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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação À Distância (IED) - Tete

Trabalho-I

Abordagem sobre a economia da URSS de 1945 aos dias

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Cadeira: Histórica Económica IIII

3º Ano

Tete, Maio, 2022


Classificação
Categorias Indicadores Nota
Pontuaçã Subtota
do
o máxima l
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:

Índice

1.Introdução.......................................................................................................................4

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1.1.Objectivos....................................................................................................................5

1.1.1.Objectivo Geral........................................................................................................5

1.1.2.Objectivos Específicos.............................................................................................5

1.2.Metodologia do Trabalho............................................................................................5

2. Abordagem da economia da URSS -1945.....................................................................6

2.1.Era de Estaline.............................................................................................................6

2.1.1.Era de krusher...........................................................................................................7

2.1.2.Era de Mikail............................................................................................................8

2.1.3.Os últimos anos de stalin..........................................................................................8

2.2.Economia de krushev..................................................................................................9

3.Conclusão.....................................................................................................................10

4.Referências Bibliográficas............................................................................................11

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1.Introdução

A presente abordagem está na tela de questão da economia da URSS, vale ressaltar que a
revolução Russa de 1917 foi o acontecimento de maiores implicações na história do Século
XX. Como resultado das transformações realizadas por aquela revolução, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi constituída em 1922 e sua existência passou a
ser um dos elementos estruturantes decisivos do quadro político e social estabelecido por
quase todo o século.

Durante a maior parte de sua existência, a URSS diante do quadro de isolamento internacional
cresceu a um ritmo mais veloz do que a média dos países capitalistas, desacelerando apenas a
partir da década de 70. Esse crescimento em marcha forçada e a modernização em tempo
recorde, sem dúvida, permitiram ao país imensos progressos econômicos, sociais e culturais.
Foi a industrialização febril dos anos 30 que possibilitou à URSS suportar a maior carga na
Victória contra a máquina de guerra nazista e salvar a democracia ocidental naquele
momento, sem o que a história da segunda metade do século passado poderia ter sido
completamente distinta.

A Revolução Russa e a constituição da URSS também permitiram significativos avanços no


campo social. Possibilitaram aos povos soviéticos, alguns ainda quase nômades no início do
século passado, saltarem, em poucas décadas, de um estágio de semibarbárie e incultura para
a civilização, isto é, para a urbanização acelerada, a escolarização maciça e a elevada
qualificação sócio-profissional de suas populações, bem antes de outras nações.

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1.1.Objectivos

A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho.

1.1.1.Objectivo Geral

 Compreender o estudo sobre a economia da URSS de 1945 até aos dias actuais.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Descrever as características económicas da URSS de 1945;


 Apontar as causas históricas, políticas, sociais e econômicas que mais contribuíra
URSS 1945;
 Estudar a dinâmica da economia soviética no período do segundo pós-guerra e o seu
papel no fim da URSS.

1.2.Metodologia do Trabalho

A metodologia desta abordagem tem como base a pesquisa bibliográfica utilizado como
procedimento, a pesquisa exploratória, tem o objectivo de possibilitar um maior conhecimento
com o problema estudado, deixando-o mais claro ou construindo hipóteses, (Gil,2007).

De acordo com Lakatos e Markoni (2010), a pesquisa bibliográfica é um apanhado geral


sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de
fornecer dados actuais e relevantes relacionados com o tema.

No âmbito geral, o presente trabalho esta estruturado em quatro (IV) fases, na fase apresenta
introdução, onde se aborda o panorama geral do trabalho, da qual se faz uma breve
apresentação dos objetivos em estudo, na segunda fase disserta a revisão da literatura,
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consistindo assim a busca de informações ligadas à abordagem em estudo; na terceira
apresentam-se as conclusões e finalmente a quarta fase dá as referências bibliográficas.

2. Abordagem da economia da URSS -1945

De acordo com Katassonov (2014), sintetiza que a União Soviética, ao final da Segunda
Guerra Mundial, em 1945, retrocedeu a níveis de 1935, o que não representa grandes
decréscimos de produção, tendo em vista a magnitude do conflito e a quantidade de vidas
perdidas. Países como a Áustria, a França e a Grécia, por exemplo, tiveram seus índices
retrocedidos a níveis de 1860.

As agressões militares que a URSS sofreu, com suas imensas perdas humanas e os custos
insuportáveis de defesa, derivados da ameaça permanente que vinha do exterior, que
contribuíram para exauri-la economicamente e a natureza ditatorial do sistema político, como
elemento central, que se pôde acelerar a industrialização e a modernização em uma primeira
fase, trouxe imensos prejuízos humanos por outro e funcionou a partir de certo ponto no
tempo como uma trava à continuidade do desenvolvimento da economia e da sociedade.

