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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DO CADAVAL

FICHA DE TRABALHO DE HISTÓRIA A – 29 – 04 – 2024

REVISÕES PARA O TESTE

O legado do Liberalismo na primeira metade do século XIX

1. O Liberalismo defende que os princípios da liberdade individual, da igualdade perante a lei e da


propriedade privada devem ser preservados pelo...

a) povo. b) Estado.
c) sistema judicial. d) monarca absoluto.

2. O Liberalismo aprofundou o papel do cidadão como ator político, dando-lhe a oportunidade de...

a) se tornar eleitor e detentor de cargos políticos, apenas a nível local.


b) se tornar eleitor, mas não exercer cargos políticos.
c) participar em discussões políticas, sem deixar que estas condicionassem as decisões do Estado.
d) se tornar eleitor e detentor de cargos políticos.

3. Leia o texto:
Composição das assembleias representativas
Em todos os países que têm assembleias representativas, é indispensável que estas assembleias sejam
compostas de proprietários. Um indivíduo pode cativar a multidão por um mérito brilhante, mas as
assembleias, para merecerem a confiança, devem possuir interesses adequados às suas obrigações. Uma nação
presume sempre que os homens reunidos sejam guiados pelos respetivos interesses. Ela acredita que o amor
da ordem, da justiça e da conservação será maioritário entre os proprietários. Estes não são apenas úteis pelas
qualidades que lhes são próprias; são-no, ainda, pelas qualidades que se lhes atribuem, pela prudência e pelas
opiniões favoráveis que inspiram.
Benjamin Constant, De la Liberté Chez les Modernes, 1819.

Documento 1

3.1. A primeira metade do século XIX ficou marcada pelo liberalismo moderado. Este, conforme
indica o documento, defendia...

a) o exercício da cidadania baseada na riqueza, através do sufrágio censitário.


b) o exercício da cidadania baseado nas competências pessoais, através do sufrágio censitário.
c) o exercício da cidadania baseado nas oportunidades, através do sufrágio universal.
d) o exercício da cidadania baseado nos bens materiais, através do sufrágio universal.

4. Leia o texto:
A função dos poderes constitucionais
Os poderes insurrecionais são os apropriados para a concretização das revoluções, ao destituírem pela força os
governos estabelecidos e ao submeterem, também pela força, as sociedades bárbaras. Mas não lhes peçam a
liberdade, pois não a têm no seu seio. É aos poderes constitucionais, nomeadamente à Carta, às leis, ao
sistema estabelecido, que podeis solicitar a liberdade como regra […] fora deles só existem a desordem e a
tirania.
Discurso de François Guizot (1787-1874), ministro e historiador francês, na Câmara dos Deputados, 29 de dezembro de 1830.

Documento 2

4.1. Os diplomas constitucionais são vistos como essenciais para os defensores do Liberalismo.
Conforme indica o documento, isto acontece porque…

a) os diplomas constitucionais dão poderes ilimitados àqueles que os exercem.


b) os diplomas constitucionais evitam o exercício do absolutismo.
c) os diplomas constitucionais apelam à ordem e à tirania.
d) os diplomas constitucionais permitem que o sistema judicial funcione na perfeição.

5. Observe as Imagens

Documento 3
Documento 4

5.1. As Constituições liberais distinguem-se quanto à sua origem. Uma das diferenças entre a
Constituição e a Carta Constitucional reside no facto de…

a) as Constituições serem outorgadas pelos governantes, enquanto que as Cartas Constitucionais são
aprovadas pelos representantes do povo.
b) as Cartas Constitucionais serem outorgadas pelos ministros mais prestigiados, ao passo que as
Constituições são aprovadas pelo povo.
c) as Cartas Constitucionais serem outorgadas pelos governantes, ao contrário das Constituições, que
são aprovadas pelos representantes do povo.
d) as Constituições serem outorgadas obrigatoriamente por um rei, enquanto que as Cartas
Constitucionais são elaboradas por deputados escolhidos pelo povo.

6. O liberalismo moderado defende um constitucionalismo assente num sistema legislativo...

a) unicameral, onde têm assento os representantes do povo.


b) bicameral, onde têm assento os Pares do Reino e os Deputados eleitos.
c) unicameral, onde têm assento os Pares do Reino.
d) bicameral, onde têm assento as ordens sociais privilegiadas, Clero e Nobreza.

7. Com a implantação do Liberalismo houve uma secularização das instituições, assumindo-se a


laicização do Estado. Isto significa que...

a) os defensores do Liberalismo defendiam um Estado submetido à Igreja.


b) as instituições estavam proibidas de se libertar da tutela da Igreja.
c) os liberais declararam-se inimigos da religião e da Igreja Católica.
d) as instituições libertaram-se da tutela da Igreja, separando-se a Igreja do Estado.
8. Leia o texto

A escola laica
Para que a sociedade subsista, não obstante as contradições entre as diferentes Igrejas, é bem preciso que
exista um local onde as jovens gerações aprendam que, apesar das relevantes diferenças de fé e de dogma,
todos os membros desta sociedade formam uma só família. Ora, a escola laica é o lugar de meditação onde se
deve ensinar a união, a paz, a concórdia civil, por entre os desacordos de crenças e de Igrejas.
Edgar Quinet (1803-1875), historiador e político francês, L’Enseignement du Peuple, 1849.

Documento 5

8.1. A afirmação do Estado laico refletiu-se em medidas como, por exemplo,…

a) a instituição do ensino laico, a obrigatoriedade do casamento religioso e cristianização da


sociedade.

b) a obrigatoriedade do batismo pela Igreja e do casamento religioso.

c) a instituição do registo civil, a criação de uma rede de ensino laico e descristianização da


sociedade.

d) a nacionalização dos bens religiosos, a criação de escolas católicas e instituição do registo civil.

