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Língua Portuguesa

e Matemática
Professor
Maio/Junho - 2024
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

APRESENTAÇÃO

O REVISA GOIÁS é um material didático estruturado e articulado para apoiar as ações de


recomposi- ção das aprendizagens. A elaboração desse material tem como base os Documentos
Curriculares, a Matriz de Referência SAEB, bem como os resultados das avaliações externas, uma vez
que é importante identifi- car pontos de atenção nesses resultados, objetivando desenvolver uma
aprendizagem efetiva. Na elabo- ração das atividades propostas, são consideradas as habilidades de
cada ano/série e, ainda, por se tratar de um material que visa a recomposição da aprendizagem,
considera-se, também, as habilidades básicas dos anos/séries anteriores.

O material é elaborado bimestralmente e apresenta, de modo intencional, uma gradação como um


ca- minho para que, com a mediação do(a) professor(a), o(a) estudante tenha a oportunidade de
desenvolver as atividades propostas e, dessa forma, aprender cada vez mais e avançar em
proficiência. Além disso, o uso do material otimiza o tempo do(a) professor(a) durante o
planejamento de suas aulas. Nessa pers- pectiva, é de grande relevância o trabalho do(a)professor(a)
para que a aplicabilidade deste material seja concretizada com êxito.

O REVISA GOIÁS será enviado em quatro volumes. Assim, uma versão digitalizada de todo o
material será disponibilizada para que o(a) professor(a) utilize esse material em seu planejamento. O
material de Língua Portuguesa e Matemática, do(a) estudante, será impresso para o 8º e 9º anos do Ensino
Fundamen- tal e para todas as séries do Ensino Médio. O REVISA de Ciências da Natureza e Ciências
Humanas do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio será apenas em formato
digital.

Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás,
cien- tes da necessidade de um ensino que desenvolva as habilidades curriculares para continuar
avançando em proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.

Desejamos a todos um excelente trabalho!

Núcleo de Recursos Didáticos (NUREDI)


Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)

Você também pode baixar o material pelo link:


https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CA- fpwYsZnDlA78fyMX?
usp=sharing
SEDUC

Secretaria de Estado
da Educação

Revisa Goiás
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Semana 1 - Maio......................................................6
Semana 2 - Maio......................................................11
Semana 3 - Maio......................................................17
Semana 4 - Maio......................................................19
Semana 1 - Junho....................................................23
Semana 2 - Junho....................................................28
Semana 3 - Junho....................................................31
Semana 4 - Junho....................................................32

Matemática
Semana 1 - Maio......................................................44
Semana 2 - Maio......................................................47
Semana 3 - Maio......................................................54
Semana 4 - Maio......................................................56
Semana 1 - Junho....................................................60
Semana 2 - Junho....................................................65
Semana 3 - Junho....................................................72
Semana 4 - Junho....................................................75
Revisa Goiás

LÍNGUA PORTUGUESA
Prezado(a) professor(a), o material de Língua Portuguesa - REVISA GOIÁS - segue desenvolvendo a
Recom- posição da Aprendizagem dos(as) estudantes do Estado de Goiás, priorizando o currículo na
elaboração das ati- vidades propostas. É fundamental reforçar que todo o trabalho tem como centralidade
o texto/gênero, objeto de estudo da língua, considerando as práticas de linguagem que estão organizadas
nos quatro grandes eixos: Oralidade; Leitura/Escuta; Produção (escrita e multissemiótica) e Análise
Linguística/Semiótica, articulados nos Campos de Atuação, espaços em que tais práticas se realizam:
Jornalístico Midiático; Vida Pública; Artístico-Li- terário e Práticas de Estudo e Pesquisa.
As atividades, neste material, apresentam níveis de gradação, buscando, de início, ativar os
conhecimentos prévios dos(as) estudantes sobre o gênero textual em estudo. Elas também passam por uma
ampliação para, en- tão, sistematizar os conhecimentos. São contemplados também aspectos linguísticos
relacionados aos Objetos de Conhecimento / Conteúdos. A elaboração dessas atividades prioriza o
desenvolvimento das Habilidades do Docu- mento Curricular para Goiás - Etapa Ensino Médio (DCGO-EM),
considerando a Base Nacional Comum Curricu- lar (BNCC), além disso, retoma algumas Habilidades do
Documento Curricular para Goiás (DCGO-Ampliado) dos anos anteriores (6º, 7º, 8º e 9º) com a finalidade de
contribuir com o desenvolvimento da “Recomposição da Apren- dizagem.” Em alguns momentos, o material
apresenta atividades que são elaboradas atendendo a Matriz Saeb.
Na estruturação deste material, é apresentado um “quadro orientador” no início da SEMANA 1, que é
reto- mado a cada duas semanas de acordo com as atividades propostas. Nesse quadro, há a apresentação
dos eixos que norteiam o ensino de Língua Portuguesa: Leitura / Oralidade; Análise Linguística e Semiótica
e Produção Textual. As primeiras atividades de cada semana partem do “Contextualizando o gênero
textual, o tema e o campo de atuação”, com base na Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística e
Semiótica. Na sequência, as atividades seguem partindo do “Ampliando os conhecimentos” com a Prática de
Leitura / Análise Linguística e Semiótica. As atividades mais complexas têm início com o “Sistematizando os
conhecimentos”, novamente com a Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica.
No material, foram utilizadas três cores para indicar o nível de gradação das atividades elaboradas.
Assim, utilizou-se no GRUPO DE ATIVIDADES 1 a marcação amarela para indicar o “Nível Básico” de
complexidade, no GRUPO DE ATIVIDADES 2 a marcação azul para indicar o “Nível Operacional” e no
GRUPO DE ATIVIDADES 3 a marcação rosa para indicar o “Nível Global”.
Considerando a complexidade desses níveis, por meio das atividades, são desenvolvidas as habilidades
do currículo e de recomposição de aprendizagem propostas no “quadro orientador”. Dessa forma, as
atividades es- tão divididas em: maio/semanas 1, 2, 3 e 4 - junho/semanas 1, 2, 3, e 4, sendo que a semana 3 de
junho é a “Produ- ção de Texto” e a 4, o “Revisitando a Matriz Saeb” com questões/itens. Vale ressaltar que a
marcação do material em “semanas” é uma forma de nortear o trabalho, no entanto, é você, professor(a), que
decide a melhor maneira de utilizá-lo em seu planejamento.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes
da necessidade de um ensino em Língua Portuguesa/Linguagem que desenvolva as habilidades curriculares
para continuar avançando em proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.

Um excelente trabalho a todos(as)!


Equipe de Língua Portuguesa do Núcleo de Recursos Didáticos / NUREDI

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Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

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Revisa Goiás
CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 1
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS Gênero discursivo / textual: Anúncios propagandas (publicitários).
DE Linguagem do gênero discursivo. / Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e
CONHECI- recepção de textos.
MENTO
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes
linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e
DCGOEM seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas,
papel so- cial do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de
sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
HABILIDADES
(EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar
DC GO - suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
AMPLIADO
(EF69LP03-A) Compreender a relação de sentido entre imagem e texto verbal (multimodalidade) nos variados
PARA
gêne- ros, por meio de recursos linguísticos e semióticos.
RECOM-
POSIÇÃO
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. /
MATRIZ SAEB
D5 - Interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
Prática de Análise Linguística e Semiótica

Gênero discursivo / textual: Anúncios propagandas (publicitários).


OBJETOS Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção de textos./ Tema/assunto. /
DE Ele- mentos da comunicação. / Funções da linguagem./ Coesão sequencial, seleção lexical, substantivos abstratos e
CONHECI- voca- tivos. / Modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou
MENTO orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, terceira pessoa e voz passiva).

(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de


determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para
ampliar as pos- sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
HABILIDADES
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos
DCGOEM
gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais,
adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de
estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da
compreensão e da criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os
contextos de produção.

HABILIDADES (EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários.
DC GO - (EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades
AMPLIADO apre- ciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios,
PARA locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a
RECOM- perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
POSIÇÃO
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. D5 -
Interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)./ D8 Estabelecer
MATRIZ SAEB relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva
presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. /
D1- Localizar informações explícitas em um texto.

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SEDUC

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Revisa Goiás da Educação

GRUPO DE ATIVIDADES
ATIVIDADES
Semana 1 - Maio
1.Antes de ler os textos, vamos conversar?
Professor(a), nesta semana, vamos trabalhar com o • Você já ouviu falar em anúncios publicitários,
gênero “anúncio publicitário” do Campo Jornalístico- sabe qual é a diferença entre propaganda e
-Midiático. Esse é um gênero que prioriza promover publicidade?
um produto, uma ideia e circula frequentemente • Você considera que os anúncios publicitários
pelos meios de comunicação de massa. É de suma ven- dem apenas produtos? Ou também
impor- tância dialogar com os(as) estudantes sobre vendem ideias?
as carac- terísticas do gênero e explorar o texto,
considerando linguagem, estrutura e, • Quais são os lugares que você vê mais anúncios
principalmente, a temática, o contexto social, as publicitários?
funções da linguagem predomi- nantes nos textos, • Quando você lê um desses anúncios você se
bem como os aspectos linguísticos e semióticos. Nas sente logo convencido(a) ou nem sempre?
atividades propostas são apresenta- dos alguns • Você vê mais anúncios publicitários com
objetos de conhecimento, mas você, profes- sor(a), imagens ou sem imagens?
pode ir muito além, afinal, você conhece os(as)
estudantes e o contexto de sala de aula. Por isso, ► Conhecendo o gênero textual
du- rante o desenvolvimento destas aulas, você pode
pedir que os(as) estudantes pesquisem e levem para a Anúncio publicitário é um gênero textual
sala de aula anúncios diversos para leitura e análise que busca promover um produto ou uma ideia e é
coletiva. Sugerimos que depois da leitura e análise cons- tantemente veiculado pelos meios de
seja criado um mural em sala de aula com os textos comunicação de massa. Ele tem por objetivo
escolhidos pe- los(as) estudantes. divulgar serviços, ideias ou produtos. A linguagem
empregada na sua composição dever ser clara,
Caro(a) estudante, convidamos você a ler os tex- apelativa e criativa. Além disso, esse gênero
tos com atenção, uma vez que é importante se textual pode ser estruturado de diversas
apro- priar do gênero em estudo e da temática maneiras, pois sua estruturação depende do que
abordada. Para isso, é preciso é anunciado, dos objetivos de quem anuncia e da
interpretar/compreender e fazer as possíveis plataforma em que é veiculado. O anúncio pu-
inferências, pois esse passo a passo auxi- lia você na blicitário também pode ser classificado como
resolução das atividades propostas. verbal, não verbal ou misto, podendo ser
estruturado ape- nas com texto, apenas com
imagens ou com a mescla dos dois recursos. Além
COnTExTuALizAnDO O GÊnErO do mais, pode ser veiculado em programações
TExTuAL, O TEMA E O CAMPO televisivas, redes sociais, plata- formas de
DE ATuAçÃO streaming, rádios, outdoors, jornais etc.
Geralmente, nos anúncios publicitários predomina a
função conativa/apelativa da linguagem para
Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística
como- ver e convencer seus receptores a
e Semiótica
consumirem ou concordarem com o que é
Professor(a), a primeira atividade requer o anunciado.
desenvol- vimento da prática de oralidade. Inspire Disponível em:https://www.portugues.com.br/redacao/anuncio-publicitario.html. Acesso em 06 de fev. 2024 (adaptado).

os(as) estu- dantes fazendo esta atividade junto As principais características do Anúncio
com eles(as). Du- rante esta prática, será levado em Publi- citário são: caráter comercial / linguagem
consideração o que eles(as) já sabem sobre o gênero verbal e não verbal / linguagem simples / textos
“anúncio publicitário”. Apresentamos a seguir alguns mais curtos, atrativos e persuasivos / humor, ironia
questionamentos como um ponto de partida, mas
você pode acrescentar ou- tros se achar necessário.

Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) O Campo Jornalístico-Midiático – envolve


para aprender cada vez mais! Nestas atividades, a compreensão de fatos e circunstâncias conside-
vamos estudar o gênero “anúncio publicitário”. rando a produção de textos jornalísticos variados,
Vamos lá? destacando seus contextos de produção e
caracte- rísticas dos gêneros discursivos.

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SEDUC

Secretaria de Estado
da Educação

Revisa Goiás
Leia os textos.
Texto I 3.O Texto I e o Texto II apresentam imagens
idênticas. O que não aparece no Texto II?

4. O anúncio publicitário pode ser um texto


“verbal”, isto é, aquele que apresenta palavras
escritas, “não verbal”, aquele que tem imagens/cores
e não apresenta palavras escritas. Esse texto
também pode ser verbal (palavras escritas) e não
verbal (imagens), nesse caso, pode ser chamado de
“misto”. Esse gênero ainda pode ser “oral”, por
exemplo, quando é veiculado no rádio. Qual dos
textos apresenta apenas a linguagem “não verbal”?
Dia Mundial da Água

Disponível em:https://g1.globo.com/ba/bahia/especial-publicitario/green-tech-innovation/noticia/2023/03/21/dia-mundial-da-a-
gua-uma-fonte-de-vida.ghtml. Acesso em: 8 fev. 2024.

5. No texto: “Sem água não há vida!”, as


Texto II palavras desta- cadas quanto às classes gramaticais
são:
( ) verbos ( ) adjetivos
( ) pronomes ( ) substantivos

GRUPO DE ATIVIDADES

AMPLiAnDO
OS COnHECiMEnTOS

Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica

Releia o Texto I para responder às questões 6, 7, 8, 9 e 10.

6. Todo texto é escrito com o objetivo de comunicar


algo aos seus leitores. O Texto I foi escrito com
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-agua.htm. Acesso em: 8 fev. 2024.

qual objetivo?
2.O anúncio publicitário é um gênero textual que
bus- ca promover uma ideia, vender um produto, 7. Qual é a principal informação do Texto I?
divulgar serviços. Esse gênero veicula geralmente
nos meios de comunicação de massa: revistas,
jornais, rádio, te- levisão e internet. Ainda podem 8. O Texto I consegue convencer/persuadir o leitor?
ser encontrados, por exemplo, em panfletos, Justifique.
outdoors, faixas ou cartazes na rua, no ônibus. A
principal característica desse tipo de texto é o
convencimento, a persuasão do consumidor para a
compra de um produto ou serviço. Assim, os pu-
blicitários, isto é, aqueles que produzem os
“anúncios publicitários”, utilizam diversas
ferramentas discursi- vas, como linguagem simples,
humor, uso de imagem. Descreva o que você vê no
Texto I e no Texto II.

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9. O verbo é uma palavra que exprime ação,


13. No trecho: “...como ficar sem o WhatsApp,
estado, mudança de estado, fenômeno da natureza,
desejo, ocorrência. O verbo “haver” quando tem por exemplo.”, o operador argumentativo por
sentido de “existir”, “acontecer”, realizar-se”, “fazer” exemplo com a finalidade de mostrar ao
(em orações temporais), é impessoal. Por isso, interlocutor as possibi- lidades que ele terá ao
sempre precisa ficar na 3ª pessoa do singular. Retire adquirir o produto, estabelece uma relação de
do trecho: “Sem água não há vida!”, o verbo que (A) adição. (D) explicação.
pode ser substituído por “existir”, sem alterar o (B)condição. (E) exemplificação.
sentido. (C)conclusão.
10.Construa um comentário, justificando por que
14. No texto em análise predomina
to- dos os organismos vivos na Terra dependem da
água para sustentar sua existência. a linguagem ( ) verbal ( ) não verbal
( ) verbal e não verbal (mista).
Leia o texto. 15.Por meio da linguagem, também realizamos
Texto III dife- rentes ações: tentamos convencer o outro a
fazer (ou dizer) algo, transmitimos informações,
ordenamos, pedimos, demonstramos sentimentos,
assumimos compromissos, construímos
representações mentais sobre o mundo, enfim, pela
linguagem organizamos o nosso dia a dia, a nossa
vida... Nos anúncios publicitá- rios, geralmente,
predomina uma função da linguagem que busca
transmitir uma mensagem com o objetivo de
persuadir/convencer o interlocutor a aceitar uma
ideia, ou vender um produto. Que função é esta?
(A)Função referencial ou denotativa: o foco da
men- sagem é na informação, nesse caso, a
intenção é transmitir ao interlocutor dados da
realidade de uma forma direta e objetiva,
priorizando as palavras em- pregadas em seu
sentido real/denotativo.
Disponível em: https://revistas.unipam.edu.br/index.php/cratilo/article/view/3894/1450. Acesso em: 9 fev. 2024. (B)Função poética: a intenção do produtor do
texto está voltada para a construção da
11. Nesse anúncio publicitário, é possível perceber mensagem, priori- zando uma linguagem mais
uma afirmação que, além de resumir o que está elaborada com elemen- tos expressivos, como a
sendo dito, posteriormente, segura a atenção e o sonoridade, o ritmo, os sen- tidos conotativos.
foco do lei- tor. Transcreva do texto essa afirmação. (C) Função conativa (apelativa): quando a
intenção do produtor da mensagem é influenciar,
12. As estratégias argumentativas são mecanismos envolver, o destinatário, nesse caso, a mensagem se
essenciais, pois contribuem para que sejam mais organiza em forma de chamamento, apelo, súplica,
bem organizadas as ideias/argumentos no texto e ordem, obje- tivando convencer/persuadir o leitor
assim, persuadir/convencer o leitor. No trecho: a aceitar uma ideia, comprar um produto.
‘Quem tem Hero garante uma vida digital tranquila e
(D)Função Fática: a preocupação do emissor é
sem surpre- sas:’, a construção desse anúncio é
man- ter o contato com o interlocutor, abrindo, ou
uma estratégia de argumentação. Por quê?
prolon- gando um canal de comunicação com
frases, como “Veja bem...” ou “Entende?”.
(E) Função metalinguística: quando a
preocupação do emissor está voltada para o
próprio código, ou seja, o código da língua
portuguesa é o tema da men- sagem. Em alguns
casos, utiliza-se a língua para expli- car a própria
língua.

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16. O pronome é uma palavra que acompanha ou


subs- titui um substantivo. Os pronomes possessivos
trazem uma ideia de “posse”, associada às pessoas
do discur- so, isto é: a primeira pessoa do discurso
é aquela que fala, a segunda com quem se fala e a
terceira de quem se fala. No trecho: “Sua vida
digital não vai ficar sem o WhatsApp.”, qual palavra
é o pronome possessivo? Esse pronome faz
referência a que pessoa do discurso? Explique.

17.As locuções verbais são expressões constituídas,


geralmente, por dois verbos, um auxiliar e outro
princi- pal, este último em forma nominal (infinitivo, Disponível em: https: //bocaabocacomunicacao.com/propaganda-x-publicidade/. Acesso em: 9 fev. 2024.
gerúndio ou particípio). É importante considerar que
os verbos auxiliares são parcialmente, ou
totalmente desprovi- dos de sentido próprio, ou seja,
o “sentido/significado” recai sobre o verbo principal. A publicidade tem como função publicar, isto
Retomando o trecho: ‘Sua vida digital não vai ficar é, tornar público. Nesse sentido, faz uso dos
sem o WhatsApp.’, qual é a locução verbal? Indique meios de comunicação para chamar a atenção do
o verbo auxiliar e o principal. público. Já a propaganda tem foco mais objetivo
de vender uma ideia, um produto ou serviço. Sendo
assim, a publici- dade e a propaganda são
ferramentas de promoção e divulgação, porém
GRUPO DE ATIVIDADES ambas têm objetivos diferentes. No entanto, muitas
vezes, são usadas como sinôni- mos, visto o
caráter persuasivo, tanto da propaganda quanto da
publicidade. Ambos os gêneros costumam
SISTEMATIZANDO apresentar textos cuja mensagem pretende
OS sensibi- lizar / atrair o interlocutor, para tanto faz
uso de ima- gens, recursos audiovisuais, música,
COnHECiMEnTOS efeitos sonoros e luminosos. A veiculação, nos dois
casos, pode acon- tecer por meio impresso, pela
TV, rádio ou internet.

Leia o texto.
Texto IV

Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica


Professor(a), chegou o momento de “sistematizar
os conhecimentos”, refletir e analisar sobre o que
os(as) estudantes já aprenderam. Para tanto, é
necessário retomar alguns pontos da Prática de
Oralidade / Leitu- ra / Análise Linguística e Semiótica
(Contextualizando o gênero, o tema e o campo) e a
parte do (Ampliando os conhecimentos) na prática
de Leitura / Análise Lin- guística e Semiótica. Afinal, Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/39152343. Acesso em: 15 fev. 2024.
para que os(as) estudantes aprendam de modo
efetivo, é fundamental observar as intenções / 18. O anúncio publicitário elaborado pelo Ministério
repetições / retomadas propositais a servi- ço do Público da Bahia chama a atenção para o racismo,
desenvolvimento do processo de ensino e apren- um tema necessário e atual na sociedade brasileira.
dizagem da língua / linguagem. Ainda que polêmico, é de grande relevância a
discussão e cir- culação desse assunto, seja em
Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para formatos tradicionais, seja nas mídias (redes sociais).
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos Considerando as carac- terísticas do gênero anúncio
avançar um pouco mais nos nossos publicitário, o texto em estudo, tem a finalidade de
conhecimentos. Vamos lá? (A) noticiar um fato.
(B)promover uma ideia.
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(C)relatar um acontecimento.
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(D)criticar um comportamento.
24.QUESTÃO 24 – (ENEM - 2023)
(E)defender um ponto de
vista. Gabarito B.

19. O “vocativo” é um termo que cumpre, no


texto, a
função de chamar a atenção do interlocutor ou
colocá-
-lo em evidência no discurso. Ele aparece
geralmente separado por alguma pontuação, a mais
comum é a vír- gula. No texto em estudo, qual é a
expressão que revela que o anunciante conversa /
chama / interpela o leitor?
A expressão é: “E você,”. Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contex-
to da pandemia de covid-19, tem por finalidade
20. No anúncio estudado, quais são os dois verbos
que estão no modo imperativo e sintetizam a (A) divulgar o canal telefônico de atendimento a
linguagem convincente e persuasiva da ca- sos de violência contra a mulher.
propaganda? (B)informar sobre a atuação de uma entidade
Os dois verbos são: “acesse” e “deixe.” defen- sora da mulher vítima de violência.
(C) evidenciar o trabalho da Defensoria Pública
21. Qual é a principal informação apresentada no em relação ao problema do abuso contra a
texto? mulher.
A principal informação é a ideia de que é preciso (D)alertar a sociedade sobre o aumento da
en- frentar, combater o racismo. violência contra a mulher em decorrência do
coronavírus.
22. Na construção do anúncio publicitário, (E)incentivar o público feminino a denunciar
consideran- do a linguagem verbal e não verbal, crimes de violência contra a mulher durante o
qual é o principal recurso que contribui para que a período de isolamento.
mensagem seja mais efetiva e convença o leitor? Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.

O principal recurso que contribui para que a mensa- Gabarito E.


gem seja mais efetiva e convença o leitor é o recurso vi- Estudante, para chegar à resposta da questão
sual, pois é apresentada a imagem da jornalista e digital 44 (Enem), além da leitura analítica do texto, é
influencer Tia Má (linguagem não verbal). fundamen- tal considerar o enunciado: “Essa
campanha publicitária do Ministério da Saúde visa”,
23. No texto, a frase: “Racismo. Eu enfrento com a
ele chama a atenção para uma ideia de “finalidade”
ver- dade.”, leva o interlocutor à reflexão... Assim,
do ‘Ministério da Saúde”. Refli- ta sobre o que você já
reflita e responda a pergunta que também compõe o
sabe sobre anúncio / ‘campanha publicitária’ e
anúncio: “E você, como enfrenta o racismo?”
observe com muito cuidado o sentido de cada verbo
Resposta pessoal. que está presente na questão: ‘divulgar’ /
‘apresentar’ / ‘defender’ / ‘orientar’ / ‘informar’.
25.QUESTÃO 44 – (ENEM - 2023)
De olho no Enem!

Estudante, para chegar à resposta da questão


24 (Enem), além da leitura analítica do texto, é
ne- cessário considerar o gênero textual, “anúncio
pu- blicitário”, bem como compreender o
enunciado: “Esse anúncio publicitário, veiculado
durante o contexto da pandemia de covid-19, tem
por finali- dade” – reflita sobre as palavras /
expressões-chave do enunciado: ‘anúncio
publicitário’ / ‘contexto da pandemia’ /
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‘finalidade.’ Leia e interprete o texto observando


as informações sobre a atuação da De- fensoria
Pública em relação aos casos de aumento da
violência contra a mulher.
Disponível em: www.facebook.com/minsaude. Acesso em: 13 jun. 2018.

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Secretaria de Estado
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Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde


(D) orientar sobre os exercícios para uma boa
visa
ama- mentação.
(A) divulgar um conjunto de benefícios (E) informar sobre o aumento de anticorpos nas
proporciona- dos pela amamentação. mães.
(B) apresentar tratamentos para infecções respira- Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.

tórias em bebês. Gabarito A.


(C) defender o direito das mulheres de
amamentar em público.
CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 2
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS Gênero discursivo / textual: Reportagem
DE Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção de textos. / Leitura,
CONHECI- compreensão, análise e interpretação de textos./ Estratégias de leitura e compreensão de textos.
MENTO
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes
linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e
DCGOEM seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas,
papel so- cial do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de
sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
HABILIDADES (EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar
DC GO - suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
AMPLIADO (EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do
PARA título, as escolhas lexicais, as construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
RECOM- seus efeitos de sentido.
POSIÇÃO
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6 - Identificar o tema de um texto. / D8 -
MATRIZ SAEB Estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer relação
lógico/discursiva pre- sente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. / D1 - Localizar informações
explícitas em um texto.
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
Gênero discursivo / textual: Reportagem
OBJETOS Textualidade: estrutura do texto. / Tema/assunto. / Elementos da comunicação.
DE
- Coesão: conjunções, preposições e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de coesão).
CONHECI-
MENTO - Estrutura (textos híbridos e multisemióticos).
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta,
considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos
e recursos coe- sivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão
HABILIDADES temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas
DCGOEM envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.).
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de
determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para
ampliar as pos- sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários.
HABILIDADES (EF69LP17-C) Perceber e analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a
DC GO - elabora- ção do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de
AMPLIADO informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados
PARA (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).
RECOM- (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e
POSIÇÃO articulado- res textuais).
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse
fato.
/ D11 - estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. / D19 - Reconhecer o efeito de
MATRIZ SAEB
sen- tido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. / D1- Localizar informações
explícitas em um texto. / D8 - Estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15
- Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc./ D6 - Identificar
o tema de um texto. / D4 - Inferir uma informação implícita e um texto.

Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica


GRUPO DE ATIVIDADES
Professor(a), nestas atividades vamos trabalhar
com o gênero “Reportagem”. Peça aos(às)
Semana 2 - estudantes que leiam o texto: “Urbanização intensa já
Maio afeta evolução de organismos na Terra”, retome com
COnTExTuALizAnDO O GÊnErO
TExTuAL, O TEMA E O CAMPO 16
DE ATuAçÃO
SEDUC

eles(as) o Peça que os(as) estudantes mar- quem no texto,


“Conhecen- do o após a leitura os elementos caracterís- ticos do
gênero textual”. gênero “reportagem”. É muito importante que
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

17
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

você desenvolva com eles(as) as estratégias de históricos e os dados.


leitura, como ler em voz alta, com fluência e
autonomia, bem como formular hipóteses por meio
de antecipação e construção de inferências,
utilizando os mecanismos de leitura e interpretação.

Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para


aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
conhecer o gênero Reportagem. Vamos lá?
1.Antes de ler os textos, vamos conversar?
• No meio jornalístico, em especial, fala-se muito
em
“reportagem”. Você sabe o que é uma
reportagem?
• Você saberia explicar para que serve uma
repor- tagem?
• Você consegue diferenciar o gênero “notícia” de
“reportagem”?
• Se você lesse um texto, cujo título iniciasse
com: “Urbanização intensa...”, você conseguiria
anteci- par parte do assunto do texto por meio
desse tre- cho? Para você o que é urbanização?

► Conhecendo o gênero textual

Reportagem é um texto pertencente ao


gênero jornalístico que tem como principal função
informar apresentando dados, fatos,
depoimentos, opiniões de modo detalhado sobre
um tema/assunto. Ela é considerada, de acordo
com o Dicionário de gêneros textuais, uma espécie
de notícia mais longa acompa- nhada de diversos
aspectos críticos, que ampliam o caráter
meramente informativo presente no gêne- ro
notícia. A reportagem segue as características
fundamentais do gênero, prezando, assim, por
uma linguagem objetiva e clara. Nela predomina a
infor- mação e o uso da norma padrão da língua,
ela deve se constituir prioritariamente como um
texto infor- mativo. Porém, é um gênero que abre
espaço para opiniões (argumentos), ou mesmo
exposições man- tendo a objetividade das
informações apresentadas. A reportagem pode
aparecer em suporte impresso (jornais e revistas),
digital (internet) ou audiovisual (televisão).

A Reportagem do ponto de vista estrutural,


ge- ralmente, organiza-se em: título, lead e corpo
do texto. Pode ser classificada em: expositiva,
opinativa ou interpretativa. A diferença entre
“notícia” e “re- portagem” é basicamente a
extensão. A reportagem é mais longa e, por isso,
apresenta elementos que funcionam como suporte
à informação, como depoi- mentos, os fatos
18
SEDUC

Leia o texto. Nas últi- mas décadas, os pesquisadores da área de


Texto I ecologia ur- bana vêm tentando entender melhor os
efeitos desta urbanização intensa e acelerada, e a
Urbanização intensa já afeta evolução de organismos capacidade exi- bida por certas espécies para se
na Terra adaptarem aos novos ecossistemas. Agora, uma
Estudo global com participação de pesquisadores da iniciativa global de pesquisa, que contou com a
Unesp mostra como aumento de estilo de vida baseado participação de pesquisadores da Unesp, concluiu
em cidades está influenciando o desenvolvimento de que o processo de urbanização está impulsionando
espé- cies vegetais. Para biólogo, processo chama a a evolução de uma espécie de planta.
atenção pela velocidade com que transformações estão Embora não seja uma novidade o fato de que a
ocorrendo. transformação humana sobre os ambientes esteja
Marcos do Amaral Jorge al- terando de forma drástica os ecossistemas, o
Cem anos atrás, quando o mundo ainda artigo publicado nesta quinta-feira na revista
procurava se reerguer da devastação humana e Science traz evidências de que a ação humana e o
econômica causa- da pela combinação da Primeira ambiente urbano estão orientando a evolução de
Guerra Mundial com a pandemia de Gripe plantas de forma se- melhante e em escala
Espanhola, o número de pessoas que residiam em mundial.
cidades com mais de 20 mil habitantes batia na “O fato de que uma planta responde
marca dos 250 milhões de pessoas, ou o equi- evolutivamen- te às mudanças do ambiente urbano é
valente a cerca de 13% da população do planeta. algo muito mais intenso do que verificar, por
Em 2020, segundo os dados mais recentes da exemplo, um efeito em determinado contexto,
Organização das Nações Unidas (ONU), as áreas como a produção de um fruto ou a germinação
urbanas já contabi- lizavam 4,4 bilhões de pessoas, precoce”, diz Milton Ribeiro, docente do campus da
ou 56,2% da população global. E a tendência é que Unesp em Rio Claro, um dos pesquisado- res
o crescimento continue em ritmo acelerado, envolvidos no projeto. “Uma reflexão que pode ser
chegando a 68,4% dos habitantes do planeta no feita a partir desse artigo é que embora o processo
ano de 2050. de urbanização seja relativamente recente, se
A acomodação de um contingente populacional comparado à história evolutiva, podemos constatar
dessas proporções nas cidades implica a formação que as espé- cies já estão se adaptando. É um
de verdadeiros ecossistemas criados pelo homem, tempo curto, mas já estamos medindo as
além de profundas alterações no meio ambiente. consequências que levariam tal-
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

19
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

vez milhões de anos para se processarem” em estru- turação do título do texto, a qual contribui para
outras circunstâncias, diz ele. a com- preensão de uma problemática que é
Ribeiro explica que o convite para ingressarem comprovada ao
no projeto se deveu à expertise dos pesquisadores
do La- boratório de Ecologia Espacial e Conservação
(LEEC), que ele coordena, na área de ecologia.
Integrante do grupo de pesquisa do câmpus de Rio
Claro e coautor do artigo, o pós-doutorando João
Carlos Pena foi o responsável por liderar os trabalhos
junto à rede base- ada no Canadá. (…)
Trecho de reportagem do Jornal da
Unesp.
Disponível em: https://jornal.unesp.br/2022/03/18/urbanizacao-intensa-ja-afeta-evolucao-de-organismos-na-terra/. Acesso em:
18 fev. 2024.

2. A reportagem é um gênero jornalístico


informativo, no qual o autor apresenta um
tratamento mais apro- fundado a um determinado
assunto/tema, dando voz a outras pessoas e
instituições que podem apresentar explicando as
circunstâncias, causas e consequências. Alguns
elementos que marcam esse gênero são: o tem- po,
a construção de possíveis personagens, a citação de
falas, porém, tantos esses elementos, quanto a “lin-
guagem” podem variar de acordo com o público, o
tema abordado e o veículo (meio de divulgação). O
principal objetivo do texto em estudo é
(A) relatar. (D) informar.
(B)criticar. (E) descrever.
(C)instruir.
Gabarito D.

3. Quem escreveu esse texto e em que veículo de


co- municação ele foi publicado?
O texto foi escrito por Marcos do Amaral Jorge e o
tex- to foi publicado no Jornal da Unesp.

4.No trecho: “...o número de pessoas que residiam


em cidades com mais de 20 mil habitantes batia na
marca dos 250 milhões de pessoas, ou o equivalente
a cerca de 13% da população do planeta.”,
predomina um fato ou uma opinião?
Nesse trecho predomina um fato.

5. Considerando a ideia de causa e consequência,


en- tendemos que a “causa” é o motivo, a razão que
explica um ato, ação ou acontecimento e a
“consequência” é o resultado positivo ou negativo
de uma determinada causa. No título: “Urbanização
intensa já afeta evolu- ção de organismos na Terra”,
há uma ideia antecipada de causa? Justifique.
No trecho há uma ideia antecipada de ‘causa’, uma
vez que a ‘urbanização intensa’ é a razão, o motivo
do pro- blema que afeta o que existe no Planeta
Terra.

6. Justifique a utilização da palavra ‘intensa’ na


20
SEDUC

longo do texto. A que classe gramatical essa evolu- ção de uma espécie de planta.
palavra
pertence? Justifique.
A palavra ‘intensa’ foi utilizada no título para mos-
trar como a urbanização é forte, excessiva a ponto
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
de causar grandes problemas no Planeta Terra, o
que é compreendido ao longo do texto. A palavra 9.O texto, em estudo, parte de uma reportagem
‘intensa ’pertence à classe dos adjetivos que são com- pleta, publicada no Jornal da Unesp, e
palavras que se juntam a uma outra classe, como apresenta uma informação principal. Qual é essa
substantivos, pro- nomes entre outros para, informação?
geralmente, acrescentar-lhes noções de A informação de que os pesquisadores da
qualidade/defeito, natureza, estado etc. instituição de ensino participaram de um estudo que
demonstra os prejuízos da urbanização intensa no
7.A construção do título nesse texto pode ser
Planeta Terra.
conside-
rada um recurso persuasivo? Justifique. 10. A reportagem analisada se propõe a discutir a
A construção do título pode ser considerada um pro- blemática com base em uma:
re- curso persuasivo, pois além de antecipar
( ) contextualização histórica e entrevistas com es-
aspectos do problema que será discutido, faz uso de
pecialistas.
palavras-chave que causam um certo impacto e
desperta a atenção do leitor para algo que ‘afeta’, ou ( ) descrição de ações humanas que destroem cer-
seja, que prejudica a evo- lução do que existe na tas espécies.
Terra enquanto Planeta. Pelo título, o leitor sente Com base em uma “contextualização histórica e entre-
convencido a ler o texto. vistas com especialistas.”

8.No segundo parágrafo, a que conclusão chegaram 11. Releia o texto “Urbanização intensa já afeta
os pesquisadores da Unesp? evolu- ção de organismos na Terra”. No trecho: “Em
Os pesquisadores da Unesp chegaram à conclusão 2020, se- gundo os dados mais recentes da
Organização das Na-
que o processo de urbanização está impulsionando a
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

GRUPO DE ATIVIDADES

AMPLiAnDO
OS COnHECiMEnTOS

21
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

ções Unidas (ONU), as áreas urbanas já contabilizavam estabelece uma ideia de


4,4 bilhões de pessoas, ou 56,2% da população (A) causa. (D) proporção.
global. E a tendência é que o crescimento continue
(B)conclusão. (E) explicação.
em ritmo acelerado, chegando a 68,4% dos
habitantes do plane- ta no ano de 2050.”, predomina (C)concessão.
uma comprovação em conformidade com os/as Gabarito C.
( ) dados ( ) datas ( ) exemplos
Predomina uma comprovação conforme os
dados.

12.No trecho: “A acomodação de um contingente


po- pulacional dessas proporções nas cidades
implica a formação de verdadeiros ecossistemas
criados pelo homem, além de profundas alterações
no meio am- biente.”, qual é a relação estabelecida
pela expressão destacada?
A expressão destacada estabelece uma ideia de
acrés- cimo das profundas alterações no meio
ambiente.

