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5 experimentos de Darwin que você pode fazer em casa | Alejandra Martins - BBC News

Mundo - 08.dez.2019 Semana 1 – Texto – Base 1


A curiosidade de Darwin pelo mundo natural era tamanha que, quando focava em algo, seu interesse não só se convertia em
paixão, como também levava a meses ou anos de experimentos meticulosos. “Sua verdadeira genialidade estava em sua
habilidade de formular as perguntas corretas".
O naturalista era capaz de enxergar questões profundas em acontecimentos em que a maioria das pessoas sequer prestaria
atenção.
Conheça cinco experimentos realizados por Darwin que podem ser replicados em casa e entenda o que o naturalista britânico
buscava comprovar por meio deles.
1) Em direção à luz – Uma vela posta ao lado de um vaso fez com que o primeiro brota da planta tivesse o seu caule
envergado em direção à luz. Darwin descobriu, na prática, o efeito dos hormônios das plantas.
2) A 'luta pela existência’ - Em A Origem das Espécies, Darwin escreveu: "já que mais indivíduos são produzidos do que os que
podem sobreviver, deve haver uma luta pela existência. “Somente os mais aptos se reproduzem e passam seus genes à nova
geração.”
3) Sementes na água - "Por isso, provar que as sementes conseguiam sobreviver durante longos períodos de tempo na água do
mar, para então germinar, era importante, já que implicava ser possível a dispersão por grandes distâncias por meio das
correntes oceânicas"
4) Plantas carnívoras - As cartas de Darwin revelam que, por volta de 1860, sua paixão eram plantas carnívoras. "Para Darwin,
era óbvio que a drosera havia evoluído a partir das muitas plantas que tinham tricomas glandulares (apêndices que produzem
secreção) por outras razões, como a defesa contra insetos. E podia, por sua vez, evoluir e se converter em algo diferente, como
a chamada apanha-moscas."
5) Coevolução - O cientista fez experiências com plantas e comprovou que a polarização resultava na coevolução das orquídeas
e das mariposas.
Semana 1 – introdução
Uma mensagem de Darwin para todos

Os experimentos de Darwin têm uma grande mensagem para todos nós,


segundo Thompson.

"Darwin nunca encarou nada como fixo", afirmou à BBC News Mundo o
professor da Universidade de Sheffield.
"Ele via as mesmas coisas cotidianas que todos nós vemos, mas sempre buscava
nelas um significado profundo."
"O mundo está cheio de perguntas para aqueles que têm olhos para vê-las."
O quintal da minha avó | Miguel
Nicolelis/TV Rádio Big Bang
Temos o conceito de ser cientista é necessário de muito estudo e esmero na
escola com as diversas disciplinas.

O divertido da vida é fazer perguntas, fazer ciência é gostar de fazer perguntas


que vão no cerne da existência humana. A ciência nos ensina que existe uma
fórmula, um método para fazer perguntas.

É impossível ser objetivo, pois o nosso cérebro foi produzido para ter o seu
próprio ponto de vista.
vídeo institucional da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária e entenda como a ciência e o desenvolvimento técnico
estão presentes em nosso cotidiano:
Através da parceria da agropecuária e os centros de pesquisas nacionais, o Brasil
conseguiu encontrar notáveis soluções para aumentar e proteger a produção
agrícola.
• Foram criadas técnicas de plantio planejado, especialmente no cerrado, que
hoje produz cerca de 50 % da colheita nacional.
• Controle de pragas orgânicas adicionando predadores naturais das pragas.
• As áreas de plantio foram customizadas para aumentar a produtividade por
metro quadrado.
• O país ganhou um replantio e cuidado com as florestas, e hoje o território
nacional possui, mas de 50 % de florestas.
• Novas técnicas para atender uma população mundial que chegará em 9
bilhões em 15 anos.
Metodologia científica |Amado L. Cervo, Semana 1 – Texto – Base1
Pedro A. Bervian Roberto da Silva – Seção 1.1
Duas reservas científicas de elemento de uma época, o mutável e o fixo — o ainda não comprovado e o estabelecido
definitivamente —, somente o último é cumulativo e progressivo, pois o mutável são periodicamente sobrescritos.
A revolução científica propriamente dita ocorreu nos séculos XVI e XVII, com Copérnico, Bacon e seu método
experimental, Galileu, Descartes e outros.

