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/docconpraengpro-gs0002-dez-2021-grad-ead/)
1. Introdução
O material didático da disciplina Docência: Conhecimento, Prática
e Engajamento Pro�ssional foi elaborado com o objetivo de preparar o futuro
professor, como um pro�ssional atento às dimensões técnica, pedagógica e
ética de sua atuação. As temáticas abordadas estão distribuídas em cinco ci-
clos de aprendizagem, os quais têm no ofício do professor o seu eixo central. A
seguir apresentaremos, brevemente, as temáticas especí�cas de cada ciclo.
2. Informações da disciplina
Ementa
A formação inicial dos professores para a Educação Básica brasileira é pro-
posta a partir da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de
Professores da Educação Básica (BNC-Formação), a qual tem como prerrogati-
va desenvolver as competências especí�cas do docente quanto ao conheci-
mento, prática e engajamento pro�ssional. Essa proposição tem como foco di-
recionar a prática do professor, ou seja, o ensinar na garantia e desenvolvi-
mento das aprendizagens essenciais junto aos estudantes para o seu pleno de-
senvolvimento, visando à Educação Integral. Para tanto, a discipli-
na Docência: Conhecimento, Prática e Engajamento Pro�ssional tem como
objetos de conhecimento e estudo: a Educação Brasileira nos contextos
Histórico e Sociológico; Psicologia do Desenvolvimento e Educação; Filoso�a
da Educação e Didática Geral; Processos Educativos e Tendências Didáticas;
Dimensões Pedagógicas do Ensinar e Aprender; Formação do Professor:
Inicial e Continuada; Políticas Educacionais Brasileiras; Educação Básica:
Currículo e Avaliação Educacional (Institucional e da Aprendizagem); Gestão
da Sala de Aula e Papel do Docente na Gestão da Escola; Construção do PPP,
Democracia e Compromisso com a Diversidade/Pluralidade.
Objetivo Geral
Os alunos da disciplina Docência: Conhecimento, Prática e Engajamento
Pro�ssional, na modalidade EaD do Claretiano, dados o Sistema Gerenciador
de Aprendizagem e suas ferramentas, serão capazes de compreender a impor-
tância da formação pedagógica na pro�ssionalização do docente. Para isso,
contarão não só com as obras de referência, mas também com outras referên-
cias bibliográ�cas, eletrônicas, links de navegação e vídeos.
Objetivos Especí�cos
• Compreender o percurso de construção histórica e sociológica da educa-
ção no Brasil.
• Compreender os princípios e fundamentos �losó�cos, psicológicos e pe-
dagógicos da educação para a realização do ensino de qualidade social e
aprendizagem signi�cativa.
• Identi�car e saber analisar as políticas educacionais e seus impactos nos
processos de ensinar e aprender.
• Entender como se constitui a identidade docente, a construção dos sabe-
res durante a formação inicial e continuada, bem como a importância do
compromisso e da responsabilidade do docente com sua formação per-
manente.
• Compreender-se e constituir-se como professor-re�exivo-investigador,
numa perspectiva humanista, com sólida formação na área, seus funda-
mentos e concepções didático-pedagógicas, capaz de se adaptar à diver-
sidade e à práxis pedagógica de forma crítica, criativa e autônoma.
• Assumir e engajar-se, juntamente com os gestores escolares, no compro-
misso com a diversidade, os direitos humanos, as faixas geracionais, com
a família e educação ambiental.
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Objetivos
• Compreender o percurso de construção histórica e sociológica da educa-
ção no Brasil.
• Apreender os princípios e fundamentos psicológicos e sociológicos da
educação, visando à realização de um processo de ensino-aprendizagem
signi�cativo e de qualidade social.
Conteúdos
• Panorama histórico da educação no Brasil.
• Sociologia: um olhar social para a educação.
• Psicologia da educação: Piaget e Vygotsky.
Problematização
Quais são os avanços e permanências da educação no Brasil? Como os co-
nhecimentos da psicologia do desenvolvimento contribuem para o ensino?
Quais são as conexões entre sociologia e educação?
Bons estudos!!!
1. Introdução
Durante o estudo deste ciclo, você terá a oportunidade de conhecer alguns
conceitos relevantes sobre o campo da educação. Desse modo, terá subsídios
para compreender o caminho percorrido pela educação escolar e apreender
aspectos fundamentais do processo de construção do conhecimento a partir
de estudiosos como Jean Piaget e Lev Vygotsky.
4. O Período Pombalino
No campo educacional, essas ideias têm origem com a chegada dos �lhos dos
colonos, os quais retornavam dos estudos na Europa, e pelos livros, que, inevi-
tavelmente, transitavam pela colônia. Sobre a escola e os caminhos pedagógi-
cos desse período, vale destacar as palavras de Hilsdorf:
[...] as aulas régias criadas pela legislação pombalina-joanina não foram as únicas
existentes nos �ns do período colonial nem mesmo no plano da iniciativa pública,
estatal: além de professores pagos pelo soldo militar, de mestres de capela pagos
pela folha eclesiástica do Reino (que, além de música, também ensinavam latim e
primeiras letras), existiam professores mantidos pelas diversas ordens religiosas
nos conventos e recolhimentos, mestres particulares, contratados pelas famílias, e
aqueles que ensinavam atividades produtivas do tipo costura e marcenaria, com-
pondo um quadro rico e diversi�cado, indicando não a exclusividade, mas a pre-
sença do poder público ilustrado no campo da educação escolar no período pós-
pombalino (HILSDORF, 2003, p. 36).