13. Para apontar as alternativas adequadas à


constru- ção dessa argumentação no texto em
estudo, conside- re o trecho:
“O fato de que uma planta responde
evolutivamente às mudanças do ambiente urbano é
algo muito mais intenso do que verificar, por
exemplo, um efeito em de- terminado contexto,
como a produção de um fruto ou a germinação
precoce”, diz Milton Ribeiro, docente do campus da
Unesp em Rio Claro, um dos pesquisadores
envolvidos no projeto.”
( ) prevalece a fala de uma autoridade
(pesquisador).
( ) a expressão ‘por exemplo’, foi usada para
ressaltar uma exemplificação.
( ) a expressão ‘muito mais’, circunstancialmente,
in- tensifica a evolução de uma planta às
mudanças do meio urbano.
( ) o termo ‘ou’ estabelece uma ideia de
alternância entre ‘um fruto’ e ‘a germinação
precoce’.
( ) ‘...docente do campus da Unesp em Rio Claro,’
é
um aposto que explica quem é Milton Ribeiro.
( ) as aspas foram utilizadas para mostrar que há
a fala de alguém, isto é, marcar uma citação
direta.
( ) emprega-se a norma padrão da língua
portuguesa. Todas as alternativas estão adequadas à
construção da argumentação.

14. No trecho: “Embora não seja uma novidade o


fato de que a transformação humana sobre os
ambientes esteja alterando de forma drástica os
ecossistemas...”, o elemento articulador destacado
22
SEDUC

objetividade do texto. Já a opinativa é aquela em


GRUPO DE ATIVIDADES que há uma mescla entre exposição dos fatos e a
opinião do repórter responsável por condu- zir o
texto. A reportagem interpretativa é quando há
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica SISTEMATIZANDO
uma análise entre os fatos e outros elementos
(dados estatísticos, fatos, depoimentos entre
Professor(a), chegou o momento de “sistematizar outros, que aoOS final do texto, encaminham e
os conhecimentos”, refletir e analisar sobre o que sugerem certa COnHECiMEnTOS
conclu- são a respeito do assunto
os(as) estudantes já aprenderam. Para tanto, é tratado.
necessário re- tomar alguns pontos da Prática de
Oralidade / Leitura Leia o texto.
/ Análise Linguística e Semiótica (Contextualizando Texto II
o gênero, o tema e o campo) e a parte do
(Ampliando os conhecimentos) na prática de Leitura Brasileiros passam em média 56% do dia em frente às
/ Análise Linguís- tica e Semiótica. telas de smartphones e computadores
Especialistas alertam que o uso excessivo de aparelhos
Estudante, continuamos juntos(as) para
eletrônicos pode ocasionar prejuízos de grande
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
impacto
avançar um pouco mais nos nossos
para a saúde física e mental das pessoas
conhecimentos. Por isso, va- mos ler e analisar
mais um texto considerando o que já sabemos sobre No Brasil, as pessoas passam aproximadamente
esse gênero refletindo sobre o nos- so 16 horas do dia acordadas, mas um dado chama a
conhecimento de mundo a respeito da temática. aten- ção: mais da metade desse tempo é
Vamos lá? destinado ao uso de smartphones e computadores.
O levantamento foi feito pela plataforma Electronics
Hub, um site de informações eletrônicas, a partir da
pesquisa Digital 2023:Global Overview Report da
DataReportal, con- siderando 45 nações, e concluiu
As reportagens podem ser classificadas em:
que o Brasil é o segun- do país com mais pessoas
ex- positivas, opinativas ou interpretativas. A
em frente a uma tela. São
expositiva é aquela que traz uma série de
conteúdos informativos, prevalecendo a
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

23
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a causar prejuízos para a saúde física e mental das
telas, ou seja, cerca de nove horas do dia. Em pessoas. Transcreva do texto palavras / expressões /
primeiro lugar do ranking estão os sul-africanos, que fragmen- tos-chave que comprovam / retomam essa
passam 58,2% acordados usando o computador ou temática no desenvolvimento do texto.
um smartphone.
Ainda segundo a plataforma, uma possível expli-
cação para esse tempo poderia estar ligada ao
cresci- mento dos serviços de streaming on-line,
com dados revelando que 64% dos usuários
brasileiros de smar- tphones são assinantes de
serviços como Netflix, Apple TV ou Prime Vídeo da
Amazon.
[...]
Apesar dos inúmeros benefícios atrelados à
tecno- logia, tanto para o desenvolvimento
econômico quanto social do País, com o aumento de
conexões e possibili- dades, o uso excessivo de
aparelhos eletrônicos pode ocasionar prejuízos de
grande impacto para a saúde física e mental das
pessoas, e também trazer percep- ções sobre para
onde e como o País está caminhando em seu
desenvolvimento socioeconômico.
[...]
Produtividade em questão
Para o professor de Psicologia Social Sérgio
Kodato, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, a tecnologia é
extremamente favorável para efeitos do
desenvolvimento do País. No entanto, ele apresenta
uma série de fatores que levam a um desequilíbrio
nas situações de trabalho, entre os aspectos
pessoais e profissionais.
[...]
Cuidados com a saúde
Não é de hoje que os especialistas alertam para
o mal à saúde que o uso excessivo da tecnologia
pode causar. Em seu último mapeamento de
transtornos mentais, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) reve- lou que o Brasil possui a
população com maior preva- lência de transtorno de
ansiedade do mundo e isso não é uma coincidência.
De acordo com Tatiane, o tempo de tela e a
ansie- dade possuem uma relação positiva, ou seja,
quanto maior o uso excessivo de tela, maior a
ansiedade, como também quanto maior ansiedade,
maior o uso excessi- vo de tela. “O uso excessivo de
aparelhos eletrônicos pode decorrer dos perigos do
cenário que vivenciamos, como o medo de ser
assaltado, dificuldade financeira, o que pode
favorecer ainda mais o isolamento social.”
[...]
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/brasileiros-passam-em-media-56-do-dia-em-frente-as-telas-de-smartfones-com-
putadores/. Acesso em: 18 de fev. 2024.

15. No texto, em estudo, o tema discutido é sobre o


uso excessivo de aparelhos eletrônicos que podem
24
SEDUC

O que comprova / retoma o tema do texto é: “No a principal fun- ção de trazer uma informação,
Brasil, as pessoas passam aproximadamente 16 horas porém com abertura para opiniões / argumentos.
do dia acor- dadas” / “...mais da metade desse
tempo é destinado ao uso de smartphones e 17. O título dos textos, geralmente, é uma síntese
computadores.” / “...o Brasil é o se- gundo país com de alguns aspectos do texto cuja função é
mais pessoas em frente a uma tela.” / “São cerca de estratégica e articuladora, pois nomeia o texto após
56,6% das horas acordadas em frente a telas, ou seja, sua produção, pode sugerir sentidos, despertar o
cerca de nove horas do dia.” / “...dados revelando que interesse do leitor para conhecer o tema, pode
64% dos usuários brasileiros de smartphones são estabelecer vínculos com informações textuais e
assinan- tes de serviços como Netflix, Apple TV ou extratextuais, enfim, pode con- tribuir, em muitos
Prime Vídeo da Amazon.” / “ o uso excessivo de casos, com o entendimento do texto. Na construção
aparelhos eletrônicos pode ocasionar prejuízos de do título: “Brasileiros passam em média 56% do dia
grande impacto para a saúde física e mental das em frente às telas de smartphones e com-
pessoas” / “...uma série de fatores que levam a um putadores”, o que foi utilizado como comprovação
desequilíbrio nas situações de trabalho, entre os com a intenção de convencer o leitor a ler o texto e
aspectos pessoais e profissionais.” / “Não é de hoje conhe- cer o tema? Justifique retomando as
que os especialistas alertam para o mal à saúde que o características do gênero reportagem.
uso ex- cessivo da tecnologia pode causar.” / “ quanto Na construção do título, o que foi utilizado para
maior “...o uso excessivo de tela, maior a ansiedade, convencer e chamar a atenção do leitor foi o dado ‘56%’
como também quanto maior ansiedade, maior o uso que compro- va que os brasileiros ficam muito tempo
excessivo de tela...” frente às telas de smartphones e computadores. O
/ “O uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode gênero reportagem é uma modalidade de texto que
decorrer pertence ao universo jorna- lístico e sua principal função
dos perigos do cenário que vivenciamos...” é informarutilizando “elemen- tos” de comprovação.

16.O texto em estudo é uma notícia ou uma 18. Em algumas reportagens há os “entretítulos”,
reporta- ou seja, (títulos breves que são utilizados entre cada
gem? Justifique. bloco de parágrafos da reportagem, que apresentam
O texto em estudo é uma reportagem, pois o sub- tema a ser desenvolvido). Esses entretítulos
apresenta um conteúdo informativo, prevalecendo a abordam uma microtemática dentro do tema
objetividade do texto. É um texto jornalístico e tem principal. No texto, em estudo, quais são os
entretítulos?
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

25
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

Os entretítulos são: “Produtividade em questão” e


“Cuidados com a saúde.” 20. QUESTÃO 112 – (ENEM - 2014)

19.A coesão assegura a articulação/ligação entre as


palavras, frases, partes de um texto. Já a
coerência, por sua vez, estabelece a
articulação/ligação lógica para que o texto tenha
sentido. A “coesão sequencial”, é responsável por
criar as condições para a “progressão textual”, além
disso, esse tipo de coesão contribui para o
desenvolvimento do recorte temático. No trecho:
“Em primeiro lugar do ranking estão os sul-
africanos, que passam 58,2% acordados usando o
computador ou um smartphone.” , qual é a expressão
que apresenta uma coesão sequencial de
enumeração?
A expressão coesiva é: ‘Em primeiro lugar.’
O texto introduz uma reportagem a respeito do
futuro da televisão, destacando que as tecnologias a
De olho no Enem! ela incor- poradas serão responsáveis por
(A)estimular a substituição dos antigos aparelhos de
TV.
Estudante, para chegar à resposta da
(B) contemplar os desejos individuais com
questão 112 (Enem), além da leitura analítica do
recursos de ponta.
texto, é fundamental considerar o enunciado: “
O texto introduz uma reportagem a respeito do (C) transformar a televisão no principal meio de
futuro da televisão, destacando que as acesso às redes sociais.
tecnologias a ela in- corporadas serão (D) renovar técnicas de apresentação de
responsáveis por” – considere programas e de captação de imagens.
palavras/expressão-chave: ‘introduz uma (E) minimizar a importância dessa ferramenta
repor- tagem’ / ‘futuro da televisão’ / ‘as como meio de comunicação de massa.
tecnologias’ / ‘responsáveis’. Considere no Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_07_AZUL.pdf. Acesso
em 07 de mar. 2024.
texto, os recursos tecnológicos apresentados e Gabarito B.
ideias-chave como: “... ela permite assistir ao que
você quer, quando quer.”
CAMPO DA VIDA PÚBLICA - SEMANAS 3 E 4
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS Gênero discursivo / textual: Artigo de Divulgação Científica
DE Estratégia de leitura: apreender os sentidoss do texto./ Construção composicional e estilo./ Estratégia de
CONHECI- globai ra: apreender os sentidos globais doleitu-
MENTO texto.
(EM13LGG101) Compreender e analisar s de produção e circulação de discursos, nas diferentes
processo para fazer escolhas fundamentadas em linguagens, interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES
função de (EM13LP31) Compreender e divulgação científica orais, escritos e multissemióticos de
DCGOEM
criticamente textos d tes áreas do conhecimento,diferen- nização tópica e a hierarquização das informações,
identificando sua orga identificando e ndo enfoques tendenciosos ou superficiais.
descartando fontes não confiáveis e
problematiza
nstrução composicional e às marcas linguísticas características dos
HABILIDADES (EF69LP29-B) Analisar os aspectos relativos à
DC GO - co gêneros de divulgação científica, de forma aar as possibilidades de compreensão (e produção) desses
AMPLIADO ampli (EF69LP34-B) Possibilitar uma maiorgêneros. o do texto e a sistematização de conteúdos e
PARA compreensã (EF69LP38-C) Proceder à exposiçãoinformações.
RECOM-
POSIÇÃO oral de result ados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do
nejamento e da definição de diferentes formas pla-
de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala
espontânea.
MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de es gêneros. / D6 - Identificar o tema de um texto.
diferent
Prática de Análise Linguística e Semiótica

26
SEDUC

OBJETOS Gênero discursivo / textual: Artigo deCientífica


DE Divulgação Forma de composição do texto,res e progressão temática. / Construção composicional e estilo. /
CONHECI- coesão e articulado de estratégias deUso pessoa e de voz passiva etc.).
MENTO impessoalização (uso de terceira
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as do texto, tanto.na produção como na leitura/escuta, considerando a
partes construção composicional e o estilo do ndo/reconhecendo adequadamente elementos e recursos
HABILIDADES
gênero, usa diversos que contribuam para a coesivos uidade do texto e sua progressão temática, e
DCGOEM
coerência, a contin ções, tendo em vista as organizando informa- relações lógico-discursivas envolvidas
condições de produção e as cia; tese/argumentos; (causa/efeito ou consequên- exemplos etc.).
problema solução; definição/

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27
SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de


determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para
ampliar as possi- bilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que
operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou ora-
ções adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo
adequa- do desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.
(EF69LP42-B) Reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das
HABILIDADES estra- tégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o
DC GO - demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso
AMPLIADO à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e
PARA RECOM- produção de textos nesses gêneros.
POSIÇÃO (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) co-
ordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros./ D6 - Identificar o tema de um texto. / D13 -
Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. / D1 - Localizar
MATRIZ SAEB informações explícitas em um texto. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por
conjunções, advérbios etc.
/ D21 - Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

GRUPO DE ATIVIDADES ralmente, as opiniões de estudiosos e os


resultados das investigações se complementam ou
Semana 3 - Maio se opõem. É um gênero que se constitui a partir
de uma seleção de informações e comentários
COnTExTuALizAnDO O GÊnErO relevantes para se ter uma visão geral acerca do
TExTuAL, O TEMA E O CAMPO tema proposto. Esse é um texto que têm a
DE ATuAçÃO predominância de sequências expo- sitivo-
argumentativas.
Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica
Professor(a), nas próximas atividades vamos
O Campo das Práticas de Estudo e
trabalhar com o gênero “artigo de divulgação
Pesquisa destaca os gêneros discursivos e as
científica”. Esse é um gênero do Campo das Práticas
habilidades que envolvem leitura / escuta e
de Estudo e Pesqui- sa. É imprescindível conversar
produção de textos de diferentes áreas do
com os(as) estudantes sobre as características do
conhecimento e as habilidades e procedimentos
gênero e explorar todos os aspectos possíveis do
relacionados ao estudo, permitindo um recorte
texto que será estudado. Para dar início ao
temático, seleção de informações e reali- zação de
desenvolvimento das atividades, faça a atividade 1
pesquisa etc.
(oral) com eles(as). Acrescente mais ques-
tionamentos se você considerar necessário.
1.Antes de ler os textos, vamos conversar?
• Você já ouviu falar em “artigo de divulgação
cien- tífica”?
• Para você, o que significa ‘divulgação’?
• Quando você lê a palavra ‘científica’ o que vem
a
sua cabeça? Dê alguns exemplos.

► Conhecendo o gênero textual

28
indicativo.
• Esses textos são importantes, pois divulgam
SEDUC co- nhecimentos baseados em experimentos e
O artigo de divulgação científica é um texto estu- dos de caso, de forma acessível às
/ gênero produzido para pessoas não pessoas.
especializadas. Esse gênero apresenta um tema a • Além do padrão básico estrutural dos textos
respeito de uma investigação feita por uma dis- sertativos (introdução, desenvolvimento e
comunidade científica e apresentado ao público em con- clusão), os textos de divulgação científica
geral de modo simplifica- do, objetivo e não possuem uma forma rígida.
contextualizado. Além de uma lingua- gem clara e • Os suportes mais utilizados para a divulgação
acessível ao grande público, esse formato pode ter dos textos de divulgação científica são as
recursos visuais. Nele “jargões científicos” e termos revis- tas, jornais científicos, livros,
técnicos devem ser evitados. Nesse texto, ge- plataformas de di- vulgação científica,
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

29
SEDUC

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da Educação

Revisa Goiás
Leia o
texto. do texto, trechos que apresentam a predominância da
linguagem científica e jornalística e justifique.
Texto I
“Alguns cientistas dizem que é parente das raposas,
O lobo que não é mau outros, que é parente do cachorro-vinagre sul-ameri-
A primeira coisa a saber é que o guará não é, na como a impessoali- dade e a objetividade. Já a
ver- dade, um lobo. Embora seja o maior canídeo jornalística apresenta uma linguagem mais simples,
silvestre da América do Sul, sua espécie (Chrysocyon elementos informacionais e didáticos para, assim, se
brachyurus) é de difícil classificação. Alguns cientistas adequar a um público mais amplo e que não pertence
dizem que é pa- rente das raposas, outros, que é à academia científica. Retire,
parente do cachorro-vi- nagre sul-americano. Mas, de
lobo mesmo, ele não tem nada. Além disso, é um
animal onívoro. Porém, em algu- mas regiões, a sua
dieta chega a quase 70% de frutas, especialmente da
lobeira, uma árvore típica das savanas brasileiras, que
contribui para a saúde do animal, preve- nindo um tipo
de verminose que ataca os rins do guará.
O lobo-guará não é um animal perigoso ao
homem. Não existe nenhum registro, em toda a
história, de um guará que tenha atacado uma
pessoa, mas, ainda as- sim, são vistos como
“maléficos”. Por quê? Porque, em ambientes
degradados, o lobo, para sobreviver, acaba atacando
galinheiros ou comendo aves que são criadas soltas.
Com a desculpa de “proteger sua criação”, pes- soas
com baixo nível de consciência ecológica acabam
matando os animais.
Se não bastassem a matança e a destruição de
am- bientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta
grande índice de morte por atropelamento em
estradas.
O fato é que o lobo-guará precisa de nós mais
do que nunca na história.
Disponível em:https://vestibulares.estrategia.com/public/questoes/lobo-que-na-e-mauA210059d525a/. Acesso em 22 de fev.
2024.

2. O gênero/texto de divulgação científica é do tipo


expositivo/argumentativo. Ele é produzido median-
te pesquisas, aprofundamentos teóricos e
resultados de investigações sobre determinado
tema. É um tex- to escrito para popularizar a
ciência, isto é, difundir o conhecimento científico,
transmitindo assim, informa- ções importantes.
Retire do texto palavras e expres- sões que são
considerados termos técnicos da área.
Essas palavras e expressões são: “lobo-guará”, “canídeo
silvestre”, “(Chrysocyon brachyurus)”, “cachorro-vina-
gre”, “animal onívoro”, “árvore típica das savanas
brasi- leiras”, “tipo de verminose”.

3. O texto de divulgação científica é destinado à dis-


seminação do saber científico em uma linguagem
in- formativa e mais didática, ou seja, busca instruir.
É um texto que agrega características tanto da
esfera cien- tífica quanto da jornalística. De modo
que a científica prioriza o uso de termos técnicos,
30
SEDUC

cano.”, nesse trecho há a predominância da em toda a história, de um guará que tenha atacado
linguagem científica, pois se trata de ‘cientistas’ uma pessoa, mas, ainda assim, são vistos como
usando termos técnicos, como: ‘cachorro-vinagre “maléficos”. Por quê? Porque, em ambientes
sul-americano’, a mensagem é impessoal e degradados, o lobo, para sobre- viver, acaba
objetiva. atacando galinheiros ou comendo aves que são
“Se não bastassem a matança e a destruição de criadas soltas.”, as palavras e expressões des-
am- bientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta tacadas fazem referência a
grande índice de morte por atropelamento em ( ) primeira pessoa do
estradas.”, nes- se trecho há a predominância da
discurso ( ) segunda pessoa
linguagem jornalísti- ca, uma vez que a mensagem
prioriza uma informação, ‘o lobo-guará ainda do discurso ( ) terceira
apresenta grande índice de morte por pessoa do discurso
atropelamento em estradas.’ Fazem referência a terceira pessoa do discurso.

4. No trecho: “Embora seja o maior canídeo 6. O título “O lobo que não é mau”, foi elaborado
silvestre da América do Sul...”, a palavra destacada fa- zendo referência a outro(s) texto(s)
é um verbo. No gênero “artigo de divulgação (intertextualidade), criando uma contradição. Qual
científica”, geralmen- te, predominam verbos no é(são) o(s) texto(s) refe- renciado(s) nesse título?
tempo Sugestão de resposta: Os textos referenciados são
( ) presente ( ) pretérito ( ) futuro famo- sas histórias infantis (Chapeuzinho Vermelho /
Predominam os verbos no tempo “presente.” Os três porquinhos).

5. No trecho: “O lobo-guará não é um animal


perigo- so ao homem. Não existe nenhum registro,
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

GRUPO DE ATIVIDADES

AMPLiAnDO
OS COnHECiMEnTOS

31
SEDUC

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Revisa Goiás
Leia o
texto. matéria e energia infinitas concentradas em um
ponto microscópico que, sem muitas opções
Texto II
semânticas, os cientistas chamam de “singularidade”.
Mais big do que bang Essa informação é científica, pois apresenta uma
comprovação de um
A comunidade científica mundial recebeu, na se- A informação principal é: “Pesquisadores do Centro de
mana passada, a confirmação oficial de uma Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram ter obti-
descober- ta sobre a qual se falava com enorme do a mais forte evidência até agora de que o
expectativa há alguns meses. Pesquisadores do universo em que vivemos começou mesmo pelo Big
Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram Bang, mas este não foi explosão, e sim uma súbita
ter obtido a mais forte evidência até agora de que o expansão de
universo em que vivemos começou mesmo pelo Big
Bang, mas este não foi explo- são, e sim uma súbita
expansão de matéria e energia infinitas
concentradas em um ponto microscópico que, sem
muitas opções semânticas, os cientistas chamam de
“singularidade”. Essa semente cósmica permanecia
em estado latente e, sem que exista ainda uma
expli- cação definitiva, começou a inchar
rapidamente […]. No intervalo de um piscar de
olhos, por exemplo, seria possível, portanto, que
ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.
Disponível em:https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2018/primeiro-dia/no-titulo-proposto-para-esse-texto-de-di-
vulgacao-cientifica-ao-dissociar-os-elementos-da-expressao/. Acesso em 22 de fev. 2024.

7. O título do texto de divulgação científica faz


referên- cia a um acontecimento, estabelecendo
uma relação de intertextualidade. Qual é esse
acontecimento?
Esse acontecimento foi a teoria do "Big Bang" que
ex- plica o surgimento do Universo.

8.A referência a outros textos, de maneira integral


ou parcial é uma “intertextualidade”. Nos textos
científi- cos, como o artigo de divulgação científica,
é comum a utilização de referências a outros textos.
Essa refe- rência pode aparecer como citação direta
(marcada pelas aspas), ou indireta / parafraseada,
isto é, a “ideia” escrita com as nossas palavras).
Considerando o texto (fragmento), observa-se uma
informação direcionada ao leitor mostrando que o
Big Bang não foi uma explo- são, mas sim uma
expansão de matéria e energia. Esse aspecto é
evidenciado no intertexto sintetizado no tí- tulo,
predominantemente, por meio de / do
( ) um jogo de palavras.
( ) uso de dois substantivos.
( ) uso da expressão “do que.”
Por meio de um jogo de palavras.

9. Retire do texto um trecho que apresenta a infor-


mação principal sobre o assunto científico
abordado. Sublinhe as palavras / expressões-chave
que indicam esse assunto e, em seguida, justifique o
que comprova, no texto, que essa informação
apresentada é científica.
32
SEDUC

Centro, autoridade no assunto, por exemplo, mais de 10 trilhões de Big Bangs.”, as expressões: ‘por
‘Pesqui- sadores do Centro de Astrofísica Harvard- exemplo’ e ‘portanto’, foram utilizadas,
Smithso- nian’ , além disso, traz termos técnicos respectivamente, para estabelecer uma relação de
da área, como ‘Big Bang’, ‘matéria e energia’, ‘ponto (A) causa e explicação.
microscópico’, ‘os cientistas’, ‘singularidade.’
(B)adição e conclusão.
10. No texto, como estratégia de escrita, foi (C)oposição e condição.
utilizada a impessoalização, ou seja, o uso da 3ª (D)explicação e concessão.
pessoa. Explique essa afirmação, considerando as (E)exemplificação e conclusão.
características do gê- nero e apresente um trecho
Gabarito E.
que comprova essa impes- soalidade no texto.
Os textos de divulgação científica, além da
linguagem clara e objetiva, são impessoais, ou Semana 4 - Maio
seja, usam verbos na terceira pessoa. Exemplo: “A
comunidade científica mundial recebeu, na semana
passada, a confirmação oficial de uma descoberta Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
sobre a qual se falava com enorme expectativa há Estudante, o artigo de divulgação científica
alguns meses.” que você vai ler agora foi produzido por um
biólogo e professor. No texto, a temática é
11.Na construção dos textos, desenvolver a apresentada em tom de curiosidade, mas sem
coesão / coerência e a progressão das ideias, é uma perder o caráter infor- mativo. Por meio desse
necessidade, pois as ideias do texto precisam ter texto, o leitor vai perceber que, ainda que ele não
sentido e estarem conectadas umas às outras. No goste de baratas, elas são im- portantes para o
trecho: “No intervalo de um piscar de olhos, por equilíbrio do ecossistema. Vamos conferir lendo o
exemplo, seria possível, portan- to, que ocorressem texto?
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

GRUPO DE ATIVIDADES

SISTEMATIZANDO
OS
COnHECiMEnTOS

33
SEDUC

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da Educação

Revisa Goiás
Leia o
texto. Além disso, suportam cerca de 20 vezes mais
radiação do que o homem. No entanto, são tão
Texto III suscetíveis a um ataque nuclear quanto os humanos.
A diferença é que,
QUEM QUER CASAR COM A DONA exemplo, é comum encontrar espetinhos de baratas.
BARATINHA? E elas são um ótimo alimento, ricas em gorduras e
Após se deparar com carboidratos, e também uma ótima fonte de cálcio!
uma barata, muitas Outra curiosidade sobre as baratas é sua longevida-
pessoas entram em pânico de. São animais que surgiram há cerca de 300 milhões
só de pen- sarem na de anos. Sobreviveram à extinção em massa que extin-
possibilidade de uma guiu os dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos!
“infestação”. Nesse mo-
mento, é possível que
você, algum familiar ou
conhecido já tenham
pensado em como seria
bom acabar com todas as
baratas do mundo. Mas,
seria uma boa ideia? De
pri- meira, pode até
parecer que
sim, mas será que podemos mesmo acabar com as
ba- ratas? Então, vamos falar um pouco sobre estes
insetos. Bom, não dá para chamar estes insetos
exatamente de bonitos e fofos, mas eles são muito
importantes.
Para começo de conversa, é bom saber que
existem cerca de 5 mil espécies diferentes de
baratas, que per- tencem à ordem Blattodea. As
baratas urbanas, estas que vivem nas cidades e
dentro da sua casa, represen- tam apenas cerca de
1% desse total. Um dado interes- sante revelado por
um estudo é que, na cidade de São Paulo, existem
cerca de 200 baratas por habitante! O tamanho das
baratas também é bastante variado, desde espécies
com apenas alguns milímetros até as maiores, que
podem chegar a cerca de 10 cm de com- primento
(que ocorrem na Austrália).
As baratas são organismos muito importantes
em ambientes silvestres e mesmo nos ecossistemas
ur- banos. Elas se alimentam de restos de animais
mortos (inclusive humanos), fezes, detritos e material
vegetal. Além disso, são presas de animais como
lacraias, ara- nhas, escorpiões, aves, ratos e
morcegos. Por isso, o desaparecimento das baratas
causaria um desequilí- brio no ecossistema. Como
se alimentam de animais mortos, ajudam na
decomposição desses animais de- volvendo os
nutrientes presentes nesses cadáveres ao
ecossistema; e como presas de outros animais, a
extin- ção das baratas poderia causar efeitos
negativos nas populações dos seus predadores.
Agora, um fato curioso sobre as baratas: você
sabia que estes insetos também fazem parte da dieta
huma- na? Em muitos países, especialmente na Ásia,
as pesso- as comem baratas! Na China, por
34
SEDUC

por viverem em galerias subterrâneas e terem pus Rio Verde.)


seus ovos protegidos por uma cápsula, as baratas Disponível em:https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/texto-de-divulgacao-cientifica.htm. Acesso em 21 de fev. 2024.

poderiam ter mais chance de sobreviver a esse


12. O título do texto: “QUEM QUER CASAR COM A
tipo de ataque.
DONA BARATINHA?”, faz referência (intertextualida-
As baratas também têm um jeito bastante de) a outro texto bastante conhecido. Com a ajuda
interes- sante de se comunicarem entre elas. do seu(sua) professor(a), justifique essa afirmação,
Cientistas desco- briram que bactérias presentes consi- derando a intenção do autor e as
nas fezes das baratas emitem cheiros que atraem caraterísticas do gê- nero, artigo de divulgação
outras baratas. É assim que uma barata avisa a científica.
outra sobre uma fonte de alimento, por exemplo. E,
O título do texto faz referência ao conto popular
por isso, as baratas tendem a ser vis- tas em
“Dona Baratinha.” A intenção do autor, provavelmente,
grupos. Pode parecer engraçado ou até mesmo
foi des- pertar a curiosidade do leitor para que ele leia o
nojento estudar baratas, mas a verdade é que
texto. O título utilizado no texto, faz parte de um
estes estudos são importantes, pois podem ajudar
diálogo (discur- so direto) que se repete várias vezes
no desen- volvimento de inseticidas mais específicos
no conto.
e no contro- le desses insetos, que, afinal, por
viverem em esgoto e lixo urbano, também podem 13.Com base nas características do gênero artigo
ser vetores de doenças.
de divulgação científica, por que esse texto tem uma
Agora que você conhece um pouco mais sobre ilus- tração? Justifique.
as baratas, elas não se tornaram um pouco mais
Esse texto / gênero tem uma ilustração porque,
atraen- tes? E será que acabar com elas continua
além da linguagem clara e acessível ao grande
sendo uma boa ideia? O que você acha? Que tal
público, ele pode ter recursos visuais.
estudar e conhe- cer mais sobre elas e sobre
outros insetos, e também sobre os outros animais 14.No gênero artigo de divulgação científica, o
e plantas que existem no nos- so país e no mundo? públi- co-alvo necessita compreender o assunto /
Seja curioso! Conhecer é a melhor forma de tema abor- dado. Nesse sentido, é fundamental
preservar nossa biodiversidade! adaptar o nível da linguagem e, caso necessário, o
(Texto publicado originalmente no boletim Desbaratando a Biologia, autor pode fazer uso de analogias dentre outras
uma iniciativa do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal estratégias. Além disso, é pre- ciso evitar o uso de
Goiano/Cam-
muitos termos técnicos e jargões
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próprios da área científica para não criar problemas 17. No trecho: “Além disso, são presas de animais
de compreensão. Na contextualização, é muito como lacraias, aranhas, escorpiões, aves, ratos e
importan- te que as pessoas compreendam como o morcegos. Por isso, o desaparecimento das baratas
assunto apre- sentado está presente no dia a dia e causaria um desequilíbrio no ecossistema. As
conectado à vida. Transcreva do texto, em estudo, expressões destaca- das, respectivamente,
alguns trechos que justificam essa afirmação. estabelecem relações de
“Após se deparar com uma barata, muitas pessoas
en- tram em pânico...” / “... é possível que você, algum
fami- liar ou conhecido já tenham pensado em como
seria bom acabar com todas as baratas do mundo.” /
“De primeira, pode até parecer que sim...” / “Bom, não
dá para chamar estes insetos exatamente de bonitos
e fofos, mas eles são muito importantes.” / “Para
começo de conversa...”

15. Todo texto é escrito a partir de uma tema /


assunto e com um objetivo para atender às diversas
“situações de comunicação”. Por isso, escolhemos
algum gênero textual para falar sobre algum
assunto. Por exemplo, quando queremos informar
sobre um acontecimen- to (real) escrevemos uma
“notícia”, se quisermos falar sobre situações
inusitadas do dia a dia , podemos es- crever uma
crônica, por exemplo. Se a necessidade, em uma
situação comunicativa, for difundir um conheci-
mento científico transmitindo informações
importan- tes para a sociedade, escrevemos um /
uma
(A) editorial.
(B)reportagem.
(C)carta ao leitor.
(D)artigo de opinião.
(E)artigo de divulgação científica.
Gabarito E.

16. Retire do texto exemplos de palavras /


expressões
/ trechos que predominam o vocabulário técnico /
es-
pecializado / científico.
Exemplos de aspectos do vocabulário técnico /
espe-
cializado / científico:
“infestação” / “...5 mil espécies diferentes de
baratas, que pertencem à ordem Blattodea.” /
“...espécies com apenas alguns milímetros até as
maiores, que podem chegar a cerca de 10 cm de
comprimento (que ocorrem na Austrália).” /
“...ambientes silvestres...” / “...ecossiste- mas urbanos...”
/ “...desequilíbrio no ecossistema...” / “... na
decomposição desses animais devolvendo os nu-
trientes presentes nesses cadáveres ao
ecossistema...”
/ “...nas populações dos seus predadores...” / “...ricas em
gorduras e carboidratos, e também uma ótima fonte
de cálcio...” / “...biodiversidade...”
36
SEDUC

(A) causa e explicação. Estudante, para chegar à resposta da questão


(B)oposição e condição. 125 (Enem), além da leitura analítica do texto, é
fun- damental considerar o enunciado: “
(C)finalidade e proporção.
Frequentemen- te circulam na mídia textos de
(D)acréscimo e conclusão. divulgação científica que apresentam informações
(E)concessão e divergentes sobre um mesmo tema. Comparando
consequência. Gabarito D. os dois textos, constata-
-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando” –
18.De algum modo, o enunciador (emissor da re- flita sobre o emprego de palavras/expressão-
mensa- gem) revela alguma atitude relativa ao chave como: ‘textos de divulgação científica’/
conteúdo da- quilo que ele enuncia e mesmo de ‘informa- ções divergentes’ / ‘tema’. Veja o que
forma “encoberta”, esse enunciador deixa informa o Tex- to I e o questionamento do Texto
posicionamentos sugeridos, subentendidos para II.
influenciar o leitor (receptor da mensagem). E
nessas situações comunicativas, há in- tenções de
19. QUESTÃO 125 – (ENEM -
evidenciar, “certeza”, “dúvida”, “probabilida- de”,
“obrigatoriedade”, “proibição”, algum “sentimento” 2013) TEXTO I
entre outros. No trecho: “Nesse momento, é É evidente que a vitamina D é importante — mas
possível que você, algum familiar ou conhecido já como obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser
tenham pen- sado em como seria bom acabar com pro- duzida naturalmente pela exposição à luz do
todas as baratas do mundo.”, na expressão sol, mas ela também existe em alguns alimentos
destacada predomina comuns. Entre- tanto, como fonte dessa vitamina,
( ) dúvida ( ) certos alimentos são melhores do que outros. Alguns
possuem uma quanti- dade significativa de vitamina
obrigatoriedade ( ) probabilidade (
D, naturalmente, e são alimentos que talvez você
) subjetividade não queira exagerar: man- teiga, nata, gema de
Predomina a probabilidade. ovo e fígado.
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

TEXTO II
De olho no Enem! Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalcife-
rol) é crucial para sua saúde. Mas a vitamina D é real-
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

37
SEDUC

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mente uma vitamina? Está presente nas comidas


(A) comprova cientificamente que a vitamina D não
que os humanos normalmente consomem? Embora
é uma vitamina.
exista em algum percentual na gordura do peixe, a
vitamina D não está em nossas dietas, a não ser que (B)demonstra a verdadeira importância da
os humanos artificialmente incrementem um vitamina D para a saúde.
produto alimentar, como o leite enriquecido com (C) enfatiza que a vitamina D é mais comumente
vitamina D. A natureza planejou que você a produ- zida pelo corpo que absorvida por meio de
produzisse em sua pele, e não a co- locasse direto alimentos.
em sua boca. Então, seria a vitamina D realmente (D) afirma que a vitamina D existe na gordura dos
uma vitamina? peixes e no leite, não em seus derivados.
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
(E) levanta a possibilidade de o corpo humano
Frequentemente circulam na mídia textos de divulga-
produ-
ção científica que apresentam informações divergen-
zir artificialmente a vitamina D.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2013/dia2_caderno6_cinza.pdf. Acesso em 26 de fev.
2024.

tes sobre um mesmo tema. Comparando os dois Gabarito C.


textos, constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I
quando

CAMPO ARTÍSTICO LITERÁRIO - SEMANA 1 e 2 / JUNHO


Prática de Oralidade/Leitura
Gênero discursivo / textual: Conto
OBJETOS
DE Construção composicional dos textos literários./ Práticas de leitura branca e dramática de textos literários das
CONHECI- mais diferentes tipologias e manifestações literárias. / Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos
MENTO perten- centes aos gêneros literários. / Linguagem figurada.

(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório artístico-literário contemporâneo à disposição segundo suas predileções, de
modo a constituir um acervo pessoal e dele se apropriarpara se inserir e intervir com autonomia e criticidade no meio
HABILIDADES
DCGOEM cultural. (EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em especial a
portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da
composição, estilo, aspectos discursivos) ou outros critérios relacionados a diferentes matrizes culturais,
considerando o contexto de pro-
dução (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o modo como
dialogam com o presente.
(EF69LP44-A) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em textos
literários. (EF69LP44-B) Reconhecer, em textos literários, formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades,
HABILIDADES sociedades e culturas, considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
DC GO -
AMPLIADO (EF69LP47-B) Perceber como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do
PARA foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e
RECOM- psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto, indireto e indireto livre), do
POSIÇÃO uso de pontu- ação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos
linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.

MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto.
Prática de Leitura/Análise Linguística e Semiótica
Gênero discursivo / textual: Conto
OBJETOS Textualidade: estrutura do texto. / Tema/assunto. / Contextualização histórica. / Análise e interpretação do
DE texto literário. / Coesão: conjunções, preposições e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de
CONHECI- coesão).
MENTO / Figuras de linguagem. / Recursos linguísticos. / Estética e estilística na literatura./ Elementos da comunicação.
/ Funções da linguagem.
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto.na produção como na leitura/escuta,
considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos
e recursos coe- sivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão
temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas
envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.).
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de
HABILIDADES determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros,
DCGOEM para ampliar as pos- sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos
gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos,
locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de
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impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da
criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de
produção.

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(EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como
HABILIDADES comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de
DC GO - sentido decor- rentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções
AMPLIADO adjetivas, orações subor- dinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na
PARA caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
RECOM- (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articulado-
POSIÇÃO
res textuais).
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. / D10 -
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa./ D15 - Estabelecer relação
MATRIZ SAEB lógico/discursiva presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. / D18 - Reconhecer o efeito de sentido
decorrente da esco- lha de uma determinada palavra ou expressão./ D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão. / D19- Reconhecer
o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

GRUPO DE ATIVIDADES público. Há diferentes tipos de contos, como


“conto de acumulação”, “conto tradicional”, “conto de
Semana 1 - Junho assom- bração”, “conto de fadas”, “conto moderno”
entre ou- tras possibilidades.
COnTExTuALizAnDO O GÊnErO
TExTuAL, O TEMA E O CAMPO Estudante, os contos estão presentes em
DE ATuAçÃO todas as sociedades, eles ultrapassam fronteiras,
épocas, e, por todos os lugares onde contos
Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica passam, eles so- frem adaptações, ganham
marcas culturais de cada povo. Muitas vezes
1.Antes de ler os textos, vamos conversar? lemos um conto em diferentes versões sobre o
• Você já ouviu muitas histórias quando era mesmo acontecimento. Dizem que “quem conta
criança? Lembra de alguma? um conto acerta no ponto” ou “quem conta um
• Você sabe o que é narrar? Dê um exemplo. conto aumenta um ponto” – ler/reler é en- contrar
• A palavra “conto” faz você se lembrar de um aspecto/ponto para refletir sobre a vida e a
alguma história do homem brasileiro, por exemplo, em
história que tenha lido na escola? um determinado período.
• Você se lembra dos elementos que compõem Nestas aulas vamos trabalhar com o gênero ''conto''.
uma narrativa? Pode dar exemplos? Aproveite para trabalhar os aspectos da literatura
goia- na, bem como, o estilo literário que você já está
► Conhecendo o gênero textual
traba-
lhando com os(as) estudantes. Fale sobre os diversos
contistas, apresente outros contos, indique
pesquisas, desenvolva análises literárias mostrando
o contexto históricos, social e cultural. fale sobre
O Conto é um gênero textual literário que se épocas, estilo e plurisignificação da linguagem entre
des- taca por sua habilidade de contar uma história outros aspectos.
curta a partir de uma estrutura narrativa bastante
resumi- da. A capacidade de síntese é um elemento Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre
essencial no desenvolvimento do conto uma vez a grande poetisa e contista goiana, Cora Coralina,
que, de modo breve, é necessário arquitetar um pseu- dônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto
enredo que arti- cule narradores e seus pontos de Bretas. No universo literário, é muito comum o uso
de um nome fictício. Proponha um diálogo para
vista, personagens bem construídos, cenários
que, após a leitura do conto intitulado “Medo”,
vívidos e um ritmo cuida- dosamente cadenciado
antecipem possíveis acon- tecimentos, fatos, ações,
para produzir efeitos de sen- tido como
personagens da narrativa. O objetivo dessas
antecipação, surpresa e suspense. E tudo isso para
antecipações é envolver os(as) estu- dantes na
levar os leitores ao “desfecho de um confli- to” leitura, observando o contexto do texto lido para,
posto e solucionado em um espaço limitado. Isso assim, compreender os sentidos do texto, bem
significa que, nesse gênero, existem poucas como os elementos que constroem a narrativa.
persona- gens, o tempo e o espaço são reduzidos
Leia o texto.
ao essencial e, além disso, o enredo, ou seja, a
sequência de ações pelas quais as personagens Texto I
passam, é marcado pela existência de um único Medo
acontecimento relevante. Desse modo,
geralmente, o conto apresenta apenas um clímax, Cora Coralina
ou seja, o momento de maior tensão na narrativa. 40
Há diversos tipos de conto e categorizar esses
SEDUC

Não há nada de que a criatura humana tenha mais


pa- vor do que de morto. Deve haver realmente e de
forma obscura uma força tremenda, invisível e
imensurável da
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parte de quem morreu sobre aquele que anda firme exemplo. Pode despertar no leitor desejo de ler /
na vida, anulando neste a capacidade de resistir à conhecer o texto. Leia o título do conto da escritora
presença, ao contato ou à simples suspeita da Cora Coralina e escreva alguns sentimentos, sensações,
aproximação daque- le. Daí as inibições físicas e emoções que esse título pode despertar.
psíquicas, incontroladas, mes- mo quando se trata de Eis alguns exemplos: pavor, temor, receio, ameaça,
pessoas queridas que já se foram. susto.
O pavor domina o vivo obliterando todo o meca-
nismo do raciocínio e da capacidade de indagação e
pesquisa esclarecedora do sobrenatural quando
este se apresenta espontaneamente. Falta aos mais
deste- midos e temerários a coragem de perguntar,
de inque- rir. Nem os descrentes e corajosos e
afoitos se sentem com a coragem de fazer perguntas
ou indagar qualquer coisa quando o caso se
apresenta. Desse modo, medo obscuro, profundo e
selvagem que a criatura não con- seguiu disciplinar,
surgem os casos trágicos, cômicos e humorísticos
acontecidos com alguns mortos aparen- tes que
tornaram a vida e até mesmo, a simples aparên- cia,
suposição e engano, ligados à ideia da morte.
Viajava uma jardineira, expresso ou perua,
como se diz, de Goiânia para Goianápolis. Levava na
coberta, entre malas e trouxas, um caixão vazio de
defunto, des- tinado para uma pessoa falecida
naquele distrito.
Logo adiante na estrada, um homem parado dá
si- nal e a perua para.
Dentro, tudo cheio. O homem que precisava de
se- guir sua viagem aceitou viajar na coberta com os
volu- mes e o caixão vazio. Subiu. O tempo tinha se
fechado para chuva e logo começou a pingar grosso.
O sujeito em cima achou que não seria nada demais
ele entrar dentro do caixão e ali se defender da
chuva. Pensou e melhor fez. Entrou, espichou bem
as pernas, ajeitou a cabeça na almofadinha que ia
dentro, puxou a tampa e, bem confortado, ouvia a
chuva cair.
Mais adiante, dois outros esperavam condução.
Deram sinal e a perua parou de novo: os homens
subi- ram a escadinha e se acocoraram no alto. Iam
conver- sando e molhados com a chuva fina e
insistente.
Passado algum tempo o que ia resguardado
escu- tando a conversa ali em cima levantou
devagarinho a tampa do caixão e perguntou de
dentro, só isto: “Com- panheiro, será que a chuva já
passou?”. Foi um salto só, que os dois embobados
fizeram do coletivo correndo.
Um quebrou a perna, o outro partiu braços e
cos- telas e ficaram ambos estatelados do susto e
sem fala, na estrada.
Cora Coralina. In. Medos e
assombrações.

2. O título pode fisgar o leitor e ajudá-lo na intuição


de sentidos, levantamento de hipóteses, por
42
SEDUC

3. Quando se pensa na produção de “textos narra- 5. Uma narrativa pode ser pensada, estruturada
tivos”, é fundamental atentar-se para o fato de con- siderando uma “situação inicial que caminha
que o “enredo”, ou seja, a “história completa”, deve para uma situação final.” No conto, por exemplo, as
ser a “re- criação da realidade” e não uma transforma- ções / ações decorrem do surgimento
“reprodução da reali- dade”. Para que aconteça de um ‘conflito’ entre as personagens. O ‘conflito’ é
essa recriação, a narrativa, ao ser construída, um elemento que está dentro do “enredo” e que
precisa de elementos característicos e essenciais, rompe o equilíbrio da si- tuação inicial por causa das
dentre eles, os principais são: “enredo” - a atitudes de alguma perso- nagem ou de um
sequência de acontecimentos da história / acontecimento. O conflito movimenta as ações do
“narrador” texto. No conto “Medo”, quando esse con- flito tem
- a voz que conta a história / “personagem” - início? Explique.
quem participa da história / “lugar / espaço” - O conflito tem início quando o homem, que pediu
onde as ações acontecem / “tempo” - quando as carona,
ações acontecem./ “desfecho” - solução para o entra dentro do caixão vazio para se defender da
conflito. No texto “Medo”, um homem (personagem chuva.
da história), que precisava se- guir viagem “aceitou
viajar na coberta com os volumes e o caixão 6.O “conflito” na narrativa é o momento em que o equi-
vazio.”, pois estava líbrio se rompe e as ações se desenvolvem até
( ) cansado de viajar. chegar a um “clímax”, mais um elemento do
enredo, que é o (ponto máximo de tensão resultante
( ) com medo da estrada.
das ações / trans- formações vividas pelas
( ) começando a chover personagens da história). No conto “Medo”, qual é
forte. Estava começando a o ‘clímax’, isto é, o momento de maior tensão que
chover forte. balança a história?
O ponto de maior tensão foi quando o homem (per-
4.Os segmentos físicos que servem de cenário
sonagem) levantou devagarinho a tampa do caixão
durante o desenrolar das ações, movimentos das
e perguntou se a chuva já tinha passado, as outras
personagens durante a narrativa constituem o
perso- nagens se assustam e saem correndo.
“espaço / lugar.” No conto “Medo”, em qual lugar
se passam os aconteci- mentos, fatos da história 7.A construção de um ‘enredo’, ou seja, da
narrada? sequência de acontecimentos na história, exige
O espaço / lugar é de Goiânia para Goianápolis. também a presen- ça da “solução do conflito”, isto é,
o “desfecho” (elemen-
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to que compõe a narrativa). Qual é o trecho do o conto fantástico, ou seja, uma narrativa com a
texto que apresenta o desfecho? presença de persona- gens e acontecimentos
O trecho do texto é: “Um quebrou a perna, o outro impossíveis na realidade sem explicação racional,
par- tiu braços e costelas e ficaram ambos elementos sobrenaturais. Existe,
estatelados do susto e sem fala, na estrada.”

8.Os verbos são palavras que indicam ação / estado


/ fenômeno da natureza. No trecho: “Entrou,
espichou bem as pernas, ajeitou a cabeça na
almofadinha que ia dentro, puxou a tampa e, bem
confortado, ouvia a chu- va cair.” , predominam
“ações” gradativas / contínuas. Justifique essa
afirmação.
Espera-se que o(a) estudante perceba que a
gradação ocorre por causa das ações (sequenciadas)
uma a uma, de modo intencional, que contribuem
para envolver o leitor e levá-lo a imaginar o que vai
acontecer (ficar bem confortável para ouvir a
chuva).

9.No trecho: “...um caixão vazio de defunto,


destinado para uma pessoa falecida naquele
distrito.”, a palavra destacada é uma preposição que
nesse trecho estabe- lece uma ideia de
(A) adição. (D) conclusão.
(B)oposição. (E) explicação.
(C)finalidade.
Gabarito GRUPO DE ATIVIDADES
C.

AMPLiAnDO
OS COnHECiMEnTOS

Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica


Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre al-
guns aspectos da literatura (linguagem
plurissignifica- tiva, contexto histórico, social,
cultural entre outros). Reveja com os(as)
estudantes o que é “texto literário e não literário”,
linguagem “denotativa e conotativa”. Professor(a),
antes de iniciar as atividades do próximo texto,
sugerimos que você trabalhe a música “Másca- ra”
da cantora Pitty, disponível em https://www.letras.
mus.br/pitty/80314/, estabeleça um diálogo com
os(as) estudantes retomando o título e a letra da
música e o texto/conto: “O espelho” do escritor
Machado de Assis.

Existem vários tipos de contos, como por


exem- plo: conto de ficção científica. No enredo
desse con- to, há a presença de elementos que não
existem em nossa realidade, mas que poderiam
existir devido ao avanço tecnológico e científico. Há
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SEDUC

movimento no país. [...] Os artistas retratavam


também, o conto infantojuvenil, isto é, uma per- sonagens mais reais com fraquezas, erros,
história voltada para jovens e crianças. Geralmente, pecados, defeitos, anseios e pensamentos
a lingua- gem explorada nesses contos é mais negativos. [...] As principais caraterísticas do
simples e as te- máticas são relacionadas a realismo no Brasil são: o uso da veracidade e da
conflitos comuns na vida desse público-alvo. Existe, contemporaneidade, a crítica à realidade social
ainda, o conto de fadas, isto é, uma narrativa sofrida do período, o uso da ironia como marca
marcada pela existência de fadas e outras criaturas retórica e a descrição dos pensamentos e anseios
mágicas entre suas personagens. das personagens de forma realista. [...]
Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/a-linguagem-do-realismo. Acesso em 29 de fev.
2024 (adaptado).

Uma pitada de literatura!!! Machado de Assis é um dos autores mais


A linguagem do realismo é baseada na prová- veis de serem temas de questões em
realida- de do cotidiano comum, marcada pela vestibulares, como na prova de literatura do
tendência ao cientificismo e à oposição ao Enem. Fundador da Academia Brasileira de Letras,
romantismo. Os escrito- res do realismo não ele tinha um estilo de escrita marcante e suas
utilizavam a subjetividade como forma de obras contam com a meta- linguagem, a ironia e a
expressão em suas obras. Considerada uni- versal, intertextualidade, além de se fazerem presentes
culta, impessoal, clara, direta e, obviamente, não só nas provas, mas também no nosso
realista, a linguagem do realismo sofreu cotidiano. Afinal, quem nunca acabou de-
influência direta das obras literárias do século batendo com alguém sobre a hipótese de Capitu
XIX, época em que os artistas seguiam a ter ou não traído Bentinho?
tendência da filosofia, do positivismo e da ciência.
Os escritores do realismo passaram a descrever
pensamentos, sensações, sen- timentos, anseios,
devaneios entre outros aspectos, o que marcou
bastante a linguagem do realismo. [...] No Brasil,
Machado de Assis (1839-1908) é conside- rado o
grande percussor do realismo com a publi- cação
do romance intitulado “Memórias Póstumas de Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/enem/machado-de-assis-o-que-estudar-para-o-vestibular.

Brás Cubas”, no ano de 1881, marca do início do Acesso em 29 de fev. 2024.

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Leia o
texto. fora, outra que olha de fora para entro....[...] A alma ex-
terior pode ser um espírito, um fluido, um homem,
Texto II
mui- tos homens, um objeto, uma operação. Há
O espelho casos, por exemplo, em que um simples botão de
camisa é a alma
Esboço de uma nova teoria da alma humana em que ressalta a mais clara demonstração acerca da
Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma matéria de que se trata. Em primeiro lugar, não há
noite, várias questões de alta transcendência, sem uma só alma, há duas...
que a dis- paridade dos votos trouxesse a menor - Duas?
alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de - Nada menos de duas almas. Cada criatura humana
Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, traz duas almas consigo: uma que olha de dentro
cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que para
vinha de fora. Entre a cidade, com as suas agitações
e aventuras, e o céu, em que as estrelas
pestanejavam, através de uma atmos- fera límpida e
sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco
investigadores de coisas metafísicas, resolvendo
amigavelmente os mais árduos problemas do
universo.
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram
quatro os que falavam; mas, além deles, havia na
sala um quinto personagem, calado, pensando,
cochilando, cuja espórtula no debate não passava de
um ou outro resmungo de aprovação. Esse homem
tinha a mesma idade dos companheiros, entre
quarenta e cinquen- ta anos, era provinciano,
capitalista, inteligente, não sem instrução, e, ao que
parece, astuto e cáustico. Não discutia nunca; e
defendia-se da abstenção com um paradoxo,
dizendo que a discussão é a forma po- lida do
instinto batalhador, que jaz no homem, como uma
herança bestial; e acrescentava que os serafins e os
querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a
perfeição espiritual e eterna. Como desse esta
mesma resposta naquela noite, contestou-lha um
dos presen- tes, e desafiou-o a demonstrar o que
dizia, se era capaz. Jacobina (assim se chamava ele)
refletiu um instante, e respondeu:
- Pensando bem, talvez o senhor tenha razão.
Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu
que este casmurro usou da palavra, e não dois ou três
minu- tos, mas trinta ou quarenta. A conversa, em seus
mean- dros, veio a cair na natureza da alma, ponto
que dividiu radicalmente os quatro amigos. Cada
cabeça, cada sentença; não só o acordo, mas a mesma
discussão tor- nou-se difícil, senão impossível, pela
multiplicidade das questões que se deduziram do
tronco principal e um pouco, talvez, pela
inconsistência dos pareceres. Um dos
argumentadores pediu ao Jacobina alguma opi-
nião, - uma conjetura, ao menos.
- Nem conjetura, nem opinião, redargüiu ele; uma
ou outra pode dar lugar a dissentimento, e, como
sabem, eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me
calados, pos- so contar-lhes um caso de minha vida,
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exterior de uma pessoa; - e assim também a que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano.
polca, o voltarete, um livro, uma máquina, um par Durante a esta- ção lírica é a ópera; cessando a
de botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro estação, a alma exterior substitui-se por outra: um
que o ofício des- sa segunda alma é transmitir a concerto, um baile do Cassi- no, a rua do Ouvidor,
vida, como a primeira; as duas completam o Petrópolis...
homem, que é, metafisicamente falando, uma - Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava
laranja. Quem perde uma das metades, perde de ser nomeado alferes da Guarda Nacional. Não
naturalmente metade da existência; e casos há, imagi- nam o acontecimento que isto foi em nossa
não raros, em que a perda da alma exterior casa. Minha mãe ficou tão orgulhosa! tão contente!
implica a da existência inteira. Shylock, por Chamava-me o seu alferes. Primos e tios, foi tudo
exemplo. A alma ex- terior aquele judeu eram os uma alegria sincera e pura. Na vila, note-se bem,
seus ducados; perdê-los equivalia a morrer. houve alguns despeita- dos; choro e ranger de
"Nunca mais verei o meu ouro, diz ele a Tubal; é dentes, como na Escritura; e o motivo não foi outro
um punhal que me enterras no coração." Vejam senão que o posto tinha muitos candidatos e que
bem esta frase; a perda dos ducados, alma exte- esses perderam. Suponho também que uma parte
rior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber do desgosto foi inteiramente gratuita: nasceu da
que a alma exterior não é sempre a mesma... simples distinção. Lembra-me de alguns ra- pazes,
- Não? que se davam comigo, e passaram a olhar-me de
- Não, senhor; muda de natureza e de estado. revés, durante algum tempo. Em compensação, tive
Não aludo a certas almas absorventes, como a muitas pessoas que ficaram satisfeitas com a
pátria, com a qual disse o Camões que morria, e o nomea- ção; e a prova é que todo o fardamento me
poder, que foi a alma exterior de César e de foi dado por amigos... Vai então uma das minhas tias,
Cromwell. São almas enér- gicas e exclusivas; mas há D. Marcolina, viúva do Capitão Peçanha, que morava
outras, embora enérgicas, de natureza mudável. Há a muitas léguas da vila, num sítio escuso e solitário,
cavalheiros, por exemplo, cuja alma exterior, nos desejou ver-me, e pediu que fosse ter com ela e
primeiros anos, foi um chocalho ou um cavalinho levasse a farda. [...] Acha- va-me um rapagão bonito.
de pau, e mais tarde uma provedoria de Como era um tanto patusca, chegou a confessar que
irmandade, suponhamos. Pela minha parte, tinha inveja da moça que hou- vesse de ser minha
conheço uma senhora, - na verdade, gentilíssima, - mulher. Jurava que em toda a pro-
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víncia não havia outro que me pusesse o pé adiante. - Diga.


E sempre alferes; era alferes para cá, alferes para lá, - Estava a olhar para o vidro, com uma persistên-
alfe- res a toda a hora. Eu pedia-lhe que me cia de desesperado, contemplando as próprias feições
chamasse João- zinho, como dantes; e ela abanava a
cabeça, bradando que não, que era o "senhor
alferes". Um cunhado dela, irmão do finado Peçanha,
que ali morava, não me cha- mava de outra maneira.
Era o "senhor alferes", não por gracejo, mas a sério, e
à vista dos escravos, que natural- mente foram pelo
mesmo caminho. Na mesa tinha eu o melhor lugar, e
era o primeiro servido. Não imaginam. [...] Se lhes
disser que o entusiasmo da tia Marcolina che- gou ao
ponto de mandar pôr no meu quarto um grande
espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto
da casa, cuja mobília era modesta e simples... Era
um es- pelho que lhe dera a madrinha, e que esta
herdara da mãe, que o comprara a uma das fidalgas
vindas em 1808 com a corte de D. João VI. Não sei o
que havia nisso de verdade; era a tradição. O espelho
estava naturalmen- te muito velho; mas via-se-lhe
ainda o ouro, comido em parte pelo tempo, uns
delfins esculpidos nos ângulos superiores da
moldura, uns enfeites de madrepérola e outros
caprichos do artista. Tudo velho, mas bom...
- Espelho grande?
- Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza,
porque o espelho estava na sala; era a melhor peça
da casa. Mas não houve forças que a demovessem
do propósito; respondia que não fazia falta, que era
só por algumas semanas, e finalmente que o "senhor
alferes" merecia muito mais. O certo é que todas
essas coisas, carinhos, atenções, obséquios, fizeram
em mim uma transformação, que o natural
sentimento da mocidade ajudou e completou.
Imaginam, creio eu?
- Não.
- O alferes eliminou o homem. Durante alguns
dias as duas naturezas equilibraram-se; mas não
tardou que a primitiva cedesse à outra; ficou-me
uma parte míni- ma de humanidade. Aconteceu
então que a alma exte- rior, que era dantes o sol, o
ar, o campo, os olhos das moças, mudou de
natureza, e passou a ser a cortesia e os rapapés da
casa, tudo o que me falava do posto, nada do que
me falava do homem. A única parte do ci- dadão que
ficou comigo foi aquela que entendia com o exercício
da patente; a outra dispersou-se no ar e no
passado. Custa-lhes acreditar, não?
[...]
De quando em quando, olhava furtivamente
para o espelho; a imagem era a mesma difusão de
linhas, a mesma decomposição de contornos...
Continuei a ves- tir-me. Subitamente por uma
inspiração inexplicável, por um impulso sem cálculo,
lembrou-me... Se forem capazes de adivinhar qual
foi a minha ideia...
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derramadas e inacabadas, uma nuvem de linhas


soltas, informes, quando tive o pensamento... Não, Estudante, o conto de Machado de Assis, “O
não são ca- pazes de adivinhar. es- pelho”, subintitulado de modo irônico de
- Mas, diga, diga. “Esboço de uma nova teoria da alma humana”, é um
conto literá- rio e filosófico que discute o processo
- Lembrou-me de vestir a farda de alferes.
de formação da identidade de cada indivíduo e a
Vesti-a, aprontei-me de todo; e, como estava relação entre subjetividade / sentimentalismo e
defronte do es- pelho, levantei os olhos, e... não vida pessoal, mos- trando como o “olhar dos
lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura outros” interfere na ima- gem que fazemos de
integral; nenhuma linha de menos, nenhum nós mesmos.
contorno diverso; era eu mesmo, o al- feres, que
achava, enfim, a alma exterior.
10. As palavras / expressões podem ter “sentido
[...] deno- tativo” e “sentido conotativo”. O sentido
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000240.pdf. Acesso em 29 de fev. 2024.
dicionarizado é o ‘denotativo’, ou seja, objetivo,
referencial e literal (significado próprio, genuíno da
Vocabulário:
palavra / expressão). Já o ‘sentido conotativo’ é o
espórtula: auxílio, esmola,
ajuda cáustico: corrói tecidos
figurado, ilustrativo, criativo e subjetivo. No trecho:
orgânicos abstenção: recusa, “Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina
repúdio bestial: animalesco chegou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um
casmurro: teimoso, obstinado grande espelho, obra rica e magnífica, que destoava
meandros: voltas do resto da casa, cuja mobília era modes- ta e
conjetura: suposição
redargüiu: replicou
simples...”, a palavra ‘espelho’ está no sentido deno-
polca: dança tativo ou conotativo? Explique.
voltarete: jogo de cartas Nesse trecho, a palavra ‘espelho’ está no seu sentido
cavatina: peça instrumental denotativo, pois é uma peça, mobília da casa.
alferes: patente de oficial abaixo de tenente
patusca: divertido, brincalhão
fidalgas: pertencente a
11.No trecho: “Estava a olhar para o vidro, com
nobreza obséquios: favores uma persistência de desesperado, contemplando as
pró- prias feições derramadas e inacabadas, uma
nuvem de

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linhas soltas, informes, quando tive o pensamento...”, Gabarito E.


a ideia predominante nesse trecho é ‘denotativa’ ou
‘co- notativa’? Explique apresentando partes do
texto que não estão no seu sentido literal.
Nesse trecho, predomina a ideia ‘conotativa’, uma
vez que a personagem está olhando para si mesma
e ex- pressando a sua subjetividade, o que está
sentindo, pensando. Inclusive, são apresentados
recursos figu- rados como ‘as próprias feições
derramadas e inacaba- das’, ‘uma nuvem de linhas
soltas, informes,...’

12. O conto se inicia com um subtítulo: “Esboço de


uma nova teoria da alma humana”, entendemos que
o texto trata de uma nova teoria, baseada na história
de Jaco- bina sobre a psique humana (alma /
espírito). Jacobina, homem de meia idade, conversa
na sala com seus qua- tro amigos a respeito de
diversos assuntos até que toma a palavra e narra
uma história que aconteceu com ele quando era
jovem e, assim, apresenta sua nova teoria sobre os
homens. Transcreva do texto o fragmento que melhor
explica a nova teoria apresentada por Jacobina.
“Cada criatura humana traz duas almas consigo:
uma que olha de dentro para fora, outra que olha
de fora para entro....[...] A alma exterior pode ser
um espírito, um fluido, um homem, muitos homens,
um objeto, uma operação. Há casos, por exemplo,
em que um simples botão de camisa é a alma
exterior de uma pessoa; - e assim também a polca,
o voltarete, um livro, uma má- quina, um par de
botas, uma cavatina, um tambor, etc. Está claro que
o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida,
como a primeira; as duas completam o homem, que
é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem
perde uma das metades, perde naturalmente
metade da existência; e casos há, não raros, em que
a perda da alma exterior implica a da existência
inteira.”

13. Segundo Jacobina, o cargo eliminou a


simplicidade que antes ele tinha, e, dessa forma,
passou a valorizar o quê?
Passou a valorizar só o exterior, isto é, sua posição
de hierarquia.

14.No trecho: “Vai senão quando, no meio da


noite, sucedeu que este casmurro usou da palavra,
e não dois ou três minutos, mas trinta ou
quarenta.”, a pala- vra destacada pode ser
substituída, sem alteração de sentido por
(A) surgiu
(B)escapou
(C)procedeu
(D)antecedeu
(E)aconteceu
50
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15.Qual é a intencionalidade do autor ao utilizar, e próprias do estilo dele, que retrata com zombaria a
no texto, a repetição do verbo no seguinte trecho: su- posta seriedade das discussões filosóficas.
“- Mas, diga, diga.”? Contamos com o seu brilhante e necessário
A repetição foi utilizada para enfatizar a ação trabalho para avan- çar nessas atividades e ir além,
verbal carregada de uma suposta curiosidade. mostrando aspectos da linguagem literária e a rica
plurissignificação dos tex- tos desse escritor.

16.O narrador é a voz


GRUPO que conta a história. Quando
DE ATIVIDADES
Semana 2 - Junho ele participa da história e está em (1ª pessoa), é
um “narrador personagem”. Quando o narrador
está em (3ª pessoa) e apenas narra / conta o que vê
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica na história, ele SISTEMATIZANDO
é um “narrador observador”. E
Professor(a), retome o conto-teoria “O espelho” e
OS
quando o narrador está em (3ª pessoa) conta a
dialo- gue com os(as) estudantes que esse texto COnHECiMEnTOS
história e sabe tudo o que as personagens sentem e
pensam, ele é um “narrador onisciente”. Observa-se,
propõe uma maneira de olhar e enxergar o
no conto em estudo, uma es- pécie de “uma história
mistério da existência humana e, além disso,
dentro de outra”, dois momen- tos, o primeiro é
sugere uma interpretação pro- funda sobre os
narrado por um narrador “onisciente”, que pode ser
processos de formação da identidade por meio da
confundido com a voz do próprio autor, e o segundo
fantasia hipotética das “duas almas.” Não
momento é contado por um narrador
conseguimos avançar aqui no material na parte
literá- ria, mas você pode fazer isso em sala de ( ) personagem, pois participa da história.
aula. Os tex- tos machadianos são recorrentes nas ( ) observador, porque ele conta apenas o que
provas do Enem, por isso, vale a pena retomar com vê. Resposta: personagem, pois participa da
os(as) estudantes di- versos aspectos das obras de história.
Machado de Assis, bem como o período literário e
contexto histórico. O conto, “O espelho” por
exemplo, não pode ser lido de manei- ra ingênua,
por detrás da atmosfera solene, podemos
identificar a ironia, presente nas obras do escritor

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17. Em: “D. Marcolina, viúva do Capitão Peçanha, (D)eufemismo.


que morava a muitas léguas da vila, num sítio (E)personificação.
escuso e so- litário...”, o trecho destacado, Gabarito E.
considerando os elemen- tos da narrativa, é o
(A) clímax.
(B)tempo.
(C)conflito.
(D)enredo.
(E)espaço.
Gabarito E.

18. O escritor Machado de Assis critica de modo


irôni- co o fato de as pessoas cumprirem seus
papéis sociais utilizando, de certa forma, uma
“máscara”, uma “fan- tasia”. O conto, “O espelho”,
mostra a teoria das duas almas, de modo figurado,
conotativo, cheio de alego- rias e com bastante
ironia (característica das obras ma- chadianas), o
império das aparências. Percebe-se que a obra faz
refletir sobre a ideia de que há uma socie- dade, na
qual a máscara de um cargo vale mais do que a
pessoa que o ocupa. Transcreva um trecho do texto,
que em sentido figurado e fantasioso, mostra a ideia
da teoria das duas almas e as “aparências.”
“- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias
as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou
que a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte
mínima de humanidade. Aconteceu então que a alma
exterior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos
das moças, mudou de natureza, e passou a ser a
cortesia e os ra- papés da casa, tudo o que me
falava do posto, nada do que me falava do homem. A
única parte do cidadão que ficou comigo foi aquela
que entendia com o exercício da patente; a outra
dispersou-se no ar e no passado.”

19. Os textos podem fazer referências a outros


textos, bem como a outros discursos (intertextualidade
/ inter- discursividade). Aponte um trecho no qual o
escritor Machado de Assis faz referência à escrita do
poeta Ca- mões. Destaque em sua resposta o que
disse o poeta.
“Não aludo a certas almas absorventes, como a
pátria, com a qual disse o Camões que morria, e o
poder, que foi a alma exterior de César e de
Cromwell.”

20. Em: “Entre a cidade, com as suas agitações e


aven- turas, e o céu, em que as estrelas
pestanejavam, atra- vés de uma atmosfera límpida e
sossegada...”, a expres- são destacada, considerando
as figuras de linguagem, é um / uma
(A) antítese.
(B)hipérbole.
(C)catacrese.
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21. O discurso é o modo como as falas das seis vezes por ano.”
personagens são introduzidas na narrativa. É por
meio da “voz” do “narrador” que conhecemos o 22.Na língua temos seis funções da linguagem: na
desenrolar da história, dos acontecimentos, ações refe- rencial predomina a mensagem, o sentido
das personagens, porém, é por meio da “voz” das denotativo. A fática busca um canal de comunicação
personagens que conhecemos as ideias, entre emissor e receptor. A metalinguística é a língua
sentimentos, opiniões dessas personagens. No falando sobre a própria língua. A emotiva / expressiva
“discurso direto”, as personagens conversam entre mostra a subjeti- vidade. A apelativa convence o
si (sem a voz do narrador). Geralmente, nesse leitor. E a poética apre- senta uma mensagem
discur- so aparece o uso de “travessão”, “aspas”, “dois criativa, ilustrativa com mais de uma interpretação.
pontos”, verbos de elocução, que indicam fala, por No trecho: “A alma exterior pode ser um espírito, um
exemplo: “Ele disse: - Estou estudando.” No fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma
“discurso indireto”, nar- rador conta o que as operação. Há casos, por exemplo, em que um
personagens falam, por exemplo, “Ele disse que simples botão de camisa é a alma exterior de uma
estava estudando! Esse tipo de discurso também pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um
pode ser introduzido por verbos de elocução, pelo livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um
uso de conjunções, como “que / se”. Já o “discur- tambor, etc.”, predomina qual função da linguagem?
so indireto livre”, não é introduzido por verbos de No trecho predomina a função poética da linguagem.
elo- cução, nem por sinais de pontuação ou
conjunções. Nesse tipo de discurso, há uma 23. Para que foi utilizado, predominantemente, o
mistura dos discursos “direto e indireto” quando o pon- to de interrogação no trecho: “Em primeiro
narrador assume o lugar de uma personagem e lugar, não há uma só alma, há duas...
expressa sentimentos, opiniões, pensamentos - Duas?”
dentro da narrativa. Exemplo: “Ele esta- va
(A) certeza.
estudando... As horas passaram e eu nem percebi.”.
Transcreva, do conto em estudo, um trecho de um (B)aceitação.
dis- curso indireto livre. (C)indagação.
Exemplo de um discurso indireto livre: “Pela minha (D)indignação.
par- te, conheço uma senhora, - na verdade, (E)perplexidade.
gentilíssima, - que muda de alma exterior cinco, Gabarito E.
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24. Há palavras que são utilizadas na construção de


um texto para indicar diversas circunstâncias, como: fita enxovalhada, faziam-lhe um solidéu natural,
nega- ção, modo, tempo, lugar, intensidade, dúvida cuja borla era suprida por um raminho de arruda. Já
entre ou- tras. No trecho: “O espelho estava vai nisto um pouco de sacerdotisa. O mistério
naturalmente muito velho..”, a palavra ‘muito’ foi estava nos olhos. Estes eram opacos, não sempre
utilizada para mostrar uma circunstância. Qual? nem tanto que não fossem também lúcidos e
agudos, e neste último estado eram igualmente
A palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma cir-
compridos; tão compridos e tão agudos que
cunstância de intensidade. entravam pela gente abaixo, revolviam o coração e
tornavam cá fora, prontos para nova entra- da e
outro revolvimento. Não te minto dizendo que as
De olho no Enem! duas sentiram tal ou qual fascinação. Bárbara
interro- gou-as; Natividade disse ao que vinha e
entregou-lhe os retratos dos filhos e os cabelos
Estudante, para chegar à resposta da questão cortados, por lhe ha- verem dito que bastava. —
29 (Enem), além da leitura analítica do texto, é Basta, confirmou Bárbara. Os meninos são seus
funda- mental considerar o enunciado: “No relato filhos?
da visita de duas mulheres ricas a uma vidente no — São.
Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
representati- vos da narrativa machadiana —
consiste no” – atente para as palavras/expressão-
chave do enunciado: ‘re- lato’ / ‘ironia’ / ‘narrativa No relato da visita de duas mulheres ricas a uma
machadiana’. Considere as características marcantes viden- te no Morro do Castelo, a ironia — um dos
dos personagens apresen- tadas pelo escritor traços mais representativos da narrativa machadiana
Machado de Assis. — consiste no
(A) modo de vestir dos moradores do morro carioca.
26.QUESTÃO 29 – (ENEM - 2022) (B)senso prático em relação às oportunidades de
Esaú e Jacó renda.
Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e (C) mistério que cerca as clientes de práticas de
passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda. vi- dência.
Era uma criaturinha leve e breve, saia bordada, (D)misto de singeleza e astúcia dos gestos da
chinelinha no pé. Não se lhe podia negar um corpo perso- nagem.
airoso. Os ca- belos, apanhados no alto da cabeça (E) interesse do narrador pelas figuras femininas
por um pedaço de am- bíguas.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2022_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 03 de março 2023.

Gabarito D.

CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 3


Prática de Produção de Texto

OBJETOS
Gênero discursivo / textual: Conto.
DE
CONHECI- Produção de texto escrito.
MENTO
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua
ade- quação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se
HABILIDADES pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural
DCGOEM vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à
variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão,
pontuação adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o
exigir.

HABILIDADES
DC GO - (EF89LP35-A) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, narrativas de ficção científica, entre
AMPLIADO
PARA outros, com
RECOM- temáticas próprias ao gênero.
POSIÇÃO
D6-Identificar o tema de um texto. / D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D10 -
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. / D3- Inferir o sentido de uma
palavra ou expressão. / D4- Inferir uma informação implícita em um texto. / D2 - Estabelecer relações entre
MATRIZ SAEB partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. /
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D18 - Reconhecer o efei- to de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. / D14 -
Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. / D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um texto. / D11- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elemntos do
texto.