1.1 O conhecimento e seus níveis:


O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Isso
também acontece quando ele faz ciência, quando investiga cientificamente.
Existem dois tipos de conhecimentos: o sensível (que interage com algo material e concreto) e o intelectual (desenvolve-
se mentalmente, lógicas cognitivas).
O conhecimento pode evoluir e transitar por diferentes níveis de complexidade e demonstração:
❖ o conhecimento empírico – tentativas de erros e acertos, conhecimentos socializados. FAZER
❖ o conhecimento científico – metodologias que buscam explicar a causa da produção do saber. PROVAR
❖ o conhecimento filosófico – reflexão sobre a construção do conhecimento. REFLETIR
❖ o conhecimento teológico – conhecimento revelado pelas sagradas escrituras - CRER
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 1 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 1 – páginas 1 a 7
A metodologia científica é a disciplina que confere os caminhos necessários para o autoaprendizado.
Metodologia – Etimologia grega (meta ‘ao largo’, odos ‘caminho’; logos ‘discurso’, ‘estudo’)
A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a ser utilizado na obtenção do conhecimento. É a
aplicação de processos e técnicas, que garante a legitimidade científica do saber obtido.
Essa metaciência tem interesse pelo estudo, descrição e análise dos métodos e lança esclarecimentos sobre seus
objetivos e consequências, ajudando-nos a compreender o próprio processo da pesquisa científica.
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 1 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 1 – páginas 1 a 7
O método assemelha-se ao roteiro de alguma atividade a ser executada e os processos são as etapas em ação. Assim o
primeiro está num plano mais abrangente e o segundo numa aplicação específica do plano metodológico.
O pesquisador, ao se definir por um ou mais métodos no processo da pesquisa, tem presente a concepção de que estes
possuem uma dimensão histórica e dependem da especificidade do objeto a ser investigado. Rompendo com uma visão
linear, estática e homogênea da investigação científica.

A TÉCNICA assegura e instrumentaliza a ação das fases metodológicas – COMO FAZER


O MÉTODO estabelece o modo – O QUE FAZER
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 1 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 1 – páginas 1 a 7
Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos: material para fins didáticos, elaborada pela professora Vera
Lúcia Salazar Pessôa. Páginas 4 e 5 Semana 1 – Aprofundamento

A LEITURA: o ponto de partida


➢ Ter um objetivo para a leitura.
➢ Analisar cada parte da obra.
➢ Acompanhar o pensamento do autor.
➢ Deduzir, fazer inferências.
➢ Perguntas importantes: O que é? (assunto) / Quem? (autor que escreveu) / Quando? (quando e onde ocorreram os
fatos) / Por quê? (objetivo da obra) / Para quê? (contribuição da obra)
➢ Sublinhar sem valor.
➢ Sublinhar com valor.
➢ Formular questões sobre o texto na primeira leitura.
➢ Tentar localizar na segunda leitura.
➢ A ideia principal.
➢ Detalhes importantes.
➢ Conceitos.
➢ Use sinais que julgar importantes: x, *, (.), ...
➢ Na segunda leitura não sublinhe as orações, somente os termos.
➢ Volte a ler o que foi sublinhado.

