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Fungos (Reparado)
Fungos (Reparado)
Tema: Fungos
Trabalho em grupo
Elaborado pelos formandos do 1o ano de TMG:
Chelcia Eusébio Malunguissa
Dominga António Socavinho
Emerson Jacinto Semane
Josina Olirio Beulane
Lucia Domingos Armando José
Nilza Abramo Emo Foia
Sheila Carlos N’tefula
Silvia Luís Vermir Sete
Subrano Cipriano Subrano
Tema: Fungos
Trabalho em grupo
Elaborado pelos formandos do 1o ano de TMG:
Chelcia Eusébio Malunguissa
Dominga António Socavinho
Emerson Jacinto Semane
Josina Olirio Beulane
Lucia Domingos Armando José
Nilza Abramo Emo Foia
Sheila Carlos N’tefula
Silvia Luís Vermir Sete
Subrano Cipriano Subrano
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2. Objectivos
2.1. Objetivo Geral
Estudar os fungos.
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Metodologia
A especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois
responde, a um só tempo, as questões como? Com quê? Onde? Quanto? Corresponde aos
seguintes componentes: Método de abordagem e de procedimentos.
O trabalho foi desenvolvido através de consultas feitas aos tecnicos de medicina com certa
experiência na área de pesquisa e colegas de outras instituições do ensino. Também foi
possível através da investigação própria, retiraram-se conteúdos dos manuais de estudos e
pesquisas na internet para sustento da revisão bibliográfica. Para a elaboração do trabalho
também houve o auxílio de programas como Microsoft Office Word 2010.
Segundo Lakatos, & Marconi (2003), técnicas são consideradas como um conjunto de
preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses
preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à parte prática
de colecta de dados. Apresentam duas grandes divisões: documentação indirecta abrangendo
a pesquisa documental e a bibliográfica e documentação directa. Esta ultima subdivide-se em:
observação directa intensiva e extensiva.
O trabalho foi desenvolvido através de observação directa intensiva, com as técnicas da:
Observação - utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se deseja
estudar (Lakatos, & Marconi 2003).
Entrevista - é uma conversação efectuada face a face, de maneira metódica; proporciona ao
entrevistador, verbalmente, a informação necessária (Lakatos, & Marconi 2003).
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Resumo
Os fungos são organismos que podem ser macroscópicos ou microscópicos, uni ou
pluricelulares, eucariontes, ou seja, possuem membrana envolvendo o núcleo de suas células,
e são heterótrofos (não são capazes de produzir seu próprio alimento).
Os fungos são um grupo heterogéneo de organismos eucariontes. Grande parte deles é
parasita de plantas, animais ou de outros fungos e micoses são doenças em seres humanos
provocadas pelos fungos. As micoses sistémicas aparecem particularmente em indivíduos
imunodeprimidos, e podem ser fatais. As micoses sistémicas mais frequentes em
Moçambique são a pneumonia por Pneumocystis jirovecii e a meningite por Crytococcus.
Os dermatófitos são um grupo de fungos que produzem as micoses cutâneas, também
conhecidas como tinhas.
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3. Fungos
Os fungos são encontrados em quase todos os lugares da Terra e são organismos eucariontes.
Os fungos são organismos que podem ser macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou
pluricelulares. Os eucariontes, ou seja, possuem membrana envolvendo o núcleo de suas
células, e são heterótrofos (não são capazes de produzir seu próprio alimento). Os fungos são
um grande grupo e heterogéneo de organismos eucariotas que inclui microrganismos como
leveduras e mofos, bolor de pão, assim como cogumelos de grande tamanho
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Os Organelas e estruturas presentes nos Fungos são: Parede celular; Membrana plasmática;
Mitocôndrias; Retículo Endoplasmático; Complexo de Golgi; Núcleo delimitado por
membrana.
