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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: " Vontade Humana e a Liberdade na sociedade Moçambicana"

Célia Mahando
Código: 708213383

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Cadeira: Ética Social
Ano de frequência: 3º Ano

Docente:
Mcs. Pe. Honório Sebastião

Nampula
Maio de 2023

Folha de feedback dos tutores

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota Sobtotal
máxima do
tutor
 Capa 0,5
 Índice 0,5
Estrutura Aspectos  Introdução 0,5
organizacionai  Discussão 0,5
s
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução  Contextualização 1,0
(indicação clara do
tema)
 Descrição dos objectivos 1,0
 Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico 2,0
Alise e (Expressão escrita
Discussão cuidado,
coerência/coesão
textual)
 Revisão
bibliográfica
nacional e 2,0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração de dados 2,0
Conclusão  Contributo teórico e 2,0
pratico
Aspectos Formação  Paginação, tipo e
gerais tamanho de letra,
paragrafa, 1,0
espaçamento entre
linhas
Referencias Normas APA  Rigor e coerência da
Bibliográfi 6ª edição em citações/ referências
cas citações e Bibliográfica 4,0
bibliografia

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Índice

Introdução..........................................................................................................................4

Relação vontade e liberdade como acto de ética Social....................................................5

Vontade..............................................................................................................................5

Classificacao de vontade...................................................................................................5

Vontade humana................................................................................................................6

Conceito de liberdade........................................................................................................6

Liberdade em Moçambique...............................................................................................7

Conclusão..........................................................................................................................9

Bibliografia......................................................................................................................10

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Introdução

O presente trabalho enquadra-se nas actividades académicas da cadeira de Geografia


Agraria e Industrial, curso de Licenciatura em Ensino de Geografia, 3º ano, orientado
pela Universidade Católica de Moçambique para fins avaliativo. Este trabalho é
intitulado" Factores locacionais das industrias na indústria na redução das assimetrias
do desenvolvimento industrial e sócio econômico em Moçambique", com seguintes os
objectivos:

 Distinguir diferentes fases de livre vontade do agir humana; e

 Analisar a relação existente entre vontade e liberdade

O estudo da livre vontade do agir do humano é um dos aspecto principal de analise


ético, pois qualquer manifestação, a aceitação de certos costume reflecte-se pelo simple
execução dos factos o que implica que, o homem consente a partir da sua consciência e
pela facto ético, avalia no seu interior e executa algo como um fim dotado de valor ético
Bom ou Mau.

A simples livre vontade do agir humano que se considera como algo individual, provas
mostram que os seus efeitos apesar de ser dum fim Bom ou Mau mediante o acto, esta
livre vontade, podem ser e ter impacto colectivo ou pode afectar uma sociedade inteira.

A liberdade é uma linha que verse sobre as causas ou sobre as motivações que
poderiam definir o espírito como livre ou não-livre; sobre aquelas circunstâncias que o
fundam ou não como livre,problematizando a possibilidade da existência da liberdade.

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho foi a consulta de obras literárias
cujos nomes dos respectivos autores encontram-se citados ao longo do incremento do
trabalho e na bibliografia. O trabalho consertou-se de forma dedutiva como fonte da
recolha de dados para melhor formulação dos procedimentos no contexto laboral e
aquisição do conhecimento do âmbito laboral de acordo com os objectivos
preconizados.

O trabalho tem a seguinte estrutura: capa, índice, folha de feedback, introdução,


desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.

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Relação vontade e liberdade como acto de ética Social
Vontade

Os antropológos que também se debruçam no estudo dos povos e seus costumes,


defendem que o homem é um ser doptado de vontade (Homo Voleus) O que equivale
dizer Homem livre, homem dedicado. Esta concepção antropológica procura atribuir
qualidade que se encontram em todo o Homem – “ vontade é a base do Homem” e “ a
vontade do homem deve ser livre”

O querer ou vontade é forma de inclinação, é uma maneira de ser e estar, tendência do


apitites, qualquer inclinação para o Bem, neste caso, ao relacionarmos com a ética social
constata-se que o Bem é o objecto, algo que sustenta, que provoca, que estimula a
inclinação do agir do homem dentro da sociedade, um agir perante a liberdade do seu
conhecimento e consciência.