➢ Referência: SALOMON, D. V. Como resumir. In: _____________. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins
Fontes, 1993, p. 65-86.
Uma Reflexão sobre a Pesquisa em Ciência da Computação à Luz da Classificação das Ciências e do Método Científico | Raul
Sidnei Wazlawick - Revista de Sistemas de Informação da FSMA n. 6 (2010) pp. 3-10 Semana 1 – Aprofundamento

Ciências formais e empíricas

Um dos critérios mais conhecidos de classificação das ciências é o que distingue as ciências em formais e empíricas. Pode-
se dizer que as ciências formais estudam as ideias, enquanto as ciências empíricas estudam as coisas. São citadas entre as
ciências formais a Lógica, a Matemática, a Microeconomia, a Estatística e os aspectos formais da Linguística.
As ciências empíricas são também chamadas por vezes de ciências reais ou factuais. Nas ciências empíricas, uma teoria
bonita que não encontra respaldo em observações não tem nenhum valor.
As ciências empíricas ainda podem ser divididas em dois grupos: aquelas que estudam a natureza, ou ciências naturais, e
aquelas que estudam o ser humano e suas interações, ou ciências sociais.

Ciências puras e aplicadas:


Outra classificação das ciências deriva da forma como seus estudos são aplicados. De acordo com esta classificação
existem as ciências puras e as aplicadas.
Ciências puras – ou ciências fundamentais estudam os conceitos básicos do conhecimento sem preocupação com sua
imediata preocupação. Podem ser empírica ou formais.
Ciências aplicadas – visam à realização de descobertas que possam ser imediatamente aplicadas a algum processo
industrial ou assemelhado, visando produzir algum tipo de ganho. As engenharias em geral podem ser enquadradas nesta
classificação.
Uma Reflexão sobre a Pesquisa em Ciência da Computação à Luz da Classificação das Ciências e do Método Científico | Raul
Sidnei Wazlawick - Revista de Sistemas de Informação da FSMA n. 6 (2010) pp. 3-10 Semana 1 – Aprofundamento

Ciências Exatas e inexatas

Ciências exatas – são aquelas cujos resultados são precisos. Suas leis são altamente preditivas e previsíveis. (Matemática,
Física)
Ciências inexatas – são aquelas que podem prever comportamentos gerais de seus fenômenos, mas cujos resultados nem
sempre são os esperados. (Meteorologia, Economia)

Ciências Duras e Moles

Ciências duras – são aquelas que usam o rigor científico em suas observações, em experimentos e deduções.
Ciências moles – são aquelas que costumam aceitar evidências baseadas em dados anedotais, ou seja, em estudos de
caso. Isso ocorre quando é difícil ou impossível conseguir realizar experimentos totalmente controlados.

Ciências Nomotéticas e Idiográficas

Ciências nomotéticas – estudam fenômenos que se repetem e que podem levar à descoberta de leis gerais que permitem
fazer previsões.
Ciências idiográficas – analisam fenômenos únicos que não se repetem, mas que têm, mesmo assim, validade como
campo de estudo. (História)
Uma Reflexão sobre a Pesquisa em Ciência da Computação à Luz da Classificação das Ciências e do Método Científico | Raul
Sidnei Wazlawick - Revista de Sistemas de Informação da FSMA n. 6 (2010) pp. 3-10 Semana 1 – Aprofundamento
A - Empirismo, Positivismo e Pragmatismo
Empirismo – método científico que estabelece que toda teoria científica seja objetiva, baseadas em observações que
podem ser testadas.
Positivismo – propõe que a Ciência deva se basear apenas em valores humanos, deixando a teologia, o misticismo e a
metafísica em outra esfera que não deve interferir nas observações e teorias científicas.
Pragmatismo – é uma corrente filosófica que se contrapõe ao realismo científico. Os realistas defendem que a Ciência, de
fato, descreve a realidade. Já os pragmáticos assumem que não é possível saber exatamente o que é a realidade e que
assim, a Ciência explica apenas os fenômenos observados e suas previsões são consistente e úteis. De acordo com o
pragmatismo, a Ciência não faz declarações sobre a natureza como ela é, mas sim declarações sobre nossas observações a
respeito da natureza.
B – Objetividade: Possibilidade de que duas pessoas quaisquer com um nível aceitável de competência possam chegar às
mesmas conclusões ao analisarem os dados.
C – Indução: Sustenta como um de seus princípios que uma situação que se sustenta em todos os casos observados se
sustenta em todos os casos, até prova em contrário. Isto é conhecido como princípio da indução.
D – Refutação: ou contradição de uma teoria estabelece que qualquer teoria científica que procura explicar fatos
observáveis está sempre aberta para ser invalidada, caso ela não seja capaz de explicar novos observáveis.
E – Coerentismo – o que se esperta não é que cada afirmação tenha uma explicação, mas que ela seja coerente com o
sistema de conhecimentos previamente aceito.
F – Lâmina de Occam – no caso de várias teorias que explicam as mesmas observações, deve-se preferir a mais simples
dentre elas. A mais simples será aceita coo a mais correta.
Uma Reflexão sobre a Pesquisa em Ciência da Computação à Luz da Classificação das Ciências e do Método Científico | Raul
Sidnei Wazlawick - Revista de Sistemas de Informação da FSMA n. 6 (2010) pp. 3-10 Semana 1 – Aprofundamento
Classificação dos Métodos de pesquisa