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Semana 3 - Junho criar deve estabelecer um conflito envolvendo a


rea- lidade da personagem e aquilo que ela deseja
Prática de Produção de Texto
viver. A sugestão é que seu conto tenha um
desfecho, ou seja,
Professor(a), oriente os(as) estudantes durante a Inteligência Artificial, viagem espacial, a clonagem,
pro- dução de texto! Reflita com eles(as) sobre a enfim, sobre o universo tecnológico. A com- posição
proposta de escrita realizando atividades de leitura, da personagem principal deve estar baseada no tema:
interpreta- ção de texto, análise das marcas Fantasia tecnológica: impulso para o futuro e / ou
linguísticas presentes nos textos da “coletânea” e em impulso de alienação? A história que você vai
outros que porventura você leve para a sala de aula.
Retome as características próprias do gênero “conto”:
elementos que compõem a narrativa, aspectos
linguísticos e semióticos dentre outros. Construa,
junto com os(as) estudantes, estra- tégias para que
desenvolvam capacidades de antecipar os significados
de um texto, relacionar e selecionar in- formações,
fazer inferências, identificar pelo contexto palavras
que eles(as) ainda não conhecem o significado dentre
outros aspectos. Ao longo do processo de pro-
dução, é fundamental retomar com os(as)
estudantes os conhecimentos adquiridos na
sequência de ativida- des do gênero conto (contexto
de produção e circula- ção, forma composicional do
gênero e elementos lin- guísticos). Consideramos a
“produção textual” parte do eixo: “Sistematizando os
conhecimentos.”

PRODUÇÃO TEXTUAL

Caro(a) estudante, nesta etapa, você irá produzir


um Conto. Para isso, leia e interprete a proposta
de escrita, os textos da coletânea, observe as
caracterís- ticas e a estrutura do gênero, bem como
relembre as explicações realizadas pelo(a)
professor(a) durante as aulas sobre o gênero
conto.
HORA DE PRODUZIR!
1. O conto é um gênero do discurso narrativo.
Sua estrutura é de pouca extensão. Essa
característica de síntese exige um número reduzido
de personagens, es- trutura temporal e espacial
(tempo / espaço) e as ações são limitadas. O
narrador constrói o ponto de vista a partir do qual a
história será contada. O enredo, por sua vez, apresenta
um único conflito. No desenvolvimento do texto,
esse conflito poderá ou não ser solucionado.
Imagine que seus amigos, observadores de seu
comportamento diário, dirigem-se a você,
afirmando que você está navegando demais na
internet, que até parece estar vivendo mais na
fantasia da ficção dos filmes e nas possibilidades
desenvolvidas na Realida- de Virtual do que na
realidade concreta. Então, você passa a refletir sobre
o que disse seus amigos e resolve escrever um conto
sobre uma pessoa, que compulsi- vamente, assiste
filmes, séries e se interessa sobre as- suntos, como a
56
SEDUC

uma solução para o conflito. São canções de ninar que embalam os sonhos dos
en- genheiros, cientistas e futuristas. Mundos virtuais
2.Leia a coletânea a seguir. imer- sivos, máquinas conscientes, viagens
Coletânea intergalácticas e clones de seres humanos não são
Texto I mais meras histórias de ficção, mas sim questões
tangíveis na pauta do dia.
Futuro antecipado: como a ficção científica molda
Nesse contexto, a relação simbiótica entre a
nossas tecnologias emergentes
ficção científica e o desenvolvimento tecnológico
tem se es- treitado ao longo dos anos.
A arte imita a vida e a vida imita a arte, num
ciclo constante de inspiração e inovação.
Nesse cenário de inspirações recíprocas, quatro
áreas de avanços tecnológicos se destacam pela
sua frequente presença na ficção científica e impacto
cres- cente na nossa sociedade: a Inteligência
Artificial, a via- gem espacial, a Realidade Virtual e a
clonagem.
[...]
Na realidade, a IA tem se tornado cada vez mais
O surgimento das luzes no fim do túnel do onipresente em nossas vidas. Algoritmos de apren-
tempo geralmente acontece primeiramente na tela dizado de máquina alimentam nossos assistentes
de um ci- nema ou nas páginas de um livro de vir- tuais, ajudam a dirigir nossos carros autônomos,
ficção científica. e até mesmo influenciam nosso comportamento de
Estas obras visionárias, muito mais que simples consu- mo através de recomendações
en- tretenimento, são espelhos que refletem o personalizadas.
futuro, an- tecipando tecnologias, tendências e A IA deixou de ser um conceito abstrato de
questionamentos éticos que, em última análise, labora- tórios de pesquisa para se tornar uma
moldam nosso mundo. presença cons- tante em nosso dia a dia.
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Viagem espacial: da fantasia à realidade


Semana 4 - Junho
O fascínio da ficção científica pela viagem espacial nada tinham a ver com minha personalidade. E fui
Desde os primórdios da ficção científica, a conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os
viagem espacial tem sido um símbolo de avanço e acontecimentos da sua infân- cia a marcaram até os 12
descober- ta, pintando um futuro no qual as anos, depois disso você buscou conhecimento
estrelas estão ao nosso alcance. intelectual para seu amadurecimento”.
Livros como “Guerra dos Mundos” de H.G. Wells MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008
(adaptado).
e a icônica série “Star Trek” popularizaram a ideia
de viagens interplanetárias e intergalácticas, fazendo-
nos sonhar com a imensidão do universo e nossas
possíveis posições nele. Essas histórias nos desafiam
a imaginar como a humanidade poderia ultrapassar
as fronteiras do nosso planeta e explorar o cosmos.
[...]
Explorando o desconhecido
A exploração espacial não é apenas uma
questão de tecnologia, mas também de coragem e
curiosidade.
Cada novo horizonte apresenta seus próprios
desa- fios e mistérios, de entender a física por trás de
buracos negros a descobrir se estamos sozinhos no
universo.
Assim como na ficção científica, a viagem
espacial na vida real nos força a enfrentar o
desconhecido, a ex- pandir nossa compreensão e a
imaginar novas possibi- lidades para a existência
humana.
Com tudo isso em mente, fica claro que a viagem
es- pacial não é mais apenas um sonho distante, mas
uma realidade emergente. E à medida que
continuamos a explorar o universo, somos lembrados
de como as his- tórias que contamos sobre o futuro
podem, de fato, moldar esse futuro. Hoje, estamos
vivendo a fantasia da ficção científica, transformando
a antiga “ficção” em maravilhosas verdades
científicas.
Disponível em:https://www.markp.com.br/2023/07/futuro-antecipado-como-a-ficcao-cientifica-molda-nossas-tecnologias-emer-
gentes/. Acesso em 04 de mar. de 2024.

Texto II
Testes
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por
um site da internet. O nome do teste era tentador:
“O que Freud diria de você ”. Uau. Respondi a todas
as pergun- tas e o resultado foi o seguinte: “Os
acontecimentos da sua infância a marcaram até os
doze anos, depois disso você buscou conhecimento
intelectual para seu ama- durecimento”. Perfeito!
Foi exatamente o que acon- teceu comigo. Fiquei
radiante: eu havia realizado uma consulta
paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou
na mosca.
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é
algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e
respon- der tudo diferente do que havia respondido
antes. Mar- quei umas alternativas esdrúxulas, que
58
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meio de atividades que desenvolvem as habilidades


REVISITANDO A MATRIZ SAEB do currículo, porém é importante reto- mar alguns
descritores já estudados para refletir sobre
Professor(a), para finalizar as atividades propostas determinadas competências básicas e essenciais e,
neste material, vamos revisitar a Matriz do Saeb as- sim, permitir que os(as) estudantes consolidem
traba- lhando com alguns descritores: D12 / D15 / compe- tências fundamentais para o exercício da
D6 / D13 / D10 / D5 / D7 / D8 / D14 / D2. cidadania nas diversas situações comunicativas,
Conforme pressupostos teóricos que norteiam os como a participação exitosa nas avaliações externas.
instrumentos de avaliação, essa matriz é o Caro(a) estudante, finalizando este material, va-
referencial do que será avaliado, nesse caso, em mos resolver questões / itens para revisitar alguns
Língua Portuguesa, informando as competên- cias e descritores com o objetivo de refletir sobre quais ha-
habilidades esperadas dos(as) estudantes. O tra- bilidades linguísticas já conhecemos e dominamos de
balho com as questões/itens contribui para que modo eficiente. Vamos lá?
sejam identificadas/compreendidas algumas
fragilidades que devem ser superadas pelos(as) Leia o texto.
estudantes que preci- sam dominar habilidades
Bip, celular “tijolão” e disquete: veja tecnologias
que os(as) capacitem a viver em sociedade, sendo
que são puro saudosismo
sujeitos e atuando, de modo ade- quado e relevante,
nas mais diversas situações comuni- cativas. Nesse Objetos já foram muito importantes, mas, hoje,
sentido, é necessário considerar que os descritores fora de uso, geram apenas saudade em quem viveu
indicam as habilidades linguísticas que pre- cisam na épo- ca de seu auge
ser desenvolvidas com proficiência pelos(as) es- O primeiro Macintosh completou 40 anos em
tudantes. O descritor, propriamente dito, é o 24 de janeiro de 2024. A máquina criada por Steve
detalha- mento de uma habilidade cognitiva (em Jobs foi uma das várias que ajudou o mundo a
termos de grau de complexidade) que está sempre chegar na era do digital que vivemos atualmente.
associada a um de- terminado conteúdo que o(a) Assim como esse computador, outras criações
estudante deve dominar. Entendemos que o foco do tec- nológicas também ajudaram a reinventar as
nosso material é o trabalho com a Recomposição formas das pessoas se relacionarem umas com as
de Aprendizagem e o avanço da proficiência por outras e com o espaço a sua volta.
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Equipamentos telefônicos e de mensagens, demasia de ultraprocessados. Outro estudo, que saiu


apare- lhos de música, dispositivos para guardar em dezembro de 2022 na revista científica JAMA
informações, entre outros. Várias criações a seu Neurology, sugere que o consumo exacerbado desse
tempo foram inova- ções enormes, mas, hoje, não tipo de alimento ace- lera em 28% o declínio da
são mais utilizadas. cognição geral dos adultos.
Quem se lembra do celular “tijolão”, do bip, do
dis- quete, do aparelho de som para três CDs? Pois
é, eles fizeram história.[...]
Disponível em:https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/bip-celular-tijolao-e-disquete-veja-tecnologias-que-sao-puro-saudosismo/.
Acesso em 05 de mar. 2024.

1.Esse texto foi escrito para


(A) contar sobre o que aconteceu com: Bip,
celular
“tijolão” e disquete.
(B)descrever os tipos de aparelhos tecnológicos
que
fizeram sucesso.
(C) relatar sobre o primeiro Macintosh criado
por Steve Jobs no passado.
(D)informar sobre os objetos tecnológicos que
estão em desuso na atualidade.
(E) expor um ponto de vista a respeito dos
equipa- mentos telefônicos e de mensagens.
Gabarito D.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.

2. No trecho: “Equipamentos telefônicos e de


mensa- gens, aparelhos de música, dispositivos
para guardar informações, entre outros.”, o termo
destacado esta- belece uma relação de
(A) condição.
(B)finalidade.
(C)conclusão.
(D)explicação.
(E)concessão.
Gabarito B.
D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no
texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
Leia o texto.
O peso dos ultraprocessados
Estudos associam o consumo desse tipo de comida
a 10% das mortes precoces no Brasil e à aceleração do
de- clínio cognitivo. Dois trabalhos recentes feitos no
Brasil apontam uma associação estatística
significativa entre o consumo em excesso de alimentos
ultraprocessados e a ocorrência de mortes evitáveis,
somada à aceleração do processo de declínio
cognitivo na população brasilei- ra. Um artigo
publicado em novembro passado na re- vista
American Journal of Preventive Medicine estima
que, em 2019, pelo menos 57 mil óbitos prematuros
no país teriam sido causados pela ingestão em

60
SEDUC

[...] Gabarito B.
A partir de uma modelagem epidemiológica, os D6 - Identificar o tema de um texto.
pesquisadores calcularam o número de mortes não
naturais ligadas ao consumo de ultraprocessados 4.Considerando as características próprias desse
no Brasil [...]. “Nossa modelagem considera como tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas
fator de risco para a ocorrência de mortes predomi- nante do uso
prematuras quanto uma população consome de (A)jornalístico, pela imparcialidade das informações.
ultraprocessados e asso- cia esse dado à (B)oral, por meio de expressões típicas da oralidade.
estimativa de risco e morte por todas as causas, (C) regional, pela presença do vocabulário
segundo a literatura científica internacio- nal”, regionalista.
explica o biólogo Eduardo Nilson, pesquisador
associado ao Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas (D) formal, pelo respeito às normas gramaticais
em Nutrição e Saúde, da Universidade de São da língua.
Paulo (Nu- pens-USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (E) coloquial, por meio do uso do registro de
(Fiocruz), em Brasília, autor principal do primeiro informa- lidade.
estudo. Gabarito D.
[...] D13. Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
Disponível em:https://www.todamateria.com.br/texto-de-divulgacao-cientifica/. Acesso em 05 de mar. 2024 (adaptado). locutor e o interlocutor de um texto.
Leia o texto.
3.Qual é o tema desse texto?
Dão Lalalão
(A) O declínio do processo mental de memória
dos brasileiros no Brasil. Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém
pre- cisava urgente de querer vir por escutar a
(B) O consumo excessivo de alimentos
novela do rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na
ultraproces- sados e suas consequências.
ideia, e, retor- nado ao Ão, no dia seguinte, a
(C)As importantes publicações na revista repetia a outros.
American Journal of Preventive Medicine.
Assim estavam jantando, vinham os do povoado
(D)Os dois trabalhos que se destacaram no país receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já ti-
e as mortes prematuras de brasileiros. nham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra:
(E)O modelo epistemológico dos pesquisadores falhara
que calculam o número de mortes naturais.
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ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador


Disponível em:https://br.pinterest.com/pin/366480488432986123/. Acesso em 06 de mar. 2024.

de galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que


carre- gava um rádio pequeno, de pilhas, armara
um fio no arame da cerca… Mas queriam escutar
outra vez, por confirmação. — “A estória é estável
de boa, mal que acompridada: taca e não rende…” —
explicava o Zuz ao Dalberto.
Soropita começou a recontar o capítulo da nove-
la. Sem trabalho, se recordava das palavras, até
com clareza — disso se admirava. Contava com
prazer de demorar, encher a sala com o poder de
outros altos personagens. Tomar a atenção de todos,
pudesse con- tar aquilo noite adiante. Era preciso
trazer luz, nem uns enxergavam mais os outros;
quando alguém ria, ria de muito longe. O capítulo da
novela estava terminando.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.

5. O foco narrativo do conto, vidência uma


narrador que
(A) participa dos acontecimentos, sendo assim, é
um personagem preocupado em mostrar suas
ações no enredo.
(B) observa apenas os fatos ao seu redor para
mos- trar o que os personagens sentem e
pensam no de- correr da história.
(C) não participa da história, mas tem onisciência
de todos os acontecimentos e sabe sobre os
pensamen- tos e sentimentos dos personagens.
(D)se apresenta neutro e não deixa que o leitor
per- ceba a sua presença durante o desenrolar dos
fatos que encaminham para um desfecho.
(E) está em terceira pessoa, é observador e tem
consciência de todos os acontecimentos, sem
mos- trar pensamentos dos personagens.
Gabarito C.
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os
ele- mentos que constroem a narrativa.
Leia o texto.

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6. Considerando a linguagem verbal e não verbal, alfabetizadas, um número que sobe em Portugal.
a ideia que deve ser compreendida de modo Para qualquer observador, é fácil verificar que estes
predomi- nante, nesse anúncio publicitário, é que avanços se devem primariamente à tecnologia, ao
o/a início da revolução industrial e consecu- tiva
(A) remédio indicado (Doril) vai resolver o transição para a era da informação.
problema da dor de cabeça. Atualmente, é estimado que 65% das crianças a en-
(B) medicamento tem total contraindicação se trar na escola primária hoje desempenharão
uma pessoa estiver com dengue. funções que ainda não existem, uma indicação clara
que será necessário reaplicar o conhecimento e
(B)consumidor que tomar 20 comprimidos
tecnologia que temos às capacidades que
resolverá o problema da dor de cabeça.
impulsionarão o mundo do trabalho no futuro. Mas,
(C) consumidor que tomar o remédio indicado apesar dos ajustes necessá- rios, é certo que somos
nesse anúncio não terá mais sintomas. privilegiados por viver numa altura em que a ciência
(D)composição do ácido acetilsalicílico e cafeína e tecnologia nos podem assistir, tornando as nossas
tor- nam o remédio (Doril) analgésico e vidas mais fáceis e fazendo-nos re- pensar as
antitérmico. maneiras de desempenhar as nossas funções diárias.
Gabarito A. Mas será que toda a tecnologia beneficiará o futuro
D5 – Interpretar texto com o auxílio de material gráfico da humanidade?
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas
novas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm,
Leia o texto. possibilitado respostas a um largo espetro de
A tecnologia a abrir caminho para o futuro (mais desafios da humani- dade. Este ano assistimos a
humano) uma quantidade nunca an- tes de vista de inovação
Por Fabio Rodriguez num curto espaço de tempo, como resposta à
situação de saúde pública vivida. Mas aplicar a
A tecnologia tem o poder de fazer muitas
tecnologia para o bem da humanidade apenas
coisas e mudar o mundo tem sido uma delas. Se
emergirá como um pilar se integrar a inteligência
em 1820 po- díamos esperar viver em média
hu- mana e as máquinas, com uma intenção clara
menos de 35 anos, e menos de 20% da população
de ser- vir e chegar a grandes fações da
sabia ler e escrever, atual- mente a esperança de vida
humanidade, para um bem coletivo.
duplicou e mais de 80% das pessoas no mundo são
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Para isso é necessário ter em conta que, ao (E)causa/consequência.


ritmo de inovações atual, nem toda a tecnologia é
criada para beneficiar a humanidade. O que torna
este período da história diferente prende-se
precisamente com o ritmo de avanço tecnológico: a
tendência humana continua a ser pensar de forma
linear – quando projetamos as expectativas para
daqui cinco anos, comparamos com as diferenças
verificadas nos últimos cinco anos. E com a
tecnologia a avançar de maneira exponencial serão
as sociedades, leis e sistemas políticos que terão de
se adaptar, para se certificarem que o investimento
é guiado para aquelas que verdadeiramente ajudam
a humanidade. [...]
Disponível em:https://tek.sapo.pt/opiniao/artigos/opiniao-a-tecnologia-a-abrir-caminho-para-o-futuro-mais-humano. Acesso em
06 de mar. 2024 (adaptado).

7. Qual é o trecho que predomina a defesa do


ponto de vista do autor?
(A) “Atualmente, é estimado que 65% das
crianças a entrar na escola primária hoje
desempenharão fun- ções que ainda não existem,
uma indicação clara que será necessário reaplicar o
conhecimento e tecnolo- gia que temos às
capacidades que impulsionarão o mundo do
trabalho no futuro.”
(B)“Mas, apesar dos ajustes necessários, é certo
que somos privilegiados por viver numa altura em
que a ciência e tecnologia nos podem assistir,
tornando as nossas vidas mais fáceis e fazendo-
nos repensar as maneiras de desempenhar as
nossas funções di- árias.”
(C)“Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas
no- vas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm,
possi- bilitado respostas a um largo espetro de
desafios da humanidade.”
(D) “O que torna este período da história
diferente prende-se precisamente com o ritmo de
avanço tec- nológico: a tendência humana continua
a ser pensar de forma linear...”
(E)“E com a tecnologia a avançar de maneira
expo- nencial serão as sociedades, leis e sistemas
políticos que terão de se adaptar...”
Gabarito B.
D7 – Identificar a tese de um texto.

8.No trecho: “Se em 1820 podíamos esperar viver


em média menos de 35 anos, e menos de 20% da
popu- lação sabia ler e escrever, atualmente a
esperança de vida duplicou e mais de 80% das
pessoas no mundo são alfabetizadas, um número que
sobe em Portugal.”, pre- domina um argumento de
(A) princípio.
(B)senso comum.
(C)exemplificação.
(D)analogia histórica.
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Gabarito D. (E)novas
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos tecnologias. Gabarito
oferecidos para sustentá-la. E.
D2 – Estabelecer relações entre informações de partes de
9. Em qual trecho predomina um fato? um texto, identificando repetições ou substituições que
(A) “...a tendência humana continua a ser pensar contribuem para a continuidade do texto.
de
forma linear...”
(B)“...nem toda a tecnologia é criada para beneficiar PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
a humanidade.” Professor(a), apresentamos a seguir uma proposta
(C) “é fácil verificar que estes avanços se devem de avaliação para ser utilizada em seu
pri- mariamente à tecnologia...” planejamento quando você considerar pertinente.
(D)“...o investimento é guiado para aquelas que Leia o texto.
ver- dadeiramente ajudam a humanidade.”
(E)“...mais de 80% das pessoas no mundo são Um olhar para a juventude
alfabe- tizadas, um número que sobe em Quando um jovem abandona a escola, quem
Portugal.” perde é o futuro da nação. No Brasil, são quase 500 mil
Gabarito E. jovens que deixam a escola por ano — é quase um
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. jovem por minuto. Isso não só é muito triste como
extremamen- te preocupante. O direito à educação
10. No trecho: “Todos os anos são desenvolvidas e não logrou êxito. [...] Mas o Brasil perde muito mais
apli- cadas novas tecnologias a incríveis ritmos e se olharmos o custo social que o abandono
elas têm, possibilitado respostas a um largo representa. O caminho mais fre- quente é o de
espetro de desafios da humanidade.”, o termo engrossar as fileiras dos chamados nem-
destacado refere-se às: -nem, que nem estudam nem trabalham. Disso
resulta o ócio que leva muitas vezes a caminhos
(A) maneiras.
tortuosos, vin- culados à droga e ao tráfico. [...]
(B)capacidades.
As razões mais frequentes para esse abandono
(C)nossas vidas. no ensino médio estão vinculadas à busca por
(D)funções diárias. atividade
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laboral, à gravidez e ao desinteresse escolar. Sobre 1. Qual é o ponto de vista defendido pelo autor do
a primeira razão, a pandemia causou um impacto texto?
impor- tante, pois os jovens foram muito (A )O jovem quer uma escola que tenha diálogo
pressionados a bus- car trabalho para compensar a com o mundo e com sua vida.
perda de renda familiar. Para piorar, agora a inflação
(B) Há uma relação direta entre a taxa de jovens
chega com toda a força, tirando o prato de comida
que nem estuda e nem trabalha.
das famílias mais pobres, o que leva também os
jovens a buscarem trabalho — e isso compete com
a escola. Como esses jovens não foram preparados
com a formação adequada para o mundo do
trabalho, muitas vezes essas atividades la- borais
são precárias e de baixíssima remuneração.
Quanto ao desinteresse escolar, o jovem quer
uma escola que caiba na vida, que seja capaz de
dialogar com o seu mundo. [...] Estamos
esperançosos de que o chamado novo ensino médio
proporcione esse diálogo do jovem com a escola.
[...]
Mas não basta ter apenas uma boa escola de
ensi- no médio. É preciso ter uma política de pós-
médio, caso contrário o ensino médio é o teto para
os jovens que o concluem, e assim apenas se adia o
ingresso nos nem-
-nem. [...] Para isso é importante oferecer uma
forma- ção alinhada com as necessidades da cadeia
produtiva local, para que, após o término dessa
formação, a pos- sibilidade de o jovem ter
empregabilidade seja maior. É importante lembrar
que, de cada 100 jovens que con- cluem o ensino
médio, apenas 22 vão para o ensino su- perior.
Assim, é importante pensar nos 78 jovens que
eventualmente vão precisar dar continuidade aos
es- tudos ou buscar alguma atividade laboral — mas,
para isso, é preciso que estejam bem-preparados.
Compa- rados aos que concluíram o ensino médio,
mas não ti- veram uma formação técnica
profissionalizante, esses jovens que obtiveram uma
certificação nessa modali- dade ganham 15% mais
em renda.
Pensar na nossa juventude é pensar no futuro
do país. É importante lembrar que a pirâmide
demográfi- ca está mudando drasticamente. Sua
base está fican- do mais estreita, enquanto o topo
se alarga e cresce. Para sustentar essa pirâmide,
vamos precisar mais do que nunca de jovens muito
bem formados. O Brasil não pode se dar ao luxo de
perder nenhum de seus jovens, caso queira sonhar
com um futuro sustentável, assim como fez a Coreia
do Sul, que, ao perceber tal mudan- ça, investiu
maciçamente em educação, chegando a criar o
slogan "febre de educação" para mobilizar o país em
prol dessa causa. [...]
MOZART NEVES RAMOS - Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do
Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão
Preto
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/06/5012335-analise-um-olhar-para-a-juventude.html.
Acesso em 07 de mar. 2024.

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(D) A esperança é que o novo ensino médio (C)reportagem.


consiga dialogar com o jovem e com a escola. (D)artigo de opinião.
(D) No momento em que um jovem abandona a (E)artigo de divulgação científica.
esco- la, o futuro de uma nação sai perdendo. Gabarito D.
(E )É necessário ter uma política voltada para os
jo- vens quando eles terminarem o ensino 4. No trecho: “É importante lembrar que a
médio. pirâmide demográfica está mudando drasticamente.”,
Gabarito D. a expres- são destacada foi utilizada com a intenção
de fortale- cer o discurso argumentativo para
2.Em qual trecho predomina um fato? evidenciar
(A) “O direito à educação não logrou êxito.” (A) certeza.
(B)“Pensar na nossa juventude é pensar no futuro (B) julgamento.
do (C)necessidade.
país.”
(D)subjetividade.
(C)“Mas não basta ter apenas uma boa escola de
(E)probabilidade.
en- sino médio.”
Gabarito C.
(D) “Isso não só é muito triste como
extremamente 5. No fragmento: “É importante lembrar que, de
preocupante.” cada 100 jovens que concluem o ensino médio,
(E)“No Brasil, são quase 500 mil jovens que apenas 22 vão para o ensino superior.”, predomina
deixam uma
a escola por (A) analogia.
ano...” Gabarito E. (B)comprovação.
3.Quanto ao gênero: o texto “Um olhar para a (C)exemplificação.
juven- tude” é um/uma (D)ideia de autoridade.
(A) conto. (E)ideia de senso
(B)crônica. comum. Gabarito B.
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Leia o
texto. coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela,
Senhora repre- senta o caos do mundo moral.”, o termo em
destaque
Aurélia passava agora as noites solitárias. (E) onisciente e onipresente, pois conhece os pen-
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava samentos e sentimentos das personagens, além da
uma desculpa qualquer para justificar sua ausência. totalidade do enredo, como pressupostos, aspectos
A me- nina que não pensava em interrogá-lo, futuros e as possíveis consequências.
também não contestava esses fúteis inventos. Ao Gabarito E.
contrário buscava afastar da conversa o tema
desagradável. 7. No trecho: “Esse fenômeno devia ter uma razão
psi- cológica, de cuja investigação nos abstemos;
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu
porque o
amor; mas a altivez de coração não lhe consentia
queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor
ideias singulares, talvez inspiradas pela posição
especial em que se acha- ra ao fazer-se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser
amada por Seixas; e pois toda a afeição que lhe
tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia.
Quando se lembrava que esse amor a poupara à
degradação de um casamento de conveniência,
nome com que se de- cora o mercado matrimonial,
tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e
redentor.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica
de heroica dedicação, que entretanto assiste calma,
quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe
retribuía o ho- mem amado, e se deixa abandonar, sem
proferir um quei- xume, nem fazer um esforço para
reter a ventura que foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,
de cuja investigação nos abstemos; porque o
coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela,
representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe
que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses
limbos.
Fonte: ALENCAR, Joséde. Capítulo VI. In: Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p.
107-8.

6. O foco narrativo nesse fragmento evidencia um


narrador
(A) que participa dos acontecimentos, portanto,
é um narrador que se preocupa em mostrar suas
ações no decorrer da história.
(B) observador que está em terceira pessoa, mas
somente percebe os acontecimentos e descreve
as ações de cada personagem.
(C)neutro, que não permite Ao leitor perceber a
sua presença durante o desenvolvimento dos
fatos os quais são encaminhados para o
desfecho.
(D)onisciente, observador e participante de todas
as ações que acontecem com as personagens da
histó- ria, além disso, mostra o que eles sentem.

68
SEDUC

faz referência a população; trata-se, no fundo, de conven- cer o


(A) razão. ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião,
está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às
(B)afeição.
te- ses que lhes são apresentadas, por um mecanismo
(C)ventura. bem conhecido da psicologia social, o do
(D)dedicação. conformismo indu- zido por pressões do grupo sobre
(E)investigaçã o indivíduo isolado.
o. Gabarito B. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasí-
lia: UnB, 1998 (adaptado).
8. No trecho: “Aurélia passava agora as noites De acordo com o texto, as estratégias
solitá- rias.”, A expressão destacada é uma figura argumentativas e o uso da linguagem na produção
de lingua- gem denominada da propaganda fa- vorecem a
(A) antítese. (A) reflexão da sociedade sobre os produtos
(B)metáfora. anunciados.
(C)hipérbole. (B) difusão do pensamento e das preferências das
(D)onomatopeia. grandes massas.
(E)personificação. (C) imposição das ideias e posições de grupos espe-
Gabarito E. cíficos.
(D) decisão consciente do consumidor a respeito
9. QUESTÃO 14 (ENEM – 2017) de sua compra.
PROPAGANDA — O exame dos textos e mensa- (E)identificação dos interesses do responsável pelo
gens de Propaganda revela que ela apresenta produto divulgado.
posições parciais, que refletem apenas o Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.
pensamento de uma minoria, como se Gabarito C.
exprimissem, em vez disso, a convic- ção de uma
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10. QUESTÃO 15 (ENEM – 2017) Na literatura de temática negra produzida no Brasil,


Sítio Gerimum é recorrente a presença de elementos que traduzem
Este é o meu lugar [...] experiências históricas de preconceito e violência.
Meu Gerimum é com g No poema, essa vivência revela que o eu lírico
Você pode ter estranhado (A) incorpora seletivamente o discurso do seu
Gerimum em abundância opressor.
Aqui era plantado E com a letra (B)submete-se à discriminação como meio de
g Meu lugar foi registrado forta- lecimento.
(C) engaja-se na denúncia do passado de opressão
e injustiças.
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013
(fragmento). (D)sofre uma perda de identidade e de noção de
per- tencimento.
Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego
da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem (E) acredita esporadicamente na utopia de uma
por ob- jetivo so- ciedade igualitária.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em
08 de mar.2023.
(A) valorizar usos informais caracterizadores da Gabarito A.
nor- ma nacional.
(B)confirmar o uso da norma-padrão em contexto 12.QUESTÃO 21 (ENEM – 2018)
da Ó Pátria amada,
linguagem poética. Idolatrada,
(C)enfatizar um processo recorrente na Salve! Salve!
transforma- ção da língua portuguesa.
Brasil, de amor eterno seja
(D) registrar a diversidade étnica e linguística pre-
símbolo O lábaro que ostentas
sente no território brasileiro.
estrelado,
(E)reafirmar discursivamente a forte relação do
fa- lante com seu lugar de origem. E diga o verde-louro dessa flâmula
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.
— “Paz no futuro e glória no
Gabarito E. passado.” Mas, se ergues da justiça a
clava forte, Verás que um filho teu
11. QUESTÃO 10 (ENEM – 2018)
não foge à luta,
Quebranto
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
às vezes sou o policial que
Terra adorada,
me suspeito me peço
Entre outras mil,
documentos e mesmo de posse
És tu, Brasil,
deles
Ó Pátria amada!
me prendo e me dou porrada
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
às vezes sou o porteiro
Pátria amada, Brasil!
não me deixando entrar em mim Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada. Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).

mesmo a não ser O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do


pela porta de serviço Brasil é justificado por tratar-se de um(a)
[...] (A) reverência de um povo a seu país.
às vezes faço questão de não me (B)gênero solene de característica protocolar.
ver e entupido com a visão deles (C)canção concebida sem interferência da oralidade.
sinto-me a miséria concebida como um eterno (D) escrita de uma fase mais antiga da língua
começo portu- guesa.
fecho-me o cerco (E)artefato cultural respeitado por todo o povo
sendo o gesto que me nego bra- sileiro.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em
a pinga que me bebo e me embebedo 08 de mar.2023.

o dedo que me o ponto em que me entrego.


aponto e denuncio às vezes!...
CUTI. Negroesia. Belo Horizonte: Mazza, 2007 (fragmento)
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Gabarito B.
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PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL importantes modos de se distinguir dos demais


indivíduos.
INSTRUÇÕES PARA PRODUÇÃO TEXTUAL Nas sociedades modernas há uma crescente pre-
ocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o
Você deve desenvolver o gênero Conto de
ficção científica oferecido na proposta a seguir.
O tema é: A busca incansável pela juventude
e corpo perfeito.
O texto deve ser redigido em prosa.
A fuga do tema ou cópia da coletânea prejudica
a sua nota nesta produção.
A leitura da coletânea é obrigatória. Ao utilizá-la,
você não deve copiar trechos ou frases. Quando for
ne- cessário, a transcrição deve estar a serviço do
seu texto.
Coletânea
TEXTO I
As máquinas falantes
[...] Nossos corpos não são independentes da
rede discursiva em que estamos inseridos, como
não são independentes da rede de trocas – trocas
de olhares, de toques, de palavras e de substâncias
– que estabe- lecemos. [...] O sujeito moderno,
cercado e amparado por técnicas e saberes
científicos que visam lhe pro- porcionar saúde,
bem-estar corporal e um adiamento indefinido da
morte, está ao mesmo tempo cada vez mais distante
de saber escutar as demandas e manifes- tações de
seu corpo pulsional. Acostumado a adiar o prazer e
a satisfação de necessidades, já não é capaz de
desfrutar [...] do repouso, do ócio e das pequenas
sen- sações provocadas pelo contato com a
natureza.
KEHL, M. R. As máquinas falantes. In: NOVAES,
A. O homem-máquina: a ciência manipula o corpo.
São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 243-
256.
TEXTO II
Mídia e o culto à beleza do corpo
Há nas sociedades contemporâneas uma intensi-
ficação do culto ao corpo, onde os indivíduos
experi- mentam uma crescente preocupação com a
imagem e a estética.
Entendida como consumo cultural, a prática do
cul- to ao corpo coloca-se hoje como preocupação
geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas
etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da
questão estética, ora da preocupação com a saúde.
Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a
lin- guagem corporal é marcadora pela distinção
social, que coloca o consumo alimentar, cultural e
forma de apresentação – como o vestuário, higiene,
cuidados com a beleza etc. – como os mais
72
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consumo excessivo de cosméticos, impulsionados Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo
ba- sicamente pelo processo de massificação das todo tentando vender o que não está disponível nas
mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha prateleiras: su- cesso e felicidade.
mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. O consumismo desenfreado gerado pela mídia
Não por acaso que foi nesse período que surgiram em geral foca principalmente adolescentes como
as duas maiores revistas brasileiras voltados para o alvos principais para as vendas, desenvolvendo
tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” modelos de roupas estereotipados, a indústria de
(1987). cosméticos lan- çando a cada dia novos cremes e
Contudo, foi o cinema de Hollywood que géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis”
ajudou a criar novos padrões de aparência e do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto
beleza, difundin- do novos valores da cultura de com medicamentos que inibem o apetite.
consumo e projetando imagens de estilos de vida Preocupados com a busca desenfreada da
glamorosos para o mundo inteiro. “beleza perfeita” e pela vaidade excessiva, sob
Da mesma forma, podemos pensar em relação à influência dos mais variados meios de comunicação, a
te- levisão, que veicula imagens de corpos perfeitos Sociedade Bra- sileira de Cirurgia Plástica apresenta
atra- vés dos mais variados formatos de uma estimativa de que cerca de 130 mil crianças e
programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. adolescentes sub- meteram-se no ano de 2009 a
Isso nos leva a pen- sar que a imagem da “eterna” operações plásticas.
juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, Evidentemente que a existência de cuidados com
atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, o corpo não é exclusividade das sociedades
compondo de maneiras diferentes diversos estilos contempo- râneas e que devemos ter uma especial
de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens atenção para uma boa saúde. No entanto, os
como o cinema, televisão, publicidade, revis- tas cuidados com o corpo não devem ser de forma tão
etc., têm contribuído para isso. intensa e ditatorial como se tem apresentado nas
Os programas de televisão, revistas e jornais últimas décadas. Devemos sempre respeitar os
têm dedicado espaços em suas programações limites do nosso corpo e a nós a mesmos.
cada vez maiores para apresentar novidades em Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm. Acesso em 18 de mar.
2024.

setores de cosméticos, de alimentação e vestuário.


