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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Estudo comparativo Nacionalismo totalitário de Mussoline e Hitler

Cheque Elieme Cheque:708223723

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: História das Instituições Politicas II

Ano de frequência: 2°

Chimoio, Setembro, 2023


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a) Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacion Índice 0.5
ais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Metodologia
adequado ao do 1.0
trabalho
Introdução Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressão escrita, 2.0
cuidada, coerência/
coesão textual)
b) Conteúdos Revisões
bibliográficas
nacionais e
internacionais 2.0
Analise e relevantes nas áreas
discussão de estudo
Exploração dos
dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos
práticos 2.0
Paginação, tipo e
tamanho de letras,
c) Aspectos Formatação parágrafo, 1.0
Gerais espaçamento entre
linhas
d) Referências Normas APA Rigor e coerência
bibliográfica 6ᵃ edição em das
s citações e citações/referências 4.0
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhorias:
Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................5

1.1.Objectivos..............................................................................................................................5

1.1.1.Geral................................................................................................................................5

1.1.2.Específicos.......................................................................................................................5

1.2.Metodologias..........................................................................................................................6

2.O Nacionalismo Totalitário: Mussolini........................................................................................7

2.2.Estado totalitário....................................................................................................................9

3.O Nacionalismo Totalitário: Hitler.............................................................................................11

3.1.Estado nacional....................................................................................................................11

3.2.Reich: judeus, britânicos e bolchevistas..............................................................................13

4.Conclusão...................................................................................................................................15

4.Referências Bibliográfica...........................................................................................................16
1.Introdução
O presente trabalho é da cadeira de História das Instituições Políticas II, aborda sobre Estudo
comparativo Nacionalismo totalitário de Mussoline e Hitler sobretudo dos aspectos convergentes
divergentes.

Nas palavras do próprio Mussolini: "Não temos uma doutrina pronta; nossa doutrina é a acção.

O estado totalitário fascista vai se apresentar estruturada da seguinte maneira: A filiação no


partido único (Nacional Fascista). Todos os funcionários, oficiais e professores eram recrutados
no Partido, pelo que se fala da classe média como de uma nova elite fascista; a inscrição
obrigatória dos trabalhadores na Frente do Trabalho Nacional Socialista e nos sindicatos fascistas
e corporações mistas, após a extinção dos sindicatos livres; e o Partido Fascista (único) cria a sua
própria formação paramilitar: a Milícia. No nacionalismo de Hitler factores como o início da
Grande Depressão (1929), desemprego maciço, as humilhações do Tratado de Versalhes (1919),
o descontentamento social com o regime democrático ineficaz, o apoio do povo alemão aos
partidos socialistas e o temor de uma revolução socialista, levou a alta burguesia alemã,
empresários e o clero a apoiaram a extrema-direita do aspecto político, optando por extremistas
de partidos como o Partido Nazista.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Estudar de forma comparativamente o Nacionalismo totalitário de Mussoline e Hitler;

1.1.2.Específicos
 Descrever aspectos divergentes e convergentes do nacionalismo totalitário de Mussoline
e Hitler;
 Caracterizar nacionalismo totalitário de Mussoline e Hitler;
 Identificar os principais defensores nacionalismo totalitário de Mussoline e Hitler;

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1.2.Metodologias
Para materialização do presente trabalho, o autor recorreu vários endereços electrónicos e
manuais existentes o que culminou com a selecção dos que são importantes para o nosso estudo.
Em seguida foram compiladas detalhadamente para dar sentido o texto. Os autores apresentados
ao longo do texto estão devidamente citados nas referências bibliográficas.

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2.O Nacionalismo Totalitário: Mussolini
2.1. Estado nacional
Os problemas económicos, os partidos de esquerda, comunistas e socialistas, bem como os
anarquistas, ganhavam cada vez mais adeptos entre os italianos, o que preocupava a elite
capitalista; o tratado de Versalhes, a crise socioeconómica; todos estes acontecimentos fizeram
com que surgisse o movimento fascista.
A Marcha sobre Roma foi uma vasta manifestação fascista, com característica de golpe de
estado, ocorrida em 28 de Outubro de 1922 na capital da Itália, com o afluxo na cidade de
dezenas de milhares de militantes fascistas que reivindicavam o poder político no reino. Este
evento representou a ascensão ao poder do Partido Nacional Fascista (PNF) e o fim da
democracia liberal, pela nomeação de Benito Mussolini como chefe de governo pelo Rei Vítor
Emanuel III.
Em 1928 proibiram-se todos os partidos, excepto o PNF, funda-se as milícias das camisas negras
criando um clima de Terror.