A pesquisa, no contexto científico, também pode ser classificada de acordo com diferentes tipos de pesquisa: quanto à
natureza, objetivos ou procedimentos.

Quanto à natureza – esta pode ser diferenciada em trabalho original (trabalho novo) e survey (sistematização uma área do
conhecimento).
Quanto aos objetivos – é aquela em que o autor não necessariamente tem uma hipótese ou objetivo definido em mente.
(primeiro estágio de uma pesquisa)
Quanto aos procedimentos técnicos – a pesquisa pode ser classificada em bibliográfica, documental experimental, de
levantamento ou ainda como pesquisa-ação.
Bibliográfica – etapa inicial do trabalho científico, o pesquisador supre sua carência sobre o assunto através de
publicações de acesso público.
Documental – análise de documentos que ainda não foram publicados e servem como objeto comprobatório ou de
apuração de evidências.
Experimental – teste real realizado pelo pesquisador para mensuração de padrões e resultados que serão posteriormente
analisados e comprovados.
De levantamento – na impossibilidade de uma pesquisa experimental é feito um levantamento a partir de observações,
mensurações estatísticos, questionários e entrevistas.
Pesquisa-ação – o pesquisador interage com os pesquisadores envolvendo-se no trabalho de pesquisa de forma
participativa buscando determinado resultado.
Metodologia científica |Amado L. Cervo, Semana 2 – Texto – Base1
Pedro A. Bervian Roberto da Silva – Seção 3.1 a 3.2
3.1 – O Método
Nas ciências, entende—se por método o conjunto de processos empregados na investigação e na demonstração da verdade.
Não se inventa um método; ele depende, fundamentalmente, do objeto da pesquisa.
Fontenelle (apud LAHR, 1958, p. 552) assim exaltou o método: “A arte de descobrir a verdade e mais preciosa que a maioria
das verdades que se descobrem“
O método é apenas um meio de acesso; só a inteligência e a reflexão descobrem o que os fatos e os fenômenos realmente
são.
O método científico aproveita a Observação, a descrição, a comparação, a analise e a síntese, além dos processos mentais da
dedução e da indução, comuns a todo tipo de investigação, quer experimental, quer racional. “Em suma, método científico e a
lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa" (NAGEL, 1969, p. 19)
É oportuno distinguir, aqui, método e técnica. Por método, entende-se o dispositivo ordenado, o procedimento sistemático,
em plano geral. A técnica, por sua vez, é a aplicação do plano metodológico e a forma especial de o executar. A técnica está
subordinada ao método, sendo sua auxiliar imprescindível.4

