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Guia de Direito Processual Penal
Guia de Direito Processual Penal
A POLITÉCNICA
Escola Superior Aberta
GUIA DE ESTUDO
Direito Processual Penal
8º Semestre
Moçambique
FICHA TÉCNICA
Organização e Edição
Escola Superior Aberta (ESA)
Elaboração
Virgínia Alice Joaquim Madeira (Conteúdo)
Ciências Jurídica Direito Processual Penal
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UNIDADES TEMÁTICAS
ÍNDICE
Caro(a) estudante
Está nas suas mãos o Guia de Estudo da disciplina de Direito Penal que integra a grelha
curricular do Curso de Licenciatura em Ciências Jurídicas oferecido pela Universidade
Politécnica na modalidade de Educação a Distância.
Este guia tem por finalidade orientar os seus estudos individuais neste semestre do
curso. Ao estudar a disciplina de Direito Penal, você irá ter o conceito claro dos
procedimento levados cabo para a resolução de litígios crimnais e, consequentemente da
sua importância para os diversos intervenientes do sistema da justiça.
Este Guia de Estudo contempla textos introdutórios para situar o assunto que será
estudado; os objectivos específicos a serem alcançados ao término de cada unidade
temática, a indicação de textos como leituras complementares que você deve realizar; as
diversas actividades que favorecem a compreensão dos textos lidos e a chave de
correcção das actividades que lhe permite verificarem se você está a compreender o que
está a estudar.
Esta é a nossa proposta para o estudo de cada disciplina deste curso. Ao recebê-la, sinta-
se como um actor que se apropria de um texto para expressar a sua inteligência,
sensibilidade e emoção, pois você é também o(a) autor(a) no processo da sua formação
em Ciências Jurídicas.
Os seus estudos individuais, a partir destes guias, nos conduzirão a muitos diálogos e a
novos encontros.
A Equipa da ESA
UNIDADE TEMÁTICA 1
Direito Penal
OBJECTIVOS
INTRODUÇÃO
1. Considerações gerais
Caro estudante, ao longo das cadeiras de Introdução ao Estudo de Direito e Teoria Geral
do Direito deve ter estudado a evolução e autonomização dos diferentes ramos de
direito que se encontram divididos em Privado (que tem por finalidade regulamentar os
actos privados que ocorram entre os diferentes sujeitos jurídicos) e Público (que visa
regulamentar os actos praticados entre os privados e o Estado).1
NOÇÃO:
O Direito Processual Penal é o conjunto de normas que vão regular os actos de
processo.
1
Importa referir que esta divisão clássica dos ramos de direito actualmente se mostra
desfasada da realidade na medida em que com a crescente interligação das disciplinas
jurídicas surge um ramo híbrido que, por exemplo, ainda que seja de natureza pública
tem traços de natureza privada. Isto ocorre quando o Estado (figura central dos ramos de
direito público) celebra contratos co os particulares.
PARA SABER!
Ao Direito Penal cabe a função de proteger os bens, os valores fundamentais da comunidade, através:
- Da prevenção de lesões que sejam de recear no futuro – a chamada função preventiva;
- A punição daquelas lesões, daquelas infracções que já tiveram lugar – função punitiva.
Esta função de protecção de bens e valores que são fundamentais da comunidade é centralizada
(dotada de um poder central) pelo Estado. Este, chama a si o exercício desta função, da protecção da
ordem social, e pelo exercício da mesma, toda a tarefa de investigar e de esclarecer, de prosseguir,
sentenciar e punir os crimes cometidos dentro da chamada área da sua jurisdição, isto é, dentro do
território em que ele exerce a sua autoridade político-judiciária.
O Estado vai administrar a justiça virado para os próprios particulares, na medida em que ele consagra
o princípio da “nulla pena sine processum”, isto é, ninguém poderá ser sentenciado sem que
primeiramente haja umEscola
processo, ou sem
Superior que seja
Aberta/A através– Ensino
Politécnica de um àprocesso.
Distância 7
Ciências Jurídica Direito Processual Penal
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CONTINUAÇÃO……..
Este princípio garante que a aplicação das penas e medidas de segurança só pode ser feita em
conformidade com as disposições do Código de Processo Penal.
A aplicação do princípio nulla pena sine processum
a) Garante desde logo todos os direitos que são concedidos ao arguido, na medida em que se respeita
a dignidade humana do indivíduo, portanto, do infractor;
b) E por outro lado, constitui um limite à função punitiva do Estado, na medida em que perante o
cometimento de um crime, de uma infracção de natureza criminal, o Estado não pode de qualquer
maneira, de uma forma cega e brutal, punir essa pessoa; mas antes terá que o fazer através de um
processo penal, segundo uma forma legal que ele próprio, através do que o órgão legislativo
estipulou.