Você sabia que as in�uências pedagógicas desse período vieram de diversas
frentes além da escola? Pois é, assim como ocorre nos outros momentos da
história, a religião, especialmente a Igreja Católica, a circulação legal e clan-
destina dos livros, os agentes vindos de fora do país, cultura, entre outros es-
paços, deram o contorno da formação dos jovens daquela época.
6. Educação no Império
Observe os números a seguir, que utilizam como exemplo o caso de São Paulo
e demonstram com clareza o crescimento signi�cativo da quantidade de insti-
tuições escolares:
estao-dominio-publico/).
/getulio-vargas/biogra�a).
Em 1937, com o início da vigência do Estado Novo, que se estendeu até 1945,
novas mudanças são implementadas na educação. No contexto político, esse
período é caracterizado pela centralização do poder, pelo nacionalismo, pelo
anticomunismo e pelo autoritarismo, que levaram a historiogra�a a designar
esse contexto histórico como a Ditadura de Getúlio Vargas.
Ditadura Militar
Poucos anos mais tarde, em 1971, é a vez de o ensino básico sofrer alterações,
com a Lei nº 5.692, que estabelece o ensino de 1º grau, incluindo o primário e o
ginásio, e o 2º grau, constituído pelo colegial. A lei mencionada de�ne que es-
ses graus de ensino terão como objetivo "proporcionar ao educando a forma-
ção necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento
de autorrealização, quali�cação para o trabalho e preparo para o exercício
consciente da cidadania" (BRASIL, 1971).
O processo de redemocratização
Você sabia que um dos principais símbolos da reabertura política no Brasil é a Constituição
de 1988, também conhecida como "Constituição Cidadã"?
Para obter êxito em seus estudos, em alguns momentos, você terá a oportuni-
dade de responder a questões que avaliarão o seu aprendizado. Assim, veja-
mos se está no caminho certo respondendo à questão a seguir:
Agora que já vimos um pouco da trajetória histórica do Brasil, daremos pros-
seguimento à nossa busca pelo conhecimento sobre as questões políticas, so-
ciais, econômicas e psicoemocionais atinentes à educação estudando um
pouco da constituição da sociologia da educação, por meio de seus principais
pensadores: Marx, Weber e Durkheim.
Neste momento, propomos que você assista ao vídeo a seguir, pois nele abor-
daremos alguns dos principais aspectos que fundamentam os estudos de soci-
ologia da educação e contribuem para o entendimento das características so-
ciais que envolvem o campo de sua atuação pro�ssional.
8. Psicologia do desenvolvimento e educação
escolar
Para �nalizarmos os estudos deste ciclo, trataremos da psicologia do desen-
volvimento. Vale lembrar que a compreensão da história, da sociologia e da
psicologia da educação se constitui como um conjunto de saberes que possibi-
litam ao professor construir um olhar mais complexo para a sua pro�ssão.
Além disso, você perceberá que a psicologia traz contribuições importantes
para a educação e tem in�uenciado, signi�cativamente, as formas de organi-
zar o ensino e as escolas.
Pavlov
Vamos iniciar por Pavlov!
Wallon
É fundamental que você saiba que as contribuições do médico e psicólogo
francês Henri Wallon (https://www.studocu.com/pt-br/document
/universidade-federal-de-alagoas/psicoterapias-1/henri-wallon/4586960) es-
tão relacionadas principalmente à valorização da afetividade para a compre-
ensão do desenvolvimento humano. Para Wallon, a constituição orgânica está
relacionada diretamente com o desenvolvimento do pensamento dos sujeitos.
Nesse sentido, a combinação entre os aspectos �siológicos e sociais é que
constitui o humano.
Piaget
Jean Piaget (https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-
que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio) foi um biólogo e psicólogo suí-
ço cujos estudos sobre psicologia genética, voltados para o desenvolvimento
cognitivo da criança, tiveram importante contribuição no campo educacional.
A abordagem construtivista em educação tem sua origem na epistemologia
genética de Piaget, centrada no desenvolvimento cognitivo da criança desde o
nascimento até a adolescência.
Para �nalizarmos nossos estudos sobre Piaget, leia o artigo proposto a seguir.
Vygotsky
Para o psicólogo russo Lev Vygotsky (https://escolaeducacao.com.br/lev-
vygotsky/), os processos psicológicos devem ser divididos em dois tipos: o ele-
mentar e o do tipo superior. Seus estudos estão centrados nos processos do ti-
po superior, voltados para as conformações psicológicas baseadas no uso de
signos na vida social. Por esse motivo, são esses últimos que interessam para
os nossos estudos. Esses processos incluem "o pensamento abstrato, a aten-
ção voluntária, a memorização ativa e as ações intencionais" (ARANHA, 1996,
p. 186).