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TEXTO III
Proposta de Produção
BULIMIA NERVOSA O gênero Conto de ficção científica mantém
cer- tas características do conto. É uma narrativa
curta que apresenta enredo, narrador, tempo, espaço
e persona- gens. O conto constrói uma história que
tem como foco um conflito único e apresenta o
desenvolvimento e a resolução desse conflito. É
importante considerar que a ficção científica lida
principalmente com o impacto da ciência, tanto a
“imaginada” quanto a “verdadeira”
Bulimia é um distúrbio que se caracteriza por a respeito dos indivíduos ou da sociedade. Por isso,
epi- sódios recorrentes e incontroláveis de consumo a “ciência” é incluída como componente
de grandes quantidades de alimentos, geralmente fundamental. O conto de ficção científica, como
com alto teor calórico, seguidos de reações gênero literário, apre- senta histórias fantásticas,
inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como porém a “fantasia” propõe-
indução de vô- mitos, uso de laxativos e diuréticos, -se a ser possível, quer em uma época e local
jejum prolongado e prática exaustiva de atividade próximos ou distantes, “aqui ou agora”. Nesse gênero,
física. há uma in- tenção de convencer o público leitor de
Nos portadores de bulimia, não é a magreza que que as ideias apresentadas podem não ser possíveis
chama a atenção. Em geral, são mulheres jovens de no contexto da atualidade, entretanto, poderiam ser
corpo escultural, que cuidam dele de forma no futuro, nesse caso, valendo-se de uma
obsessiva. Seguem dietas rigorosas. De repente, “explicação científica” ou pelo menos “racional”.
perdem o con- trole e ingerem uma quantidade Estudante, escreva um conto de ficção científica
absurda de alimentos, na maior parte das vezes, às a partir do tema: A busca incansável pela
escondidas. Depois, são tomadas por sentimentos juventude e corpo perfeito. A sugestão é que você
de remorso ou culpa. deixe fluir a sua imaginação, se transforme em um
Os recursos de que se valem para não engordar “narrador-perso- nagem”, reflita e imagine que num
provocam complicações no organismo. Por desejo de prologar sua vida e conseguir manter-se
exemplo: destruição do esmalte dos dentes, eternamente jovem no futuro, você passe por um
inflamação na gar- ganta, sangramentos, problemas procedimento no qual o seu corpo será congelado até
gastrintestinais, arrit- mias cardíacas, desidratação 2050. Depois de alguns anos congelado, você será
etc. descongelado e adaptado à socie- dade. Construa um
Disponível em:https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/bulimia-nervosa/. Acesso em 18 de mar. 2024. conflito que envolva valores, ideias, padrões sobre o
seu corpo e sobre o de outras perso- nagens com
TEXTO IV as quais você vai se relacionar no futuro. Elabore
O avanço da Inteligência Artificial (IA) pode justificativas para a ação de controlar o tempo na
tornar a vida nas próximas décadas uma experiência vontade de atingir a imortalidade. Considerando as
incrivel- mente assustadora. O alerta vem de ações e os diálogos entre as personagens, discuta
especialistas liga- dos à tecnologia que previram como os diferentes modos de buscar a incansável
o mundo ficará em 2050. Nas projeções dos juventude e o desejo de ter um corpo perfeito e
pesquisadores, há o temor de que as ferramentas de imortal. Mostre nas ações narradas o “antes o
IA possam escravizar os seres humanos e até mesmo depois” do congelamen- to. O enredo/história deve
de que as mudanças climáticas intensas tornem basear-se em justificativas, explicações “científicas
grandes áreas do mundo inabitáveis. ou racionais” que garantam a possibilidade de criar
a ficção sem perder de vista a “verdade”.
Além disso, outras coisas curiosas foram citadas,
como a possibilidade de contato com alienígenas e
a existência de meios que tornam possível a vida
após a morte. Ao todo, os analistas ouvidos pelo
jornal Daily Mail apontaram oito acontecimentos
que poderão marcar a experiência humana na Terra
daqui a menos de 30 anos.
Disponível em:https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2023/04/chips-no-corpo-e-upload-do-cerebro-conheca-8-pre-
visoes-para-o-mundo-em-2050.ghtml. Acesso em 18 de mar. 2024 (adaptado).

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SEDUC

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SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

Folha de Produção de Texto


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Revisa Goiás

MATEMÁTICA
COMPREENDENDO O MATERIAL PEDAGÓGICO

Caro(a) professor(a), o REVISA GOIÁS está com um novo formato objetivando a recomposição e
desenvolvi- mento das aprendizagens essenciais previstas nas habilidades do Documento Curricular para Goiás
–Etapa Ensino Médio (DC-GOEM). No que diz respeito ao componente Matemática no Ensino Médio, o
material apresenta ativi- dades organizadas obedecendo a progressão do conhecimento no sentido vertical
(de uma série para outra) nas habilidades de recomposição e, horizontal (dentro da mesma série que o
estudante está cursando) nas habilidades previstas no DC-GOEM , ao mesmo tempo que conversam com os
descritores das avaliações externas como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) garantindo o
desenvolvimento integral dos processos cognitivos para o avanço nas próximas etapas.
O REVISA GOIÁS 2024 foi estruturado em três grupos de habilidades (atividades), dispostos em três
cores, para indicar o nível de gradação entre as habilidades desenvolvidas em cada grupo. Nesse sentido, são
conside- rados os conhecimentos prévios do(a) estudante (habilidades basilares de anos anteriores), bem como as
diversas estratégias e ferramentas necessárias para o desenvolvimento pleno de cada habilidade, de maneira a
oportunizar a continuidade e o avanço do processo de aprendizagem de cada um. Desse modo:
• Para o primeiro grupo de habilidades (atividades), utilizou-se o amarelo, para indicar as atividades
que propiciam o desenvolvimento das habilidades de nível “Abaixo do básico / Básico”.
• Para o segundo grupo, utilizou-se a cor azul para indicar as atividades que possibilitam que o(a)
estudante desenvolva e aprimore habilidades de nível “Básico / Proficiente”.
• E para o terceiro grupo de habilidades (atividades), foi utilizada a cor rosa para indicar as atividades
que proporcionem o desenvolvimento e potencialização de habilidades de nível “Proficiente /
Avançado”.
Entendemos que, quando o(a) estudante desenvolve habilidades de nível avançado, ele(a) já está apto
para desenvolver as habilidades presentes no corte temporal do ano que se encontra e que foram priorizadas
na ela- boração deste material.
As primeiras atividades configuram-se como um Diagnóstico para que você, professor(a), possa verificar
em qual grupo de habilidades o(a) seu(a) estudante se encontra. Dentro de cada um dos três grupos de
habilidades, são apesentados tópicos como:
◊ O que precisamos saber? Que busca recapitular conhecimentos basilares referente as habilidades
selecio- nadas para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Avançar? Que busca ampliar os conhecimentos basilares referentes as habilidades
selecionadas para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Sistematizar? Que busca estruturar, sistematicamente, as habilidades que foram ampliadas
em cada grupo de atividades, de maneira a contemplar o nível de gradação dentro de cada grupo.
Vale ressaltar que, o REVISA GOIÁS 2024, priorizou um objeto de conhecimento e, a partir dele, foi-se
elabo- rando um conjunto de atividades, divididas semanalmente, que contribuirão, para os desenvolvimentos
das habili- dades de recomposição necessárias para que os(as) estudantes alcancem o grupo de habilidades
avançadas. Caso considere necessário, fique à vontade para inserir atividades que contribuam com a
recomposição da aprendiza- gem do(a) estudante e que possibilitarão, também, seu avanço nesse processo.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes
da necessidade de um ensino Matemático que desenvolva as habilidades curriculares para continuar
avançando em proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
Desejamos a todos um excelente trabalho!
Equipe de Matemática do Núcleo de Recursos Didáticos
Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)

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Objetos de conhecimento
• Noções de combinatória: agrupamentos ordenáveis (arranjos) e não ordenáveis (combinações);
• Princípio multiplicativo e princípio aditivo;
• Modelos para contagem de dados: diagrama de árvore, listas, esquemas, desenhos etc.;
• Noções de probabilidade básica: espaço amostral, evento aleatório;
• Contagem de possibilidades;
• Cálculo de probabilidades simples;
• Estatística descritiva (medidas de posição e medidas de dispersão);
• Estatística indutiva, cálculo de probabilidades;
• Eventos dependentes e independentes;
• Cálculo de probabilidade de eventos relativos a experimentos aleatórios sucessivos;
• Espaços amostrais discretos ou contínuos;
• Eventos equiprováveis ou não equiprováveis.
Habilidades DC – GOEM
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos essenciais da análise combinatória identificando
caracte- rísticas específicas dos princípios aditivo e multiplicativo para resolver problemas do cotidiano que
envolvam contagem.
• (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de contagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou
aditivo para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de contagem que envolvem os princípios multiplicativo e/ou
adi- tivo, recorrendo a estratégias diversas como o diagrama de árvore, entre outros, para analisar
resultados, ade- quar soluções, construir argumentação e tomar decisões.
• (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essenciais de probabilidade, reconhecendo seus elementos em
situações cotidianas (da área de Ciências da Natureza e Humanas, tecnológicas, técnico-científica etc.) para des-
crever o espaço amostral de eventos aleatórios.
• (GOEMMAT311B) Compreender conceitos probabilísticos como espaço amostral de eventos
aleatórios, analisando elementos e características específicas para calcular medidas de tendência central ou
de dispersão de um conjunto de dados.
• (GO-EMMAT311C) Calcular medidas de tendência central ou de dispersão, utilizando procedimentos
ma- temáticos para resolver e elaborar problemas cotidianos que envolvem o cálculo da probabilidade.
• (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envolvem conhecimentos de probabilidade e estatística,
utili- zando procedimentos matemáticos para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos de probabilidade, a partir de exemplos (lançamento de
da- dos ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre outros), reconhecendo os elementos e características
(espa- ço amostral, evento etc.) para calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios
sucessivos.
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos,
utilizando procedimentos matemáticos para resolver e elaborar problemas relacionados à situações
cotidianas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, técnico-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos relacionados à probabilidade, analisando as
informa-
ções apresentadas em textos técnicos e/ou científicos para selecionar argumentos propostos como solução.
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais (discretos ou
não) e eventos (equiprováveis ou não) identificando e classificando seus elementos para analisar situações
probabilís- ticas cotidianas.
• (GO-EMMAT511B) Reconhecer o caráter de variáveis aleatórias, identificando o espaço amostral para
re- solver problemas que envolvam o cálculo de probabilidade em eventos equiprováveis.
• (GOEMMAT511C) Investigar o cálculo de probabilidades, observando padrões, experimentações e
dife- rentes tecnologias, para conjecturar sobre propriedades probabilísticas.

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Habilidades de Recomposição
• (EF05MA23) Determinar a probabilidade de ocorrência de um resultado em eventos aleatórios,
quando todos os resultados possíveis têm a mesma chance de ocorrer (equiprováveis).
• (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a
esti- mativa de probabilidades.
• (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um evento aleatório simples, expressando-a por número
racio- nal (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida
por meio de experimentos sucessivos.
• (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de
proba- bilidades ou estimativas por meio de frequência de ocorrências.
• (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua noções de espaço amostral e de probabilidade de um
even- to, apresentando respostas por meio de representações fracionárias, decimais ou porcentagens.
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral,
utilizando o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do
espaço amos- tral é igual a 1.
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular
a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.
Matriz SAEB
• D32 (3ª Série) – Resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de
permu- tação simples, arranjo simples e/ou combinação simples.
• D33 (3ª Série) – Calcular a probabilidade de um evento.

Semana 1 - Maio 336


Professor(a), o propósito da avaliação diagnóstica 5! 5!
ini- cial, não se limita a uma “sondagem”, mas a um
conjunto de habilidades que oportunizam que você
consiga uma diagnose sobre o(a) estudante, de
maneira a averiguar os avanços e conquista de cada
um no processo de aprendizagem.
Desta maneira, elencamos uma avaliação composta
de 12 atividades que irão te auxiliar nessa diagnose.
As- sim, as atividades foram divididas em relação
aos gru- pos de habilidades:
• Abaixo do básico / Básico → Atividades de 1 a 4.
• Básico / Proficiente → Atividades de 5 a 8.
• Proficiente / Avançado → Atividades de 9 a 12.

Diagnóstico
1.Observe o fatorial a
seguir O valor desse fatorial
é igual a
(A) 120. (D) 1680.
(B)336. (E) 2016.
(C)720.
Gabarito: B
Sugestão de
solução:
8! 8  7  6  5!
 876
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SEDUC

2. Uma pessoa possui 5 camisetas, 3 calças e 2 Essa pessoa poderá se vestir de 30 maneiras distintas.
pares de sapatos.
De quantas maneiras distintas essa pessoa pode 3. Um grupo de pessoas foi entrevistado sobre suas
vestir uma camiseta, uma calça e um par de preferências de emissoras de rádio. Obteve-se o se-
sapatos? guinte resultado: 150 pessoas preferem a rádio A, 135 a
rádio B, 75 ambas as rádios e 40 preferem outras
(A) 75 (D) 30 rádios.
(B)60 (E) 10 O número de pessoas entrevistadas foi:
(C)50
(A) 400. (D) 285.
Gabarito: D
(B)360. (E) 250.
Sugestão de
solução: (C)300.
Camisetas: 5 opções Gabarito: E
Calças: 3 opções Sugestão de
Sapatos: 2 opções solução:
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): Sabemos que:
5  3 2  30 • 75 pessoas preferem ambas as rádios A e B, ou
seja, a interseção de A e B.
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• O número de pessoas que preferem a rádio A é


150 no total. Gabarito: B
• O número de pessoas que preferem a rádio B é Sugestão de
135 solução:
A possibilidade dos 4 casais se sentarem:
no total.
• 40 preferem outras rádios distintas de A e 4  3  2  1  24
B.
Então, Casal 1 Casal 2 Casal 3 Casal 4

n  A  B  n  A  n  B  n  A  B  150 135  A possibilidade de o casal trocar de lugar de posição


75  210 relativo lado a lado:
n  A  B  40  210  40  250
2 . 2 . 2 . 2  16
4.Em um jogo de cartas, Paulo precisa escolher 6 Casal 1 Casal 2 Casal 3 Casal 4

den- tre 9 cartas diferentes. Todas as possibilidades:


De quantas maneiras diferentes essas cartas podem
16  24  384
ser escolhidas?
(A) 15 (D) 324
7. (Enem 2017) O comitê organizador da Copa do
(B)54 (E) 504
Mundo 2014 criou a logomarca da Copa, composta
(C)84 de uma figura plana e o slogan “juntos num só ritmo”
Gabarito: C com as mãos que se unem formando a taça Fifa.
Sugestão de Conside- re que o comitê organizador resolvesse
solução: utilizar todas as cores da bandeira nacional (verde,
Como é necessário agrupar 9 cartas de 6 em 6, em amarelo, azul e branco) para colorir a logomarca, de
uma situação em que a ordem não importa, tem-se forma que regiões vizinhas tenham cores diferentes.
uma combinação simples de 9 elementos tomados 6
a 6. Dessa forma, aplica-se a fórmula:
n! 9! 9! 987 6!
Cn; p     
p!n p! 6!9 6! 6!3! 6!321
 

987 347
321  111  3 4  7  84
Portanto, existem 84 maneiras diferentes de Paulo
es- colher essas cartas.
5.Qual expressão representa a quantidade de
anagra- mas (palavras), com 4 letras diferentes, que
podem ser formados com um alfabeto de 26 letras?
De quantas maneiras diferentes o comitê organizador
(A) 26  4 da Copa poderia pintar a logomarca com as cores
(B)26  25  24  23 citadas?
(C)26  25  24  23
(A) 15 (D) 360
(D) 26  26  26  26
(B)30 (E) 972
(E) 26  26  26  26
(C)108
Gabarito: C
Sugestão de Gabarito: E
solução: Sugestão de
solução:
Observe a possibilidade da quantidade de cores para
26 cada área:
25  24  23
25 possibilidades 24 possibilidades 23 possibilidades

26 possibilidades
de letras diferentes de letras diferentes de letras diferentes de letras diferentes
poltro-
nas sequenciais pertencentes a uma mesma fileira.
6.Quatro casais irão ao teatro e, reservaram 8
83
SEDUC

De quantas maneiras distintas esses casais podem


se sentar de forma que duas pessoas de um mesmo
casal sempre fiquem lado a lado?
(A) 24 (D) 3072
(B)384 (E) 40 320
(C)768

Assim, com um total de 6 áreas, teremos as seguintes


possibilidades:
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• 4 opções de cores para a primeira área;


A informação “sabendo que o número da bola
• 3 opções de cores para as 5 áreas
retirada é par” altera o espaço amostral, isto é, o
restantes.
espaço amos- tral passa a ser apenas o evento A e,
4 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 = 972
para que ocorra o evento B , os elementos de B
devem também perten-
8. Taíssa está participando de um jogo de tabuleiro cer a A
no qual dois dados de seis faces, não viciados, são :
P  B / A  
P A  B 1
lança- dos simultaneamente e, em seguida, a soma P  A
=
5
dos seus resultados indica a quantidade de casas
que o jogador
deve andar. 10.Em uma escola com 300 estudantes, 30 farão
Nessas condições, qual será a soma mais provável pro- va final somente de língua portuguesa; 15
obti- da por um jogador qualquer? apenas de língua inglesa e, 10 de língua portuguesa
e inglesa.
(A) 5 (D) 9
A probabilidade de um estudante que fará prova
(B)6 (E) 10
final de língua portuguesa, também fazer prova final
(C)7 de lín- gua inglesa, é igual a
Gabarito: C
Sugestão de a) 20%. (D) 35%.
solução: b) 25%. (E) 40%.
Observe os possíveis resultados, a seguir c) 30%.
Gabarito: B
Sugestão de
solução:

Então, a soma mais provável será 7.


P  I  P
9.Considere uma urna com 10 bolas numeradas de P  I/ P
1 a 10 de onde será retirada uma única bola. PP

Sabendo que o número da bola retirada é par. 10
Qual a probabilidade de que a bola a ser retirada P I/ P  300
conte- nha um número múltiplo de cinco? 40
300
1 3 10
(A) (D) P  I/ P 
5 5 40
2 4
(B) P  I / P  25%
(E)
5 5 11. Dois dados, honestos, são lançados simultanea-
1 mente.
(C)
2 Qual a probabilidade, aproximada, de a soma dos
pon- tos obtidos ser menor que 7, sabendo que em
Gabarito: um dos dados saiu o número 4?
A Solução:
(A) 11,11% (D) 36,40%
Chamando de evento A a ocorrência de um número par e de
evento B a ocorrência de um múltiplo de cinco, o desafio (B) 30,55% (E) 41,66%
pede que se calcule P  B/ A S. Observe o diagrama a (C) 35,50%
seguir: Gabarito: D
Sugestão de

85
SEDUC

solução: (3;4),
Espaço amostral S = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (3;5), (3;6), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6), (5;1), (5;2),
(1;6), (5;3), (5;4), (5;5), (5;6), (6;1), (6;2), (6;3), (6;4), (6;5), (6;6)}
(2;1), (2;2), (2;3), (2;4), (2;5), (2;6), (3;1), (3;2), (3;3), ⟶ n S  36
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Evento A: a soma dos dois números obtidos é menor


que 7 → A  {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (2;1), (2;2), Desta maneira, estima-se que para este primeiro
(2;3), (2;4), gru- po de atividades os estudantes sejam capazes
(3;1), (3;2), (3;3), (4;1), (4;2), (5;1)} → n A  15 de de- senvolver as seguintes habilidades:
Evento B: sair o número 4 em, pelo menos, um Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
dado • (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos
B = {(1;4), (2;4), (3;4), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), essenciais da análise combinatória identificando ca-
(4;6),
(5;4), (6;4)}
n B  11
Evento A  B : a soma dos dois números obtidos é racterísticas específicas dos princípios aditivo e mul-
me- nor que 7, sendo um deles o número 4 tiplicativo para resolver problemas do cotidiano
A  B  {(1;4), (2;4), (4;1), (4;2)} que envolvam contagem.
n A  B  4 • (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de con-
P  A  B
tagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou
P  A/ B aditi- vo para avaliar propostas de intervenção na
PB
 realidade.
4 • (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de
P A/ B  36
con- tagem que envolvem os princípios
11 multiplicativo e/ ou aditivo, recorrendo a estratégias
36 diversas como o diagrama de árvore, entre outros,
4 para analisar resul- tados, adequar soluções,
P  A/ B 
11 construir argumentação e tomar decisões.
P  A / B  36, 4% Habilidades de recomposição DCGO Ampliado
• (EF05MA23) Determinar a probabilidade de
12.A senha de um aplicativo é uma sequência ocorrência de um resultado em eventos aleatórios,
formada por oito dígitos escolhidos entre os quando todos os resultados possíveis têm a mesma
algarismos de 0 a 9. Um usuário ao tentar entrar chance de ocorrer (equiprováveis).
nesse aplicativo se esque- ceu dos dois últimos dígitos • (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios
que formam sua senha, ele apenas se lembrava que simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a
esses dígitos eram distintos. es- timativa de probabilidades.
Qual a probabilidade desse usuário digitar ao acaso • (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de
os dois últimos dígitos e acertar a sua senha? um evento aleatório simples, expressando-a por
número racional (forma fracionária, decimal e
percentual) e
2 1
(A) (D) comparar esse número com a probabilidade obtida
8 100 por meio de experimentos sucessivos.
1 2
(B) (E)
90 100 GRUPO DE ATIVIDADES
2
(C) Professor(a), o objetivo deste momento é que o(a)
90 es- tudante desenvolva habilidades elementares
Gabarito: B envol- vendo fatorial, ou seja, oportunizar a eles(as)
Sugestão de o primei- ro contato com fatorial sem apresentar a
solução: definição e
A quantidade de possibilidades para os dois últimos ainda não desenvolveram habilidades elementares, ou
dí- gitos é de: seja, aquelas do grupo “Abaixo do básico” presentes nos
Número de possibilidades: 10  9  90 anos anteriores (progressão vertical), esse material
Finalmente, a probabilidade do usuário “chu- objeti- va oportunizar que o(a) estudante
tar” uma única senha de um universo de 90 e desenvolva-as, de modo que avancem para o grupo
conseguir acertar é igual a uma chance em 90, ou “Básico” e sigam am- pliando cada vez seus
seja, 1  conhecimentos.
90

Semana 2 - Maio
Partindo do pressuposto que alguns estudantes
87
SEDUC

suas propriedades. É importante que no momento da a) 4  3 2 1  f) 4  3 2 1 2 1 


leitura do tópico “O que precisamos saber?”, você,
pro- fessor(a), questione-os para que eles(as) b) 5  4  3 2 1  g) 5  4  3 2 1 3 2 1 
percebam o uso do cálculo do fatorial.
c) 6  5  4  3 2 1  7  6  5  4  3 2 1
Quer aprender algo importante, que irá facilitar a h) 2 1 5  4  3 2 1 
sua vida neste conjunto de aulas? Então, efetue as
opera- ções a seguir.
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

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SEDUC

Secretaria de Estado
Revisa Goiás da Educação

d) 4  3 2 1
2 1  i) 9 8  7  6  5  4  3 2 1 para depois realizar as operações de adição, subtra-
 ção e multiplicação.
4  3 2 1 5  4  3 2 1 Exemplos:
e) 4  3 2 1 • Adição: 3! 4!  3 2 1 4  3 2 1  6  24  30
5 
3 2 1
Sugestão de solução: j) 5  4  3 2 1 9 8  7  6  5  4  3 2

• Subtração: 4! 3!  4  3 2 1 3 2 1  24  6  18
1

a) 4  3 2 1  24 3 2 1 4  3 2 1 5  4  3 2 1 • Multiplicação: 4! 3!  4  3 2 1    3 2 1  24  6 
144
b) 5  4  3 2 1  120
Simplificação de fatorial
c) 6  5  4  3 2 1  720 Quando temos uma divisão entre fatoriais, é
re- comendável utilizar a simplificação desses
d)  3 2 1 24 fatoriais. Como visto anteriormente, a divisão não
4 2 1 2 
12 é diferente da adição, da subtração e a da
multiplicação. Desta forma, não podemos
e) 5  4  3 2 1 120 simplesmente dividir os núme- ros e preservar o
3 2 1  620 fatorial.
Assim, para calcular a divisão de fatoriais, realiza-
mos a simplificação do fatorial.
f) 4  3 2 1 2 1  24  2  26 Exemplo 1
g) 5  4  3 2 1 3 2 1  120  6  114 6!
4!
7  6  5  4  3 2 1 7  6 42 Resolução:
h)
2 1 5 4  3 2 1 21 2  21
O primeiro passo é identificar o maior dos fato-
9 8  7  6  5  4  3  2 1 9 8  7  6 9 8  7
   riais, que no exemplo é o numerador 6!. Agora, po-
4  
9 2 7 126 demos observar que o denominador vale 4!, então
i)  3 2 1 5  4  3 2 1 4  3 2 1 4
vamos reescrever o 6! como a multiplicação dos seus
j)  4  3 2 1 9  8  7  6  5  4  3 2  1 antecessores até 4!.
5   

3 2 1 4  3 2 1 5  4  3 20 126 146 6  5  4!
2 1
4!
Como estamos multiplicando e dividindo por 4!,
O QuE PrECiSAMOS podemos simplificar a operação, restando:
SABEr? 6  5 4!
4! 65
Fatorial
O fatorial de um número (natural) é a Por fim, basta realizar a multiplicação:
multiplica- ção desse número por todos os seus 6  5  30
antecessores naturais maiores que zero. Para
Exemplo 2
representar o fatorial de um número, escrevemos o 3!
número seguido de um ponto de exclamação, ou
7!
seja, n ! (lê-se “n fatorial”).
Resolução:
Por exemplo, o fatorial do número 4 é repre-
sentado por (4 ! fatorial), que é a multiplicação de Seguindo os mesmos passos, escreveremos a
4 pelos seus antecessores naturais não nulos, ou multiplicação de 7 ! pelos seus antecessores até
seja, 4  3 2 1  24. che- gar no 3!:
3!
Uma importante aplicabilidade do estudo do
nú- mero fatorial é o seu uso na análise 7  6  5  4  3!
combinatória, onde é recorrente a multiplicação de Simplificando:
um número na- tural pelos seus antecessores. Por
definição, tem-se
que: 0! = 1 e 1 ! = 1. Exemplo: 5 ∙ = 120
!=5∙4∙3∙2 1 Operações com
89
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fatorial 3! 1 1
7  6  5  840
Para realizar adição, subtração e 
multiplicação entre o fatorial de dois ou mais 7  6  5  4 3! 4
números, temos que obedecer a ordem de Lembre-se que:
prioridade das operações en- volvendo o fatorial,
ou seja, resolvemos o fatorial n!  n  n 1    n  2 3 2 1
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0!  1 , 1!  1

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2. Em um restaurante, é oferecido o famoso prato


ATIVIDADES feito. Todos os pratos possuem arroz, e o cliente
pode esco- lher uma combinação entre 3
possibilidades de carne
Professor(a), na atividade 1, o objetivo é (bife, frango ou lombo), 2 tipos de feijão (caldo ou
oportunizar ao estudante o desenvolvimento da tro- peiro) e 2 tipos de salada (vinagrete ou folhas). De
habilidade de cal- cular o fatorial de um número. No quan- tas maneiras distintas um cliente pode fazer o
caso das frações que contêm fatorial no numerador pedido?
e no denominador, re- solva primeiramente sem Sugestões de solução:
simplificar, para depois justi- ficar as simplificações. Árvore de possibilidades: Princípio fundamental
da contagem:
Como por exemplo:
5! 54321 120
   20 (sem simplificação)
3! 321 6
5! 543!
  5  4  20 (com simplificação)
3! 3!
Arroz: 1 tipo
1.Calcule o valor de cada expressão a seguir: Carne: 3 tipos
Feijão: 2 tipos
a)4!  f) 4! 2!  Salada: 2 tipos
1 3 2  2  12 maneiras
de fazer o pedido.
b) 5!  g) 5! 3! 

c) 6!  7!
2!5! h) 

d) 9!
4!  i) 4!5! 
2!

e) 5! 5! 9!
VAMOS AvAnçAr?
3!  j) 3!  4!5! 

Sugestão de solução:
PFC – Princípio Fundamental da Contagem
a) 4!  4  3 2 1  24 (Princípio Multiplicativo)
b) 5!  5  4  3 2 1  A análise combinatória é a parte da matemática
120
c) 6!  6  5  4  3 2 1  720 que analisa a quantidade de agrupamentos
possíveis para determinadas situações, e o
d) 4  3 2 1 24
4! 2! 2 1 2  princípio funda- mental da contagem (princípio
12 multiplicativo) é um dos processos que se utiliza
e) 5  4  3 2 1 120 para calcular o total de combinações possíveis
5! 3! 3 2 1 6  nesses agrupamentos.
20
O princípio determina que se uma decisão d1 pode
f) 4! + 2! = 4 � 3 � 2 � 1 + 2 � 1 = 24 + 2 = 26 ser tomada de n1 maneiras, e outra decisão d2 pode ser
toma- da de n2 maneiras, sendo essas decisões
g) 5! − 3! = 5 � 4 � 3 � 2 � 1 − 3 � 2 � 1 = 120 − 6 = 114
independentes.
h) 7! 7  6  5  4  3 2 1 7  6 42 Desta forma, o número de maneiras que essas
 1 5 4  3 2 1 2 1 2
2!5!2  duas decisões podem ser tomadas é calculado pelo
21
produto 𝑛1 · 𝑛2 .
ATENÇÃO: Em outras situações, a quantidade de
i)
9!  9 8  7  46  3
4!5!
5  4  3 2 1 9 8  7  6 9 8  7
2 1 5  4  3 2 1 4 3 2 1  9  24
decisões pode ser maior do que duas.
7  126

j)5! 9! 5  4  3 2 1 9 8 7  6  5 4  3 2 1 O princípio multiplicativo é uma ferramenta


    20 126  146que resolve grande parte dos problemas de
3! 4!5! 3 2 1 4  3 2 1 5  4  3 2 1
contagem, po- rém a sua aplicação direta na
resolução de problemas nem sempre pode ser tão
91 simples. No entanto, alguns problemas possuem
características em comum e são recorrentes. Dessa
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Exemplo 1: De quantas maneiras pode-se


Dá análise do diagrama de árvore chegamos ao
organi-
se- guinte mecanismo prático:
zar três pessoas em uma fila?
1ª decisão: escolher quem vai ficar em 1º lugar na 4  3  2  1  4!  24
fila
 3 possibilidades, pois são 3 pessoas; 4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
2ª decisão: escolher quem vai ficar em 2º lugar na fila Exemplo 4: Uma urna contém 3 bolas
 2 possibilidades, pois 1 pessoa já ocupou o 1º numeradas de 1 a 3 e em outra urna 5 bolas
lugar; numeradas de 1 a 5. Quantas possibilidades
3ª decisão: escolher quem vai ficar em 3º lugar na fila existem para retirar aleatoria- mente uma bola de
 1 possibilidade, pois 2 pessoas já ocuparam os cada uma e somar seus valores?
dois primeiros lugares. Fixar a bola 1 da pri- Fixar a bola 2 da pri- Fixar a bola 3 da
1ª decisão 2ª decisão 3ª decisão meira urna e variar as meira urna e variar primeira urna e
5
3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidades bolas da segunda urna as 5 bolas da segun- variar as 5 bolas
Pessoa Pessoa Pessoa da urna da segunda urna
Pessoa Pessoa Pessoa 11  2 2 1  3 3 1  4
Pessoa Pessoa Pessoa 1 2  3 224 325
Pela árvore de possibilidades: 1 3  4 235 336
1 4  5 246 347
1 5  6 257 358
5 possibilidades 5 possibilidades 5 possibilidades

Total de possibilidades: 5  5  5  15

Mecanismo prático
3  5  15
Primeira urna Segunda urna
3 possibilidades 5 possibilidades

Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):


3 2 1  6 maneiras diferentes.
Exemplo 2: De quantas maneiras pode-se
organi-
zar cinco pessoas em uma fila? ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
5  4  3 2 1  120 maneiras diferentes. Professor(a), no ensino fundamental, mais
Exemplo 3: Quais sãoas possibilidades da precisamen- te no 8º ano, está previsto o estudo do
classificação final de um campeonato de futebol princípio mul- tiplicativo em alguns problemas
contendo 4 equipes? básicos de contagem, segundo o que nos orienta o
Observe a árvore de possibilidades a seguir: DC-GO nas habilidades:
• (EF08MA03-A) Representar e enumerar
possibilida- des usando diferentes estratégias tais
como diagramas de árvore e tabelas com siglas,
desenhos, palavras ou códigos;
• (EF08MA03-B) Ler e interpretar problemas
envol- vendo o princípio multiplicativo;
• (EF08MA03-C) Resolver e elaborar problemas
de contagem cuja resolução envolva a aplicação do
princí- pio multiplicativo, em contextos significativos.
Agora na 3ª série, mais precisamente no 2º bimestre,
é retomado o conteúdo de análise combinatória,
segun- do o DC-GOEM, por meio das habilidades:
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos
es- senciais da análise combinatória identificando
93
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caracte- rísticas específicas dos princípios aditivo e cotidiano que envolvam contagem;
multiplicati- vo para resolver problemas do

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• (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de


conta- gem, aplicando os princípios multiplicativo
e/ou aditivo para avaliar propostas de intervenção
na realidade;
• (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de Disponível em: br.depositphotos.com. Acesso em: 19 abr. 2023.

contagem que envolvem os princípios multiplicativo


e/ou aditivo, recorrendo a estratégias diversas como
o diagrama de árvore, entre outros, para analisar
resultados, adequar soluções, construir
argumentação e tomar decisões.
Nesse sentido, nas atividades de 3 a 15 o objetivo é
que os(as) estudantes desenvolvam habilidades do
8º ano sobre o princípio fundamental da contagem
(Princípio Multiplicativo) e o início do Princípio
Aditivo, como proposta de uma recomposição
dessas habilidades.
Em algumas atividades serão oportunizados casos
mais simples de agrupamentos ordenáveis (arranjos)
e não ordenáveis (combinações), assim como as
permutações que são casos particulares de arranjos.
Em nenhum mo- mento é necessário especificar:
arranjo, permutação e combinação, pois serão
desenvolvidos posteriormente, e detalhadamente,
cada um desses casos.
3.Marta tem 5 blusas e 4 saias. De quantos modos
di- ferentes, Marta pode vestir uma blusa e uma
saia?
Sugestão de solução:
Blusas: 5 opções
Saias: 4 opções
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
5  4  20
Marta pode se vestir de 20 modos diferentes.

4. Uma pessoa possui 5 camisetas, 4 calças e 3


pares de sapatos. Quantas maneiras, distintas, essa
pessoa pode vestir uma camiseta, uma calça e um
par de sa- patos?
Sugestão de solução:
Camisetas: 5 opções
Calças: 4 opções
Sapatos: 3 opções
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
5  4  3  60
Essa pessoa pode se vestir de 60 maneiras
diferentes.

5.Uma prova foi elaborada com 10 questões do tipo


V ou F. Justifique de quantas maneiras distintas ela
pode ser respondida.

95
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Sugestão de solução: Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):


Cada questão há uma decisão com duas 3 3 3 2  3  162
possibilidades de respostas. Sendo assim, pelo PFC Manuel pode escolher o sanduíche de 162 maneiras
(princípio funda- mental da contagem), tem-se diferentes.
que:
7. Em uma sala há cinco pessoas para sentar-se
2  2  2  2  2  2  2  2  2  2  210  1024
em cin- co lugares. De quantas maneiras diferentes
Desta forma, o número de maneiras distintas de essas cinco pessoas podem se sentar?
res- ponder essa prova é igual a 1024.
Sugestão de solução:
6.Para montar um sanduíche em uma lanchonete, 1º lugar: 5 possibilidades (5 pessoas);
Ma- nuel tem a opção de escolher o pão, a salada, a 2º lugar: 4 possibilidades (4 pessoas, pois uma já
carne, o molho e o queijo. se sentou);
3º lugar: 3 possibilidades (3 pessoas, pois duas já
• Pão: italiano, três queijos, sete grãos;
se sentaram);
• Salada: alface, tomate, pepino; 4º lugar: 2 possibilidades (2 pessoas, pois três já se
• Carnes: hambúrguer, frango, lombo; sen- taram);
5º lugar: 1 possibilidade (1 pessoa, a que não se sentou).
• Molho: maionese, ketchup; Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
• Queijo: muçarela, cheddar, ricota. 5  4  3 2 1  120
Essas cinco pessoas podem se sentar de 120 maneiras
Quantos sanduíches diferentes essa lanchonete diferentes.
pode oferecer a Manuel, sendo que ele pode
escolher ape- nas um item de cada opção? 8. Sete amigos foram ao teatro e, numa fileira tinha
Sugestão de solução: sete cadeiras para que eles pudessem se sentar. De
Pão: 3 opções (italiano, três queijos, sete quantos modos diferentes esses sete amigos podem
grãos); Salada: 3 opções (alface, tomate, se sentar?
pepino); Carnes: 3 opções (hambúrguer, Sugestão de solução
frango, lombo); Molho: 2 opções (maionese, 1ª cadeira: 7 possibilidades (7 amigos);
ketchup); 2ª cadeira: 6 possibilidades (6 amigos, pois um já se
Queijo: 3 opções (muçarela, cheddar, ricota). sentou);
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3ª cadeira: 5 possibilidades (5 amigos, pois dois já repetição, usan- do os algarismos 1 e 2 sem encontrar
se sentaram); todas as possibi- lidades? Se sim mostre seu
4ª cadeira: 4 possibilidades (4 amigos, pois três já raciocínio.
se sentaram);
5ª cadeira: 3 possibilidades (3 amigos, pois quatro já
se sentaram);
6ª cadeira: 2 possibilidades (2 amigos, pois cinco já
se sentaram);
7ª cadeira: 1 possibilidade (1 amigo, o que não se
sentou). Pelo PFC (princípio fundamental da
contagem): 7  6  5  4  3 2 1  5040
Esses sete amigos podem se sentar de 5040 modos
di- ferentes.

9.Quantos anagramas podemos formar com as


letras da palavra LUA?
Sugestão de solução:
Anagrama é a permutação, ou troca de posição,
entre os elementos de uma lista ou conjunto.
Nota-se que a palavra LUA não possui repetição de
le- tras. Assim, aplica-se o PFC (princípio
fundamental da contagem):
3 2 1  6
Pode-se formar 6 anagramascomasletrasdapalavra
LUA.

