudicam o
místico, mas sua destruição parcial ou uma mudança
em sua forma (de maneira que ele não caiba mais
dentro dela) o expulsa e faz com que sofra 6d6 pontos
de dano de impacto.
A destruição completa da pedra (ou transmutação em
uma substância diferente) também o expulsa e faz com
que sofra 50 pontos de dano de impacto. Se expulso
dessa forma, ele reaparece caído no espaço desocupado
mais pró ximo de onde entrou pela primeira vez.
Muralha de Vento
3º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Uma parede de vento forte se ergue do solo em um
ponto à escolha do místico dentro do alcance e
permanece pela duração do feitiço. Ele pode fazer a
parede com até 15 metros de comprimento, 4,5 metros
85
de altura e 30 centímetros de espessura e moldá-la de
qualquer maneira, desde que faça um caminho contínuo
ao longo do solo.
Quando a parede se ergue, cada criatura dentro da
área deve fazer uma jogada de proteção contra Ataque
em Á rea. Uma criatura sofre 3d8 pontos de dano de
impacto e cai no chão se falhar, ou sofre metade desse
dano e permanece de pé se for bem-sucedida.
O vento mantém a neblina, a fumaça e outros gases
afastados, incluindo criaturas de forma gasosa, e
criaturas ou objetos voadores de tamanho menor que
médio não conseguem atravessar.
Materiais soltos e leves são jogados para o alto ao
entrar na área, enquanto flechas, dardos e outros
projéteis comuns lançados contra alvos atrás da
muralha são desviados para cima e erram
automaticamente (projéteis muito pesados, como
aqueles utilizados por máquinas de cerco ou as pedras
arremessadas por gigantes, não sofrem esse efeito).
Nevoeiro
1º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 hora
O místico cria uma esfera de neblina com 6 metros de
raio centrada em um ponto dentro do alcance. A esfera
se espalha pelos cantos e sua área fica fortemente
obscurecida. A neblina permanece pela duração do
feitiço ou até que um vento de velocidade pelo menos
moderada (15 quilô metros por hora) a disperse.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
estilha do 2º círculo ou superior, o raio da área afetada
aumenta em 6 metros para cada círculo acima do 1º.
Nublar
2º círculo de Ilusão
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V
Duração: concentração, até 1 minuto
O corpo do místico fica turvo, mudando e oscilando
para os observadores. Qualquer criatura sofre uma
penalidade de -4 ao atacá-lo pela duração do feitiço.
Um atacante é imune a este efeito quando não
depende da visão para interagir com o mundo ao seu
redor, como ocorre com seres orientados por sonar.
Uma criatura capaz de enxergar além de ilusõ es, como
alguém afetado pelo feitiço visão da verdade, também
ignora essa penalidade.
Nuvem Fétida
3º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 27 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
Uma esfera de gás amarelo e nauseante com 6 metros de
raio surge em um ponto à escolha do místico centrado
dentro do alcance. A nuvem se espalha pelos cantos, Quando lança este feitiço usando uma estilha de 2º
sua área fica fortemente obscurecida e seus efeitos círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo
permanecem enquanto durar o feitiço. adicional para cada círculo acima do 1º.
Cada criatura que estiver dentro da nuvem no início
do seu turno deve fazer uma jogada de proteção contra
Passo Nebuloso
Veneno. Se falhar, ela passa aquele turno vomitando e 2º círculo de Conexões
cambaleando, incapacitada até o início de seu pró ximo Tempo de Lançamento: 1 passo
turno. Criaturas localizadas apenas parcialmente dentro Alcance: pessoal
da área têm um bô nus de +4 e criaturas que não Ferramentas: V
precisam respirar ou são imunes a veneno são Duração: instantânea
automaticamente bem-sucedidas na jogada de proteção.
O místico é brevemente cercado por uma névoa
Um vento moderado (pelo menos 15 quilô metros por
prateada, se teletransportando em seguida até 9 metros
hora) dispersa a nuvem apó s 4 rodadas. Um vento forte
para um espaço desocupado que ele possa enxergar.
(pelo menos 30 quilô metros por hora) a dispersa
depois de 1 rodada. Pedras Explosivas
Onda Trovejante 1º círculo de Matéria
1º círculo Elemental Tempo de Lançamento: 1 minuto
Tempo de Lançamento: 2 passos Alcance: toque
Alcance: pessoal Ferramentas: V, S
Duração: 8 horas
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea Ao tocar até três pedras, cada uma delas não maior que
Uma onda de força estrondosa emana do místico. Cada a palma de sua mão, o místico as preenche com energia
criatura em um cubo de 4,5 metros originário de um que faz com que, ao serem arremessadas, elas
ponto adjacente a ele deve fazer uma jogada de proteção explodam quando baterem em algo (ou alguém). O
contra Ataque em Á rea. Se falhar, sofre 2d8 pontos de feitiço termina antes de completar sua duração se for
dano trovejante e é empurrada 3 metros para trás. Se for dissipado pelo místico com uma ação de um passo, ou
bem-sucedida, a criatura sofre metade do dano e se ele lançá-lo novamente.
permanece no lugar. A qualquer momento enquanto durar o feitiço, como
uma ação de dois passos, o místico pode arremessar
Além disso, objetos desprotegidos que estejam
uma das pedras a até 9 metros, fazendo com que ela
completamente dentro da área de efeito são
exploda ao bater no chão ou antes disso, se encontrar
automaticamente empurrados 3 metros para trás e um
um obstáculo pelo caminho. Se outra criatura toca uma
trovão ruidoso pode ser ouvido a até 90 metros do local
das pedras, ela explode imediatamente.
de lançamento.
Quando o místico lança este feitiço usando uma Ao explodir, cada pedra manda pedaços em todas as
estilha do 2º círculo ou superior, o dano causado direçõ es num raio de 3 metros do ponto de impacto.
aumenta em 1d8 para cada círculo acima do 1º. Criaturas dentro dessa área devem realizar uma jogada
de proteção contra Ataque em Á rea. Elas sofrem 3d4
Palavra Curativa pontos de dano de força em caso de falha, ou metade
3º círculo Celestial desse dano em caso de sucesso.
Quando o místico lança este feitiço usando uma
Tempo de Lançamento: 1 passo estilha do 2º círculo ou superior, o dano causado
Alcance: 18 metros aumenta em 1d4 para cada círculo acima do 1º.
Ferramentas: V
Duração: instantânea
O místico recita uma oração sagrada de vitalidade e até
seis criaturas que ele possa ver dentro do alcance
recuperam 2d6 pontos de vida. Este feitiço não tem
efeito sobre mortos-vivos ou construtos.
Passada Rápida
1º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 6 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: 1 hora
Manipulando noçõ es de tempo e distância, o místico
aprimora o passo de deslocamento de um alvo. Ele tem
seu deslocamento aumentado em 3 metros enquanto
durar o feitiço.

86

Perdição
1º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico amaldiçoa até três criaturas à sua escolha
dentro do alcance. Cada alvo deve ser bem-sucedido em
uma jogada de proteção contra Feitiçaria. Se falhar, sofre
uma penalidade de -1 em ataques e jogadas de proteção
pela duração do feitiço.
Quando lança este feitiço usando uma estilha de 2º
círculo ou superior, o místico pode afetar um alvo
adicional para cada círculo acima do 1º.
Piscar
3º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 1 minuto
Enquanto durar o feitiço, o místico alterna
aleatoriamente sua presença entre o plano em que se
encontrava no momento do lançamento e o Plano
Etéreo. Se estiver no Plano Etéreo, ele pode ver e ouvir o
plano de onde se originou, que aparece em tons de
cinza, mas não enxerga nada lá a mais de 18 metros. Ele
só pode afetar e ser afetado por outras criaturas no
Plano Etéreo, de forma que seres que não estão lá não
podem percebê-lo ou interagir com ele, a menos que
tenham a capacidade de fazer isso.
Ao final de cada turno do místico, há uma chance de
50% de que ele saia do plano em que se encontra e
apareça no plano etéreo. No início de seu turno
seguinte, e quando o feitiço terminar, se ele estiver no
Plano Etéreo, o místico retorna para um espaço
desocupado de sua escolha que possa ver a até 3 metros
de onde saiu. Se nenhum espaço desocupado estiver
disponível, ele aparece no espaço desocupado mais
pró ximo (escolhido aleatoriamente, se mais de um
espaço estiver igualmente pró ximo). O místico pode
dissipar este feitiço como uma ação de dois passos.
Se o místico tentar lançar este feitiço enquanto já se
encontra no Plano Etéreo, a tentativa fracassa.
Poupar Moribundo
Rotina de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico toca uma criatura viva que tenha 0 pontos de
vida e ela se torna estável. Este feitiço não tem qualquer
efeito sobre mortos-vivos ou construtos.
Um alvo que tenha recebido o efeito deste feitiço não
pode recebê-lo novamente até que tenha descansado
pelo menos por uma fase de acampamento.
87
Produzir Chamas
Rotina Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 10 minutos
Uma chama bruxuleante aparece na mão do místico e
permanece lá pela duração do feitiço sem queimar a ele
ou seu equipamento. Ela emite luz brilhante em um raio
de 3 metros e luz fraca por 3 metros adicionais. O
feitiço termina se a chama for dissipada pelo místico
com uma ação de um passo ou se ele lançá-lo
novamente.
Ele também pode atacar com a chama, exaurindo
imediatamente sua duração. Quando lança o feitiço, ou
como uma ação de dois passos em um turno posterior,
o místico pode arremessar a chama em uma criatura a
até 18 metros. Ele deve fazer um ataque mágico à
distância contra o alvo, causando 1d8 de dano de fogo
em caso de acerto.
O dano aumenta em 1d8 quando o místico alcança o
5º nível (2d8).
Proteção Contra Energia
3º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 hora
O místico escolhe um entre os seguintes tipos de dano:
ácido, fogo, frio, raio ou trovão. Uma criatura voluntária
tocada por ele se torna resistente ao tipo de dano
escolhido enquanto durar o feitiço.
Proteção Contra Veneno
2º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: 1 hora
O místico toca uma criatura que ganha resistência a
dano de veneno e um bô nus de +5 em jogadas de
proteção contra Veneno enquanto durar o feitiço. Se a
criatura estiver envenenada, o feitiço neutraliza o
veneno. Se mais de um veneno estiver agindo no alvo, o
feitiço neutraliza um dos venenos que o místico possa
identificar que está presente ou um veneno aleató rio.
Purificar Água e Comida
1º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: 3 metros
Ferramentas: V, M
Duração: instantânea
Toda comida e água em um cubo de 1,5 metro de aresta
centrado em um ponto dentro do alcance é purificada e
tornada livre de veneno e doença.

