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Int Economia II Completa Alunos Imprimir_240316_121128
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REFERÊNCIAS
MONTELLA. MAURA. Micro e Macroeconomia: Uma Abordagem Conceitual e
Prática. Edição nº 01 - Editora Atlas, São Paulo – SP, 2009.
MANKIW, N. Gregory. Princípios da Microeconomia. Tradução Edição n.º 03
Norte-Americana – Editora Pioneira Thomson Learning, 2005.
BEGG. David K. H. Introdução à Microeconomia. Edição n.º 02 – Editora
Campus, Rio de Janeiro, Elsevier, 2003.
VARIAN. Hal R, Microeconomia: Princípios Básicos. Edição n.º 06 – Editora
Campus, São Paulo-SP, 2002.
VASCONCELOS. Marcos Antônio Sandoval, Economia Micro e Macro. Edição
n.º 02 – Editora Atlas, São Paulo-SP, 2001.
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1. TIPOS DE ECONOMIA DE MERCADO
A economia de mercado faz parte das nossas vidas, mesmo que não
percebamos. Desde o momento em que vamos ao mercado comprar algum
produto, quando avaliamos que os preços subiram, quando ouvimos falar
de crise nos noticiários, quando vendemos algo, em todos esses momentos
estamos lidando com a economia de mercado.
Mesmo que você não exerça alguma actividade ligada à economia, ela está
presente em seu dia a dia, e compreendê-la é fundamental para a sua própria
sobrevivência e de seus negócios. Economia é a ciência que estuda a produção,
a distribuição, a troca e o consumo de bens e serviços.
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(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e na China. Na URSS, eram
estabelecidos planos quinquenais, ou seja, eram estabelecidas metas
económicas de cinco em cinco anos.
a) Economia Mundial
Como o próprio nome sugere, trata-se do conjunto de economias e
movimentações económicas realizadas no mundo, ou seja, é a maneira como o
dinheiro é aplicado ou gasto em todos os países, de forma individual.
b) Economia Mista
Trata-se de um modelo de economia no qual participam tanto a esfera pública
quanto a privada, ou seja, sectores que são e que não são controlados pelo
Estado. Esse sistema mescla características da economia de mercado com
aspectos da economia planificada, sendo também conhecido como Estado de
Bem-Estar Social. O lucro continua sendo um objectivo económico nessas
sociedades, mas benefícios à população também devem ser garantidos pelo
Estado (exemplo a China).
c) Economia do Desenvolvimento
Trata-se do campo da economia que analisa os recursos e sistemas que
permitem o desenvolvimento económico global, ou seja, é o ramo que estuda
como as sociedades se desenvolvem, geram renda e aumentam seus lucros.
d) Economia Política
Trata-se da disciplina que analisa e estuda como se dá a performance das
economias de todo o mundo. Ela avalia o comportamento humano frente à
satisfação das necessidades individuais e colectivas. Por ser um campo bem
amplo, essa economia foi dividida em dois aspectos:
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e) Economia Industrial
Trata-se do ramo da economia que avalia o desempenho, os procedimentos
estratégicos das organizações industriais, as suas relações e influências no
mercado. Lembrando que o conceito de indústria se refere às instituições que
transformam matéria-prima em produtos comercializáveis à população, por meio
da força humana, da utilização das máquinas e da energia.
Além disso, vivemos num cenário de globalização. Isso significa que os países
agrupam-se em blocos económicos e estabelecem relações de troca e de
interdependência económica e cultural. Soma-se a isso o factor tecnologia, que
actua como acelerador do processo. Todo o dinamismo desse sector impacta
diretamente a economia de cada país e, consequentemente, do mundo inteiro.
O termo mercado, é originário do latim, era utilizado para designar o sítio onde
compradores e vendedores se encontravam para trocar os seus bens.
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Tais visões levam a um objectivo único dos mercados, já previsto pelos liberais
da economia, o equilíbrio do mercado, pois neste cenário de mercado perfeito
todos os compradores e vendedores teriam a mesma informação e seu
funcionamento se daria apenas pela procura e pela oferta dos produtos.
Porém existe ainda uma outra forma de entender os mercados, por meio do
estudo sociológico, que busca entender o comportamento da sociedade frente
aos mercados e que vão criticar o cenário previsto de mercado perfeito. Para
essa corrente o consumidor presumido pela teoria neoclássica, com informação
completa para sua compra, não existe empiricamente.
Mercado total: toda a população que tenha condições para vir a adquirir um bem
ou serviço, mas sem a garantia de vir a adquiri-lo.
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Tempo: muitos mercados evoluem naturalmente ao longo do tempo à medida
que o consumo de certos produtos se vai expandindo e entrando nos hábitos das
pessoas. É o caso de muitos equipamentos domésticos, como as máquinas de
lavar ou os microondas.
Estes factores de evolução podem ser objecto de algum controlo e influência por
parte dos agentes económicos, pois nunca podemos esquecer que as empresas
são forças activas e actuantes.
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preferências do consumidor, preço de outros bens que possam vir a ser
substitutos, renda disponível, etc.
• Quantidade de vendedores/oferta
• Quantidade da demanda
• Tipo de produto
• Acesso a informação
III. Mobilidade: não há nenhum tipo de restrição, pelo mercado, para entrada de
novas empresas ou consumidores;
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VI. Hipótese da Mobilidade de Bens: existe completa mobilidade de produtos
entre regiões. Teoricamente, os preços não mudam conforme as regiões, ou
seja, o morador de uma região paga o mesmo valor que o morador de outra
região, sem considerar custo de transporte, no entanto, podemos facilmente
verificar que, na prática, isso não acontece;
O sistema de concorrência perfeita pode, então, ser visto como um “ideal”, já que
se trata de um sistema sem barreiras, interferências, podendo ser, com isso,
pouco realista. Podemos notar facilmente que, algumas empresas dominam,
notavelmente, determinados mercados, interferindo directamente nos preços
praticados, no entanto, não existe nenhuma restrição às outras empresas em
disponibilizar seus produtos ao consumidor final.
1.3.3. Monopólio
I. Monopólio Puro (ou Natural): devido à elevada escala de produção, exige altos
índices de investimento. Assim, torna-se muito difícil alguma empresa oferecer
um produto com preço equivalente ao da empresa já estabelecida. Geralmente,
observamos este sistema aplicado em serviços públicos como: água, esgoto,
energia elétrica, etc.
1.3.4. Oligopólio
Neste tipo de estrutura de mercado, existem sectores que são controlados por
tipos de empresas conforme consta a seguir:
Oligopólio Concentrado
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na produção de bens de consumo, ou também, na prestação de serviços de alto
consumo.
Telefonia fixa a fio: fornecida por uma única empresas (Angola Telecom);
Quanto aos serviços prestadas por estas, notamos que, a qualidade destes
serviços está muito longe do ideal e, mais ainda, do preço que se paga, isso se
deve ao facto de estas empresas manipularem o mercado, controlando os preços
e as condições para o oferecimento dos produtos.
Notamos que na maioria dos bens de consumo do qual o cidadão mais dispõe,
os preços são controlados pelas empresas, e obviamente, com isso, o cidadão
paga um preço mais caro do que realmente pagaria se o sistema não fosse
controlado desta maneira. Neste caso, temos o sistema: Oligopólio Competitivo.
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Ocorre basicamente devido à existência de barreiras à entrada de novas
empresas no sector, como a proteção de patentes, controlo de matérias primas
chaves, tradição, oligopólio puro ou natural.
O oligopólio tem como modelo económico o modelo clássico, que tem o objectivo
de maximização dos lucros, devendo ter um conhecimento adequado se suas
receitas e de seus custos. O preço é determinado apenas pela oferta, enquanto
que na teoria marginalista, o preço é determinado pela intersecção entre
demanda e oferta de mercado.