O fascismo se apropriou do símbolo de poder dos magistrados da Roma Antiga, o feixe de varas,
que representava a união do povo em torno da justiça do Estado. O objectivo era evidente:
retomar a história do povo italiano, sugerindo que a Itália poderia voltar a ser o Império Romano
da Antiguidade.
Esse movimento, fundado em Milão, em Março de 1919, não tinha ainda o perfil
políticoideológico que iria assumir anos depois. Nas palavras do próprio Mussolini: "Não temos
uma doutrina pronta; nossa doutrina é a acção.
Em Junho de 1919 foi publicado o programa oficial do movimento, e algumas de suas
reivindicações eram: jornada de trabalho de 8 horas; sufrágio universal extensivo às mulheres;
representação proporcional no Parlamento; abolição do Senado do Reino; formação de uma
milícia que actuasse paralelamente ao Estado; e maior actuação da Itália no cenário
internacional.
Desse programa inicial, somente as duas últimas propostas seriam levadas a cabo durante o
período em que os fascistas controlaram a Itália, pois o Fascismo de Combate era, na realidade,
um grupo de pessoas que tinham formações políticas e opiniões diferentes sobre o futuro da
Itália, mas que se uniram no calor da hora, em função da grande crise do pós-guerra.
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O fascismo perpétua-se com uma Nação submissa, sem espíritos críticos, sem vontades
individuais, mas com “uma alma colectiva”. Os ideais fascistas, eram inculcados, primeiramente,
nos jovens, pois considera-se que as crianças, antes de pertencerem às famílias, pertenciam ao
Estado.
Na Itália, a partir dos 4 anos, as crianças ingressavam nos “Filhos da Loba” e usavam já
uniforme; dos 8 aos 14 faziam parte dos “balillas”, aos 14 eram vanguardistas e aos 18 entravam
nas Juventudes Fascistas. As raparigas eram inseridas em organizações específicas, como a das
“Jovens Italianas”
A educação fascista era, obviamente, complementada pela escola, através de professores
profundamente subservientes ao regime, ao qual prestavam juramento, e de manuais escolares
impregnados dos princípios totalitários fascistas. Uma vez adultos, continuava a regimentação de
Italianos, dos quais se procurava obter a total adesão.

As bases de apoio social do fascismo foram, com efeito, heterogéneas e nelas podemos
encontrar:

 As classes médias dos pequenos comerciantes e industriais, arruinados pela concentração


capitalista, e dos funcionários e detentores de rendimentos fixos, proletarizados pela
inflação;
 Os quadros dirigentes da economia, grandes agrários e grandes industriais (do Ruhr e da
Lombardia) aos quais o fascismo se alia desde que chega ao poder, do exército, da Igreja
e da cultura, que aceitam o regime em troca da sua estabilização conservadora e da
garantia dos seus privilégios de classe;
 As próprias classes laboriosas, cujo bem-estar e dignidade se procurava promoverem,
através da absorção do desemprego e da integração em associações de tempos livres.
 Grandes programas de obras públicas e de militarização foram então, responsáveis pela
diminuição do desemprego na Itália.

2.2.Estado totalitário
O estado totalitário fascista vai se apresentar estruturada da seguinte maneira:

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 A filiação no partido único (Nacional Fascista). Todos os funcionários, oficiais e
professores eram recrutados no Partido, pelo que se fala da classe média como de uma
nova elite fascista;
 A inscrição obrigatória dos trabalhadores na Frente do Trabalho NacionalSocialista e nos
sindicatos fascistas e corporações mistas, após a extinção dos sindicatos livres;
 O Partido Fascista (único) cria a sua própria formação paramilitar: a Milícia