Portanto:
- É uma garantia para o cidadão, na medida em que lhe são garantidos determinados direitos que
ele poderá exercer ou não;
- Traduz-se num limite ao próprio Estado, na medida em que impõe que a sentença que recai nas
infracções seja elaborada através de processo (s) regulado (s) por normas processuais.
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
Da noção de Direito Processual Penal bem como da relação que este ramo de direito
estabelece com o Direito Penal fácil é concluir que a sua finalidade do é a descoberta da
verdade e a realização da justiça.
A descoberta da verdade – é materializada através de todas as diligências
investigativas e os procedimentos da apreciação da prova.
A realização da justiça – se concretiza através da comprovação dos factos, a
declaração da norma objecto do direito pelo qual o infractor deve ser punido.
Podemos a sim concluir que, mais do que a chamada segurança jurídica, a finalidade do
processo penal é alcançar a própria justiça.
Para a determinação do objecto do Direito Processual Penal temos que ter atenção a um
conjunto de factos humanos, devidamente situados no tempo e no espaço, integrantes
dos pressupostos de que depende a aplicação ao seu autor de uma pena ou de uma
medida de segurança. Assim entendemos que:
a) Conjunto de factos humanos, mas não de qualquer facto, factos que são crime;
b) Situados no tempo, se ainda é ou não é possível de sanção penal; saber também
o “quando”, nomeadamente por uma questão de prova: o momento, a que horas,
inclusivamente para a própria qualificação do crime;
c) Situados no espaço, para se saber qual o Tribunal que vai apreciar; interessa
saber o local onde o crime foi cometido.
Assim, nesta fase investigatória trar-se-á ao processo tudo quanto possa incriminar ou
não um determinado indivíduo, coligindo tudo aquilo que interessa imputar ao arguido.
2
É sobre a matéria da acusação que o Tribunal vai conhecer o conjunto de factos
humanos que merecem sancionamento legal e vai assim sentenciar, aplicando a justiça
concebida como uma das finalidades do Direito Processual Penal.
de uma pena ou de uma medida de segurança, mas também, numa fase posterior, o
controlo da execução das reacções criminais.
O Processo Penal:
- Abrange não só a investigação, esclarecimento e punição do crime;
- Mas também o controlo da execução das reacções criminais.”3
O direito processual civil: um direito mais completo, que tem a ver com as relações
entre as pessoas; o processo penal também tem a ver com as relações entre as pessoas e
também entre as pessoas e o Estado.
Uma das formas de integrar lacunas em processo penal, será através do recurso às
normas de processo civil, primeiramente normas de processo penal, depois normas de
processo civil que se harmonizem com o processo penal.
Tem como causa uma relação de Tem-se uma relação de natureza pública,
natureza privatistica, de direito privado. que inclusivamente só pode ser exercida
Pertence aos sujeitos dessa mesma contra pessoas singulares.
3
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
.
QUANTO A A investigação é levada a cabo À existência de uma fase de inquérito,
INVESTIG pelas próprias partes: é ao autor que uma fase secreta. É uma fase de
AÇÃO antes de fazer a petição inicial faz a investigação que é levada a cabo por uma
investigação. entidade isenta – o Ministério Público.
Bibliografia:
DEMERCIAN, Pedro Henrique; MALULY, Jorge Assaf. Curso de processo
penal: 4 ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2009.
JARDIM, Afrânio Silva. Direito processual penal: 11. ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 2007. J
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de processo penal: 2 ed. – São Paulo:
Atlas, 2009.
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal, 4v. 2ª ed. –
Campinas: Millennium, 2000.
http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
Actividades:
UNIDADE TEMÁTICA 2
Direito Penal
OBJECTIVOS
Importa referir que nos primórdios da civilização não se mostrava existir uma distinção
entre a justiça civil e a privada. Estes aspectos certamente foram por vós abordados e
aprofundados nas disciplinas introdutórias ao curso de Direito.
Assim, cada um dos ramos do Direito tem vindo a passar por um processo de
desenvolvimento tendo em conta as realidades sociais a que se mostra inserido. Deste
modo o Direito penal (no geral) e o Direito Processual Penal também apresentou a sua
evolução ao longo dos tempos como de seguida faremos referência ao abordas os
diferentes tipos históricos de processo penal.
4
In: http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf. Cit. Cf. Castanheira
Neves, “Sumários de Processo Criminal”, Coimbra 1968, p. 23, e Figueiredo Dias, “Direito Processual
Penal”, 1º Vol., Coimbra Editora, 1981, p. 61.
