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Projetos em Engenharia da

Produção

Prof. Paulo Marcelo Cavalacanti Msc.


• Para o PMBOK, projeto é um esforço temporário para
criar um serviço ou produto ou resultado exclusivo.
Para tal necessita de objetivos claros, parâmetros de
medição (o que não se pode medir, não se pode
melhorar), datas de início e término que atendam os
requisitos das partes interessadas.
• De acordo com a norma ISO 10006 (Diretrizes para
Qualidade de Gerenciamento de Projetos), projeto é
um processo único, consistindo de um grupo de
atividades coordenadas e controladas com data para
início e término, que é a chave para se determinar se
realmente estamos em um projeto. Se você estiver
empenhando forças para realizar ou desenvolver um
produto ou serviço e não possui data de início e fim, é
provável que você não esteja em um projeto, sendo
assim seu gerenciamento pelo PMBOK fica
comprometido.
• PMBOK - Ele é um guia criado para indicar boas
práticas no gerenciamento de projetos. As orientações
do Guia PMBOK® não devem ser seguidas à risca, já
que cada projeto possui características e
especificidades que os diferenciam dos demais.
• PMI-O Project Management Institute (PMI) é uma
instituição internacional sem fins lucrativos que associa
profissionais de gestão de projetos.
• No início de 2011 já era considerada a maior
associação do gênero no mundo, uma vez que conta
com mais de 650 mil – em mais de 185 países. O
escritório central localiza-se em Newtown Square, na
periferia da cidade da Filadélfia, na Pensilvânia
(Estados Unidos)
CONCEITOS INICIAIS
• Projeto é construído com o objetivo de alcançar uma meta pontual dentro
da empresa, algo que não precisará ser repetido

Figura 1 - Características de um projeto .


• Então podemos ter um outro conceito de projeto, em que o
mesmo possui uma abrangência maior que imaginamos
veja alguns exemplos de projetos abaixo.
• Construção de uma garagem
• Pesquisa de um novo produto
• Implantação de uma nova tecnologia
• Realização de uma viagem
• Publicação de um livro
• Desenvolvimento de um software
São características de um projeto:
é uma expressão que se refere ao estado atual das coisas, ou
seja, as condições e práticas estabelecidas que prevalecem em

• Ser temporário e único; determinado contexto

• Possuir início, meio e fim;


• Romper com o “status quo” dos processos;
• Gerar um resultado único, como um produto ou
uma melhoria em processos;
• Ter sua elaboração progressiva;
• Estar conectado a um ou mais processos da
organização;
• Possuir um escopo e recursos definidos.
• Diferenciação entre Projetos e Processos
Muitos processos nas organizações têm um pouco de procedimentos
contínuos e repetitivos, e um pouco de projeto. Por isto muitos
confundem os processos com projetos, processos na maioria das vezes são
realizados muitas vezes, de acordo com a necessidade ou fluxo que lhe foi
definido, porém é comum criarmos um projeto para realizar um processo
de maneira mais eficaz, abrangente e seguro. Entretanto como lembrado
acima processo não tem início e fim em de criação e fechamento, apenas
início de suas tarefas e finalização, para reiniciar novamente quando
preciso. Isto se parece com alguns projetos que encontramos hoje no
mercado, que com certeza irão ultrapassar tempo e orçamento, pois são
projetos sendo tratados como processos.

Por exemplo, efetuar a manutenção de um equipamento, a compra de um


determinado software. Veja os exemplos de procedimentos abaixo que se
parece com projetos.

• Fabricação de um carro
• Pagamento de fornecedores
• Compra de materiais
• Venda de produtos
• Portfólio
Portfólio é uma carteira de projetos, na verdade é o conjunto de todos os projetos de um
setor ou da empresa toda. Cada projeto pode ou não fazer parte de um programa.
• Programa
Programa é um grupo de projetos gerenciados de forma coordenada, com o objetivo de
obter benefícios muito difíceis de serem alcançados se gerenciados isoladamente. Um
programa de qualidade total é um exemplo, a natureza ou produto final dos projetos podem
ser bastante distintos.
• Stakeholders
Stakeholders refere-se ás partes interessadas do projeto, que podem ser pessoas, grupos ou
mesmo outras empresas, cujos interesses podem ser afetados diretamente de forma positiva
ou negativa com a execução e conclusão do projeto. Eles com certeza exercem influência
sobre o projeto e seus resultados. A equipe de gerenciamento deve identificar os
stakeholders, determinar suas necessidades e gerenciar isto, o resultado final seria um
projeto bem-sucedido. Principais stakeholders.