Queda Suave
1º círculo de Conexões
Tempo de lançamento: 1 reação
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V
Duração: 1 minuto
O místico pode lançar este feitiço no momento em que
uma ou mais criaturas que ele possa ver dentro do
alcance estão em queda livre. Ele pode escolher até
cinco criaturas. A velocidade de queda dos alvos é
reduzida para 3 metros por segundo pela duração do
feitiço. Se uma criatura aterrissa antes que a duração se
encerre, ela chega ao chão em pé e não sofre qualquer
dano de queda, e o feitiço termina imediatamente
apenas para ela.
Raio
3º círculo Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
Um raio formando uma linha de 30 metros de
comprimento e 1,5 metro de largura sai do místico
numa direção à sua escolha. Cada criatura na linha deve
fazer uma jogada de proteção contra Ataque em Á rea.
Uma criatura sofre 8d6 pontos de dano de raio se falhar,
ou metade disso se for bem-sucedida.
Além de causar danos às criaturas, a corrente elétrica
ateia fogo em materiais combustíveis e pode partir
portas de madeira ou lascar uma passagem de pedra. Se
o dano causado a uma barreira interposta rompê-la ou
penetrar através dela, a linha avança. Um raio pode
romper até 20 centímetros de madeira ou 10
centímetros de pedra.
Raio de Enfraquecimento
2º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
Um raio negro de energia enervante brota do dedo do
místico em direção a uma criatura dentro do alcance.
Ele deve fazer um ataque mágico à distância contra o
alvo. Se acertar, o alvo causa apenas metade do dano em
ataques de armas com dano básico de brutalidade e
sofre uma penalidade de -5 em testes de Força ou
perícias baseadas em Força enquanto durar o feitiço.
Ao final de cada um de seus turnos, o alvo pode
realizar uma jogada de proteção contra Feitiçaria. Se for
bem-sucedido, o feitiço termina.
Raio de Frio
Rotina Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: Instantâneo
O místico dispara um feixe congelante de luz branco-
azulada em direção a uma criatura dentro do alcance.
Ele deve fazer um ataque mágico à distância contra o
alvo, causando 1d8 pontos de dano de frio e reduzindo
o deslocamento do alvo em três metros até o final da
pró xima rodada em caso de acerto.
O dano aumenta em 1d8 quando o místico alcança o
5º nível (2d8).
Recobrar Ferimento
Rotina de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
Com um toque, o místico força uma criatura a reviver
males anteriores em um pulso de dor excruciante. Ele
deve fazer um ataque mágico corpo a corpo contra o
alvo, causando 1d8 pontos de dano necró tico em caso
de acerto. O dano desse feitiço aumenta para 1d12 se o
alvo tiver perdido um ou mais pontos de vida desde o
final de seu ú ltimo turno.
O dano aumenta em um dado quando o místico
alcança o 5º nível (2d8 ou 2d12).
Reflexos Místicos
1º círculo de Conexões
Tempo de Lançamento: 1 reação
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: 1 rodada
O místico pode lançar este feitiço no momento em que
seria atingido por um ataque, acelerando
temporariamente seu tempo de reação para tentar se
esquivar. Ele recebe um bô nus de +4 em sua CA,
inclusive contra o ataque que provocou a reação, até o
início de seu pró ximo turno.
Remover Maldição
3º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
Ao toque do místico, todas as maldiçõ es que afetam
uma criatura ou objeto são dissipadas. Se o objeto for
um item mágico amaldiçoado, sua maldição permanece,
mas o feitiço quebra a sintonia de seu dono com o
objeto para que ele possa ser removido ou descartado.
Reparar
Rotina de Matéria
Tempo de Lançamento: 1 minuto
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
Este feitiço repara uma ú nica quebra ou rasgo em um
objeto que o místico toca, como um elo de corrente
partido, duas metades de uma chave quebrada, uma
capa rasgada ou um cantil furado. Contanto que a
88
 ruptura ou rasgo não seja maior que 30 centímetros, o
místico o conserta sem deixar vestígios do dano.
Este feitiço pode reparar fisicamente um item ou
construto mágico que tenha sido quebrado, mas isso
não restaura propriedades mágicas que existiam nele.
Respingo de Ácido
Rotina de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S
Duração: Instantâneo
O místico lança uma bolha de ácido que explode contra
um ou dois alvos dentro do alcance. Ele deve escolher
uma ou duas criaturas que estejam a até 1,5 metro uma
da outra. Qualquer alvo deve fazer uma jogada de
proteção contra Explosão. Em caso de falha, sofre 1d6
pontos de dano de ácido.
O dano aumenta em 1d6 quando o místico alcança o
5º nível (2d6).
Respiração Aquática
3º círculo Primal
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: 24 horas
Este feitiço concede a até seis criaturas voluntárias que
o místico possa ver dentro do alcance a habilidade de
respirar debaixo d’água enquanto durar o feitiço. As
criaturas afetadas mantêm seu modo normal de
respiração, qualquer que seja ele.
Restauração
2º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
O místico toca uma criatura e canaliza energia divina
através de suas mãos para remover uma doença ou
condição que a esteja afligindo. A condição pode ser
cego, surdo, paralisado ou intoxicado.
Revivificar
3º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: instantânea
O místico toca uma criatura que morreu há menos de
um minuto. Deve ser testada a chance de ressurreição
da criatura e, em caso de sucesso, ela ressuscita com 1
ponto de vida.
Este feitiço não pode devolver à vida uma criatura
que morreu de velhice, nem pode restaurar quaisquer
partes faltantes do corpo. Se os restos mortais presentes
não forem o bastante para produzir um corpo funcional,
o feitiço falha automaticamente.
89
Se o místico lançar este feitiço duas ou mais vezes
num intervalo de 30 dias, há uma chance cumulativa de
25% para cada lançamento apó s o primeiro de ele
perder permanentemente 1 ponto de Constituição.
Rogar Maldição
3º círculo Celestial
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: indeterminada
Uma criatura tocada pelo místico deve ser bem
sucedida em uma jogada de proteção contra Maldição
ou será amaldiçoada enquanto durar o feitiço. Quando o
místico lança este feitiço, ele escolhe a natureza da
maldição dentre as seguintes opçõ es:
Degredo. O místico escolhe uma criatura que ele e o
alvo possam ver, que pode ser o pró prio místico.
Enquanto permanecer amaldiçoado, o alvo sofre uma
penalidade de -4 em ataques contra aquela criatura.
Dor. O místico escolhe uma criatura que ele e o alvo
possam ver, que pode ser o pró prio místico. Enquanto
permanecer amaldiçoado, o alvo sofre 1d8 pontos de
dano necró tico extra cada vez que for ferido por um
ataque ou feitiço lançado pela criatura.
Inaptidão. O místico escolhe um dos atributos do
alvo. Enquanto permanecer amaldiçoado, o alvo sofre
uma penalidade de -4 em todos os testes daquele
atributo e de perícias vinculadas a ele.
Quebranto. Enquanto permanecer amaldiçoado, o
alvo sofre uma penalidade de -4 em todas as suas
jogadas de proteção.
Um feitiço remover maldição encerra este efeito. A
critério do GM, um efeito de maldição alternativo pode
ser escolhido, mas não deve ser mais poderoso do que
os descritos acima. O GM tem a palavra final sobre o
efeito de tal maldição.
Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é um objeto anteriormente pertencente ao alvo.
Se o objeto for oferecido ao místico de forma voluntária,
o alvo sofre uma penalidade de -4 em sua jogada de
proteção contra rogar maldição.
Shillelagh
Rotina Primal
Tempo de Lançamento: 1 passo
Alcance: toque
Ferramentas: V, S, M
Duração: 1 minuto
Uma arma feita de madeira que o místico esteja
segurando é imbuída com energia primal. Enquanto
durar o feitiço, ele pode utilizá-la para fazer ataques
mágicos corpo a corpo, causando 1d10 pontos de dano
em caso de acerto, e ela é considerada mágica quando
acerta criaturas resistentes ou imunes a armas comuns.
O feitiço termina se o místico lançá-lo novamente ou
largar a arma.
O místico recebe um bô nus de +1 nas rolagens de
ataque e dano com a arma quando alcança o 5º nível.
 Quando o místico lança este feitiço, a ferramenta
material é a pró pria arma afetada (normalmente uma
clava ou cajado).
Silêncio
2º círculo de Matéria
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 36 metros
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 10 minutos
O místico cria uma área impermeável à propagação de
som em uma esfera de 6 metros de raio centrada em um
ponto que ele escolher dentro do alcance.
Enquanto durar o feitiço, nenhuma onda sonora pode
ser criada dentro da área ou passar através dela.
Criaturas e objetos que estejam totalmente dentro da
área ficam imunes a dano trovejante enquanto
permanecerem ali. Testes baseados em audição
fracassam automaticamente.
Lançar um feitiço que inclua uma ferramenta verbal é
impossível, e se for posicionada de forma a bloquear
totalmente um corredor, a esfera impede a comunicação
entre criaturas dos dois lados.
Sono
1º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 18 metros
Ferramentas: V, S, M
Duração: 1 minuto
Este feitiço causa um sono comatoso sobre uma ou
mais criaturas (com exceção de mortos-vivos,
construtos e seres especificamente imunes a efeitos de
sono). O místico escolhe um ponto dentro do alcance e
todas as criaturas afetadas devem estar a no máximo 6
metros dele.
O nú mero de criaturas que podem ser afetadas é
determinado de acordo com o nível de cada alvo. O
feitiço afeta um total de 2d4 níveis de inimigos do
místico, mas criaturas de 5º nível ou superior não são
afetadas. Criaturas de nível inferior são afetadas
primeiro e efeitos parciais são ignorados. Se dois alvos
são do mesmo nível e apenas um deles será afetado, o
místico pode escolher qual deles afetar.
Por exemplo, se o místico lança este feitiço sobre três
soldados goblins (1º nível), um xamã goblin (2º nível),
um warg (3º nível) e um chefe de guerra goblin (5º
nível), obtendo um resultado 6 em 2d4, ele afetará os
três soldados e o xamã. O nível restante não é suficiente
para derrubar o warg e o chefe de guerra é imune em
razão de seu nível.
Causar dano a um alvo ou sacudi-lo (com uma ação
de dois passos) é o suficiente para lhe fazer despertar,
mas barulho não. Quando lança este feitiço usando uma
estilha de 2º círculo ou superior, o místico pode afetar
1d4 níveis adicionais de criaturas para cada círculo
acima do 1º.
Sugestão
2º círculo de Consciência
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: 9 metros
Ferramentas: V, M
Duração: concentração, até 8 horas
O místico sugere um curso de atividade (limitado a
uma frase ou duas) e influencia magicamente uma
criatura que possa ver dentro do alcance e que possa
ouvi-lo e compreendê-lo. Criaturas que não podem ser
encantadas são imunes a este efeito. A sugestão deve
ser formulada de forma a fazer com que pareça
razoável. Pedir à criatura para se esfaquear, se atirar em
uma lança, se imolar ou fazer algum outro ato
obviamente prejudicial encerra o feitiço.
O alvo deve fazer uma jogada de proteção contra
Ofensiva Mental. Se falhar, segue o curso de ação
sugerido da melhor maneira possível, que pode ser uma
ação progressiva ou uma conduta reiterada ao longo da
duração do feitiço. Se a atividade sugerida puder ser
concluída em menos tempo, o feitiço termina assim que
o alvo concluir a tarefa.
O místico também pode especificar condiçõ es que
desencadearão uma atividade especial dentro da
duração. Por exemplo, ele pode sugerir que um
cavaleiro dê seu cavalo de batalha ao primeiro mendigo
que encontrar. Se a condição não for atendida antes do
feitiço expirar, a ação não será realizada.
Se o místico ou algum de seus companheiros causar
dano ao alvo, o feitiço chega ao fim.
Toque Chocante
Rotina Elemental
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: toque
Ferramentas: V, S
Duração: instantânea
Um raio emana da mão do místico para causar um
choque a uma criatura que ele tocar. Ele deve fazer um
ataque mágico corpo a corpo contra o alvo, causando
1d8 pontos de dano de raio e impedindo o alvo de
realizar reaçõ es até o final da rodada em caso de acerto.
O dano aumenta em 1d8 quando o místico alcança o
5º nível (2d8).
Toque Vampírico
3º círculo de Morte
Tempo de Lançamento: 2 passos
Alcance: pessoal
Ferramentas: V, S
Duração: concentração, até 1 minuto
Este feitiço envolve as mãos do místico com uma força
sombria capaz de enfraquecer outras criaturas
absorvendo sua força vital.
Como parte do lançamento e como uma ação de dois
passos a cada turno subsequente enquanto durar o
feitiço, o místico pode fazer um ataque mágico corpo a
corpo contra um alvo, causando 3d6 pontos de dano
necró tico em caso de acerto e recuperando pontos de
vida iguais à metade do dano causado.
90
 Uma criatura voluntária à escolha do místico ganha
Velocidade deslocamento de voo de 18 metros enquanto durar o
3º círculo de Conexões feitiço. Quando o feitiço termina, o alvo cai se ainda
Tempo de Lançamento: 3 passos estiver no ar, a menos que consiga impedir a queda.
Alcance: 9 metros Zombaria Viciosa
Ferramentas: V, S, M
Rotina de Consciência
Duração: concentração, até 1 minuto
O místico escolhe uma criatura voluntária que possa Tempo de Lançamento: 2 passos
ver dentro do alcance. Ela fica acelerada enquanto durar Alcance: 18 metros
o feitiço. Quando o feitiço chega ao fim, o alvo é Ferramentas: V
envolvido por uma onda de letargia e não pode se Duração: Instantâneo
mover ou realizar açõ es até o final de seu pró ximo Em meio a uma corrente de insultos desferidos contra
turno. Ele envelhece 1 ano. uma criatura que possa ver dentro do alcance, o místico
entrelaça uma série de palavras mágicas perturbadoras
Voo
para a mente. Se o alvo puder ouvi-lo (não é necessário
3º círculo de Conexões compreendê-lo), deve fazer uma jogada de proteção
Tempo de Lançamento: 3 passos contra Ofensiva Mental. Em caso de falha, sofre 1d4
Alcance: 9 metros pontos de dano psíquico e uma penalidade de -4 no
Ferramentas: V, S, M primeiro ataque que realizar antes do final de seu
Duração: concentração, até 10 minutos pró prio turno.
O dano aumenta em 1d4 quando o místico alcança o
5º nível (2d4).