Sugerimos, agora, que você dê uma pausa na leitura e re�ita sobre sua aprendizagem re-
alizando as questões a seguir.
9. Considerações
Neste ciclo de aprendizagem, estudamos um panorama histórico da educação
no Brasil. Vimos, ainda, alguns conceitos-chave da sociologia da educação e
foi possível perceber a importância de o pro�ssional docente compreender os
preceitos da psicologia do desenvolvimento. O conhecimento sobre a docência
inclui compreendê-la, parafraseando Paulo Freire, como um ato político e
complexo. Além disso, podemos perceber que o tema é extremamente amplo e,
portanto, o ideal é que você complemente seus estudos por meio das referênci-
as bibliográ�cas citadas e das sugestões de leitura.
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Objetivos
• Compreender o papel da �loso�a na educação escolar.
• Apreender algumas das principais tendências pedagógicas, com vistas
à qualidade pedagógica e social da educação.
Conteúdos
• Conceitos de �loso�a da educação.
• Tendências pedagógicas em educação.
• Abordagens do processo de ensino-aprendizagem.
Problematização
Qual a relação entre �loso�a e educação? Como os sujeitos constroem o co-
nhecimento? Quais as principais tendências de ensino?
Bons estudos!!!
1. Introdução
Neste ciclo, vamos discutir alguns dos principais conceitos da �loso�a da edu-
cação, constatando como o pensamento �losó�co contribui para a re�exão so-
bre o campo pro�ssional da docência. Em seguida, vamos nos apropriar das
concepções de algumas das principais abordagens do processo de ensino.
Veremos, ainda, as contribuições trazidas por Miguel Arroyo (2000) e Paulo
Freire (1997) para o debate sobre a prática docente. Vamos lá!
A re�exão �losó�ca, por sua vez, é composta por três características funda-
mentais: a radicalidade, o rigor e a unidade. A radicalidade está relacionada
com a busca pela compreensão das raízes do problema levantado; "a �loso�a é
radical enquanto explicita os fundamentos do pensar e do agir". O rigor está
na de�nição clara e no acompanhamento de um método, o qual con�ra coe-
rência e coesão ao trabalho. E, por �m, a unidade, como a própria terminologia
indica, está relacionada à busca pela compreensão do conjunto, de modo glo-
bal, por inteiro, sem fragmentá-lo (ARANHA, 1994, p. 106-107).
Essa de�nição de �loso�a evidencia a sua importância enquanto ciência para
a educação. É ela que alimenta a busca pela compreensão do que signi�ca a
educação, a que ela serve e, mais ainda, entender qual é a concepção de ser
humano veiculada por aquilo que se entende como educação. Isto sem perder
de vista um dos princípios da própria �loso�a, que é a compreensão do ser hu-
mano de modo integral/de conjunto. Esses aspectos tornam essa ciência in-
contornável, quando se persegue uma educação escolar de qualidade técnica,
pedagógica e social. Comecemos, então, por levantar algumas das principais
concepções de ser humano: a metafísica, a naturalista e a histórico-social.
Outra questão cara à �loso�a que merece atenção para os �ns da educação é a
que trata de valores. Essa é considerada pela �loso�a atual como uma das
questões mais complexas e, paradoxalmente, nos deparamos com ela cotidia-
namente ao valorar uns sem número de situações e objetos. A relação intrín-
seca entre valores e ser humano torna inexorável versar sobre valores, quando
se trata das relações entre �loso�a e educação. A esse respeito, Saviani, em
sua obra Do Senso Comum à Consciência Filosó�ca, assevera:
A vida humana só pode se sustentar e desenvolver a partir de um contexto deter-
minado; é daí que o homem tira os meios de sua sobrevivência. Por isso ele é leva-
do a valorizar os elementos do meio-ambiente: a água, a terra, a fauna, a �ora, etc.
(no domínio da natureza) e as instituições, as ciências, as técnicas, etc. (no domínio
da cultura). Antes mesmo de se dar conta disso, o homem está exercendo a atitude
axiológica perante tudo que o cerca. Na verdade, valorizar é não ser indiferente.
Assim, a situação compõe-se de uma multiplicidade de elementos que em si mes-
mos não valem nem deixam de valer; simplesmente são; estão aí. Ao se relaciona-
rem com o homem, entretanto, eles passam a ter signi�cado, passam a valer. Isto
nos permite entender o valor como uma relação de não indiferença entre o homem
e os elementos com que se defronta. A situação abre, pois, ao homem um campo
imenso de valores; é o domínio do prático utilitário. O homem tem necessidades
que precisam ser satisfeitas e este fato leva à valorização e aos valores (SAVIANI,
1996, p. 36-37).
