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PHDA No Contexto
PHDA No Contexto
Bagé
2004
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Bagé
2004
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AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................ 7
2.1 Fatores Determinantes dos Problemas de Aprendizagem.............................................. 7
2.1.1 Fatores Biológicos ........................................................................................... 7
2.1.2 Fatores Específicos .......................................................................................... 8
2.1.3 Fatores Psicógenos .......................................................................................... 8
2.1.4 Fatores Ambientais .......................................................................................... 9
2.2 Abordagem Psicopedagógicas da Aprendizagem ........................................................ 9
2.2.1 Área Emocional............................................................................................. 10
2.2.2 Área Cognitiva .............................................................................................. 10
2.2.3 Área Percepto-Motora ................................................................................... 15
2.3 Lugar da Inteligência e do Desejo na Aprendizagem.................................................. 15
2.4 Dificuldades de Aprendizagem .................................................................................. 16
2.5 Dificuldade de Aprendizagem na Alfabetização......................................................... 19
2.6 Conceituando Transtorno por Déficit de Atenção/Hiperatividade............................... 21
2.6.1 Causas ........................................................................................................... 26
2.7 Procedimentos para avaliação diagnóstica.................................................................. 29
2.8 Tratamento ................................................................................................................ 31
2.9 O Déficit de Atenção em Sala de Aula....................................................................... 36
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 41
3.1 Característica da Pesquisa.......................................................................................... 41
3.2 Procedimentos para a Coleta dos Dados..................................................................... 42
3.3 Procedimentos para Análise dos Dados...................................................................... 42
CONCLUSÃO..................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 45
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INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho, sob a forma de uma revisão sobre o tema, é chamar a atenção
sobre essa entidade clínica, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), uma
vez que esse distúrbio raramente é diagnosticado em nosso meio, embora venha despertando
grande interesse no meio científico de outros países, particularmente nos Estados Unidos,
onde se realizam congressos anuais específicos sobre esse assunto e onde um número
apreciável de trabalhos científicos tem sido publicado em revistas especializadas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Sabendo-se que o sujeito aprendente é e precisa ser visto como em todo (organismo,
corpo, inteligência e desejo) e que a origem de toda a aprendizagem está nos esquemas de
ação desdobradas mediante ao corpo, torna-se fundamental a integridade anatômica. É
evidente que os fatores hereditários condicionam o desenvolvimento intelectual, existindo
uma continuidade entre os processos puramente biológicos e os de adaptação ao meio. Isso
pode ser considerado em dois sentidos biologicamente distintos.
De acordo com Weiss (1992), são as condições objetivas ambientais que favorecem
ou não a aprendizagem do sujeito. Refere-se ao meio ambiente material do sujeito, às
possibilidades reais que o meio lhe oferece, à quantidade, freqüência e abundância dos
estímulos que constituem seu campo de aprendizagem habitual. Interessam neste aspecto, as
características de moradia, bairro, escola; a disponibilidade de acesso aos lugares de lazer e
esporte, bem como aos diversos canais de cultura, isto é, jornais, rádio, televisão, etc.
Os fatores ambientais não podem ser vistos de forma isolada, pois o sujeito pode
também reagira esta condição.
Para Weiss (1992), são múltiplos os fatores que determinam a aprendizagem ou não
aprender. O psicopedagogo, no diagnóstico/interativo, procura observar as condições de
aprendizagem e de não aprendizagem, levantando hipóteses, reavaliando-as, reformulando-as
constantemente com base no trabalho reflexivo, investigador e questionador.
A psicopodagogia com o qualquer outra área da saúde, implica num trabalho a nível
preventivo ou curativo.
caracterizado por diversas etapas, que seguem um padrão, em idades mais ou menos
determinadas. São os estágios que descrevem a evolução do raciocínio que foram assim
identificados, de acordo com Piaget:
Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos) – Nesta fase a criança explora o mundo através dos
sentimentos, isto é, ela precisa tocar, provar os objetos. Essa exploração não é intencional,
ocorre acidentalmente, por reflexos. O comportamento é basicamente motor,
A criança não diferencia o seu eu do meio que a rodeia: ela é o “centro” e os objetos
existentes em função dela. No final desse período, após vários estágios, a criança então é
capaz de responder a objetos que não está vendo diretamente, o que significa que para ela os
objetos têm já uma realidade cognitiva além da realidade física.