3.2 – As Técnicas
Podem ser chamados de técnicas aqueles procedimentos científicos utilizados por uma ciência determinada no quadro das
pesquisas próprias dessa ciência. As técnicas em uma ciência são os meios corretos de executar as operações de interesse de
tal ciência.
O conjunto dessas técnicas gerais constitui o método. Portanto, métodos são técnicas suficientemente gerais para se tornarem
procedimentos comuns a uma área das ciências ou a todas as ciências.
Metodologia científica |Amado L. Cervo, Semana 2 – Texto – Base1
Pedro A. Bervian Roberto da Silva – Seção 3.1 a 3.2
Esses procedimentos, descritos nos tópicos abaixo, servem aos seguinte propósitos:
Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses;
Efetuar observações e medidas;
Registrar tão cuidadosamente quanto possível os dados observados com o intuito de responder as perguntas formuladas ou
comprovar a hipótese levantada;
Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as
respostas resultantes;
Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvem condições similares; a generalização é
tarefa do processo chamado indução;
Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de esperar que surjam certas relações.
Observar é aplicar atentamente os sentidos físicos a um objeto para dele obter um conhecimento claro e preciso. A
observação é de importância capital nas ciências
Conforme a classificação de Lakatos e Marconi (1988, p. 170):
a) Observação assistemática: espontânea e informal, sem nenhuma técnica, planejamento, ou algo preestabelecido.
b) Observação sistemática: observação estruturada, com planejamento prévio e controle de tempo e registros.
c) Observação não-participante: o pesquisador está como observador e não se envolve com o objeto observado.
d) Observação participante: quando o pesquisador se envolve com o objeto, passando a fazer parte dele.
e) Observação individual: em diversas situações de pesquisa, a observação só pode ser realizada individualmente.
f) Observação em equipe: observação compartilhada por equipes distintas mesmo que em locais e tempos diferentes.
g) Observação laboratorial: tem caráter artificial, mas e fundamental para isolar o objeto da pesquisa de interferências
externas.
Metodologia científica |Amado L. Cervo, Semana 2 – Texto – Base1
Pedro A. Bervian Roberto da Silva – Seção 3.1 a 3.2
É necessário que o resultado da observação seja cuidadosamente registrado, processo que configura a técnica científica da
descrição.
Em princípio, a descrição constitui a habilidade de fazer com que o outro veja mentalmente aquilo que o pesquisador
observou. Em outras palavras, a descrição deve ser suficientemente precisa para que o interlocutor ou o leitor seja capaz de
visualizar exatamente aquilo que o pesquisador observou. A descrição se presta ainda para descrever, metodologicamente,
cada um dos passos dados na realização da pesquisa e na aplicação das técnicas de pesquisa.
Os outros processos que seguem são:
Comparação - da comparação, importa abstrair as semelhanças e destacar as diferenças.
Análise e síntese - são dois procedimentos distintos e inseparáveis. Segundo René Descartes formulou quatro regras:
I. Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa, sem conhecê-la como tal. Evitar cuidadosamente a precipitação e a
prevenção (é a evidência como critério da verdade).
II. Dividir cada uma das dificuldades a abordar no maior número possível de parcelas que forem necessárias para melhor
resolvê-las (é a análise).
III. Conduzir por ordem de pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir
pouco a pouco, gradualmente, até o conhecimento dos mais complexos (é a síntese).
IV. Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais que deem certeza de nada omitirem (é a condição
comum e a garantia da análise e da síntese).
Por isso, há necessidade de analisar e dividir as dificuldades para melhor resolvê-las. Sem a análise, todo conhecimento é
confuso e superficial; sem a síntese, e fatalmente incompleto.
Metodologia científica |Amado L. Cervo, Semana 2 – Texto – Base1
Pedro A. Bervian Roberto da Silva – Seção 3.1 a 3.2
Análise e síntese experimentais
Operam sobre fatos ou seres concretos, sejam materiais ou imateriais. A análise e a síntese experimentais constituem o cerne
de toda experiência científica na pesquisa de laboratório.
A análise e a síntese também podem ser feitas por divisão e reconstituição mentais, que são os únicos modos possíveis de
estudarmos a natureza da alma e os fenômenos suprassensíveis.