91
X - Construindo o Jogo
Ao propormos uma releitura de um dos RPGs de
fantasia mais clássicos de todos os tempos, um de
nossos objetivos é fazer com que seja também um jogo
fácil do ponto de vista do GM.
A versão final de Túmulos & Tigres deverá ter um
manual voltado apenas para o GM, mas esta é uma
versão de testes, e a ú nica coisa que precisamos é que o
grupo tenha material suficiente para produzir situaçõ es
de jogo em que as regras possam ser testadas.
Em razão desta necessidade, esta seção inclui regras
sobre armadilhas, como determinar o NA dos testes que
ocorrem durante uma aventura e como elaborar
encontros de combate a partir de uma curta seleção de
exemplos de antagonistas apropriados para desafiar
personagens até o 5º nível.
Neste momento, quando estiver testando o jogo, é
mais importante para nó s saber se a tarefa do GM é fácil
o suficiente do que saber se certa habilidade de classe
está equilibrada ou se o feitiço causa dano suficiente.
Armadilhas
Uma armadilha, natural ou projetada pelos habitantes
do lugar que os PCs estão explorando, é um perigo
bastante comum em ambientes de aventura, onde sua
detecção e neutralização é quase sempre uma
necessidade antes que a jornada possa progredir.
Uma armadilha pode ser de natureza mecânica ou
mágica. As armadilhas mecânicas incluem poços,
armadilhas de flechas, deslizamento de pedras, salas
que se enchem de água, lâminas girató rias e qualquer
outra coisa que dependa de um mecanismo para
funcionar.
Armadilhas mágicas são armadilhas de dispositivos
mágicos ou feitiços de armadilha. Armadilhas de
dispositivos mágicos iniciam efeitos mágicos quando
ativadas.
Feitiços de armadilha são tecnicamente feitiços, mas
seu efeito apenas será iniciado quando ocorrem as
condiçõ es descritas, o que normalmente inclui pessoas
indesejadas entrando em locais proibidos (o básico de
qualquer aventura).
Acionando uma armadilha
A maioria das armadilhas é acionada quando uma
criatura vai a algum lugar ou toca algo que o criador da
armadilha queria proteger. Os gatilhos comuns incluem
pisar em uma placa de pressão ou em uma seção falsa
do chão, puxar um fio, girar uma maçaneta e usar a
chave errada na fechadura. Armadilhas mágicas
costumam disparar quando uma criatura entra em uma
área ou toca um objeto. Algumas armadilhas mágicas
têm condiçõ es de acionamento mais complicadas,
incluindo uma senha que impede a ativação.
Detectando e desativando uma
armadilha
Normalmente, algum elemento de uma armadilha fica
visível apó s uma inspeção cuidadosa. As personagens
podem notar uma laje irregular que esconde uma placa
de pressão, detectar o brilho da luz de um fio, notar
pequenos buracos nas paredes de onde sairão jatos de
chamas ou detectar algo que aponte para a presença de
uma armadilha.
A descrição de uma armadilha especifica o tipo de
teste e o NA para detectá-la, desabilitá-la ou ambos.
Uma personagem procurando ativamente por uma
armadilha pode tentar um teste de Análise, enquanto
algumas armadilhas também podem ser percebidas
naturalmente por alguém muito atento.
Cada armadilha possui um modificador de
Furtividade. Quando os aventureiros entram pela
primeira vez no espaço em que ela poderia ser
identificada o DM deve fazer um teste de Furtividade
para a armadilha com NA baseada no estado de
percepção das personagens. Qualquer personagem que
não seja derrotada no teste percebe os elementos
visíveis da armadilha, mesmo que não identifique
imediatamente sua natureza.
Se os aventureiros detectarem uma armadilha antes
de ativá-la, eles poderão desarmá-la, seja
permanentemente ou por tempo suficiente para passar
por ela. Um teste bem-sucedido de Ofício (Mecânica) ou
Misticismo (de acordo com o tipo de armadilha)
permite saber o que é necessário fazer para neutralizá-
la por algum tempo ou em definitivo.
Algumas armadilhas mágicas estão além da
capacidade de pessoas comuns, requerendo uma
característica de classe específica (ou até mesmo a
utilização do feitiço dissipar magia) para serem
ultrapassadas.
Na maioria dos casos, a descrição de uma armadilha
é clara o suficiente para que o GM decida se as açõ es de
uma personagem são o suficiente para detectar e
neutralizar seus efeitos. Rolagens de dados não
precisam substituir o jogo inteligente e o bom
planejamento. Baseando-se na descrição da armadilha
para determinar o que acontece, o GM tem totais
condiçõ es de definir o grau de efetividade das ideias
dos jogadores.
Se o jogador descreve a ação da personagem de
maneira que ela obviamente detectaria a presença da
armadilha, não será necessário qualquer teste de perícia
para fazê-lo. Por exemplo, se uma personagem levanta
um tapete que esconde um fosso com lanças
envenenadas no fundo, nenhum teste é necessário.
As armadilhas são frequentemente projetadas com
mecanismos que permitem que sejam desarmadas ou
contornadas. Monstros inteligentes que colocam
armadilhas dentro ou ao redor de seus covis precisam
de maneiras de passar por elas sem se machucar. Essas
armadilhas podem ter alavancas ocultas que desativam
seus gatilhos, ou uma porta secreta pode ocultar uma
passagem que as contorna.
Efeitos das armadilhas
Os efeitos das armadilhas podem variar de
inconvenientes a mortais, fazendo uso de elementos
92
 como flechas, espinhos, lâminas, veneno, gás tó xico,
rajadas de fogo e poços profundos. As armadilhas mais
mortíferas combinam vários elementos para matar,
ferir, conter ou expulsar qualquer criatura que tenha a
infelicidade de ativá-las. A descrição de uma armadilha
especifica o que acontece quando ela é acionada.
Algumas armadilhas fazem jogadas de ataque contra a
CA das personagens como se fossem um inimigo em
combate, enquanto outras podem exigir uma jogada de
proteção para que alguém consiga escapar de efeitos
como veneno, esmagamento ou feitiços nocivos.
É possível que uma armadilha, uma vez acionada,
continue produzindo seu efeito por determinada
duração, em vez de fazê-lo apenas de forma instantânea.
Uma estátua de dragão que cospe fogo nos ocupantes de
um corredor pode continuar cuspindo fogo em turnos
subsequentes enquanto durar o ó leo combustível que
sustenta seus ataques ou a energia arcana que produziu
o efeito. Se uma armadilha desse tipo estiver
produzindo seus efeitos durante um encontro de
combate, funcionará como uma reação que ocorre se a
personagem entra ou pisa no local errado.
Exemplos de armadilhas
Os exemplos abaixo podem ser utilizados pelo GM para
criar novas possibilidades a partir de mecanismos
semelhantes, com variados níveis de mortalidade,
dificuldade para descobrir e para neutralizar.
Teto desabando
Armadilha mecânica
Furtividade: +5
Esta armadilha usa um fio para derrubar suportes que
mantêm uma seção instável do teto no lugar. O fio é
colocado a um palmo do solo e se estende entre duas
vigas de suporte. O NA para localizar esse fio com um
teste de Análise é 10.
Um teste bem-sucedido de Ofício (Mecânica) com NA
15 usando ferramentas de ladrão desativa o fio de forma
inofensiva. Uma personagem sem ferramentas de ladrão
pode tentar este teste usando qualquer arma ou
ferramenta afiada, mas o NA, nesse caso, é 20. Se o teste
falhar, a armadilha é acionada.
Qualquer pessoa que inspecione as vigas pode
facilmente determinar que elas estão sendo mantidas
no lugar de forma bastante precária. Como uma ação,
uma personagem pode derrubar uma viga, fazendo com
que a armadilha seja acionada.
O teto acima do fio está em mau estado e qualquer
pessoa pode dizer que corre o risco de desabar.
Quando a armadilha é acionada, o teto desaba.
Qualquer criatura na área abaixo da seção instável deve
ser bem-sucedida em uma jogada de proteção contra
Ataque em Á rea, sofrendo 4d10 pontos de dano de
impacto se falhar ou metade do dano se obtiver
sucesso. Assim que a armadilha é acionada, o chão da
área fica cheio de entulho e se torna terreno difícil.
Estátua sopradora de chamas
Armadilha mágica
Furtividade: +8
93
Esta armadilha é ativada quando um intruso pisa em
uma placa de pressão escondida, liberando uma chama
mágica de uma estátua pró xima. A estátua pode ser de
qualquer coisa, incluindo um dragão ou um mago
lançando um feitiço.
Com um teste de Análise de NA 15, é possível
localizar e identificar a placa de pressão, bem como
marcas fracas de queimadura no chão e nas paredes.
Um feitiço ou outro efeito que possa sentir a presença
de magia, como detectar magia, revela uma aura de
magia ao redor da estátua que poderia ser associada à
esfera Elemental.
A armadilha é ativada quando um peso de mais de 10
quilos é colocado na placa de pressão, fazendo com que
a estátua libere um cone de fogo de 9 metros. Cada
criatura no fogo deve realizar uma jogada de proteção
contra Ataque em Á rea, sofrendo 3d8 pontos de dano de
fogo se falhar ou metade desse dano se obtiver sucesso.
Colocar uma ponta de ferro ou outro objeto sob a
placa de pressão evita que a armadilha seja ativada.
Lançar dissipar magia sobre a estátua desativa
permanentemente a armadilha.
Agulha Venenosa
Armadilha mecânica
Furtividade: +8
Uma agulha envenenada está escondida na fechadura de
um baú de tesouro ou em alguma outra coisa que uma
criatura possa abrir. Abrir o baú sem a chave adequada
faz com que a agulha salte, liberando veneno.
Quando a armadilha é acionada, a agulha se estende
meio palmo para fora da trava. Uma criatura dentro do
alcance sofre 1 ponto de dano de perfuração e 2d10
pontos de dano de veneno. Além disso, ela deve ser
bem-sucedida em uma jogada de proteção contra
Veneno ou ficará intoxicada por 1 hora.
Um teste bem-sucedido de Análise com NA 20
permite que uma personagem deduza a presença da
armadilha a partir de alteraçõ es feitas na fechadura para
acomodar a agulha.
Um teste bem-sucedido de Ofício (Mecânica) com NA
15 usando ferramentas de ladrão desarma a armadilha,
removendo a agulha da fechadura, mas a armadilha é
acionada em caso de falha. Uma adaga ou outra arma
rígida, pequena e pontiaguda também pode ser utilizada
para tentar remover a agulha ou danificar o mecanismo
que faz com que ela seja projetada, mas o NA, nesse
caso, é 20.
Dificuldade dos Testes
Em vários pontos deste manual as regras especificam
qual é a dificuldade para conseguir realizar uma ação
através de um teste, mas muitas vezes o GM terá que
decidir por conta pró pria. Esta seção considera algumas
das tarefas mais comuns para os aventureiros, assim
como a dificuldade em geral da realização de tarefas no
sistema de T&T.
A tabela a seguir estabelece, de forma genérica e
abrangente, o NA em razão da dificuldade que o GM