A noção de espaço, adquirido por volta dos 2 anos, antecede a noção de tempo,
surgindo por volta dos 4 anos. A criança não consegue ainda entender transformações, mesmo
que elas ocorram na sua presença.
Estágio das Operações Concretas (7 aos 11/12 anos) – Neste estágio a criança usa a lógica
e o raciocínio de um modo elementar, unicamente aplicado na manipulação de objetos
concretos. As operações mentais ainda incidem sobre objetos (por isso são chamadas
concretas), e estão ainda próximas da ação de onde derivam.
ela sente dificuldade de perceber a verdade do ponto de vista do outro. A criança consegue
coordenar estes pontos de vista e integrá-los de modo lógico e coerente. No plano afetivo,
isto significa que ela será capaz de cooperar com outros, de trabalhar em grupos e ao mesmo
tempo, de uma autonomia pessoal, o que possibilita isto, no plano intelectual, é o surgimento
de uma nova capacidade mental da criança: as operações, isto é, ele consegue realizar uma
ação física ou mental dirigida para um fim (objeto) e revertê-la para o seu início. Ex.: Num
jogo de quebra-cabeça, próprio para a idade, ela consegue, na metade do jogo, descobrir um
erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde corrigiu, terminando-o (Novaes, 1980).
Neste estágio (Operações Concretas), podemos dizer que: “em nível de pensamento, a
criança consegue: a) estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
b) seqüenciar idéias ou eventos; c) trabalhar com idéias sob dois pontos de vista,
simultaneamente; d) formar o conceito de número (no início do período, sua noção de
número está vinculada a uma correspondência com o objeto concreto) (Kaplan, 1997)
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Estágio Operacional Formal (abstrato) (12 à fase adulta) – Nesta fase o indivíduo tem
seus poderes de pensamento multiplicados, sai do pensamento concreto para o formal ou
hipotético dedutivo. Usa o raciocínio lógico, aplicando-o às mais diversas situações (Kaplan,
1997).
De acordo com Kaplan (1997), é nessa fase que se criam filosofias políticas,
programas de vida, mas quase sempre limitando-se ao próprio mundo íntimo e secreto, talvez
por medo de contestação, já que como na infância, há o egocentrismo, só que agora ele é
intelectual.
A criança pensa concretamente sobre cada problema à medida que a realidade propõe,
não formulando teorias gerias. Ao contrário, o que surpreende no adolescente é o seu interesse
por problemas inatuais, sem relação com a realidade do dia-a-dia, existindo também aqueles
que antecipam com ingenuidade desconcertante, as situações futuras do mundo, muitas vezes,
quiméricas, tendo uma facilidade incrível de elaborar teorias abstratas. Existem alguns que
criam uma filosofia, uma política, outros não escrevem, mas falam. A maioria fala pouco de
suas produções pessoais, limitando-se a guardá-las de maneira íntima e secreta. Mas todos
têm a necessidade de, em um ponto ou outro, transformar o mundo (Moraes, 1989).
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afetiva e as significações, onde o indivíduo pode dizer como sente o seu mundo. É o que se
chama de emoções e afetividades.
Não devemos ignorar as diferenças que essas crianças provenientes da classe popular
traz em relação à criança da classe dominante, mas trabalha a partir dessas diferenças,
priorizar a positividade e o que há de específico nelas, e se orientar melhor o processo de
ensino (Behrman, 1994).
Verifica-se que o fracasso escolar fica em generalizações muito amplas que não
chegam ao dia-a-dia da escola, à situação do aluno na sala de aula.
A criança que tem dificuldade para aprender, mostra que ela não só é capaz de
aprender, mas também apresenta uma especificidade própria de pensamento, diretamente
relacionada à sua classe social de origem.
