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Sophia

Sabia que seria vendida pelo meu pai.

Uma noiva se oferece para fazer uma aliança ou fechar um acordo.


Mesmo assim, ainda mantinha a esperança de viver livre das famílias. Mas
quando sou entregue a Antonio Tuscani, percebo que meus pequenos sonhos
de escapar dessa vida eram apenas isso, sonhos.

Conformada, aceito meu destino... Até que um chefe de olhos ferozes,


Nick DaVinci, aparece no dia do meu casamento para exigir uma vingança
letal.

Nick

Vim buscar sangue toscano e a peguei.

A noiva com olhos de corça em seu vestido branco e véu de inocência


não pisca quando faço o que nasci para fazer. Sou o chefe da família mafiosa
mais poderosa da cidade e não cheguei aqui poupando inimigos.

Mas o comportamento de Sophia me intriga, e logo percebo que ela é


muito mais do que uma princesinha da máfia. Ela é uma rainha, e não há nada
que eu não faria para mantê-la ao meu lado.
Nota de Mink: Aconchegue-se com seu felino favorito para este
HEA seguro, doce, fumegante, um pouco escuro e muito sonhador.
Royal Loves Séries by Mink
LIVRO #01
Capítulo Um
Sophia

A maioria das meninas sonha com o dia do seu casamento. Não foi
diferente comigo enquanto crescia. É engraçado como sua juventude
cega você para a realidade. Talvez se tivesse nascido em uma família
normal, ainda estaria fantasiando sobre meu grande dia, mas não nasci.
Nasci uma Scalingi. Não demorei muito para perceber que minha
família era diferente. Não seguimos as mesmas regras que todos os
outros. Até as crianças da escola ficavam longe de mim. Ouvia seus pais
sussurrando para não brincarem comigo. Isso só me empurrou para
ficar com minha própria família e as pessoas que a acompanhavam.
Eles eram tudo que eu tinha. Tudo que conhecia. Não é minha culpa
que a maioria dos membros da minha família não são boas pessoas.
Não escolhi essa vida e nunca iria escolher.

Deito na cama olhando para a bolsa de roupas que está pendurada


no meu armário e meu estômago revira com o que está por vir. Quero
correr, mas sei que não é uma opção. Para onde iria? Eles me
encontrariam, não importa onde me escondesse. Não há como escapar
desta vida. Eles sabem que não posso escapar. Nunca deixaria meu
irmão mais novo, Marco, para trás. Tenho certeza de que eles o usariam
contra mim.
Inferno, pelo que sei, ele poderia se tornar como nosso próprio
pai e avô um dia, mas agora, ele é a única pessoa que amo de verdade
nesta terra. Ainda há esperança de que Marco cresça e seja diferente
daqueles homens cruéis. Ele é a única coisa que pode me machucar, e
todos sabem disso. Eles não o usaram como uma ameaça, mas não
hesitariam se eu decidisse resistir a sua autoridade. Não há uma linha
que meu pai não cruzaria para conseguir o que quer. Não preciso ouvir
as regras para saber quais são. Então faço o que devo fazer. Sabia que
esse dia chegaria, o dia em que seria vendida para um homem à
procura de uma princesa da máfia. É comum que as filhas se casem, é
como se eles estivessem contando os segundos até eu completar
dezoito anos para me entregar. Mas isso não importa. Aceitei meu
destino em nome de dar uma chance a Marco.

Não quero me casar com Antônio Tuscani, mas meu avô tem
outros planos para mim. Quase não tenho estômago para ficar no
mesmo quarto que meu noivo vil, mas vou caminhar até o altar para
dar-lhe minha mão em casamento em apenas algumas horas. Tudo para
agradar a minha família. Tudo para ser leal. Tudo por Marco. Os
casamentos na minha família não são sobre amor, mas sobre poder e
posição. Sou um peão neste jogo de xadrez. Meu avô, Pasquale, ao me
usar, garantirá a posição de nossa família, e meu pai, Lorenzo, fará tudo
o que meu avô mandar. De qualquer ângulo, estou ferrada.
Não querendo mais olhar para a bolsa, viro-me. Uma lágrima
escapa do meu olho, mas rapidamente a enxugo. Não adianta chorar
porque não vai mudar nada.

Meu nome de família é muito importante para mim. Fui criada


para honrá-lo e é isso que pretendo fazer. Isso é o que nos dizem
repetidamente à medida que crescemos. Nada mais importa. Não há
lealdade exceto para com a família. Estou tão atolada nisso que sempre
é uma batalha interna determinar o certo do errado. Essa é a loucura
em famílias como a minha. Falamos de lealdade, amor e respeito, mas
essas coisas só se aplicam se você fizer o que te mandam fazer.

