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Cum (com) + Scio (conhecer) = Conhecimento compartilhado.

Neuropsicologia: estado vigil, grau de clareza do sensório. Estar


acordado, lúcido, desperto.

Psicológica: soma total das experiências conscientes de um indivíduo


em determinado momento. Capacidade do indivíduo entrar em contato
com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.

Ético-filosófica: capacidade de tomar ciências dos deveres éticos e


assumir as responsabilidades, os direitos e os deveres.
Consciente por Freud:
Foco: parte mais iluminada da consciência.
Margem (franja ou umbral): parte mais nebulosa da consciência. Aqui
surgem automatismo mentais e estados subliminares.

Inconsciente por Freud:


1. Verdadeiro Inconsciente: incapaz de consciência, inacessível à
evocação voluntária. Seu acesso vem somente por meio de
técnicas especiais (hipnose, psicanálise) e só se revela por meio de
subprodutos (sonhos, atos falhos, sintomas neuróticos).
2. Inconsciente pré-consciente: representações, ideias e sentimentos
suscetíveis de serem recuperados por meio de esforço voluntário.
Características funcionais do Inconsciente:

• Atemporal: não são ordenados, não altera com o passar do tempo


• Isento de contradições;
• Princípio do prazer: toda atividade visa evitar o desprazer e
proporcionar o prazer;
• Processo primário: as cargas energéticas acopladas às representações
psíquicas são totalmente móveis. Uma ideia pode ceder à outra
(sublimação) ou pode absorver à outra (condensação).
Moruzzi e Magoun (1949):
Sistema Reticular Ativado Ascendente: capacidade de estar desperto e
agir conscientemente depende da atividade do tronco cerebral e do
diencéfalo.
Propriocepção + Órgão dos sentidos  Região superior da ponte e mesencéfalo  Córtex

Outras estruturas:
Córtex occipital: visão consciente.
Córtex parietal direito: reconhecimento do corpo, objeto e mundo.
Córtex pré frontal direito: organização da atividade mental consciente.
Interações tálamocorticais: ativação e integração neuronal.

Ex: delirium causa alterações de todos órgãos citados.


1. Observar a fácie e a atitude do paciente e, se possível, notar se ele
está desperto ou sonolento;
2. Observar se o paciente está perplexo, com dificuldade de integrar
coerentemente os estímulos ambientais;
3. Lembrar que é por meio da orientação (sobretudo a temporo-
espacial) que, muitas vezes, se avalia o nível de consciência ;
4. Teste da parede ou do papel branco: pedir ao paciente que olhe
atenta e fixamente para uma parede branca; o paciente com leve
rebaixamento do nível de consciência pode, ao fazer isso,
apresentar alucinações visuais simples ou complexas.
Não é inconsciente! É um estado especial da consciência que ocorre de
forma recorrente e cíclica, necessário para fisiologia do organismo.

Divide-se em:
• NREM (Non Rapid Eye Movements): sincronizado. Possui elementos
EEG próprios (fusos do sono, complexo K, ondas lentas de grande
amplitude) e SNA simpático diminuído e parassimpático aumentado.
Por isso menor FC, FR, PA, DC. Possui 4 estágios:
1. Mais leve e superficial. EEG baixa voltagem de 6-8 ciclos por
seg – 2-5% do sono;
2. EEG com aspecto fusiforme de 13-15 ciclos por seg e
espículas de alta voltagem (complexo K) – 45-55% do sono
3. Mais profundo. EEG mais lento com onda delta (0,5 a 2,5
ciclos por seg) e ondas de alta voltagem – 3-8% do sono
4. EEG com ondas deltas, traçado bem lento. Fica confuso ao
ser despertado – 10-15% do sono.

• REM (Rapid Eye Movements): sono dessincronizado. Corresponde a


20-25% do sono, com padrão semelhante ao estágio 1. Há
instabilidade do sistema simpático (variação de FC, PA e ereções).
Possui ao mesmo tempo atonia muscular e movimentos oculares
sacádicos. Responsável pelos sonhos.
Em uma noite, tais fases se repetem 4-6 vezes, com duração de 70-
110min cada. Seu início ocorre 70-120min após adormecer, pela fase
1. Com o passar da noite, os estágios vão se acelerando, reduzindo 3 e
4.