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De acordo com Behrman (1994), aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o
tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. Para que haja sucesso na aprendizagem, é
fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno de
maneira que a situação escolar possa dar conta de todas as questões da ordem efetiva. Mas
isso não fica garantido apenas e exclusivamente pelas ações do professor, embora sejam
fundamentais dada a autoridade que ele representa, mas também deve ser conseguido nas
relações entre os alunos. O trabalho educacional inclui as intervenções para que os alunos
aprendam a respeitar diferenças, a estabelecer vínculos de confiança e uma prática
cooperativa e solidária.
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Atualmente, o assunto tem sido questionado por parte de pais e professores não só no
que diz respeito ao domínio da escrita da língua propriamente dita com no tocante às
repercussões de sua aprendizagem nos vários aspectos da escolaridade. O problema da leitura
ocupa atualmente o centro das discussões sobre a renovação do ensino. Se hoje a leitura é
focalizada também em sua função de mediadora da aprendizagem escolar, as tentativas de
reorganizar seu ensino para torná-los mais eficientes não são recentes.
É possível que a freqüência das dificuldades específicas possa assim ser considerada
em temos da distância entre escrita e pronuncia, entretanto a presença de problemas com a
aprendizagem da leitura em geral não é exclusiva de algumas línguas em particular.
Por outro lado pode-se observar o fato de serem as classes consideradas "fracas"
atribuídas a substitutos ou a professores que provavelmente entrarão em licença no decorrer
do ano letivo; quando isso ocorre, observa-se a atribuição ao professor do ano anterior, com a
utilização dos mesmos procedimentos de ensino, a mesma “cartilha”, enfim, falta ainda o
enfoque necessário para a adequação metodológica que a situação requer.
Com o esses problemas são em grau mínimo, passam comumente identificados por
pais e professores, até que , dois ou três anos depois de iniciada a escolaridade, estas crianças
são apontadas como portadoras de problemas de comportamento onde surgem problemas
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O primeiro passo é mostrar a importância do ato de ler. Uma criança que vive em um
meio iletrado não percebe como a escrita é utilizada. Ela não ouve, os pais contando uma
história de um livro.
Topczewski (1999), diz que normalmente, as crianças com TDAH apresentam uma
história de vida desde a idade pré-escolar com a presença de sintomas, ou, pelo menos, um
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de vida. Por isso, entre outras razões, que o conhecimento de desenvolvimento normal de
crianças é fundamental para a avaliação de psicopatologia nesta faixa etária. A literatura
indica que os sintomas de hiperatividade diminuem na adolescência, restando, de forma mais
acentuada, os sintomas de desatenção e de impulsividade (Correa Filho, 1998).
As crianças com TDAH são freqüentemente acusadas de "não prestar atenção", mas
na verdade elas prestam atenção a tudo. O que não possuem é a capacidade para planejar com
antecedência, focalizar a atenção seletivamente e organizar respostas rápidas.
As dificuldades na escola não surgem só pela falta de atenção, mas também por
distúrbios viso-perceptivos.
2.6.1 Causas
de base neurológica para o TDAH é que baixos níveis de catecolaminas resultam em uma
hipoativação desses sistemas. Portanto os indivíduos afetados não podem moderar sua
atenção, seus níveis de atividade, seus impulsos emocionais ou suas respostas a estímulos no
ambiente tão efetivamente quanto as pessoas com sistemas nervosos normais.
médica, escolar, familiar, social e psiquiátrica da criança deve ser obtida com os pais. Em
crianças pré-púberes, as quais muitas vezes têm dificuldades para expressar verbalmente os
sintomas, a entrevista com os pais é ainda mais relevante. Com a criança ou adolescente, uma
entrevista adequada no nível de desenvolvimento deve ser realizada, avaliando-se a visão da
criança sobre a presença dos sintomas da doença. É fundamental a lembrança de que a
ausência de sintomas no consultório médico não exclui o diagnóstico. Essas crianças são
freqüentemente capazes de controlar os sintomas com esforço voluntário, ou em atividades de
grande interesse. Por isso, muitas vezes, conseguem passar horas na frente do computador ou
do videogame, mas não mais do que alguns minutos na frente de um livro em sala de aula ou
em casa. Tanto na entrevista com os pais, quanto naquela com a criança, é essencial a
pesquisa de sintomas relacionados com as comorbidades psiquiátricas mais prevalentes. Ao
final da entrevista, deve-se ter uma idéia do funcionamento global da criança. A presença de
sintomas na escola deve ser avaliada através de contato com os professores e não somente
pelas informações dos pais, pois ou últimos tendem a extrapolar informações sobre os
sintomas em casa para o ambiente escolar.