Sento-me, sabendo que preciso me preparar. Casamentos normais


como esses entre duas famílias poderosas seriam duas vezes maiores
do que o que estou tendo. Havia apenas duzentas pessoas convidadas
para assistir ao enlace Scalingi e Tuscani. Apenas a cúpula de nossa
sociedade mereceu um convite para a fusão. É assim que venho
chamando este casamento na minha cabeça, uma transação comercial.
Uma fusão de fortunas e nomes antigos. Este casamento nos
solidificará como uma das famílias mais poderosas. É por este motivo
que eles estão correndo para fazer isso. Pelo menos é o que acho. Não
estou a par de nenhum desses detalhes porque não tenho permissão
para fazer tais perguntas. Mesmo que seja uma ocasião menor,
nenhuma despesa será poupada. Temos uma imagem a manter. Estou
surpresa que meu quarto já não esteja sendo bombardeado por
pessoas contratadas para me preparar.
Pego meu Kindle e o escondo embaixo do travesseiro antes de ir
para o banheiro. Amo meus livros, o único feliz para sempre que devo
esperar é aquele sobre o qual vou ler. Mas meu pai tenta desencorajar
meu hábito de leitura. Não gostaria que eu tivesse nenhuma “ideia” ou
algo parecido.

Paro quando vejo meu próprio reflexo no espelho. É como se


minha mãe estivesse me olhando. Aproximo-me dele, estendendo a
mão para tocá-lo. É um lembrete de como éramos parecidas. Meu
coração dói porque ela não estará aqui hoje. Sei que ela não teria sido
capaz de impedir que esse casamento acontecesse, mas também sei
que poderia ter me apoiado nela. Ela teria me feito sentir melhor de
alguma forma. Ela sempre fez isso, sempre esteve lá por mim.

Então, um dia, ela se foi sem explicação. Faz quanto tempo? Foi há
quase cinco anos. Ainda não aceitei que ela não voltará.

Engulo, lutando contra as lágrimas. Não chorarei. Disse a mim


mesma que não faria isso, mas essas lágrimas não são por causa do
casamento forçado que estou prestes a iniciar, mas por tudo o mais que
será forçado sobre mim esta noite. Elas são pela minha inocência, que
será roubada por um homem que detesto, e pela mãe que se foi, aquela
que suspeito que foi tirada de mim. Mantenho as lágrimas sob controle
e procuro minha raiva. Sempre funciona. Isso ajuda a me manter
entorpecida. Não sei quem a tirou de mim, mas sei que foi alguém
dentro dessas paredes. Meu avô ou meu próprio pai. Nenhum deles
parecia afetado por sua ausência. Eles continuaram com suas vidas
como se ela nunca tivesse existido.

Não pude esquecê-la, não conseguia entrar na linha e fingir que


sua ausência era normal. Então perguntei uma vez. Ainda tenho a
pequena cicatriz na minha testa, onde meu pai me deu um tapa com as
costas da mão. Um de seus anéis espalhafatosos deixou aquele pequeno
presente bem na linha do cabelo. Posso facilmente esconder a marca
com cabelo. Costumo esconder. Outras vezes, deixo aparecer porque
sei que deixa meu avô zangado. Não que meu pai tenha me batido, é
claro, mas que ele deixou uma marca. Pasquale Scalingi não queria que
ninguém danificasse a mercadoria e frustrasse seu plano de me vender
pelo lance mais alto.

Viro-me quando ouço uma batida dupla suave. É a assinatura do


meu irmão mais novo. Quando abro, ele parece tão animado quanto
estou hoje. Se não fosse por ele, provavelmente eu teria tentado fugir.
Posso não saber o que aconteceu com minha mãe, mas sei que se ela
tivesse a oportunidade de ter as últimas palavras comigo, teria me dito
para proteger meu irmão. Ela não precisava dizê-las para eu saber.
Quando se trata de lealdade e desta família, a minha lealdade está com
minha mãe, embora ela não esteja aqui. Talvez um dia tenha a chance
de descobrir o que aconteceu com ela. Para obter minha própria
vingança em seu nome. Só esse pensamento é o que sempre me lembra
que sou realmente uma Scalingi.
“Como você está?” Marco pergunta.

Finjo um sorriso. “Estou bem.”

“Mentirosa,” diz antes de passar por mim e entrar no meu quarto.


Pode ter apenas quinze anos, mas já é maior que nosso pai. Inferno, ele
é maior do que meu futuro marido. Temo todos os dias que Marco se
transforme em um deles, um dos homens duros que não se importa
com nada além de poder. É então que as linhas realmente começam a
se confundir para mim. Amo meu irmão, e ele provavelmente poderia
fazer um monte de coisas complicadas e continuaria a amá-lo. Ainda
assim, sei no meu coração que ele é diferente.

Ele franze a testa para o meu vestido, em seguida, esfrega a mão


pelo rosto. “Odeio essa merda.”

“Não comece.” Aponto meu dedo para ele. “Isso tem que ser feito.
Se não fosse Antônio, teria sido outra pessoa.”

“Puta merda.” Meu irmão anda para frente e para trás na frente da
cama. Agarro seu braço e mantenho minha expressão, deixando-o
saber que estou falando sério, mostrando a ele que isso é o que precisa
ser feito.