A velha Rússia do início do Século XX, como os demais povos que a ela se somaram quando
da constituição da URSS em 1922, não estava pronta e não poderia passar sozinha à
instauração do socialismo

2.1.Era de Estaline

Na linha do pensamento de Aganbeguian (1988.p. 63), argumenta que estalinismo tem sido
associado, frequentemente ao pensamento e à prática de Lenine e também à teoria de Marx.
Tal associação foi possível pelas características do sistema soviético estabelecidas pela
Revolução Russa e que constavam do programa original do marxismo, como a erradicação da
propriedade privada, a propriedade pública dos meios de produção, plano econômico
unificado e a elevação do bem-estar social, além do que, em todo o mundo, o estalinismo se

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apresentava como continuador das ideias de Lenine e representante oficial do marxismo,
usurpando desse modo a autoridade da Revolução Russa.

O estalinismo difundiu a fórmula defensiva de socialismo incompleto, ou socialismo


realmente existente, para classificar o sistema social estabelecido na URSS depois de Stalin.
Por outro lado, ao constatar a permanência no modelo soviético de fortes elementos
característicos das formações anteriores como o capitalismo, o feudalismo e mesmo do modo
de produção asiático, muitos investigadores caminharam no sentido oposto e insistiam em
seguir classificando a URSS como uma nova forma de capitalismo, um capitalismo de Estado,
um Estado burocrático ou até mesmo como modo de produção asiático.

A oposição desesperada dos camponeses serviu como pretexto para Stalin mobilizar milhares
de agentes para liquidar os kulaks como classe, segundo suas próprias palavras. Cercados em
suas aldeias por tropas armadas com metralhadoras, os camponeses capitularam, não sem
antes destruir as ferramentas e matar cavalos, vacas, carneiros e cabras.

2.1.1.Era de krusher

Para Reis Filho (1997, p. 192), realça que no aspecto político, as reformas de Kruchev se
concentraram em limitar os aspectos mais arbitrários do regime, colocando sob controlo do
partido o aparelho da polícia política, através do qual se exercia o terror contra a população e
os dissidentes rotulados de “inimigos do povo”. Até ali, os órgãos policiais do regime
dispunham de grande autonomia e funcionavam como verdadeiras autarquias dentro do
Estado. Prendiam, julgavam e condenavam os acusados em tribunais especiais, sem qualquer
direito a recurso.

Para enfrentar a questão das dificuldades materiais da população, os novos dirigentes,


encabeçados por Kruchev, propuseram um programa de aceleração da agricultura e da
produção dos bens de consumo. Várias medidas significativas foram sendo tomadas ainda
durante o ano de 1953.

Segundo Aganbeguian (1988,p. 64), afirma que as medidas reformadoras empreendidas na era
Kruchev aceleraram a produção agrícola, que teria aumentado em média mais de 7% ao ano,
entre 1954 e 1959. Segundo esse autor, metade desse crescimento ocorreu devido aos fatores
extensivos, como o aumento da área plantada, e a outra metade já se deu por fatores
intensivos, como elevação do rendimento e da produtividade.

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Segundo Aganbeguian (1988 p.64),alavanca que Kruchev se saiu melhor nas discussões
exactamente por apresentar-se como o artífice da harmonização dos interesses de todos os
setores, buscando um equilíbrio entre eles. A lógica da competição armamentista com o
Ocidente logo deixaria claro, entretanto, que não era possível uma inversão real de
prioridades.

Em conformidade com Nove (1990), focaliza que em 1956, veio o informe secreto de
Kruchev denunciando os crimes de Stalin. Um grande abalo nas fileiras do PCUS e demais
partidos comunistas pelo mundo afora. De repente, o “guia genial dos povos”, o “principal
líder da construção do socialismo na URSS, ao lado de Lenine”, era apresentado com outra
face, isto é, a de déspota sanguinário, um criminoso, um tirano cruel.

É no final do período Kruchev que se dá uma primeira e importante discussão realizada dentro
da própria URSS sobre os problemas econômicos do sistema soviético, que ficou conhecida
como discussão Liberman e que irá dar base a uma segunda tentativa de reforma da economia
soviética a partir de 1964-65.

União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a ideologia comunista sofreu uma queda
no mundo todo dando lugar a uma hegemonia quase absoluta da ideologia capitalista. Porém,
enquanto vigorou, a URSS mostrou a capacidade de uma economia planificada de alcançar
altos níveis de desenvolvimento.

2.1.2.Era de Mikail

Para Aganbeguian (1988.p. 63), alavanca que o crescimento da economia soviética em um


panorama global, a respeito do qual surgiram várias teorias para explicar as características
desse crescimento. A reconstrução do país e a defesa contra possíveis novas ameaças foram as
principais metas traçadas nesse período que o modelo da economia soviética no período de
1930 a 1960 tinha as seguintes características:

Propriedade social dos meios de produção; papel decisivo do estado na economia;


Direção centralizada; planificação diretora; aceleração do desenvolvimento dos ramos
da indústria de meios de produção em relação à indústria de bens de consumo;
Combinação de estímulos materiais e morais ao trabalho; inadmissibilidade de
rendimentos não provenientes do trabalho e acumulação individual excessiva de bens
materiais.