quer impor aos jogadores para realizar uma
determinada tarefa. À s vezes ocorrerão situaçõ es nas
quais certa tarefa é virtualmente impossível para o
grupo realizar, e está tudo bem! No futuro os jogadores
terão a oportunidade de testar novamente os limites de
suas personagens e explorar lugares que antes pareciam
impossíveis de alcançar. Parte da diversão do jogo é
acompanhar esse progresso.
Tabela X.1: Dificuldade dos Testes
Dificuldade da Ação Número Alvo
Trivial 8 com uma verificação cuidadosa feita por alguém que
Simples 12
Complexa 16
Desafiadora 20
Difícil 24
Muito difícil 28
Quase impossível 32
Movimentação Vertical
Situaçõ es de escalada são comuns na vida dos
exploradores, aumentando o tempo necessário para
alcançar seus objetivos e os colocando em situaçõ es de
vulnerabilidade a ataques por parte de oponentes
voadores ou que possuam armas de longo alcance. Uma
criatura que não possua a habilidade de escalar como
um tipo de movimentação natural (como no caso da
maioria dos PCs) é capaz de escalar se movendo à
metade de seu deslocamento básico.
Se uma personagem dispõ e de equipamentos
adequados de escalada e não está pressionada pela
situação ao seu redor, a realização de testes para escalar
serve apenas para atrasar o jogo, sem produzir qualquer
desafio interessante como contrapartida. Em vez disso,
o GM faz bem em optar por situaçõ es nas quais a
movimentação vertical é parte do cenário de outro
desafio (como um combate, um quebra-cabeças ou uma
armadilha) ou as personagens não dispõ em das
ferramentas adequadas.
O NA sugerido leva em consideração situaçõ es desse
tipo, que podem ser entendidas como escalada sob
pressão. Escaladas são um dos usos mais comuns de
Esportes, e o GM pode tornar os testes ainda mais
difíceis em razão de peculiaridades como chuva ou
pouca iluminação.
Enquanto a personagem estiver escalando, ataques
contra ela têm um bô nus de +4 e, se forem bem-
sucedidos, ela deve fazer um teste de Esportes (NA igual
a 10 ou metade do dano sofrido, o que for maior) para
não se desprender da superfície de escalada.
Tabela X.2: Movimentação Vertical
Tipo de Superfície Número Alvo
Árvores e superfícies muito irregulares 10
Parede de tijolos 15
Parede de pedra construída 18
Parede de pedra natural 20
Paliçada de madeira 25
Portas Secretas
Portas ocultas são uma parte comum dos ambientes de
aventura. Detectar uma porta sem estar procurando por
ela requer uma boa dose de atenção, por isso o GM testa
a furtividade de uma porta secreta observando o nível
de atenção dos PCs durante aquele encontro, de forma
idêntica ao que ocorre quando uma personagem tem
chances de perceber uma armadilha. Personagens que
estejam ativamente procurando podem testar Análise.
Passagens secretas e portas ocultas não são o
mesmo, embora sejam parecidas. O nome de passagem
secreta é utilizado aqui para se referir a algo operado
através de um mecanismo que só pode ser encontrado
saiba o que está procurando. Um vão na parede que se
abre caso uma alavanca por trás da tocha seja ativada é
uma passagem secreta, assim como uma estante
girató ria na biblioteca ou o botão que só pode ser visto
quando iluminado por algum tipo de luz mágica. Os PCs
não têm chance de encontrar passagens secretas a não
ser que estejam procurando por elas.
Uma porta oculta pode estar atrás de um quadro
pendurado em uma parede, de uma cortina ou tapeçaria
ou ainda ser camuflada pela semelhança de textura com
a parede ao seu redor. PCs encontram esse tipo de
passagem não apenas analisando, mas às vezes apenas
ao chegarem perto delas, da forma já descrita.
A dificuldade para encontrar uma passagem secreta
ou uma porta oculta é determinada pelo GM
considerando elementos como pistas espalhadas pelo
cô modo (como pegadas que desaparecem num local
improvável) e interesse do construtor original em
realmente evitar que alguém descobrisse a entrada.
Tabela X.3: Portas Ocultas ou Secretas
Número
Tipo de Passagem Alvo
Portas Ocultas 10
Atrás de um quadro (Furtividade +7) 15
Atrás de uma cortina (Furtividade +4) 18
Camuflada na parede (Furtividade +6)
Debaixo d’água (Furtividade +8)
Sob uma tapeçaria (Furtividade +5) 20
Portas Secretas 25
Alavanca oculta 15
Botão escondido 15
Círculo de teleporte¹ 15
Porta giratória 15
¹Além de detectar o círculo, os PCs devem ser
bem-sucedidos em um teste de Misticismo para
passar (ou evitar passar!) através dele.
Contratempos e Impeditivos
PCs são desafiados quase o tempo inteiro por bloqueios
colocados em sua passagem para impedir que possam
prosseguir ao nível ou sala seguinte. Uma porta
trancada com uma boa fechadura às vezes resiste às
habilidades criminosas do ladrão, mas raramente se
mantém diante da força bruta de um guerreiro.
Uma personagem só pode tentar abrir uma fechadura
ou quebrar uma porta uma vez por nível. Testes
seguintes não representam nada além de um esforço
inú til frente à pró pria incapacidade. Em qualquer caso,
um grupo de aventureiros não está impedido de apelar à
força bruta contra esse tipo de obstáculo.
94
 Ataques contra objetos nunca provocam acertos críticos
(na verdade, o GM pode até mesmo optar por ignorar os
ataques e apenas determinar com um cálculo de dano
médio quantas vezes o grupo terá que acertar um objeto
para destruí-lo). Um cadeado típico tem 20 pontos de
vida e é imune a ataques de armas perfurantes. Uma
porta de madeira típica tem 40 pontos de vida e é
igualmente imune. Portas e cadeados mais ou menos
resistentes podem ser pensados a partir desses valores.
Tabela X.4: Tentativas de Abrir
Qualidade da Fechadura Número Alvo
Má qualidade ou enferrujada 15
Qualidade comum 20
Excelente qualidade 25
Selada magicamente 35
Testes para abrir fechaduras são feitos com a perícia
Ofícios (Mecânica). Uma personagem trabalhando sem
as ferramentas adequadas sofre uma penalidade de -5
nesse teste.
Tabela X.5: Tentativas de Arrombar
Tipo de Superfície Número Alvo
Madeira comum 10
Madeira reforçada 15
Metal comum 18
Metal sobrenatural 20
Material reforçado por magia 25
Dificuldade das Ações: Parque
Temático ou Exploração Livre?
T&T é construído como um jogo de exploração livre. O
mundo não muda para se acomodar às personagens dos
jogadores, o que significa que eles podem acabar
entrando em lugares errados e confrontando desafios
muito maiores que suas habilidades.
Se o mundo não muda para acomodá-los, tampouco
muda para desafiá-los, no entanto. Os aventureiros
perceberão que os desfiladeiros não ficam mais altos e
o filhote de dragão que vivia na montanha ao lado não
se torna repentinamente um ancião apenas porque eles
alcançaram um novo nível.
Nesse sentido, T&T não se comporta bem como um
jogo de estilo “parque temático”. Cabe às personagens
decidir o que fazer em seguida, e são elas quem serão
responsáveis por julgar quais desafios estão ou não ao
seu alcance em certo momento da campanha.
Não Protagonistas da
Campanha
As páginas seguintes apresentam algumas criaturas que
podem ser utilizadas como antagonistas para os
aventureiros iniciantes que estão sendo testados
durante esta rodada.
Um soldado é um oponente simples: em um encontro
de combate, o GM pode utilizar um deles para cada PC
do mesmo nível ou dois deles para cada PC que esteja
pelo menos dois níveis acima. Um grupo de quatro
orcs, por exemplo, é um desafio razoável para um grupo
95
de quatro PCs de 2º nível, mas oito orcs seriam
necessários para desafiar quatro PCs de 4º nível.
Um capitão é um oponente duro tanto em razão da
sua capacidade de permanecer por várias rodadas em
combate quanto pela diversidade de seus recursos. Em
um encontro de combate, o GM pode utilizar um capitão
para cada dois PCs do mesmo nível, para cada quatro
PCs que estejam dois níveis abaixo dele ou um capitão
por PC que esteja dois níveis acima dele. Dois vultos
são um encontro de combate desafiador para quatro PCs
de 3º nível, mas um vulto poderia ser utilizado para
enfrentar os mesmos quatro PCs no 1º nível e quatro
vultos podem representar um bom desafio para quatro
personagens de 5º nível.
Um comandante é um desafio digno para um grupo
de quatro PCs do seu nível. Ele estará armado com
açõ es mú ltiplas, reaçõ es, imunidades e resistências,
além de outras formas de se manter contra o ataque
concentrado de vários oponentes. Um jovem dragão
vermelho, por exemplo, é um desafio à altura para
quatro PCs de 5º nível.
Construindo Encontros
Ao construir um encontro, considere a possibilidade de
utilizar inimigos de nível variado e habildades
diversificadas. É interessante evitar, por exemplo, que
um grupo seja colocado contra oponentes sem nenhuma
forma de atacá-los à distância.
Por outro lado, é igualmente interessante levar em
consideração as habilidades do grupo ao preparar um
desafio. Se os aventureiros não possuem qualquer
forma de detectar criaturas invisíveis, um encontro
contra um oponente invisível é mais frustrante do que
desafiador. Se os oponentes são imunes aos ataques de
armas comuns, é bom se assegurar de que eles cairão
diante de outras formas de ofensiva.
Nada impede que o GM utilize as orientaçõ es acima
para criar encontros mais fáceis ou mais difíceis para o
seu grupo. T&T não utiliza marcadores como “fácil”,
“difícil” ou “mortal” para os encontros porque partimos
do pressuposto de que todos os encontros devem ser
potencialmente mortais, e os oponentes foram criados a
partir dessa premissa.
A cada vez que pensar em acrescentar um encontro
de combate fácil, substitua-o por uma armadilha ou
algum outro desafio de exploração que tenha alguma
consequência prática. Vai melhorar o jogo.
Exemplo de Construção de Encontro
Para este exemplo, imaginemos que o GM quer colocar
um grupo de 5 PCs de 3º nível contra um bom desafio. A
primeira coisa que ele deve fazer é decidir que tipo de
oponente gostaria de usar:
Se pretende deixar um comandante para outro
momento, ele pode lançar mão de dois capitães de 3º nível
acompanhados de quatro soldados de 3º nível.
Se quer utilizar um comandante, mas não tão poderoso,
pode optar por um de 1º nível, mas deverá povoar o
encontro com mais oponentes, como um capitão e quatro
soldados, por exemplo.
Um encontro clássico contra uma horda de zumbis
poderia ser jogado por esse grupo com 10 zumbis, ou
talvez um vulto acompanhado por 6 deles.
Bugbear
Humanoide médio, capitão de 2º nível
Classe de Armadura: 16 (cota de escamas)
Pontos de Vida: 50
Ataque Principal: Maça pesada +3 ou lança curta +2
Dano: Maça pesada impacto 2d12 ou lança curta
perfuração 1d12
Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR
15 14 13 8 11 9