“Está bem.”
Marco para de andar para me olhar, e posso ver facilmente que
não está “bem” de jeito nenhum. Não para ele. Não para mim. “Você
parece a mamãe.”

Desvio o olhar do Marco e engulo o nó na garganta. Não o deixarei


ver que estou com medo de hoje.

Ele se parecesse mais com nossa mãe do que com nosso pai, mas
também tem aquele sangue Scalingi nas veias. Marco pode ser
imprudente, e isso é a última coisa que quero hoje. Se ele permitir que
suas emoções o dominem, colocará sua vida em risco. Acho que minha
mãe era imprudente. Talvez ela tenha tentado fugir. Só Deus sabe o que
realmente aconteceu, mas não posso arriscar que algo aconteça com
Marco. Nenhum de nós pode se dar ao luxo de seguir nosso coração.

“Você os comprou para mim?” Pergunto, mudando de assunto.


Este casamento está acontecendo não importa o que aconteça. Não há
sentido em insistir nisso agora. A ação está praticamente cumprida.
“Marco, por favor, diga-me que você tem o que preciso.”

“Você me faz sentir como um traficante de drogas.” Ele pega uma


sacola e me entrega.

“Tenho certeza de que nossa família inteira é um bando de


traficantes de drogas,” meio que brinco enquanto pego a sacola dele.

“Ainda é estranho pegar pílulas anticoncepcionais para minha


irmã.”
Não discordo, mas uma garota tem que fazer o que uma garota
tem que fazer. Não trarei um bebê a este mundo. Quando descobri que
teria que me casar, imediatamente falei com meu irmão sobre como
consegui-las. Ele não perguntou por quê. Ele sabia. Marco entendeu e
então pegou os comprimidos, apesar dos riscos.

Ele se inclina, beijando-me na testa. “É muito errado, Soph.”

“Eu sei.” Deixo meus olhos lacrimejarem por apenas um momento,


então endireitei minha espinha. “Não faça nada estúpido. Vou me casar
e é assim que as coisas serão.”

“Antônio é um pedaço de merda,” Marco murmura.

Não sei muito sobre meu noivo. O que sei, não gosto. Meu pai fez
um bom trabalho me escondendo depois que minha mãe desapareceu.
Só ouvi trechos sobre o chefe da Tuscani, junto com as coisas que meu
irmão compartilhar comigo.

Marco é duro, mas sofre como eu. Ele a perdeu da mesma forma, e
agora é um menino que é mais homem do que deveria. Quero dizer a
todos eles, meu pai, meu avô e meu noivo, que todos são uma merda,
mas deixo passar como ele precisa fazer.

“Deixe pra lá,” sussurro, então limpo a garganta. “Tenho que me


preparar.” Empurro Marco em direção à porta. “Vejo você na igreja.”
Mais uma vez forço um sorriso. Ele não sorri. Ele mostra sua raiva. Isso
é perigoso.
“Controle-se,” grito para ele.

“Aí está. Parecendo mamãe de novo.”

Desta vez, meu sorriso não é falso. Vou levar tudo da minha mãe
que conseguir hoje. Vou precisar dela.
Capítulo Dois
Nick

Ela senta com a cabeça baixa, o véu transparente ainda cobrindo


seus cabelos escuros.

Coloco a pistola no coldre e ajusto o paletó.

Ela não levantou os olhos.

Não quando entrei na sala.

Não quando dei o tiro que matou seu novo marido.

Nem mesmo quando ele caiu de cara no prato de salada.

Ela ainda está sentada lá agora, enquanto ando ao redor da mesa


me aproximando.

Seu casamento foi lindo. Ninguém poderia discutir isso. Sentei-me


na última fila e observei a jovem noiva de cabelos escuros caminhar
incerta pelo corredor. A catedral estava cheia, todos os escalões
superiores das sete famílias presentes.
Ela fez como todas as boas filhas da máfia fazem, deu sua palavra
de amar e cuidar do pedaço de merda cujo sangue agora mancha o
tapete.

Mas estou divagando. O casamento. Era menor do que o normal,


mas ainda assim exagerado. Como chefe da família DaVinci, esperava-
se que eu comparecesse. Então vim.

O que eu não esperava era a traição que aconteceu.

Mas está resolvido. Olho para o crânio quebrado de Antônio e


sorrio. Agora, existem apenas seis famílias.

Vou tomar todos os homens de Antônio Tuscani como meus,


executar os desleais e continuar com os negócios como de costume. Se
as outras famílias questionarem minhas ações, elas são bem-vindas
para abordar o assunto na próxima reunião.

Até então, sou o deus da família Tuscani e, por extensão, da jovem


noiva cujo marido acabei de assassinar.

“Apenas faça.” Sua voz é tão monótona, como a superfície de um


lago escuro e frio.