2.1.3.Os últimos anos de stalin


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De acordo com Aganbeguian (1988.p. 63), pondera que a planificação central da economia
era algo que facilitava a alocação racional dos recursos: Constituindo a maior corporação do
mundo, a economia soviética utilizou habilmente os pontos fortes de qualquer grande
corporação a possibilidade de planificar e realizar planos de longo prazo, aplicar recursos
colossais no desenvolvimento das orientações prioritárias, fazer grandes investimentos de
capital em prazos curtos, gastar grandes recursos em trabalhos de investigação científica.

Durante a fase de assimilação da tecnologia ocidental e de acumulação primitiva socialista


dos anos 30, estabeleceu-se um modelo de crescimento econômico que pode ser classificado
como extensivo que foi mantido mesmo no pós-guerra.

De acordo com Rodrigues, (2006, p. 165), enfatiza que padrão correspondia tipicamente a
uma economia industrial em suas primeiras fases de desenvolvimento, na qual suas elevadas
taxas de crescimento eram asseguradas essencialmente pela incorporação de novos e amplos
contingentes de trabalhadores e pelos elevados recursos investidos anualmente em novos
meios de produção e insumos. Nesse modelo, as inovações técnicas e os ganhos de eficiência
tinham importância menor.

2.2.Economia de krushev

Khrushchev, ao contrário de Stalin, declarou em 1956 que a economia soviética já possuía


uma indústria pesada bem desenvolvida e que agora tinha condições de alocar seus recursos
prioritariamente na produção de bens de consumo.

O socialismo já não significava, como para Lenine e Stáline, a abolição das classes e o avanço
para o comunismo, mas a preservação dos kolkhozes como forma de propriedade, o
desenvolvimento da ideologia do “progresso técnico-científico” à margem de uma perspectiva
de classe e a introdução generalizada das relações monetário-mercantis, (SINGH, 1995, p. 3).

A Revolução na Economia Soviética. A Perestroika, confirma isso como resultado, deparamo-


nos, nos finais dos anos 70 e início dos 80, com uma situação anunciadora de crise. A
economia estava estagnada e o nível de vida deixou de crescer. Ficou claro que assim não
havia desenvolvimento, que era preciso uma mudança radical, uma reestruturação, (p. 39).

Depois que a URSS atingiu a paridade nuclear, um confronto direto entre as


superpotências foi evitado pelos dois lados pelas consequências imagináveis. Mas para o
capitalismo a ameaça não era exclusivamente de caráter militar, pois sabia que a URSS
não tinha intenções de atacar o Ocidente. Para além do poderio industrial- militar da
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URSS, para os estrategistas ocidentais, a ameaça e a força motriz da Guerra Fria estavam
no terreno ideológico.

A URSS foi a principal economia planificada, chegando a apresentar um PIB per capita
próximo a 40% do nível dos Estados Unidos. Esse é um dado ainda mais significativo quando
se leva em consideração as adversidades pelas quais a economia soviética passou: foram uma
guerra civil e duas grandes guerras em pouco mais de trinta anos.

3.Conclusão

No cômputo geral permite-nos concluir que a URSS atingiu a paridade nuclear um confronto
directo entre as superpotências foi evitado pelos dois lados pelas consequências imagináveis.
Mas para o capitalismo a ameaça não era exclusivamente de carácter militar, pois sabia que a
URSS não tinha intenções de atacar o Ocidente. A URSS encarnava uma ideologia que a
despeito de todas as deformações impostas pelo regime estalinista, foi gerada como negação
do capital. Como se pode comprovar por contraste com o fim do Século XX quando o
imperialismo norte-americano passou a ser hegemônico no mundo depois do colapso no Leste
Europeu e pouco tolera qualquer pretensão de autonomia por parte de outros países a simples
existência da URSS desafiava o poderio econômico e militar norte-americano.

Apesar das reformas políticas de Kruchev, que abrandaram a magnitude da repressão, que de
indiscriminada passou a ser mais selectiva em essência, o regime soviético continuou a ser
uma ditadura política de partido único até os anos 80.

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4.Referências Bibliográficas

1. Aganbeguian, Abel G. (1988).A revolução na economia soviética: a Perestroika. 2.


ed., Lisboa: Europa-América; Castoriadis, Cornelius. A sociedade burocrática: as
relações de produção na Rússia.
2. Alves, Alda Judith (1992). A “revisão bibliográfica” em teses e dissertações: meus
tipos inesquecíveis. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, pp. 53-60;
3. Cave, Martin. (1980).Computers and economic planning: the soviet experience.
Cambridge: Cambridge University Press;
4. Claudin, Fernando. (1983). A oposição no “socialismo real”: União Soviética,
Hungria, Polônia, Tcheco-Eslováquia.

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