Estruturas relacionadas:
• Núcleo supraquiasmático: no hipotálamo anterior;
• Glândula pineal: secreta melatonina bifásica (22h e 01h), modulador
de ciclo sono-vígília;
• Sistema reticular mesencefálico e bulbares: gera sono REM;
• Receptores aminérgicos, colinérgicos e histaminérgicos.
É um fenômeno associado ao sono e uma alteração normal da
consciência.
Maioria das pessoas sonham várias vezes durante a noite, entretanto
acabam se esquecendo rapidamente (6-8min).
São vivências predominantemente visuais, devido a ondas ponto-
genículo-occipitais que ativam o lobo occipital. Pessoas com deficiência
visual apresentam sensações corporais e de movimento.

Significado dos sonhos ainda permanece controverso.


Alterações quantitativas da consciência:
1. Obnubilação ou turvação da consciência: rebaixamento de grau
leve a moderado. Diminuição do grau de clareza do sensório,
lentidão de compreensão, dificuldade de concentração.
2. Sopor: marcante turvação da consciência. Paciente só pode ser
despertado com estímulo enérgico (dor, movimento).
Evidentemente sonolento. Psicomotricidade mais inibida que no
estado de obnulação.
3. Coma: graus mais profundo de rebaixamento. Ausência de
qualquer indício de consciência, movimentos oculares errantes,
nistagmo, ausência de reflexo de acomodação, decorticação, etc.
Síndromes psicopatológicas associadas:
• Delirium: designa a maior parte das síndromes confusionais
agudas. Mais comum em doenças somáticas e em idosos.
Rebaixamento leve a moderado do nível de consciência,
desorientação, dificuldade de concentração, ansiedade,
agitação/lentificação + alucinações. Quadro oscila muito durante o
dia, com piora no período da tarde/noite.
• Estado onírico: alteração da consciência na qual, paralelamente o
indivíduo entra em um estado semelhante a um sonho muito
vívido. Em geral predomina as alucinações visuais, com amnésia
consecutiva ao período. Decorre de psicoses tóxicas, síndromes de
abstinência a SPA.
Alterações qualitativas da consciência:
1. Estados crepusculares: estado transitório, no qual uma obnulação
da consciência é acompanhada de relativa conservação da
atividade motora coordenada. Permite a ocorrência de atos
automáticos. Geralmente ocorre amnésia lacunar para o episódio
inteiro. Associados à epilepsia, intoxicação por SPA, TCE, quadros
dissociativos histéricos, após estresse emocional intenso.
2. Estado segundo: semelhante ao crepuscular, porém a atividade
psicomotora permanece estranha a personalidade do sujeito
acometido. Em geral, natureza primordiamente psicogênica
(choques emocionais intensos).
3. Dissociação da consciência: fragmentação/divisão do campo da
consciência, com perda da unidade psíquica comum do ser
humano. Em geral ocorre nos quadros histéricos. Vista como uma
estratégia defensiva inconsciente para lidar com a ansiedade. O
indivíduo se desliga da realidade para não sofrer.
4. Transe: se assemelha a sonhar acordado, porém há atividade
motora automativa e estereotipada acompanhada de suspensão
parcial dos movimentos voluntários. Ocorre em contexto religiosos
e culturais.
5. Estado hipnótico: estado de consciência reduzida de concentração,
que pode ser induzido por outra pessoa. Semelhante ao transe, no
qual a sugestionabilidade do indivíduo está aumentada, e sua
atenção voltada ao hipnotizador. Podem ser lembrados cenas e
fatos esquecidos e podem ser induzidos fenômenos como
anestesia, amnésia e paralisia.
6. Experiência de quase morte: em situações de grave ameaça à vida
(PCR, isquemia, acidentes) ocorrem experiências muito rápidas em
que um estado de consciência particular é vivenciado e registrado
por essas pessoas (sensação de paz e tranquilidade, presença de
um espírito).

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