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MÓDULO 2 - O QUE É A
GESTÃO DE PROJECTOS?
2.3 O ciclo de vida de um projecto: visão global
início
planeamento
implementação
acompanhamento
conclusão
Uma gestão de projectos com sucesso envolve:
• INFORMAÇÃO
• COMUNICAÇÃO
• COMPROMISSO
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
1. Na maioria das vezes, estou mais preocupado(a) em ser amigo de todas as pessoas
ou em conseguir fazer bem o trabalho?
2. Na maioria das vezes, prefiro fazer o trabalho técnico ou gerir as outras pessoas que
fazem esse trabalho?
3. Na maioria das vezes, considero que a melhor maneira de fazer uma tarefa difícil é
fazê-lo sozinho(a).
4. Na maioria das vezes, prefiro o trabalho que seja previsível ou o que muda
constantemente?
10. Na maioria das vezes, sinto-me confortável em lidar com as pessoas de todos os
níveis hierárquicos.
ANTERIORSEGUINTE
– Capacidade de comunicação.
– Planeamento.
– Capacidade de concretização.
– Diplomacia.
3. 3 Ideias-chave do Módulo 3
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
– Início
– Planeamento
– Implementação
– Acompanhamento
– Conclusão
Vamos analisar cada uma destas fases em pormenor. Comecemos com a primeira, a do
início.
4.2 O início: o quê?
ANTERIORSEGUINTE
Os projectos iniciam-se com uma ideia. Esta ideia pode ter surgido da
identificação de uma necessidade de um cliente ou clientes, da reorganização de uma
determinada área da empresa ou pela necessidade de criar uma nova oportunidade de
negócio.
ANTERIORSEGUINTE
Nesta fase inicial, é fundamental fazer uma análise dos custos-benefícios do projecto e
recolher toda a informação necessária junto dos decisores do projecto e das pessoas que
o vão desenvolver de forma a garantir que vale a pena concretizar o projecto.
• Quais são os custos de oportunidade do projecto ou, por outro lado, quais os potenciais
benefícios se o investimento fosse utilizado num projecto diferente?
Quando estamos a analisar a relação custos-benefícios, a estimativa dos
resultados esperados deve ser projectada no futuro. Podemos colocar duas questões-
chave nesta análise:
Podemos identificar que a mudança de um novo sistema informático pode permitir uma
série de benefícios durante anos mas se esta mudança de tecnologia torna o sistema
obsoleto após um ano, o início deste projecto pode ficar comprometido!
4.4 Conceito VAL – Valor Actual Líquido
ANTERIORSEGUINTE
Exemplo:
1 milhão de dólares hoje não valeriam 1 milhão daqui a um ano, porque se estivessem,
por exemplo, numa poupança a render juros, esse valor seria superior.
O valor actual líquido é baseado em duas premissas:
• Inflação:
O poder de compra da moeda será inferior a um ano a partir de agora do que é hoje. Se a
taxa de inflação é de 3% para os próximos 12
meses, $1 hoje vai valer apenas $0,97 daqui a 12 meses. Ou seja, daqui
a 12 meses vamos ter que pagar US $1 para comprar o que pagámos por
$0,97 hoje.
Se gastarmos dinheiro para realizar o projecto que está a ser considerado, vamos perder
a oportunidade de ganhar os juros desse dinheiro se o tivéssemos a render no banco.
Por exemplo, se depositarmos $1 num banco e recebêssemos juros a uma taxa de 3%
anualmente, daqui a 12 meses teríamos $1,03 (a 0% de inflação).
• A taxa de desconto: o factor que reflecte o valor futuro de $1, em dólares de hoje,
considerando tanto os efeitos da inflação como os do retorno sobre o investimento
perdido;
ANTERIOR
4.5 Ideias-chave do Módulo 4
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIOR
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
Os projectos são criados por uma determinada razão ou motivo, ou seja, para responder
a uma necessidade identificada.
Esta declaração também deve integrar a descrição sobre de que forma é que o projecto
pretende responder à necessidade da empresa, qual o âmbito do trabalho a ser executado
e como vai afectar e ser afectado por outras actividades relacionadas.
• Descrição do âmbito do produto: as características e funções dos produtos, serviços
e/ou dos resultados que o projecto pretende produzir.
ANTERIORSEGUINTE
Quanto mais clara for a definição dos objetivos do projecto, mais provável será a sua
concretização.
A descrição dos objectivos do projecto deve integrar
Quando definimos o objectivo de um projecto, seja este de que tipo for, é fundamental
que o seu objectivo seja SMART:
S (SPECIFIC) – ESPECÍFICO
Um projecto deve ter um objectivo claro e detalhado, de forma a garantir uma
boa compreensão do que é proposto.
Perguntas a fazer para garantir que o objectivo é específico:
Exemplo:
Em vez de definir, este projecto deverá aumentar as vendas em 10%, podemos definir:
este projecto deverá obter 10% do aumento das vendas nacionais, na área de negócio A
e B, pela equipa X, no próximo ano fiscal, sem redução da margem de lucro e mantendo
o nível de satisfação do cliente.
M (MEASURABLE) – MENSURÁVEL
Deve ser fácil medir se o objectivo é e como é atingido. Só podemos gerir o que é
mensurável. Um objectivo deve ser passível de medir e analisar, em termos de valores
ou volumes, para que todos os intervenientes e interessados possam identificar se ele é
ou não atingido.
Exemplo:
A (ATTAINABLE) – ATINGÍVEL
É importante que os objectivos sejam desafiantes e alcançáveis. Um projecto bem-
sucedido tem necessariamente que conseguir ser concretizado e, por isso, deve ser
considerado o envolvimento de todos os que intervêm na sua concretização, em
particular se as pessoas que vão permitir a sua concretização têm as competências
necessárias para tal e se existe acordo e consentimento por parte de todos os
stakeholders.
Exemplo:
Reduzir em 30% o gasto com planos de saúde é um objectivo que pode ser atingido
simplesmente mudando a categoria dos planos dos trabalhadores para um nível
inferior. No entanto, este não seria um objectivo irrealista numa organização que
sempre se preocupou com o bem-estar dos funcionários e que não passa por
nenhuma dificuldade financeira que justifique estes cortes.
Exemplo:
Exemplo:
ANTERIORSEGUINTE
5.4 Os intervenientes do projecto
ANTERIORSEGUINTE
Os intervenientes podem ser agrupados em três tipos, de acordo com o seu papel no
projecto:
• Drivers ou clientes: todas as pessoas que têm algo a dizer na definição dos resultados
do projecto. O projecto é feito para os clientes.
É nesta fase que devemos identificar o seu envolvimento, durante todas as etapas:
5.5 Limitações e necessidades do projecto
ANTERIORSEGUINTE
SABER MAIS
As limitações devem ser definidas de forma específica para se conseguir
encontrar soluções e formas adequadas para as gerir.
Realize esta actividade de escrita no seu caderno ou bloco de apontamentos, por favor.
Recursos humanos – vai ser necessário ter um engenheiro de sistemas, durante 40 horas,
em Outubro.
É muito frequente que a lista de necessidades aumente à medida que se vai construindo
o planeamento, de forma a ir ao encontro das expectativas do cliente.
Nestas situações, é fundamental que se confirme junto dos apoiantes do projecto de que
forma é que estas necessidades podem ser satisfeitas e quais os respectivos custos.
ANTERIORSEGUINTE
5.6 Pressupostos do projecto
ANTERIORSEGUINTE
Exemplos:
ANTERIORSEGUINTE
5.7 Gestão dos riscos e incertezas
ANTERIORSEGUINTE
Os potenciais riscos do projecto devem ser identificados desde o início (na altura em que
estamos a decidir se vamos ou não avançar com o projecto) e, na fase de planeamento,
devemos assinalar quando e que estratégias podemos adoptar para os gerir.
Todos os projectos têm algum grau de risco porque prever o futuro com certezas é praticamente
impossível. No entanto, o risco do projecto é maior:
• quando o tempo entre a preparação do plano de projecto e o início dos trabalhos é extenso;
1. Identificar os riscos.
Determinar quais os aspectos (produtos, cronograma e recursos) que podem mudar durante o
planeamento e execução do projecto.
• os factores do risco;
• os riscos associados;
Exemplo:
5.8 Trabalhos e actividades necessárias
ANTERIORSEGUINTE
Na fase de planeamento é fundamental adoptar uma estratégia de organização, identificando
todos os trabalhos que vão ser necessários realizar. Esta organização consiste na subdivisão dos
produtos finais e intermédios em níveis de detalhe e especificidade necessários à sua produção.
Para podermos determinar quanto tempo e quantas actividades são necessárias realizar para a
conclusão de um projecto podemos dividir o produto do projecto nas suas componentes, ou seja,
fazer a sua decomposição.
A decomposição do projecto
Apresentamos, de seguida, duas orientações para a decomposição do projecto:
• Regra dos 100% – esta regra estabelece que as componentes de um projecto incluem 100% do
trabalho e todas as entregas exigidas pelo âmbito do projecto não incluem qualquer trabalho ou
produto fora deste âmbito. Ou seja, devemos evitar qualquer lacuna e identificar todos as
componentes do produto.
Técnica WBS (Work Breakdown Structure ) ou EAP (Estrutura Analítica do Projecto): estruturar a
divisão dos trabalhos
Pensar “nos detalhes” é fundamental quando se está a planear o projecto, embora seja
igualmente importante considerar toda a visão global do projecto.
O elemento principal é normalmente designado por projecto e o que tem o menor nível de
detalhe é normalmente chamado de “pacote de trabalho”. Os níveis intermediários designam-se
por fases, subprojectos, atribuições de trabalho, tarefas e subtarefas e entregas.
Os “pacotes de trabalho” são constituídos por acções que devem ser executadas para produzir a
entrega esperada.
Exemplo:
O triângulo maior (de Nível 1) é o projecto, os de nível mais baixo de detalhe (de Nível “n”) são
os pacotes de trabalho e os elementos entre estes são componentes de Nível 2, Nível 3, etc. Um
pacote de trabalho é constituído por actividades que devem ser realizadas para produzir a
respectiva entrega.
ANTERIORSEGUINTE
5.9 Atribuição de papéis
ANTERIORSEGUINTE
As equipas de projecto são normalmente constituídas por pessoas com
diferentes competências e estilos operacionais, que trabalham em funções e em departamentos
diferentes na organização.
Este contexto exige que a equipa e o gestor do projecto assumam um acordo sobre a forma
de trabalhar, maximizando as contribuições de cada um e minimizando todos os desperdícios
de tempo e potenciais erros ou riscos.
Assim, a distribuição de papéis requer uma abordagem que facilite a criação de confiança por
parte de todos os elementos da equipa sobre os compromissos assumidos, para que todos se
sintam confortáveis com os papéis que vão desempenhar.
Existem três tipos de papéis diferentes que podem ser atribuídos aos vários elementos da equipa
de projecto:
Autonomia
A competência de tomar decisões vinculativas sobre os produtos do projecto, cronograma,
recursos e actividades.
Exemplos:
Capacidade para assinar ordens de compra que não excedam um valor pré-determinado e a
capacidade para alterar a data prevista num período determinado de tempo.
Responsabilidade
O compromisso de alcançar resultados específicos.
Exemplo:
Prestação de contas
Atribuir consequências em resposta ao desempenho das pessoas, quer este seja negativo, como,
por exemplo “pagar o que estragar”, quer seja positivo, recompensado por fazer um bom
trabalho. Este reforço positivo é muito mais eficaz do que o reforço negativo para incentivar
resultados de elevada qualidade.
Delegação eficaz
A delegação da autonomia deve ser feita pelas seguintes razões:
• Para desenvolver a capacidade de outra pessoa lidar com tarefas adicionais de forma cuidadosa
e bem-sucedida.
Embora existam vários benefícios na delegação, nem todas as tarefas podem ou devem ser
delegadas e é fundamental considerar o desempenho das pessoas em quem se pretende delegar
algumas tarefas.
• A delegação deve ser efectuada a pessoas que mostrem ter um desempenho melhor do que
o do próprio ou se for equivalente,
que tenha um custo menor.
• A delegação deve ser feita em tarefas que não comprometam outras tarefas críticas ao sucesso
do projecto.
1. Recolha de informação
Mostrar a situação ao elemento da equipa e pedir-lhe que recolha a informação relevante para o
gestor decidir.
5. Como fez?
O elemento da equipa analisa a situação, desenvolve um plano de acção, executa-o e informa o
gestor de projecto sobre os resultados.
6. Pode fazer à vontade
Identificar a situação/tarefa a desempenhar e atribuí-la, delegando toda a autonomia nas
decisões a tomar.
A delegação pode envolver alguns riscos porque as decisões tomadas podem não ser as mais
adequadas e, neste caso, a responsabilidade é de quem delegou.
• Mostrar disponibilidade para responder a qualquer questão ou dúvida que exista. Manter o
contacto enquanto a pessoa executa a tarefa permite assegurar que quaisquer ambiguidades e
situações inesperadas sejam resolvidas em tempo útil. Além disso, transmite à pessoa a
importância da tarefa.
• Resolver os problemas que surgirem. Caso o desempenho não esteja a ser o adequado,
partilhar as preocupações e desenvolver medidas que
permitam tornar o seu desempenho adequado.
ANTERIORSEGUINTE
5.10 Planeamento detalhado
ANTERIORSEGUINTE
No planeamento de um projecto, um dos objectivos críticos para o seu sucesso é ter uma
estimativa realista de quanto tempo vai demorar o projecto e definir quanto tempo é que
as actividades devem ter, em que horários e como se podem cumprir os prazos.
ANTERIORSEGUINTE
5.10.1 Diagrama de rede: desenho, análise e
interpretação
ANTERIORSEGUINTE
Um diagrama de rede é um fluxograma que ilustra a ordem pela qual as actividades do projecto
são realizadas. É um laboratório de ensaio do projecto que permite experimentar diferentes
estratégias antes de realizar o trabalho.
O diagrama de rede é constituído por três elementos: milestones (marcos crítico), actividades e
durações.
Milestone
Uma milestone, por vezes designada por evento, é um acontecimento significativo na vida de
um projecto. Estas marcas não levam tempo, nem consomem recursos; ocorrem
instantaneamente. São como que sinais que significam um ponto da viagem. Marcam o início ou
o fim de uma ou mais actividades.
Exemplos de milestones:
Relatório de projecto aprovado; projecto iniciado.
Actividade
Devemos garantir que a definição das actividades é clara e precisa, de forma a estimar, com
maior rigor, o tempo e os recursos necessários para realizá-las e assim facilitando a atribuição
destas actividades aos elementos da equipa e obtendo maior rigor no relatório de
acompanhamento do cronograma do projecto.
Duração
A duração é o número total de períodos de trabalho que leva para completar uma actividade. Os
factores que influenciam a duração de uma determinada actividade são:
Além destes factores, o atraso de uma actividade pode incrementar a duração de uma outra.
Compreender como se estima uma determinada duração permite descobrir maneiras de reduzi-
la.
Exemplo:
As unidades de tempo descrevem duas características da actividade que estão relacionadas mas
que são diferentes:
Exemplo:
Se quatro pessoas têm de trabalhar em tempo integral, em conjunto, durante cinco dias para
completar uma actividade, a duração da actividade é de cinco dias mas o esforço de trabalho é
de 20 pessoas por dia, 4 pessoas X 5 dias).
Determinar a data de conclusão do seu projecto exige determinar as datas em que cada
actividade do projecto começa e termina e as datas em que cada milestone é atingida.
Regra 1: depois de terminar uma actividade ou atingir uma milestone, podemos prosseguir para
a próxima actividade ou etapa, conforme indicado pela(s) seta(s).
Regra 2: antes de começar uma actividade ou atingir uma milestone, devemos completar todas
as actividades e chegar a todas as milestones com setas que apontam para a actividade que
queremos iniciar ou para a milestone que desejamos alcançar.
Diagrama 2: exemplo de um diagrama de rede.
De acordo com a Regra 1, desde o Início podemos trabalhar em qualquer uma das Actividades 1
ou 3, ou seja, podemos fazer a Actividade 1 ou a Actividade 3, uma de cada vez ou ambas as
Actividades 1 e 3 simultaneamente. Por outras palavras, estas duas actividades são
independentes uma da outra.
Se existissem setas de três actividades que conduzissem à Actividade 2, teríamos que completar
todas as três actividades antes de começar a Actividade 2.
Podemos utilizar o diagrama de rede para identificar quando devemos começar e finalizar as
actividades e quando vamos terminar o projecto todo, se executarmos as actividades desta
forma. Para definirmos o cronograma do projecto, precisamos reunir as informações que se
seguem.
• O caminho crítico: qual a sequência de actividades que leva mais tempo a completar.
• Data mais cedo de início (DCI): a data mais cedo em que podemos iniciar uma actividade.
• Data mais cedo de término/fim (DCT): a data mais cedo que podemos terminar uma
actividade.
• Data mais tarde de início (DTI ): a data mais tarde que podemos iniciar uma actividade.
• Última data de término/fim (DTT ): a data mais tardia que podemos terminar uma actividade
e sem comprometer a conclusão do projecto no menor tempo possível.
ANTERIORSEGUINTE
5.10.2 Método do caminho crítico
ANTERIORSEGUINTE
O projecto pode ter dois ou mais caminhos críticos simultaneamente. Na verdade, todos
os caminhos no projecto podem ser críticos se tiverem a mesma duração. No entanto,
quando todos os caminhos são críticos temos uma situação de elevado risco: um atraso
em qualquer uma das actividades provoca, imediatamente, um atraso na conclusão
do projecto!
SABER MAIS
Para uma maior organização, podemos escrever as datas mais cedo de início e
de término/fim (DCI, DCT) e as datas mais tarde de início e de término/fim (DTI,
DTT), no topo de cada actividade ou milestone, no diagrama de rede do projecto:
Determinar os tempos de folga
Depois de definirmos todas as datas, mais cedo e mais tarde, de início e de fim para as
actividades e milestones, podemos determinar os tempos de folga para cada actividade
ou milestone. Podemos determinar o tempo de folga em qualquer uma das seguintes
formas:
• subtrair a data mais cedo de início possível (DCI) à data mais tarde de início (DTI)
permitida (DTI – DCI);
• subtrair a data mais cedo de término (DCT) à data mais tarde de término permitida
(DTT – DCT).
No caso do tempo de folga de uma actividade ser zero é porque a Actividade está num
caminho crítico.
Embora o tempo de folga seja definido como a quantidade de tempo que uma actividade
ou milestone possa ser adiada sem atrasar o tempo de conclusão do projecto, o tempo de
folga é associado a uma sequência de actividades e não com uma actividade individual.
1. Folga total
A quantidade total de tempo que uma actividade do cronograma pode
ser atrasada sem comprometer a data de término do projecto.
2. Folga livre
A quantidade de tempo que uma actividade do cronograma pode
ser adiada sem atrasar a data mais cedo de qualquer uma das
actividades imediatamente seguintes do cronograma.
Precedências
• Do Fim para o Início: o precedente deve terminar antes que o sucessor pode começar.
• Do Fim para o Fim: o antecessor deve terminar antes que o sucessor possa terminar.
• Do Início para o início: o antecessor deve começar antes do seu sucessor poder
começar.
SABER MAIS
Como determinar precedências imediatas
3.º – Continua-se desta forma até que se tenham considerado todas as actividades do
projecto.
2.º – Decide-se qual a actividade ou quais as actividades que devemos completar antes
de se iniciarem as últimas actividades.
3.º – Continua-se desta forma até que se tenham considerado todas as actividades do
projecto.
Faça o exercício no seu caderno ou bloco de apontamentos e confira depois as soluções
carregando no botão abaixo – Ver resultado.
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ANTERIORSEGUINTE
5.10.3 Desenvolver o cronograma de projecto
ANTERIORSEGUINTE
4. Identificar todas as datas intermédias e finais que devem ser cumpridas. Estas datas
definem os critérios que a agenda do projecto deve respeitar.
SABER MAIS
6. Desenhar o diagrama de rede do projecto. Utilizar o diagrama de rede para determinar
quais os prazos que o projecto pode cumprir.
Se a data de conclusão for aceite pelo cliente do projecto, o cronograma está completo.
Caso contrário, se o cliente quiser que o projecto termine mais rápido será necessário
uma análise mais profunda.
SABER MAIS
Estimar com precisão a duração pode ser quase impossível para algumas
actividades, nomeadamente para as que nunca foram feitas antes. Nestes casos, devemos
procurar:
ANTERIORSEGUINTE
5.10.4 Apresentação do cronograma de projecto
ANTERIORSEGUINTE
O diagrama de rede não especifica o horário exacto, a não ser que todas as actividades
estejam num caminho crítico. O diagrama de rede apenas fornece informações para
serem consideradas no desenvolvimento do planeamento.
• Lista de milestones: uma tabela que lista as milestones e as datas em que se pretende
alcançá-las.
• Gráfico de Gantt: uma linha de tempo (timeline) que mostra quando cada actividade
começa, quanto tempo esta demora a realizar e quando termina.
Cada um destes formatos pode ser mais eficaz, dependendo das situações
que pretendemos representar:
• o gráfico de Gantt fornece uma imagem mais clara das durações de cada actividade e
dos momentos em que elas se sobrepõem;
ANTERIORSEGUINTE
Num projecto, é expectável que se entreguem os resultados esperados pelo cliente mas,
na maioria das vezes, com poucos recursos e pouco tempo.
• garantir que são alocadas a cada tarefa, as pessoas mais qualificadas e que estas estão
disponíveis;
• explicar da forma mais eficaz aos elementos da equipa o que se espera deles e da sua
contribuição para o projecto;
ANTERIORSEGUINTE
5.11.1 Recursos humanos
ANTERIORSEGUINTE
Para decidir quais as competências e conhecimentos que os recursos humanos a alocar ao
projecto devem possuir, é indispensável ter uma lista completa de todas as actividades do
projecto. As actividades do projecto são decompostas em todas as tarefas para identificar quais
as acções individuais necessárias para concretizá-las.
Para a maioria das situações, são necessárias dois elementos de informação da tarefa com o
objectivo de determinar quais as qualificações que uma pessoa deve reunir para desempenhá-la:
• quando é que a atribuição da tarefa implica trabalhar sob a orientação de outra pessoa ou
quando implica ter autonomia para aplicar as competências ou conhecimentos ou mesmo gerir
os outros que estão a aplicar as competências ou conhecimentos.
Exemplo:
Matriz de competências
A matriz de competências é uma tabela que mostra a proficiência das pessoas nas
competências e conhecimentos específicos, bem como o seu interesse em trabalhar em tarefas
que utilizam estas competências e conhecimentos.
Assim, de acordo com o exemplo, a Ana tem um nível avançado de proficiência em escrita
técnica e pode trabalhar de forma independente, com pouca ou nenhuma supervisão.
Além disso, ela está interessada em trabalhar em tarefas de escrita e técnicas. O João tem um
nível avançado de proficiência na área de pesquisa jurídica e é capaz de gerir os outros quando
envolvidos em actividades de investigação jurídica.
No entanto, prefere não trabalhar em tarefas de pesquisa jurídica. Em vez disso, gostaria de
trabalhar em actividades de projecto do questionário mas actualmente não tem competências ou
conhecimentos nesta área.
SABER MAIS
Matriz de recursos humanos: o esforço de trabalho, quanto tempo demora para realizar uma
actividade?
A matriz de recursos humanos caracteriza as pessoas designadas para cada actividade do
projecto e o esforço de trabalho que cada pessoa necessita para concretizar as tarefas atribuídas.
O esforço de trabalho ou esforço pessoal é o tempo real que uma pessoa gasta a realizar uma
actividade. O esforço de trabalho pode ser expresso em unidades de pessoa/horas, pessoa/dia,
pessoa/semana, etc.
O conceito de esforço de trabalho está relacionado mas é diferente do conceito de duração. O
esforço de trabalho é uma medida para a utilização dos recursos, enquanto a duração é uma
medida de passagem do tempo.
Contudo, conhecer o esforço de trabalho necessário para concluir uma única tarefa não diz a
duração da concretização da tarefa. Por exemplo, se ambas as pessoas forem atribuídas à
actividade Design do questionário podem fazer o trabalho ao mesmo tempo, se forem alocados
100% do tempo ao projecto e se não houver outros aspectos da tarefa que levem mais tempo, a
actividade pode ser concluída dentro de quatro dias.
No entanto, se qualquer destas pessoas estiver disponível menos de 100% do tempo ou se uma
ou ambas as pessoas tiverem que fazer horas extraordinárias ou se uma pessoa tiver que acabar
o seu trabalho para que a outra o possa começar, então a duração da tarefa não será de quatro
dias.
SABER MAIS
5.11.2 Recursos não humanos
ANTERIORSEGUINTE
Uma parte fundamental da gestão de projectos eficaz é garantir que os recursos não humanos
estão disponíveis durante todo o projecto, quando e onde é que são necessários e que
correspondam às especificações necessárias.
A identificação das necessidades de recursos não humanos deve ser feita no planeamento,
desenvolvendo:
• uma matriz de recursos não humanos;
• gráficos e tabelas com os níveis de utilização dos recursos não humanos.
A matriz de recursos não humanos exibe as seguintes informações para cada actividade:
4. Multiplicar os dois primeiros números e dividir o resultado pelo terceiro número, com o
objectivo de determinar a quantidade de tempo necessária para reproduzir relatórios.
Garantir que os recursos não humanos estão disponíveis quando são necessários exige
especificar os momentos em que vão ser necessários.
Podemos exibir estas informações, através de gráficos que expressem a sua utilização
individual.
Exemplo de uma tabela para a utilização de um computador, que mostra a quantidade de tempo
que cada tarefa exige na sua utilização, durante cada semana do projecto.
A tabela indica que a tarefa “Apresentação” exige seis horas de tempo para a utilização do
computador na semana 1, quatro horas na semana 2, seis horas na semana 3 e oito horas nas
semanas 4 e 5.
Após identificarmos a quantidade de tempo de utilização de cada recurso não humano durante
todo o projecto, podemos identificar a quantidade total de cada recurso não humano necessário
durante cada semana do projecto numa tabela resumo:
5.11.3 Desenvolvimento do orçamento (budget)
ANTERIORSEGUINTE
Um planeamento eficaz tem que garantir um orçamento viável e que garanta os recursos
necessários. Todas as decisões importantes do projecto, inclusive a decisão sobre se deve ou não
avançar, são apoiadas nos custos do projecto.
• permite identificar se o budget (orçamento) necessário está disponível para apoiar o projecto;
• serve como guia de orientação para ajudar a garantir que existe dinheiro suficiente para
concluir o projecto.
Os custos indirectos são os custos da utilização dos recursos que apoiam mais do que um
projecto, mas que não são facilmente identificáveis como sendo necessários a qualquer um dos
projectos individualmente.
• Custos indirectos: os gastos com produtos e serviços do projecto que são difíceis de subdividir
e alocar directamente.
– Estimativa aproximada à ordem de grandeza: é uma estimativa inicial de custos com base
e no sentido geral do trabalho do projecto. É efectuada sem dados detalhados. Dependendo da
natureza do projecto, o orçamento final pode acabar em 100%, ou mais do que esta estimativa
inicial.
Esta estimativa, por vezes, expressa o que alguém quer gastar em vez
do que o projecto realmente deve custar. Estas estimativas podem mudar
significativamente à medida que os gestores de projecto planeiam o
projecto com maior detalhe.
– Estimativa de orçamento detalhado: é uma estimativa que implica uma divisão entre os
custos estimados para cada actividade do projecto. Esta estimativa prepara-se através da
decomposição das actividades, estimando os custos de todas as tarefas elementares.
– Orçamento aprovado da conclusão do projecto: esta etapa final é um orçamento detalhado
do projecto que os decisores aprovam e concordam apoiar.
Para efectuar a estimativa de orçamento detalhado, pode utilizar-se uma combinação das
seguintes técnicas:
• Top-down: definir o orçamento para o projecto total e distribuir este orçamento entre todos os
“pacote de trabalho” a desenvolver.
Técnica Bottom-up
1. Para cada “pacote de trabalho”, determinar os custos salariais directos
através da multiplicação do número de horas que cada pessoa irá trabalhar nele, pela
remuneração hora da pessoa.
A estimativa dos custos salariais directo pode ser baseada numa das seguintes duas definições:
• o salário médio das pessoas com determinadas valências, num determinado departamento.
Exemplo:
1. Calcular, para cada “pacote de trabalho”, os custos directos com os materiais, equipamentos,
viagens, serviços contratuais e outros recursos não humanos e, a seguir, consultar o
departamento de compras para determinar os custos desses recursos.
Técnica Top-down
Esta técnica consiste no cálculo de quanto se pretende investir no orçamento total do projecto e,
em seguida, divide-se esta parcela pela percentagem adequada a atribuir aos vários “pacotes de
trabalho”.
Exemplo:
ANTERIORSEGUINTE
.12 Plano de comunicação
ANTERIORSEGUINTE
Comunicação unilateral
É a forma de comunicação que vai do emissor para o receptor, sem ter oportunidade
para o esclarecimento ou confirmação de que o receptor entendeu adequadamente a
mensagem pretendida. Este tipo de comunicação pode ser eficaz para a apresentação de
factos, na confirmação de acções tomadas e na partilha de informações.
Comunicação bidireccional
• Formais
As comunicações formais são pré-planeadas e são conduzidas num formato padrão,
de acordo com o cronograma estabelecido. (Por
ex.º: reuniões de equipa semanais e relatórios mensais).
É na fase de preparação que este plano deve ser desenhado, mesmo que deva ser
actualizado, conforme for necessário durante a realização dos trabalhos.
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
6.1 Fase de implementação de um projecto
ANTERIORSEGUINTE
• Apresentar o projecto aos elementos da equipa, e estes uns aos outros, ajudando-os a
estabelecer e desenvolver relações interpessoais e a identificar de que forma se podem
apoiar e analisar o objectivo geral do projecto.
• Definir como é que a equipa irá realizar as suas tarefas mais importantes. É importante
determinar a forma como a equipa pode lidar com as comunicações de rotina, como irá
tomar as diferentes decisões no decorrer do projecto e como resolver potenciais
conflitos. Estabelecer todos os procedimentos necessários para orientar a realização
destas tarefas.
Quando se faz a pesquisa do que foi efectuado convém verificar todas as actas de
reunião, agendas, cartas, e-mails e relatórios técnicos. De seguida, devem consultar-se
todas as pessoas envolvidas nas decisões iniciais do projecto.
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
ANTERIORSEGUINTE
7.2 Gestão da qualidade
ANTERIORSEGUINTE
1. Reconfirmar o plano
• datas com as quais concordaram que vão começar e terminar essas actividades;
No final de cada período, deve comparar-se esta informação com a que estava descrita
no planeamento inicial e identificar as razões das diferenças encontradas.
SABER MAIS
Gestão da qualidade: controlar os processos
Entre outras, apresentamos alguns aspectos que podem causar atrasos no cronograma:
• A realização da actividade exige mais passos que não foram identificados no plano
inicial.
Algumas situações que podem causar maior esforço de trabalho do que o previsto são:
Exemplo:
ANTERIORSEGUINTE
8.1 Conclusão do projecto
ANTERIORSEGUINTE
Concluir as tarefas atribuídas é apenas uma parte de terminar o projecto. Além disso, a
conclusão do projecto deve contemplar as seguintes actividades:
Uma das características que distingue um projecto de outros tipos de trabalho é a forma gloriosa
com que se celebra a sua conclusão e a concretização dos seus resultados.
• Preparar uma lista de tudo o que se deve fazer antes de fechar oficialmente o projecto.
Exemplos de itens de conclusão a incluir nessa lista:
Para cada item da lista de conclusão do projecto, especificar quem vai realizar o quê, quando e
que recursos serão necessários.
Para reforçar o foco da equipa e o interesse manifestado, o gestor de projecto pode fazer o
seguinte:
• Reconhecer o valor e a importância dos resultados finais do projecto
e a contribuição da equipa para o alcance destes resultados.
Assinalar os benefícios para a organização bem como os benefícios individuais dos próprios
elementos da equipa. As pessoas ficam mais propensas a trabalhar arduamente para concluir
com êxito um projecto quando percebem os benefícios que vão conseguir com isso.
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8.2 A avaliação pós-projecto
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8.3 Ideias-chave do Módulo 8
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