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Cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos
próximos;
Cada empresa tem certo poder sobre preços, considerando que, por ser
diferenciado, influirá directamente na preferência do consumidor, que
dispõe de produto diferente caso opte por produto oferecido pela empresa
concorrente.
A teoria dos jogos tem como objectivo a análise de problemas em que existe
uma interação dos agentes, na qual as decisões de um indivíduo, empresa ou
governo afectam e são afectados pelas decisões dos demais agentes ou
jogadores, ou seja, é o estudo das decisões em situação interativa. A empresa
em concorrência perfeita apresenta um comportamento paramétrico (baseado
nos preços de mercado de produtos e insumos), sendo que esses dados não
podem ser alterados.
Um dos problemas mais interessantes quando se trabalha com jogo diz respeito
à identificação dos prováveis resultados. O equilíbrio ou Narsh consiste na ideia
de que cada empresa adopte estratégias óptimas dada as estratégias adotadas
pelo outro jogador.
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1.3.6.1. Economia da informação
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mercado avalia o tamanho e a capacidade que tem uma empresa para
deter poder de mercado e definir o preço de um produto homogêneo. Às vezes
as condições para a deter poder de mercado são restritas, existindo muito
poucos mercados com o pleno poder. Portanto algumas estruturas podem servir
somente como ponto de referência para avaliar outros mercados no mundo real.
Barreiras de Barreiras de
Estruturas Número de Número de
entrada á entrada á
de mercado vendedores compradores
vendedores compradores
Concorrência
Não Muitos Não Muitos
perfeita
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Concorrência
Não Muitos Não Muitos
monopolística
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É um mercado onde existe uma oferta abundante do factor de produção como
por exemplo, mão de obra não especializada, o que torna o preço desse factor
constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número, não
têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços.
Oligopsônio
Monopsônio
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É a estrutura de mercado na qual há somente um comprador para muitos
vendedores dos serviços dos insumos. Também é um tipo de mercado
imperfeito.Uma empresa que se instala em uma determinada cidade, e por ser
única, torna-se demandante exclusiva da mão de obra local e das cidades
próximas, tendo para si a totalidade da oferta de mão de obra.
• 2. Princípios Macroeconómicos
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Na contabilidade da renda nacional a actividade principal é estruturar as contas
de com os componentes: produto, despesa e renda. Com o intuito de descrever
bens e serviços produzidos em um espaço de tempo. Exemplificando cada um
dos componentes da renda nacional tem-se:
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• Formação de capital fixo: essa despesa compreende um conjunto de
despesas que requerem aumentar a riqueza de um país com a produção
de bens duráveis. São exemplos de formação de capital fixo produtos
como: construção de casas e fábricas, máquinas, equipamentos.
Renda nacional
A renda constitui toda soma dos pagamentos que são recebidos pelos
proprietários dos factores de produção em um determinado período. Renda não
é transferência de activos, a renda representa toda a soma auferida com a
actividade produtiva.
Faz parte da renda a soma dos produtos criados no sistema económico que
compõem:
-Salários: faz parte dos salários todos honorários, bônus, comissões e outros.
Já que renda é a soma dos valores recebidos pelos factores de produção, tem-
se que entre os valores recebidos existem também os valores adicionados, que
são valores a serem adicionados em cada estágio da produção. Ou seja, o valor
adicionado significa o valor da produção menos as compras de bens e serviços.
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Equilíbrio contabilístico e função social
A função das contas públicas tem valor essencialmente social e por isso, precisa
de equilíbrio para manter a sustentabilidade, por isso, o equilíbrio sugere os
seguintes indicativos em sistemas:
Balança de pagamentos
Erros e omissões.
Saldo de transações
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TC = Saldo do BP em transações correntes;
TC = BC + BS + BR + TUC.
A tarefa fundamental das contas nacionais são classificar uma imensa variedade
de agentes, os fluxos económicos e os estoques de activos e passivos num
número limitado de categorias essenciais e integrá-las num esquema
contabilístico de forma a obter uma representação completa e clara, ainda que
simplificada, do funcionamento da economia. O esquema contabilístico
das contas nacionais tem sua lógica centrada na ideia de reproduzir os
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fenômenos essenciais da vida económica de um país: produção de bens e
serviços; geração, alocação e distribuição da renda; consumo e acumulação de
bens.
Segundo Viceconti & Neves (1995,p. 1), factores de produção são os recursos
produtivos “que a sociedade conta para efectuar a fabricação de bens e
serviços”. São eles: capital, trabalho e recursos naturais. Note que aqui o capital
é considerado em todas as suas dimensões: o capital financeiro e o capital
enquanto activo físico (máquinas e equipamentos produtivos).
Valor adicionado: é o valor que foi acrescido ao valor dos bens intermediários
em cada etapa da produção, isto é, da cadeia produtiva. Ou seja, o quanto cada
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etapa da produção criou de valor novo. O conceito de valor adicionado permite
a contabilização do produto de uma maneira alternativa.
AD = C + G + I + X – M
em que AD = Despesa Agregada, C = Consumo Privado, G = Gastos do
Estado, I = Investimento, X = Exportações, M = Importações.
É importante definir o que é consumo agregado. Nem todo gasto das famílias é
um consumo. Em economia entende-se por consumo os gastos que visam
apenas o momento e não irão gerar mais capital no futuro. Já os gastos que
visam a gerar mais capital são considerados investimentos. Vejamos a diferença
com um exemplo. Maria comprou uma arma nova porque a que estava na sua
casa avariou. Já Ana comprou uma arca nova porque quer expandir o negócio
de gelados.
A compra de uma arca no caso de Maria é um gasto. Ela visa apenas a consumir
esse bem como utilitário doméstico. Já no caso da Ana a compra da arca foi na
verdade um investimento em seu pequeno negócio. Com a compra ela visa se
estruturar mais para vender mais e assim obter mais dinheiro. Logo, não é um
consumo, e sim um investimento. Enquanto o investimento aumenta a
produtividade em uma economia o consumo apenas representa uma demanda.
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No entanto, é a demanda que irá impulsionar a oferta de bens e serviços em uma
economia. Ou seja, se a demanda aumentar e ficar acima da capacidade de
oferta, as empresas irão investir para produzirem mais. Em outras palavras, o
aumento consistente da demanda aumenta os investimentos. E por isso,
acompanhar a evolução do consumo agregado de um país mostra se essa
economia está crescendo, está estagnada ou se está em crise.
Oferta Agregada
De forma bem simples, podemos dizer que a Oferta Agregada é o que todas as
empresas, em seu conjunto, estão dispostas a produzir e vender para cada nível
de preço dos bens produzidos.
Afinal, quando a oferta for maior que a demanda existirá uma tendência de queda
de preços, por outro lado, caso a demanda seja maior, então existirá uma
tendência de elevação nos preços.
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Nesse sentido forma-se a principal lei Macroeconómica, a conhecida lei da Oferta e
Procura, que de certo modo determina a inflação e desemprego de uma economia.
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Sempre influenciando e determinando a oferta, a demanda é sazonal, ou seja,
pode aumentar ou diminuir de acordo com a economia.
Consumidores;
Produtores (empresários);
Governo;
Restante do mundo.
Para isso, essa demanda depende de factores como a política monetária e fiscal, renda
em poder dos consumidores disponível para consumo e impostos. Ou seja, está
interligada ao comportamento e ao desenvolvimento da política monetária e fiscal do
país, da renda em poder dos consumidores disponível para consumo, dos impostos a
que estão sujeitos, dos gastos públicos efetuados pelo Estado, entre outros.