5
Neste sistema o juiz se apresentava como investigador, acusador e julgador. Claramente se apercebe
que a decisão ou sentença final a ser proferida por este era muito subjectiva na medida em que,
enquanto julgador ao longo do processo investigativo o juiz retirava de imediato uma convicção
da culpa do arguido e a acusação era elaborada de acordo com tal convicção ou a vontade do
poder político. Este sistema teve o seu desenvolvimento na idade média através do sistema
inquisitório instaurado pela igreja católica.
PARA SABER!
No processo tipo acusatório entendia-se o processo penal como uma oposição de
interesses:
a) Por um lado o Estado, a querer punir;
b) Do outro lado o indivíduo, a querer afastar a punição, a querer-se defender-se.
Ambos dispõem dos mesmos meios; não há supremacia por parte do Estado.
6
Leitura complementar e obrigatória da Evolução da Teoria da Separação de Poderes no anexo I desta
unidade.
Continuação!
Vale o princípio do dispositivo, o processo pode ser transacionado. Vale também o princípio
do juiz passivo, o juiz limita-se a ouvir o que a acusação tem a dizer e o que a defesa tem a dizer;
dá como certos os factos que não foram contraditados por cada uma das partes e profere a
sentença, apenas com base nesses mesmos factos.
Resulta daqui uma sentença formal. O juiz apenas tem de ter em conta aquilo que não foi
impugnado, é uma sentença formal, que resulta dos autos.
Em processo penal, neste tipo de acusatório, aquilo que não foi impugnado pela outra parte
considera-se como certo, o princípio da auto-responsabilidade probatória das partes.
Tem-se também outro princípio, o princípio da total inocência do acusado até à condenação,
todo o indivíduo se considera inocente até ser condenado.
A acusação e a prisão só são possíveis dentro das formas e dos casos previstos na lei. É a
consagração do “nullum crimen sine legem”. Ninguém pode ser sentenciado por um crime que não
está legalmente previsto, nem pode ser aplicada nenhuma pena que igualmente não esteja prevista.
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
CURIOSIDADE!
Processo mitigado - Criado em Portugal durante a vigência do Estado Novo.
Cria-se o Ministério Público, mas subordina-se a sua actividade ao juiz. A competência da instrução
preparatória era do juiz: finda esta, ele ordena ao Ministério Público que acusasse. E se não concordasse
com a acusação doMinistério Público, ele poderia ordenar que fizesse nova acusação, depois ia julgar.
Cria-se a figura do defensor, aparece como colaborador da realização dos interesses da
administração da justiça. O defensor é a pessoa que vai assistir tecnicamente o arguido.
In: http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf
7
Este tipo de processo é tíico dos Estados Unidos onde a figura do jurado tem um papel principal para a
determinação da culpa ou inocência do arguido.
Concebe o processo penal como parte da ordenação comunitária. Ele está ao serviço da
comunidade e não ao serviço do Estado.
Caracteriza-se desde logo pela existência de um princípio não inquisitório, mas um
princípio de investigação, integrado numa fase secreta que é chamado inquérito e que
tem como finalidade esclarecer e instituir autoritariamente o facto que deve ser sujeito a
julgamento.
É vedado ao Ministério Público, transigir, fazer qualquer acordo com o arguido ou com
o defensor, no sentido de deixar de deduzir aquela acusação.
Caracteriza-se ainda pela existência de certas limitações à liberdade do arguido.
O Ministério Público actuará em todo o processo segundo princípios de estrita
objectividade vinculado ao princípio da legalidade conforme dispõe o artigo 2 nº1 da
Lei nº 22/2007 de 1 de Agosto( Lei da Orgânica do Ministério Público).
Porque a estrutura do Direito Processual Moçambicano apresenta a mesma evolução
histórica que a portuguesa , com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 19271 de 24
de Janeiro de 1931, até 1975 altura em que Moçambique tornou-se independente, por
forma a compreender esta evolução devem os estudantes lê o texto que se segue que faz
referência as alterações havidas até 1975:
C. P. Penal de 1929: este “ teve como um dos princípios orientadores o reforço do papel do juiz,
ao qual competia não só julgar, mas também realizar a investigação que fundamentava a
acusação, o que representava, como se refere no Relatório do Dec-Lei nº 35.007, de 13-10-1945,
“um regresso ao tipo de processo inquisitório”, pondo em causa a imparcialidade do julgador e
reduzindo a actividade do Ministério Público à de um simples formalismo. Esse abandono da
estrutura acusatória do processo penal, em favor da estrutura inquisitória, foi historicamente
movido pelo desejo de não entregar os arguidos nas mãos de uma magistratura dependente como
a do Ministério Público15 . Concluída a instrução (“corpo de delito”), competia ao Ministério
Público deduzir a acusação, mantendo-se, assim, formalmente, a concepção acusatória.”