Fico atrás dela, meu olhar vagando pela cascata perfeita de seu
rico cabelo, a inclinação de seus ombros pálidos, a fileira de botões nas
costas de seu vestido. Poderia arrancá-los com facilidade. Poderia. Mas,
como seu marido falecido aprendeu, só porque você pode fazer algo,
não significa que deve. Ele não deveria ter tentado roubar meu
principal fornecedor de cocaína. Ele não deveria ter pressionado as
famílias para conceder a ele minha parte no ringue de luta subterrâneo.
Mas ele poderia fazer essas coisas. E ele fez. E agora está morto, e sua
noiva envergonhada é um despojo de guerra.

“Eu disse vá em frente e faça isso.” Aquela voz de novo, os tons


doces tão tristes que são assustadores.

Estendo a mão e arrasto meus dedos por seu véu. “E o que você
quer que eu faça?”

Ela não se move.

“Com medo, cara mia?”

“Preparada.”

“Preparada para...” Enterro os dedos no tecido fino e puxo o véu, o


pente caindo no chão e seus cabelos escuros e ondulados fluindo.

“Simplesmente vá em frente.” Ela se vira para me olhar, o


castanho caramelo de seus olhos como uma adaga que vai direto para
onde meu coração deveria estar.

Mas, como muitos de meus inimigos aprenderam, não há nada lá.


Sem coração. Sem piedade.
Mas existe uma necessidade. É desejo. Ela o desperta com seus
lábios petulantes e olhos grandes.

Essa beleza é minha. Como um insulto final à família Tuscani, vou


possuir esta criatura inocente, dobrá-la e quebrá-la até que ela seja
algo novo. Ela nunca foi feita para o fraco que seu pai a acorrentou
naquele casamento. Antônio não merecia esta noiva. Não está criatura
etérea que se senta diante de mim e me pede para acabar com ela.

Nada disso se encaixa nela. Não o noivo. Não esta casa. Não o
vestido, o cetim pesado, o véu exagerado, a saia enorme, eu odeio. Na
verdade, isso me enoja.

Agarro a parte de trás e rasgo, os botões estourando exatamente


como imaginei, e o tecido se parte com um som áspero que é agradável
aos meus ouvidos.

Ela se inclina para frente, tentando se afastar, mas a puxo


novamente, dividindo todo o caminho até abaixo de sua cintura.

“Tire.” Dou um passo para trás enquanto ela luta para ficar de pé,
então se vira para mim.

Ela segura o vestido rasgado contra o peito. “Pare!”

Gosto mais disso, do fogo em seu tom. Não há mais monotonia. Em


vez disso, há calor lá. Ira.

Quero mais. “Mandei tirar. Não gosto dele.”


“Não.” Ela levanta o queixo. “Se você vai me matar, acabe com isso,
mas não estou aqui para ser seu pequeno show.”

Poderia dobrá-la sobre esta mesa aqui e agora, destruí-la e ir


embora. Eu deveria. Não preciso de mais bagunças do clã Tuscani.

Em vez disso, mantenho minha posição. “Tire.” O tom que uso é o


mesmo que muitos homens ouviram antes de eu matá-los.

Ela não responde, mas seu queixo treme.

“Se você não fizer isso, farei por você.” Eu gostaria disso. Apenas
rasgá-lo nas costas fez meu sangue esquentar.

Com um olhar que poderia quebrar o coração de um homem


normal, ela deixa cair o tecido rasgado e cruza as mãos trêmulas sobre
os seios, embora esteja usando um sutiã branco.

“Melhor. Agora saia dele.”

“Por que?” Ela olha para o meu corpo, desconfiança em seus olhos
caramelo.

“Eu já te disse. Não gosto dele. No momento em que você estiver


fora disso, farei meu associado queimá-lo.” Estalo os dedos e Gio corre
para a sala.

“Chefe?”

“Pegue esse vestido e jogue-o fora junto com Antonio.”


“Sim senhor.” Ele caminha até ela e agarra um pedaço da saia fofa,
então espera que ela obedeça ao meu comando.

“Saia dele.” Movo-me em direção a ela e ofereço a mão.

Ela olha como se fosse mordê-la, mas a pega para que possa lutar
para se livrar da monstruosidade branca. Então ela a solta. Seu toque
suave aqueceu minha pele e flexiono minha mão.

Quando ela está livre, vejo que está usando calcinha branca
recatada e sapatos brancos de salto baixo. Sem renda, sem liga, nada
intencionalmente sexy. Ela não pretendia ter uma noite de núpcias
divertida, embora eu tenha certeza de que Antônio teria fodido com ela
do mesmo jeito.

“Venha.” Estendo a mão novamente.

Ela balança a cabeça enquanto pressiona as coxas com força e


mantém as mãos sobre os seios.

“Não falarei de novo, cara mia.” A observo, apreciando a maneira


como sua cintura se estreita e seus quadris se alargam, as coxas grossas
e os tornozelos pequenos. Ela era mulher demais para Antônio. “Você
não gostará do que acontecerá a seguir se não obedecer.”