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Demanda Agregada = Gastos de consumo privado + Investimentos + Gastos do
Governo + Exportações
Na qual:
Dessa forma, Mark Setterfield, professor de economia da New School for Social
Research, de Nova York, explica que a “disponibilidade” de meios de produção
nunca pode ser considerada como um dado independente da demanda pelos
mesmos. Assim sendo, a questão principal para a teoria não é a alocação de um
dado volume de recursos entre uma série de alternativas disponíveis, mas sim a
determinação do ritmo no qual esses recursos são criados.
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2. Investimento em infraestruturas públicas: de grande importância e
fundamental para o desenvolvimento econômico do país. Sem a
infraestrutura, as empresas não conseguem desenvolver, com
adequação, seus negócios;
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Como funciona o diagrama de fluxo circular de renda
A interação entre os agentes pode ser dividido entre diferentes ópticas, e isto é
o que permite realizar uma medição agregada da economia, através do fluxo real
e fluxo monetário.
Partindo do modelo mais simples, o fluxo passa a envolver outros agentes, como
o governo, que é quem recolhe impostos e gasta com subsídios, salários ou
obras públicas, por exemplo.
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Medição agregada da economia
Vazamentos e injeções
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No sector financeiro
No sector governamental
No sector externo
O estado de equilíbrio
Portanto, uma vez que os vazamentos são iguais às injeções, a economia está
em um estado estável de equilíbrio. Este estado pode ser contrastado com o
estado de desequilíbrio onde, ao contrário do equilíbrio, a soma dos vazamentos
totais não é igual à soma do total de injeções. Dando valores aos vazamentos e
injeções, o fluxo circular de renda pode ser usado para mostrar o estado de
desequilíbrio.
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Se, os níveis de renda, produto, despesa e emprego cairão, causando uma
recessão ou contração na atividade econômica geral.
4. Injeções e vazamentos
Para fazer circular os itens integrantes desses mercados, existem dois actores
principais: as famílias e as empresas.
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O Fluxo Circular de Renda, então, acontece com a seguinte dinâmica:
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principais actores que fazem girar a renda, os bens e o trabalho no fluxo da
economia.
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fluxo (por exemplo, o lucro ou renda), enquanto outros podem ser representados
tanto como um estoque ou como um fluxo (por exemplo, capital).
Um estoque (ou "variável de nível") neste sentido mais amplo é uma entidade
que se acumula ao longo do tempo por entradas e / ou esgotados por saídas.
Stocks só pode ser alterado por meio fluxos. Matematicamente um estoque pode
ser visto como uma acumulação ou integração de fluxos ao longo do tempo -
com saídas subtraindo do estoque. Stocks normalmente têm um determinado
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valor em cada momento do tempo - por exemplo, o número de população em um
determinado momento.
sinônimos
Estoque Fluxo
Nível Taxa
Integrante Derivado
Estado variável
Estoque x Fluxo
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água que está no tanque, por exemplo se o tanque é de 1mil litros e a quantidade
que está acumulada é 500 litros, este é o estoque.
Por outro lado, se a empresa não mantiver estoques, ninguém comprará em suas
lojas. Imagine o caso em que se vai até uma sapataria e lá não encontra sapatos
para experimentar, mas apenas fotos deles. Certamente não se voltará aquela loja.
Daí surge um trade-off entre o aumento de estoques e o crescimento do custo
operacional da empresa.
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Conciliar a gestão do capital de giro com a necessidade de estoques
Uma vez que se entende o prazo médio de estocagem, deve-se estimar o tamanho
mínimo do estoque da firma. O custo do capital atrelado aos estoques deve ser
menor que o custo de estocagem das mercadorias. Só assim o capital de giro
empregado será corretamente remunerado.
Hoje em dia, as fintechs como a Biz Capital, fornecem crédito para capital de giro
e expansão de estoques a taxas muito atraentes. Além do mais, a liberação é feita
online e sem burocracia, facilitando a tomada de decisão do gestor.
Imagine que uma empresa tenha mantido um estoque médio de $100 mil ao longo
do ano. Se o custo de mercadoria na DRE foi de $ 1 milhão, o PME será de 36 dias
(1,2 meses).
Este é o prazo em dias, que a média das mercadorias leva para ser adquirida nas
lojas da empresa. Caso a companhia obtenha capital de curto prazo para financiar
estoques, o vencimento deve ser de 36 dias + PMR (prazo médio de recebimento).
Imagine que esta empresa venda a prazo e receba com 30 dias. Seu prazo total é
de 36 + 30. Assim, o prazo mínimo para pagamento dos empréstimos de capital de
giro deve ser de 66 dias. Caso ela consiga pagar suas compras a prazo, digamos
20 dias, seu empréstimo poderá ter 36 + 30 – 20 = 46 dias para vencimento.
O capital de giro necessário para manutenção dos estoques será igual ao valor do
PMP multiplicado pelo estoque médio. No caso da empresa deste exemplo, seria
de $100 mil X 36/1,2 = $120 mil. Ou seja, a empresa precisará manter $120 mil
reais em seu estoque para conservar o actual nível de vendas.
Caso a empresa consiga vender seus estoques mais rapidamente, o PMP cairá e
consequentemente, seu custo também.
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Não existe uma relação ideal universal entre capital de giro X estoques. Mas, cada
empresa pode construir sua relação de forma personalizada ao responder as
seguintes perguntas:
Uma vez que estas perguntas forem respondidas, os gestores podem criar
cenários e cruzar dados. O valor óptimo de capital de giro e estoques será aquele
que maximiza a rentabilidade da empresa.
→ PIB x PNB
Vale ressaltar também que o PIB não é utilizado apenas como indicador
económico de países. São divulgados anualmente por Institutos de Estatística
dos países dados do PIB. Esse indicador também pode ser utilizado para avaliar
o montante de riqueza produzida por uma região de um país ou um conjunto de
países, como um bloco económico.
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Os países desenvolvidos costumam ter PNB maior que o PIB, uma vez que
nestes o RLEE é positivo, e nos subdesenvolvidos é negativo (o inverso), ou
seja, envia-se mais recurso ao exterior do que se recebe.
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Entende-se por PIB
(Produto Interno Bruto) a riqueza gerada internamente por determinado país e
por PNB (Produto Nacional Bruto) o rendimento total obtido pelos cidadãos de
um país. A diferença entre estes indicadores reside no facto de que o PIB
simplesmente reflectir a riqueza produzida num determinado país pelos seus
residentes, enquanto o PNB abrange ainda, para além desta riqueza, outros
factores de produção fora do território nacional, ou seja, o fluxo de transferências
para o estrangeiro. Segundo Carvalho (2012), a repatriação de lucros, as
remessas de emigrantes, dividendos de acções e juros de depósitos, são
exemplos deste tipo de fluxo.
Óptica da despesa
PIB = C + G + I + X – M
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Tendo I igual à formação bruta de capital fixo (FBCF) mais a variação nos
estoques (EST), temos:
Óptica da oferta
Óptica do rendimento
onde:
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RLEE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (quando as rendas enviadas
superam as recebidas)
Deflator do PIB
O produtor do PIB corresponderá à razão entre PIB nominal e PIB real, isto é, ao
quociente da divisão do PIB nominal pelo PIB real.
Para se obter PIB real (ou o PIB a preços constantes) é preciso deflacionar o PIB
a preços correntes (PIB nominal), ou seja, é preciso padronizar todos os preços
vigentes em cada ano, trazendo-os ao mesmo nível dos preços vigentes no ano-
base. Assim será possível saber o quanto o PIB evoluiu de facto (em termos
reais). Observe-se que, no ano-base, o PIB nominal e o PIB real são iguais;
portanto, o deflator do PIB nesse ano deve ser igual a um.