10. Quantos anagramas podemos formar com as


letras da palavra FILHO?
Sugestão de solução:
Nota-se que a palavra FILHO não possui repetição
de letras. Assim, aplica-se o PFC (princípio
fundamental da contagem):
5  4  3 2 1  120
Pode-se formar 120 anagramas com as letras da
pala- vra FILHO.

11. Responda as questões a seguir:


a) Quais e quantos números de dois algarismos
pode- mos formar com os algarismos 1 e 2?
b) Quais e quantos números de dois algarismos
distin- tos podemos formar com os algarismos 1 e
2?
c) Quais e quantos números de dois algarismos
pode- mos formar com os algarismos 1, 2 e 3?
d) Quais e quantos números de dois algarismos
distin- tos podemos formar com os algarismos 1, 2
e 3?
e) Quais e quantos números de três algarismos
pode- mos formar com os algarismos 6, 8 e 9?
f) Quais e quantos números de três algarismos
distin- tos podemos formar com os algarismos 6, 8
e 9?
g) Você saberia como calcular a quantidade dos
núme- ros de dois algarismos distintos e com
97
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h) Você saberia como calcular a quantidade dos ou seja, pode-se formar 6 números.
nú- meros de dois algarismos distintos e com e) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9 pode-se formar
repetição, usando os algarismos 1, 2 e 3 sem os números:
encontrar todas as possibilidades? Se sim mostre 666, 668, 669, 686, 696, 689, 698, 688, 699,
seu raciocínio. 888, 886, 889, 868, 898, 869, 896, 866, 839,
999, 998, 996, 989, 969, 986, 968, 988, 966.
i) Você saberia como calcular a quantidade dos
ou seja, pode-se formar 27 números.
núme- ros de três algarismos distintos e com
f) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9, sem repetir
repetição, usan- do os números 1, 2 e 3 sem
algum algarismo, pode-se formar os números:
encontrar todas as possibi- lidades? Se sim mostre
689, 698,
seu raciocínio.
869, 896,
Sugestão de solução: 986, 968.
a) Utilizando os algarismos 1 e 2 pode-se formar ou seja, pode-se formar 6 números.
os números: 11, 12, 21 e 22, ou seja, podemos g)Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a)
formar 4 números. estudante perceba que o uso do PFC – Princípio
b) Utilizando os algarismos 1 e 2, sem repetir Fundamental da Contagem (Princípio Multiplicativo)
nenhum algarismo, pode-se formar os números: facilita e resolve situações como esta.
12 e 21, ou seja, podemos formar 2 números. Com repetição: 2  2  4
c) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3 pode-se formar Sem repetição: 2 1  2
os números: h)Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a)
111, 112, 113, 121, 131, 123, 132, 122, 133, estudante perceba que o uso do PFC – Princípio
222, 221, 223, 212, 232, 213, 231, 211, 233, Fundamental da Contagem (Princípio Multiplicativo)
333, 332, 331, 323, 313, 321, 312, 322, 311. facilita e resolve situações como esta.
ou seja, podemos formar 27 números. Com repetição: 3 3  9
d) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3, sem repetir Sem repetição: 2 1  2
ne- nhum algarismo, pode-se formar os números: i) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
123, 132, perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental
213, 231, da Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e
321, 312. resolve situações como esta.

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Com repetição: 3 3 3  27
Sem repetição: 3 2 1  6 Professor(a), a atividade 15 é uma questão do
ENEM de 2020 que avalia se o(a) estudante
desenvolveu a habilidade de calcular o número de
possibilidades de
12.Quantos números naturais pares de 3 um evento utilizando o PFC. É importante que o
algarismos distintos existem? estu- dante tenha desenvolvido a habilidade de
Sugestão de solução: identificar a expressão que modela um problema,
O algarismo da unidade poderá ser escolhido de 5 pois, ao analisar as alternativas, é importante se
mo- dos (0, 2, 4, 6 e 8). Assim: atentar ao conectivo “ou”, pois ele irá indicar o uso
• Se o zero foi usado como último algarismo, o do princípio aditivo.
primei- ro pode ser escolhido de 9 modos (não se 15. (ENEM DIGITAL - 2020) Um modelo de
pode usar o algarismo já empregado na última telefone celular oferece a opção de desbloquear a
casa); tela usando um padrão de toques como senha.
• Se o zero não foi usado como último algarismo, o
primei- ro só pode ser escolhido de 8 modos (não se
pode usar o zero, nem o algarismo já empregado na
última casa).
Para resolver esse impasse, existem algumas
alterna- tivas. Uma das alternativas é determinar a
quantida- de de números com três algarismos
distintos e depois subtrair a quantidade de números
ímpares com três algarismos distintos:
Números com três algarismos distintos: 9  9 8 
648 Números ímpares com três algarismos
distintos: 8 8  5  320
Números pares com três algarismos distintos:
648  320  328

13.A lanchonete de uma escola oferece três tipos


de sucos e quatro tipos de refrigerantes. De quantas Os toques podem ser feitos livremente nas 4
ma- neiras diferentes um estudante pode adquirir regiões numeradas da tela, sendo que o usuário
um dos tipos de bebida oferecidas por essa pode escolher entre 3, 4 ou 5 toques ao todo.
lanchonete? Qual expressão representa o número total de
Sugestão de solução: códigos existentes?
Para a escolha do suco tem-se três possibilidades e
para a escolha do refrigerante existem quatro
possibi- lidades. Utilizando o princípio aditivo, tem-
se 3  4  7
possibilidades de escolha.
(D) 4!
5
(A) 45  44  43
14. Quantos números de 3 dígitos são maiores que (B) 45  44  43 (E) 45
390 e têm todos os dígitos diferentes?
Sugestão de solução: (C) 45  44  43
Se o número não começar pelo algarismo 3, há 6 Gabarito: B
mo- dos de selecionar o primeiro algarismo, 9 de
Sugestão de
selecionar o segundo, 8, o terceiro. Daí, pelo PFC:
6  9 8  432 números que não começam por 3. solução: Pelo PFC:
Se o número começar por 3, há 1 modo de escolher 3
Senha com três toques: 4  4  4  4
o primeiro dígito, 1 modo de escolher o segundo Senha com quatro toques: 4  4  4  4 
(deve ser igual a 9) e 7 modos de escolher o terceiro.
44 Senha com cinco toques: 4  4  4  4 
Pelo PFC 11 7  7 números que começam por 3.
Então, pelo princípio aditivo, temos 432  7  439 4  45
Portanto, são 439 números de 3 dígitos que são Observe no enunciado o uso do termo “ou” que indica
maio- res que 390 e que têm todos os dígitos o uso do princípio aditivo. Sendo assim, o número
diferentes. total de códigos existentes é igual a 45  44  43 .

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Semana 3 - Maio tam das duas cores. Calcule o número total de entre-
vistados.
Conjunto A : pessoas que preferem azul  n  A   40

VAMOS AvAnçAr? Conjunto B : pessoas que preferem amarelo  n B  80

Princípio Aditivo
Se um evento e1 tem n1 possibilidades distintas
de ocorrer e um evento e2 tem n1 possibilidades
distin- tas de ocorrer, e esses eventos são
mutuamente ex-
clusivos (não acontecem ao mesmo tempo), então,
o número total de possibilidades de pelo menos um
dos eventos acontecer é dado por n1  n2 . Conjunto A  B  : pessoas que gostam das duas cores
O princípio aditivo da contagem realiza a união  n A  B  20
dos elementos de dois ou mais conjuntos. Isso
por- que a adição  e a união U relacionam-se,  n A  B  n  A   n B  n A  B  40  80  20 
pois em ambos os operadores há uma reunião de 100
elementos. O princípio aditivo tem a sua origem na
teoria dos conjuntos, que estuda as propriedades OBSERVAÇÃO: Quando se tratar de três
que estabele- cem as relações entre os próprios conjuntos, deve se utilizar:
conjuntos e entre os elementos dos conjuntos. n A  B  C  n  A   n B  n C
Veremos a seguir a definição para o princípio
– n A  B – n A  C – n B  C  n A  B  C
adi- tivo da contagem.
Definição: Considerando A e B como
conjuntos finitos disjuntos, ou seja, com a sua
intersecção vazia, a união do número de ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
elementos é dada por:
n A U B  n  A   n B preferência de cor, entre o azul e o amarelo, 40
Exemplo: Em uma entrevista sobre a entrevistados res- ponderam que preferem a cor azul,
preferên- cia de cor, entre o azul e o amarelo, 20 80 responderam que preferem amarelo e 20
entrevistados responderam que preferem a cor responderam que gos-
azul e 80 respon- deram que preferem amarela.
Calcule o número total de entrevistados.
Conjunto A: pessoas que preferem azul  n  A  20
Conjunto B: pessoas que preferem amarelo  n  B  80
 n  A  B  n  A  n  B  20  80  100

Observe que não teve


entrevistado escolhendo
ambas as cores.

Se os conjuntos não fossem disjuntos,


teríamos uma intersecção, que é dada pelos
elementos que es- tão presentes em mais de um
conjunto ao mesmo tem- po. Quando esse tipo de
situação ocorrer, a definição para o princípio aditivo
da contagem será a seguinte:
Definição: Considere A e B como conjuntos
fi- nitos. O número de elementos dado pela união
entre esses conjuntos é representado da seguinte
forma:

n A  B  n  A   n B  n A  B

Exemplo: Em uma entrevista sobre a


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Professor(a), no ensino fundamental, mais cotidiano que envolvam contagem;


precisamen- te no 8º ano, está previsto o estudo • (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de
do princípio aditivo em alguns problemas básicos
conta- gem, aplicando os princípios multiplicativo
de contagem, segundo o que nos orienta o DC-
e/ou aditivo para avaliar propostas de intervenção
GO nas habilidades: (EF08MA- 03-A) Representar
na realidade;
e enumerar possibilidades usando diferentes
estratégias tais como diagramas de árvore e • (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de
tabelas com siglas, desenhos, palavras ou contagem que envolvem os princípios multiplicativo
códigos; e/ou aditivo, recorrendo a estratégias diversas como
o diagrama de árvore, entre outros, para analisar
Agora na 3ª série, mais precisamente no 2º
resultados, adequar soluções, construir
bimestre, é retomado o conteúdo de análise
argumentação e tomar decisões.
combinatória, segun- do o DC-GOEM, por meio
das habilidades: Nesse sentido, nas atividades de 16 a 18 o objetivo
é que os(as) estudantes desenvolvam as habilidades
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos
en- volvendo o princípio fundamental da contagem
es- senciais da análise combinatória identificando
(Prin- cípio Aditivo). Como proposta, as atividades
caracte- rísticas específicas dos princípios aditivo
foram ela-
e multiplicati- vo para resolver problemas do
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boradas de maneira a recompor as habilidades tenham alguma dificuldade fale que o tema
desse objeto de conhecimento, oportunizando o probabilidade será discutido depois, e que eles(elas)
desenvolvi- mento de habilidades de aplicação da poderão retomar esta atividade posteriormente.
teoria de conjun- tos e do diagrama de Venn.

16.O Centro Cultural da cidade de Pedro disponibili-


zou um festival com 5 filmes e 3 peças de teatro,
po- rém, todos as 18h00. Qual é o número de
possibilidade que Pedro tem para comparecer a
esse festival?
Sugestão de solução:
Como Pedro só pode ir a um evento, pois todos
ocor- rem as 18 horas, então ele ou assiste ao filme
1, ou ao filme 2, ou ao filme 3, ou ao filme 4, ou ao
filme 5, ou à peça 1, ou à peça 2 ou à peça 3.
Portanto, ao todo, são 8 possibilidades diferentes.
17. (ESAL) Foi consultado um certo número de
pessoas sobre as emissoras de TV que habitualmente
assistem. Obteve-se o resultado seguinte: 300
pessoas assistem ao canal A, 270 pessoas assistem
ao canal B, das quais 150 assistem ambos os canais A
e B e 80 assistem a ou- tros canais distintos de A e
B.
O número de pessoas entrevistadas foi:
(A) 800. (D) 500.
(B)720. (E) 600.
(C)570.
Gabarito: D
Sugestão de
solução:
Sabemos que:
• 150 pessoas assistem ao canal A e ao canal B, ou
seja, a interseção de A e B ;
• O número de pessoas que assistem ao canal A é
300 no total;
• O número de pessoas que assistem ao canal B é
270 no total;
• 80 assistem a outros canais distintos de A e B.

Somando os números do diagrama para obter a


quanti- dade de pessoas entrevistadas, tem-se:
150 150 120  80  500
Outra possibilidade
n A  B  n  A   n B  n A  B  300  270 150 
420

n A  B  80  420  80  500

Professor(a), até este momento não foi introduzido


o objeto do conhecimento probabilidade para os(as)
estudantes, então na opção b) caso eles(elas)
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18.(UNICAMP) Três candidatos A, B e C • 190 disseram que não votariam em A;


concorrem à presidência de um clube. Uma • 110 disseram que não votariam em C;
pesquisa apontou que, dos sócios entrevistados, • 10 sócios estão na dúvida e podem votar tanto
150 não pretendem votar. Dentre os entrevistados em A como em C, mas não em B;
que estão dispostos a partici- par da eleição, 40 • 10 entrevistados votariam em qualquer
sócios votariam apenas no candidato A, 70 votariam candidato. Observe que:
apenas em B, e 100 votariam apenas no candidato Todo esse processo resultará no seguinte diagrama de
C. Além disso, 190 disseram que não vota- riam Venn:
em A, 110 disseram que não votariam em C, e 10
sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A
como em C, mas não em B. Finalmente, a pesquisa
revelou que 10 entrevistados votariam em qualquer
candidato. Com base nesses dados, pergunta-se:
a)Quantos sócios entrevistados estão em dúvida
entre votar em B ou em C, mas não votariam em
A? Dentre os sócios consultados que pretendem
participar da eleição, quantos não votariam em B? Professor(a), peça que o(a) estudante refaça utilizando:
n A  B  C  n A  n B  n C  n A  B 
b) Quantos sócios participaram da pesquisa?
Suponha que a pesquisa represente fielmente as n A  C  n B  C  n A  B  C
intenções de voto de todos os sócios do clube. a)Analisando o diagrama, percebe-se que o número
Escolhendo um sócio ao acaso, qual a probabilidade de sócios em dúvida entre os candidatos B e C que
de que ele vá participar da eleição mas ainda não não vo- tariam em A é igual a 20 e o número de
tenha se decidido por um úni- co candidato? pessoas que não votariam em B é a soma dos
números fora do círculo vermelho (exceto as
Sugestão de solução: pessoas que não pretendem votar).
Sabemos que: 40 10 100  150
• 40 sócios votariam apenas no candidato A; b) Para encontrar o número de sócios que participa-
• 70 votariam apenas em B; ram da pesquisa, basta somar todos os números
• 100 votariam apenas no candidato C; que aparecem no diagrama de Venn:
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40  0  70 10 10  20 100 150 


Desta forma, podemos formar 720 anagramas
400
Já a probabilidade do sócio que vai participar da com a palavra REVISA.
elei- ção e ainda não escolheu um candidato é dada
Para melhor entendimento observe as possíveis
pelo nú- mero de pessoas em qualquer interseção
aplicações a seguir.
dividido pelo número total de pessoas:
40  1  0,1 • Contar Anagramas:
P
400 10 Anagramas da palavra (sem letras repetidas):
AMOR
Semana 4 - Maio Fixando: A Fixando: M Fixando: O Fixando: R
AMOR MORA ORMA RAMO
AMRO MOAR ORAM RAOM
VAMOS SiSTEMATizAr? AOMR MARO OARM ROAM
AORM MAOR OAMR ROMA
• Permutação simples ARMO MRAO OMAR RMAO
Permutação simples é qualquer agrupamento que AROM MROA OMRA RMOA
se pode formar com todos os elementos
disponíveis no problema, usando cada um deles Mecanismo prático:
uma única vez, e que se diferenciam um do outro
apenas pela posição
em que esses elementos aparecem no ⏟4 ⏟3 ⏟2 ⏟1
1 possibilidade
agrupamento. O número de permutações � � � −
já utilizou três
4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades
simples é representa- − − − letras, resta 1
Pode iniciar com já utilizou uma já utilizou duas
do por Pn , sendo que Pn  n!, onde n é o número qualquer letra letra, restam 3 letras, restam 2
de
elementos disponíveis. = 4! = 24
Exemplo: • Anagramas da palavra (com letras repetidas):
Quantos números de quatro algarismos distintos AMAM
podemos formar com os algarismos 2, 3, 4 e 5? Para diferenciarmos os dois A e os dois M, utilizare-
P4 = 4! = 4 � 3 � 2 � 1 = 24 números. mos um maiúsculo e outro minúsculo.
• Permutação com repetição Fixando: A Fixando: M Fixando: a Fixando: m
Uma permutação com elementos repetidos AMam MamA amMA mAMa
acon- tece quando em um agrupamento de n AMma MaAm amAM mAaM
elementos, alguns desses são iguais. Na fórmula AaMm MAma aAmM maAM
para determinar AamM MAam aAMm maMA
o número de permutações com repetição, dividimos
AmaM MmAa aMAm mMAa
o fatorial de n pelo produto dos fatoriais dos
AmMa MmaA aMmA mMaA
núme- ros de elementos que se repetem.
O número de permutações com repetição é re- Se observarmos iremos encontrar anagramas
presentado por Px1 , x2, , xi , sendo que
n
𝑥 ,𝑥
𝑃𝑛1 𝑛! iguais, se contados serão contados em
2, … ,𝑖
𝑥 duplicidade, para resolvermos este detalhe
= 𝑥1! � 𝑥2 ! � … � 𝑥𝑖! utilizamos o mecanis- mo a seguir:
onde n é o número total de elementos, e No caso da palavra REVISA, não temos letras que
x1 , x2, , xi são os números dos elementos que se se repetem, então o número de anagramas será obti-
re- petem. do por meio de uma permutação simples:
Exemplo: Quantos são os anagramas que P6  6!  6  5  4  3 2 1  720 .
pode- mos formar com a palavra REVISA?
IMPORTANTE: Em Matemática,
permutações entre as letras de uma palavra, entre
os números de uma sequência, entre os elementos
de um conjunto e assim por diante são chamadas
de anagramas.
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Mecanismo prático:
151200
2 1  2 1  3 2 1
4  3  2 1 24
2 1  2 1  4  6 letras M letras T letras A
letras M letras A

Vamos ver se entendemos! Para facilitar o cálculo do exemplo anterior,


sim- plificamos os valores do numerador com os
Anagramas da palavra MATEMÁTICA:
valores do denominador.
10  9  8  7  6  5 4  3 2 1 Para sistematizar nosso estudo, observe:
 10  9 8  7  6  5 
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Exemplo: Quantos são os anagramas que


pode- mos formar com a palavra ARARA? ATIVIDADES DE SiSTEMATizAçÃO
No caso da palavra ARARA, temos a letra
A que se repete três vezes, e a letra R que se Professor(a), nas atividades 19, 20 e 21 o objetivo
repete duas vezes, então, o número de anagramas é que o(a) estudante explore o princípio fundamental
será obti- do por meio de uma permutação com da contagem (Princípio Multiplicativo). Neste
repetição: momento é
3,2 5! 5  4  3! 5  4 5  4 20 apropriado diferenciar arranjo, permutação e combi-
P       10 nação.
5
3!2! 3!2! 2! 2 1 2
Assim, é possível formar 10 anagramas com a Ressalte que a partir do Princípio Fundamental da
pa- lavra ARARA. Contagem (Princípio multiplicativo) pode-se
• Arranjo simples generali- zar a permutação (com ou sem
Arranjo simples é qualquer agrupamento que repetições), o arranjo e a combinação,
se pode formar com p elementos disponíveis considerando suas especificidades, pois, nas
entre n elementos disponíveis no problema. Esses atividades anteriores, os(as) estudantes já es- tavam
agrupa- mentos se diferenciam uns dos outros pela desenvolvendo habilidades com esses objetos do
ordem em que os seus elementos aparecem (“a conhecimento.
ordem impor- ta”). Chamamos esses 19. (Enem 2012) O diretor de uma escola
agrupamentos de arranjo sim- ples de n elementos convidou os 280 alunos de terceiro ano a
tomados p a p , em que n  p e participarem de uma brincadeira. Suponha que
representamos por A ou Ap .
existem 5 objetos e 6 perso- nagens numa casa de 9
cômodos; um dos personagens
n; p n
n! esconde um dos objetos em um dos cômodos da
A fórmula utilizada é An; p n  p!  casa. O objetivo da brincadeira é adivinhar qual
 objeto foi
Exemplo: Quantos números de quatro escondido por qual personagem e em qual cômodo da
algarismos distintos podemos formar com os casa o objeto foi escondido.
algarismos 1; 2; 3; Todos os alunos decidiram participar. A cada vez um
4; 5 e 6? aluno é sorteado e dá a sua resposta. As respostas
n! 6! 6  5  4  3 2!
6! de-
A6;4    6543 vem ser sempre distintas das anteriores, e um
n  p! 6  4! 2! 360
mesmo aluno não pode ser sorteado mais de uma
 2!
vez. Se a res-

Assim, podemos formar 360 números de posta do aluno estiver correta, ele é declarado vence-
quatro algarismos distintos com esses algarismos. dor e a brincadeira é encerrada.
Observação importante: A permutação é O diretor sabe que algum aluno acertará a resposta
um caso específico do arranjo, em que só importa porque há:
a or- dem dos elementos e n  p .
(A) 10 alunos a mais do que possíveis respostas
• Combinação simples distintas.
Combinação simples é qualquer agrupamento (B) 20 alunos a mais do que possíveis respostas
que se pode formar com p elementos disponíveis distintas.
entre n elementos disponíveis no problema. Esses (C) 119 alunos a mais do que possíveis
agrupamentos não se diferenciam uns dos outros respostas distintas.
pela ordem em que seus elementos aparecem (“a
or- dem não importa”). Chamamos esses (D) 260 alunos a mais do que possíveis
agrupamentos de combinação simples de n respostas distintas.
elementos tomados p a p , em que n  p n e (E) 270 alunos a mais do que possíveis
representamos por Cn; p ou C p . respostas distintas. Gabarito: A
Sugestão de resolução:
Pelo princípio multiplicativo, basta encontrar o produ-
to das decisões a serem tomadas:
5 objetos, 6 personagens e 9 cômodos. Portanto, tem-
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A fórmula utilizada é n! -se que pelo PFC:


n; p

C  p! n  5·6 ·9  270 possíveis respostas.
p!
Exemplo: Em uma turma de 10 estudantes, Como são 280 alunos, então 280 – 270 10
quan- tos quartetos (4 pessoas) podemos formar? Há 10 alunos a mais do que as possíveis respostas
n! 10! 10! 10  9 8  7  6! dis- tintas.
C10;4 
p! n  p !  4! 10 4 !  4! 6!  4! 6! 
20. Um anagrama é uma nova palavra ou lista
10  9 8  7 10  9 8  7 10  9  7 10  3 7
4  3 2 1 31 1  210
obtida por meio dos elementos de outra palavra.
4! Todos os anagramas da palavra “LUA”, por
Desta forma, podemos formar 210 quartetos exemplo, são: LUA, LAU, ALU, AUL, ULA e UAL.
com essa turma. Sendo assim, calcule:
a) Quantos anagramas pode-se obter a partir da pala-
vra “REVISA”?
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b) Quantos anagramas pode-se obter a partir da


pala- gestões de soluções, procuramos utilizar as
vra “MARATONA”? fórmulas estudadas. Caso seja possível, procure
resolver algu- mas questões utilizando apenas o
Sugestão de solução: princípio multipli- cativo, de modo que os(as)
a)Quando os anagramas são de palavras que estudantes reconheçam as regularidades que nos
possuem todas as letras diferentes, esses anagramas levam às fórmulas de arranjo e combinação.
são obtidos a partir da permutação dessas letras.
Como a palavra REVISA possui 6 letras sem 22. Em uma competição de xadrez, participam 10
repetição, calcula-se: joga- dores. A premiação é feita aos três primeiros
coloca- dos. De quantas maneiras a premiação
P6  6  5  4  3 2 1  720 anagramas. pode ocorrer?
b) No caso da palavra MARATONA, temos a letra A
que se repete três vezes, então, o número de
anagra- mas será obtido por meio de uma
permutação com re- petição:
8! 8  7  6  5  4  3!
P3    8  7  6  5  4  6720
anagramas.
8
3! 3!

21. (ENEM 2020 DIGITAL) Eduardo deseja criar


um e-mail utilizando um anagrama exclusivamente
Disponível em: www.canstockphoto.com.br. Acesso em: 20 abr. 2023.
com as sete letras que compõem o seu nome, antes
Sugestão de
do símbolo @.
solução:
O e-mail terá a forma *******@site.com.br e será de Como é necessário agrupar 10 jogadores de 3 em
tal modo que as três letras “edu” apareçam sempre 3, em uma situação em que a ordem importa, tem-se
juntas e exatamente nessa ordem. um arranjo simples de 10 elementos tomados 3 a 3.
Ele sabe que o e-mail eduardo@site.com.br já foi
criado Dessa forma, aplica-se a fórmula:
10! 10  9 8  7!
n! 10!    10  9 8  720
A  
por outro usuário e que qualquer outro n; p
n  p! 10  3! 7! 7!
agrupamento das letras do seu nome forma um e- Portanto, existem 720 maneiras diferentes para
mail que ainda não foi cadastrado. essa premiação.
De quantas maneiras Eduardo pode criar um e-mail
de- sejado? 23. Em um jogo de cartas, Alex precisa escolher 9
den- tre 13 cartas diferentes. De quantas maneiras
(A) 59 (D) 119 diferen- tes essas cartas podem ser escolhidas?
(B)60 (E) 120
(C)118
Gabarito: D
Sugestão de
solução:
Para encontrar as possibilidades totais, sabe-se
que “Edu” deverá sempre ficar junto. Considere-o, Sugestão de solução:
en- tão, como se fosse um único elemento, pois Como é necessário agrupar 13 cartas de 9 em 9, em
ficará fixo nessa ordem. uma situação em que a ordem não importa, tem-se
Sendo assim, como tem-se 7 letras e 3 fixas, serão uma com- binação simples de 13 elementos tomados
5 posições a serem ocupadas. Desta forma, por 9 a 9.
meio do PFC, calcula-se a quantidade total de Dessa forma, aplica-se a fórmula:
possibilidades de se permutar: p! n!
n   13!
13   13!
 4! 1110
13129! 4!  9!
EDU, A, R, D, O. n; p
C   
Dessa forma tem-se p ! 9! 9 ! 9!
que:
5!  5  4  3 2 1  120 Professor(a), as atividades 22 a 26 têm o objetivo de
Como nessa quantidade ainda está presente o oportunizar ao estudante o desenvolvimento da ha-
anagra- bilidade de resolver problemas utilizando o princípio
ma Eduardo, descontando 1 fica 119. fundamental da contagem (Princípio Multiplicativo),
assim como os casos de agrupamento estudados: per-
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mutação, arranjo e combinação. Observe que nas 1312 1110 131110


su- 4  3 2 1  2 1  1311 5  715
Portanto, existem 715 maneiras diferentes de Alex
es- colher essas cartas.

24. Fernanda decidiu listar os 6 documentários que


ela deseja assistir no próximo fim de semana, sendo
que ela assistirá 2 por dia, de sexta a domingo. Eles
podem ser vistos em ordem aleatória, exceto o
documentário sobre História de Goiás, que tem os
episódios 1 e 2 e que ela assistirá a ambos no
mesmo dia, nessa ordem.
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Qual é o número de maneiras distintas que


Fernanda poderá assistir esses documentários de 26. Quantos triângulos diferentes podem ser
forma que ela assista, obrigatoriamente, aos traçados utilizando-se 10 pontos de um plano,
documentários sobre História de Goiás no mesmo supondo que não há três desses pontos alinhados?
dia?

Sugestão de solução:
Como há dois documentários que serão assistidos Sugestão de solução:
em um único dia nessa ordem, primeiramente, Sabe-se que três pontos colineares não determinam
escolhem- um triângulo. Como não existem três pontos sobre
-se os outros 4 documentários a mesma linha, basta escolhermos 3 pontos
P4  4  3 2 1  24 . quaisquer e traçar um triângulo com esses vértices.
Além disso, há 3 opções para que ela assista ao A ordem dos pontos escolhidos para cada triângulo
docu- mentário sobre História de Goiás, pois ela não importa. Por exemplo, os pontos ABC ou ACB ou
escolherá 1 entre os 3 dias para assistir aos BCA determinam o mesmo triângulo. Por isso, o
episódios 1 e 2, nessa ordem. Então, o total de número de triângulos será uma combinação de 10
maneiras possíveis pode ser calculado por: pontos tomados 3 a 3. Assim, o número total de
4! 3  24  3  72 . triângulos que podemos traçar é:
Assim, o número de maneiras distintas que 10! 10! 10  9 8  7! 10  9 8 720
Fernanda C      
120
poderá assistir esses documentários é 10;3
3!10  3! 3!7! 3!7! 3 2 1 6
72.
25. Para aperfeiçoar a segurança durante o atendi- 3! 2! 1! 0!
mento aos seus clientes, um banco utiliza a 120 120 120 120
seguinte estratégia: ao receber a ligação, o atendente
envia, por mensagem de texto, uma chave de
segurança para o número de telefone registrado
nos dados do cliente e este, por sua vez, precisa
confirmar essa chave ao aten- dente que, assim,
prosseguirá com o atendimento. Essa chave é
composta por dois ou mais algarismos distintos entre
1; 3; 5; 7 ou 9. Quantas chaves diferentes podem ser
geradas por esse banco?

Disponível em: www.bing.com. Acesso em: 4 maio 2023.

Sugestão de solução:
Pode-se formar chaves usando 2, 3, 4 ou 5
algarismos, logo, o número (N) de chaves possíveis
é:
NA A A A
5;2 5;3 5;4 5;5

5! 5! 5! 5!
N
5  2! 5  3! 5  4! 5  5!
5! 5! 5! 5!
N   
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Assim podem ser traçados 120 triângulos. desenvol- veram, de forma satisfatória, as
habilidades abordadas nas atividades sugeridas até
27.Quantos divisores tem o número 45 aqui. Caso perceba dificul- dades, retome o conteúdo
000? Sugestão de solução: com outras atividades que achar pertinentes, mas
Fatorando 45 000 em fatores primos, tem-se que: sempre incentivando os(as) es- tudantes a
45 000  23  32  54 reconhecerem os erros cometidos e, assim,
aprenderem com eles.
Dessa forma, os divisores de 45 000 são da forma
28. Sete pessoas em viagem resolveram parar e
2  3  5 , com  0,1, 2,3 ,  0,1, 2 e  per- noitar em um hotel. No hotel, havia somente
0,1, 2,3, 4. Daí, pelo princípio multiplicativo três quar- tos vagos: o quarto 101, com capacidade
temos 4  3 5  60 Portanto, tem-se que 45 000 para três pes- soas, o quarto 102, com capacidade
possui 60 divisores. para duas pessoas, e o quarto 103, que também
alojava duas pessoas.
Professor, as atividades 28 e 29, em forma de item, Quantas são as distribuições que podem ser feitas para
têm o objetivo de verificar se os(as) estudantes acomodar as sete pessoas nesses três quartos?
N  
2 1 1 (A) 12 (D) 840

6
N  20  60 120 120 (B)210 (E) 5 040
N  320 chaves (C)420
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2
SEDUC

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da Educação

Revisa Goiás
Gabarito: B
Sugestão de Semana 1 - Junho
solução:
Como a ordem das pessoas em cada quarto não O grupo de habilidades 2 objetiva que o estudante se
importa, para cada quarto, calculam-se as possíveis desloque do nível “Básico” para o nível “Proficiente”,
combinações.
Para o quarto 101, existem C7,3 maneiras de três assim, além das habilidades anteriores citadas serão
pessoas ocuparem o quarto. Uma vez feito isso, acrescentadas outras habilidades, pois os
falta distribuir as 4 pessoas restantes. Assim, estudantes que se encontram neste nível
existem C4,2 demonstram habilidades basilares para avançarem.
Então, para este segundo grupo de habilidades
maneiras de se ocupar o quarto 102, restando
somen- (atividades), os estudantes prova- velmente ao final
te uma maneira de se ocupar o terceiro quarto, pois serão capazes de:
so- bram duas pessoas para as duas vagas no Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
quarto 103. Logo, a quantidade total de
possibilidades é:
C7,3  C4,2  C2,2 7! 4! 2! • (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essen-
 3!7  3 ! 2!4  2 ! 2!2  ciais de probabilidade, reconhecendo seus
2! elementos
7! 4! 2! em situações cotidianas (da área de Ciências da
 3!4!  2!2!  2!0! Nature- za e Humanas, tecnológicas, técnico-científica
etc.) para descrever o espaço amostral de eventos
7  6  5  4! 4  3 2! aleatórios.
 2! 3!4! 2!2! 2!0! 
• (GOEMMAT311B) Compreender conceitos
765 43
 2! 3! 2! 2! proba- bilísticos como espaço amostral de eventos
765 43 aleatórios, analisando elementos e características
  1  7  5  2  31  específicas para calcular medidas de tendência
210 3 2 1 2 1 central ou de dis- persão de um conjunto de dados.
Logo, existem 210 possíveis distribuições que
• (GO-EMMAT311C) Calcular medidas de tendência
podem ser feitas para acomodar as sete pessoas
central ou de dispersão, utilizando procedimentos
nesses três quartos.
ma- temáticos para resolver e elaborar problemas
29.(Enem 2016) Para cadastrar-se em um site, uma cotidia- nos que envolvem o cálculo da
pes- soa precisa escolher uma senha composta por probabilidade.
quatro caracteres, sendo dois algarismos e duas • (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que
letras (maiús- culas ou minúsculas). As letras e os envol- vem conhecimentos de probabilidade e
algarismos podem estar em qualquer posição. Essa estatística, uti- lizando procedimentos matemáticos
pessoa sabe que o alfa- beto é composto por vinte e para avaliar pro- postas de intervenção na
seis letras e que uma letra maiúscula difere da realidade.
minúscula em uma senha.
Disponível em: www.infowester.com. Acesso em: 14 dez. 2012.
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos
O número total de senhas possíveis para o de probabilidade, a partir de exemplos (lançamento
cadastra- mento nesse site é dado por de da- dos ou moedas, retirada de cartas de baralho,
entre ou- tros), reconhecendo os elementos e
características (es- paço amostral, evento etc.) para
calcular a probabilidade de eventos em experimentos
aleatórios sucessivos.

(A) 102  262 Gabarito: E 


(D)
(B) 102  522 102 (E) 102  522 

(C) 102  522  2
4!
6
2
2!
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SEDUC

4! M Planejar e realizar experimentos aleatórios ou


Habilidades
2! 2! A simulações que envolvem cálculo de pro- babilidades
de
4! 3 ou estimativas por meio de frequência de
recomposiç
2! 2! 4 ocorrências.
ão DCGO
- • (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua
Ampliado
A no- ções de espaço amostral e de probabilidade de
• (EF07 ) um
Sugestão de solução:
Cada letra pode ser escolhida entre as 26 minúsculas evento, apresentando respostas por meio de represen-
e as 26 maiúsculas, ou seja, 52 possibilidades. tações fracionárias, decimais ou porcentagens.
Cada algarismo pode ser escolhido de 10 maneiras
di- ferentes. Representando letra por “l” e
algarismo por “a”, o número de maneiras de
permutar duas letras e
dois algarismos é 4! (Duas letras podem se repetir,
assim como dois alg2a!2r!ismos).
Sendo assim, o número total de senhas possíveis é

102  522 4!
 2!
2! Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024

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GRUPO DE ATIVIDADES

O QuE PrECiSAMOS
SABEr?
Estudo de Caso ocorrência são conhecidas como taxa de falsos-
Em medicina, o sucesso de um diagnóstico positivos e taxa de falsos-negativos. A primeira
passa, frequentemente, pela análise dos correspondendo à probabilidade de não es- tando
resultados forne- cidos por testes diagnósticos doente, ter um teste positivo, e a segunda à pro-
médicos. babilidade de estando doente, ter um teste negativo.
Recorrendo ao resultado do teste diagnóstico
é possível transitar de uma probabilidade a priori
(a prevalência da doença) para uma
probabilidade a posteriori (após o teste) em
relação à possibilidade de presença da doença,
alteração que se pretende que conduza à redução
da incerteza associada ao diagnóstico. A Teoria
das Probabilidades, mais pre- cisamente o
teorema de Bayes, permite quantificar a referida
alteração de probabilidade, com base na
prevalência da doença e propriedades do teste.
Atendendo à impossibilidade de o resultado de
um teste diagnóstico permitir afirmar,
peremptoria- mente, a presença ou ausência de
doença, a escolha do teste a realizar e a decisão a
tomar, com base no resultado de um teste, passa
pelo conhecimento do poder que cada teste tem
em detectar os enfermos e os sãos. Esta
capacidade é traduzida pela sensibilida- de e
especificidade do teste.
A sensibilidade de um teste diagnóstico
médico, que avalia a capacidade do teste detectar
a doença quando ela está presente, fornece a
probabilidade de, estando doente, ter um teste
positivo. Testes de alta sensibilidade são
importantes para o rastreio de doenças com
implicações graves, em que é desacon- selhada a
presença de falsos negativos.
A especificidade de um teste diagnóstico
médico, que avalia a capacidade do teste rejeitar
a doença quando ela está ausente, fornece a
probabilidade de, não estando doente, ter um
teste negativo. Tes- tes de alta especificidade são
importantes para do- enças em que o diagnóstico
representa um impacto negativo na vida e
pretensões do paciente, como, por exemplo, nos
diagnósticos de cancro e SIDA.
Poderemos dizer que a sensibilidade e a
especifici- dade representam as taxas de verdadeiros
positivos e verdadeiros negativos, taxas que
correspondem às si- tuações em que o teste acerta.
Em contraposição exis- tem também duas situações
em que o teste erra cujas probabilidades de
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5
SEDUC

No caso das probabilidades condicionadas


asso- ciadas às características do teste diagnóstico
Os valores da sensibilidade e especificidade médi- co, a reduzida intuição probabilística do ser
per- mitem avaliar o poder de um teste humano e a renúncia à Teoria das Probabilidades
diagnóstico, con- tudo o cálculo destes valores reflete-se na dedução errada de que a
tem como ponto de partida algo que se sensibilidade e especifi- cidade do teste coincidem
desconhece no momento em que o paciente faz com o VPP e o VPN, res- pectivamente. Esta
o teste - o verdadeiro estado de saúde do confusão, designada por falácia da condicional
paciente. Posto isto, a decisão do médico terá transposta, vem sendo alvo de vasta investigação
que ser tomada com base noutros valores, devido à sua elevada incidência e às gra- ves
designados por valor preditivo positivo (VPP), repercussões que acarreta quando presente na
que corresponde à probabilidade de um tomada de decisão em áreas nevrálgicas como a
indivíduo cujo teste deu positi- vo, estar (de Me- dicina ou a Justiça.
facto) doente, e valor preditivo negativo (VPN), Como ilustração, da diferença entre a sensibili-
que corresponde à probabilidade de um indi- dade de um teste diagnóstico e o seu valor
víduo cujo teste deu negativo, estar (de facto) preditivo positivo, consideremos um problema
são. usado por um médico especialista em tomadas de
Do ponto de vista da Teoria das decisão clínicas, David Eddy, num estudo sobre a
Probabilidades, os conceitos de sensibilidade, complexidade da tomada de decisão médica e os
especificidade, VPP e VPN são probabilidades equívocos na inter- pretação das probabilidades.
condicionadas. Eddy solicitou aos par- ticipantes que estimassem
A probabilidade condicionada é um dos a probabilidade de uma mulher, cuja mamografia
pilares da tomada de decisão em diversas deu positiva, ter realmente cancro da mama, ou
situações, mas cons- titui um desafio para a seja, solicitou o VPP. A informa- ção que fornecia
intuição humana, verificando- era: a prevalência da doença (1%), a sensibilidade do
-se uma enorme incidência de equívocos teste/mamografia (80%) e a taxa de falsos-
aquando da sua interpretação. positivos do teste (9,6%).