Ataques Especiais: Emboscada

Defesas Especiais: Nenhuma
Perícias: Furtividade +6, Sobrevivência +2
Jogadas de Proteção
P-V-M P-T I-OM E-AA F
+9 +9 +5 +9 +5

Deslocamento: caminhada 9m
Alinhamento: Mau e Caó tico
Experiência: 400 XP Carniçal
Estas criaturas apreciam o isolamento e escuridão das Morto-vivo médio, capitão de 1º nível
florestas mais densas e distantes, retornando à Classe de Armadura: 11 (armadura natural)
civilização apenas para caçar, destruir e saquear. Pontos de Vida: 35
Bugbears não têm qualquer dificuldade em tomar dos Ataque Principal: Garras +3 e mordida +2
outros aquilo que desejam para si, e não costumam Dano: Garras corte 1d8 e mordida perfuração 2d8
deixar testemunhas de sua maldade.
Atributos
Combate FOR DES CON INT SAB CAR
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: 11 10 15 7 13 6

emboscada Ataques Especiais: Paralisia

O bugbear tem um bô nus de +4 em testes de furtividade Defesas Especiais: Imune a dano de veneno ou
e causa +2d6 pontos de dano com ataques de suas necró tico. Não pode fica encantado, exausto,
armas ao atacar um inimigo que esteja surpreso. intoxicado ou maculado.
Jogadas de Proteção
P-V-M P-T I-OM E-AA F
+9 +9 +9 +5 +7

Deslocamento: caminhada 9m
Alinhamento: Mau e Caó tico
Experiência: 200 XP

Animados por uma força profana maligna ao extremo,

carniçais desenvolvem um estranho desejo de consumir
carne de humanó ides como homens e elfos, tornando-
se o verdadeiro terror daqueles tolos o bastante para
invadir tumbas e cemitérios apó s o cair da noite.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

Paralisia
Uma criatura atingida por um ataque das garras do
carniçal deve ser bem-sucedida em uma jogada de
proteção contra Paralisação ou ficará paralisada por 1
minuto. Ao final de cada um de seus turnos, a criatura
pode realizar uma nova jogada de proteção e o efeito
termina se ela for bem-sucedida.

96
 Dragão Vermelho, Infante Elfo das Trevas
Dragão grande, comandante de 5º nível Humanoide médio, soldado de 2º nível

Classe de Armadura: 17 (armadura natural) Classe de Armadura: 16 (placa peitoral)

Pontos de Vida: 115 Pontos de Vida: 17
Ataque Principal: Garras +6 e mordida +5 Ataque Principal: besta de mão +3 ou espada curta +5
Dano: Garras corte 2d10 e mordida perfuração 4d12 Dano: besta de mão perfuração 1d4 ou espada curta
perfuração 1d8
Atributos
Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR
19 10 17 12 11 15 FOR DES CON INT SAB CAR
10 14 10 13 11 12
Ataques Especiais: Garras de Navalha, Sopro
Defesas Especiais: Imune a dano de fogo, resistente a Ataques Especiais: Seta venenosa
dano de armas comuns. Imune a feitiços que causam Defesas Especiais: Resistência a Magia, imune a
encantamento, paralisação ou sono. feitiços que causam envelhecimento ou sono.
Perícias: Análise +6, Comando +7, Linguagem +6, Perícias: Furtividade +2, Misticismo +2
Misticismo +6 Jogadas de Proteção
Jogadas de Proteção P-V-M P-T I-OM E-AA F
P-V-M P-T I-OM E-AA F +4 +8 +6 +10 +4
+13 +13 +13 +9 +13
Deslocamento: caminhada 9m
Deslocamento: caminhada 12m ou voo 18m Alinhamento: Mau e Ordeiro
Alinhamento: Caó tico e Mau Experiência: 200 XP
Experiência: 2.000 XP
Nascidos e criados na escuridão de sua rainha-
Mesmo que não sejam tão fortes quanto um adulto, demô nio, os elfos das trevas são inimigos não apenas
dragõ es vermelhos infantes não perdem em nada em de sua contraparte das florestas, mas de todo o mundo
termos de crueldade, ganância e brutalidade. que persiste nas terras de luz acima de seus domínios.

Combate Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

garras de navalha Feitiçaria

Uma rolagem de ataque 19 ou 20 é um acerto crítico
com as garras do dragão.
resposta mortal
Como uma reação, quando sofre dano de um ataque
corpo a corpo, o dragão pode realizar um ataque de
garra contra o oponente que o atingiu.
Quando é reduzido à metade de seus pontos de vida
ou menos, o dragão passa a poder realizar até duas
reaçõ es por rodada.
sopro de fogo
Como uma ação de três passos, o dragão se desloca até
6m caminhando ou 9m voando, sem provocar ataques
de oportunidade, e sopra fogo em um cone de 9 metros
diante dele ao final do deslocamento.
Qualquer criatura dentro da área deve realizar uma
jogada de proteção contra Ataque em Á rea, sofrendo 5d8
pontos de dano de fogo em caso de falha, ou metade
disso se for bem-sucedida.
O dragão pode soprar fogo uma vez e ganha a
capacidade de soprar fogo uma segunda vez quando é
reduzido à metade de seus pontos de vida ou menos.
O elfo das trevas conhece a rotina luz e pode lançar os
feitiços escudo de essência e passo nebuloso uma vez por
combate.
Seta Venenosa
Os elfos das trevas banham seus virotes com veneno.
Um alvo atingido pelo ataque de sua besta de mão deve
ser bem-sucedido em uma jogada de proteção contra
Veneno ou ficará inconsciente por até 2d4 horas, como
se tivesse sido afetado pela feitiço sono. Uma criatura
que seja bem-sucedida em sua jogada de proteção fica
imune a esse veneno por 24 horas.
Resistência a Magia
Qualquer feitiço lançado contra um elfo das trevas tem
50% de chance de falha, testada antes dele fazer sua
jogada de proteção ou apó s o ataque ser bem-sucedido.
Com uma ação de um passo, ele pode suprimir
temporariamente os efeitos dessa resistência, que são
restabelecidos apó s um minuto ou assim que ele
desejar, como uma ação de um passo.