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Embora seja menos citado do que os demais índices de preços disponíveis na
economia, o deflator implícito do PIB é provavelmente o mais abrangente, pois
considera informações indisponíveis nos outros índices. Chama-se implícito,
porque não é um índice pesquisado directamente, como são, o Índice Geral de
Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA). Eventualmente, o deflator implícito se distancia dos principais
índices de preços.
O valor per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de
vida em um país. Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem
muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda
total é dividida por muitas pessoas, como é o caso da Índia ou da China.
Factores em geral
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Distribuição de riqueza - O PIB não leva em consideração diferenças na
distribuição de renda entre pobres e ricos. Entretanto, diversos economistas
ressaltam a importância da consideração sobre desigualdade sobre o
desenvolvimento económico e social de longo prazo.
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Cálculo do “cost-plus”:
Custos:
Podemos definir custos como todo o esforço que é gasto para fazer com que o
produto chegue à prateleira, esteja em condições de comercialização e seja
comprado pelo cliente. Destaca-se que o custo pode ser financeiro, de
pessoal e de tempo.
Ter clareza na definição dos custos dos produtos é a chave para calcular o preço
de venda e não perder dinheiro. Dado à complexidade dos
impostos incidentes e a variedade de esforços necessários para manutenção
de mercadorias, é preciso prestar muita atenção. Os custos podem ser divididos
em directos e indirectos, e ambos devem ser analisados com bastante cuidado.
Custos directos:
Custos indirectos:
O último conceito que deve ser bem definido antes de calcular preço de venda é
o valor do produto para o cliente. A percepção de valor do produto sob a visão
do consumidor é a variável mais complexa de quantificar.
Para definir a percepção de valor deve-se analisar que o preço do produto pode
transmitir aos clientes uma ideia de valor que não está directamente ligado ao
preço que ele custa. Há várias maneiras de se fazer isso, como:
A noção de valor para o cliente é algo bem subjectivo, mas boas ideias trazem
grandes lucros para a empresa. Por isso, conheça os clientes e exercite o olhar
sob essa perspectiva.
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Lembrando que com a margem de lucro deve ser pensado na percepção de valor
para o cliente e a importância da mercadoria para o consumidor.
Caso o preço esteja abaixo da margem do lucro, a empresa pode vender acima
do preço do mercado, escolhendo por não vender os produtos pelo menor preço
do mercado, porém oferecer serviços exclusivos tais como atendimento de
qualidade e estacionamento, dentre outros. No entanto, para atrair clientes, é
importante contar com alguns produtos que chamem atenção dos consumidores
pelo preço, mesmo que seja em promoções sazonais.
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Valor da hora x número de horas + custos/despesas + margem de lucro
Preço e etiqueta
A empresa deve ser capaz de gerar lucro bruto suficiente para cobrir as
despesas gerais. Estime quanto do lucro deve ser alocado por cada unidade
vendida com base no volume de vendas unitárias esperado para calcular a
margem bruta mínima exigida. As características dos clientes que habitam a área
de mercado afectam as escolhas de compra. Conheça os clientes e avalie as
suas expectativas e necessidades. Os preços que os concorrentes definem para
bens e serviços semelhantes aos da empresa delimitam o valor a cobrar. Um
dos segredos para o sucesso do negócio é determinação correcta do preço dos
produtos, criando a base para um negócio com condições para prosperar.
Em primeiro lugar, deve ter o objectivo principal sempre presente: quer ganhar
dinheiro – foi esse o motivo pelo qual iniciou a actividade. Lucrar equivale a
gerar receita vendendo os seus produtos, de forma a que possa não só
comportar custos/despesas, mas também obter lucro.
Regras e princípios
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É imperativo que se realize pesquisa de mercado, de alguma forma, para se ter
a noção de quem é o cliente. Esse tipo de pesquisa pode ir desde pesquisas
informais da lista de clientes a projectos mais extensos levados a cabo por
terceiros. Se não tem a possibilidade de investigar o mercado, pode
simplesmente analisar o mercado de consumo em três segmentos: orçamento
restrito, conveniência e aqueles para quem o estatuto é importante.
Seguidamente, procure entender o segmento que deseja visar e defina o preço
em conformidade.
Antes de saber como precificar os produtos, é preciso que fique bem clara a
necessidade de fazer isso. E se engana quem limita a importância apenas à
estratégia de atração de clientes. A seguir boas razões para ser criterioso ao
estabelecer o valor para a venda de mercadorias:
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Conceder descontos: a definição de uma margem mínima aceitável assegura
que a empresa não acabe tendo prejuízos na venda.
Há uma frase conhecida que diz: “preço é o que você paga, valor é o que você
leva”. Embora sejam muitas vezes usadas como sinônimos, essas palavras não
têm o mesmo significado.
O preço é quantitativo. Para chegar até esse número, parte-se dos processos
que foram necessários para fabricar o produto, além do lucro que se busca obter.
É preciso ter em mente que na fixação de preços os factos abaixo têm um peso
na percepção dos mesmo para a empresa:
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Com base à concorrência
Para empresas menores pode ser complicado dessa forma, pois é difícil competir
com grandes empresas, que produzem em larga escala.
Os Impostos Indirectos são aqueles que incidem sobre a venda dos bens e
serviços, como por exemplo o IVA. Subsídios são transferências que o Governo
realiza para as empresas com o objectivo de reduzir o preço de mercado dos
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produtos. Os subsídios funcionam como se fossem impostos indirectos
negativos pois, em vez de aumentar o preço dos produtos, os reduzem.
O produto é bruto quando no processo de cálculo não lhe foi deduzido o valor
das amortizações. Pelo contrário, se ao valor do produto de um país forem
deduzidas as amortizações ou consumo de capital fixo o produto diz-se líquido.
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• 3. Identidade Básica da Macroeconomia
Isso significa que o gasto dos compradores (residências) se torna renda para os
vendedores (firmas). Em seguida, as empresas gastam essa receita em factores
de produção, como mão-de-obra, capital e matérias-primas, "transferindo" sua
renda para os proprietários dos fatores. Os proprietários dos fatores gastam essa
renda em mercadorias, o que leva a um fluxo circular de renda.
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Este modelo básico circular de fluxo de renda consiste em seis suposições:
Neste sector, vemos incluso o Governo (sector público) refere-se às três esferas
de governo: inclui as transações realizadas pelos respectivos tesouros.
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Nela podemos encontrar os gastos dos ministérios, secretarias, governos
provinciais, municipais e outras; gastos das empresas públicas e sociedades de
economia mista; gastos com transferências e subsídios.
1. Sector doméstico
3. Sector governamental
4. Sector financeiro.
Inclui nas Contas Nacionais as variáveis relativas a uma economia “aberta” para
o resto do mundo, onde:
Importações (M): são nossas compras com bens do exterior, quando gastamos
com o resto do mundo. Parte da renda gerada no país que “vai” para fora.
Uma economia a quatro sectores refere-se a uma economia completa com três
agentes actuando entre si: famílias, empresas e o sector público. Nesse contexto,
se inserem conceitos que fazem parte do universo da economia a quatro sectores,
os agregados relacionados ao sector externo, dos quais temos: exportações,
importações, produto nacional bruto, renda líquida do exterior e o PIB.
1. Sector doméstico
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2. Empresas ou sector produtivo
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3. moeda bancária ou escritural, admitidas em circulação;
5. moeda como tudo aquilo que é geralmente aceito em troca por bens e
serviços.
Funções da moeda
Esta função da moeda suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo.