Trata-se neste momento, mais uma vez, do empenho para se relacionar teoria
e prática e superar a ação mecânica, ausente de indagações. A�nal, o que é o
conhecimento? A epistemologia, enquanto teoria do conhecimento, consiste
na busca por estabelecer as relações entre o sujeito cognoscente, e o objeto co-
nhecido é a busca pela consciência em relação ao que se conhece. Vamos en-
cerrar esta discussão sobre �loso�a e educação com uma re�exão proposta
por Aranha (1994):
Para veri�car sua aprendizagem sobre o conteúdo estudado até agora, realize
a questão a seguir:
3. Tendências Didáticas
De acordo com o Dicionário Informal on-line, didática é a "parte da pedagogia
que trata dos preceitos cientí�cos que orientam a atividade educativa de modo
a torná-la mais e�ciente". Nesse sentido, processo educativo, em seu conjunto,
comporta diversas formas de se organizar, com diferentes trajetórias possí-
veis. Não há um modelo pronto e acabado, porque se trata de um processo
eminentemente humano e, desse modo, é histórico-cultural, político-social,
complexo e incompatível com a neutralidade.
A abordagem tradicional, por sua vez, pode ser caracterizada por uma certa ri-
gidez hierárquica da relação entre professor e aluno, que estão em campos
opostos do ponto de vista do conhecimento: o professor, os modelos e as ferra-
mentas de transmissão do conhecimento, e cabe ao estudante recebê-los de
forma passiva. Muitos dos aspectos aqui caracterizados podem ser encontra-
dos em escolas de diferentes contextos históricos e em diversas regiões do
globo (MIZUKAMI, 1986, p. 7-18).
Abordagem comportamentalista
Agora, vamos estudar a abordagem comportamentalista e podemos notar que
ela sofre forte in�uência do empirismo e, também, do positivismo. Desse mo-
do, entende-se que o conhecimento se dá por meio da experiência.
A realidade é algo dado. O meio pode ser manipulado, mas o mundo já está
edi�cado, e as pessoas são o resultado do ambiente. A partir de uma realidade
objetiva, as respostas dadas são o resultado do reforço, positivo ou negativo,
conferido pelas implicações vivenciadas. Nesse sentido, são as circunstâncias
do reforço das ações humanas que constituem a cultura. A sociedade é fruto
da infraestrutura estabelecida, idealmente, por um planejamento social e cul-
tural (MIZUKAMI, 1986, p. 19-35).
Abordagem humanista
É fundamental que você saiba que, na abordagem humanista, a centralidade
da educação se desloca do professor, ou do aparato tecnológico, para o sujeito
da aprendizagem. E o processo de ensino se dá por meio das relações inter-
pessoais, as quais devem promover experiências que resultem produção e es-
truturação individual e coletiva da realidade. O professor, nesse processo, é
um mediador entre o ambiente e o estudante e tem como tarefa principal criar
as condições necessárias para que ocorra a aprendizagem na relação com ou-
tros sujeitos e com o meio ambiente, como um processo natural.
O ser humano, por sua vez, é dotado de liberdade; nada está preestabelecido,
uma vez que ele está em constante processo de transformação, assim como o
mundo que o cerca. Desse modo, os aspectos psicológico e emocional do sujei-
to são fundamentais no seu processo de desenvolvimento, que se caracteriza
com uma constante, em virtude de sua incompletude.
Abordagem cognitivista
Vamos estudar, agora, a penúltima abordagem pedagógica discutida neste
material, que é a abordagem cognitivista.
Abordagem sociocultural
A última abordagem pedagógica a ser tratada neste material é a abordagem
sociocultural. Essa abordagem, como o próprio nome já indica, se situa, essen-
cialmente, nos aspectos sociopolítico-culturais. Essa tendência pedagógica
tem como princípio a atenção para a cultura popular, refutando os modelos
prontos, uma vez que defendem o respeito aos elementos que constituem a es-
sência dos meios populares. Desse modo, para os adeptos dessa abordagem,
uma educação, para se constituir como sociocultural, deve emergir da cultura
do povo, ou não trará nada de realmente novo, enquanto processo de ensino.
O ser humano se constitui como tal em interação com o mundo que o cerca e,
nesse sentido, se trata de uma tendência pedagógica interacionista. O sujeito
deve ser pensado somente em sua concretude, pois não há ser humano fora do
seu espaço/tempo, ou seja, a humanidade é por essência concreta. De acordo
com os socioculturalistas, a educação, para se constituir como tal, precisa su-
perar a ideia da necessidade de se ajustar o sujeito à sociedade.
As abordagens teóricas que vimos até o momento não devem ser pensadas
como campos fechados de entendimento da educação escolar e seus proces-
sos de ensinar e aprender. São, antes, um conjunto de re�exões, com suas li-
mitações, incompletudes e equívocos. Ao olhar a prática, di�cilmente encon-
tramos essas abordagens de modo pronto e acabado. Em geral, o que se vê são
aproximações em relação a uma ou a outra abordagem, as quais, muitas vezes,
mesclam, com maior ou menor intensidade, duas ou mais abordagens.