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3.3. Características dos fungos
Os fungos possuem algumas características semelhantes à dos animais, como a ausência de
cloroplastos e a alimentação heterotrófica. Porem, os fungos também apresentam
características semelhantes à dos vegetais, como a presença de parede celular, reprodução
sexuada e assexuada, e produção de esporos.
Os fungos são muito abundantes na natureza:
Desenvolvem-se no solo, na matéria morta, ou como simbiontes de outros seres vivos.
Muitos fungos são parasitas em plantas, animais, ou em outros fungos.
Particularmente, alguns fungos podem causar doenças nos seres humanos, algumas
delas graves e até fatais se não forem tratadas.
Os indivíduos com imunodeficiências são particularmente os mais susceptíveis às doenças
provocadas por fungos.
3.4. Aplicações
Desde há muito tempo, os fungos são utilizados como fonte directa de alimentação (por
exemplo, alguns cogumelos), e como fermentos na elaboração de outros produtos alimentares
(por exemplo, as leveduras). Desde aproximadamente 1940, eles são utilizados na produção
de antibióticos (por exemplo, fungos do género Penicillum), e mais recentemente estão a ser
desenvolvidas outras aplicações para os fungos, como a produção de outros fármacos não
antibióticos, para o controlo de pragas agrícolas. Alguns fungos podem produzir compostos
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tóxicos. Também podem decompor matéria orgânica, materiais artificiais e construções. Os
fungos são um extracto fundamental nos ciclos de nutrientes.
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fabricação de molhos de soja (shoyu), medicamentos anti-inflamatórios e
anticoncepcionais. A forma mais comum de reprodução é a assexuada por esporos.
Glomeromicetos (160 espécies): Há pouco tempo as espécies do filo Glomeromycota
estavam agrupadas em Zygomycota. No entanto, estudos recentes com o DNA de
centenas de espécies mostraram que essas espécies formam um (grupo) separado.
Elas têm grande valor ecológico, pois formam associações mutualísticas (micorrizas)
com diversas espécies de plantas.
Ascomicetos (65.000 espécies): Os fungos do filo Ascomycota são encontrados em
ambientes marinhos, de água doce e terrestre. Sua principal característica é ter seus
esporos formados em ascos. Cada indivíduo pode possuir mais de um asco, que pode
unir-se a outros, formando o ascocarpo (corpo de frutificação). Os ascomicetos
podem ser encontrados desde a forma de leveduras unicelulares até grandes
indivíduos com forma de taça. Podem ser patógenos e decompositores, além de ter
grande valor econômico e medicinal. Espécies do género Penicillium são utilizadas
na fabricação de queijos especiais, como o camembert, e na fabricação da penicilina.
A principal forma de reprodução é a assexuada.
Basidiomicetos (30.000 espécies): As espécies do filo Basidiomycota são as mais
conhecidas, pois entre elas está o comestível champignon, bem como os
decompositores orelhas-de-pau. Aqui também se encontram espécies mutualísticas
(micorrizas) e parasitas, como as conhecidas ferrugens. A reprodução sexuada é mais
frequente e ocorre pela fusão de hifas, que crescem e dão origem ao basidiocarpo
(corpo frutífero)"
Em algumas espécies, o basidiocarpo tem a forma de um chapéu e é popularmente
chamado de cogumelo.Alguns autores trazem dentro da classificação dos fungos o
grupo deuteromicetos. No entanto, após estudos moleculares, as espécies
pertencentes a esse grupo estão sendo remanejadas para outros grupos, especialmente
os ascomicetos. Nos deuteromicetos não se observa o processo sexuado de
reprodução e há um grande número de espécies patogênicas, como as causadoras de
“sapinho” em crianças e de candidíase.
Existem cerca de 1,5 milhão de espécies, e estes podem ser utilizados na culinária,
namedicina, em produtos domésticos, etc. No entanto, vários são considerados parasitas que
transmitem doenças aos animais e plantas.