97
Esqueleto Gárgula
Morto-vivo médio, soldado de 1º nível Elemental médio, capitão de 4º nível

Classe de Armadura: 13 (destreza e couro) Classe de Armadura: 14 (armadura natural)

Pontos de Vida: 12 Pontos de Vida: 70
Ataque Principal: Arco longo +2 ou espada curta +2 Ataque Principal: garras +5 e mordida +4
Dano: Arco longo perfuração 1d10 ou espada curta Dano: Garras corte 1d12 e mordida perfuração 2d12
perfuração 1d8 Atributos
Atributos FOR DES CON INT SAB CAR
FOR DES CON INT SAB CAR 15 11 16 6 11 7
10 14 15 6 8 5
Ataques Especiais: Garras de Navalha, Mergulho
Ataques Especiais: Nenhum Defesas Especiais: Imune a dano de veneno ou de
Defesas Especiais: Imune a dano de veneno ou armas comuns. Não pode ficar exausta, intoxicada ou
necró tico e resistente a qualquer dano de corte ou petrificada.
perfuração. Não pode ficar encantado, exausto, Jogadas de Proteção
intoxicado ou maculado. P-V-M P-T I-OM E-AA F
Jogadas de Proteção +9 +9 +5 +9 +5
P-V-M P-T I-OM E-AA F
Deslocamento: caminhada 6m ou voo 12m
+8 +8 +8 +4 +6
Alinhamento: Ordeiro
Deslocamento: caminhada 9m Experiência: 800 XP
Alinhamento: Mau
Semelhantes a estátuas de pedra, gárgulas são sempre
Experiência: 100 XP
utilizadas como guardiõ es por feiticeiros e outros
O esqueleto é um morto-vivo animado a partir dos místicos. Observando o alto de uma torre ou templo,
ossos de uma criatura, em geral humanó ide, embora dificilmente um viajante será capaz de identificar se a
nada impeça a utilização dos ossos de outros seres para imagem que observa de volta está viva ou não.
essa finalidade. Sem muita inteligência real, são vistos Combate
como guardiõ es descartáveis por necromantes.
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

garras de navalha
Uma rolagem de ataque 19 ou 20 é um acerto crítico
com as garras da gárgula.

mergulho
Uma gárgula que esteja voando sobre
seus inimigos pode, com uma ação de
três passos, investir contra um deles se
deslocando até 15m para, em seguida,
realizar um ataque de garras
devastador. Se ela se
deslocou pelo menos 9m
antes do ataque, recebe um
bô nus de +4 na tentativa e
causa +1d12 pontos de
dano e deixa o inimigo
caído caso o ataque seja
bem-sucedido. A gárgula
não pode utilizar o
mergulho mais de uma
vez por encontro contra
o mesmo alvo.

98
 Gnoll, Sacerdote
Monstruosidade média, comandante de 3º nível
Classe de Armadura: 15 (armadura natural)
Pontos de Vida: 91
Ataque Principal: Dardo de sombras +4
Dano: Dardo de sombras psíquico 1d6
Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR
13 13 14 11 15 12

Ataques Especiais: Feitiçaria

Defesas Especiais: Feitiçaria
Perícias: Misticismo +3, Natureza +2
Jogadas de Proteção
P-V-M P-T I-OM E-AA F
+9 +9 +11 +7 +11

Deslocamento: caminhada 12m

Alinhamento: Mau e Caó tico
Experiência: 1.200 XP

Um grupo grande de gnolls será em geral chefiado por

Gnoll, Caçador um sacerdote mais inteligente, mas também muito mais
malicioso, sempre à procura de humanó ides mais
Monstruosidade média, soldado de 3º nível fracos que ele possa sacrificar em honra de seus deuses
Classe de Armadura: 13 (destreza e couro) selvagens que caminham pelas florestas à noite.
Pontos de Vida: 50 Combate
Ataque Principal: Alabarda +4 ou arco longo +3
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
Dano: Alabarda corte 3d10 ou arco longo perfuração
1d10 duplicata de sombras
Atributos A pró pria sombra do sacerdote se comporta em
FOR DES CON INT SAB CAR combate como um ente animado, que duplica seus
16 13 15 8 12 6 passos e refaz suas açõ es a cada momento. O sacerdote
pode deixá-la agir livremente ou mantê-la presa a seu
Ataques Especiais: nenhum corpo. Enquanto ela está presa, o sacerdote pode
Defesas Especiais: nenhuma utilizar uma reação para direcionar um ataque contra
Perícias: Esportes +4, Sobrevivência +3 ele para a sombra, sofrendo apenas metade do dano se o
Jogadas de Proteção ataque for bem-sucedido.
P-V-M P-T I-OM E-AA F Uma sombra livre age em seu pró prio turno, que
+8 +8 +4 +8 +4 acontece imediatamente apó s o turno do sacerdote, e
compartilha pontos de vida e estilhas de feitiço com
Deslocamento: caminhada 12m seu mestre. O sacerdote pode libertar ou trazer de volta
Alinhamento: Caó tico sua sombra uma vez a cada um de seus turnos, como
Experiência: 300 XP uma ação de um passo.

Estes homens-hiena são criaturas selvagens, famintas e feitiçaria

facilmente induzidas à fú ria. Utilizam seu físico brutal
para atacar oponentes em bandos, mas não se
submetem a qualquer tática de combate, transformando
a batalha em uma celebração caó tica e sangrenta.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
fúria de sangue
Quando é reduzido à metade de seus pontos de vida ou
menos, o gnoll fica enfurecido, tratando qualquer
inimigo como alvo de sua fú ria e permanecendo assim
até o final do combate.
O sacerdote conhece as rotinas chicote de espinhos,
dardo de sombras e zombaria viciosa e pode lançar 2
feitiços de 1º círculo e 1 feitiço de 2º círculo antes de
precisar descansar. Seus feitiços tipicamente
preparados são disparo gélido, onda trovejante, pedras
explosivas, perdição e raio do enfraquecimento.
investimento sombrio
Os pactos celebrados entre o sacerdote e seus deuses
lhe concedem resistência física superior e uma
armadura natural poderosa. Além disso, cada vez que
causa dano com um feitiço, ele causa +2d6 pontos de
dano do mesmo tipo em cada alvo.

99
Goblin Goblin, Xamã
Humanoide pequeno, soldado de 1º nível Humanoide pequeno, comandante de 1º nível

Classe de Armadura: 15 (destreza, couro e escudo) Classe de Armadura: 15 (destreza e couro batido)
Pontos de Vida: 13 Pontos de Vida: 71
Ataque Principal: Lança curta +4 Ataque Principal: Lança incandescente +4
Dano: Lança curta perfuração 1d6 Dano: Lança incandescente perfuração 1d12 + fogo 1d4

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
10 15 13 9 11 8 9 15 11 12 15 9

Ataques Especiais: Táticas de Bando Ataques Especiais: Feitiçaria

Defesas Especiais: Nenhuma Defesas Especiais: Feitiçaria
Perícias: Furtividade +7, Sobrevivência +1 Perícias: Alquimia +2, Furtividade +6, Misticismo +2

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+4 +8 +6 +10 +4 +9 +9 +11 +7 +11

Deslocamento: caminhada 9m Deslocamento: caminhada 9m

Alinhamento: Caó tico e Mau Alinhamento: Mau e Caó tico
Experiência: 100 XP Experiência: 400 XP

Covardes além da conta, goblins são pequenas criaturas
de pele esverdeada, dentes afiados e olhos vermelhos
que perambulam em bandos através de colinas e
montes pouco elevados, sempre à procura de pequenas
caravanas e viajantes solitários que possam assaltar.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
táticas de bando
O goblin recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao
atacar um inimigo pelos flancos.
Um grupo de goblins costuma esconder entre eles pelo
menos um xamã, aliado de espíritos do fogo e das
montanhas, capaz de lançar alguns poucos feitiços, mas
com poder considerável de destruição.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
feitiçaria
O xamã conhece as rotinas borrifar veneno e produzir
chamas e pode lançar 1 feitiço de 1º círculo antes de
precisar descansar. Seus feitiços tipicamente
preparados são onda trovejante, pedras explosivas e
reflexos místicos.

lança incandescente
Com uma ação de um passo, o xamã pode incendiar a
ponta da lança curta que carrega, criando uma lança
incandescente, que permanece em chamas até que ele
escolha apagá-la com uma ação livre ou até que ele
deixe de empunhá-la.

piromania
O xamã é encantado pelas forças elementais e pelo
poder destrutivo das chamas.
Quando o xamã causa dano de fogo com um de seus
ataques ou feitiços, ele causa +1d4 pontos de dano.
Além disso, quando um inimigo dentro do seu raio de
visão sofre dano de fogo, o xamã é inundado pelo êxtase
das chamas e fica acelerado até o final do combate.

100
 Guarda Homem-Lagarto
Humanoide médio, soldado de 1º nível Monstruosidade média, capitão de 1º nível

Classe de Armadura: 15 (couro batido e escudo Classe de Armadura: 15 (armadura natural e escudo
pesado) pesado)
Pontos de Vida: 15 Pontos de Vida: 50
Ataque Principal: Lança curta +4 Ataque Principal: mordida +1 e maça rápida +3 ou
Dano: Lança curta perfuração 1d10 lança curta +3
Dano: mordida perfuração 1d12 e maça rápida impacto
Atributos 1d12 ou lança curta perfuração 1d12
FOR DES CON INT SAB CAR
Atributos
13 11 13 10 12 11
FOR DES CON INT SAB CAR
Ataques Especiais: Nenhum 15 10 13 7 12 7
Defesas Especiais: Nenhuma
Perícias: Esportes +2, Labor +2 Ataques Especiais: Rabada
Defesas Especiais: Nenhuma
Jogadas de Proteção Perícia: Esportes +3, Sobrevivência +2
P-V-M P-T I-OM E-AA F
Jogadas de Proteção
+8 +8 +4 +8 +4
P-V-M P-T I-OM E-AA F
Deslocamento: caminhada 9m +9 +9 +5 +9 +5
Alinhamento: Ordeiro
Experiência: 100 XP Deslocamento: caminhada 9m ou natação 9m
Alinhamento: Caó tico
As estatísticas acima podem ser utilizadas para Experiência: 200 XP
qualquer humanoide que ocupe a função de guarda em
uma cidadela, forte ou qualquer outro local Esses habitantes do pântano organizam sua cultura
supostamente protegido contra ofensivas externas. tribal ao redor de objetivos simples, mas constantes,
como a manutenção dos territó rios conquistados e a
Combate garantia de comida farta para fêmeas e filhotes.
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Demonstram pouco apreço por outros povos livres.

formação em falange Combate

O guarda recebe um bô nus de +2 em seus ataques e CA
enquanto pelo menos uma outra criatura aliada com a
habilidade formação em falange estiver adjacente a ele e
não estiver incapacitada.
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
rabada
Uma vez por rodada, com uma ação de um passo, o
homem-lagarto pode utilizar a cauda para fazer um
ataque com a manobra deslocar. Esse é um ataque além
daqueles que ele pode fazer com suas armas comuns.