2.8 Tratamento
Ainda de acordo com o autor, existem mais de 150 estudos controlados, bem
conduzidos metodologicamente, demonstrando a eficácia destes fármacos. A dose terapêutica
normalmente se situa entre 20 mg/dia e 60 mg/dia (0,3 mg/kg/dia a 1 mg/kg/dia). Como a
meia-vida do metilfenidato é curta, geralmente utiliza-se o esquema de duas doses por dia,
uma de manhã e outra ao meio dia. Cerca de 70% dos pacientes respondem adequadamente
aos estimulantes e os toleram bem (Guardiola, 1994). Essas medicações parecem ser a
primeira escolha nos casos de TDAH sem comorbidades e nos casos com comorbidade com
transtornos disruptivos, depressivos, de ansiedade, da aprendizagem e retardo mental leve.
O autor afirma, ainda, que mais de 25 estudos apontam a eficácia dos antidepressivos
tricíclicos (ADT) no TDAH. Existem, na literatura mundial, alguns relatos de morte súbita em
crianças em uso de desipramina. Muito provavelmente, essas mortes não se relacionem
diretamente ao uso da medicação. Entretanto, por cautela, deve-se sempre monitorizar, através
de eletrocardiograma, qualquer criança recebendo ADT, antes e durante o tratamento.
Razera (2001), destaca que alguns estudos também demonstram a eficácia de outros
antidepressivos no TDAH, principalmente a bupropiona. A dosagem de bupropiona utilizada
é de 1,5 mg/kg/dia a 6 mg/kg/dia, divididos em 2 a 3 tomadas; doses acima de 450 mg/dia
aumentam muito o risco de convulsões, que é a principal limitação para sua utilização. Seus
principais efeitos colaterais são agitação, boca seca, insônia, cefaléia, náuseas, vômitos,
constipação e tremores.
ela tem sido associada aos estimulantes, principalmente nos casos em que o uso isolado dos
últimos produz alterações do sono ou rebote sintomatológico no final do dia.
Relatos sobre adultos com TDAH mostram que eles enfrentam problemas sérios de
comportamento anti-social, desempenho educacional e profissional pouco satisfatório,
depressão, ansiedade e abuso de substâncias tóxicas (Razera, 2001).
A maioria dos adultos de hoje que não tiveram diagnóstico quando crianças,
cresceram lutando com uma deficiência que demonstra sintomas similares aos apresentados
pelas crianças. São freqüentemente inquietos, facilmente distraídos, lutam para conseguir
manter o nível de atenção, são impulsivos e impacientes e, por isso, no ambiente de trabalho
não conseguem alcançar boa posição profissional compatível com sua educação familiar ou
habilidade intelectual.
Pelo exposto, verificamos que o diagnóstico de TDAH pede uma avaliação ampla.
Não se pode deixar de considerar e avaliar outras causas para o problema. Para tanto, é
preciso estar atento à presença de distúrbios concomitantes.
quais os canais mais competentes, através dos quais deveremos enfatizar os esforços
terapêuticos.
A impulsividade da criança com TDAH é anormal: não consegue parar de mexer nas
coisas, diz coisas fora de hora, mesmo sabendo que não deveria dize-las. Seus impulsos
colocam-na em constantes conflitos com os pais, colegas e professores. Seu descontrole
emocional é demonstrado pela irritabilidade, pela agressividade e pelo choro. Tem mudanças
freqüentes e inesperadas de humor. Assusta-se e entra em pânico por motivos tolos. Algumas
são retraídas, inibidas e frustram-se com facilidade; são incapazes de concentrar-se na ação;
perdem o interesse quando utilizam materiais que exigem esforços de conceitos.
b. a impulsividade
c. impossibilidade de se concentrar.