• Gerente do Projeto Responsável pelo gerenciamento do projeto


• Cliente Pessoa ou organização que solicitou ou contratou o projeto
• Membros da equipe Pessoas que formam a equipe que desenvolverá o projeto
• Organização executora Empresa em que o projeto está sendo executado
• Patrocinador ou Sponsor Pessoa ou grupo de dentro ou fora da empresa que fornece os
recursos financeiros e institucionais para a execução do projeto
• Usuário Pessoa ou organização que irá utilizar o produto ou serviço
Diferenciação entre Projetos e Processos
Muitos processos nas organizações têm um pouco de
procedimentos contínuos e repetitivos, e um pouco de
projeto. Por isto muitos confundem os processos com
projetos, processos na maioria das vezes são realizados
muitas vezes, de acordo com a necessidade ou fluxo que
lhe foi definido, porém é comum criarmos um projeto para
realizar um processo de maneira mais eficaz, abrangente e
seguro.
Entretanto como lembrado acima processo não tem início e
fim de criação e fechamento, apenas início de suas tarefas
e finalização, para reiniciar novamente quando preciso.
Isto se parece com alguns projetos que encontramos hoje
no mercado, que com certeza irão ultrapassar tempo e
orçamento, pois são projetos sendo tratados como
processos.
Os projetos são temporários e
exclusivos, os processos são
contínuos e repetitivos.
São características de um processo:

• Ser um trabalho contínuo e rotineiro;


• Gerar resultados constantes e padronizados;
• Ser permanente e replicável;
• Corresponder à forma pela qual a organização
trabalha;
• Agregar valor às entregas para clientes.
Ciclo de vida de um projeto
• O ciclo de vida significa a sequência de fases que vão do começo ao
fim de um projeto.Há diferentes tipos de ciclos de vidas de projetos,
dependendo da área de negócio ou das preferências da organização.
Ele pode ser definido ou moldado de acordo com aspectos exclusivos
da organização.

O ciclo de vida geralmente apresenta as seguintes características:

• Os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem um valor


máximo enquanto o projeto é executado e caem rapidamente
conforme o projeto é finalizado.
• A influência das partes interessadas, os riscos e as incertezas são
maiores durante o início do projeto e caem ao longo do tempo.
• A capacidade de influenciar as características finais do produto do
projeto,
sem impacto significativo sobre os custos, é mais alta no início e torna-se
cada vez menor conforme o projeto progride para o seu término.
No início do projeto, o nível de incerteza e os riscos são maiores. À medida que o
projeto avança, este nível vai reduzindo até o término do projeto.
• A capacidade das partes interessadas em influenciar o projeto é maior no início do
que no final.
• As mudanças têm maior impacto à medida que a execução do projeto avança.
Etapas do projeto
Iniciação
A primeira etapa, como o próprio nome indica, é a de início do projeto.
Aqui, nada foi desenvolvido ainda, tendo apenas a ideia inicial do que
pretendemos fazer.
Assim, é o momento para alinhar as possibilidades e definir quesitos
básicos do projeto, respondendo a premissas gerais de: O quê? Como?
Por quê? Quando?
Esta delimitação é extremamente importante porque servirá de base para
todas as outras etapas. Ela é o direcionamento do projeto e, para
responder àquelas quatro questões, costumamos definir:
Objetivo: é a motivação para realizar o projeto, aquilo que será esperado
após concluir todas as etapas. Ele normalmente surge a partir da
identificação de necessidades dentro da organização, sendo a
resolução de algum problema ou uma melhoria específica.
Gerente do projeto: é quem será o responsável pelo controle e
acompanhamento de todos os detalhes. Essa pessoa irá, além de
garantir o andamento das ações, comandar as reuniões e
apresentações aos stakeholders.
Prazo estimado: é a data prevista para o encerramento do projeto. Datas de
entregas menores também podem ser estipuladas, mas ainda de um modo muito
geral, sem muita precisão da real aplicabilidade delas.
Recursos disponíveis: é o quanto se pretende gastar, tanto em recursos materiais,
de dinheiro, quanto em esforço.
Após saber de modo claro o que será feito, vem o momento de medir a viabilidade
do projeto. Para isso, é feito um balanço das informações coletadas e analisado se
a empresa possui capacidade para realizá-lo. Sendo ele viável, pensamos no
retorno que ele trará; isto é, se vale a pena empreender forças para realizá-lo ou
não.
Então, com o projeto aprovado, podemos ir para a saída da iniciação: a formulação
do TAP, ou termo de abertura do projeto. É um documento oficial que reúne todas
essas informações levantadas anteriormente e que vai servir de apoio para os
gestores nas etapas seguintes.
Planejamento