9.Leia o texto:
O fisiocratismo
Que o soberano e a Nação nunca percam de vista que a terra é a única fonte de riquezas e que é o agricultor
quem as multiplica […]. Que a propriedade dos bens fundiários e das riquezas mobiliárias seja assegurada aos
possuidores legítimos […].
Que uma Nação que tem um grande território a cultivar e a facilidade de exercer um grande comércio dos
géneros agrícolas não alargue demasiadamente o emprego do dinheiro e dos homens às manufaturas e ao
comércio de luxo, em prejuízo dos trabalhos e das despesas da agricultura; pois, preferentemente a tudo, o
reino deve ser bem povoado de ricos cultivadores […]. Que cada um seja livre de cultivar no seu campo as
produções que o seu interesse, as suas faculdades e a natureza do terreno lhe sugiram para obter a maior
produção possível […].
Que se favoreça a multiplicação dos gados, pois são eles que fornecem às terras o estrume que produz as ricas
colheitas […].
Que se mantenha a inteira liberdade de comércio, pois o comércio interno e externo, mais seguro, mais exato e
mais proveitoso para a Nação e para o Estado, deve estar baseado na plena liberdade de concorrência […].
Quesnay, Máximas Gerais do Governo Económico de um Reino Agrícola, 1758.

Documento 6
9.1. O Liberalismo reagiu também contra qualquer forma de tirania económica. Assim, o liberalismo
económico tem raízes no fisiocratismo. Um dos seus principais teóricos foi Quesnay, que
defendia...

a) a importância da agricultura, reconhecendo limitações à livre concorrência.


b) a agricultura como único criador de riqueza e o livre cultivo por parte dos proprietários.
c) a irrelevância da agricultura para a rentabilidade da Nação e a liberdade comercial.
d) a indústria como única criadora de riqueza e a imposição de condicionantes à livre concorrência.

10. Leia o texto:

O liberalismo económico
Todo o sistema baseado nas preferências ou nas restrições deve ser prescrito, para que dê lugar a um sistema
resultante da liberdade agrícola, mercantil e manufatureira. Conquanto que não viole as leis da justiça, todo o
homem deve ser perfeitamente livre para escolher o seu modo de vida e os seus interesses. E as suas
produções devem competir com as de qualquer outro indivíduo. […]
De acordo com o sistema da liberdade natural, o soberano tem três deveres a cumprir: primeiro, o dever de
proteger a sociedade da violência e da invasão de outros povos; segundo, o dever de proteger qualquer
membro da sociedade da injustiça ou opressão que qualquer outro membro lhe possa causar; terceiro, o dever
de promover certos trabalhos públicos que interessem a toda a sociedade.
Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776.

Documento 7

10.1. Adam Smith, percursor do liberalismo económico, defendeu os princípios…

a) da livre iniciativa, da livre concorrência e da não intervenção do Estado na economia.


b) de uma economia dirigida, controlada pelo Estado e orientada por medidas protecionistas.
c) da livre iniciativa, da livre concorrência e da intervenção do Estado na economia.
d) de uma economia estatal e a aplicação de medidas monopolistas.

11. Os Estados liberais defenderam a igualdade e direitos políticos. No entanto, estabeleceram-se


limites à prática desses direitos, como…

a) a inexistência de sufrágio e de direitos políticos.


b) a adoção do sufrágio universal e a abolição da escravatura.
c) a inclusão apenas das mulheres mais abastadas na vida política.
d) a existência apenas de sufrágio masculino, ainda que acessível a todos os estratos sociais.

12. Leia o texto:

O Romantismo
Desde a minha juventude que o meu espírito não concordava com as almas dos homens e não podia olhar a
terra com os seus olhos. A ambição que devorava os outros era-me desconhecida; o seu fim não era o meu […],
os meus prazeres, desgostos, paixões e inteligência tornavam-me estranho diante do mundo. Ainda que
revestida da mesma forma de carne como as outras criaturas que me cercavam, não sentia nenhuma simpatia
por elas. […] Os meus prazeres eram errar na solidão, respirar o ar das montanhas cobertas de gelo, no cimo
das quais os pássaros não ousam construir os ninhos, e cujo granito sem erva afasta os insetos com asas
ligeiras. Eu gostava de mergulhar na torrente ou nas vagas do mar agitado; orgulhava-me de exercer as minhas
forças contra as correntes rápidas, gostava de seguir durante a noite o caminho silencioso da Lua e o curso
brilhante de cada estrela, contemplava os relâmpagos durante as tempestades até que os meus olhos ficassem
deslumbrados, ou escutava a queda das folhas, quando os ventos de outono vinham desfolhar as florestas. Tais
eram os meus prazeres.
Lord Byron, Manfred (poema dramático), 1817.

Documento 8

12.1. O documento é um exemplo do novo movimento cultural que desperta no século XIX: o
Romantismo. Na literatura, na pintura e na música, algumas características que podemos
destacar são...

a) a exaltação do racionalismo, do individualismo e interesse pela Antiguidade Clássica.

b) a negação das emoções, do individualismo e interesse pela arte do Renascimento.

c) a inspiração no mundo citadino, nas emoções coletivas e interesse pelos gregos antigos.

d) a exaltação do individualismo, da liberdade e interesse pela Idade Média.

13. Em Portugal, a literatura romântica foi introduzida por duas personalidades que já se haviam
destacado na luta pelo Liberalismo. Falamos de...

a) Soares dos Reis e José Malhoa. b) Almeida Garrett e Alexandre Herculano.


c) Simões de Almeida e Francisco Metrass. d) António Teixeira Lopes e Domingos Sequeira.
BOM TRABALHO!

Prof. Bruno Henriques

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