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2024

Hipertensão
PROVA GIESC 09.04.24
LUCAS S G ALVES
Definição:
1. Hipertensão Arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT,
longa duração, não transmissível e de progressão lenta).
2. Benefícios do tratamento > riscos.
3. É multifatorial e definida por fatores pressóricos.
4. Caracterizada pela Elevação Persistente da Pressa Arterial (PA).
a. PAS ≥ 140mmHG e/ou PAD ≥ 90 mmHG.
b. Medido, pelo menos, em duas ocasiões distintas (sem uso de
medicamento anti-hipertensivo) no consultório ou por
monitorização fora do consultório pelo
i. MAPA (Monitorização Ambulatorial da PA 24h mais
relacionada com risco CV e melhor relação com eventos não
fatais e fetais – como os coronários ou o acidente vascular
encefálico, AVE).
ii. MRPA (Monitorização Residencial da PA 3 aferições antes do
desjejum e da medicação, além de 3 antes do jantar por 5
dias; geralmente são valores mais baixos; com maior
adesão à medicação e maior controle de PA; mais
relacionada com LOA – especialmente a hipertrofia do
ventrículo esquerdo)
iii. AMPA (Automedida da PA por equipamento automático pelo
paciente sem estabelecer protocolos).
c. Define-se a classificação de acordo com a PA do consultório e pelo
nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica.
d. P. ex. Indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg são
definidos como portadores de HA sistólica isolada, enquanto a
presença de níveis de PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg
caracteriza a HA diastólica isolada. Tanto a HA sistólica isolada
quanto a HA diastólica isolada apresentam maior prevalência de HA
do avental branco (HAB).
5. 90% dos pacientes são assintomáticos, o que induz a busca por Lesão de
Órgão Alvo (LOA) em rins (insuficiência renal), retina (retinopatia
hipertensiva), cérebro (doenças cerebrais), vasos e coração (insuficiência
cardíaca).
6. Mais comum em homens.

Fatores que influenciam a:


1. Idade: PAS é mais preocupante com o avanço da idade, porque há
enrijecimento arterial e perda da complacência das grandes artérias.
2. Sexo: Masculino jovem tem PA maior, mas feminino idosa tem PA maior.
3. Obesidade: alimentação, falta de atividade física, problemas hormonais…
4. Sódio/Potássio: Ingerir muito sódio aumenta significativamente a PA (4,5 a
6 mmHG na PAS), mas o aumento da ingestão de Potássio ajuda no controle
da PA, isto é, dos níveis pressóricos [um dos principais fatores de risco
modificáveis].
5. Álcool: aumenta a PA.
6. AOS: apneia obstrutiva do sono tem relação com a PA (mais em homens
brancos), pois aumenta o risco para HAS resistente.

• A terapia não farmacológica deve ser tentada por 3 meses nos hipertensos
com risco baixo e 6 meses nos hipertensos com risco moderado.

Prevenção Primária:
1. Controle de peso, dieta saudável, redução da ingestão de sódio (2g Na/dia
= 5g sal/dia), aumentar ingestão de potássio (3510 mg/dia, OMS).
2. Atividade física (150 min/semana de atividade moderada ou 75mim/dia de
intensa).
3. Diminuir alcoolismo e tabagismo.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA:


1. A porcentagem de hipertensos no Brasil é maior que a global.
2. A Hipertensão Arterial é a principal das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis.
3. Sempre deve-se pensar em qual classificação se encontra a Hipertensão
Arterial, isto é, qual é o Estágio hipertensivo (pré-hipertenso, HA 1, HA 2 ou
HA 3).
4. É importante considerar ou a monoterapia (uso de um único remédio) ou
combinação de medicamentos.
5. O objetivo será diminuir a PA (PAS e PAD) e reduzir danos cardiovasculares
(de LOA).
6. Portanto, para aumentar a adesão, é importante que o remédio
administrado seja eficaz por via oral, de dose única e com possibilidade de
combinação com outros medicamentos.
7. Se classificam em:
a. Diuréticos: aumentam a diurese, o que diminui a PA – reduzindo
agravos cardiovasculares.
b. Bloqueadores de Canal de Cálcio (BCC): são vasodilatadores, isto
é, diminuem a resistência vascular periférica (RVP), o que diminui a
vasoconstrição – diminuindo a pressão arterial.
c. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): ao inibir
a ECA, há, consequentemente, queda da Aldosterona liberada, o
que impede a vasoconstrição e, assim, diminui a PA.
d. Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (BRA): ao
bloquear os receptores de AT1 (angiotensina 1), não há a
vasoconstrição, o que faz não aumentar a PA – além da diminuição
das outras respostas da AT1.
e. Betabloqueadores (BB): ao bloquear os receptores Beta (β1 no
coração e β2 nos vasos, brônquios e no fígado), há diminuição do
débito cardíaco, além da diminuição da Renina (o que impede o
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona, SRAA). Assim, podem
ser: Não Seletivos, Cardiosseletivos ou com Ação Vasodilatadora.