Quanto a coloração, classificam-se os fungos em:
Demácios: apresentam melanina, que os deixa escurecidos.
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Hialinos: não apresentam melanina. Ao microscópio, são corados de azul pelo
corante, Replicação dos Fungos
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Figura 4. Ciclo de vida dos ascomicetos (a fase sexual e assexuada e formação de esporos sexuais e
assexuais)
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3.8. Doenças causadas por Fungos:
Micoses São infecções provocadas pelo crescimento excessivo de fungos e que podem afetar
a pele, o couro cabeludo, as unhas e áreas mais úmidas do corpo. Os fungos estão presentes
em todas as pessoas, mas o desenvolvimento das micoses está ligado a fatores como, sistema
imunológico enfraquecido, consumo excessivo de açúcar ou alergias.
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3.8.4. Forma de prevenção
A forma de prevenção irá depender do tipo de micose que o indivíduo possui. De forma geral,
recomenda-se cuidados gerais para manter o equilíbrio e barreira da pele e mucosas. Além
disso, adotar medidas de higiene e de cuidados à saúde geral. Entre eles estão:
Evitar compartilhar objetos de uso pessoal como roupas, toalhas, bonés e escovas;
Evitar roupas sintéticas sem ventilação;
Evitar ficar muito tempo com um calçado fechado.
Utilizar calçados em ambientes públicos e no solo
Manejar terra, plantas e animais doentes com luvas;
Usar máscaras apropriadas para atividades rurais e em locais com aves e morcegos,
tais como sótãos e cavernas;
Evitar caçar animais silvestres.
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3.8.5.3. Micoses subcutâneas
Afectam tecidos subcutâneos, como músculo e fascia. O fungo entra normalmente
através de feridas ou aberturas da barreira dérmica.
São de tratamento complicado, requerendo muitas vezes cirurgia.
3.8.6. Frieiras
As frieiras são causadas por uma reação anormal ao frio de pequenos vasos sanguíneos e que
acontece por razões que não são conhecidas.
Na maior parte das pessoas, as frieiras aparecem 12-24 horas depois da exposição ao frio e
levam 1-3 semanas até desaparecer. Noutras pessoas, podem, no entanto, ser crónicas ou
manifestar-se de forma recorrente, mesmo fora das estações frias.
Os locais mais atingidos são o dorso dos dedos, as mãos e pés, as faces, o nariz e as orelhas.
As frieiras começam com a formação de zonas de pele mais salientes e alterações
locais da sua cor, que fica arroxeada (ou vermelho-azulada);
Pode haver inchaço (edema);
Nas frieiras mais graves, formam-se bolhas que podem acabar como fissuras e feridas;
Estas lesões são acompanhadas em geral de comichão (prurido), ardor ou sensação de
queimadura e, por vezes, de dor.
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No exterior manter bem protegidas as zonas mais expostas, por exemplo usar luvas,
gorro a proteger as orelhas e cachecol a proteger as faces e nariz;
Não deixar peças de roupa húmidas ou molhadas (especialmente meias) secar no corpo;
Evitar calçado que faça suar e promova a humidade (por exemplo, galochas);
Não expor as zonas mais propensas a frieiras a fontes de calor intenso porque
favorecem a secura da pele e tornam-na mais sensível a lesões;
Preferir ambientes com uma temperatura moderada.
Nas pessoas com problemas de frieiras mais graves, podem ser usados medicamentos na
prevenção, mas sempre associados às medidas atrás indicadas.
3.9. Dermatófitos
Os dermatófitos são um grupo de fungos que produzem as micoses cutâneas, também
conhecidas como tinhas. Na sua maior parte, os fungos dermatófitos pertencem aos géneros
Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Estes fungos têm a capacidade de digerir a
queratina presente na pele, no cabelo e nas unhas. As tinhas são caracterizada por manchas
vermelhas de superfície escamosa, bordas bem nítidas e que coçam. As tinhas aparecem em
qualquer lugar do corpo, sendo mais comum as dos pés, como “pé-de-atleta” ou “frieira”. Nas
crianças, é comum que apareçam no couro cabeludo, formando uma placa com crostas, com
coceira intensa, parecendo que o cabelo foi cortado naquela região. A tinha do couro
cabeludo pode passar de uma criança para outra.