Voluntária para a Segurança Nacional, Outro órgão de repressão contra os antifascistas, era a
Polícia política apelidada de Organização de Vigilância e Repressão do Antifascismo
(O.V.R.A.). A censura foi ampliada: a educação, as artes, os desportos, as rádios, o cinema e, até
mesmo, o lazer da população seguiam as orientações fascistas. Foi criado o Tribunal Especial de
Defesa do Estado, responsável pelo julgamento de "crimes" políticos;
Centralização do estado: A economia passou a ser firmemente controlada pelo Estado, com o
apoio dos capitalistas italianos. O povo é o corpo do Estado, e o Estado é o espírito do povo. Na
doutrina fascista, o povo é o Estado e o Estado é o povo: Tudo no Estado, nada contra o Estado,
nada fosse do Estado
O culto do Chefe; encenação e propaganda - Mussolini, dizia que a força do Estado fascista
exigia aos italianos: “Acreditar, obedecer, combater”.
Consagrador de dogmas, avesso à crítica e à contestação, o totalitarismo fascista repudiava o
legado racionalista da cultura ocidental. Pelo contrário, exaltava o fanatismo e o sentimento
excessivo. Não só para com o Estado e a Nação, que idolatrava, mas também para com o Chefe
(duce), símbolo do Estado omnipotente, encarnação da Nação e guia dos seus destinos, é o
homem excepcional, o super-homem, a quem se deve prestar uma obediência cega e seguir sem
hesitações, tornando-se o duce com poder absoluto eis o lema do nacional-socialismo: “Um
Povo, um Império, um Chefe”,
Expansionismo e militarismo: Uma das primeiras atitudes expansionistas do Estado italiano foi
incentivar a fundação de Fascismos em países onde imigrantes italianos tinham se instalado,
propagando o ideal do partido pelo mundo. Além disso, o serviço secreto italiano auxiliava
grupos simpáticos ao fascismo em várias partes da Europa.
2.3.Estado corporativo
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O fascismo italiano desenvolveu, em especial, a teoria do regime corporativo, ou
corporativismo.Corporativismo era uma doutrina que vinha de século anteriores, mas que no
final do século XIX tinha sido recuperada pela doutrina social da igreja. Mussolini vai lançar
mão dessa doutrina, depurada de alguns dos elementos acentuados pelo pensamento católico, e
faz dela a doutrina oficial do Estado italiano.

De acordo com estas doutrinas, todas as forças económicas e sociais devem ser organizadas
oficialmente em associações. Assim o faz, agrupando-os em 22 corporações, cada uma dirigida
por um conselho formado por patrões e trabalhadores.
Em 1929, Mussolini discreta a abolição da câmara dos reptados e põe nos seu lugar a Câmara
dos Fascistas e das corporações: era a abolida o sufrágio individual, muito criticado por ser o
sufrágio típico da democracia parlamentar, e que agora ficava substituído pelo sufrágio
corporativo ou institucional.
Mas, ao contrário da tradição medieval e da doutrina da igreja, o corporativismo do estado
fascista não é um corporativismo de associação, é um corporativismo de Estado. Não representa
a auto direcção da economia, mas sim o controlo total da economia pelo poder político.

3.O Nacionalismo Totalitário: Hitler

3.1.Estado nacional
Factores como o início da Grande Depressão (1929), desemprego maciço, as humilhações do
Tratado de Versalhes (1919), o descontentamento social com o regime democrático ineficaz, o
apoio do povo alemão aos partidos socialistas e o temor de uma revolução socialista, levou a alta
burguesia alemã, empresários e o clero a apoiaram a extrema-direita do aspecto político, optando
por extremistas de partidos como o Partido Nazista.
As eleições de Julho de 1932, os nazistas tornaram-se o maior partido no Reichstag, com 230
lugares. Porém o Partido Nazista não conseguiu uma maioria parlamentar até a nomeação de
Hitler como chanceler.
Assim em 30 de Janeiro de 1933 Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha por
Hindenburg o gabinete ministerial em seguida dissolvido por Hitler.

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Porém, para triunfar, o nazismo precisava combater seu principal concorrente ideológico, o
socialismo revolucionário ou comunismo, com o qual teria de disputar a adesão popular.