Por mais que as escolas de�nam a organização da ação docente, com currícu-
los prescritos, distribuição dos estudantes bem de�nida, avaliações externas,
entre outras de�nições, na maioria das vezes, verticalizadas, o processo de
ensino-aprendizagem dentro da sala de aula se constitui de modo muito mais
complexo que qualquer determinação preestabelecida.
Para aprofundar seus estudos, leia os autores Paulo Freire e Miguel Arroyo na
íntegra. Vale a leitura! Bons estudos!
5. Considerações
Enriquecendo nosso conhecimento sobre a docência, em direção a uma práti-
ca engajada, neste ciclo de aprendizagem, abordamos os principais conceitos
da �loso�a da educação. Vimos, ainda, as abordagens de ensino e seus efeitos
no contexto da sala de aula. Além disso, foi possível perceber a importância
do compromisso ético e pro�ssional do professor para o processo de ensino-
aprendizagem. O tema é complexo, e você deve complementá-lo estudando as
referências bibliográ�cas citadas e as sugestões de leitura.
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Objetivos
• Conceituar a política educacional no campo da política social.
• Conhecer a legislação que regulamenta a organização escolar.
• Entender a complexidade do planejamento da educação para além dos
planos de ensino.
• Compreender a importância da formação inicial e continuada do profes-
sor, bem como o indispensável compromisso docente com a sua forma-
ção permanente.
Conteúdos
• Conceito de política educacional.
• Legislação da educação - LDBEN 9.394/96.
• Concepção de planejamento.
• Formação inicial e continuada do professor.
Problematização
Como está organizada a educação brasileira? Que categorias estão envolvi-
das no planejamento da educação? A formação docente se encerra ao �nal da
graduação?
Bons estudos!!!
1. Introdução
Neste ciclo, você compreenderá, em geral, o conceito de política pública e, em
especial, de política educacional. Terá a oportunidade de entender a forma de
organização da educação brasileira. Além disso, veremos os tipos de gestão da
educação e suas principais características. Estudaremos, ainda, a importância
da formação inicial e continuada do docente, para sua melhor pro�ssionaliza-
ção.
Política pública, por sua vez, consiste na totalidade de ações, metas e planos
que os governos, sejam eles nacionais, estaduais ou municipais, traçam tendo
em vista o bem-estar da sociedade e o interesse público. De acordo com a ci-
entista política Celina Souza (2006), a política pública, como área de conheci-
mento, pode ser de�nida, ao mesmo tempo, como aquela que coloca o governo
em ação e aquela que indica mudanças necessárias no curso dessas ações.
Souza (2006) aponta, ainda, que a elaboração de políticas públicas se estabele-
ce como a etapa em que os governos democráticos demonstram suas �nalida-
des e seus projetos eleitorais em programas e ações que promoverão resulta-
dos ou transformações na realidade.
Uma re�exão atenta sobre a política educacional e para o PNE permite veri�-
car que muitas das questões que envolvem as diretrizes e metas do Plano ul-
trapassam o campo da educação. Nesse sentido, é importante entender tam-
bém que as políticas sociais precisam caminhar juntas, ou seja, as políticas de
educação, de renda, de habitação, de saúde devem estar em sintonia, para que
sejam bem-sucedidas. No Brasil, apesar dos esforços das últimas décadas, a
educação ainda apresenta índices preocupantes de permanência e qualidade,
e uma das causas apontadas de forma recorrente pelos pesquisadores do tema
é a profunda desigualdade socioeconômica, que se traduz na grande assime-
tria entre brancos e negros e que coloca nosso país entre os mais desiguais em
renda do mundo.
O Fundef, embora não tenha promovido uma ampliação efetiva dos recursos
destinados à educação no país, trouxe alguns diferenciais que merecem desta-
que:
O Fundeb foi criado no ano de 2006, em substituição ao Fundef. O Fundo foi instituído pela
Emenda Constitucional nº 53 de dezembro de 2006 e passou a vigorar em janeiro de 2007.
Assim, como o Fundef, o Fundeb visa reduzir as desigualdades nos investimentos em edu-
cação efetuados pelos entes federados. Vale ressaltar que ambos os Fundos não resolvem
totalmente as assimetrias existentes entre as diferentes unidades federativas, uma vez que
a redistribuição se dá no interior dos Estados. Ou seja, são 27 fundos que redistribuem as
verbas entre as unidades federadas que compõem cada Estado. Isto signi�ca, segundo da-
dos disponibilizados pela Câmara dos Deputados, que permanece uma discrepância de re-
cursos disponibilizados para a Educação Básica entre as diferentes redes de ensino da or-
dem de 564%, mas a ausência do Fundo, ainda de acordo com os dados da Câmara, provoca-
ria uma distorção ainda maior, de cerca de 10.000%.
Planejamento da educação
Como é o planejamento da educação?