.
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 17
Ciências Jurídica Direito Processual Penal
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Moçambique:
Para além destas alterações depois da independência foram aprovados outros diplomas
legais tais como:
a) Decreto-Lei nº 4/75 de 16 de Agosto (Introduz alterações ao P. Penal)
b) Decreto-Lei nº 28/75 de 8 de Dezembro (Introduz alterações ao P. Penal)
c) Lei nº 5/81 de 8 de Dezembro (Extingue os Tribunais de Execução das Penas e
transita a competência para os Tribunais Populares Provinciais)
d) Lei nº 9/92 de 6 de Maio ( Introduz alterações ao processo penal e reintroduz as
ficuras do assistente e de crime particular, revogando os artigo 17 e 19 do DL nº
4/75;
e) Lei nº 2/93 de 24 de Junho (Institucionaliza os Juizes da Instrução Criminal)
NB: devem os estudante procurar esta Legislação referida nas colectânea de legislação
penal.
LEITURA COMPLEMENTAR:
In: http://lelivros.today/book/download-direito-processual-penal-esquematizado-
alexandre-cebrian-araujo-reais-em-epub-mobi-e-pdf/
O Direito processual Penal, tal como outros ramos de Direito encontra-se revestido de
princípios que não só o estruturam como ramo científico como também o caracterizam e
diferenciam de outros ramos afins.
Assim, estes princípios encontram-se separados em dois grandes grupos,
nomeadamente:
a) Princípios relativos ao impulso processual; e
b) Princípios relativos as formas.
Iniciaremos por estudar os princípios relativos ao impulso processual.
1. Princípio da oficialidade
Em causa está saber a quem compete a iniciativa ou o impulso processual, portanto, o
impulso de investigar a infracção, e a quem compete também a decisão de submeter ou
não o infractor a julgamento.
Em regra, sendo o Direito Processual Penal um ramo de Direito Público, no qual a veia
punitiva do Estado se faz muito presente como mão reguladora da convivência social,
ao Estado compete o impulso da acção Penal, representado para o acto pelo Ministério
Público.
Assim, em determinado tipo de crime, compete ao Estado oficiosamente o impulso da
acção penal sendo assim descartado, nestes casos o impulso particular decorrente dos
crimes particulares ou semi -públicos.
Conclui-se assim que o exercício da acção penal compete ao Ministério Público – neste
aspecto se centra o princípio da oficialidade. (artigo 1 e 6 do DL nº 35007 de 13 de
Outubro de 1945 conjugado com o artigo 5 do C.P.P).
Da denúncia obrigatória
a) Crimes particulares:
Os crimes particulares são aqueles caracterizados por serem de pequena gravidade, de
infracções que, não se encontram relacionadas “com bens jurídicos fundamentais da
comunidade, apenas atingem a pessoa visada e a comunidade em si própria não se sente
lesada, e por conseguinte, não sente necessidade de reagir.”8
Neste tipo de crimes é ao particular que esta reservado o início da acção penal
conforme dispõe o artigo 3 nº2 do DL nº 35007 de 13 de Outubro de 1945 cabendo
8
In: http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf
ainda, depois ele próprio, se quiser, após a diligência do inquérito, pode deduza
acusação.
2º Momento: a pessoa constitui-se assistente. Para tanto precisa de advogado para assinar
o requerimento. Têm que estar reunidos os pressupostos processuais, como a
personalidade, a legitimidade, etc. e tem de pagar a taxa de justiça. (artigo 5 do DL nº
35007)
3º Momento: deve o assistente deduzir a acusação particular num momento posterior e
atendendo aos prazos fixados para o Ministério Público. (art. 4 §3º do DL nº 35007)
c) Crimes públicos:
“Aqueles que pela sua gravidade e consequência, atingem de tal maneira os valores
da comunidade que esta não pode ficar inactiva. E por conseguinte, basta a notícia do
crime para que o Ministério Público desencadeie todo o processo. E mais: é obrigado a
deduzir acusação, e durante o julgamento, tem que a sustentar, tem que mantê-la. Só
poderá deixar de o fazer no final do julgamento, quando se passa à fase das alegações
gerais.”9
9
In: http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf
Deste modo podemos concluir que, o princípio da legalidade, traduz-se, desde logo na
obrigatoriedade que ao Ministério Público se exige de proceder, dar ou deduzir a
acusação e sustentá-la efectivamente , por todas as infracções de cujos os pressupostos
tenha tido conhecimento e que tenha logrado recolher no Inquérito indícios
suficientes.10
De ressalvar que este princípio não se mostra adstrito somente ao Ministério
Público, outros autores judiciais tais como os juízes e os órgãos de polícia criminal
(PIC) também estão sujeitos a este princípio.7
Se quanto ao impulso inicial basta a notícia do crime, já para o impulso processual sucessivo,
imediato, que será a dedução da acusação, torna-se necessário que durante o inquérito tenham
sido recolhidos indícios suficientes de se ter verificado o crime e quem foi o seu agente.