O autor destaca que professores que possuam alunos que apresentam problemas de
hiperatividade devem ter muita paciência e disponibilidade, pois eles precisam de muita
atenção. A criança hiperativa geralmente possui baixa auto-estima pelo fato de apresentar
dificuldades na concentração e os professores que não conhecem os problemas relacionados
ao TDAH consideram-na como exemplo negativo para os demais alunos.
b. Dar tarefas curtas ou intercaladas, para que elas possam concluí-las antes de se
dispersarem;
e. Valorizar a rotina, pois ela deixa a criança mais segura, mantendo sempre o
estímulo, através de novidades no material pedagógico;
f. Permitir que elas consertem os erros, pedindo desculpas quando ofender algum
colega ou animarem a bagunça da classe;
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h. Pedir a elas que repitam o comando para ter certeza de que escutaram e
compreenderam o que o professor quer;
i. Dar uma função oficial às crianças, como ajudantes do professor; isso faz com que
elas melhorem e abram espaços para o relacionamento com os demais colegas;
Razera (2001), destaca que o sucesso em sala de aula, freqüentemente, exige uma
série de intervenções. A maioria das crianças com TDAH, pode permanecer na classe normal,
com pequenos ajustes na sala, como a utilização de um auxiliar ou programas especiais a
serem usados fora da sala de aula. As crianças com problemas mais sérios exigem salas de
aula especiais.
Uma sala de aula eficiente para crianças desatentas deve ser organizada e estruturada.
Primeiramente, o professor deve estar preparado o suficiente para receber uma criança
portadora de TDAH e procurar conhecer melhor o quadro da disfunção, para saber como lidar
com ela. Depois, um programa de reforço baseado em ganhos e perdas, deve ser parte
integrante do trabalho de classe. A avaliação do professor deve ser freqüente e imediata.
As tarefas devem variar, mas continuar sendo interessantes para o aluno, assim como
a criatividade e habilidade do professor mediante às tarefas. Os horários de transição
(mudanças de tarefas) das crianças devem ser supervisionados. A comunicação entre pais e
professores deve ser freqüente. Os professores também precisam ficar atentos ao quadro
negativo de seu comportamento. As expectativas devem ser adequadas ao nível de habilidade
da criança e deve-se estar preparado para mudanças.
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Razera (2001), destaca que no rol de intervenções específicas que o professor pode
fazer para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula, apresentam-se as
seguintes:
d. Dar responsabilidades que elas possam cumprir, fazendo com que se sintam
necessárias e valorizadas;
h. Comunicar-se com os pais da criança porque, geralmente, eles sabem o que tem
melhor funcionamento com seu filho;
i. Ir devagar com o trabalho e parcelar a tarefa. Doze tarefas de cinco minutos cada,
trazem melhores resultados do que duas tarefas de meia hora;
3 METODOLOGIA
Os dados contidos nesta pesquisa foram obtidos a partir de livros, revistas, internet
(home-page, e-mail), pesquisas, e materiais de cursos.
CONCLUSÃO
Outro aspecto que deve ser considerado, é que a característica básica deste transtorno
é a falta de persistência em atividades que requeiram atenção. Essas crianças tentam fazer
várias coisas ao mesmo tempo e além de não acabarem nada, deixam tudo desorganizado.
Este problema incide mais sobre meninos do que sobre meninas, sendo detectável em torno
dos cinco anos de idade, ou antes, na maioria das vezes. O diagnóstico fica mais fácil depois
que a criança entra para a escola, porque aí a comparação com outras crianças é natural,
evidenciando-se o comportamento diferente. Mesmo aquelas crianças consideradas muito
inquietas antes de entrarem para o colégio, podem ficar comportadas e participativas; somente
as crianças com algum transtorno não se adaptam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NOVAES, Maria Henela. Psicologia escolar. 6 ed. Petrópolis: Vozes Ltda, 1980.
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica. Uma visão diagnóstica. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1992.