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Os resultados obtidos por Eddy confirmaram as


algo errado com o paciente, então é fundamental o
suas suspeitas sobre a presença da falácia da
condi- cional transposta, na interpretação das pa- ciente se submeter e fazer os exames
probabilida- des associadas aos testes diagnóstico, solicitados.
verificando-se que a grande maioria dos Estas atividades estão estritamente ligadas aos
participantes no estudo es- timaram a probabilidade seguin- tes objetivos de aprendizagem presentes no
com um valor quase dez ve- zes superior à DC-GOEM.
verdadeira probabilidade de a mulher, cuja • (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que
mamografia deu positiva, ter cancro da mama. envol- vem conhecimentos de probabilidade e
Recorrendo ao Teorema de Bayes e estatística, uti- lizando procedimentos matemáticos
apresentan- do os dados do problema num para avaliar pro- postas de intervenção na
diagrama de árvore, calculamos o VPP, ou seja, a realidade.
probabilidade de uma mulher, cuja mamografia • (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de
deu positiva, ter realmente cancro da mama. Para eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti-
facilitar a interpretação, os va- lores relativos aos lizando procedimentos matemáticos para resolver e
dados do problema foram conver- tidos em elaborar problemas relacionados à situações cotidia-
frequências naturais, assumindo-se, para tal, um nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas,
conjunto de 10 000 mulheres. técnico-
-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de
dife- rentes tipos de espaços amostrais (discretos ou
não) e eventos (equiprováveis ou não) identificando e
classifi- cando seus elementos para analisar situações
probabi- lísticas cotidianas.
Professor(a), as 4 primeiras atividades são
continuida- de do estudo de caso, oriente seus(as)
estudantes(as) que os dados devem ser obtidos do
Da observação do diagrama, verifica-se que, das texto e que o A é apenas a representação daquele
1040 (80+960) evento e pode ser de- notado de outra maneira.
1.Qual a probabilidade do resultado positivo,
indepen- dentemente, de cancro de mama?
10 000 mulheres, têm uma ma- Sugestão de solução:
mografia positiva. A é a probabilidade do resultado positivo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
80  960 1040  10, 4%
P  A  
10 000 10 000
2. Qual a probabilidade do resultado negativo, inde-
pendentemente, de cancro de mama?
Sugestão de solução:
A é a probabilidade do resultado negativo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
Mas que dessas 1040 mulheres apenas 80 têm 20  8940 8960  89, 6%
  A 
P
cancro da mama. Assim, a probabilidade de uma 10 000 10 000
mu- lher cuja mamografia foi positiva ter, de fato,
80 3. Qual a probabilidade do resultado positivo com o
cancro da mama é , ou seja, menos de 8%.
1040 cancro de mama presente?
Sugestão de solução:
Professor(a), estas 5 atividades são uma pequena A é a probabilidade do resultado positivo com o
res- posta a aquele(a) estudante(a) que pergunta se o can- cro de mama presente.
obje-
to do conhecimento que está estudando tem 80
aplicação P  A  7, 692%
1040
prática na vida. 
11
7
SEDUC

Professor(a), converse com os(as) estudantes que a 4. Qual a probabilidade do resultado negativo com o
intenção não é criar objeção a se submeter a testes cancro de mama não presente?
e exames clínicos solicitados por seu médico. A Sugestão de solução:
intenção é, apenas, discutir que todo teste está A é a probabilidade do resultado negativo com o can-
sujeito a erros, o que somente justifica a sua cro de mama não presente.
aplicação indiscriminada a toda uma população. 8940
Ressalte que quando o médico pede exames, ele P  A   90, 30%
9900
tem razões para suspeitar que existe
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5.No Brasil, 10% da população é portadora de um


ví- rus. Um teste para detectar ou não a presença O número de elementos do espaço amostral é
do ví- rus dá 90% de acertos quando aplicada a re- presentado da seguinte maneira: .
portadores e, 80% de acertos quando aplicado a Exemplos:
não portadores. • O espaço amostral no lançamento de uma
Qual é o percentual de pessoas realmente portado- moe- da é Ω = cara; coroa então ou n Ω =
ras do vírus, dentre aquelas em que o teste 2;
classificou como portadoras?
• O espaço amostral no lançamento de um dado
Sugestão de solução: de seis faces então Ω = {1; 2; 3; 4; 5; 6} ea n(Ω) =
Considerando que o teste foi aplicado a um número 6. .
x
de pessoas do Brasil, então ▶ Evento
0, 9  0,1 x  0, 2  0, 9  x  0, 09x  0,18x  0, 27x Um evento é qualquer subconjunto do espaço
90% dos que realmente 20% dos não amos- tral . Ele pode não conter nenhum
são portadoras portadores
elemento (con- junto vazio) ou todos os elementos
Destas, são portadoras 0, 09x de um espaço amostral. O número de elementos
Assim, são realmente portadoras do vírus: do evento é repre- sentado da seguinte maneira: n
0, 09x 0, 09  E  , sendo E o even- to em questão.
0, 27x  0, 27  0, 3333
Portanto, das pessoas que o teste classificou como Podem ser utilizadas outras letras maiúsculas para
por- tadoras, apenas, 33,33% são realmente re- presentar um evento.
portadoras. Os eventos que possuem apenas um elemento são
cha- mados de simples. Quando o evento é igual ao
espaço amostral, ele é chamado de evento certo e
VAMOS AvAnçAr? sua proba- bilidade de ocorrência é de 100%.
Quando um evento é igual ao conjunto vazio   ,
ele é chamado de evento impossível e possui 0% de
Probabilidade chance de ocorrência.
A importância do estudo da probabilidade é Exemplos:
jus- tificada pela sua aplicação nas mais diversas • Evento A : Sair cara no lançamento de uma moeda
áreas do conhecimento que trabalham com A  cara  n A  1;
experimentos ou fenômenos aleatórios, ou seja,
aqueles em que não se pode prever o resultado. • Evento E : Sair face par no lançamento de um dado
Os princípios da probabili- dade são importantes E  2; 4; 6  n  E   3.
por fazerem uma ponte entre a estatística ATENÇÃO: O ponto amostral é um elemento que
descritiva, estudada no ensino básico, e a estatística per- tence ao espaço amostral, ou seja, um entre os
de inferência, a qual fornece meios para se tirar vários resultados possíveis do experimento aleatório.
conclusões de uma população a partir dos dados de Isto é, quando analisamos apenas um possível
uma amostra. resultado do evento em questão.
▶ Experimento aleatório ▶ Probabilidade
Um experimento aleatório é aquele cujo Dado um experimento aleatório, sendo Ω o seu
resulta- do não pode ser previsto. São exemplos espa- ço amostral, admite-se que todos os
de experi- mentos aleatórios: elementos de Ω tenham a mesma chance de
• o resultado no lançamento de uma moeda ou acontecer, em outras pa- lavras, que Ω seja um
de um dado; conjunto equiprovável.
• o número de peças defeituosas em um lote de Define-se como probabilidade de um evento ao
pe- ças produzidas por uma indústria; número real P  E  , tal que:
• o tempo de duração de uma lâmpada elétrica;
• o número de plaquetas em uma amostra de LEMBRE-SE:
sangue. n  E  : Número de elementos do

▶ Espaço amostral P  E   ele n  E  n Ω


Espaço amostral de um experimento aleatório men
é o conjunto de todos os resultados possíveis to
desse experimento, representado por Ω. Cada
11
9
SEDUC

evento; n
 Ω  : Número de elementos do
espaço amostral.
desse conjunto é chamado de elemento simples ou Exemplo: No lançamento de um dado não viciado
evento elementar ou ponto amostral. de 6 faces, qual a probabilidade de sair uma face
par?

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Descrição da atividade: Forme 11 times com sua


Ω  1; 2;3; 4;5;
tur- ma, cada um com um número natural
6
correspondente, de 2 a 12.
n Ω   6
O(A) professor(a), ou os(as) próprios estudantes,
E  2; 4;
de forma alternada, lançam dois dados
6 n  E  
3
simultaneamente.
n  E 3 1
P  E   PE   PE   PE  0, 5  PE  de conhecimento.
50% 
n Ω 6 2 Sugestão de jogo: Jogo da Soma
Objetivo: Introduzir o conceito de probabilidade
Material: dois dados de seis faces e quadro para ano-
tações.
ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO

Professor(a), nas atividades 6, 7 e 8, tem-se o


objetivo de retomar as habilidades relacionadas ao
estudo da probabilidade, abordadas nos anos finais
do ensino fun- damental. Essas habilidades são,
segundo o DC-GO:
• (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios
simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a
es- timativa de probabilidades;
• (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um
even- to aleatório simples, expressando-a por
número racio- nal, forma fracionária, decimal e
percentual, bem como comparar esse número com a
probabilidade obtida por meio de experimentos
sucessivos;
• (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos
aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de
pro- babilidades ou estimativas por meio de
frequência de ocorrências;
• (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua
no- ções de espaço amostral e de probabilidade de
um evento, apresentando respostas por meio de
repre- sentações fracionárias, decimais ou
porcentagens;
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de
eventos, com base na construção do espaço
amostral, utilizan- do o princípio multiplicativo, e
reconhecer que a soma das probabilidades de todos
os elementos do espaço amostral é igual a 1;
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleató-
rios, eventos independentes e dependentes e
calcular a probabilidade de sua ocorrência, nos dois
casos.
O objetivo dessas atividades é oportunizar que o(a)
estudante relembre o que é um evento aleatório,
seu espaço amostral e como calcular a
probabilidade de um evento simples. Alguns jogos
envolvendo dados ou cartas de baralho podem ser
utilizados para construir ou retomar esses objetos
12
1
SEDUC

Se a soma dos pontos obtidos for 4, ponto para o Sugestão de solução:


time 4, se a soma for 9, ponto para o time 9, e assim Ω  ccc; cck; ckc; kcc; ckk; kck; kkc; kkk
por dian- te. É importante que antes do jogo
começar, seja ins- tigado nos(as) estudantes quem
7.Determine o tamanho do espaço amostral de
vai ganhar e o(a) pro- fessor(a), neste momento,
cada experimento aleatório a seguir.
arriscar a “adivinhar” quem vai ganhar, aguçando a
curiosidade dos(as) estudantes caso acerte, ou pelo a)Lançamento de uma moeda:
menos se aproxime do resultado (soma 7). No b) Lançamento de duas moedas:
quadro, é anotado o número de pontos de cada c) Lançamento de três moedas:
time. Após pelo menos 50 lançamentos, aca- ba o
d) Lançamento de um dado de 6 faces:
jogo e ganha o time com maior número de pontos.
Nesse momento, discute-se com os(as) e)Lançamento de dois dados de seis faces.
estudantes a questão da “sorte” de quem venceu,
com algumas per- guntas como:
- Antes de iniciar o jogo, alguém percebeu que algum
time
tinha mais chance que outro?
- A vitória só pode ser associada à sorte?
- Qual é a probabilidade de cada soma?

6.Considere o seguinte experimento aleatório: 8. Marinalva está participando de um jogo de


lançar três moedas simultaneamente. tabulei- ro no qual dois dados de seis faces, não
Representando a face cara por “ c ” e a face coroa viciados, são lançados simultaneamente e, em
por “ k ”, enumere todos os resultados possíveis seguida, somados os seus resultados. Nessas
para esse experimento, ou seja, o seu espaço condições, faça o que se pede:
amostral.
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a) Complete o quadro a seguir para obter o espaço


amostral (Ω) desse jogo, ou seja, todos os e) Evento B : sair soma 6  n  B   5
+ 1 2 3 4 5 6
resultados possíveis.
1 2 3 4 5 6 7
+ 1 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
1
4 5 6 7 8 9 10
2
5 6 7 8 9 10 11
3 6 7 8 9 10 11 12
4
n B 5
P B5 =
n Ω → P B = 36 → P B = 0,13888 … → P B ≅ 13,9%
6
f) Pela tabela preenchida anteriormente, observa-se
b) Qual é o tamanho desse espaço amostral (Ω)? que a soma 7 é que possui maior possibilidade de
c) Como o tamanho desse espaço amostral poderia sair.
ser determinado, sem utilizar a tabela anterior? + 1 2 3 4 5 6
d)Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 1 2 3 4 5 6 7
12? 2 3 4 5 6 7 8
e)Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 3 4 5 6 7 8 9
6? 4 5 6 7 8 9 10
5 6 7 8 9 10 11
f) Qual é a soma com maior probabilidade de sair
em um lançamento? Calcule a probabilidade de sair 6 7 8 9 10 11 12
Dessa forma, tem-se:
essa soma. Evento C : sair soma 7  n C  6
Sugestão de solução:
a) n C 6
PC   PC  
n Ω  36
+ 1 2 3 4 5 6
P C  0,1666
1 2 3 4 5  6 7
 P B  16, 7%

2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10 Semana 2 - Junho
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12
VAMOS SiSTEMATizAr?
b) n  Ω   36
c) Pelo princípio fundamental da contagem (PFC). O Probabilidade da união de dois conjuntos
número de possibilidades para o primeiro dado é 6, Sejam A e B dois eventos tais que P  A   0 e
as- sim como para o segundo dado. Dessa forma, PB  0 . Para determinar a possibilidade de ocorrer
tem-se 6  6 possibilidades, ou seja, 36 o evento A ou o evento B , tem-se que calcular a
possibilidades. proba- bilidade da união desses dois eventos. Na
matemática, a palavra “ou” quer dizer união. Dados
d)Evento A : sair soma 12  n A1 os dois eventos, A e B , de um espaço amostral S ,
+ 1 2 3 4 5 6 tem-se que:
1 2 3 4 5 6 7 P A  B  PA  PB  PA  B
2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9 Obs.: No estudo da lógica, “ou” é o conectivo
5 6 7 8 9 10 utili- zado como disjunção.
4
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um
5 6 7 8 9 10 11
mesmo dado, não viciado, de seis faces, qual a
6 7 8 9 10 11 pro- babilidade de ocorrer um número maior que
12
4 ou o número 1?
n A 1 Ω  1; 2;3; 4;5; 6
PA   PA   P  A   0, 02777  P  A   2, 7%
12
3
SEDUC

n Ω 36 A : sair um número maior que 4  A  5; 6 .

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4
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B : sair o número 1  B  1. babilidade de ocorrer o evento A (ou vice-versa) a


fór- mula para o cálculo da probabilidade condicional
será:
A  B: sair o número 1 e em número maior do
P A  B  P  A  P  B 
que 4: 
PA  B  PA  PB  PA  B Obs.: Na teoria dos conjuntos, o conectivo “e”
2 1 3 1 é utilizado para intersecções.
P A  B    0    0, 5  50%
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de
6 6 6 2
um mesmo dado não viciado, de seis faces, qual a
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um
probabi- lidade de ocorrer um número maior que 4 e
mesmo dado, não viciado, de seis faces, qual a
o número 1?
proba- bilidade de ocorrer um número maior que 4
Neste caso, a ocorrência de um evento não in-
ou um número primo?
fluencia a probabilidade de outro ocorrer, portanto
Ω  1; 2;3; 4;5; 6
são dois eventos independentes. Distinguindo os
dois eventos, tem-se:
A : sair um número maior que 4 A  5; 6 A : sair um número maior que 4 A  5; 6 .
 . 
B : sair um número primo  B  2;3;5. B : sair o número 1  B  1.
A  B: sair um número primo e um número
maior do que 4:  A  B  5 Considerando que no lançamento de um dado
te- mos 6 valores possíveis ( Ω  1; 2;3; 4;5; 6),
P A  B   P A   P B   P A  B  calcula-se a probabilidade de ocorrência de cada um
dos eventos:
2 3 1 4 2 1
P A  B       0, 666 66, PA  e PB 
2 6
7%
6 6 6 6 3 6

Probabilidade condicional Dessa forma, tem-se que:


2 1 2 1
Sejam A e B dois eventos tais que P A > 0 . P A PB      0, 0555 5, 6%
De- nota-se por P(B | A) a probabilidade de B , 6 6 36 18
dado que ocorreu A , ou seja, o evento B depende
▶ Eventos complementares
do evento A . Como é conhecido que A ocorreu,
este se torna o es- paço amostral, substituindo o Se AC é o evento complementar de A , então
AC consiste em todos os resultados do espaço
original espaço amos- tral Ω . Tem- se aí:
P  A  B amostral que não estejam incluídos no evento A .
Dessa forma, tem-se:
P B|A  PA    1 PA
P AC
Exemplo: No lançamento de um dado não
Dois eventos complementares são mutualmente
viciado de 6 faces, qual a probabilidade de sair a
exclusivos, ou seja, não possuem nenhum ponto em
face 4, sa- bendo que saiu uma face par?
3 comum.
Evento A : sair face par  P  A  
6 Exemplo: Ao lançar dois dados de seis faces,
1
Evento B : sair face 4  P  A  B  qual a probabilidade de não sair a soma 12 ?
6 Percebe-se que calcular a probabilidade de sair
P  A  B 11 a soma 12 é mais fácil:
P B|A   6   0, 333 33, 3%
PA 3 3 + 1 2 3 4 5 6
6 1 2 3 4 5 6 7
▶Eventos simultâneos (ou sucessivos) e inde- 2 3 4 5 P6A  7B 8
PB|A   PA  B  P  A  P  B|A  ou
pendentes  3 4 5 6 7P A 8
9
O cálculo da probabilidade de eventos simultâ- 4 5 6 7 8  9  10 
P A  B  P B P A|B
neos determina a chance de dois eventos
5 6 Se7 os 8eventos
9 10A 11 e B forem independentes,
ocorrerem simultânea ou sucessivamente.
seja, se o fato de ocorrer o evento B não
A fórmula para o cálculo dessa probabilidade 6 ou7 8 9 10 11 12
alterar a pro-
de- corre da fórmula da probabilidade
condicional. As- sim, tem-se:

12
5
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Evento A : sair soma 12  n A  1


Espaço amostral  n Ω  36
1
PA 
36
Evento AC : não sair soma 12. Dessa forma, tem-
se:
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1 36 1 35
P AC  1  P AC    P AC   9. Em uma escola com 300 alunos, farão prova
  36   36  36 36
final, só de português, 30 alunos; só de inglês, 15
PA   0, 97222  PA   97, 2%
C C alunos; e de português e inglês, 10. Determine a
probabilidade de um aluno que fará prova final de
português, fazer tam- bém prova final de inglês.
Sugestão de solução:
ATIVIDADES DE SiSTEMATizAçÃO P  I  P
P(I | P)
 PP
Professor(a), após a retomada dos conceitos 10
estudados
no ensino fundamental acerca do cálculo das P(I | P)  300
probabi- lidades, procuramos oportunizar o estudo 40
mais apro- fundado dessa área da matemática que é 300
o cálculo de probabilidades. Observando o DC- 10
P(I | P) 
GOEM, verifica-se que aquelas habilidades 40
abordadas no ensino funda- mental são basilares P  I | P  25%
para outras trabalhadas na 3ª sé- rie do ensino
médio, entre elas: Professor(a), na atividade 10 o objetivo é que o(a) estu-
dante calcule probabilidade condicional em uma
• (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos
situa- ção envolvendo o uso de dados, para que esta
essen- ciais de probabilidade, reconhecendo seus
ativida- de seja concreta é recomendável que leve
elementos em situações cotidianas (da área de
alguns dados para a sala de aula e construa o espaço
Ciências da Natu- reza e Humanas, tecnológicas,
amostral junto com o(a) estudante.
técnico-científica etc.) para descrever o espaço
amostral de eventos aleató- rios; 10. Voltando ao experimento aleatório “lançamento
de dois dados distinguíveis”. Qual a probabilidade
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos
de a soma dos pontos obtidos ser menor que 7
de probabilidade, a partir de exemplos (lançamento sabendo que, num dos dados, saiu o número 4?
de da- dos ou moedas, retirada de cartas de baralho,
Sugestão de solução:
entre ou- tros), reconhecendo os elementos e
Espaço amostral S = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (1;6),
características (es- paço amostral, evento etc.) para
(2;1), (2;2), (2;3), (2;4), (2;5), (2;6), (3;1), (3;2), (3;3), (3;4),
calcular a probabilidade de eventos em experimentos
(3;5), (3;6), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6), (5;1), (5;2),
aleatórios sucessivos;
(5;3), (5;4), (5;5), (5;6), (6;1), (6;2), (6;3), (6;4), (6;5), (6;6)}
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de n S  36
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti- Evento A : a soma dos dois números obtidos é
lizando procedimentos matemáticos para resolver e menor que 7 A = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (2;1),
elaborar problemas relacionados a situações cotidia- (2;2), (2;3),
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, (2;4), (3;1), (3;2), (3;3), (4;1), (4;2), (5;1)} n A  15
técnico-
-científicas, entre outras); Evento B : sair o número 4 em um dos dados
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos B = {(1;4), (2;4), (3;4), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6),
(5;4), (6;4)}
relacionados à probabilidade, analisando as
informa- ções apresentadas em textos técnicos e/ou n B  11
científicos para selecionar argumentos propostos
como solução entre outras. Evento A  B : a soma dos dois números obtidos é
me- nor que 7, sendo um deles o número 4 A  B =
Quanto às atividades de 9 a 16, o objetivo é {(1;4), (2;4), (4;1), (4;2)}⟶ n A  B  4
contribuir para que o(a) estudante desenvolva as P  A  B
habilidades de calcular probabilidade de evento
condicional, de even- tos sucessivos e
independentes.
Professor(a), procure nestas aulas, estabelecer a P(A | B)
 PB
rela- ção entre o estudo da análise combinatória e
probabi- lidade e sua aplicação futura na estatística 4
(inferência),
justificando assim a sequência e a importância do que
12
7
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está sendo estudado. P(A | B)  36


11
36
4
P(A | B) 
11
PA | B  36, 4%
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Professor(a), na atividade 11 o objetivo é que o(a)


estu- dante calcule uma situação envolvendo a 13. (ENEM 2021 – Reaplicação/PPL) A senha de
probabilida- de condicional, para que esta atividade um cofre é uma sequência formada por oito dígitos,
seja mais pró- xima da realidade é recomendável que que são algarismos escolhidos de 0 a 9. Ao inseri-la,
leve um baralho para a sala de aula e discuta com o usu- ário se esqueceu dos dois últimos dígitos que
os(as) estudantes o espaço amostral. formam essa senha, lembrando somente que esses
dígitos são distintos.
11.Ao retirar uma carta de um baralho de 52 Digitando ao acaso os dois dígitos esquecidos, a
cartas, qual a probabilidade de sair um “ás vermelho” pro- babilidade de que o usuário acerte a senha na
sabendo que ela é de copas? primeira tentativa é
Sugestão de solução: 2 1
n S  52 (A) (D)
81 ü2
Evento A: sair “ás vermelho” A = {ás de copas, ás de (B) (E)
ou-
ros}⟶ n  A   2
Evento B: sair copas n 13 90 100
B
Evento A  B: ás de copas⟶ n A  B (C) 2
1 90
P  A  B
P(A | B) 
PB Gabarito: B
Sugestão de
1
solução:
O usuário se esqueceu apenas dos dois últimos
dígitos,
P(A | B)  52 os quais ele irá “chutar”. Calcula-se o número de
13
pos- sibilidades para esses 2 dígitos. Na penúltima
52 posição, pode-se colocar 10 algarismos. Já na
P(A | B)  1 última posição, como não pode haver repetição dos
13 algarismos, só se pode colocar 9 algarismos (não
pode existir repetição
P  A | B  7, 7% de dígitos).
Número de possibilidades: 10  9  90
Professor(a), na atividade 12, como estratégia de Finalmente, a probabilidade do usuário “chutar” uma
reso- lução é indicado o uso do diagrama de Venn, única senha de um universo de 90 e conseguir
1
pois facili- ta o desenvolvimento da habilidade de acertar é igual a uma chance em 90, ou seja, 
90
compreender a situação problema.
14.Em uma pesquisa realizada com 1000
12. Considere uma urna com 10 bolas numeradas consumido- res em relação à preferência de marcas
de 1 a 10 de onde será retirada uma única bola. Qual de sabonete, verificou-se que: 650 utilizam a marca
a pro- babilidade de que a bola retirada contenha um Limpex, 550 uti- lizam a marca Cheiro e 200 utilizam
número múltiplo de três, sabendo-se que o número as duas marcas. Foi sorteada uma pessoa desse
da bola re- tirada é par? grupo e verificou-se que ela utiliza a marca Limpex.
Sugestão de solução: Qual é a probabilidade dessa pessoa também utilizar a
Chamando de evento A a ocorrência de um número marca Cheiro?
par e de evento B a ocorrência de um múltiplo de Sugestão de solução:
três, o desafio pede que se calcule P B A . A Evento A: usar a marca
informação “sa- bendo-se que o número da bola Cheiro. Evento B : usar a
retirada é par” altera o espaço amostral, isto é, o marca Limpex.
espaço amostral passa a ser A e, para que ocorra o Queremos determinar P(A | B) e sabe-se que o núme-
evento B, os elementos de B de-
vem também pertencer a A: ro de elementos do espaço amostral é n  Ω  
1000 . Tem-se também que: n A  B   200 e n
B  650
PA  1
P A = ou 20% Segue que:
P(B | A)
B  5

12
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200
n A  B

P  A  B n Ω 1000
PB|A    
PB n B  650
n 1000
Ω
200 4
  0, 3076 30, 76%
650 13

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15. Em uma cesta, tem-se cinco maçãs, nove peras


C
e seis laranjas. Evento A : não sair soma 3. Dessa forma, tem-se
que:
2 36 2 34
P A   1  PA     P A  
C C C

36 36 36 36
PA
C
  0, 9444  PA   94, 4%
C

Professor(a), a atividade 17 é uma questão no


a) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi-
ENEM de 2017, que pode ser solucionada utilizando
vamente e com reposição, uma maçã, uma pera e a habili- dade desenvolvida na atividade anterior
uma laranja. (D33 – Cal- cular a probabilidade de um evento
b) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi- condicional). Se considerar conveniente, incentive
vamente e sem reposição, uma maçã, uma pera e os(as) estudantes a determinarem outras
uma laranja. probabilidades com os dados da tabela da questão.
Sugestão de solução: 17. (ENEM 2017 – LIBRAS) Um laboratório está
a) Com reposição: de- senvolvendo um teste rápido para detectar a
presen- ça de determinado vírus na saliva. Para
Evento A: retirar uma maçã ⟶ n  A   5
conhecer a acurácia do teste é necessário avaliá-lo
Evento B: retirar uma pera ⟶ n B  9 em indivíduos sabidamente doentes e nos sadios. A
acurácia de um teste é dada pela capacidade de
Evento C: retirar uma laranja ⟶ n C  6 reconhecer os verda- deiros positivos (presença de
Espaço amostral Ω → n(Ω) = 20 vírus) e os verdadeiros negativos (ausência de vírus).
A probabilidade de o tes- te reconhecer os
1 9 3 27 verdadeiros negativos é denominada
P  A  B  C 5 6    
9  0, 03375  3, especificidade, definida pela probabilidade de o teste
  375% 
20 20 20 4 20 10 800 resultar negativo, dado que o indivíduo é sadio. O
b) Sem reposição: la- boratório realizou um estudo com 150 indivíduos
5 9 6 1 9 1 9 3
P  A  B  C          0, 03947  3, e os resultados estão no quadro.
95%
20 19 18 4 19 3 228 76

16. No lançamento de dois dados perfeitos, qual é a


probabilidade de não sair a soma das faces igual a
3?
1ª Sugestão de solução:
Evento A : sair soma 3  n  A   2 Considerando os resultados apresentados no quadro,
+ 1 2 3 4 5 6 a especificidade do teste da saliva tem valor igual a

1 2 3 4 5 6 7 (A) 0,11. (D) 0,89.


2 3 4 5 6 7 8 (B)0,15. (E) 0,96.
3 4 5 6 7 8 9 (C)0,60.
Gabarito: D
4 5 6 7 8 9 10
Sugestão de
5 6 7 8 9 10 11 solução:
6 7 8 9 10 11 12 Evento A: ter resultado negativo.
Evento B: ser sadio.
Espaço amostral  n Ω  36 Queremos determinar P(A | B) e sabemos que o nú-
2 1
PA   mero de elementos do espaço amostral é n Ω150 .
36 18 Temos, também, que: n A  B  80
Evento A : não sair soma 3. Dessa forma, tem-se:
C
Segue que:
1 18 1 17
P AC   1  PAC     P A C   
18 18 18 18

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1
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P  A C   0, 9444  P  A C   94, 4%
80 8
2ª sugestão de solução (sem = = 0,888 … ≅ 0,89
90 9
simplificação):
P A  
2
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2
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O grupo de habilidades 3 objetiva que o estudante


se desloque do nível “Proficiente” para o nível GRUPO DE ATIVIDADES
“Avançado”, assim, além das habilidades anteriores
citadas serão acrescentadas outras habilidades, pois
os estudantes que se encontram neste nível
O QuE PrECiSAMOS
demonstram habilidades adequadas para avançarem.
Então, para este terceiro grupo de habilidades SABEr?
(atividades), os estudantes prova- velmente ao final
serão capazes de: Probabilidade de um evento complementar
Denominamos como evento complementar de
Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
um evento A, e representamos por Ac ou A, o
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de conjun- to formado por todos os elementos do
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti- espaço amos- tral que não pertencem ao evento
lizando procedimentos matemáticos para resolver e A. Ilustrando:
elaborar problemas relacionados à situações cotidia-
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas,
técnico-
-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos
relacionados à probabilidade, analisando as
informa- ções apresentadas em textos técnicos e/ou
científicos para selecionar argumentos propostos
como solução.
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de
dife- rentes tipos de espaços amostrais (discretos ou AA ü 
não) e 
eventos (equiprováveis ou não) identificando e Exemplo: Seja o experimento o lançamento
classifi- cando seus elementos para analisar situações de um dado. Temos que S  {1; 2; 3; 4; 5; 6}
probabi- lísticas cotidianas. Seja A a ocorrência de um número primo, ou
• (GO-EMMAT511B) Reconhecer o caráter de seja, A  {2; 3; 5}. Teremos AC ou A  {1; 4; 6}.
variá- veis aleatórias, identificando o espaço Propriedade importante: P  A   P  A  1
C

amostral para resolver problemas que envolvam o


cálculo de proba- bilidade em eventos A importância desta propriedade é que,
equiprováveis. casual- mente, a probabilidade de um evento é
mais difícil de ser calculada do que a probabilidade
• (GOEMMAT511C) Investigar o cálculo de probabili- do evento com- plementar.
dades, observando padrões, experimentações e
Exemplo: Em uma loja, existem 12
dife- rentes tecnologias, para conjecturar sobre
proprieda- des probabilísticas. geladeiras onde 4 estão com defeito. Qual a
probabilidade de um cliente, ao comprar duas
Habilidades de recomposição DCGO Ampliado geladeiras, levar pelo menos uma com defeito?
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de Levar pelo menos uma com defeito, é o
eventos, com base na construção do espaço mesmo que levar uma ou duas com defeito, ou
amostral, utilizan- do o princípio multiplicativo, e seja, conside- rando como Ai o evento levar a “i-
reconhecer que a soma das probabilidades de todos ésima” geladeira com defeito, teremos:
os elementos do espaço amostral é igual a 1.
Resolvendo sem utilizar complementar
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos
Possibilidades Cálculo
aleató- rios, eventos independentes e dependentes e
calcular a probabilidade de sua ocorrência, nos dois 4 PA  A   P  A1  AC 
casos. P A  1 2 2

 PAC  A 
1
12
1 2
(doze geladeiras, sendo quatro
com defeito);
3
P  A |A 
 PA1 P(A2 | A1)  PA1
2 1
11
(restam onze geladeiras, sendo
 P(Aü | A )  P  A . P(A | A
13 três com defeito);
3 )
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Sugestão de solução:
8 Seja oevento A : saira face 6 A  6 n A  1

P A C2 |A1   11 
4 3
    
4 8 8  
4
(restam onze geladeiras, sendo 12 11 12 11 12 11 Já sabemos que n S  6.
oito sem defeito); Portanto:
1
8 P A 
P A1C  
12 32 32
 132 132 132 6
12
Então a probabilidade de não sair 6 é:
(doze geladeiras, sendo oito sem ou
defeito); P A  PAC   1
4 57,57%

P A 2 |A 1C  76 19
11 (restam onze  132  33 P AC   1 P A 
geladeiras, sendo quatro com
1
P AC   1
defeito).
6
Resolvendo utilizando o complementar 6 1
P AcC  
Mas, levar pelo menos uma geladeira com defeito 6 6
ou levar as duas sem defeito é todo o espaço 5
amostral do experimento. Desta maneira, utilizando  
P AC 
6
a proprie-
dade PA  PAC   1 , poderíamos resolver o Professor(a), nas atividades 3 e 4 como estratégia de
mesmo resolução escreva a tabela a seguir no quadro, que cor-
problema assim: responde ao espaço amostral.