Igualmente totalitário, o comunismo também se arvorava a construir uma sociedade perfeita, não
só na Alemanha, mas no mundo. Durante o mesmo ano de 1933, o Partido Nazista eliminara toda
a oposição.
Inúmeros ministérios deixaram de se reunir no regime nazista — embora continuassem existindo
na teoria — como o Conselho Secreto do Gabinete e o Conselho de Defesa do Reich, cujas
funções passaram a ser executadas por Hitler.
A Alemanha, por fim, transformou-se em um estado nacionalista, onde não-arianos e oponentes
do nazismo eram excluídos da administração, e o sistema judiciário tornou-se subserviente ao
nazismo. Campos de concentração foram criados para receber prisioneiros políticos, judeus,
ciganos e eslavos. A Bandeira da República de Weimar foi substituída pela bandeira da suástica
do partido nazista no dia 15 de Setembro de 1935.
Em 22 de Setembro de 1933 foi criada a Câmara de Cultura do Reich, com a intenção de
“nazificar” a cultura: A fim de levar a cabo uma política de cultura alemã, é preciso unir os
artistas de todas as esferas numa organização coesa sob a direcção do Reich. O Reich deve não
somente determinar as linhas do progresso mental e espiritual, mas também orientar e organizar
as profissões.
As subcâmaras foram criadas para orientar e controlar toda a cultura: imprensa, belas-artes,
literatura, música, cinema e rádio. Todos os profissionais dessas áreas foram obrigados a
associarse às câmaras, que podiam expulsar ou recusar pessoas por “falta de confiança política.
Toda a juventude alemã do Reich está organizada nos quadros da Juventude Hitlerista. A
juventude alemã, além de ser educada na família e nas escolas, será forjada física, intelectual e
moralmente no espírito do nacional-socialismo por intermédio da Juventude Hitlerista. Aos 14
anos o rapaz entrava na Juventude Hitlerista propriamente dita, ficando nela até os 18 anos,
quando era transferido para a Cooperação pelo Trabalho e o exército. Na Juventude Hitlerista os
rapazes recebiam treinamento em doutrinas nazistas, artes militares. O principal papel das
mulheres era gerarem filhos sadios, propagando a "raça ariana". Aos 18 anos as moças prestavam
um ano de serviço nas fazendas, equivalente à Cooperação do Trabalho dos rapazes.
Na Alemanha nazista foram extintos os sindicatos, contratos colectivos e o direito de greve. Os
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sindicatos foram substituídos pela Frente Alemã do Trabalho, chefiada, que admitia assalariados
e empregados e também patrões e membros de profissões liberais, tornando-se a maior
organização partidária. Grandes programas de obras públicas e de militarização foram então,
responsáveis pela diminuição do desemprego na Alemanha

3.2. Estado totalitário


O estado totalitário organizar-se da seguinte maneira:

 A filiação no partido único (na Alemanha, respectivamente). Cargos de responsabilidade


foram confiados aos membros do Partido, cujos efectivos passam de 3 milhões, em 1934,
para 9 milhões em 1939.
 O culto do chefe: Hitler era venerado como um Deus, para isso concentrou todo o poder
(executivo, legislativo e judicial) tornando-se o chefe absoluto da Alemanha, era chefe do
exército.
 Expansionismo e militarismo: Consagrando todos os seus esforços à conservação dos
seus melhores elementos, o nacional-socialismo teria forçosamente que proceder à
incorporação de todos os alemães numa só Pátria, numa só Nação, num só Povo.

O Programa do Partido Nazi (1920) exigia a reunião de todos os alemães numa Grande
Alemanha, o que equivalia ao empreendimento de uma política belicista desrespeitadora de
tratados e de fronteiras por eles traçados, Hitler anunciou aos colaboradores a sua vontade de
acrescentar ao Reich as minorias alemãs da Europa central, ao que se seguiria o alargamento do
espaço vital alemão.
Em 1935, o Estado nacional-socialista restabeleceu o serviço militar obrigatório, numa clara
infracção ao Tratado de Versalhes, e iniciou o programa de rearmamento no país.
Em 1938, procedeu-se à anexação da Áustria; um ano depois, a Checoslováquia. A 1 de
Setembro de 1939, Forças Armadas iniciava a expansão do Reich para o Leste com a invasão da
Polónia.
A repressão policial a construção de um Estado policial atingiu a máxima perfeição. Quer as
Secções de Segurança do Partido (S.S.), Secções de Assalto (SA) quer a Gestapo (polícia
política) se encarregavam da vigilância da população e da opinião pública, envolvendo-as numa
atmosfera de suspeita e de delação generalizadas, e da eliminação da oposição, enviada, desde
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1933, para campos de concentração.
A propaganda que, apoiada nas então modernas técnicas audiovisuais, promovia o culto do chefe
e normalizava a cultura segundo padrões nacionalistas e até racistas.

Por sua vez, na Alemanha, o Ministério da Cultura e da Propaganda exerceu uma verdadeira
ditadura intelectual. Por um lado, suprimiu jornais, organizou autos de fé onde se queimavam as
obras dos autores proibidos (Voltaire, Marx, Freud, Proust, …), perseguiu os intelectuais judeus.
A rádio e o cinema armas indiscutíveis para o totalitarismo nazi. Em 1938, estava instalados 10
milhões de aparelhos radiofónicos, através dos quais, e com o apoio de altifalantes nas ruas, nas
escolas e nas fábricas, toda a Alemanha escutava o Fuhrer. Quanto ao cinema, competia-lhe
contribuir para o culto dos heróis nacionais, como Bismarck, e para a denúncia dos inimigos do

3.2.Reich: judeus, britânicos e bolchevistas.


