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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tomas Celestino
Silvano Jaime Rodrigues Isac Código: 708230332

Licenciatura em ensino
De história

História económica
2°Ano

cuamba , 2024

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Índice
Introdução........................................................................................................................................4

1.0.Objectivo geral...........................................................................................................................4

1.1.Objectivos específicos...............................................................................................................4

1.2.Metodologia...............................................................................................................................4

1.3.Definindo Historiografia............................................................................................................5

1.4.A historiografia como um produto da história...........................................................................6

1.5.Historiografia do Romantismo ou Corrente Romântica............................................................7

1.6.Romantismo...............................................................................................................................7

1.7.Características do romantismo...................................................................................................8

1.8.Representantes do romantismo..................................................................................................8

1.9.Historiografia Positivista...........................................................................................................9

1.10.O positivismo.........................................................................................................................10

.11.Características do positivismo.................................................................................................11

1.12.Outros representantes da historiografia positivista................................................................12

1.13.Historiografia Historicista.....................................................................................................12

1.14.Historicismo...........................................................................................................................12

1.15.Características do historicismo..............................................................................................13

1.16.Outros representantes do Historicismo..................................................................................13

Conclusão......................................................................................................................................14
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Referências bibliográficas.............................................................................................................15

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Introdução

Para o presente dossiê apresenta como tema: Historiografia dos séculos XIX e XX.
Historiografia ou História pode ser compreendida como o vasto universo de realizações
produzidas até hoje por todos os historiadores e autores de História. Neste sentido, a
Historiografia é a “História escrita”; de modo que não é à toa que a expressão indica literalmente
isto (historiografia). A evolução da História no século XIX foi particularmente influenciada pela
dinâmica resultante dos acontecimentos do final do século XVIII, em especial a Revolução
Francesa e a Revolução Industrial. Durante o século XIX, os historiadores passam por um
processo de emancipação, conquistando, gradativamente, a autonomia da História como um
campo de saber com características científicas. Inspirados no posicionamento intelectual do
Romantismo, os historiadores constroem, cada vez mais, o espaço da História como um lugar
para se discutir e definir a revolução e as origens da sociedade moderna, ao mesmo tempo. A
história passa a ser considerada uma pedagogia social e política. Durante o século XIX, os
historiadores passam por um processo de emancipação, conquistando, gradativamente, a
autonomia da História como um campo de saber com características científicas.

1.0.Objectivo geral
 Apresentar o conceito da historiografia no seu sentido amplo.

1.1.Objectivos específicos
 Descrever contexto histórico do século XIX, e XX

 Caracterizar, em traços gerais, o Romantismo, positivismo e Historicismo

1.2.Metodologia
Para a metodologia usada nesse dossiê encontra-se nas referências bibliográficas E interpretação
de texto, ou obras encontradas, como artigos, livros links etc., que debruçam sobre o tema em
destaque.

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1.3.Definindo Historiografia
Historiografia, em sua concepção mais corrente, remete ao produto final do ofício do historiador,
podendo ainda ser entendida como conjunto de obras históricas produzidas por historiadores ao
longo do tempo. Porém, deste conceito aparentemente simples emergem muitas questões que se
relacionam directamente com a polissemia da palavra história. Como se sabe, a acepção moderna
do conceito de “história”, tal como teorizou (Koselleck, 2006), alude tanto ao acontecimento
(Geschichte, em seu sentido original) e à experiência passada, quanto ao relato do acontecimento
(Historie). Nesta última dimensão, enquadra-se o conhecimento produzido a respeito dos
acontecimentos passados, no qual se encaixaria a historiografia. Mas, eis as questões: como
delimitar o que é e o que não é conhecimento histórico? Como definir o que são obras
propriamente históricas?