Pode ser considerado um Bem querer de assumir um hábito ou costume pelo qualquer
individuo dentro da sociedade como algos de liberdade de escolha. Portanto, a vontade e
a liberdade passam a ser um facto ético, logo são dois considerados elementos que se
relacionam e passam a ser considerados é algo social e que determinam o agir social.
Classificacao de vontade

A vontade pode ser:

Nesta analise Baptistt distingue algumas propriedades da vontade, que são:

Vontade Humana – aquela que pertence ao Homem “ a vontade é o homem”;

Vontade Mundavidade – aquela que é sempre referida ao mundo dos seres que se
encontram no mundo;

Vontade alienação – Aquela que se descobre em qualquer coisa que não devia querer;

Vontade Volubilidade – aquela que não se concentra para um único objecto mais sim
para vários

Vontadade Conformismo – aquela que é adaptada facilmente ao que queremos dos


outros, distingue-se da vontade colectiva e individual;

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Vontade Transcendência – a que se refer as coisas espirituais, a ansiedade de viver as
virtudes e fazer bem aos outros e

Vontade liberdade – aquela que se provém da autonomia individual associada a


responsabiliadade pelos actos éticos independentes.
Vontade humana

Em vontade humana não pode-se deduzir que existem Boas Vontades e Nem más
vontades, pois cada individuo na sociedade tem seus apitite depedendo dos hábitos e
costumes vividos. No entanto, as vontades define a conduta no acto livre de agir, pois,
estes resultam de processo mentais que se manifestam no exterior da pessoa e da
capacidade avaliativa do individuo que vai pensar, vai agir em relação ao impulso
social.

Portanto, podemos dizer que a arte de agir é preciso refletir, e admite-se que todos actos
humanos ou pessoas constituem um comportamento que se manifesta num seio social
que pode ter suas implicações positivas ou negativa ( Boas/Más).

Sustenta a afirmação o seguinte: Só posso dizer que o fulamo é bom ou Mau depois de
conviver tempo com este, mas há que admiter que toda pessoa é boa as circunstâncias,
os costumes e hábitos ( Meio Social) podem influenciar pode influenciar a sua conduta
livre de agir

Conceito de liberdade

Os filosofos não refletiram sobre o conceito da Liberdade, porque sempre consideraram


que todas as coisas estão sujeitas ao Divino., neste caso o Homem está isento das suas
responsabilidade, quer dizer o Homem está livre ou é um ser que goza de Liberdade.
Os escolasticas definiram a Liberdade como sendo (Immunita a coactional = Ausência
de constrangimento). Estes constrangimentos podem ser de ordem fisica, moral,
política, social e psicologicos, que são denominados como tipos de Liberdade.

Analistas recentes conceitua a Liberdade como sendo o acto do homem fazer aquilo que
quer e que acha ser mais conviniente. Ou simplemente a liberdade é ausência de
coerção.

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A palavra liberdade, etimologicamente significa: isenção de qualquer coação ou
negação de determinação para uma coisa. Pode-se entender como a faculdade de fazer
ou deixar de fazer alguma coisa. Ela tem sido entendida como a possibilidade de
autodeterminação e de escolha, acto voluntário, espontaneidade, indeterminação,
ausência de interferências, libertação de impedimentos, realização de necessidades,
direcção prática para uma meta , ideal de maturidade, autonomia sapiencial ética, razão
de ser da própria moralidade.

Segundo (Zapanac; 1969) a coerção é uma actividade ou acção desempenhado por


varios individuos as vezes a coerção leva-nos a agir de outra maneira. Este pensador
admite que cada individuo, cada grupo, ou sociedade tem expressão coersiva.

Tipos de Liberdade:
 Liberdade fisica- Ausência de pressão fisica ou constrangimentos fisicos;
 Liberdade Moral – Isenção de ordem moral ou força moral Ex; ameaças;
 Liberdade Social – Ausência de determinismos sociais;
 Liberdade Politica – Isenção de determinismo político;
 Liberdade Psicológica – os psicológos apresentam como sendo a capacidade
que o homem tem de fazer ou não fazer tendo todas as condições necessárias de
agir.
Liberdade em Moçambique

A ideia de liberdade em Nogenha pode ser entendida – como consta da sua obra
Filosofia Africana: das Independências às Liberdade (1993), – como um pensamento
associado à condição histórica do africano. Nogenha sustenta que os esforços que
começaram na segunda metade do Século XIX, quer eles se chamem pan-africanismo,
etnofilosofia, filosofia crítica, negritude ou hermenêutica, se afiguram movimentos que
vivem do espírito e tendem para a mesma realidade: a liberdade do africano, condição
da sua historicidade (BUANAISSA, 2016).

Desde a obra Por uma Dimensão Moçambicana da Consciência Histórica, Ngoenha


defende a necessidade dos moçambicanos adotarem a crítica e a interrogação como
forma de interpelação de seu futuro enquanto povos africanos (numa direta interpelação
com a diversidade de culturas e tradições do continente). Sua filosofia dá importância ao
lastro de memória e o significado atribuído ao passado (no período da escravatura,
durante o colonialismo e no advento da globalização) com vista a libertar o futuro como
verdadeira emancipação, e a partir de escolhas mais consentâneas com a ideia de justiça
e de liberdade. Esta utopia de Moçambique (e do mundo) melhor, onde a razão

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filosófica cristaliza a liberdade, é, sem dúvida, o centro da filosofia de Severino
Ngoenha (BUANAISSA, 2016, p. 350). Para Ngoenha, com alguma inspiração
sartreana, a liberdade tem que ser o meio e a finalidade da ação humana. Neste sentido,
cada cidadão – através da emancipação socioeconómica e política – tem que mobilizar o
seu espaço na mesma direção, de modo a inscrever-se na história do seu país e do
mundo.