“Claro que você vai me bater. Isso é o que o seu tipo faz.” Ela
pressiona os lábios em uma linha fina e me dá a mão.
O pensamento de alguém batendo nela envia uma onda de gelo
em minhas veias. Sou um homem violento, mas levantar a mão para
esta rara beleza com grandes olhos castanhos? Quem ousaria? A
demanda por nomes está na ponta da minha língua, mas então ela
desliza a mão na minha novamente. Seu calor permeia minha pele e
minha sede de sangue desaparece.

A conduzo para fora da sala e em direção à frente da exagerada


mansão de Antônio. “Qual o seu nome?”

“Você não sabe?” Ela continua tentando se cobrir, então eu paro,


desabotoo meu casaco e o coloco sobre seus ombros.

Ela fecha, embora seja enorme para ela, e me olha com surpresa
aberta. “Obrigada.” Diz isso mais como uma pergunta.

“De nada.” Pego a mão dela novamente e continuo andando.


Estamos deixando essa merda para trás. Vou adicioná-la às minhas
posses e liquidá-la, assim como fiz com seu dono, o mais rápido
possível.

“Onde estamos indo?” Ela pergunta enquanto saímos para a noite


fria.

“Isso importa?” Olho-a.

Ela pensa por um momento, então balança a cabeça. “Não.


Suponho que não.”
A ajudo na parte de trás do Mercedes preto, então me movo para
deslizar ao seu lado.

Um tiro estilhaça a janela ao meu lado e caio no chão.

Alcançando dentro do carro, a empurro para o chão, em seguida,


puxo a arma e espreito minha próxima morte. Qualquer homem que
vier até mim enfrentará minha ira.

E um que coloca em perigo essa coisinha linda que agora me


pertence?

Ele já assinou sua maldita sentença de morte.


Capítulo Três
Sophia

Ele desliza para o banco de trás ao meu lado, o cheiro de pólvora


se misturando com sua colônia cara. “Dirija.” Seu tom é frio quando fala
com o motorista, mas quando ele me olha, há um calor em seus olhos.

“O que aconteceu?” Olho para a janela quebrada.

“Eu cuidei disso.” Ele se acomoda no assento e pega o telefone.


Seus dedos grossos batem rapidamente, disparando uma mensagem
que deve ser de raiva. Suponho que sim, visto que alguém acabou de
tentar matá-lo.

Fecho os olhos e puxo sua jaqueta mais apertada ao meu redor.


Pelo menos ele esvaziou a sala antes de arrancar meu vestido do corpo.
Você sabe, depois que ele atirou no meu novo marido. Então, observei o
sangue escorrer para a salada na frente dele como se fosse o molho.
Estremeço com a emoção que percorre meu corpo, porque não é
tristeza, é alívio. Agora estou praticamente nua com um inimigo
desconhecido que me mostrou compaixão o suficiente para ser
confuso.
Ainda não entendo sua urgência em destruir meu vestido de
noiva. Eu também odiei o vestido. É lindo com certeza, mas não para
mim. É muito vistoso e nunca gostei disso. Gosto mais de designs
simples. Roupas simples. Sempre tento passar despercebida, nunca
usando nada que possa chamar atenção extra para mim. Meu vestido
de noiva era o oposto disso. Eu parecia exatamente como uma
princesinha sendo passada para seu príncipe. Exceto que Antonio não
era um príncipe. Se fosse, seria das trevas. Acima de tudo, temia nossa
noite de núpcias. Mais ainda porque sabia como ele ficou zangado
quando o padre disse: “Você pode beijar a noiva,” e virei a cabeça,
apenas dando a ele minha bochecha. Sua boca apenas roçou o lado da
minha, e mesmo isso parecia demais para mim. Não sei por que decidi
cutucar a besta, mas fiz. Então, novamente, suponho que isso realmente
não importa agora. Sou uma viúva, algo que não me deixa triste.

Sem saber quais são seus motivos, serei cautelosa ao redor desse
estranho. Até agora, ele matou meu marido e me despiu. Quase rio de
como toda essa situação é ridícula. Pelo menos ele teve a decência de
me oferecer seu casaco. Isso me surpreendeu por um minuto. Não tinha
certeza se o ouvi corretamente no início. Não depois da maneira como
ele falou comigo antes sobre arrancar o vestido do meu corpo. Agora
ele estava se oferecendo para me cobrir?

Uma risada histérica vem de mim.


Ele levanta uma sobrancelha. “O que é tão divertido, cara mia?
Esperava que você estivesse tremendo de medo, não de riso.”

Sorrio mais porque ele está certo. Rio porque estou mais confusa
com o vestido do que com a morte de Antonio. Deveria estar tremendo
de medo, mas por quê? O que mais este homem pode fazer comigo que
seria pior do que o que meu marido teria feito esta noite em nosso leito
nupcial?

Quando finalmente recupero o fôlego, pergunto: “Por que você


odiou tanto meu vestido?”

“Não 'por que você matou meu marido?'” Ele pergunta de volta.
Seus olhos escuros vagam sobre mim como se ele estivesse tentando
me entender. Finalmente dou uma boa olhada nele. Ele é bonito, se
você gosta do tipo matador.