Trata-se de todo o conjunto de obras que relatem aspectos do passado, ou apenas daquelas que
são fruto do trabalho de historiadores profissionais, conforme a tradição inaugurada no século
XIX da história-disciplina? Não há uma resposta definitiva para nenhuma dessas perguntas, pelo
menos no estágio actual das pesquisas em torno de um conceito de historiografia. Nas palavras
do historiador Malerba, “parece faltar um campo de entendimento comum sobre o próprio escrito
histórico: enfim, um conceito operacional de historiografia” (Malerba, 2006,p.15). Há autores,
porém, dentre eles o alemão Rüsen, que possuem uma definição clara de historiografia: o
produto do conhecimento histórico obtido racionalmente, ou seja, obedecendo às regras
metodológicas e de cognição da história com pretensões de cientificidade (Rüsen, 1996). Para
ele, as “formas de apresentação” do conhecimento histórico são fundamentos da ciência
histórica, ou seja, a historiografia é “parte integrante da pesquisa histórica, cujos resultados se
enunciam, pois, na forma de um ‘saber redigido. Neste sentido, historiografia seria a construção
narrativa dos resultados da pesquisa histórica, realizada a partir do controle metódico de
investigação empírica e de crítica documental. É ela que dá forma e feitio histórico aos
elementos empíricos (objectivos) da pesquisa, inserindo-os na vida prática, atribuindo-lhes
sentidos e significados.

O importante é que, apesar das tentativas de dissociar objectividade e narratividade, chegando ao


extremo de alegar a diametral oposição entre ambas, a narratividade histórica apresenta em si

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mesma “elementos de objectividade”, tornando possível caracterizá-la como um produto
intelectual do historiador: Existe algo na construção narrativa chamada “história” que não pode
ser inventado, pois é previamente dado e tem de ser reconhecido como tal pelos historiadores (...)
a interpretação histórica não pode ir além dos contornos da experiência quando tenha por
intenção enunciar o que ocorreu no passado (Rüsen, 2001,p.94).

1.4.A historiografia como um produto da história


Apesar do problema de se pôr em prática uma história da historiografia como disciplina
autónoma, proposta por Valdei Araújo, de suas reflexões fica a necessidade de se pensar
criticamente a noção de historiografia, sobretudo porque ela mesma é um produto da história e,
como tal, está repleta de historicidade. No mesmo caminho estão os estudos de Malerba o autor
procura lançar as bases metódicas para uma crítica historiográfica conveniente: O julgamento de
uma obra de história deveria ser levado a cabo não pela quantidade e exactidão de informações
que ela fornece. Claro que se deve sempre esperar que as informações dos livros de história
sejam verdadeiras, senão por outro motivo, porque ‘a exactidão é um dever moral dos
historiadores’. Também não se deve julgar a obra histórica pelo prazer que o livro proporciona,
pela excitação ou comoção que provoque; mas simplesmente por sua historicidade. O maior
indício da historicidade da historiografia seria a necessária e recorrente “rectificação das versões
do passado histórico, operada a cada geração.

Desta feita, cada geração conheceria mais e melhor o passado do que a precedente, nascendo
assim a necessidade incontrolável da crítica, (Malerba, 2006,p.17). A historicidade, tal como
entendida por este pensador, está intimamente ligada à subjectividade inevitável do
conhecimento histórico subjectividade essa que foi combatida por muito tempo por aqueles
historiadores que acreditavam ser possível reproduzir o passado “tal como ele realmente
aconteceu. Nessa chave de compreensão do real, “o texto apresentava- se como uma superfície
lisa que refletia a realidade dos eventos passados trazidos à sua forma textual pelo trabalho da
pesquisa documental, (Guimarães, 2007,p.26). Tendo em vista essa compreensão de
historicidade, e admitindo seu caráter constitutivo da própria historiografia (um produto da
história), recomenda-se, para qualquer trabalho que se pretenda de história da historiografia,
atentar-se para essa questão, de forma a apreender as obras historiográficas inseridas no seu