Análise e síntese racionais


Operam não mais sobre seres e fatos, mas sobre ideias e verdades mais ou menos gerais.
A síntese racional parte de um princípio geral mais simples e evidente e dele deduz, por via de consequência, a solução
desejada.
Há dois modos diferentes, portanto, de resolver o mesmo problema. Resolver um problema é estabelecer a relação entre a
questão proposta e algum princípio geral evidente. Para obter esse resultado, apresentam-se dois caminhos:
I. Partir da solução do problema, supondo-o resolvido, e remontá-lo por transformações e simplificações sucessivas, até o
princípio de que é uma aplicação particular. Sobe-se da consequência até o princípio, isto é, do mais complexo ao mais
simples: é a análise.
II. Partir do princípio e descer de consequência em consequência até a solução do problema, isto é, do mais simples ao mais
complexo: é a síntese.
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 2 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 5
Método, teoria e lei científica
Levando em conta os elementos já expostos nos capítulos anteriores, reforça-se a concepção de que a ciência é um
procedimento metódico, cujo objetivo é conhecer e interpretar a realidade, intervindo nela e tendo como diretriz problemas
formulados que sustentem regras e ações adequadas à constituição do conhecimento.
Em relação ainda a questão do método científico, este é a expressão lógica do raciocínio associada à formulação de
argumentos convincentes. Esses argumentos, uma vez apresentados, tem por finalidade informar, descrever ou persuadir
sobre um fato. Para isso, uma pessoa utiliza termos, conceitos e definições.
Termos – são palavras, declarações, significações convencionais que se referem a um objeto.
Conceitos – é a representação, expressão e interiorização daquilo que a coisa é (compreensão).
Definições - é a manifestação e apreensão dos elementos contidos no conceito, tratando de decidir em torno do que se
duvida e/ou do que é ambivalente.

Origem dos principais métodos científicos


São Tomás de Aquino foi um dos primeiros a interpretar a metafísica e a ciência material (Aristóteles) com os dogmas
revelados pelo cristianismo no século XIV.
O primeiro a desenvolver estudos sobre a sistematização das atividades no âmbito do conhecimento científico foi Galileu, “o
primeiro teórico do método experimental".
O método de Galileu pode ser chamado de método de indução experimental”, que chega a uma generalização por meio das
fases de: observação, análise de cada elemento, indução de hipóteses, verificação de hipóteses, generalização do resultado
da experiências e a confirmação das hipóteses obtendo-se leis gerais.
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 2 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 5

A criação do método hipotético-dedutivo por Isaac Newton sustentava-se em um processo de reflexão que se evidenciava
nas suas três regras de raciocínio: a) procedimentos simples e familiares — simplicidade; b) uniformidade da natureza —
conclusões da analogia; c) reformulação das duas primeiras regras, objetivando-se a busca de outras conclusões.

Para Bacon, o conhecimento científico é o único caminho seguro para a verdade dos fatos. Como Galileu, critica Aristóteles
por considerar que o silogismo e o processo de abstração não propiciam um conhecimento completo do universo. Aponta
como essenciais a observação e a experimentação dos fenômenos.

René Descartes, em sua obra Discurso do método, afasta-se dos processos indutivos e faz surgir o método dedutivo.

Os métodos científicos nas concepções atuais


Na história da metodologia do conhecer, muitas modificações foram feitas baseadas no surgimento de novas concepções
filosóficas físicas e sociais.
Observação – é aplicar atentamente os sentidos a um objeto para dele adquirir um conhecimento claro e preciso.
Indução – é um processo mental, por intermédio do qual, partindo de dados particulares suficientemente constatados,
infere-se uma verdade geral ou universal não contida nas partes examinadas.
Dedução – consiste em um recurso metodológico em que a racionalização ou a combinação de ideias em sentido
interpretativo vale mais que a experimentação de caso por caso.
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 2 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 5
Segundo Décio Salomon, as características básicas que distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos são (1994—47):

Os dois tipos de argumento têm finalidades específicas. O dedutivo tem o propósito de explicitar o conteúdo das
premissas; 0 indutivo tem a finalidade de ampliar o alcance dos conhecimentos.

Para a metodologia, é importante entender que no modelo dedutivo a necessidade de explicação não reside nas
premissas, mas na relação entre as premissas e a conclusão.