“Ele era meu marido? Não assinamos o documento final ou...” Faço
uma pausa. “Você sabe. Fizemos a ação.”

Pela primeira vez, o homem, possivelmente meu salvador ou meu


pior pesadelo em breve, dá um sorriso malicioso. “Você quer dizer que
ele não transou com você?”

“Consumou o casamento,” o corrijo.

“Você sempre tem uma boca tão esperta?” Seu tom é neutro e me
pergunto se fui longe demais.
“Você sempre arranca vestidos de mulheres que nem conhece?”
Atiro de volta, em seguida, mordo a língua. O que há de errado comigo?
Primeiro cutuquei Antônio, e agora estou provocando o homem que o
matou. Antônio era um gatinho comparado ao homem ao meu lado.
Não, o assassino de cabelos escuros ao meu lado não é alguém com
quem brincar. Ele claramente tem mais poder do que a minha família e
a de Antônio juntas.

Todos os servos e amigos de Antônio olharam em choque quando


este homem entrou na sala e ordenou que eles saíssem. Apenas
Antônio e eu ficamos. Uma olhada neste assassino e fiz uma oração
agradecida por meu irmão não ter chegado. Ele ainda estava na igreja.

Ele está me observando enquanto minha mente clica primeiro em


um tópico e depois no próximo, como se ele estivesse tentando me ler.
Por fim, ele diz: “Rasgar um vestido não é nada, cara mia. Faço tudo que
eu quero.”

Viro-me para olhar pela janela. Claro que sim. O pequeno lampejo
de esperança que senti desaparece. Não sei por que tive um para
começar. Estou apenas indo de um demônio para outro, ao que parece.
Pelo menos este novo é bonito, seu cabelo negro como o corvo é mais
sedoso do que deveria ser.

“Meu irmão,” digo quando o carro fica silencioso. Debati em trazê-


lo à tona. Não quero que este homem saiba o poder que ele poderia ter
sobre mim com o conhecimento do quanto meu irmão significa. No
entanto, preciso saber que ele está seguro. Sinceramente, não sei se ele
está matando minha família inteira enquanto conversamos. “Por favor,
não o machuque.”

“Não tenho nenhuma disputa com seu irmão. Ele é apenas um


menino, não é?”

“Ele provavelmente terá uma briga com você.” Soltei um longo


suspiro. “Ele virá me procurar mesmo se souber que isso pode fazer
com que seja morto.” Viro-me para o homem cujo nome ainda não sei.
Seu rosto está em branco e não consigo lê-lo. “Farei de tudo para
mantê-lo seguro.” Coloco minhas cartas na mesa.

Ele agarra uma mecha do meu cabelo e a esfrega entre o polegar e


o indicador. “Faça o que estou mandando, cara mia, e vou garantir que
seu irmão esteja seguro.”

“Faça um voto, um juramento.” Inclino meu queixo em desafio.

Suas narinas dilatam com o meu desafio, mas ele fala


uniformemente. “Depois que você fizer seus votos para mim esta noite,
prometo que farei tudo ao meu alcance para manter seu irmão seguro.”

Isso é melhor do que qualquer outra pessoa já ofereceu. Ele dá


isso tão livremente, mesmo quando poderia simplesmente pegar o que
quisesse. Afinal, ele disse que é isso que ele faz.

Mas comigo, ele barganha?


“Que tipo de votos você quer?” Pergunto. Não tenho nada para
dar, especialmente para um homem como ele.

“De casamento.” Ele diz isso de forma tão simples, tão comum
quanto “está ensolarado”.

Começo a rir, mas paro quando vejo que ele está falando sério.
“Uma garota pode se casar duas vezes no mesmo dia?”

“Como você disse, você nunca assinou os papéis. Você nunca


deitou na cama com aquele homem.” Ele se inclina mais perto. “Você já
deitou na cama com aquele homem?” Ele nem mesmo quer dizer seu
nome, percebo.

Dou a ele a verdade embaraçosa. “Nunca deitei na cama com


nenhum homem.”

Ele solta um pequeno rosnado enquanto se inclina mais para


perto. Não me afasto. Digo a mim mesma que é porque não quero
mostrar medo, mas realmente quero saber o que ele fará. É errado,
esse fascínio que está crescendo a cada segundo. Mas ele me
surpreende. E agora, o pedido de casamento me deixou ainda mais
confusa, com mais fome de resolver o mistério do assassino ao meu
lado. Ele corre o nariz ao longo do meu pescoço e me inspira. Meu
corpo aquece instantaneamente, novas sensações crescendo e se
desenrolando dentro de mim.
“Posso sentir o cheiro em você.” Ele belisca minha jugular e
suspiro. “Oh, cara mia. A inocência está em você. Você nem mesmo o
deixou te beijar na cerimônia, deixou?”

Eu me perguntei se alguém percebeu.

Este homem notou.

Viro a cabeça, meu olhar encontrando o dele. Preciso afastá-lo.