Após dedução de acusação, não acabou ainda a obrigação do Ministério Público respeitar a
legalidade. Durante a fase de julgamento ele deve não só manter essa acusação, como sustentá-la
efectivamente.
Esta expressão “sustentar efectivamente”, quer dizer que o Ministério Público, perante a
prova que está a ser produzida em audiência de julgamento, não pode pura e simplesmente
desistir.
Terminada aquela fase de julgamento em que se faz a prova dos factos, então já o Ministério
Público fica liberto da obediência ao princípio da legalidade.
Nos crimes particulares, o princípio da legalidade não existe, o Ministério Público, não é
obrigado a deduzir acusação; apenas está obrigado a fazer o inquérito: a partir do momento em
que há queixa, declaração de constituição de assistente, então o Ministério Público é obrigado a
fazer inquérito. Mas uma vez findo, não está obrigado a deduzir acusação porque isso é um
direito que compete em exclusivo ao particular.
Nos crimes semi-públicos, pode acontecer que ao Ministério Público seja retirada a
legitimidade para continuar. Mas aqui não se tem nenhuma ofensa ao princípio da legalidade, o
que acontece é que o ofendido, até à sentença pode desistir da queixa, da instância.
In: http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf
7. vejam os artigos 234 da CRM e 4 alínea b) da Lei nº 22/2007 de 1 Agosto no que se refere ao
Ministério Público, os artigo 217 da CRM e DL nº 35 042 de 20 de Outro de 1945 no que se refere a
Polícia de Investigação( importa referir que o mesmo vira a ser revogado pela actual lei que cria a
SERNIC- Serviço Nacional de Investigação Criminal) .
3. Princípio da oportunidade
O princípio da oportunidade consiste em conceder uma certa margem de
discricionariedade ao Ministério Público para que ele possa dispor do processo
resolvendo desde logo determinados casos dando-lhes ou não seguimento (artigos 24 a
26 do DL nº 35007 de 13 de Agosto de 1945 conjugados com os artigos 341 a 348 todos
do C.P.Penal)11. Estas situações são as seguintes:
- quando o Ministério Público abstence de acusar por não ter encontrado, ao
longo da investigação elementos suficientes para continuar a acção penal tais
como os agentes do crime, as provas incidiárias, etc., nestes casos o processo é
arquivado (artigo 25 do DL nº 35007 de 13 de Agosto 1945 conjugado com o
artigo 343 do C.P.Penal), ou
- quando o Ministério Público deduz acusação existindo elementos suficientes
para o procedimento da acção penal.
PARA SABER!
Concedendo o legislador ao Ministério Público a possibilidade de, em certas situações, não deduzir
acusação, desviando se assim do cumprimento do princípio da legalidade, então há que controlar a própria
legalidade do Ministério Público; ou seja, controlar a sua actuação sempre que o Ministério Público não
obedece à lei.
Assim existem duas formas de controle da actuação do Ministério Público:
a) pela chamada intervenção hierárquica: esta se mostra patente no artigo 234 nº1 da CRM conjugado
com o artigo 29 do DL nº 35007 que consiste na obrigatoriedade de, em caso de o Ministério Público
abster-se de acusar, esta abstenção dever ser apreciada por um superior antes de confirma-la e assim
remeter ao arquivo; e
b) Pelos assistentes através da possibilidade que a lei o dá de reclamar da falta de acusação do Ministério
Público, através da reclamação hierárquica. (vide os artigo 27 e 28 do DL nº 35007 de 13 de Outubro
de 1945).
11
Obriga-se a leitura dos artigos acima referidos.
Para que seja possível alcançar este grau de imparcialidade e independência acima
referidos torna-se necessário que a entidade julgadora não possa ter também funções de
investigação e da acusação da infracção, deste modo, caberia ao:
- Ministério Público investigar e acusar; e
- ao juiz julgar, apreciar a conduta do arguido.12
Ao lado desta distinção entre entidade julgadora e entidade acusadora há que estipular e
postular um princípio de igualdade de “armas” entre a acusação e defesa. Ambos
devem ter mesmos direitos e os mesmos poderes.