101
Licantropo, Homem-Rato Licantropo, Lobisomem
Monstruosidade média, soldado de 4º nível Monstruosidade média, comandante de 4º nível

Classe de Armadura: 13 (destreza e armadura natural) Classe de Armadura: 15 (destreza e armadura natural)
Pontos de Vida: 45 Pontos de Vida: 105
Ataque Principal: garras +4 e mordida +5 Ataque Principal: garras +3 e mordida +4
Dano: Garras corte 1d6 e mordida perfuração 1d12 Dano: Garras corte 1d12 e mordida perfuração 2d12

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
10 15 12 13 13 10 15 13 14 10 13 10

Ataques Especiais: Licantropia, Táticas de Bando
Defesas Especiais: Imune a dano de armas comuns que
não sejam feitas de prata, resistente a dano de armas
mágicas que não sejam feitas de prata.
Perícias: Esportes +2, Furtividade +4, Lábia +3
Ataques Especiais: Licantropia, Perseguição Rápida.
Defesas Especiais: Imune a dano de armas comuns que
não sejam feitas de prata, resistente a dano de armas
mágicas que não sejam feitas de prata.
Perícias: Análise +2, Comando +2, Sobrevivência +4

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+8 +10 +4 +6 +6 +11 +13 +7 +9 +9

Deslocamento: caminhada 12m ou escalada 9m Deslocamento: caminhada 12m

Alinhamento: Mau Alinhamento: Caó tico
Experiência: 400 XP Experiência: 1.600 XP

O homem-rato típico se mistura entre os habitantes da
cidade e pode passar a vida inteira sem ser identificado,
podendo sempre assumir sua forma bestial e fugir para
os esgotos ou outros lugares escuros e inó spitos
quando colocado em risco.
O lobisomem prefere viver longe da civilização, na
companhia de lobos e outros animais selvagens, e não
responde bem a qualquer tipo de invasão ao seu
territó rio. Essas criaturas enxergam o mundo como um
campo de caça, e se comportam de acordo.

Combate Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

táticas de bando licantropia

O homem-rato recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao
atacar um inimigo pelos flancos.
licantropia
O homem-rato é um licantropo. As estatísticas acima
são para sua forma híbrida, mas ele pode realizar uma
ação de um passo para assumir sua forma humana, uma
forma de rato gigante ou a forma de um rato comum. Ele
reverte para a forma humana quando é reduzido a 0
pontos de vida, estando morto ou não.
Um oponente atingido por ataques das garras e presas
de um homem-rato deve ser bem-sucedido em uma
jogada de proteção contra Transfiguração. Em caso de
falha, passará por uma transformação e se tornará ele
pró prio um homem-rato na pró xima lua cheia. PCs
afetados tornam-se NPCs pelo menos
até serem curados da maldição
com um feitiço de remover
maldição ou feitiçaria ainda
mais poderosa.
O lobisomem é um licantropo. As estatísticas acima são
para sua forma híbrida, mas ele pode realizar uma ação
de um passo para assumir sua forma humana, uma
forma de lobo atroz ou a forma de um lobo comum. Ele
reverte para a forma humana quando é reduzido a 0
pontos de vida, estando morto ou não.
Um oponente atingido por ataques das garras e presas
de um lobisomem deve ser bem-sucedido em uma
jogada de proteção contra Transfiguração. Em caso de
falha, passará por uma transformação e se tornará ele
pró prio um lobisomem na pró xima lua cheia. PCs
afetados tornam-se NPCs pelo menos até serem curados
da maldição com um feitiço de remover maldição.
perseguição rápida
Quando um inimigo sai de sua área de ameaça, o
lobisomem pode, como uma reação, se deslocar até 6m
em sua direção, sem provocar ataques de oportunidade.
Se o inimigo estiver ao seu alcance ao final desse
deslocamento, ele pode fazer um ataque de mordida
contra ele.
Quando é reduzido à metade de seus pontos de vida
ou menos, o lobisomem passa a poder realizar até duas
reaçõ es por rodada.

102
 Lobo Lobo Atroz
Animal médio, soldado de 2º nível Animal grande, soldado de 3º nível

Classe de Armadura: 13 (destreza e armadura natural) Classe de Armadura: 13 (destreza e armadura natural)
Pontos de Vida: 35 Pontos de Vida: 45
Ataque Principal: mordida +3 Ataque Principal: Mordida +5
Dano: mordida perfuração 2d8 Dano: Mordida 2d12

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
12 15 12 2 15 6 15 16 14 2 14 7

Ataques Especiais: Táticas de Bando Ataques Especiais: Presas Mortais, Táticas de Bando
Defesas Especiais: Nenhuma Defesas Especiais: Nenhuma

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+4 +8 +6 +10 +4 +4 +8 +6 +10 +4

Deslocamento: caminhada 12m Deslocamento: caminhada 15m

Alinhamento: Neutro Alinhamento: Neutro
Experiência: 200 XP Experiência: 300 XP

Estas são as estatísticas para um lobo comum. Essas
criaturas quase nunca atacam sozinhas, preferindo agir
em bando. São aliados preferenciais de predadores
noturnos como vampiros e lobisomens, embora não
tenham qualquer inclinação natural para o mal.
O lobo atroz parece uma versão maior e mais primitiva
de um lobo comum, e talvez realmente seja. Mais forte e
ainda mais selvagem, mantém o hábito de se organizar
em bandos, mas também é muitas vezes encontrado
como montaria de humanoides de origem bárbara.

Combate Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

táticas de bando presas mortais

O lobo recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao atacar Uma rolagem de ataque 19 ou 20 é um acerto crítico
um inimigo pelos flancos. com a mordida do lobo atroz.

táticas de bando
O lobo atroz recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao
atacar um inimigo pelos flancos.

103
Lobo Invernal Ogro
Monstruosidade grande, capitão de 4º nível Gigante grande, soldado de 5º nível

Classe de Armadura: 14 (destreza e armadura natural) Classe de Armadura: 13 (armadura natural)

Pontos de Vida: 120 Pontos de Vida: 100
Ataque Principal: Mordida +4 Ataque Principal: Maça pesada +7
Dano: Mordida perfuração 4d10 + frio 1d6 Dano: Maça pesada impacto 4d12

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
18 13 14 7 15 8 19 8 16 5 7 7

Ataques Especiais: Mandíbula Congelante, Sopro Ataques Especiais: Nenhum

Defesas Especiais: Imune a dano de frio. Defesas Especiais: Nenhuma

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+5 +9 +7 +11 +5 +10 +10 +6 +10 +6

Deslocamento: caminhada 15m Deslocamento: caminhada 12m

Alinhamento: Mau Alinhamento: Caó tico e Mau
Experiência: 800 XP Experiência: 500 XP

Apesar da semelhança com lobos atrozes comuns, ao
lobo invernal foi concedida uma inteligência superior,
acompanhada de uma malícia característica que faz
deles aliados de primeira ordem para outros habitantes
malignos do ártico, como gigantes de gelo.
Mais fracos e estú pidos entre os povos gigantes, ogros
são criaturas de temperamento cruel e ganância
singular, que respeitam pouca coisa além da força bruta
e são em geral encontrados a serviço de seres ainda
mais cruéis e gananciosos que eles pró prios.

Combate Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

mandíbula congelante fúria de sangue

Assim como o lobo atroz, o lobo invernal também Quando é reduzido à metade de seus pontos de vida ou
obtém um acerto crítico com uma rolagem de ataque 19 menos, o ogro fica enfurecido, tratando qualquer
ou 20 de sua mordida. inimigo como alvo de sua fú ria e permanecendo assim
Além disso, sua mordida é capaz de resfriar até a até o final do encontro de combate.
alma dos oponentes, causando +1d6 pontos de dano de
frio com um ataque bem-sucedido e reduzindo o
deslocamento do alvo em três metros até o final de seu
pró ximo turno.

sopro de gelo
Como uma ação de três passos, o lobo invernal se
desloca até 9m, sem provocar ataques de oportunidade,
e sopra um cone de frio de 4,5 metros diante dele ao
final do deslocamento.
Qualquer criatura dentro da área deve realizar uma
jogada de proteção contra Ataque em Á rea, sofrendo 3d8
pontos de dano de frio em caso de falha, ou metade
disso se for bem-sucedida.
O lobo invernal pode soprar gelo uma vez e ganha a
capacidade de soprar gelo uma segunda vez quando é
reduzido à metade de seus pontos de vida ou menos.

104
 Orc Orc, Bruxo
Humanoide médio, soldado de 2º nível Humanoide médio, comandante de 2º nível

Classe de Armadura: 15 (gibão de peles e escudo leve) Classe de Armadura: 14

Pontos de Vida: 32 Pontos de Vida: 120
Ataque Principal: Machado militar +4 Ataque Principal: Raio de frio +6 ou maça leve +3
Dano: Machado militar corte 1d12 Dano: Raio de frio frio 1d8 ou maça leve 1d10

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
15 12 15 7 11 10 13 15 16 11 13 16

Ataques Especiais: Nenhum Ataques Especiais: Feitiçaria

Defesas Especiais: Nenhuma Defesas Especiais: Nenhuma
Perícias: Labor +3, Sobrevivência +1 Perícias: Cura +2, Lábia +3, Misticismo +3

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+8 +8 +4 +8 +4 +9 +9 +11 +7 +11

Deslocamento: caminhada 9m Deslocamento: caminhada 9m

Alinhamento: Caó tico Alinhamento: Caó tico e Mau
Experiência: 200 XP Experiência: 800 XP

Das raças livres, os orcs são os que com mais
frequência são encontrados a serviço de entidades
malignas, muito em razão dos pactos celebrados por
seus xamãs tribais, que na verdade não passam de
bruxos a serviço dos poderes sombrios do mundo.
Bruxos conspiram para dominar seus pró prios irmãos
orcs, de maneira que podem ser encontrados
controlando o restante da população ou tentando
manipular outros líderes para realizar a vontade de
demô nios e outras entidades extraplanares.