Quaisquer reflexões sobre o histórico da emancipação africana deve articular a busca


pela liberdade como emancipação da escravatura e como integração social. Contudo,
um século depois do fim da escravização, esta prática desumana ainda continua sob
forma de marginalização e estigmatização do povo africano, dos ameríndios e de todos
os povos existencialmente fracos, como os líbios e os sírios, só para apresentar dois
exemplos (NOGENHA, 2014b, p. 154-156). A estes povos perpetuam-se a pobreza, o
subdesenvolvimento, e o mais grave, a violência sob o pretexto de resposta bélica ao
terrorismo, por exemplo.

O outro pólo do pensamento severiniano é o da liberdade como emancipação política e


como desenvolvimento económico. Se é verdade que nos anos 1960 os povos africanos
começaram a alcançar as independências políticas, o mesmo não se pode dizer das
liberdades económicas. Praticamente toda a África contínua ainda hoje sob o jugo da
pobreza endémica, sob conflitos armados, ditaduras socioeconómicas, assim por diante.
Kwame Nkrumah chegou mesmo a defender que o alcance pleno da liberdade política e
económica de África só seria possível com a união geral de África (NGOENHA, 2018,
p.158-160).

Para Ngoenha, a violência privam-nos das liberdades. No Moçambique contemporâneo,


isso é uma verdade a la palisse.

A violência se manifesta sob muitas formas, algumas latentes


e escondidas, mas nem por isso menos devastantes. É um
cancro que se insinua no corpo social e nos atinge lá onde
menos esperamos. Foi este o drama do homem Guebuza5
que, apesar da sua riqueza e potestade, não conseguiu
proteger-se – a si e aos seus – da ira que se tornou estrutural
na nossa sociedade, nem sequer dos juízos negativos dos
compatriotas, até mesmo nos momentos do seu maior drama
familiar. (…) A raiva, a revolta, a frustração e até o ódio que

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se tinha ao antigo presidente fez com que, mesmo no
cemitério, diante da morte, não nascesse um mínimo de
simpatia, de compaixão (NGOENHA, 2018, p. 18-19).

Conclusão

Chegando no final do presente trabalho, conclui-se que, há evidência da necessária


defesa e ampliação das liberdades no contexto moçambicano e da inadiável
reconciliação nacional em torno de uma cultura avessa ao exercício sistemático da
violência. Neste país africano, a filosofia de Severino Ngoenha tem um papel
fundamental em busca deste alvitre. Para ele, infelizmente, são as vontades particulares
que continuam a fazer emperrar a paz e consequentemente alimentar os conflitos e as
guerras.

Ngoenha (2014) indica que dos muitos caminhos possíveis para o alcance dessa
liberdade, um dos mais credíveis seria o cultivo real do espírito de solidariedade entre as
gentes e povos, já não unicamente na relação Norte-Sul, mas acima de tudo, no interior
das próprias culturas, em que as populações poderiam ser galvanizadas pela partilha de
bens, e por isso, pela intercultura.

Portanto, a filosofia hegeliana da liberdade considera a verdade da liberdade do espírito


em sua íntima vinculação concreta com a natureza, como aquela realidade primitiva da
qual parte a essência humana. Nesta medida, pudemos observar que Hegel considera o
aspecto profundamente patológico e vinculado à natureza que a existência humana
possui, sem negligenciar ou ver este aspecto como algo de mau e de desastroso, tal
como Kant – na perspectiva da doutrina cristã – negligenciava. Portanto, analisar o
conceito de vontade livre na filosofia hegeliana – tal como foi o objeto do presente
trabalho – é mais do que tudo fecundo para pensarmos a realidade da atuação humana
livre, para pensarmos sua existência concreta, como uma existência intimamente ligada
e dependente da natureza, que é aquela realidade que primeiramente e sempre constitui
e determina a manifestação do espírito.

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Bibliografia

BUANAISSA, Eduardo. “O paradigma libertário de Severino Ngoenha: uma


encruzilhada subversiva”. In: MACEDO, José Rivair (Org.). O Pensamento Africano no
século XX. São Paulo: Outras Expressões, 2016.

NGOENHA, S. Intercultura, Alternativa a Governação Neoliberal? Maputo: Publifix,


2014.

NGOENHA, S. Resistir a Abadon. Maputo: Paulinas, 2018.

ZAPANAC, P. O conceito coerção, 2ªed. Lisboa:1969.

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