Apar disso existem alguns princípios que orientam a actuação do juiz no procedimento
do despacho de pronúncia que, não sendo uma acusação (despacho de acusação), ser a
peça processual que fixa a conduta criminosa a ser apreciada em sede de julgamento. O
quadro a seguir versará sobre isso:
PARA SABER!
A pronúncia
O despacho de pronúncia, é a imputação ao arguido da prática de determinados factos, só que agora não
pelo Ministério Público, mas por uma entidade judicial que é o Juiz da causa (de referir que em alguns
ordenamentos jurídicos, como o caso do português, o despacho de pronuncia é exarado pelo juiz de
instrução criminal. No entanto no nosso ordenamento jurídico tal função é desempenhada pelo juiz da
causa).
Em termos práticos, no nosso ordenamento jurídico, é muito mais gravoso para o arguido ir para
julgamento com o despacho de pronúncia do que com uma acusação, porque:
- Enquanto a acusação se basea em indícios recolhidos por uma entidade não judicial, o Ministério
Público;
- No despacho de pronúncia, houve já uma comprovação desses mesmos factos pelo próprio juiz da
causa, podendo assim concluir-se ser quase uma versão preliminar da decisão a ser tomada na
sentença. Deste modo, a pronúncia comprova os factos deduzidos na acusação.
A estes efeitos, ou a estas consequências, chama-se em direito, a vinculação temática do Tribunal, o
Tribunal está vinculado a um tema, que é a acusação.
Analisando esta vinculação temática, encontra-se ainda três princípios:
1) Princípio da identidade: o objecto do processo deve manter-se o mesmo desde a acusação até ao
trânsito em julgado da sentença;
2) Princípio da unidade ou indivisibilidade: o objecto do processo deve ser conhecido e julgado pelo
Tribunal na sua totalidade, é indivisível;
3) Princípio da consunção: o objecto do processo deve considerar-se irrepetivelmente decidido na sua
totalidade.
O Tribunal não conheceu, mas devia ter conhecido, porque os factos constam da acusação; se não
conheceu, transitou em julgado a sentença. O objecto do processo deve considerar-se irrepetivelmente
julgado, decidido na sua totalidade.
O objectivo que se pretende com a adopção do princípio da acusação é, desde logo, uma protecção do
arguido contra alargamentos arbitrários da actividade cognitiva e decisória do Tribunal.
Pretende-se atingir a garantia do respeito pelo direito de contrariedade e de audiência. Isto é, o arguido
tem o12poder de seque
De referir fazer ouvir,ordenamento
no nosso o arguido tem o poder
jurídico de contraditar,
a posição do juiz se de impugnar,
mostra de pois,
bifurcada contestar
se porosum
factos de
que élado
acusado.
compete a ele julgar, ainda pode, se apercebendo de que a prova indiciária se mostra deficiente, isto
Este
antesprincípio da acusação
da audiência é aordenar
de discussão, garantia da estrutura
diligências acusatória
em sede do processo,
de a instrução na medida
contraditória conformeem que não há
dispõe
processo tipo327
o artigo acusatório sem princípio
do C.P. Penal de acusação.
(desde já roga-se aos estudantes que procedam a leitura deste e dos seguintes)
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 26
Ciências Jurídica Direito Processual Penal
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CURIOSIDADE!
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
6. Princípio da suficiência
No processo penal vão-se resolver todas as questões que interessam à decisão
daquela causa (art. 2º CPP).
Segundo este dispositivo legal, ao juiz penal atribui-se a competência para conhecer
de todas as questões quer elas sejam de natureza criminal ou civil.13
Contudo, nem sempre a resolução de questões que não sejam de natureza penal
podem ser apreciadas na mesma acção criminal, pelas razções seguintes:
1. Por apresentarem um objecto diferente, ou
13
A propósito deste entendimento pode se verificar que muitas vezes nas decisões penais são arbitradas
indemnizações decorrentes de ilícitos criminais ou de actos dolosos ao direito de outrem, sendo assim o
mesmo entendimento que se tem em relação aos ilícitos civis conforme atesta o disposto no artigo 483 do
C.C.
a) Tese do conhecimento obrigatório: o juiz penal é obrigado a conhecer todas as questões; bem ou
mal, o juiz penal tem delas conhecer. Em processo penal, o juiz deve conhecer de tudo.
b) Tese da devolução obrigatória: sempre que aparece uma questão prejudicial, há que devolvê-la para
o Tribunal competente quando não possa ser resolvida em sede de processo penal.
c) Tese ecléctica ou intermediária ou tese da devolução facultativa:
Há questões que pelo seu relevo, pela sua complexidade ou pela especialidade de que se revestem,
impõem que a sua decisão seja tomada por um Tribunal mais qualificado para o seu conhecimento, neste
caso, concede-se um certo poder discricionário quanto à devolução ou não devolução da questão prejudicial
para outro Tribunal.
