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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino à Distância

Tema: Contributo da Ética Profissional no trabalho

Nome: Flora João Nhamalipe


Código do Estudante: 708211341

Curso: Lic. em Ensino de Língua


Portuguesa
Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 4º Ano
Tutor: Estevão Bento Cocho

Gurué, Maio de 2024


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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
organizacionais 
Estrutura Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
(expressão escrita
Conteúdo
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução ..................................................................................................................................5

Objectivo geral .......................................................................................................................5

Objectivos específicos............................................................................................................5

Metodologia usada .................................................................................................................5

Ética Profissional .......................................................................................................................6

 Ética Profissional e relações sociais ...............................................................................6

 Ética Profissional e actividade voluntária.......................................................................6

Vocação para o Colectivo ..........................................................................................................7

Classes profissionais ..................................................................................................................8

Virtudes profissionais ................................................................................................................8

 Sigilo:............................................................................................................................10

 Competência: ................................................................................................................10

 Prudência: .....................................................................................................................11

 Coragem:.......................................................................................................................11

 Perseverança: ................................................................................................................11

 Compreensão: ...............................................................................................................11

 Humildade:....................................................................................................................11

 Imparcialidade: .............................................................................................................12

 Optimismo: ...................................................................................................................12

Conclusão.................................................................................................................................13

Referencias Bibliográficas .......................................................................................................14


Introdução
Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, pela
natureza do conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela identidade de
habilitação para o exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um grupo dentro da
sociedade, específico, definido por sua especialidade de desempenho de tarefa.

Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser levadas
em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua actuação
profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão. Muitas destas qualidades
poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste caso o mérito do
profissional que, no decorrer de sua actividade profissional, consegue incorporá-las à sua
personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.

Objectivo geral

 Conceitualizar a Ética Profissional.

Objectivos específicos

 Descrever a organização social do ponto de vista espacial e contextual;


 Comparar a sociedade actual da sociedade primitiva;
 Caracterizar as virtudes que vão guiar o futuro de uma carreira.

Metodologia usada

Na abordagem do presente trabalho de pesquisa utilizei: manuais, artigos entre outros


manuais que falam do tema a ser pesquisado. Tendo m conta Bibliografias actualizadas.

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Ética Profissional
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa
previsibilidade para as acções humanas. Ambas, porém, se diferenciam. A Moral estabelece
regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral
depende das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se
conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.

O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras


do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde
uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito
é um sub-conjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é
moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral
e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa
acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-
se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto,
adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras
propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não
estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

 Ética Profissional e relações sociais

As leis de cada profissão são elaboradas com o objectivo de proteger os profissionais,


a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos
aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional
em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.

 Ética Profissional e actividade voluntária

Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é


regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou actividade que exerce, em oposição a
Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce actividade voluntária não seria
profissional, e esta é uma conceituação polêmica. Em realidade, Voluntário é aquele que se
dispõe, por opção, a exercer a prática Profissional não-remunerada, seja com fins assistenciais,
ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não.

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Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na
actividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício profissional
se este fosse remunerado. Seja esta actividade voluntária na mesma profissão da actividade
remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a actividade voluntária de
dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua actividade
mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele!
Se a actividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que você a
realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.

Vocação para o Colectivo


A organização social foi um progresso, como continua a ser a evolução da mesma, na
definição, cada vez maior, das funções dos cidadãos e tal definição acentua, gradativamente, o
limite de acção das classes. Sabemos que entre a sociedade de hoje e aquela primitiva não
existem mais níveis de comparação, quanto à complexidade; devemos reconhecer, porém, que,
nos núcleos menores, o sentido de solidariedade era bem mais acentuado, assim como os
rigores éticos e poucas cidades de maior dimensão possuem, na actualidade, o espírito
comunitário; também, com dificuldades, enfrentam as questões classistas. A vocação para o
colectivo já não se encontra, nos dias actuais, com a mesma pujança nos grandes centros.

Quem lidera entidades de classe bem sabe a dificuldade para reunir colegas, para
delegar tarefas de utilidade geral. Tal posicionamento termina, quase sempre, em uma
oligarquia dos que se sacrificam, e o poder das entidades tende sempre a permanecer em mão
desses grupos, por longo tempo. O egoísmo parece ainda vigorar e sua reversão não nos parece
fácil, diante da massificação que se tem promovido, propositadamente, para a conservação dos
grupos dominantes no poder. Como o progresso do individualismo gera sempre o risco da
transgressão ética, imperativa se faz a necessidade de uma tutela sobre o trabalho, através de
normas éticas.

É sabido que uma disciplina de conduta protege todos, evitando o caos que pode
imperar quando se outorga ao indivíduo o direito de tudo fazer, ainda que prejudicando
terceiros. É preciso que cada um ceda alguma coisa para receber muitas outras e esse é um
princípio que sustenta e justifica a prática virtuosa perante a comunidade.

O homem não deve construir seu bem a custa de destruir o de outros, nem admitir que
só existe a sua vida em todo o universo. Em geral, o egoísta é um ser de curta visão, pragmático
quase sempre, isoladao em sua perseguição de um bem que imagina ser só seu.

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Classes profissionais
A questão, pois, dos grupamentos específicos, sem dúvida, decorre de uma
especialização, motivada por seleção natural ou habilidade própria, e hoje constitui-se em
inequívoca força dentro das sociedades. A formação das classes profissionais decorreu de
forma natural, há milênios, e se dividiram cada vez mais. Historicamente, atribui-se à Idade
Média a organização das classes trabalhadoras, notadamente as de artesãos, que se reuniram
em corporações.

A divisão do trabalho é antiga, ligada que está à vocação e cada um para determinadas
tarefas e às circunstâncias que obrigam, às vezes, a assumir esse ou aquele trabalho; ficou
prático para o homem, em comunidade, transferir tarefas e executar a sua.

Virtudes profissionais
Em artigo publicado na revista EXAME o consultor dinamarquês Clauss MOLLER
(1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e iniciativa
como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Clauss Moller o futuro de
uma carreira depende dessas virtudes. Vejamos:

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem


responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma
pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de
maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização
[...]. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito

importante. É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham auto
estima e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem
um sentido na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais
assumiram responsabilidade real, de maneira consciente.

As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em encontrar
significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções de outras
pessoas - chefes e pares [...]. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes.

Prossegue citando a virtude da lealdade:

A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade. Um


funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é bem sucedido, defende
a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte
da organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.

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Lealdade não quer dizer necessáriamente fazer o que a pessoa ou organização à qual você quer
ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade significa
fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa agir com
a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da organização.
Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha que poderá
prejudicar a organização, a equipe de funcionários.

No Reino Unido, por exemplo, essa idéia é expressa pelo termo "Oposição Leal a Sua
Majestade". Em outras palavras, é perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo
assim, fazer parte da oposição. Do mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a
uma equipe mesmo que você discorde dos métodos usados para se alcançar determinados
objetivos. Na verdade, seria desleal deixar de expressar o sentimento de que algo está errado,
se é isso que você sente.

As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a iniciativa,


capaz de colocá-las em movimento.

Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao mesmo tempo,


demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de empregabilidade, tomar iniciativas
não quer dizer apenas iniciar um projecto no interesse da organização ou da equipe, mas
também assumir responsabilidade por sua complementação e implementação.

Gostaríamos ainda, de acrescentar outras qualidades que consideramos importantes no


exercício de uma profissão. São elas:

Honestidade: A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a
responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil
encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios
fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança
coletiva de uma colectividade. Já ARISTÓTELES (1992, p.75) em sua "Ética a Nicômanos"
analisava a questão da honestidade.

Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer coisa e de qualquer fonte - por exemplo
os que fazem negócios sórdidos, os proxenetas e demais pessoas desse tipo, bem como os
usurários, que emprestam pequenas importâncias a juros altos. Todas as pessoas deste tipo
obtêm mais do que merecem e de fontes erradas. O que há de comum entre elas é obviamente
uma ganância sórdida, e todas carregam um aviltante por causa do ganho - de um pequeno
ganho, aliás. Com efeito, aquelas pessoas que ganham muito em fontes erradas, e cujos ganhos
não são justos - por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades e roubam templos, não são
chamados de avarentos, mas de maus, ímpios e injustos.

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São inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão. Um
psicanalista, abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está sendo
desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um
comerciante, está sendo desonesto. A honestidade é a primeira virtude no campo profissional.
É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

 Sigilo:

O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante. Uma
informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.
Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral, nada interessa
a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e projetos de uma empresa ainda não
colocados em prática possam ser copiados e colocados no mercado pela concorrência antes que
a empresa que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los.

Documentos, registros contábeis, planos de marketing, pesquisas científicas, hábitos


pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e sua revelação pode representar sérios
problemas para a empresa ou para os clientes do profissional.

 Competência:

Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma


adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. "A função de
um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem." (ARISTÓTELES, p.24).

É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de


atuação. Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua competência e maestria
através do aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimentos. O conhecimento da
ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de
serviços de boa qualidade.

Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa,
mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida
capacitação para executá-lo. Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência
médica, causas que são perdidas pela incompetência de advogados, prédios que desabam por
erros de cálculo em engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto se deve investir na
busca da competência.

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 Prudência:

Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência, fazendo com
que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais
profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem
tomadas. a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os
julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

 Coragem:

Todo profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não
enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde" (ARISTÓTELES, p.37).

A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente
quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a
justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum.
Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do
trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas.

 Perseverança:

Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a
incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.

 Compreensão:

Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para
que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para
eficiência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados
pela profissão. Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela
prudência. A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito
em benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.

 Humildade:

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O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da verdade
e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.
Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade
profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros
profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa
busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor
interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com subserviência,
dependência ? quase sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo. Como exemplo, ouve-se
freqüentemente, a respeito determinadas pessoas, frases com estas: Fulano é muito humilde,
coitado! Muito simples! Humildade está significando nestas frases pessoa carente que aceita
qualquer coisa, dependente e até infeliz. Conceito errôneo que precisa ser superado, para que a
Humildade adquira definitivamente a sua autenticidade.

 Imparcialidade:

É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina
a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro, técnica,
sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma
posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a
justiça depende muito da imparcialidade.

 Optimismo:

Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve ser
otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do
desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom-humor.

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Conclusão
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja
aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for
sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz,
gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar
melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as
atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que
podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode
acontecer com a reflexão incorporada a seu viver. E isto é parte do que se chama
empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão
desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente
bom.

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Referencias Bibliográficas
ARISTÓTELES. Ethica Nicomachea (I. Bywater, ed.). Oxford: Oxford Classical Texts, 1942.

COSTA, Jurandir Freire. A Ética e o espelho da cultura. Rio de Janeiro, Rocco, 1994.

DEL NERO, Carlos. Problemas de ética profissional do psicólogo. Vetor Editora


Psicopedagógica, 1997.

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