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tempo, no seu contexto histórico e na sua historicidade. Aqui, pode ser inspiradora a reflexão de
Koselleck sobre o tempo histórico. Ao trabalhas as categorias “espaço de experiência” e
“horizonte de expectativa” como categorias propriamente históricas, Koselleck nos fornece
ferramentas para compreender a experiência (no caso, a escrita de uma obra histórica) como
entrelaçada por passado, presente e expectativa de futuro. Neste sentido, torna-se mister, caso se
intente fazer um trabalho sobre história da historiografia que vá além de um mero manual
bibliográfico, ir atrás do contexto de produção das obras históricas com as quais se pretende
trabalhar. Isso significa compreender que o trabalho da narrativa sempre foi e sempre será o de
“ordenar, dar forma e tornar significativo um conjunto disperso de experiências e vivências”
(Guimarães, 2006,p.47), sem lançar mão de um horizonte de expectativas. Essa forma mais
“reflexiva” de se lidar com a escrita do passado vai ao encontro do que propõem Manoel
Guimarães, Jurandir Malerba e Valdei Lopes em suas ponderações sobre a historiografia e a
história da historiografia.

1.5.Historiografia do Romantismo ou Corrente Romântica


No sentido literário, o termo “romântico” foi empregado pela primeira vez na Inglaterra, em
1674, por Thomas Rymer (1641-1713), ao traduzir para o inglês (romantic) o vocábulo
romanesque, usado por René Rapin (1621-1687). A Alemanha, conheceu-o em 1698
(romantisch). Entretanto a difusão da palavra ocorreu a partir dos anos iniciais do século XIX.
Idêntica circunstância cercou o aparecimento do termo “romantismo”: na França (romantisme),
em 1816, na Itália (romanticismo), em 1818, na Inglaterra (romanticism), em 1823, na Espanha
(romanticismo), na segunda década do século XIX”.

1.6.Romantismo
Foi um movimento literário que de desenvolveu na primeira metade do século XIX, reagindo
com os valores do classicismo, colocando os valores da burguesia e acima dos outros estores da
população, valorizando o sentimento, paixão e a tradição. A teoria e a prática do princípio da
soberania popular trouxeram a historiografia romântica, uma nova resposta para a velha questão
de saber quem é o sujeito da História. A historiografia tradicional antiga costumava apontar
como sujeito da História quer a providência divina, quer os reis, os grandes chefes militares e os

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grandes líderes religiosos. Agora, no Romantismo, a História tem como verdadeiro sujeito o
povo.

1.7.Características do romantismo
 O interesse pelo passado, sobretudo pela idade média, isto porque foi na idade média em
que a Burguesia aparece como classe social;

 No trabalho do historiador dá-se uma grande importância das massas populares (povo),
pois considera o povo como responsável pelo progresso histórico;

 A tendência de escrever uma história Total ou Global, isto é, o alargamento da temática


histórica, pois já não se fala apenas dos aspectos políticos e militares, como também se
preocupa com as massas e em escrever fenómenos psíquicos (mentalidade), estudos das
grandes civilizações, não somente europeias como também africanas e americanas.

Em suma, o romantismo foi uma corrente que defendia uma história voltada para o passado,
particularmente a idade média, o alargamento da temática histórica ao povo e não tratar apenas
os reis, os chefes militares, os líderes religiosos ou a providência divina.

1.8.Representantes do romantismo
François Guizot

(1781-1874), Demonstra que o facto histórico não é apenas o conhecimento, mas também a
relação entre os conhecimentos, não somente o facto político, mas ainda o facto da civilização.

August Thierry

(1795-1856), Procura substituir a história das grandes figuras políticas, dos príncipes pela
história das massas populares. Só que este peca porque não põe em rigor a crítica das suas fontes,
por exemplo, coloca na mesma perspectiva todos os testemunhos relativos a idade média, mesmo
que sejam contemporâneas, uns dos outros ou ainda, separados por vários séculos.

Jules Michelet

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(1798-1874), Procura ressuscitar integralmente o passado nos seus organismos, interesses e
profundos, dando um lugar importância aos factos económicos, sociais, culturais e religiosos.