Sua boca está fazendo coisas que não deveria estar fazendo comigo. É a
mesma emoção que tive quando ele me tirou vestido e exigiu que fosse
queimado. Meu marido estava morto ao meu lado e fiquei excitada por
seu assassino. Ninguém jamais saberia disso. Só posso admitir para
mim mesma. Essa confissão nunca passaria pelos meus lábios, nem
mesmo na igreja. Porque está errado. Porque me assusta. E talvez
porque isso signifique que estou tão confusa quanto todos os outros em
minha família.

“Ele provou seus doces lábios, cara mia?” Sua voz é um rosnado
contra minha carne. “Diga-me.”

“Não,” suspiro.

Antônio mal tinha levantado meu véu quando começou a pegá-lo.


Não conseguia engolir a ideia de sua boca na minha. Foi estúpido,
porque sabia o que viria horas depois. Bem, pensei que sabia. Agora
tudo mudou.
“Você já beijou um homem?”

Balanço a cabeça negativamente. Minha voz está muito trêmula,


muito ofegante agora. Não consigo falar, não consigo pensar quando ele
beija embaixo da minha orelha. Quantas vezes sonhei com meu
primeiro beijo? Demais para contar. Ficar trancada dá muito tempo a
uma garota. Passei a maior parte desse tempo com meu nariz
pressionado em um livro. Pensei que se eu nunca pudesse ter amor,
poderia pelo menos ler sobre todos os grandes, e eu li. Austen, Bronte,
cada estripador de corpete e romance de alto risco que pude encontrar.
Devorei todos eles. E agora? Agora estou sendo devorada por um
estranho escuro que mata tão facilmente quanto respira.

“Nunca foi provada.” Ele lambe os lábios. “Bom.” Sua boca desce
sobre a minha.

O beijo é duro no começo. Sento-me chocada, sem saber o que


fazer. Todo o meu corpo se ilumina de desejo como nada que já senti.
Não deveria estar sentindo isso. Não com este homem.

Ele rosna contra minha boca, “Abra para mim. Estou recebendo
meu beijo agora. Você não vai desviar a cabeça depois de dizer 'sim'.”

Separo meus lábios, cedendo às suas demandas. Digo a mim


mesma que é porque não tenho outra escolha, mas a verdade é que
quero sentir como é ser beijada por esse homem. Sua mão cava em meu
cabelo.
Ggemo em sua boca enquanto ele aprofunda o beijo. É mais do
que um beijo. É uma afirmação, e sei que ele não estava mentindo. Vou
me casar duas vezes em um dia.
Capítulo Quatro
Nick

Ainda posso sentir o gosto dela. Ela é mais doce do que tudo que
já conheci, e agora ela é minha.

A acompanho até minha casa e chamo Carlotta. “Leve-a para o


meu quarto. Obtenha suas medidas. Peça as roupas que ela quiser. Ela
também vai precisar de um vestido de noiva...”

“Senhor?” Os olhos escuros de Carlotta se arregalam, as rugas em


sua testa transformando-se em sulcos profundos.

“Você me ouviu.” Não grito com ela. Não com Carlotta. Ela serviu à
família DaVinci durante toda a vida.

“Tudo bem.” Ela engole em seco e volta sua atenção para minha
noiva.

“Carlotta, esta é...” Viro-me para a minha noiva. “Seu nome?”

“Você não sabe meu nome?” Ela fica boquiaberta. “M-mas você foi
ao meu casamento.”
“Peço desculpas, cara mia, mas simplesmente fui para
testemunhar o casamento entre as famílias Scalingi e Tuscani. Não
notei particularmente o primeiro nome da noiva.”

“Senhor?” Carlotta torce as mãos. “Você pretende se casar com


uma garota que conheceu em um casamento... Onde ela era a noiva?”

“Isso mesmo.” Dou um tapinha em seu ombro. “Você acertou


perfeitamente. Agora, por favor, acompanhe...” Observo com
expectativa os olhos castanhos caramelo da minha inocente amante.

“Sophia,” diz ela, seus lábios perfeitamente formados acariciando


a palavra. Oh, as coisas que farei com essa boca.

“Por favor, acompanhe Sophia ao meu quarto e faça todos os


preparativos para uma pequena cerimônia a ser realizada aqui esta
noite, digamos às sete horas. Os chefes de todas as famílias serão
convidados, com especial atenção aos Scalingis. Certifique-se de que
eles recebam o convite primeiro.” Inclino-me e pressiono um beijo na
cabeça de Sophia. “Vá agora. Prepare-se.”

“E-eu não sei o seu nome.” Ela agarra minha jaqueta em volta dela.

“Nick DaVinci.”

Seus olhos se arregalam. “Você é o chefe da família DaVinci.”

“Correto, cara mia. Bem-vinda ao meu reino.” Aceno uma mão


para minha grande propriedade, o lustre no alto cintilando e o piso de
mármore polido brilhando. “Você será uma linda rainha, mas, por
enquanto, devo trabalhar.” Inclino-me para perto, meus lábios
pressionando contra sua orelha. “Sou o único que governará seu corpo,
e pretendo solidificar minha reivindicação esta noite. Prepare-se.”