O artista separou-se do povo e, desse modo, perdeu a sua fecundidade. Desde aí, sobreveio na
Alemanha uma crise mortal da cultura. A cultura é a expressão superior das forças criadoras de
um povo. O artista é o intérprete inspirado dessa cultura. Seria insensato da parte dele supor que
a sua missão divina se poderia cumprir fora do povo. Ela só existe em função do povo. Se um
artista abandona o terreno sólido que o Povo lhe oferece então encontra-se rasgada a via para os
inimigos da civilização, sob cujos golpes o artista acabará também por cair.
O Racismo: que estipulava que a raça ariana é a superior - Um Povo, um Império, uma Guia.
3.3.Racismo hitleriano
Na Alemanha acentua-se, sobretudo, o racismo, que se concretiza de um modo particularmente
violento contra os judeus, dando origem a um anti-semitismo militante.
O racismo assenta, como se sabe, na ideia de uma profunda desigualdade entre as raças, julgando
que há uma raça superior a todas as outras, a raça ariana, cujo missão e estabelecer a sua
superioridade e o seu domínio por todo o mundo. Dai que o estado deva ser posto ao serviço
desta concepção: o Estado deve, pois, velar pela pureza da raça e pela sua expansão em todo o
Mundo.
É dentro desta ideia que Hitler escreve o seu livro Mein Kampf, que surpreendentemente
constitui um grande sucesso de livraria na Alemanha, chegando a ter uma tiragem de 6 milhões

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de exemplares.
Escreve ele nesse livro a dada altura: Os povos que renunciam a manter a pureza da raça
renunciam, ao mesmo tempo, à unidade da sua alma. A perda da pureza do sangue destrói a
felicidade interior, abaixa o homem para sempre, e as respectivas consequências, corporais e
morais. Daqui retirava Hitler a consequência de que os homens de um mesmo sangue devem
pertencer ao mesmo Reich. E acrescentava: a minha missão e fazer triunfar, contra todas as leis
falsas e artificias, uma lei natural e sagrada: a da comunidade do sangue.
Desta tese decorriam dois corolários:

 Os não arianos que vivem na Alemanha, particularmente os judeus, devem ser


controlados, condicionados e em último termo, exterminados;
 Os arianos que vivem fora da Alemanha devem poder passar a pertencer a grande Nação
alemã, para o que os países onde eles existem devem ser anexos pela Alemanha.
 O primeiro corolário levou, como se sabe, as câmaras de gás e ao Holocausto; o segundo
levou a II Guerra Mundial. Um e outro custaram a Europa, pelo menos 60 milhões de
mortos.

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4.Conclusão
Chegado a este extremo é importante ressaltar que em 30 de Janeiro de 1933 Adolf Hitler foi
nomeado chanceler da Alemanha por Hindenburg o gabinete ministerial em seguida dissolvido
por Hitler.

Porém, para triunfar, o nazismo precisava combater seu principal concorrente ideológico, o
socialismo revolucionário ou comunismo, com o qual teria de disputar a adesão popular.

Igualmente totalitário, o comunismo também se arvorava a construir uma sociedade perfeita, não
só na Alemanha, mas no mundo. Durante o mesmo ano de 1933, o Partido Nazista eliminara toda
a oposição.

Inúmeros ministérios deixaram de se reunir no regime nazista — embora continuassem existindo


na teoria — como o Conselho Secreto do Gabinete e o Conselho de Defesa do Reich, cujas
funções passaram a ser executadas por Hitler.
O fascismo perpétua-se com uma Nação submissa, sem espíritos críticos, sem vontades
individuais, mas com “uma alma colectiva”. Os ideais fascistas, eram inculcados, primeiramente,
nos jovens, pois considera-se que as crianças, antes de pertencerem às famílias, pertenciam ao
Estado.

Na Itália, a partir dos 4 anos, as crianças ingressavam nos “Filhos da Loba” e usavam já
uniforme; dos 8 aos 14 faziam parte dos “balillas”, aos 14 eram vanguardistas e aos 18 entravam
nas Juventudes Fascistas. As raparigas eram inseridas em organizações específicas, como a das
“Jovens Italianas”

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4.Referências Bibliográfica
AMARAL. Diogo Freitas, História das ideias políticas, vol I, Porto: editora Livrara Almedina,
2001.
AMARAL. Diogo Freitas, História das ideias políticas, vol II, Porto: editora Livrara Almeia:,
1997.
BENOT, Yves. Ideologia das Independências Africanas. Vol. II, Lisboa: Sá de Corta, 1981.
FREITAS, Gustavo. Vocabulário de História, 1ª edição, s/d;
CARPINTIER. Jean e LEBRUN. François; História da Europa, 3ª ediçao, Lisboa: editora
Estampa, 2002.

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