Epidemiologia e Fatores Predisponentes na HAS:


1. Hipertensão Arterial Sistêmica.
2. DCNT multifatorial.
3. PAS ≥ 140mmHg e PAD ≥ 90mmHg.
4. Há grande associação com doenças cardiovasculares e renais, pois a HAS
é um dos principais fatores de risco (p. ex. insuficiências cardíacas e
renais, bem como problemas circulatórios, isto é, com alto risco
metabólico).
5. Cauda forte impacto nos custos socioeconômicos por conta da sua alta
porcentagem na população (principalmente em países de baixa e média
renda).
6. Portanto, a HAS aumenta ou se mantém em países de baixa renda, mas
diminui em países de alta renda – sendo mais comum em homens acima
dos 70 anos.
7. Há um aumento da Mortalidade, por 100mil habitantes, relacionada ao
aumento da Hipertensão Arterial.
8. Fatores socioeconômicos interferem, ou seja, baixa escolaridade, renda
diminuta e condições inapropriadas de moradia e habitação.
9. Inibidores da Monoamiaoxidase E Simpatomiméticos:
Descongestionantes nasais (fenilefria), antidepressivos tricíclios
(imipramina), hormônios tireoidianos, contraceptivos orais e anti-
inflamatórios não esteroides (AINES).

Diagnóstico e exames laboratoriais e de controle:


1. Identificar causa primária e secundária, bem como o risco cardiovascular
(CV).
2. Investigar se há LOA ou doenças associadas.
3. Assim, há avaliação geral para todos os pacientes hipertensos e avaliações
complementares para os grupos com situação especifica.

4. Para se obter a PA, 3 aferições com intervalo de 1-2 minutos (a primeira nos
dois braços, mas depois seguir com o lado de maior valor aferido ou com
média se a diferença nos braços ≥ 15mmHG):
a. Conforto.
b. Bexiga vazia.
c. Sem exercício físico há uma hora.
d. Sem ingestão de bebida alcoólica, energética, cafeinada ou de
alimentos.
e. Sem fumar há 30 minutos.
f. Braço na altura do coração, pernas descruzadas e com pés
apoiados no chão.
5. Quanto ao manguito:
a. Tamanho adequado (cobrindo 2/3 do comprimento do braço) de 22-
24 cm em adulto ou 35-45 em adulto grande.
b. Inflar, sem roupas por baixo do manguito, 20-20 acima da palpação
do pulso radial.
c. 2-3 cm acima da fossa cubital com a parte compressiva na direção
da artéria braquial.

6. O que pode alterar a PA:


a. Hipotensão ortostática (queda da PAS ≥ 20mmHG ou queda na PAD ≥
10 mmHG após 3 minutos em posição ortostática).
b. Suspeita de coarctação aórtica (estreitamento da aorta).
c. Idosos diabéticos.
d. Disautonômicos (mau funcionamento do Sistema Nervoso
Autônomo).
e. Pacientes em uso de anti-hipertensivos.
f. Efeito do Avental Branco (EAB pode causar Hipertensão do Avental
Branco (HAB); aumento da PA no consultório, o que indica o uso de
MRPA – podendo apresentar diferença de 15 mmHG na PAS ou 9, na
PAD.).
g. Efeito de Mascaramento (EM; PA normal no consultório, mas
aumentada fora dele).
h.

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