Indutivo: Dedutivo:
Introdução à metodologia da pesquisa: um guia para iniciantes| Semana 3 – Texto – Base 1
Uke Flick– Capítulo 12
A ética na pesquisa trata da questão de quais problemas eticamente relevantes causados pela intervenção de
pesquisadores pode-se esperar que causem impactos nas pessoas com as quais ou sobre as quais eles pesquisam.
Murphy e Dingwall (2001, p. 339) estabelece quatro princípios éticos para a metodologia da pesquisa:
Não prejuízo – os pesquisadores devem evitar causar danos aos participantes.
Beneficência – a pesquisa sobre seres humanos de produzir benefícios para a sociedade em detrimento do pesquisador.
Autonomia ou autodeterminação – os valores e decisões dos participantes devem ser respeitados.
Justiça – todas as pessoas devem ser tratadas igualmente.
Consentimento informado
Uma regra geral para a participação Nas investigações sociológicas é que esta participação seja voluntária e que ocorra
tendo por base as informações mais completas possíveis sobre os objetivos e métodos da pesquisa em questão.
O consentimento informado na pesquisa de grupos vulneráveis
A pesquisa com pessoas que, por razões especiais, são incapazes de dar o seu consentimento levanta problemas éticos
específicos. Nesses casos, o pesquisador deve pedir a outras pessoas que deem o consentimento como substitutos – os pais
das crianças, membros da família ou equipes médicas ou de enfermagem responsáveis no caso de pessoas idosas ou
doentes.
Confidencialidade, anonimato e proteção de dados
O formulário deve ser completado e assinado pelo pesquisador quanto pelo participante. Um acordo oral pode algumas
vezes ser usado como um substituto para o contrato escrito, caso o participante não queira assiná-lo. Além disso, o
formulário especifica quem terá acesso aos dados e se estes poderão ser usados para o ensino após a anonimização.
Introdução à metodologia da pesquisa: um guia para iniciantes| Semana 3 – Texto – Base 1
Uke Flick– Capítulo 12
Como evitar danos aos participantes
O risco de danos aos participantes é uma questão ética importante na pesquisa social. As pessoas que são observadas,
questionadas ou envolvidas de alguma outra maneira nas investigações, por exemplo, em conexão com a análise de
documentos pessoais, não estarão sujeitas a quaisquer desvantagens ou perigos como resultado da pesquisa. O anonimato
dos entrevistados ou informantes deve ser protegido. (Ethik-Kodex, 1993: I B 5) Vide casos de enfermos de doenças
contagiosas que de alguma forma possam carregar um certo preconceito pela sociedade e após a exposição traga o
prejuízo.
Exigências aos participantes resultantes da pesquisa
Os projetos de pesquisa sempre fazem exigências aos participantes. Por exemplo, pode ser requerido que os participantes
sacrifiquem tempo para preencher um questionário ou para responder às perguntas dos entrevistados.
Regras de parcimônia de demandas e estresse
Todo o conteúdo deve ser justificado, pois o excesso de informações coletadas pode gerar estresse e um dano maior ao
entrevistado.
Códigos de ética
Os códigos de ética exigem que a pesquisa seja realizada apenas sob as condições de consentimento informado e sem
prejudicar os participantes.
Comitês de ética
As associações profissionais, os hospitais e as universidades normalmente têm comitês de ética para garantir que seus
padrões éticos sejam cumpridos. Para este propósito, os comitês avaliam os projetos e métodos de pesquisa propostos
antes deles serem aplicados aos seres humanos. Deve-se evitar repetir uma pesquisa sem acréscimos de novos insight,
fazendo todo o processo de estresse dos participantes em vão.
Introdução à metodologia da pesquisa: um guia para iniciantes| Semana 3 – Texto – Base 1
Uke Flick– Capítulo 12
Regras de boa prática científica
Infelizmente, os pesquisadores têm sido por vezes considerados culpados de ocultar seus resultados. Regras definem
padrões relacionados à honestidade no uso de dados, à fraude científica e à documentação de dados originais.