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Tinea corporis é a tinha mais frequente no ser humano. Afecta as partes sem pelo do corpo.
Normalmente as lesões são anéis vermelhos que rodeiam uma zona central de aspecto
normal.
Tinea pedis também chamada “pé de atleta”. Começa normalmente nos espaços interdigitais,
estendendo depois para o resto do pé.
Tinea cruris são lesões escamosas avermelhadas localizadas nas zonas inguinais. As vezes
estendem-se a zona perianal e aos glúteos.
Tinea capitis - caracteriza-se por lesões crostosas com lesões claras (hipopigmentadas), com
descamação. Os cabelos são infectados, quebrando-se na sua base. Provoca queda do cabelo
com alopécia definitiva.
Tinea unguium - também chamada por onicomicose. São lesões que ocorrem nas unhas, de
aspecto variável, desde manchas esbranquiçadas a destruição da lâmina ungueal.
3.10. Cândidas
As cândidas são um género de leveduras, que vivem em simbiose com animais, incluindo os
seres humanos. Várias espécies são integrantes das floras normais no intestino e na vagina.
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Candidíase oral é a infecção das membranas mucosas da boca. É comum em
recémnascidos, e também aparece em diabetes mal controladas e infecção pelo HIV. As
vezes, as cândidas podem produzir lesão nos vértices da boca, chamada queilite angular.
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Figura 8: Cistos de Pneumocystis Jiroveci
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Histoplasma capsulatum Patógeno oportunista, que causa pneumonia e septicemia em
indivíduos com imunodeficiência. O histoplasma pode ser visualizado ao microscópio em
amostras de escarro, sangue ou outros órgãos infectados.
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4. Conclusão
Desta feita concluiu-se que os fungos são organismos que podem ser macroscópicos ou
microscópicos, uni ou pluricelulares, eucariontes, ou seja, possuem membrana envolvendo o
núcleo de suas células, e são heterótrofos (não são capazes de produzir seu próprio alimento).
Os fungos são um grupo heterogéneo de organismos eucariontes. Grande parte deles é
parasita de plantas, animais ou de outros fungos e micoses são doenças em seres humanos
provocadas pelos fungos. As micoses sistémicas aparecem particularmente em indivíduos
imunodeprimidos, e podem ser fatais. As micoses sistémicas mais frequentes em
Moçambique são a pneumonia por Pneumocystis jirovecii e a meningite por Crytococcus.
Os dermatófitos são um grupo de fungos que produzem as micoses cutâneas, também
conhecidas como tinhas.
As infecções por Cândida, ou candidíases, podem ter apresentações clínicas muito diferentes,
desde infecções superficiais na boca e na vagina (as mais frequentes na prática clínica) até
infecções sistémicas potencialmente fatais. Estas últimas estão limitadas a indivíduos com
imunodeficiência grave (por exemplo, em indivíduos HIV positivos).
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5. Referências bibliográficas
Esposito, E & Azevedo, J.L. 2004. Fungos. Uma introdução a biologia, bioquímica e
biotecnologia.
Guerreiro, R.T. E Silveira, R.M.B. 1996. Glossário Ilustrado de Fungos// Termos e
conceitos a micologia.
https//m.biologianet.com/amp/biodiversidade/classificação dos fungos.htm
Ministério da Saúde de Moçambique, Técnicos de Medicina Geral: Disciplina de
Ciências Médicas 1º semestre, 2012.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (2010). Fundamentos de Metodologia Científica:
Técnicas de Pesquisa (5ª ed.). São Paulo: Atla.
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