Título I e II
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
Título IV
Título V
Título VI
Este título é dedicado à de�nição de normas que dizem respeito aos pro�ssio-
nais da educação. Vale destacar o fato de a Lei dedicar um Título somente pa-
ra essa temática, o que demonstra o reconhecimento da importância desses
pro�ssionais. É claro que, muitas vezes, a Lei não se traduz em ações concre-
tas, uma vez que estas dependem dos homens e mulheres à frente das políti-
cas propostas para o setor.
Título VII
O Título VII trata dos recursos �nanceiros, dos quais já apontamos alguns as-
pectos anteriormente, quando falamos do Fundef e do Fundeb. Cabe acrescen-
tar, neste momento, que a Lei estabelece como recursos públicos destinados à
educação:
Finalmente, a LDBEN 9.394/96 traz, ainda, os Títulos VIII e IX, os quais de�-
nem, respectivamente, as Disposições Gerais e as Disposições Transitórias.
Observe que a redação dos parágrafos 4º e 5º foi alterada em 2013. Várias alterações já fo-
ram feitas na LDBEN sobre formação de professores. Trata-se de uma preocupação que,
apesar de seus altos e baixos, ocorre de modo recorrente.
É importante que você compreenda melhor algumas das questões que estão
colocadas para a formação inicial de professores para a Educação Básica.
O que devemos entender é que não basta termos políticas de formação de pro-
fessores nos sistemas de ensino público brasileiros, pois a preocupação em
atender numericamente à formação continuada já está inclusive na legisla-
ção. A questão que se coloca para as políticas de formação é a da qualidade
dessa oferta aos pro�ssionais da educação. Os resultados obtidos na educação
por meio da formação continuada são imperativos.
Para Imbernón (2010), um dos pontos cruciais para pensar a formação conti-
nuada do professor é compreender que a educação é um processo coletivo.
Uma escola não pode ter uma equipe fragmentada de professores que atuam
individualmente, sem se preocupar com o trabalho articulado. Educar é um
trabalho que precisa ser pensado e executado em grupo.
Nesse sentido, Imbernón (2010, p. 63) assevera que uma formação continuada
de qualidade precisa ter como meta primeira promover a boa comunicação
entre os professores, refutar o individualismo e desenvolver processos de for-
mação colaborativa. Outro ponto fundamental para a qualidade da formação
continuada do docente é a re�exão sobre a sua prática. Esses dois pontos alia-
dos tornam a escola o lugar privilegiado desse processo de formação.
5. Considerações
Este ciclo de aprendizagem trouxe a compreensão da política educacional co-
mo política social. Além disso, vimos as normas que de�nem a organização da
educação no Brasil, e você teve a possibilidade de aprender as características
que compõem os principais tipos de gestão da educação. Veja que estamos
avançando a cada ciclo em direção à complexidade do conhecimento exigido
e da sua compreensão sobre a importância do engajamento na pro�ssão do-
cente. E, como você já deve ter notado, esse é mais um daqueles temas que
exigem aprofundamento dos estudos, por meio da leitura das referências bibli-
ográ�cas citadas.
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Objetivos
• Entender os conceitos e as diferentes dimensões do currículo.
• Apreender a importância do currículo na prática da sala de aula.
• Compreender a avaliação como campo conceitual.
• Compreender a avaliação em seus aspectos institucional e da aprendi-
zagem.
Conteúdos
• Conceituação de currículo.
• O currículo na sala de aula.
• Conceito de avaliação.
• Avaliação institucional e da aprendizagem.
Problematização
O que é currículo? Como se dá a concretização do currículo na sala de aula? O
que é a avaliação enquanto campo conceitual?
1. Introdução
Durante o estudo deste ciclo, você terá a oportunidade de conhecer o currículo
enquanto campo complexo do processo educativo. Verá, também, que a con-
cretização do currículo na sala de aula se dá a partir da ação intencional e pla-
nejada. Além disso, estudaremos a avaliação como campo de conhecimento
da educação responsável por contribuir com a orientação e reorientação do
processo. Finalmente, você poderá aprender alguns dos conceitos que envol-
vem as avalições institucional e da aprendizagem.
2. Concepção de currículo
Re�etir sobre o currículo não é uma tarefa trivial. Esse termo abrange um con-
junto de signi�cações que o tornam extremamente complexo, porque a sua
constituição se dá na experiência humana, de acordo com o contexto histórico
e social. Neste tópico, ele será nosso objeto de estudo.
Um currículo formal muito detalhado e com participação mais restrita aos ór-
gãos centrais do sistema de ensino pressupõe uma gestão da educação mais
verticalizada, puramente técnica e uma concepção de cultura como já dada,
ou neutra, e um ensino homogêneo. Um dos mais difundidos debates sobre o
currículo está na obra de J. Gimeno Sacristán intitulada O currículo: uma re-
�exão sobre a prática. Sobre o currículo formal, vale a pena atentar para as co-
locações de Sacristán descritas a seguir:
O currículo real
Essa dimensão do currículo se trata do "currículo em ação", aquele que se con-
cretiza no cotidiano da sala de aula. Vamos comentar sobre ele aqui em linhas
gerais, pois retomaremos o assunto no próximo subtítulo deste ciclo de apren-
dizagem.