1 2

PA  A   P A  AC  P AC  A 
1 2
  + 1 2 1
3 4 5 6
2
1 2 3 4 5 6 7
 1 A  A C
1
C
2  2 3 4 5 6 7 8
8 7 3 4 5 6 7 8 9
1  4 5 6 7 8 9 10
12 11
56 5 6 7 8 9 10 11
1 6 7 8 9 10 11 12
132
132 56
 132  132 E mostre aos estudantes que se não fizer uso da
proba-
76 19 ou 57, bilidade complementar deve-se por exemplo calcular
  57%
132 33 todas as probabilidades destacadas na tabela a seguir.
+ 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7
2 3 4 5 6 7 8
ATIVIDADES 3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
Professor(a), na atividade 1 o objetivo é aplicar a 5 6 7 8 9 10 11
pro- priedade PA  PA   1 da probabilidade
C
6 7 8 9 10 11 12
condicional.
3. No lançamento simultâneo de dois dados, qual a
1. Se PA  0, 25 , determine PAc pro- babilidade de não sair a soma 4?
 . Sugestão de solução: Sugestão de solução:
P A  PAC   1 Seja o evento A : sair soma igual a
P  A C   1 P  A 

P AC   1 0,    0,
25 P A C 75
13
5
SEDUC

4  A = {(1;3), (2;2),  36. n A  3


(3;1)} Portanto:
Já sabemos que n S
3 1
P A  
36 12
2. No lançamento de um dado perfeito, qual é a Então a probabilidade de sair soma diferente de 4 é:
proba- bilidade de não sair o número 6.
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P A  P AC   1 Probabilidade de que um fã seja sorteado P₁ :

   1 P  A 
P AC
– Casos favoráveis:

1 ser fã  0,8   ser aprovado 0, 9  0,8  0, 9


P A C
  1 – Casos possíveis de serem sorteados:
12 ser fã 0,8  ser aprovado 0, 9  não ser fã 0, 2
12 1
P  AC   ser aprovado 0,15  0,8  0, 9  0, 2  0,15
12 12
11
C
0,8  0, 9 0, 72 0, 72 24
P    
P A    12 1
0,8  0, 9  0, 2  0,15 0, 72  0, 03 0, 75 25
Probabilidade de que um não fã seja sorteado:
4.No lançamento simultâneo de dois dados, vamos P2  1  P₁
de- terminar a probabilidade de não sair a soma 5. 24 1
P  1 
Sugestão de solução: 2
25 25
No lançamento de dois dados temos o espaço 24
amostral
de 36 elementos. Considerando os eventos em que Assim: P1
 25 
a soma seja 5, temos: {(1, 4), (2, 3), (3, 2), (4, 1)}.
Probabi- lidade de sair a soma 5 é de 4 entre 36, 24 P2 1
então, temos: 25
4 1
que: P 5    0,1111
36 9 (B)4. (E) 96.
Seja B a probabilidade de não sair a soma 5, assim: (C)6.
P B  1 P5 Gabarito: D
1 8 Sugestão de solução:
P B  1   0,8888
9 9
Professor(a), na atividade 5 o objetivo é apresentar ao
estudante uma questão do Enem, que além do
objeto do conhecimento probabilidade
complementar, tam- bém aborda situação problema
e razão. Comente com os(as) estudantes sobre a
importância da conexão dos diferentes objetos do
conhecimento na matemática.
5. (Enem 2017) Um programa de televisão criou
um perfil em uma rede social, e a ideia era que
esse per- fil fosse sorteado para um dos seguidores,
quando es- ses fossem em número de um milhão.
Agora que essa quantidade de seguidores foi
atingida, os organizado- res perceberam que apenas
80% deles são realmente fãs do programa. Por
conta disso, resolveram que to- dos os seguidores
farão um teste, com perguntas obje- tivas referentes
ao programa, e só poderão participar do sorteio
aqueles que forem aprovados. Estatísticas revelam
que, num teste dessa natureza, a taxa de apro- vação é
de 90% dos fãs e de 15% dos que não são fãs.
De acordo com essas informações, a razão entre a
pro- babilidade de que um fã seja sorteado e a
probabilida- de de que o sorteado seja alguém que
não é fã do pro- grama é igual a
(A) 1. (D) 24.

13
7
SEDUC

Semana 3 - Junho número, chamado de probabilidade. Desta forma, a


probabilidade é uma estimativa numé- rica da

Modelos de Probabilidades
Nas aulas anteriores, aprendemos a formação do
VAMOS AvAnçAr?
“modo de pensar” em probabilidade. Lembre-se: ocorrência desse evento na próxima vez que o
• Fenômenos definidos geralmente ocorrem fenômeno se repetir.
da mesma maneira e nas mesmas condições. Esta probabilidade pode ser calculada de
Quando o evento muda quantitativa e diversas formas, sendo as mais usuais:
qualitativamente, a ocor- rência de fenômenos • O cálculo a priori: quando se conhece
determinísticos muda direta- mente em relação a perfeita- mente o espaço amostral e, considera-se
essas mudanças. os eventos unitários equiprováveis;
• Um fenômeno aleatório (não determinístico) • O cálculo a posteriori: quando se possui uma
pode produzir vários resultados diferentes, co- leção de informações retrospectivas de
mesmo sob as mesmas condições. O conjunto ocorrência dos eventos e pode-se imaginar que,
desses resul- tados possíveis é chamado de sob as mesmas condições, os próximos resultados
espaço amostral. Em cada evento (resultado do fenômeno re- petirão, aproximadamente, o já
provável) desse fenômeno, associamos um ocorrido.
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6.Dardos é um esporte que consiste no arremesso


Vamos estudar alguns casos: de dardos contra um alvo circular apoiado numa
super- fície vertical. O jogo de dardos é popular ao
Probabilidade geométrica
redor do mundo, e passou a ser praticado também
profissional-
Seja S o espaço amostral associado a um mente. Um designer projetou um conjunto de novos
experi- mento A de um evento de S . modelos de alvos quadrangulares para o jogo de dar-

Defini-se: área de A dos. Observe os alvos projetados a seguir.


P A
área de S

Generalização:
 área

medida de  medida  comprimento
A A 
P
 contagem
medida de S 
Exemplo:
Qual a probabilidade de lançar um dardo e acertar
a região definida pelo quadrado de lado 2 cm a
seguir.
Solução:

Área de S (quadrado maior): 5 5  25cm² Considere que:


• Todas essas regiões quadrangulares amarelas
Área de A (quadrado menor): 2  2  4cm² têm as mesmas medidas;
• Todas as regiões quadrangulares verdes têm
áreade A 4 as mesmas medidas;
P  A    0,16
área de S 25 • A pontuação máxima a ser obtida é acertar o
A probabilidade de lançar um dardo e acertar a cen- tro da região verde.
região definida pelo quadrado de lado 2 cm é de Agora, responda as seguintes perguntas:
16%.
a)Qual o procedimento matemático posso utilizar
para descobrir qual é o alvo mais difícil de se
acertar, para obter a pontuação máxima?
ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
b) Matematicamente, qual é o alvo mais difícil de se
Professor(a), após a retomada dos conceitos acertar para obter a pontuação máxima?
estudados até este ponto acerca do cálculo das Sugestão de solução:
probabilidades, procuramos oportunizar o estudo a) Calcularaprobabilidadegeométrica, atravésdasentença:
mais aprofundado desse tema, assim nas atividades
de 6 a 10 o objetivo
é desenvolver a habilidade do cálculo da
PA área do quadrado verde
probabilidade geométrica. Observando o DC-GOEM, área do quadrado amarelo 
temos as habi- lidades de identificar e compreender 
os conceitos es-
senciais de probabilidade no lançamento de dados pode disponibilizar o REVISA GOIÁS 2ª SÉRIE
ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre MATEMÁTICA MARÇO/
outros e, o foco neste momento, é exatamente ABRIL-ESTUDANTE, que desenvolve as habilidades
neste termo “entre outros”, que por vezes passa referentes ao cálculo de área de forma extensiva.
desapercebido. E como sempre tentamos conectar
com o Enem acredi- tando ser um tema importante
de antever questões ligadas a este objeto.
Professor(a), nestas aulas, a probabilidade
geométrica requer do(a) estudante o domínio do
cálculo de áre- as, então caso os(as) estudantes
demonstrem alguma dificuldade, você professor(a)
13
9
SEDUC

b) Matemáticamente não existe diferença entre os


alvos, pois as medidas das áreas amarelas são
todas equivalentes e das áreas verdes são todas
equivalen- tes entre si.

7. Um atirador, com os olhos vendados, procura


atingir um alvo circular com 50 cm de raio, tendo no
centro um disco de 10 cm de raio, conforme figura Se em certo momento temos a informação de que o
a seguir. atirador acertou o alvo. Qual deve ser a
probabilidade de que tenha atingido o disco central?
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Sugestão de
solução: 9. No triângulo equilátero ABC a seguir foram marca-
A área de um círculo com raio r é da forma A  π  r2 dos os pontos médios relativo a cada um de seus
. lados e, delimitando-se assim, um novo triângulo
O círculo maior tem raio igual a 40 cm e área equilátero DEF. Esse novo triângulo, interno ao
A  π  402  1600π . Enquanto o círculo menor com triângulo original, é chamado de buraco.
raio medindo 10 cm tem área B  π 102  100π .
Portanto, considerando P  Y  a probabilidade do
atira- B
dor ter atingido o disco central temos P  Y   ,
logo:
A
P Y 100π
 1600π
1
P  Y    0, 0625  6, 25%
16

8.Observe os alvos a seguir e depois responda as


Escolhendo-se ao acaso um ponto no triângulo
per- guntas.
equilá- tero original qual a chance desse ponto
pertencer ao buraco?
Sugestão de solução:
Considere o triângulo equilátero ABC , com
AB  AC  BC  l , sua área é expressa por
l2 3
AABC  4

Ao ligar os pontos médios gerou o triângulo DEF (in-


Considere que a pontuação máxima a ser obtida é terno ao triângulo ABC ) conforme figura. O lado do
acertar o centro da região verde. triângulo equilátero DEF mede metade da medida do
l
lado do triângulo ABC , portanto, DE  DF  EF  com a
2
a)Calcule a probabilidade de acertar a região verde área igual 2
do alvo 1. a: l
 3
2
b) Calcule a probabilidade de acertar a região verde ADEF   
4
do alvo 2.
c)A probabilidade de acertar a região verde dos l2 3
alvos 1
4 l2 3
e 2 é igual? Justifique a sua ADEF  
4 16
resposta.
d)Em qual dos alvos é mais fácil acertar a região Assim, escolhendo-se ao acaso um ponto do triângulo
verde? equilátero ABC , considerando P  X  a chance deste
Sugestão de solução:

a) área verde ponto estar no triângulo equilátero DEF é:


P  A1   área amarela A
P  X   DEF
x x x2 AABC

5 5 l2 3
P 
25 1A  
x  x x2 P  X   16
2
P  A1   x  12  1 l2 3
4
25 x 25 1
PX 
b) áreaverde 4
P  A2  
área amarela P  A2   4 4  216
2 xx x
x x x

14
1
SEDUC

10.O alvo a seguir ilustrado na figura, no qual os anéis são igualmente


foi dividido em espaçados. Acertando determinado anel o jogador
anéis como recebe a pon- tuação como descrito na legenda.
2
P  A2  x  12  1 20 pontos
50 pontos
16 x 16
c)A probabilidade de acertar a região verde dos 80 pontos
alvos 1
e 12 não é igual, pois P  A  e P  A   1  100 pontos

1
25 2
16
d) O alvo 2 é mais fácil acertar, pois a Sabendo que o jogador acertou o alvo. Qual a
probabilidade de acertar o alvo 1 é de 4% e de probabi- lidade de ter obtido:
acertar o alvo 2 é de 6,25%.
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a)100 pontos? c) 50 pontos?


Semana 4 - Junho
b) 80 pontos? d) 20
pontos? Sugestão de solução: VAMOS SiSTEMATizAr?
Observe que os anéis são igual-
mente espaçados, Modelo binomial
Seja um experimento aleatório qualquer que apre-
senta as seguintes características:
O raio do círculo completo é 4x , então a área do • consiste na realização de um número finito e
círcu- lo completo é: co- nhecido n de ensaios (ou repetições);
A  π   4x   16πx2
2 • cada um dos ensaios tem apenas dois
resultados possíveis: “sucesso” ou “fracasso” (estão
Área da coroa circular verde: entre aspas, porque a definição de sucesso não
Averde = π � 4x 2 − π � 3x 2
quer dizer neces- sariamente algo “positivo”, e
porque poderá significar um grupo de resultados);
Averde = π � 16x2 − π � 9x2 e
• os ensaios são independentes entre si, apresen-
Averde tando probabilidades de “sucesso” ( p ) e de “fracasso”
= 7πx2 1– p constantes.
Área da coroa circular azul:
Neste caso, estamos interessados no número k
2 2
Aazul = π � 3x − π � 2x de “sucessos” obtidos nos n ensaios: como o espaço

Aazul amostral é finito (vai de 0 a n ), uma variável


= π � 9x2 − π � 4x2 aleatória associada seria discreta. Este tipo de
Aazul = 5πx2 experimento é chamado de binomial.
Área da coroa circular amarela: Então, a variável aleatória discreta X , número de
“sucessos” nos n ensaios, apresenta uma distribuição
Aamarela = π � 2x 2 − π � x 2
(modelo) binomial com os seguintes parâmetros:
Aamarela = π � 4x2 − π � x2 n  número de ensaios p  probabilidade de “sucesso”
O cálculo da probabilidade se dá por:
Aamarela = 3πx2
n
P  X  k   n,k  pk 1 p
nk
Área do círculo mostarda: 2 , onde C  k ! n  k
nk

Amostarda = π � x C 
!

Amostarda = πx2 Para entendermos esta fórmula e seu cálcu-


lo, vamos estudar um caso em particular:
πx2 1
a) P 100 = = = 0,0625 Vamos ver com maiores detalhes o caso do
16πx2 16 núme- ro de meninos e meninas nascidos em uma
Então, a probabilidade de ter obtido 100 pontos é família.
de 6,25%. Chamando menino de evento H, será o “sucesso”,
3πx2 3 e meninadeevento M,
b)
P 80 = = = 0,1875 esabendopelahistóriadafamíliaque P(H) = 0,52 e P(M)
16πx2 16 = 0,48 (então p = 0,52 e 1– p = 0,48).
Então, a probabilidade de ter obtido 80 pontos é de
18,75%. Quais serão as probabilidades obtidas para a
5πx2 5 variá- vel aleatória número de meninos em três
c) nascimentos?
P 50 = = = 0,3125
16πx2 16 Vamos obter a distribuição de probabilidades:
Então, a probabilidade de ter obtido 50 pontos é de
31,25%. Usando os conceitos gerais de probabilidade, é
preciso primeiramente determinar o espaço
amostral, como poderão ser os sexos das três
crianças:
Ω    H , H , H ;  H , H , M ;  H , M , H ;  M , H , H ;
14
3
 H , M , M ;  M , H , M ;  M , M , H ;  M , M , M 
SEDUC
7𝜋𝑥 2 7
d) 𝑃 20 = = = 0,4375 Supondo que os nascimentos sejam
16𝜋𝑥 2 16 independen- tes, podemos calcular as probabilidades
Então, a probabilidade de ter obtido 100 pontos é
de 43,75%. de cada inter- secção simplesmente multiplicando as
probabilidades
individuais de seus componentes:

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P  H , H , H   P  H  P  H  P  H   p  p  p  p 3 𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,48
1 2

𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,2304 ≅ 0,3594


P H , H , M   P  H  P  H  P M   p  p 1 – p  p2

1 – p P H , M , H   P  H  P M  P  H   p 1 – Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de


nascer um menino, é de 35, 94%.
p p  p2 1 – p PM , H , H   P M  P  H  P  H  1 –
Segundo: para o nascimento de dois meninos, temos
p   p  p  p2 1 – p que
P H , M , M   P  H  P M  P M   p 1– p    1– p  p 1– k
p
2

n!
PM , H , M   P M  P  H  P M  1 – p   p 1– p  p 1–  X  k   Cn,k 1 , onde C 
nk
n,k
k ! n  k !
p
2
p p
3!
 X  2  C3,2 0, 52 0, 48 , onde C
2 32
PM , M , H   P M  P M  P  H  1– p    1– p   p  p 1–  3
3,2
2! 3 
p
2
2 1
P3 M , M , M   P M  P M  P M  1– p    1– p    1– p 1–
p
2!

Observe que:  X  2  3 0, 52 0, 48


X  2  3 0, 2704 0, 48  0, 3893
P   H , H , H    p3
Probabilidade de três “sucessos” Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
nascer dois meninos, é de 38, 93%.
P  H , H , M   P  H , M , H   P  M , H , H   p 2  1 –
Terceiro: para o nascimento de três meninos, temos:
p
Probabilidade de dois “sucessos” n!
 X  k   n,k  pk 1 p
nk
, onde n,k k ! n  k !
 
P2  H , M , M   PM , H , M   PM , M , H   p 1 – 3!
p
C C
3,3

Probabilidade de um  X  3  0, 52 0, 48
3 33
, onde  1
3! 3  3 !
“sucesso” C3,3 C

Importa apenas a “natureza” dos sucessos, não a


 X  3  10, 52 0, 48
3 0

or- dem em que ocorrem: com a utilização de


combina- ções, é possível obter o número de X  3  10,140608 1  0,1406
resultados iguais para cada número de sucessos.
Supondo que o núme- ro de ensaios n é o número Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
de “objetos” disponíveis e, que o número de nascer três meninos é de 14, 06%.
“sucessos” em que estamos interes- sados Agora podemos entender a fórmula inicialmente dada:
(doravante chamado k ), é o número de “espa-
ços” onde colocar os objetos (um objeto por n!
P  X  k   n,k
C  pk 1 , onde Cn,k
nk
espaço), o número de resultados iguais será: k ! n  k

p !
Cn,k  n!
k ! n  k
!
Para o caso anterior, em que há três ensaios ( n  3 ):
para três sucessos k  3! 3!
C3,3  3!3  3! 3! 0!  1
ATIVIDADES DE SiSTEMATizAçÃO
3
(o mesmo resultado obtido por enumeração);
3! 32!
C   3
para dois sucessos k  2! 3  2! 2!1 Professor(a), nas atividades 11 e 12 o objetivo é
3,2

2 desen-
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5
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(o mesmo resultado obtido por enumeração);


volver a habilidade do cálculo da probabilidade bino-
para um 3! 32! mial, e para isto estamos usando o lançamento de
k  C3, 
1! 3 1! 12!  3
mo- eda, dialogue com os(as) estudantes que existe
sucesso 1
1 outras
(o mesmo resultado obtido por enumeração); possibilidades para o cálculo dessa probabilidade, mas
Vamos calcular essas três possibilidades. mostre que a binomial facilita esse cálculo.
Como estratégia de aprendizagem na atividade 11 lis-
Primeiro: para o nascimento de um menino, temos te juntamente como os(as) estudantes o espaço
que: amos-
 X  k   n,k  pk 1 pnk , onde n! tral, no primeiro momento eles(as) acharão, que
k ! n  k !
C
n,k
  listar o espaço amostral é método mais fácil para
C
C
3! resolver a
 0, 52  0, 48 , onde 𝐶 =
=3 atividade. Depois peça aos estudante para listarem o
    
1
3,1
3,1 1! � 3 − 1 ! espaço amostral, com isto eles(as) chegarão a
conclu- são que o uso da binomial facilita.

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11.Qual a probabilidade de se observar duas caras,


em três lançamentos imparciais, de uma moeda 1 p : 1 0, 52  0, 48
honesta? Considere: n  3 ; p  0, 5 . n : número total de filhos 5
Sugestão de solução: k : número desejado de filhos do sexo masculino 2
p : 0, 5 ou 1
P  X  k   Cnk k p    nkp
1 p : 2 1
1 0,  0, 5 ou C  5!  5 4 3!  5 2  10
5
2 C5,25,
n : número total de lançamentos 2 2!3! 2 13! 1
3
P  X  2  10 0, 52 0, 48
2 3
k : número de caras desejadas
2
P  X  k   n,k  pk 1 p
nk

C
3! 3 2! 3
P  X  2  10 0, 2704 0,110592
C3,2    3
2!1! 2!1 1
1
P  X  2  0, 29904
X  2  3 1   
1 2
P A probabilidade de nascer 2 filhos do sexo masculino
 2 2

    nessa família, dentre os 5 nascimentos, é de aproxima-
3
P  X  2  3    0, 375 damente 29, 9%.
1 8

23
A probabilidade de se observar duas caras, em 14. Em uma indústria, a probabilidade de um
três lançamentos imparciais, de uma moeda produto ser fabricado com algum defeito é de 2%.
honesta é de 37, 5%. Se em uma hora essa indústria fabrica dez produtos,
qual é a pro- babilidade de dois desses produtos
12.Qual a probabilidade de se observar quatro caras, serem defeituosos?
em dez lançamentos imparciais, de uma moeda Sugestão de solução:
honesta? 2
p : 2% ou
Considere: p = 0,5. 100
98
1 p : 1 0, 02  0, 98 ou
Sugestão de solução: 100
1 n: número produtos fabricados 10
p : 0, 5 ou
2 k: número de peças defeituosas 2
1
1 p : 1 0, 5  0, 5 ou
P  X  k   n,k  pk 1 p
nk
2
n : número total de lan çamentos
C
10
k : número de vezes caras desejadas 10! 10 9 8! 10 9
4
C    45
nk
P  X  k   C  pk 1 p 10,2
2!8!2 18! 2 2 8
n,k  2   98 
10 9 8 7 6! 10 9 8  
C7 
10!
  P  X  2  45  100

100
10,4    
4!6! 4 3 2 16! 4 3 2 1 4 988
C  10 3 7  210 P  X  2  45  2  8
10,4
1 6 100 100
1 1
4
988
P  X  4  210    P  X  2  180100

2 10

2    
1 1
P  X  4  210  

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7
SEDUC

4 6 15.Um dado é jogado 7 vezes. Qual é a


2 2 probabilidade de sair o número 5 quatro vezes?
P  X  4 210  210  0, 20508
10
2 1024
Sugestão de solução:
A probabilidade de se observar quatro caras, em 1
dez lançamentos imparciais, de uma moeda honesta, p : Probabilidade de sair o 5 em cada jogada:
6 5
é de aproximadamente 20, 5% . 1 p : Probabiliade de não sair o 5 em cada jogada:
13.Uma família deseja ter 5 filhos, e sabe-se que a 6
pro- babilidade de nascer uma criança do sexo (porque é o complementar de A)
masculino é de 0,52. Qual a probabilidade de n : número total de lançamentos 7
nascer 2 filhos do sexo masculino?
k : número de vezes que quer que aconteça 4
Sugestão de
P  X  k   n,k  pk 1 p
nk
solução:
p : 0,52 C
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10! 10 9! 10
C10,1  1!9!  19!  1  10
Cü  7! 357 6 5 4!  7 6 5  7 5 
C
7,4 1 9
4!3! 4!3 2 1 3 2 1 1 2 1 2 1
P X  1  10     10   9
4 3
P  X  4  35 1   5 
  3 3
  
 3   3
6 6 10 2
1 125 P  X  1 
P  X  4  35  
1269 216 310
4375
P  X  4   0, 0159
274104 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
Portanto, a probabilidade de sair o número 5 quatro
vezes é de 1, 59%. Professor(a), assim como enviamos uma avaliação
diagnostica no início do REVISA GOIÁS – Estudante,
Professor(a), na atividade 16, além do objetivo do uso encaminhamos, também, ao fim do seu material,
e cálculo da binomial, objetiva que, o(a) tenha uma sugestão de avaliação baseada nas habilidades
contato com questões do Enem, pois é um tema desen- volvidas ao longo desta aula.
cobrado nesse exame.
Ressaltamos que, essa, é uma sugestão para
16.(Enem 2017) Numa avenida existem 10 otimizar seu tempo de planejamento e avaliação
semáforos. Por causa de uma pane no sistema, os didática. Desta forma, sinta-se à vontade para retirar
semáforos fica- ram sem controle durante uma hora, ou acrescentara- tividades nesta avaliação pois,
e fixaram suas lu- zes unicamente em verde ou ninguém melhor de que você conhece a realidade de
seus estudantes.
vermelho. Os semáforos funcionam de forma
Nesta avaliação objetiva verificar se os estudantes
independente; a probabilidade de acusar a cor verde
re- compuseram as habilidades necessárias para o
é de 2 e a de acusar vermelha é de 1 desen- volvimento das habilidades previstas para o
3 3 1º corte
. Uma pessoa percorreu a pé toda essa avenida durante temporal da 3ª série do Ens. Médio, assim, caso
o período da pane, observando a cor da luz de cada sejam verificados lacunas nessa recomposição,
um desses semáforos. sugerimos revisitar o material e analisar se o seu
estudante con- seguiu desenvolver as habilidades
Qual a probabilidade de que esta pessoa tenha
previstas para o ter- ceiro grupo de atividades
obser- vado exatamente um sinal na cor verde?
7!
(A) 1.Considere a expressão 
10×2
310 2!5!
O valor dessa expressão é igual a
(B) 9

10×2
310 (A) 7. (D) 28.
210
(C) (B)14. (E) 42.
3100
(C)21.
290
(D) Gabarito: C
3100 Sugestão de
solução:
2
(E) 7! 7  6 5! 7  6 42
310     21 3
n : número total de semáforos observados 10.
Gabarito: A
k : número de vezes a se observar a cor verde 1.
Sugestão de
solução:
p : Probabilidade de a pessoa ver a cor verde:
2
3
1 p : Probabilidade de a pessoa ver vermelho:
1

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SEDUC

2!5! 2!5! 2 2 desejo usar na volta o mesmo meio de transporte


usado na ida.
2. Suponha que para fazer uma viagem Rio- De quantas maneiras posso escolher os transportes?
Belo Ho- rizonte-Rio, eu posso usar como
transporte o trem, o ônibus ou o avião. Não (A) 2 (D) 6
(B)3 (E) 9
P  X  k   n,k  pk 1 (C)5
C p
nk Gabarito: D
Sugestão de
solução: Ida: 3
opções.
Volta: 2 opções.

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0
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Pelo PFC: 3 2 
6 5. Durante um campeonato de futebol, um time con-
Desta forma, existirão 6 opções para escolher o seguiu 5 vitórias, 3 derrotas e 2 empates durante
trans- porte. 10 partidas.
De quantas maneiras distintas esse resultado pode
3.Joãozinho está brincando com os seus 5 carrinhos ter ocorrido?
e
os enfileirando de maneiras distintas. (A) 5040 (D) 630
De quantas maneiras distintas Joãozinho pode (B)2520 (E) 315
enfilei- rá-los? (C)1260
(A) 5 (D) 120 Gabarito: B
Sugestão de
(B)10 (E) 720
solução:
(C)25 Queremos encontrar todas os reordenamentos pos-
Gabarito: D síveis para as 5 vitórias, as 3 derrotas e os 2
Sugestão de empates. Logo, temos uma permutação com
solução: repetição:
Quantidade de carrinhos: 5
Pelo PFC: 5 4 3 2 1  10! 10 9 8 7 6 5! 10 9 8 7 6
120. P5,3,2    
Joaozinho poderá enfileirá-los de 120 maneiras 10
5!3!2! 5!3!2! 3!2!
distintas. 10 9 8 7
 10 9 4 7  2520
2!
4. Simone decidiu organizar a sua prateleira de
livros. Ela possui 6 livros, todos distintos entre si,
6. Durante as eleições de diretor e vice-diretor esco-
sendo que 3 possuem capas na cor verde, 2 possuem
lar de uma escola, ficou determinado pelo edital que
capas na cor amarela e 1 possui capa na cor azul.
o diretor seria o candidato mais votado e o vice-
De quantas maneiras distintas Simone pode ordenar diretor o segundo candidato mais votado. Se, em
os seus livros de modo que livros de uma mesma determinada escola, 4 profissionais se candidataram
cor fiquem sempre lado a lado? para as vagas de gestores.
(A) 10 maneiras (D) 36 maneiras O número de resultados distintos que podemos ter
(B)18 maneiras (E) 72 maneiras para diretor e vice-diretor é:
(C)24 maneiras (A) 8. (D) 15.
Gabarito: E (B)10. (E) 16.
Sugestão de (C)12.
solução: Gabarito: C
Quantidade de livros: 6 Sugestão de
Quantidade de livros com capa verde: 3 solução:
Como é necessário agrupar 4 candidatos de 2 em 2,
Quantidade de livros com capa amarela:
em uma situação em que a ordem importa, tem-se
2 Quantidade de livros com capa azul: 1
um arranjo simples de 4 elementos tomados 2 a 2.
Por agrupamento das cores: 3 2 1 6 Dessa forma, aplica-se a fórmula:
Usando a permutação dentro do agrupamento de n! 4! 4! 4 3 2!
cada
cor, temos:
An; p     4 3  12
Verde  3! n  p! 4  2! 2! 2!

Amarelo  2! 6 12  72
Azul  1! Desta forma, Simone pode ordenar os seus livros de
3!2! 1! 12 72 maneiras distintas.
Desta maneira, ao multiplicar as permutações do
agrupamento de cada cor pelo agrupamento das
co- res, temos:

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SEDUC

Portanto, existem 12 maneiras diferentes para o número é sorteado, aleatoriamente, den- tre os 50
resul- tado dessa eleição. possíveis. Em todas as rodadas, o número sorteado
é descartado e não participa dos sorteios das rodadas
7. (ENEM 2022) Em um jogo de bingo, as seguintes. Caso o jogador tenha em sua carte- la o
cartelas con- têm 16 quadrículas dispostas em linhas número sorteado, ele o assinala na cartela. Ganha o
e colunas. Cada quadrícula tem impresso um jogador que primeiro conseguir preencher quatro
número, dentre os intei- ros de 1 a 50, sem quadrículas que formam uma linha, uma coluna ou
repetição de número. Na primeira rodada, um uma

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diagonal, conforme os tipos de situações ilustradas


sexta rodada, tirando o 11 na quarta rodada e o 19
na Figura 1.
na sexta rodada (ou vice-versa), completando a
diagonal:
ü
2
46 45 46 45
Somando todos os casos, tem-se:

1 45 2 2 1 49
46  46 45  46 45  46 45  46  46 45
8. (ENEM 2023) Ao realizar o cadastro em um
apli- cativo de investimentos, foi solicitado ao
O jogo inicia e, nas quatro primeiras rodadas, foram usuário que criasse uma senha, sendo permitido o
sorteados os seguintes números: 03, 27, 07 e 48. uso somente dos seguintes caracteres:
Ao final da quarta rodada, somente Pedro possuía
• algarismos de 0 a 9;
uma cartela que continha esses quatro números
sorteados, sendo que todos os demais jogadores • 26 letras minúsculas do alfabeto;
conseguiram as- sinalar, no máximo, um desses • 26 letras maiúsculas do alfabeto;
números em suas car- telas. Observe na Figura 2 o
cartão de Pedro após as quatro primeiras rodadas. • 6 caracteres especiais !, @, #, $, *, &.
Três tipos de estruturas para senha foram apresenta-
das ao usuário:
• tipo I: formada por quaisquer quatro caracteres
dis- tintos, escolhidos dentre os permitidos;
• tipo II: formada por cinco caracteres distintos, ini-
ciando por três letras, seguidas por um algarismo e,
ao final, um caractere especial;
A probabilidade de Pedro ganhar o jogo em uma • tipo III: formada por seis caracteres distintos, inician-
das duas próximas rodadas é do por duas letras, seguidas por dois algarismos e,
ao final, dois caracteres especiais.
1 1 ü
(A)   (D)   Considere p1, p2 e p3 as probabilidades de se desco-
46 45 46 46 45 brirem ao acaso, na primeira tentativa, as senhas dos
ü tipos I, II e III, respectivamente.
(B) 1  2  (E)  
46 46 45 Nessas condições, o tipo de senha que apresenta a
46 46 45
me- nor probabilidade de ser descoberta ao acaso, na
pri-
1 8 Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na
(C)  
46 46 45
Gabarito: E
Sugestão de resolução:
A probabilidade de Pedro ganhar na quinta rodada é
ti- rar o número 12 que falta na primeira linha, entre
1
os 46 que ainda não foram sorteados:
46
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar
na sexta rodada, tirando outro número na quinta e
o 12 na sexta rodada:
45 1 45
46  45  46 45
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na
sex- ta rodada, tirando o 05 na quarta rodada e o 45
na sexta rodada (ou vice-versa), completando a última
coluna:
ü
2
46 45 46 45
15
3
SEDUC

meira tentativa, é o encon- tradas ao realizar:


68 67 6665 .
(A) tipo I, pois p1 < p2 < p3. No segundo tipo, o total de opções são encontradas
(B)tipo I, pois tem menor quantidade de ao realizar:
caracteres. 5251 5010 6  52 51 50 60 .
(C)tipo II, pois tem maior quantidade de letras. No terceiro tipo, o total de opções são encontradas
(D)tipo III, pois p3 < p2 < p1. ao realizar:
525110965  52514560 .
(E)tipo III, pois tem maior quantidade de
Montando essas contas, percebemos que o tipo I
caracteres. Gabarito: D
tem mais senhas, o tipo II menos e o tipo III menos
Sugestão de resolução:
ainda.
Temos, no primeiro tipo, o total de opções são

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Ou
seja: 10. Uma fábrica produz 20 itens de alta complexidade
p3 p2  p1. por dia. Por causa de uma pane no sistema, certo dia
Logo, a probabilidade de acerto é menor no tipo I, a produção dessa fábrica detectou que a
maior no tipo II e maior ainda no tipo III. possibilidade de se produzir uma peça defeituosa é
2
de  Um funcio- nário testou todos os itens
9. O alvo a seguir foi dividido em anéis 5
produzidos ne sse dia.
concêntricos como ilustrado na figura, no qual os Qual a probabilidade desse funcionário ter
anéis são igual- mente espaçados. encontrado dois produtos defeituosos?
18
(A) 760  3 190 3
18

(D)  536
3
18
520
(B) 760  18
(E) 23
536 40   2 
5
 
(C)
18
190 3
 518
Considerando que uma pessoa acertou o alvo, qual Gabarito: A
a probabilidade de ter acertado no círculo central?
Sugestão de
solução:
1 2
(A) 1 p: 5
2 (D)
5 2 3
1 p : 1 
1 2 5 5
(B) (E)
4 5 n: número produtos fabricados 20
1
(C) k: número de peças defeituosas 2
P  X  k   n,k  pk 1 p
nk
3
C
Gabarito: C
Sugestão de 20! 20 19 18! 20 19
C20,2 2!18!  2 118!  2  190
solução:
Observe que os anéis são igualmente
espaçados, 18
3
 
2
P X  2  190  2 
5
 5   
18
P  X  2  1904 2318

5 5

P X  2   760  320
18

O raio do círculo completo é 2x , então a área do 5


círcu- lo completo é:
11. (Enem 2017 – Reaplicação/PPL / Adaptado)
A   2x  4 x2
2
Um programa de televisão criou um perfil em uma
rede so- cial, e a ideia era de que esse perfil fosse
Área da coroa circular verde: sorteado para um dos seguidores, quando esses
fossem em número
A A Averde
verd verde
e

15
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SEDUC

  2x
2
   3 x
2
de um milhão. Agora que essa quantidade de segui-
dores foi atingida, os organizadores perceberam
 x
2
que apenas 70% deles são realmente fãs do
  4x 2    programa. Por conta disso, resolveram que todos os
x2 seguidores farão um teste, com perguntas objetivas
referentes ao pro-
Área do círculo azul: grama, e só poderão participar do sorteio aqueles que
Aazul
   x forem aprovados. Estatísticas revelam que, num
teste dessa natureza, a taxa de aprovação é de 80%

2
Aazul
dos fãs e de 20% dos que não são fãs.
  x2  x2 1 De acordo com essas informações, a razão entre a
P azul  
3 x2 3 pro- babilidade de que um fã seja sorteado e a
probabilida- de de que o sorteado seja alguém que
não é fã do pro- grama é igual a
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1 28
(A) (D)
3 3
28 3
(B) (E)
31 10
3
(C)
31
Gabarito: D
Sugestão de
solução:
Probabilidade de que um fã seja sorteado P₁ :
– Casos favoráveis:
ser fã 0, 7  ser aprovado  0, 7 0,8
0,8
– Casos possíveis de serem sorteados:

ser fã 0, 7   ser aprovado 0,8  não ser fã 0, 3


ser aprovado 0, 2⟶
 0, 7 0,8  0, 3 0, 2

0, 7 0,8 0, 56 0, 56 56 28
P1 
0, 7 0,8  0, 3 0, 2 0, 56  0, 06 0, 62  62  31

Probabilidade de que um não fã seja sorteado:


P2  1  P₁
28 31 28 3
P2  1   
31 31 31 31
28
Assim: P1  31 
28
P2 3 3
31

12. (Enem 2010 – Reaplicação/PPL) Em uma reserva


florestal existem 263 espécies de peixes, 122
espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1132
espécies de borboletas e 656 espécies de aves.
Se uma espécie animal for capturada ao acaso, qual
a probabilidade de ser uma borboleta?
(A) 63,31% (D) 49,96%
(B)60,18% (E) 43,27%
(C)56,52%
Gabarito: D
Sugestão de
solução:
Se uma espécie de animal for capturada ao acaso, a pro-
babilidade de uma borboleta ser capturada ao acaso é:
casos favoráveis
 1132 1132
casos possíveis 263 122  93 1132  656 2266 
0, 49955  49, 96%
15
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Expediente
Governador do Estado de Superintendente de Gestão Estratégica e
Goiás Avaliação de Resultados
Ronaldo Ramos Caiado
Vice–Governador do Estado de Goiás Márcia Maria de Carvalho Pereira
Daniel Vilela
Superintendente do Programa Bolsa Educação
Secretária de Estado da Educação Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento
Secretária–Adjunta Curricular
Helena Da Costa Bezerra Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Diretora Pedagógica Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Alessandra Oliveira de Almeida Evandro de Moura Rios
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Fundamental Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria Alexsander Costa Sampaio
Superintendente de Ensino Médio Coordenadora de Recursos Didáticos para o
Osvany Da Costa Gundim Cardoso Ensino Médio
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Superintendente de Segurança Escolar e
Colégio Militar Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Cel Mauro Ferreira Vilela Edinalva Filha de Lima Ramos
Edna Aparecida dos Santos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte Katiuscia Neves Almeida
e Educação Maria Aparecida Oliveira Paula
Marco Antônio Santos Maia Norma Célia Junqueira de Amorim
Superintendente de Modalidades e Temáticas Professores elaboradores de Matemática
Especiais Alan Alves Ferreira
Rupert Nickerson Sobrinho Basilirio Alves da Costa Neto
Diretor Administrativo e Financeiro Jéssica de Rezende Graff Tinti
Andros Roberto Barbosa Tayssa Tieni Vieira de Souza
Tyago Cavalcante Bilio
Superintendente de Gestão Administrativa
Leonardo de Lima Santos Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Leonora Aparecida dos
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento Santos Sandra Márcia de
de Pessoas Oliveira Silva Silvio Coelho da
Hudson Amarau De Oliveira Silva
Superintendente de Infraestrutura Professor elaborador de Ciências Humanas e
Gustavo de Morais Veiga Jardim Sociais Aplicadas
Superintendente de Planejamento e Finanças Ricardo Gonçalves Tavares
Taís Gomes Manvailer Revisão
Superintendente de Tecnologia Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Bruno Marques Correia Diagramação
Adriani Grun
Diretora de Política Educacional
Patrícia Morais Coutinho

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