O preço absoluto é a quantidade de moeda necessária para se obter uma
unidade de um bem, ou seja, é o valor expresso em moeda. O preço relativo
exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como um
quociente. Assim, P1 e P2 designam os preços absolutos dos bens 1 e 2,
respectivamente. P1/P2 é o preço relativo do bem 1 expresso em unidades do
bem 2. Ou seja, é a quantidade de unidades do bem 2 a pagar por cada unidade
do bem 1.
59
(embora haja activos tão seguros quanto a moeda mas que rendem juros), ela é
preferida como reserva de valor por alguns grupos (especialmente aqueles que
realizam actividades ilegais), pois mantém o anonimato de seu dono - ao
contrário, por exemplo, dos depósitos a prazo, que podem ser facilmente
rastreados.
Divisão da moeda
60
O valor de trocas é determinado pela quantidade de trabalho contido nas
mercadorias. Segundo Ricardo (1988): “nas etapas primitivas da sociedade, o
valor de troca de tais mercadorias, dependia quase exclusivamente da
quantidade corporativa de trabalho empregada em cada uma”.
Segundo Gastaldi (1995), a função básica como meio de troca, significa que a
compra e venda de bens e serviços operam-se com a utilização de moeda. São
comprados por moedas e vendidos em troca de moeda, mesmo sem
necessidade de transferência física de meio circulante.
Esta função da moeda surgiu no processo de análise da mercadoria que foi muito
bem explicado por Marx. A mercadoria possui dois valores: o valor de uso e o
valor de troca.
61
mercadoria, que é uma equivalente geral, torna-se dinheiro. Tal mercadoria
determina quem poderá comprar ou vender e tem tamanha força política e social
dentro da sociedade que ele compara ao símbolo da “besta” do apocalipse
bíblico e descreve essa comparação em seu livro “O Capital” em seu primeiro
volume na página 111, citando o versículo bíblico abaixo reproduzido.
Todos eles têm um mesmo, e entregarão sua força e seu poder à besta. E que
só para comprar ou vender quem tiver o sinal, a saber, o nome da besta ou o
número do seu nome” (Apocalipse, cap.13, v.15, 16,17).
Essa função “constitui a própria essência da moeda; uma moeda que não
preenchesse essa função não seria uma moeda, mas uma moeda que tivesse
apenas essa função funcionária” (Hugon, 1972).
De forma mais ampla podemos dizer “que a moeda exerce a função de reserva
de valor a partir do momento em que recebemos até o instante em que a
utilizamos para consumo” (Passos e Nogami, 1999).
62
A moeda pode também servir como instrumento de poder económico, político e
social. Esta função existe “à medida que se admite a moeda como um título de
crédito. Os que a detêm possuem direitos de haver sobre os bens e serviços
disponíveis no mercado” (Rossetti, 1998).
A oferta de moeda (em inglês, “money supply”) pode ser definida como o estoque
total de moeda na economia, geralmente o estoque de M1. Se a relação
(M1)/(PIB) for muito grande, os juros tendem a cair e os preços a subir, e se for
muito pequena a tendência é oposta. Os bancos centrais controlam a oferta de
moeda principalmente através da alteração da taxa de reservas bancárias (uma
taxa maior de reservas bancárias reduz a oferta de moeda) e da compra e venda
de títulos, mas também através do controlo da quantidade de papel moeda
emitido.
Quando o banco central decide reduzir a taxa de juros, a oferta de moeda deve
ser aumentada e a operação de mercado utilizada é a compra de obrigações do
tesouro nacional. Comprando esses activos dos bancos, o banco central esta,
efectivamente, a fornecer moeda à economia, logo, a taxa de juros diminui. Esta
prática denomina uma política monetária expansiva.
63
nacional. Vendendo esses activos aos bancos, o banco central está, na verdade,
reduzindo a quantidade de moeda na economia aumentando assim a taxa de
juros, denominando uma política monetária contracionista.
Em economia, diversas teorias tentam explicar o que gera inflação. Uma delas é
a teoria quantitativa da moeda.
Para entender como se pode ocorrer tais desequilíbrios é preciso entender o que
é a oferta e demanda de moeda.
A moeda é ofertada em uma economia pelo Banco Central (BC), que possui o
poder de literalmente imprimir dinheiro. Mas há outros meios do Banco Central
interferir da quantidade disponível de moeda, como:
A primeira a taxa de juros. Se os juros forem altos, há maior incentivo para aplicar
em títulos públicos, por exemplo. E a segunda é o nível de preços em uma
64
economia. Se o nível de preços for alto, será necessária uma quantidade maior
de dinheiro para realizar as compras necessárias.
Tendo como hipótese que uma economia estava com a sua quantidade de
moeda em equilíbrio e o Banco Central injetou no mercado (ofereceu) mais
moeda e nada mais mudou nessa economia, aconteceria que as pessoas teriam
imediatamente mais moeda em mãos e não teriam mais incentivos para aplicar
esse dinheiro. Logo, iriam usar o dinheiro para consumir mais. No entanto, a
produção do país continuaria a mesma.
65
de pagamento básico e número 1, o sendo denominado na econometria como
"M1".
Além disso, aqueles economistas que veem o controlo do banco central sobre a
oferta de moeda como fraco, dizem que há dois elos fracos entre o crescimento
da oferta monetária e a taxa de inflação. Primeiro, no rescaldo de uma recessão,
quando muitos recursos são subutilizados, um aumento na oferta monetária
pode causar um aumento sustentado na produção real em vez da inflação. Em
segundo lugar, se a velocidade do dinheiro (ou seja, a razão entre o PIB
nominal e a oferta monetária) mudar, um aumento na oferta monetária poderia
ter ou nenhum efeito, um efeito exagerado ou um efeito imprevisível no
crescimento do PIB nominal.
Nem todo dinheiro que é emitido pelo Banco Central é igual. A moeda em poder
do público, especificamente, não rende juros. Por isso, os agentes económicos
têm uma perda por não colocar esse dinheiro no banco.
É claro que esse sistema só funciona porque existe uma expectativa de que os
clientes não apareçam todos para levantar seus fundos ao mesmo tempo.
67
Em economia, base monetária se refere ao volume de dinheiro criado pelo BC,
isto é, moeda (em papel ou metálica) e reservas bancárias em poder das
entidades financeiras ou depositadas no Banco Central. Trata-se de uma
definição restrita da oferta de dinheiro, que diz respeito apenas às formas mais
líquidas. A partir dessa base monetária, o sistema bancário, através dos créditos
concedidos, cria moeda escritural e, portanto, aumenta a oferta de moeda.
M3 = M2 + depósitos de poupança
Conceitos actuais
Poupança financeira:
68
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
Por regra alguns governos estabelecem que os bancos mantenham uma certa
percentagem mínima de seus depósitos nas contas reserva do Banco Central.
Isso se chama depósitos obrigatórios ou compulsório. Em alguns países, como
no Reino Unido, não há essa exigência.
Quando um banco, ao final do dia, não tem as reservas requeridas pelo governo
os bancos recorrem ao mercado interbancário tomando dinheiro emprestado dos
outros bancos. Esses empréstimos têm duração de um dia e usam títulos
públicos como alicerce.
69
do sistema de reservas federais no mundo todo. Esse sistema criou um Banco
Central descentralizado que regulamentaria e melhor manteria o sistema
bancário, estabelecendo um sistema de pagamento interbancário. Portanto, em
vez de os bancos privados liquidarem todos os pagamentos, agora se teria um
Banco Central ajudando a supervisionar e liquidar pagamentos entre os bancos.