Combate Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:

faro de sangue corrente de sombras

O orc recebe um bô nus de +2 em sua rolagem e ela é
considerada um acerto crítico com 19 ou 20 se ele
realiza um ataque corpo a corpo contra uma criatura
que tenha sido reduzida à metade de seus pontos de
vida ou menos.
Quando o bruxo utiliza um feitiço contra um oponente,
ele pode escolher um segundo oponente que não esteja
mais de 6m distante do alvo primário para também ser
afetado pelo feitiço.
Quando é reduzido à metade de seus pontos de vida
ou menos, o bruxo passa a poder escolher ainda um
terceiro alvo, que não pode estar mais de 6m distante de
nenhum dos outros dois alvos.

faro de sangue
O bruxo recebe um bô nus de +2 em sua rolagem e ela é
considerada um acerto crítico com 19 ou 20 se ele usa
uma de suas rotinas para realizar um ataque contra uma
criatura que tenha sido reduzida à metade de seus
pontos de vida ou menos.

feitiçaria
O bruxo conhece as rotinas abraço macabro e raio de
frio e pode lançar 2 feitiços de 1º círculo antes de
precisar descansar. Seus feitiços conhecidos são infligir
ferimentos e perdição.

passagem pela sombra

Enquanto está numa área de escuridão ou luz fraca, o
bruxo fica acelerado.

105
Rato Gigante Troglodita
Animal pequeno, soldado de 1º nível Monstruosidade média, capitão de 2º nível

Classe de Armadura: 13 (destreza) Classe de Armadura: 14 (armadura natural e escudo

Pontos de Vida: 7 leve)
Ataque Principal: Mordida +5 Pontos de Vida: 71
Dano: Mordida perfuração 1d3 Ataque Principal: Tridente +4
Dano: Tridente perfuração 1d10
Atributos
Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR
7 17 11 2 13 4 FOR DES CON INT SAB CAR
13 9 15 8 11 8
Ataques Especiais: Doença, Táticas de Bando
Defesas Especiais: Nenhuma Ataques Especiais: Odor Nauseante, Tridente Girató rio
Defesas Especiais: Nenhuma
Jogadas de Proteção
Jogadas de Proteção
P-V-M P-T I-OM E-AA F
+6 +6 +8 +4 +8 P-V-M P-T I-OM E-AA F
+9 +9 +5 +9 +5
Deslocamento: caminhada 9m ou escalada 9m
Alinhamento: Neutro Deslocamento: caminhada 6m ou natação 9m
Experiência: 100 XP Alinhamento: Mau e Ordeiro
Experiência: 400 XP
Ratos gigantes fazem seus ninhos principalmente nos
esgotos das grandes cidades, mas algumas espécies Trogloditas são criaturas reptilianas, mas não se
também habitam as florestas primordiais, ou qualquer confundem com os homens-lagarto. Vivem em cavernas
lugar onde seja possível encontrar comida abundante. frias e ú midas e se comunica principalmente através de
odores corporais. O fedor de um troglodita zangado ou
Combate assustado é repugnante até mesmo apó s sua morte.
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte: Combate
mesclar-se às sombras Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
Enquanto está numa área de escuridão ou luz fraca, o odor nauseante
rato gigante pode realizar uma ação de ocultação como
uma ação de um passo. Qualquer criatura que não seja um troglodita e inicie
seu turno adjacente ao troglodita deve ser bem-sucedida
táticas de bando em uma jogada de proteção contra Veneno. Se falhar, fica
intoxicada até o final de seu pró ximo turno. Se for bem-
O rato gigante recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao
sucedida, fica imune a este efeito por 1 hora.
atacar um inimigo pelos flancos.
tridente giratório
Como uma ação de dois passos, um troglodita armado
com um tridente pode girá-lo para causar dano a todos
que estejam ao seu redor.
Qualquer criatura adjacente a ele deve realizar uma
jogada de proteção contra Ataque em Á rea, sofrendo
2d10 pontos de dano de perfuração em caso de falha.
O troglodita pode girar seu tridente dessa maneira
uma vez e ganha a capacidade de fazê-lo uma
segunda vez quando é reduzido a metade de
seus pontos de vida ou menos.

106
 Troll Urso Pardo
Monstruosidade grande, capitão de 5º nível Animal grande, capitão de 3º nível

Classe de Armadura: 15 (destreza e armadura natural) Classe de Armadura: 12 (armadura natural)

Pontos de Vida: 105 Pontos de Vida: 70
Ataque Principal: garras +7 e mordida +6 Ataque Principal: garras +3 e mordida +2
Dano: garras corte 2d10 e mordida perfuração 4d10 Dano: garras corte 2d10 e mordida perfuração 4d12

Atributos Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR FOR DES CON INT SAB CAR
18 13 20 7 9 7 19 10 16 2 15 7

Ataques Especiais: Dispersar, Garras de Navalha Ataques Especiais: Investida Selvagem

Defesas Especiais: Regeneração Defesas Especiais: Nenhuma

Jogadas de Proteção Jogadas de Proteção

P-V-M P-T I-OM E-AA F P-V-M P-T I-OM E-AA F
+11 +11 +7 +11 +7 +9 +9 +5 +9 +5

Deslocamento: caminhada 12m Deslocamento: caminhada 12m ou escalada 9m

Alinhamento: Mau e Caó tico Alinhamento: Neutro
Experiência: 1.000 XP Experiência: 600 XP

O que não possuem em inteligência e perspicácia os
trolls compensam em poder de destruição e resistência
em batalha. Esses monstros malignos amam caçar e
devorar criaturas menores, e pouca coisa além do fogo
consegue mantê-los a distância por muito tempo.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
dispersar
Quando acerca um ataque de garra contra um inimigo, o
troll pode imediatamente empurrá-lo até 3m para longe
ou deslocá-lo até 1,5m para os lados.
garras de navalha
Uma rolagem de ataque 19 ou 20 é um acerto crítico
com as garras do Troll.
Estas são as estatísticas para um urso comum, uma
criatura territorialista, que não costuma lidar bem com
invasõ es por parte de seres que não sejam pró ximos das
criaturas da floresta.
Combate
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
investida selvagem
O urso pode, com uma ação de três passos, investir
contra um oponente, se deslocando até 9m sem
provocar ataques de oportunidade, para, em seguida,
mordê-lo com toda sua força. Se se deslocar pelo menos
6m antes do ataque, ele recebe um bô nus de +2 na
tentativa e causa +1d12 pontos de dano e deixa o
inimigo caído se o ataque for bem-sucedido.

regeneração
A não ser que tenha sofrido dano de ácido ou fogo desde
o final de seu turno anterior, o troll recupera 10 pontos
de vida no início de cada turno. Trolls possuem um
ó dio profundo de criaturas portadoras de recursos
capazes de feri-los realmente, e atacarão esses inimigos
em detrimento de qualquer outro.

107
Vulto Zumbi
Morto-vivo médio, capitão de 3º nível Morto-vivo médio, soldado de 1º nível

Classe de Armadura: 15 (cota de escamas) Classe de Armadura: 11 (armadura natural)

Pontos de Vida: 36 Pontos de Vida: 22
Ataque Principal: Garras +4 e garras +4 Ataque Principal: Pancada +0 ou mordida +1
Dano: Garras perfuração 1d12 + dreno vital Dano: Pancada impacto 1d10 ou mordida perfuração
2d8
Atributos
Atributos
FOR DES CON INT SAB CAR
15 14 16 10 13 11 FOR DES CON INT SAB CAR
12 8 14 6 8 5
Ataques Especiais: Dreno Vital
Defesas Especiais: Imune a dano de frio, veneno ou Ataques Especiais: Táticas de Bando
necró tico. Não pode ficar encantado, exausto, Defesas Especiais: Imune a dano de veneno ou
intoxicado ou maculado. Resistente a dano de armas necró tico. Não pode ficar encantado, exausto,
comuns que não sejam feitas de prata. intoxicado ou maculado.
Perícias: Análise +2, Furtividade +3 Jogadas de Proteção
Jogadas de Proteção P-V-M P-T I-OM E-AA F
P-V-M P-T I-OM E-AA F +8 +8 +8 +4 +6
+9 +9 +9 +5 +7
Deslocamento: caminhada 6m
Deslocamento: caminhada 9m Alinhamento: Mau
Alinhamento: Mau Experiência: 100 XP
Experiência: 600 XP
A maioria dos zumbis são criação de necromantes
O vulto é um tipo de morto-vivo animado a partir dos malignos, mas eventos místicos de natureza
cadáveres de soldados caídos em batalha. Incansável inexplicável e caó tica já foram responsáveis por
em seu ó dio a todos os seres vivos, ele segue fazendo transformar populaçõ es inteiras em cadáveres
em sua não-vida o mesmo que fazia quando era um ser animados de pouca ou nenhuma inteligência.
vivo: causar pânico e morte a outros seres. Combate
Combate Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
Além das informaçõ es acima, considere o seguinte:
predador lento
dreno vital Para que possa atacar um oponente com a mordida, o
Mais do que feridas na carne, as garras do vulto deixam zumbi ou um de seus aliados deve primeiro conseguir
feridas no espírito daqueles que ele toca. Um oponente segurá-lo com um ataque de agarrar.
que sofre dano do ataque das garras de um vulto deve
táticas de bando
ser bem-sucedido em uma jogada de proteção contra
Morte ou sofre +1d6 pontos de dano necró tico e fica O Zumbi recebe um bô nus de +4, em vez de +2, ao
retardado até o final do seu pró ximo turno. atacar um inimigo pelos flancos.
Um alvo que esteja maculado e seja reduzido a 0
pontos de vida pelo dreno vital do vulto morre
imediatamente e se levanta ao anoitecer do dia seguinte
como um zumbi sob controle do vulto.

108
 É preciso mais que diamantes para ressuscitar um clássico…

A versão Beta 1.0 de Túmulos & Tigres contém tudo o que você precisa para começar a
jogar, incluindo clérigos, guerreiros, ladrões e magos; anões, elfos, halflings,
humanos e meio-gigantes; e também regras para explorar as áreas selvagens, as
cidades e combater inimigos para avançar seus aventureiros até o 5º nível!
Pode não ser muito por hora, mas também pode ser a sua próxima grande campanha, e
nós queremos saber o que falta para que ela seja realmente sua e perfeita!
A versão final de T&T é um trabalho ainda em construção, e sua opinião é muito
importante para nós. Após ler e testar, entre em contato conosto através do email
tumulosetigres@gmail.com e descubra como continuar contribuindo para que o T&T
definitivo seja o tipo de jogo que você vai querer jogar.