É a tese da devolução facultativa, que é uma tese intermediária: o juiz analisa a questão e se entender
que não se sente à vontade para a resolver em conformidade, devolve-a para o Tribunal que considere
competente para a resolver .
Continuação(…)
quando no processo penal tiver prova segura de todos os elementos da infracção.
Por conseguinte, conjugando com o primeiro requisito (da necessidade), ou decide pela absolvição ou
pela condenação, isto é, o Tribunal já tem elementos estão dependentes do conhecimento da questão
prejudicial e ela pode resolver-se convenientemente no processo penal. Então, deve ser devolvida.
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
PARA SABER!
A aplicação do princípio in dubio pro reo: a sua relevância quanto à questão de facto e à
ausência de limites:
- É relevante desde logo quanto aos elementos em que se baseou e fundamentou a
acusação;
- É relevante quanto às causas de exclusão da ilicitude (ex. legítima defesa);
- É relevante quanto às causas de exclusão de culpa (ex. estado de necessidade);
- Ainda quanto às causas de exclusão de pena.
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
14
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
1. Princípio da publicidade
Este princípio traduz-se na publicidade das audiências dos Tribunais previsto no
artigo 407 do C.P. Penal.
Assim em regra geral, as audiências de dicussão e julgamento criminais devem ser
píblicas como uma forma de dar a conhecer a comunidade a actuação do Estado ( esta
través dos tribunais) quando algum dos seus membros cometa qualquer ilícito criminal.
Contudo, ainda tente ao disposto no artigo supra citado admite-se excepções quando,
pelas matéris vertidas nos autos possa ofender a moral pública.15
Com a publicidade da audiência de julgamento pretendeu assim o legislador
dissipar, afastar, a desconfiança sobre a independência e sobre a imparcialidade da
justiça penal.
2. Princípio da oralidade
O princípio da oralidade determina que os actos processuais são orais, pois a decisão
final é tomada mediante o depoimento das testemunhas, fazendo o interrogatório ou o
contra-interrogatório e depois lendo inclusivamente a própria decisão – a sentença. Por
conseguinte, a decisão é proferida com base numa audiência de discussão oral da
matéria. (vide os artigos 214, 425, 430, 438, 466 e 494 todos do C. P. Penal)
CURIOSIDADE!
Uma questão se levanta, relacionada quer com o princípio da oralidade quer com o
princípio da imediação e que tem a ver com o conhecimento da matéria de facto,
nomeadamente para efeitos de recurso.
O Tribunal de 1ª Instância, onde o processo está a ser julgado pela primeira vez, aprecia
os factos com base no contacto directo com as provas. Mas o Tribunal superior para o qual
tenha sido interposto recurso, se tiver que conhecer da matéria de facto:
- Ou se guia pela resposta que é dada pelo juiz do Tribunal de 1ª Instância;
- Ou então, para apreciar devidamente, tem de ter um relato dos factos.
15
Neste aspecto importa referir que geralmente os crimes de difamação, calúnia e injúrias, a pedido das
partes litigantes pode ser julgado com determinado secretismo ou ainda quando perante um crime de
violação, pelos contornos que o mesmo tiver e apedido da ofendido ou de seus familiares, sendo esta
menor, pretenderem salvaguardar a honra desta e da família. Importa assim referir que fica ao livre
critério do julgador aceitar ou não o pedido das partes devendo assim atuar com discernimento e
equidade.
CONTINUAÇÃO!
Aqui põe-se a questão da chamada documentação da audiência (art. 363º CPP). Esta
documentação vai permitir ao Tribunal superior duas coisas:
1) Por um lado, uma melhor apreciação da prova, mais ponderada eventualmente
por parte do Tribunal de 1ª Instância que ficou com dúvidas quanto à apreciação
da matéria de facto para fundamentar a sentença;
2) Por outro lado, o juiz vai voltar a rever o depoimento das testemunhas ou aquilo
que se passou na audiência de julgamento.
As razões que levaram o legislador a adoptar o princípio da oralidade, e sobretudo, o
princípio da imediação, desde logo permite um contacto vivo e imediato do Tribunal com
o arguido. Permite avaliar a credibilidade das declarações dos restantes participantes
processuais: as testemunhas e os peritos envolvidos.