Por exemplo, se o Banco X emprestar $100 e o Banco Central exigir uma reserva
de 10%, isso resultará no Banco Central criando um depósito de $10 para o
Banco X. Esse depósito é um activo de $10 para o Banco X e um passivo de
$10, uma vez que deve o depósito de reserva de volta ao Banco Central. Para o
Banco Central, essas reservas representam um depósito de $10 e um activo de
$10 para o empréstimo.
70
velocidade e facilidade com a qual um activo pode ser convertido em valor. É a
partir da liquidez dos activos que são definidos os agregados monetários.
Dinheiro
Apesar de não estar na disputa do primeiro lugar, o dinheiro ainda é uma forma
de pagamento muito utilizado nas lojas físicas, principalmente, nos
estabelecimentos que vendem produtos com preço baixo. A vantagem do
empreendedor em aceitar dinheiro é de não ter que pagar taxas de transação.
Cartão
Actualmente se sabe que quem domina o mercado é o cartão, por isso, sua
aceitação como formas de pagamento.
Por isso, é ideal que cada negócio crie condições e aceite o cartão como forma
de pagamento, além de atender o cliente, se recebe o valor total cobrado pelo
serviço ou produto, mesmo se for uma quantia alta, é uma forma efectiva de
combate a inadimplência e possui garantia no controlo das transações.
Em lojas físicas, é importante ter uma estrutura bem instalada para conseguir
receber os pagamentos via cartão, para que não se perca nenhuma venda por
instabilidade ou outro factor.
71
Mas e se a loja for online, é preciso contar com um software que integre todas
as funcionalidades, que faça a ponte entre a compra que foi realizada em seu e-
commerce com o cliente e o banco emissor. É precisa ter um gateway de
pagamento.
Cartão de crédito
Toda conta de cartão de crédito possui um limite de compras definido pelo banco
emissor.
Cartão de débito
Gateway de pagamento
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Adquirente
Subadquirente
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Boleto Bancário
Para que sua empresa emita boletos é preciso ter uma conta corrente aberta em
um banco e ter uma carteira de cobrança vinculada a esse banco. O ideal é ter
uma solução para a emissão de boletos vantajosa, assim é possível reduzir
custos e ter benefícios como o cálculo das multas automático e inserido já na
segunda via emitida, controlo financeiro e agilidade. Mais autonomia e
segurança para o negócio decolar.
Débito recorrente
Neste tipo de operação, o limite do cartão do cliente não fica comprometido, todo
mês é descontado apenas o valor da parcela do serviço ou do produto, deixando-
o à vontade para utilizar o restante da forma que quiser.
74
Boleto bancário
Paypal
Porém é indicado para empresas que possuem uma grande margem de lucro,
devido às altas taxas, que giram em torno de 6,40% para vendas com cartão de
crédito e/ou boleto bancário.
PagSeguro
A taxa para cartão de crédito ou boleto bancário é de 3,99%. A tarifa para saque
é gratuita. Umas das desvantagens é que através do boleto bancário existe uma
taxa em valor real não pela quantidade movimentada.
É uma forma de pagamento feita usando apenas o telefone. Dessa forma, não
se precisa de mais nada além do celular.
Funciona offline;
Taxas reduzidas.
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O Code Money é um aplicativo feito para tudo e para todos. No seu smartphone,
o app funciona como um grande facilitador de transações financeiras e a
possibilidade de uma carteira digital mobile para usar em todos os locais
parceiros.
Abaixo, as principais formas de pagamento que uma empresa pode oferecer aos
clientes e os seus prós e contras de cada uma.
Dinheiro em espécie
Máquina de cartão
Para quem tem uma loja física e não aceita pagamentos em cartão de crédito e
débito, certamente está deixando de conquistar uma significativa parcela do seu
público-alvo.
Por outro lado, há o risco de fraude, prazos demorados para receber (mais ou
menos dois dias para compras no débito e um mês para crédito à vista) e taxas
sobre cada transação, que geralmente vão de 2 a 5% do valor da venda – além
do aluguel ou compra da maquina. Mas é necessário entender, que atender às
necessidades do cliente é mais importante.
Caso o negócio seja totalmente virtual, é preciso investir em uma boa plataforma
de e-commerce. Para micro e pequenas empresas, há soluções prontas que
podem ser personalizadas para atender as necessidades. Muitas delas integram
o sistema de pagamentos com ferramentas de ERP e análise de fraudes.
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portanto, a questão da segurança está resolvida. As desvantagens são as taxas
sobre cada transação e o facto de que, para ingressar no ambiente de
pagamento, o usuário acessa um site externo.
Boleto bancário
Transferência bancária
Como é uma solução pouco automatizada, só vale a pena se tem uma loja virtual,
não faz muitas transações por dia e oferece produtos sob encomenda ou
exclusivos, com alto valor agregado – o que mantém o interesse do público
independentemente da forma de pagamento.
Agregados monetários são categorias amplas usadas para definir e medir a base
monetária e outros activos de alta liquidez de uma economia. A base monetária,
por sua vez, é formada pelo papel-moeda e meios de pagamento que podem ser
facilmente transformados em papel-moeda. O agregado monetário mais líquido
de todos que está em circulação na economia é a moeda.
77
Categorias de agregados monetários
Cada país possui a sua própria definição do que entra em cada categoria, mas no geral,
os agregados monetários tendem a ser ordenados em função da sua liquidez. Muitos
dos Bancos Centrais dos países da CPLP consideram cinco agregados
monetários: M0, M1, M2, M3, M4 e M5.
Sendo que:
78
Em um país, se existe mais dinheiro em circulação em uma economia do que
produtos para serem negociados, a tendência é que haja um aumento dos
preços desses produtos. Essa inflação, se for alta demais, pode fazer com que
o Banco Central aumente as suas taxas de juros como forma de controlar o
crescimento acelerado do suprimento de moeda da economia.
Tipo M0 M1 M2 M3 M4 M5
Moeda em poder do público (papel-moeda e
moeda metálica em circulação e em poder de ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
outros que não bancos e o Banco Central)
Moeda física em poder dos bancos (papel-
✓
moeda e moeda metálica)
Moeda em pertencente aos bancos porém
existindo como credito dos bancos no Banco
Central (ou seja reservas compulsórias ou ✓
voluntárias pertencentes aos bancos, mas não
fisicamente presentes nos mesmos)
Depósitos à vista ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Depósitos especiais remunerados + depósitos
de poupança + títulos emitidos por instituições ✓ ✓ ✓ ✓
depositárias
Quotas de fundos de renda fixa + operações
✓ ✓ ✓
compromissadas registadas
Títulos públicos de alta liquidez ✓ ✓
Capacidade aquisitiva dos cartões de crédito ✓
79
Agregados Monetários e Política Monetária
80
• 4.2. Demanda por Moeda, Taxas de Juros, Política Monetária
A demanda por moeda consiste na procura total por dinheiro para dois diferentes
usos:
A procura por moeda como um activo decresce com o aumento da taxa de juros.
Isso acontece porque quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de
oportunidade de ter dinheiro líquido em mãos, já que o mesmo poderia estar
depositado em alguma instituição financeira ou investido em obrigações do
tesouro onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.
81
Enquanto unidade de conta, a moeda expressa a relação de troca das
mercadorias, ou seja, funciona como um medidor, um parâmetro. Assim, o preço
de uma mercadoria é a expressão monetária do valor de troca de um bem.
A velocidade de circulação
82
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros nominal.
Quanto maior (menor) for a renda maior (menor) será a demanda por moeda.
Quanto menor (maior) será a demanda por moeda.
Fórmula:
M.V=P.Y
83
compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento e por
correr o risco de não receber o dinheiro de volta (risco de inadimplência).