Ética da pesquisa: casos e pesquisa em massa
Os princípios éticos na pesquisa social se aplicam tanto à pesquisa qualitativa quanto à quantitativa. A proteção dos dados e
a anonimização podem ser mais facilmente garantidos para um participante isolado na amostragem aleatória e na análise
estatística dos dados do que para um participante e um estudo qualitativo com uma amostragem intencional e (algumas)
entrevistas com especialistas.
Ética da pesquisa on-line
Gaiser e Schreiner (2009, p. 14) listaram várias questões relacionadas à ética da pesquisa on-line:
✓ O anonimato
✓ A proteção dos dados
✓ Ao acesso de pessoas não envolvidas com a pesquisa
✓ Fraudes on-line
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 3 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 2 – a partir da página 19
Saber o que e estudar e aprender a estudar é uma disponibilidade responsável e intencional do estudante. Este assume
a sua própria forma de estudar por meio de reflexões pessoais que o orientam a ter acesso a formas mais eficientes de
apreensão. Assim, o estudante melhora os seus hábitos escolares, dominando técnicas e métodos concernentes aos
objetivos da aprendizagem e da vida escolar acadêmica.
Estudar: conceitos e definições
Estudar é uma das formas facilitadoras do desenvolvimento do potencial próprio dos elementos cognitivos do ser
humano — a sua inteligência e daqueles aspectos vitais à formação necessária e própria do mundo das relações
socioculturais, como disciplina, autoconfiança, prudência, descoberta, domínio, autodomínio etc.
Nos primeiros estágios da vida universitária, o estudante quase sempre traz consigo juízos, valores, ideias e conceitos
admitidos pelo senso comum.
Os objetivos dos alunos no processo de formação são ameaçados quando:
a) O indivíduo quer estudar, mas não aprecia a atividade e não se dedica a fazê-lo porque fracassa continuamente;
b) O estudante propõe-se a estudar, mas não entende o que se ministra nas aulas porque não tem base e/ou não tem
maturidade e prontidão;
c) Não se estabelece um relacionamento construtivo e de compreensão das limitações apresentadas pelo confronto
aluno versus professor;
d) O aluno não gosta da matéria e o professor lhe parece pouco simpático;
e) O aluno considera que a matéria ministrada nada tem a ver com o que pretende adquirir como informação
profissional.
Fundamentos de metodologia científica | Aidil Jesus da Silveira Barros Semana 3 – Texto – Base 2
e Neide Aparecida de Souza Lehfeld – Capítulo 2 – a partir da página 19
Algumas medidas imediatas são instrutivas: planejamento do tempo e a preparação e aproveitamento das aulas.
Estudar em casa
O estudante interessado, em nível acadêmico, propõe—se a:
a) preparar-se para as aulas;
b) participar ativamente das aulas;
c) rever as aulas e complementá-las com leituras, pesquisas e exercícios.
Procedimentos de estudo
Seminário
O seminário e um procedimento metodológico que supõe o uso de técnicas (uma dinâmica de grupo) para o estudo e a
pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado
Resume, esquema, resenha e sinóptico
Resumo: É a condensação do texto; e o ato de condensar ideias principais ou centrais. Isso porque o resumo põe a
comunicação expressa em linguagem corrente e reduzida, seja ela narrativa, descritiva ou dissertativa.
Esquema: Reduz-se a enumeração dos elementos que fazem parte de uma coluna textual.
Resenha: E uma síntese geral, informativa e avaliativa sobre livros, capítulos ou artigos das mais diferentes áreas do
conhecimento, que serve, por conseguinte, para orientar as opções e o interesse do leitor em questão
Sinóptico: E a colocação do texto entre chaves.
Sublinhar
A proposta de estudar sublinhando, atraves de analise de textos, e importante para o estudante conseguir separar as
ideias principais (mensagens do autor) das idéias se— cundárias (explicações e reforço de suas mensagens).

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