Alexandre Hefulano (1810-1877)

Seguiu o caminho de Guizot, dando mais importância a sociedade e ao povo trabalhador.


Procurou no lugar da história da colectividade através de instituições de direito, sentimento
colectivo, relação entre diversas classes sociais. A história era obra da sociedade, isto é, dos
homens socialmente organizados. Mora neste historiador, a atenção prestada ás origens da
burguesia. Com isto, Herculano afirmava que devia-se procurar buscar a História da Sociedade e
deixar um pouco da História dos indivíduos. Todavia, a revolução Francesa vai imprimir três
dimensões do romantismo a saber:

 Romantismo conservador: defende os fenómenos da antiguidade, classes aristocráticas,


clero e a nobreza. Defende em suma a imposição do antigo regime.

 Romantismo progressista ou liberal: era defendido pela burguesia, defendendo os ideais


da revolução francesa no que refere a fraternidade e igualdade dos direitos perante a lei.
A burguesia pretendia politicamente edificar sobre as ruínas do regime deposto, um novo
regime liberal. Teve como representante Victor Hugo.

 Romantismo socialista, também conhecido por socialismo utópico, nascido da falência


das aspirações que os sans-cultores depositavam na revolução francesa. Foi defendido
pelo povo, concretamente pelos agricultores, pois o povo estava desiludido com a
revolução francesa, pois que no seu triunfo não foram tomadas medidas radicais a favor
do povo ou da massa camponesa. Este foi defendido por Saint-Simon. Há que referir que
foi no século XIX que a História adquire o estatuto de Ciência. Portanto, o romantismo
antecede e prolonga-se para além da revolução francesa. Aliás, dele pode-se dizer que é
na sua evolução o anúncio e o produto desta revolução.

1.9.Historiografia Positivista
Apesar dos pressupostos teóricos iniciais do positivismo, como diz Löwy1, estarem relegados ao
museu das ideologias do século XIX, o fato é que as sementes do positivismo e de suas

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premissas epistemológicas, plantadas a partir da reflexão do filósofo francês Augusto Comte,
estavam destinadas a tornarem-se um dos pilares da ciência moderna. E, de fato, de modo poucas
vezes explicitado, mas muitas vezes subjacente, o positivismo está presente nas análises de
diversas das áreas das “ciências humanas”. E para a compreensão do positivismo é necessário
frisar, já de saída, que se trata de uma corrente de pensamento tipicamente oitocentista. Pois ser
uma teoria do século XIX significa, em primeiro lugar, dizer que se trata de uma reflexão que se
dá num ambiente liberal (ou que assim vai se tornando progressivamente) e pós-revolucionário.
As chamadas revoluções burguesas aconteceram no século XVIII e no início do século XIX
(exceção feita à grande Revolução Gloriosa na Inglaterra, ocorrida no século XVII).

1.10.O positivismo
Foi uma corrente filosófica que se desenvolveu na 2ª metade do século XIX, sendo o seu
fundador Augusto Comte (1798-1857). Contexto histórico O positivismo tem em Augusto Comte
(1798-1857) não só o seu fundador, mas também o seu principal intérprete. Este tem a sua
origem com o triunfo da burguesia aquando da Revolução Industrial, cujo ideal político da
Burguesia é então o regime parlamentar confiado a uma elite. O critério mais simples é o da
fortuna, calculada segundo o montante do imposto directo. Esta corrente surge no período em
que tinham chegado os idealistas que defendiam com pés juntos a evolução autónoma do espírito
em relação a uma natureza estática e imutável. Contrariamente ao que se poderia deduzir da sua
teoria, Comte considera a razão como uma espécie de lógica natural e imutável quer
individualmente através da interacção entre o sujeito e o objecto, quer historicamente através da
interacção entre o Homem e a Natureza. Ela progride efectivamente na proporção em que a
acumulação dinâmica da experiência individual e da espécie contribuem para desenvolver a
capacidade de compreensão da realidade e de intervenção sobre a mesma. Assim, o
conhecimento é mais um processo do que um Estado. Augusto Comte, considera que o
pensamento passou por três fases ou doutrinas de evolução a saber:

 Teológica: cuja explicação causal dos fenómenos era atribuída aos deuses ou ao Deus;

 Metafísica: cuja explicação dos fenómenos era obtida a causas vagas ou imaginárias;

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 Positiva: cuja explicação dos fenómenos era atribuída a causas naturais e compete ao
Homem descobrir tais causas. A cada uma destas fases corresponde a um estádio
político. Teológica politicamente corresponde ao estado Teocrático, Metafísica
politicamente corresponde ao estado anárquico e Positiva politicamente corresponde ao
estado sócio cratico. Estes estádios eram na ideia de Comte uma consequência do
desenvolvimento interno do próprio espírito ou seja de uma espécie de
autodesenvolvimento, independentemente de qualquer relação dialéctica com a natureza.

.11.Características do positivismo
 Defesa dos métodos das ciências naturais para uma investigação histórica;

 Defesa de que a História é só feita com base em documentos;

 Defende o estabelecimento das leis da História;

 Privilégio dos factos políticos, militares e diplomáticos (os reis, guerras, líderes
diplomáticos e religiosos);

 Defesa dos factos únicos, isto é, deve-se narrar as coisas como aconteceram;

 Defesa da Objectividade Absoluta;

 Defende que o conhecimento histórico é relativo e não absoluto;

 O positivismo concebia a História não em termos de evolução, mas sim em termos de


sucessão;

 Comte considerava a razão como uma espécie de lógica natural e imutável e está em
constante progresso;

 A historiografia positivista tinha uma noção atomista dos factos históricos, na medida em
que supunha que eles podiam ser analisados um a um, separadamente uns aos outros,
como se constituíssem unidades autónomas;

 Partindo do princípio de que os factos já se encontravam elaborados nos documentos, a


historiografia positivista reduzia o historiador ao modesto papel de mero recolector de
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factos. O seu trabalho consistia apenas em averiguar a autenticidade do texto documental
e em restituí-lo a sua redacção original. Quanto a tarefa de estabelecer a relação de causa
e efeito entre os factos, Comte atribuía ao Sociólogo;

 O positivismo considera a fonte escrita como a única para resgatar a História do povo.

A verdade porém, é que na prática da investigação, a quantidade e qualidade da informação são


fundamentais para a reconstituição dos factos. Documentos são testemunhos e testemunhos, são
versões mais ou menos parciais, mais ou menos coincidentes, dos acontecimentos que o
investigador pretende reconstituir.

Quanto mais documentos, mais testemunhos e quanto mais testemunhos mais probabilidades de
reconstituir os factos. Comte partia do princípio de que os factos históricos podiam ser objecto de
percepção directa e imediata e de que a percepção dos factos e a percepção das respectivas
relações causais correspondiam a dois momentos distintos e independentes da investigação
histórica. Não é assim que as coisas se passam. Em primeiro lugar um facto histórico não é um
dado directo e imediato, mas uma construção feita pelo historiador a partir dos elementos de
informação fornecidos pelos testemunhos interrogados, Em segundo lugar não podemos exigir
do historiador que pense os factos abstraindo-os das suas causas ou das relações que os prendem
aos seus contextos.

1.12.Outros representantes da historiografia positivista


 Ernest Renan (1823-1892);

 Hippolyte Taine (1828-1893);

 Fustel de Coulanges (1830-1889).

1.13.Historiografia Historicista

1.14.Historicismo
É uma corrente historiográfica que veio como reacção ao positivismo, que se desenvolveu na
segunda metade do século XIX. Defende a subjectividade e a reactividade do conhecimento

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histórico. O seu representante foi o alemão Leopord Van Range (1795-1886). A sua principal
ideia foi a de estabelecer uma história positiva de origem filosófica.