Taxas de juro
Há diferentes tipos de taxa de juro. A taxa base é aquela a que os bancos podem
pedir dinheiro emprestado ao banco central. Os bancos comerciais são assim
influenciados, mas podem determinar as suas próprias taxas de juro para
aforradores e para emprestar.
Por exemplo, se lhe foi emprestado um capital de 1.000 a uma taxa de juro anual
simples de 7% durante 2 anos, ganharia $ 140 de juro no total, ou $ 70 por ano.
Com uma taxa de juro composta, o juro é calculado a cada ano como uma
percentagem sobre o capital mais qualquer juro acumulado.
84
Assim, no exemplo acima, mas com uma taxa de juro composta, ganharia $ 70
de juro no primeiro ano e depois $ 79,80 no segundo ano, porque estaria também
a ganhar juros sobre os $ 70 de juros que recebeu no primeiro ano.
A taxa preferencial de juros (em inglês, prime rate) é a taxa de juros bancária
cobrada dos clientes preferenciais, isto é, aqueles que têm as melhores
avaliações de crédito. É determinada pelas condições de mercado (custos
bancários, expectativas inflacionárias, remuneração de outros activos, etc.). Em
geral, a taxa preferencial de juros adoptada por grandes bancos tende a ser a
referência para todo o sector bancário e normalmente será a menor taxa do
mercado. Geralmente a taxa preferencial supera em alguns pontos a taxa básica.
Juros simples
No regime dos juros simples, a taxa de juros é aplicada sobre o valor inicial de
forma linear em todos os períodos, ou seja, não considera que o valor sobre o
qual incidem juros muda ao longo do tempo.
Juros compostos
85
O regime de juros compostos também pode ser expresso através da taxa de
juros continuamente composta. Apesar de ter o mesmo funcionamento do
regime de juros compostos, a taxa de juros continuamente composta apresenta
uma fórmula de cálculo diferente.
Juros nominais
Juros reais
Juros rotativos
Nada mais é do que uma cobrança por atraso no pagamento da fatura do cartão
de crédito ou de um financiamento.
Esse tipo de juros é calculado com base no lucro obtido por uma empresa.
Geralmente, empresas distribuem pelo menos parte desse valor a seus
acionistas.
86
Taxa variável
Taxa fixa
Juros de mora
Embora sejam cobrados em taxas mensais (1% a.m.), graças ao pro rata, cada
dia de atraso apresenta uma taxa proporcional. Ou seja, mesmo que a
inadimplência não perdure por um mês inteiro, o devedor ainda será responsável
por pagar pelo período correspondente.
87
Além disso, acredita-se que o estabelecimento dos juros de mora iniba o
comportamento inadimplente. Isso porque, teoricamente, o devedor se torna
receoso de ver a sua dívida entrar em números exorbitantes conforme o tempo
passa.
Para o credor, mais do que representar algo como o Papai Noel dos devedores,
ele é um investidor. Ao emprestar uma quantia, ele espera que um valor retorne
acrescido, maior do que o inicial. Dessa forma, ele pode auferir lucro na
operação.
Cientes desse dano é que os juros de mora são cobrados. Eles são uma espécie
de compensação por esse dano temporário ao credor.
Os juros de mora são calculados com base na taxa de juros estabelecida entre
o credor (aqui nesse caso, o banco) e devedor.
Assim sendo, caso se passe um mês inteiro sem que o empréstimo seja quitado,
a dívida chegará a:
1% de 20 mil = 200;
Dívida: 20200.
88
15 dias de atraso = 100 de juros de mora.
Dívida = 20100.
1% de 2 mil = 20.
Dívida = 2020.
Por exemplo: ainda seguindo o caso anterior, suponhamos que tenha havido um
atraso de um mês no pagamento do empréstimo, que prevê multa de 2% sobre
o valor da mesma.
Dívida = 20600.
Montante em dívida;
Taxa aplicável;
89
incumprimento. Aplica-se a fórmula de cálculo utilizando os dados mencionados
anteriormente:
Tem-se algumas das principais ferramentas utilizadas hoje em dia nas políticas
monetárias:
90
A alteração da taxa básica de juros
É a medida mais conhecida! Isso porque sempre que o Banco Central decide
ajustá-la, há um grande efeito sobre os investimentos, a actividade bancária e o
consumo do cidadão médio.
Dessa forma, o acesso ao crédito se torna mais difícil e, com menos dinheiro
disponível para gastar, as famílias acabam por comprar menos.
Depósito/Recolhimento compulsório
Taxa de Redesconto
91
Afinal, quanto maiores forem as taxas pagas pelos bancos, maiores são as
dificuldades impostas por esses ao emprestar dinheiro para os cidadãos comuns
e para as empresas, diminuindo assim a moeda em circulação.
Por outro lado, quanto menores as taxas, mais “barato” o dinheiro se torna para
o consumidor, propiciando um aumento do dinheiro disponível na economia.
Quando isso é feito, a demanda por bens e serviços aumentam e com as taxas
de juros mais baixas, as empresas contraem mais empréstimos para atender a
procura. Se a oferta não é toda atendida, ocorre um aumento dos preços, ou
seja, aumento da inflação.
Meta fiscal: metas da política fiscal para manter a dívida pública sob controlo.
92
Política monetária do Banco Central Europeu (exemplo)
O governo tem por obrigação se impor no mercado monetário para que não haja
abusos por parte da minoria que está no poder contra a maioria, que é a massa
trabalhadora.
Guerra cambial
93
• 5. Sector Externo
Com o mundo globalizado, os países fazem cada vez mais comércio entre si,
sendo que existem aqueles que vendem mais do que compram e outros que
compram mais do que vendem.
94
Estrutura da balança de pagamentos
1. Balança corrente
1. Balança comercial
1. Balança de bens
2. Balança de serviços
2. Balança de rendimentos
2. Balança de capital
3. Balança financeira
1. Investimento directo
1. Participação no capital
1. Participação no capital
2. Investimentos em carteira
3. Derivativos
1. Activos
2. Passivos
95
4. Outros investimentos
4. Erros e Omissões
1. Contas de Caixa
1. Haveres no exterior
2. Reservas em ouro
Transações Correntes
Conta Capital
Conta Financeira
96
Além disso, esta conta regista as entradas e saídas monetárias do país, sendo
principalmente utilizada em compensação às outras contas. Como exemplo, se
um residente do país importa alguma mercadoria, o registo é feito na balança
comercial como importação, e na conta financeira para registo do pagamento.
Erros e omissões
O balanço de pagamentos possui, ainda, uma conta que serve para correções
de erros e omissões que aparecem na apuração dos valores de cada
componente.
Identidade fundamental
Pelo facto de qualquer transação internacional fazer surgir duas entradas que se
compensam na balança de pagamentos, o saldo de conta corrente e o saldo da
conta capital automaticamente somam zero:
97
ocorrências que possam desestabilizar por completo a economia. Alguns desses
ajustes são: desvalorização real da taxa de câmbio, redução do nível de
actividade económica, restrições quantitativas ou tarifárias às importações,
subsídio à exportação e controlo de remessa de capitais ao exterior. Os quatro
primeiros focam no déficit em transações correntes.
98
Como funciona o Balanço de Pagamentos
Para conseguir controlar a saída de capital (no caso do déficit) o país pode
utilizar algumas ferramentas económicas.
Países com a moeda muito forte podem acabar sofrendo com isso. Por exemplo,
ninguém compraria um lápis de um país que vale o dobro do que do outro,
geralmente, se procura comprar o produto mais barato, (desde que a qualidade
seja similar).
Quando a moeda de um determinado país está mais forte existe uma tendência
natural de que os produtos do mesmo sejam evitados, e mais países vendam
para esse país, uma vez que os seus produtos possuem preços mais
competitivos.