O currículo oculto
Enquanto as outras duas dimensões do currículo são caracterizadas pela in-
tencionalidade e pela ação planejada, a dimensão do currículo oculto é com-
posta por tudo aquilo que in�uencia a formação do estudante para além das �-
nalidades de�nidas pelos diferentes agentes envolvidos no processo.
Com o próprio nome diz, "oculto" é o currículo em sua dimensão fora da cons-
ciência, aquele que ocorre, mas que não se "vê" claramente. É o fruto das rela-
ções do cotidiano, dos nossos hábitos e das nossas convicções mais arraiga-
das, que estão sempre conosco, onde quer que estejamos, e acabam por in�u-
enciar aquelas pessoas que também estão conosco.
Vale lembrar, conforme a�rma Silva (2003), que a di�culdade de análise e de�-
nição do currículo oculto está justamente na concepção dessa dimensão.
Observe que ela só existe no âmbito do inconsciente; se passamos a ter consci-
ência de sua existência, bem como de todas as suas características, ele deixa-
rá de ser oculto. Nas palavras de Silva (2003), ele será "desocultado", e sua efe-
tividade, bem como os efeitos promovidos por ele reduzirão consideravelmen-
te (SILVA, 2003, p. 80).
Assim, o currículo oculto forma as identidades dos alunos, por meio daquilo que se
ensina no ambiente escolar de forma implícita, pois ao frequentar a escola, os alu-
nos criam as suas representações sobre as disciplinas e os rituais desse universo,
formando identidades e subjetividades. Para Apple (2012), algumas dessas mensa-
gens podem ser positivas, até progressistas. O fato de o professor trabalhar
preocupando-se com a criança que está a sua frente revela que as instituições po-
dem ser formadas em torno de uma "ética do cuidado", ou seja, as mensagens que
são ensinadas de forma implícita aos alunos também podem ter um carácter posi-
tivo na construção de suas identidades, pois do mesmo jeito que se pode fazer o
aluno acreditar que não é capaz, é possível mostrar-lhe que ele é sim capaz, inteli-
gente, esforçado, caprichoso etc., ressaltando as suas capacidades, suas qualidades,
suas potencialidades (ARAUJO, 2018, p. 38).
Que tal aprofundar seus conhecimentos?
Para além dessa questão, entender a complexidade que envolve essas tarefas
pode contribuir para desenvolver uma análise da qualidade do ensino e, ainda,
para a de�nição de planos de formação continuada (SACRISTÁN, 2000, p.
207-217).
Esse olhar deve permitir que compreendamos para que direção do processo de
ensino-aprendizagem a modelagem das atividades da aula estão sinalizando.
Uma análise como essa pode ter implicações decisivas na estrutura do currí-
culo. Nas palavras de Sacristán:
Avaliação institucional
A avaliação institucional tem seu enfoque de análise na instituição. Ou seja,
essa avaliação procura revelar a situação da escola como um todo. O instru-
mento principal pode ser a avaliação dos alunos, ou não, mas o foco é na situ-
ação da escola como um todo.
Avaliação da aprendizagem
Na avaliação da aprendizagem, o âmbito privilegiado é a sala de aula e suas
extensões. É no interior da sala de aula, no cotidiano das atividades escolares,
que se podem envidar esforços para conhecer a realidade do processo de
aprendizagem.
Contudo, na maioria das vezes, tem prevalecido a ação avaliativa focada nos
resultados do desempenho dos estudantes. Perde-se aí a principal função da
avaliação, que é a preocupação com o processo de formação.
Veri�que seu nível de conhecimento sobre os temas abordados neste ciclo res-
pondendo às questões a seguir:
5. Considerações
Durante o estudo deste ciclo de aprendizagem, você pôde perceber o currículo
como um conceito complexo. Foram discutidas três dimensões fundamentais
do currículo: a formal, a real e a oculta. Além disso, você teve a oportunidade
de compreender a avaliação como um campo importante do conhecimento
para o professor e a professora. E, por último, tratamos de dois grandes âmbi-
tos da avaliação: o institucional e o da aprendizagem. Este é mais um daque-
les temas que exigem aprofundamento dos estudos, por meio da leitura das re-
ferências bibliográ�cas citadas.
(https://md.claretiano.edu.br
/docconpraengpro-gs0002-dez-2021-grad-ead/)
Objetivos
• Compreender o Projeto Político-Pedagógico como um documento que re-
presenta a caracterização da escola.
• Identi�car e apreender o papel do professor na gestão da escola.
• Compreender o professor como importante mediador entre a escola, os
estudantes e a família.
Conteúdos
• Conceituação do Projeto Político-Pedagógico.
• A gestão da escola e da sala de aula.
• O professor, a família e a comunidade.
• Gestão democrática e participação.
Problematização
Qual o papel do Projeto Político-Pedagógico (PPP)? Como o professor contri-
bui para a gestão escolar? Como promover uma boa mediação entre a escola
e a família?
