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Petição - Ação de Cobrança - Servidor X Município Timbiras
Petição - Ação de Cobrança - Servidor X Município Timbiras
LICENÇA-PRÊMIO
I- PREFACIALMENTE
1. DA REPERCUSSÃO GERAL
Art. 5º (omisses)
[...]
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
Desta forma, resta comprovado o direito da Autora de ser beneficiada pelo princípio
do acesso à justiça, sendo declarada isenta do pagamento de custas processuais no decorrer do
trâmite processual.
Cumpre ressaltar ser muito provável que o Município Réu apresente proposta de
acordo em audiência de conciliação. A um, porque em casos semelhantes já ocorrera tal pleito, e
ainda, constitui mecanismo de estímulo à autocomposição das partes na fase inicial do processo,
antes mesmo da dilação probatória; a dois, porque sua procuradoria possui autonomia para
lançar proposta de acordo (Lei n.º 005/2022). Nesse interim, requer, portanto, a realização da
audiência de conciliação prevista no caput do artigo 334, do Novo CPC, nos termos do artigo
334.
4. DO MARCO PRESCRICIONAL
Vale ressaltar que a Autora não usufruiu das licenças-prêmio por falta de
adequação junto ao calendário escolar e por pouca demanda de funcionários perfazendo-se por
toda a sua carreira no magistério.
5. DA LICENÇA-PRÊMIO
A Autora foi professora da Rede Pública de Ensino do Município de Timbiras,
Estado do Maranhão, cujo início da atividade laborativa se deu em 01 de março de 1980.
Portanto, após 37 (trinta e sete) anos de serviço público a Requerente não gozou os períodos de
licença-prêmio, mesmo possuindo direito a 7 (sete) períodos. Desta feita, tem direito subjetivo a
7 (sete) períodos de licença-prêmio, o que corresponde a 21 (vinte e um) meses de afastamento
remunerado.
Corrobora o entendimento acima o artigo 85, da Lei n.º 18/93, no tocante ao tempo
do pedido:
Ora, resta claro que a Requerente cumpriu todos os requisitos necessários à fruição
do gozo de seu direito, e, ainda, não se enquadrou em nenhuma das objeções previstas no
artigo 86, do mesmo diploma legal.
Por conseguinte, conforme previsão legal, tomando por base sua última
remuneração bruta, qual seja, R$ 1.264,95 (um mil duzentos e sessenta e quatro reais e noventa
e cinco centavos) faz jus a Autora dos seguintes valores:
O Município Réu entende que para ter direito ao gozo ou recebimento da licença-
prêmio, o pedido deve ser efetuado dentro do prazo de 360 dias após completar o quinquênio.
Ocorre que, conforme dito acima tal entendimento é equivocado, não podendo ser
aplicado ao caso da licença-prêmio e caducidade.
[...] A irresignação não merece prosperar, haja vista que o acórdão recorrido
está em sintonia com a jurisprudência deste Tribunal no sentido de ser
possível a conversão em pecúnia de licenças prêmio não gozadas por
aqueles que não mais podem delas usufruir, sob pena de indevido
enriquecimento do Poder Público em detrimento de seu servidor.
III- DO DIREITO
Excelência, é lícito e devido que o direito adquirido pela Requerente aos períodos
de licenças-prêmio seja convertido em pecúnia, sob pena de restar configurado o enriquecimento
sem causa do Município Réu.
IV- DO PEDIDO
a) Em cumprimento ao que dispõe o art. 319, VII, do CPC, a Autora informa interesse
na realização de audiência de conciliação ou mediação;
c) Que Vossa Excelência determine que o Município Réu leve aos autos as
informações referentes a vida funcional da Requerente;
Nesses termos,
Pede deferimento.