• A iniciação traz todos os elementos base do projeto com uma


perspectiva bastante abrangente. Agora, então, é o momento de
detalhar tudo o precisará ser feito, definindo atividades, prazos e
pessoas de modo pontual.
• O planejamento é de extrema importância, porque ele servirá como
guia para a execução do projeto. Quanto mais estruturado e
coerente for esse processo, maiores às chances de bons resultados.
• Segundo o PMBOK®, esta etapa deve conter dez detalhamentos:
escopo, cronograma, custos, equipe, qualidade, recursos,
comunicação, riscos, aquisições e partes interessadas.
• É claro que não necessariamente haverá um aprofundamento em
cada um destes tópicos, pois, para cada proposta e segmento
organizacional o grau de relevância irá variar, mas é interessante
considerá-los.
• O objetivo dessa etapa, portanto, é gerar o plano do projeto, a partir do qual
devemos saber:
• Escopo: trabalho necessário para realizar este projeto.
• Cronograma: é a delimitação das entregas, havendo o ordenamento sequencial
das atividades e quem é o responsável por cada uma.
• Custos: quanto precisará ser gasto e para que especificamente o dinheiro será
destinado. Ter um aprofundamento neste ponto auxilia na identificação de
gargalos e otimização dos recursos.
• Riscos: identificar fatores que podem prejudicar o andamento do projeto. São
pontos de atenção que devem ser monitorados e, se ocorrerem, devem ter uma
solução traçada rapidamente.
• Após descritas estas partes, vem a construção da Estrutura Analítica do Projeto
(EAP), que é uma ferramenta para organização de todos estes dados.
• Nela, é possível criar uma aba ampla (com todas as pessoas e recursos envolvidos)
e, dentro dela, delimitar qual atividade estará atrelada a qual recurso e
responsável. Isso permite uma análise mais completa e um acompanhamento mais
real durante a execução.
Execução
• É a etapa na qual tudo realmente acontece, é tirar as ideias do
papel e colocar o plano em ação.
• Por ser a parte prática do projeto, a consideramos a mais longa e a
que mais demanda recursos. O ideal, aqui, é que apenas houvesse a
aplicação do planejamento, mas isso é pouquíssimo provável de
acontecer, porque sempre há imprevistos ao aplicar a teoria.
• Então, além do que já estava planejado, conforme as atividades vão
sendo concluídas, há necessidade de alterações no escopo, datas,
custos e demais fatores que mudaram. Assim, ao considerar a
execução, devemos incluir atualizações, replanejamentos e ajustes
como fatores também primordiais desta fase.
• O objetivo da execução, portanto, é concluir as entregas estipuladas
ao longo do projeto e, ao final, alcançar a meta definida
Monitoramento e controle
• Esta etapa ocorre de modo conjunto com a execução, motivo pelo
qual nem sempre é mencionada. Porém, executar e monitorar são
coisas distintas e que merecem atenção ao longo da
implementação de um projeto.
• O principal objetivo do monitoramento é evitar desvios no
planejamento, pois, o planejado é o ideal e, quanto mais distante
disso, provavelmente mais custoso e ineficiente será o projeto.
• Se há um controle frequente, as falhas podem ser identificadas de
modo mais rápido e corrigidas com a menor perda possível.
Portanto, o acompanhamento das atividades realizadas é
fundamental para que o planejamento possa ser cumprido e os
resultados desejados efetivamente sejam alcançados.
• Algumas métricas específicas podem ser delimitadas de acordo com
a organização, mas, no geral, é priorizada a análise do status das
atividades e controle de prazos.
Encerramento
• Muitas empresas consideram a entrega final como o encerramento.
Porém essa etapa conta com muito mais elementos, os quais são
relevantes não apenas para o projeto em si, mas também para as
próximas tomadas de decisão da organização.
• Ao final, recomenda-se fazer uma revisão geral do projeto para
garantir que tudo que era pretendido foi feito e que nenhum
elemento foi perdido no meio dos processos. Além disso, é
interessante fazer uma análise dos erros e acertos, pois lições
podem ser aprendidas e os processos aprimorados, possibilitando
execuções mais assertivas no futuro.
• O encerramento de fato só ocorre com o TEP, termo de
encerramento do projeto, o qual garantirá a correta documentação
das ações e resultados.

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