Bons estudos!!!
1. Introdução
Durante o estudo deste ciclo, você terá a oportunidade de compreender a im-
portância do Projeto Político-Pedagógico (PPP) para a gestão da escola em ge-
ral e da sala de aula em particular. Verá também que a concretização do PPP
se dá na ação cotidiana intencional e planejada de professores e demais pro-
�ssionais da educação. Além disso, estudaremos o papel do professor na rela-
ção entre a escola e a comunidade, com especial atenção para a interação com
a família.
A autonomia da escola, por sua vez, é condição incontornável para que todo
esse processo tenha potencial de ser colocado em prática pela gestão da esco-
la e sua equipe. Um sistema de ensino centralizado e com hierarquia verticali-
zada compromete a elaboração de um PPP de qualidade já no ponto de partida.
Essa autonomia deve se dar nas diferentes dimensões – pedagógica, adminis-
trativa, jurídica e �nanceira –, uma vez que elas estão interligadas (VEIGA,
1998, p. 16).
Observe que é importante ter clareza de que o PPP não se encerra na elabora-
ção do documento, pois, desse modo, se tornaria um registro burocrático que
atende a uma exigência normativa. Após essas primeiras etapas de concepção
e elaboração do PPP, é fundamental acompanhar sua evolução como processo
dinâmico do cotidiano da prática escolar. Vale a pena destacar, mais uma vez,
alguns aspectos do PPP que são de grande importância quando se trata de via-
bilizar a qualidade da sua execução:
Toda instituição tem sua cultura organizacional, a qual precisa estar desvela-
da para seus agentes públicos. É a partir desse desvelamento que as formas de
envolver todos os agentes sociais podem se revelar.
Os docentes são os agentes públicos mais próximos das famílias e dos própri-
os estudantes. Isso torna o papel dos professores e professoras crucial em um
processo de educação democrático. Cuidar da relação com os estudantes e
com suas famílias não é um papel trivial. Portanto, é necessário considerar as
características sociais, culturais e até econômicas da comunidade. A compre-
ensão desse entorno contribuirá para a promoção de um ambiente mais aco-
lhedor. Algumas atitudes são fundamentais para que o professor dê conta do
seu papel mediador entre escola, estudantes e família, tais como:
Além dos docentes, os gestores escolares também devem assumir esse papel
de construção da participação e do respeito à diversidade como condição para
a democratização da educação e para a promoção da qualidade pedagógica,
técnica e social da escola. Sintetizando, a escola deve se constituir como um
espaço:
[...] relacional, um espaço sujeito a compromissos, colaboração e participação; um
espaço organizado de forma plural e diversa, que permite compreender a natureza
desse espaço educativo, das relações e interações que aí ocorrem. A escola é um es-
paço em que se desenvolvem as relações entre indivíduos de diferentes culturas e
onde também ocorrem comportamentos, tradições, costumes, ideias, opiniões, va-
lores, expectativas, anseios, rotinas, entre outros (VEIGA, 2013, p. 160).
Nas últimas décadas, tem havido esforços no sentido de construir uma dinâ-
mica educacional no interior dos sistemas de ensino, buscando-se conferir
maior autonomia à escola. Contudo, temos veri�cado muitas permanências e
poucos avanços nesse sentido. Essas permanências dizem respeito à manu-
tenção de um sistema cuja gestão central acaba por verticalizar as decisões
em relação às diversas dimensões, desde a pedagógica até a �nanceira.
4. Considerações
Desejamos que os conteúdos apresentados no decorrer deste ciclo tragam sub-
sídios para a construção de um PPP de qualidade, fortalecendo a democratiza-
ção na escola e a relação professor, estudante e família.
Para concluir este ciclo e, assim, este material, vamos mencionar as palavras
de Veiga (2013), para não nos esquecermos de qual é o espaço de atuação do
professor e da professora e de como esse espaço deve se constituir:
A escola se organiza de dentro para fora. Pensar hoje a escola no bojo das dimen-
sões da gestão democrática, do projeto político-pedagógico e da avaliação signi�ca,
é, sobretudo, uma re�exão coletiva e um fazer participativo. Nessas re�exões e nes-
ses fazeres, não podem ser deixadas de lado as características dos alunos e nem as
especi�cidades do contexto local em que está inserida a escola, ante as determina-
ções do global. Nesse quadro, as escolas públicas experimentam movimentos de
planejamento, de gestão e de avaliação. Esse movimento é coletivo, participativo,
contínuo e incessante, a �m de garantir o acesso à permanência e o sucesso esco-
lar dos alunos que nela buscam uma formação cidadã (VEIGA, 2013, p. 164).
5. Considerações Finais
Chegamos ao �nal de Docência: Conhecimento, Prática e Engajamento
Pro�ssional. Com esses estudos, pudemos desenvolver uma jornada pelas
principais questões pedagógicas que ocupam o dia a dia dos pro�ssionais da
educação e estabelecer um contato com os principais estudos sobre essa área
e com as problematizações re�etidas, diretamente, na prática docente.