Permite ainda que haja plena audiência e participação dos sujeitos processuais e dos
restantes participantes processuais.
Sistema da prova livre: a apreciação da prova é deixada à livre convicção da entidade
julgadora. Significa pois que os factos são dados como provados ou não de acordo com a
convicção que a entidade decisória forma face ao material probatório que lhe é levado.
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
Valoração da prova
In: http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
Bibliografia:
DEMERCIAN, Pedro Henrique; MALULY, Jorge Assaf. Curso de processo
penal: 4 ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2009.
JARDIM, Afrânio Silva. Direito processual penal: 11. ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 2007. J
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de processo penal: 2 ed. – São Paulo:
Atlas, 2009.
-+ MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal, 4v. 2ª ed.
– Campinas: Millennium, 2000.
http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/dtopenalprocesso_teodosiojacinto.pdf
Legislação
Código de processo Penal Anotado
Actividades:
UNIDADE TEMÁTICA 3
Direito Penal
OBJECTIVOS
Deste modo, de acordo com o crime ou com a infracção cometida pelo arguido pode
juiz, em respeito ao princípio da legalidade supra mencionado, ponderar qual a medida
de coacção a aplicar ao arguido, dentro daqueles que estão previstas na lei, salientando a
título exemplificativo o disposto no artigo 291 do C.P. Penal.
Pressupostos
É uma medida de coação a que o artigo 269 e 275, ambos de C.P. Penal fazem
referência e visa, tal como as demais, dar andamento ao processo, aplicando-se somente
após o interrogatório do arguido.
Deste modo podemos depreender que é uma medida de coação:
a) Aplicável a todos aqueles que forem constituídos arguidos;
Nos termos do disposto nos artigos 275, 276 e 277, todos do C.P. Penal a caução
pode ser prestada por meio de depósito, penhor, hipoteca ou fiança (que pode também
ser bancária) sendo que a fixação do valor da mesma deve ser arbitrada pelo juiz
mediante requerimento.
Na aplicação desta medida cautelar, o juiz deve ter em conta os seguintes aspectos:
a) a gravidade da infracção cometida,
b) o dano causado; e
c) as circunstâncias económicas do arguido.
3. Prisão preventiva
Esta é a medida de coação mais grave limitadora em absoluto da liberdade das
pessoas.
Tem como sujeito passivo o arguido e tem como requisitos gerais para a sua
aplicação os previstos no nº 1 do artigo 291º CPP. Estes requisitos se mostram
cumulativos o que significa que na falta de um deles esta medida cautelar não pode ser
decretada. São eles os seguintes:
a) Que o arguido tenha cometido um crime doloso e punível com pena superior a 1
ano;
b) Que recaiam sobre o arguido fortes suspeitas do cometimento do crime; e
c) Que não seja possível ou inadmissível a liberdade provisória.
Nb: em casos espediais os prazos de prisão preventiva podem sofre algura redução
conform se pode retirar da leitura do artigo 310 do C.P. Penal, o qual se recomenta a
LEITURA OBRIGATÓRIA.
4. Detenção / captura
A detenção é vista como uma figura próxima das medidas de coacção, por se
prender com a limitação, embora temporária da liberdade do arguido.
No entanto, ela constitui uma medida cautelar que tem como finalidade garantir que
o arguido seja julgado ou apresentado ao jiz no prazo de 48 horas para legalização da
sua prisão conforme podemos retira do disposto no artigo 2 do Decreto Lei nº 35007 de
13 de outubro de 1945 segundo as alterações introduzidas peloa Portaria nº 17076 de 20
de Março conjugado com os artigos 263 e 311 ambos do C.P. Penal.
16
Importa referir no entanto que, não obstante poder ser revogada a prisão preventiva antes da
culpa formada, a mesma pode ser ordenada novamente sempre que motivos ponderados possam
sobrevir.
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SIC- Secção de Instrução Criminal
Bibliografia:
DEMERCIAN, Pedro Henrique; MALULY, Jorge Assaf. Curso de processo
penal: 4 ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2009.
JARDIM, Afrânio Silva. Direito processual penal: 11. ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 2007. J
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de processo penal: 2 ed. – São Paulo:
Atlas, 2009.
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal, 4v. 2ª ed. –
Campinas: Millennium, 2000.
http://www.jurisite.com.br/apostilas/processualpenal.pdf
legislação:
Código de Processo Penal anotado
Decreto-lei nº 35007 de 13 de outubro de 1945
Portaria nº 17076 de 20 de Março de 1959
Lei nº 2/93 de 24 de Junho (Institucionaliza os Juízes de Instrução Criminal)
Actividades: