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O problema da definição de arte

Este problema pode ser formulado: “O que é a arte?”. É pertenitente saber distinguir o que é arte do
que não é, pois caso não consigamos o Ministério de Cultura não saberá a quem atribuir os subsídios
destinados a fomentar a produção artisticas.

Algo é arte quando estabelecemos as condições necessarias e suficientes, ou seja indicar um


conjunto de propriedades que todas as obras de arte e só as obras de arte têm em comum. Essas
propriedades podem ser características intrínsecas ( inerentes aos proprios objetos artísticos), estas
caracteristicas podem ser base para as teorias essencialistas da arte, essas teorias são a
representacionista, expressivista e formalista. As propriedades tambem podem ser extrínsecas
( focam-se nos seus aspetos relacionais, processuasis e contextuais), e estas propriedades pode ser
base para as teorias não-essencialistas da arte, essas teorias são a institucional e histórica.

No entanto há quem desistisse de definir explicitamente o conceito de arte, então considerou o


conceito de arte um conceito aberto. Este conceito é aberto quando pode sempre aplicarse a novos
casos sem que implique que o novo partilhe uma caracteristica com todos os seus antecessores.

Arte como forma

Clive Bell, foi um crítico e filosofo da arte britanico, abordou o problema da definição da arte criando
a teoria formalista, em que se foca exclusivamente na obra e nas suas respetivas qualidades formais.

Esta teoria pode ser sintetizada, com esta afirmação: “ Algo é obra de arte se e so se tem forma
significante.” . Bell não se pode dizer só que algo é arte se tiver uma forma, pois tudo à nossa volta
tem forma, então ele recorre à “forma significante”, mas não podemos comprender essa designação
até entendermos “emoção estetica”, isto é um tipo de emoção que todas as pessoas sensíveis
experienciam quando estão perante obras de arte, que é provocada por certas configurações de
linhas, cores, formas e espaços. A estas configurações Bell dá o nome de “forma significante”.

A beleza natural tem capacidade de nos emocionar, essa emoção estética. Essa emoção apenas
provocada por produções humanas ou artefactos. Sendo assim qualquer artefacto pode ser arte. Os
artefactos, ao contrário das coisas naturais, são coisas criadas por nós: um jarro é um artefacto, mas
uma rocha é algo produ-zido pela natureza; um castelo é um artefacto, mas uma gruta natural não é.
Os artefactos nem sempre são objetos físicos: os poemas e as sin-fonias são também artefactos, pois
são produções humanas e não sur-gem espontaneamente da natureza.

Podemos sintetizar a argumentação de Bell da seguinte forma:

1. Todas as obras de arte visual têm alguma propriedade comum, ou quando falamos de “arte”
dizemos coisas sem sentido.
2. É falso que quando falamos de “arte” dizemos coisa sem sentido.
3. A propriedade comum a todas as obras de arte é a forma significante, ou a representação, ou
a expressão, de emoções.
4. Nem a representação nem a expressão de emoções são propriedades comuns a todas as
obras de arte.
5. Logo, a propriedade comum a todas as obras de arte é a forma significante.

Na primeira premissa (1) refere que todas as obras tem algo em comum ou caso contrario o termo
arte não significa alguma coisa. (2) Bell diz que o termo arte significa algo, pois utilizamos para
distinguir uns objetos, as obras de arte. (3) Mostra as propriedades que possam ser comuns. (4)
Afirma-se que as propriedades da representação e a expressão de emoção não passam de
propriedades de algumas obras. Estas não são condições suficientes, nem necessárias, pois há obras
de arte sem conteudo representativo ou expressivo. (5) Bell conclui que assim a forma significativa é
a única propriedade necessária e suficiente para a arte.

Contudo, muitas pessoas, incluindo muitas que se dizem apreciadoras de arte, confessam não saber
sequer o que é isso da emoção eStética e dizem-se incapazes de identificar a forma significant~·.
'stº ,signi!ica que, de acordo com o formalismo de Bell, a emoção estetica so eStª ao alcance de
alguns e que a arte não é para todos.

Há obras de arte com formas de objetos comuns:

É o que pensam alguns críticos do formalismo, que a acusam de ser demasiado abrangente, uma vez
que leva a incluir objetos que, por manifestamente não serem classificados como arte, a definição
formalista de arte devia excluir.

Esta é uma das objeções posta à teoria formalista da arte e consiste em dizer que se a única coisa
importante para afirmar que um objeto é arte fosse as suas propriedades formais, então não
poderiam existir obras de arte com as mesmas propriedades formais de alguns objetos comuns que
não são considerados arte. Segundo Bell objetos comuns ou falsificações seriam considerados arte o
que é implausivél, concluindo as propriedades formais de um objeto não são a única coisa relevante
para o estatuto de um objeto enquanto arte.

A nossa posição critica a este tema é que nos não concordamos com Bell, mas sim com a objeção
antes apresentada porque pode haver situações na qual sentimos essa emoção estetica mas essa
situação não é considerado arte, por exemplo quando vamos ao shopping e vemos um vestido bonito
e sentimos uma emoção estetica mas o vestido não é considerado arte.

Joana – Amarelo

Sofia – Azul

Beatriz – Verde

Leticia - Rosa

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