1.15.Características do historicismo
 Defende maior intervenção do historiador e a valorização como deve compreender, como
é que as coisas aconteceram;

 Defende que o conhecimento histórico é subjectivo (porque há maior intervenção do


historiador) e relativo (porque nega a utilização dos métodos das ciências naturais);

 Defende que no conhecimento histórico, o sujeito e o objecto constituem uma totalidade


orgânica agindo um sobre o outro.

A Metodologia para o historicismo, não basta descrever os factos, é preciso intuir, compreender
abrindo caminho ao subjectivismo e relativismo.

1.16.Outros representantes do Historicismo


 Dilthey;

 Benedetto Croce

 E Collingwood.

Ao historiador historicista não basta o estabelecimento rigoroso de relações causais entre os


factos históricos, como acontecia no positivismo, mais do que descrever era preciso intuir e
compreender os factos históricos. Portanto, o conhecimento histórico não era mais uma aceitação
passiva dos testemunhos, mas uma avaliação e interpretação deles. Preconizava-se assim a crítica
total, pelo recurso a crítica de interpretação, a hermenêutica.

O conhecimento histórico acabaria sendo o conhecimento daquilo que o espírito realizou no


passado e ao mesmo tempo é a reconstituição disto, a perpetuação de acções passadas no
presente. O seu objectivo não é um mero objecto, algo que está fora do espírito que conhece, é
uma acção do pensamento, que só pode ser conhecida na medida em que o espírito conhecedor a
reconstitua e a conheça simultaneamente.

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Desta maneira, pode-se dizer que a investigação história revela ao historiador as faculdades do
seu espírito, uma vez que tudo quanto pode conhecer historicamente são pensamentos que podem
reconstitui para si, pois, o facto de ele chegar a conhecê-los mostra que o seu espírito é capaz de
pensar assim.

Conclusão
Perante a leitura feita o estudante concluiu que a historiografia, em sua concepção mais corrente,
remete ao produto final do ofício do historiador, podendo ainda ser entendida como conjunto de
obras históricas produzidas por historiadores ao longo do tempo. Em seguida foram apresentados
diversas correntes importantes na história da humanidade como romantismo. Positivismo e
historicismo, sendo cada uma com as suas características distinta das outras.

Portanto nessa índole importa realçar que o tratamento histórico do positivismo, não só da sua
emergência, como da circulação e penetração de suas proposições, exige um gesto de
desprendimento para nos despojarmos de uma carga de preconceitos solidamente construída no
âmbito das ciências humanas. Esse movimento de aproximação adquire sua importância para que
possamos avaliar a presença do positivismo na história política e intelectual. Compreender os
fundamentos filosóficos dessa corrente de pensamento, como parte de um quadro cultural, em
que, ao serem seleccionados por seus formuladores, estão funcionando como parte das respostas
dadas pelos homens de uma época, permite nos vislumbrar tanto suas limitações como suas
potencialidades. Assim compreendendo também que o romantismo foi uma corrente que
defendia uma história voltada para o passado, particularmente a idade média, o alargamento da
temática histórica ao povo e não tratar apenas os reis, os chefes militares, os líderes religiosos ou
a providência divina.

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Referências bibliográficas

Guimarães L.M.s (2006). (org.). Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7Letras

__________. (2007) “O presente do passado: as artes de Clio em tempos de memória”. In:


Abreu, Martha [et. al] (orgs.). Cultura política e leituras do passado. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, , p.

Koselleck, R. (2006). Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de
Janeiro: Contraponto,

Ruben.j. R. (2001). Histórica. Tradução Estevão de Rezende Martins. Brasília: Ed. Universidade
de Brasília,.

Rüsen, J. (1996) “Narratividade e objetividade nas ciências históricas”. In: Revista Textos de
História, Brasília, v. 4, nº 1, , p. 75-102.

Malebra j.“ (2006). Teoria e história da historiografia”. In: Malerba, Jurandir (org.). A História
escrita. São Paulo: Contexto,

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