Vale destacar que existem países como fogem desse raciocínio. Exemplos
actuais como os Estados Unidos, grande parte dos países da União Europeia,
entre outros, convivem com um alto déficit na balança comercial!
99
Mesmo assim, esses países conseguem manter um bom nível de emprego
(sendo que os Estados Unidos veem experimentando o pleno emprego).
Uma das explicações para essa “anomalia” está relacionada à confiança que
outros países e investidores depositam nesses países além de outros factores
económicos, como o grande registo de novas patentes, monopólio em
determinados segmentos e fabricação de produtos de alto valor agregado.
As relações comerciais entre os países podem ser bem intensas. Isso acaba
sendo demonstrado na Balança de Pagamentos.
Os países que contam com déficit comercial, podem estar com uma moeda
demasiadamente cara e com produtos pouco interessantes.
100
Em uma situação assim, é preciso realizar algumas medidas restritivas com
relação à importação e até a desvalorização da moeda. Desse modo o Balanço
poderá mudar de posição.
Portanto, podemos concluir que transações correntes são todos essas acções
comerciais feitas entre um país e os outros países (resto do mundo).
101
1) Conta corrente (CC=1.1+1.2+1.3): conta corrente de uma economia é uma
variável de fluxo que mede a taxa pela qual os habitantes de um país estão
concedendo ou tomando empréstimos do resto do mundo. Definimos a conta
corrente de um país (CC) como a variação da sua posição dos activos
financeiros líquidos em relação ao resto do mundo:
Conta Capital
Conta Financeira
Além disso, esta conta regista as entradas e saídas monetárias do país, sendo
principalmente utilizada em compensação às outras contas. Como exemplo, se
um residente do país importa alguma mercadoria, o registo é feito na balança
comercial como importação, e na conta financeira para registo do pagamento.
Conta Capital
Conta Financeira
102
Investimento Directo
Investimentos em Carteira
Outros Investimentos
• Depósitos e moeda
104
de capitais entre o país e o exterior - empréstimos, títulos, investimento directo,
etc. - expressa o ganho ou a perda de moeda estrangeira, ou seja, a variação
das reservas cambiais.
• Moeda de reserva (Dólar dos Estados Unidos, Libra Esterlina, Euro, Yene e
Renmimbi)
• Ouro
Finalidade
Custos e benefícios
A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta
no preço de uma delas medido em relação à outra. Mas, além de expressar
quantitativamente a condição de troca entre duas moedas, a taxa de câmbio
expressa as relações de troca entre dois países. O câmbio é uma das
variáveis macroeconómicas mais importantes, sobretudo para as relações
comerciais e financeiras de um país com o conjunto dos demais países.
Dado que a taxa de câmbio é um preço (ainda que seja o preço de um bem sui
generis: a moeda), esse preço é diferente na compra e na venda. Assim, a taxa
de câmbio para venda é o preço que o banco (ou outro agente autorizado a
operar pelo Banco Central) cobra, em moeda nacional, ao vender moeda
estrangeira (a um importador, por exemplo). Já a taxa de compra é o preço, em
moeda nacional, que o banco paga pela moeda estrangeira que lhe é ofertada
(exemplo, por um exportador,).
106
desejam realizar operações de importação e exportação, ou então investimentos
estrangeiros no país, empréstimos a residentes sujeitos a registo no Banco
Central e pagamento e recebimento de serviços.
Uma taxa de câmbio EUR/USD de 1,5415 significa que para obter 1 euro é
necessário entregar 1,5415 dólares, ou seja, cada euro vale 1,5415 dólares.
Uma redução no valor daquela taxa de câmbio indica uma valorização do dólar
face ao euro.
Divisas
107
Política cambial e mercado de câmbio
Regimes cambiais
Câmbio fixo
Câmbio flutuante
Câmbio Fixo
Valor de divisas pré-fixado pelo Banco Central por tempo indeterminado. Essa
medida geralmente é irrealista e só possui chance de funcionar em países sem
inflação. Há um tipo de fixação conhecida em inglês como dirty-floating na qual
não há pré-fixações mas intervenções sem mostrar ao mercado as metas
cambiais da autoridade cambial.
Para esse tipo de regime, o país deve ter uma reserva internacional
considerável para cobrir a entrada e a saída da moeda estrangeira. O
objectivo aqui é estabilizar o valor de uma moeda em relação a uma outra
mais estável, porém esse processo tem vantagens e desvantagens.
Entenda:
(1) Nível do Produto Interno (Y) - é de se esperar que, quanto maior Y, maior
será a demanda por importações do País e, portanto, a demanda por moeda
estrangeira;
(2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe) - coeteris paribus, caso Pi
aumente, o preço real das importações em moeda nacional diminuirá e, portanto,
as importações e a demanda por divisas serão incentivadas; caso Pe aumente,
o preço real das importações em moeda nacional se elevará e, portanto, as
importações e a demanda por divisas serão desestimuladas;
(3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie) - coeteris paribus, caso Ii se eleve,
haverá um incentivo à entrada líquida de capitais no País, pois ela se tornou mais
atrativa que a externa, logo a oferta de divisas no país aumenta, com uma
demanda constante; caso contrário, se Ie aumentar, ocorrerá um estímulo à
saída líquida de capitais para o exterior, já que ela está mais alta que a interna,
logo a oferta de divisas diminui, com uma demanda constante.
109
Banco Central actua com objectivo de manter o preço da moeda atrelado
às faixas determinadas.
Em geral, as taxas de câmbio são publicadas "ao certo", indicando quanto vale
em moeda estrangeira uma unidade de moeda nacional.
Cotações inversas
Se USD/EUR = 0,6487, cada dólar vale menos de um euro, o que quer dizer que
o euro tem valor superior ao do dólar. Neste caso, significa que, para obter um
dólar norte-americano, é necessário entregar 0,6487 euros.
Cotações cruzadas
Uma moeda pode não ter cotação directa em todas as moedas estrangeiras. O
cálculo da cotação cruzada permite obter a taxa de câmbio de uma moeda para
a qual não existem cotações divulgadas.
Sempre que se dispõe de duas taxas de câmbio diferentes com uma moeda
comum, é possível calcular a taxa de câmbio cruzada.
110
Então, 1 EUR = 1,5326 x (105,33 JPY) ou seja, 1 EUR = 161,43 JPY. Logo,
obtemos a cotação EUR/JPY = 161,43.
Este tipo de política é feita pelo Banco Central em conjunto com a sua Política
Monetária e Fiscal, com o objectivo de adotar as taxas de câmbio mais
adequadas.
Depreciação cambial
É preciso ter em conta que, a longo prazo, em Estados com baixa elasticidade e
elevada dependência das importações, a queda das taxas de câmbio
(desvalorização da moeda nacional) é geradora de inflação.
111
A depreciação cambial acontece quando o governo desvaloriza a moeda
nacional, ou seja, quando a moeda é desvalorizada ao preço das moedas
estrangeiras, fazendo com que os estrangeiros precisem pagar menos pela
moeda nacional. Por exemplo, quando um Dólar Americano passa de $ 4,00 para
$ 3,00, quando se pretende adquirir 30,00 AKZ.
Apreciação cambial
São eles:
Mercado à vista
O banco central vende dólares que fazem parte das reservas internacionais do
país, atendendo à demanda do mercado.
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A receita da venda desses dólares é uma das formas de se reduzir a dívida do
governo.
Essa operação tem sido usada pelos BC, com a opção das empresas de
substituírem dívida externa por dívida local (em função das baixas taxas
de juros), o que faz diminuído o fluxo de moeda estrangeira para um país.
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