Um arrepio percorre seu corpo, e sei, assim como sei quando um


homem quer me matar, que ela me quer entre suas coxas. Em breve.

Estalo os dedos, e Carlotta se apressa e pega o cotovelo de Sophia,


em seguida, a conduz pela escada curva até o quarto principal.

Uma vez que ela está fora de vista, caminho em direção meu
escritório. Gio abre a porta e me segue para dentro, junto com alguns
dos meus homens mais confiáveis.

“O corpo de Antônio?” Abro a garrafa de cristal e me sirvo de uma


bebida.

“Resolvido.”

“Seus homens?”

“Carmine e seus executores estão nas docas agora, fazendo um


inventário de pessoas e bens. Saberemos quem está em nossa equipe
antes do fim do dia. Aqueles que não estiverem, serão cuidados.” Gio
serve uma bebida enquanto provo a minha. É bom, mas não tão potente
quanto Sophia, sua doçura é o complemento perfeito para o meu
amargo. Sua pele é clara, apesar de sua linhagem. Os Scalingis a
mantiveram escondida em sua mansão no rio? Ela não viu o sol em
todos esses anos? Seu cabelo é macio e acho, não, eu sei, sua pele é
macia também. Como uma pétala de rosa. Acabei de pensar em sua pele
como uma pétala de rosa? Porra, aquela garota está bagunçando minha
mente. E talvez eu goste disso. Tomo um grande gole da minha bebida.

“Chefe?” Gio paira ao meu lado. Ele está esperando o tempo todo,
enquanto estou perdida em pensamentos sobre a viúva que será minha
noiva. Não, não uma viúva. Odeio a ideia de ela ter pertencido a outro. É
uma coisa estúpida para se preocupar, mas me preocupo. Mesmo que
ela tenha proferido os votos vazios, ela nunca pertenceu a ele. Ela
estava esperando por mim. Mesmo assim, gosto do fato de ter matado o
marido dela e a tomado para mim.

Gio limpa a garganta. “A garota?”

“Sophia Scalingi é minha.” Viro-me para os homens mais


mortíferos da cidade, todos eles leais a mim. “O casamento será um
teste. Convidei todas as famílias. Se eles não vierem, saberemos que
estão contra nós. Se vieram, bem, então veremos. Mas quero todos
vocês na sala. Se a violência começar, vamos acabar com ela. E se eu
tiver que abater as seis famílias? Que assim seja. Mas nenhum deles
jamais pensará em me contrariar nos negócios novamente. Os toscanos
não existem mais. Se alguém sair da linha, encontrará o mesmo fim. Um
dia, os homens nesta sala serão os únicos que importam, as únicas
famílias que têm algo a dizer. Mas até lá, vamos manter os laços. E com
Sophia como minha esposa, os Scalingis ficarão muito mais apertados
em minhas mãos.”

“Esperto.” Dante bate na coronha de sua pistola, a impaciência


uma de suas características mais marcantes. “E para sua sorte, ela tem
um corpinho quente para...”

Estou do outro lado da sala, vidro quebrado no chão e minhas


mãos em sua garganta antes mesmo que o pensamento entre em minha
mente. “Não olhe para ela, porra!” Vocifero.

Ele levanta as mãos, a surpresa transparecendo em seus olhos.


Dante é leal. Ele me deixaria acabar com ele aqui e agora se eu quisesse.
Ele não vai revidar, não contra mim. É por isso que o solto e dou um
passo para trás.

“Desculpe-me.” Ele ainda mantém as mãos erguidas, as palmas


voltadas para mim. “Por favor, me perdoe, chefe.”

“Você está perdoado.” Agarro seu ombro. “Eu não deveria ter
colocado as mãos em você.” Cerro os dentes e me forço a relaxar. “Mas
não se engane, Sophia não é um peão. Ela será a rainha desta família,
minha noiva e a mãe de meus filhos.”

Gio assobia. “Finalmente aconteceu.”

O rosto de Dante vai de sombrio a um sorriso. “Você foi atingido


por uma flecha, cara.”
“Não seja ridículo.” Dou um tapinha em sua bochecha, talvez um
pouco forte, e me sirvo de outra bebida. “Não há flecha.”

“Você está apaixonado.” Dante suspira. “Um dos grandes caiu.


Fora do mercado.”

Gio ri. “Estava prestes a acontecer.” Ele dá uma cotovelada em


Dante. “Mais buceta para nós, hein?”

“Certo.” Dante pega seu copo e o levanta. “Para você e sua nova
rainha.”

Os outros servem bebidas rapidamente e levantam seus copos


também. “Para você e sua nova rainha.”

Bebemos, o licor me aquecendo enquanto desce.

Limpo a garganta. “Agora, vamos falar sobre quem precisamos


matar para garantir que o casamento corra o mais tranquilo possível.”
Levanto um dedo. “Além disso, Gio, ligue para o meu alfaiate.”
Capítulo Cinco
Sophia

Estou no centro da sala, o robe enorme que me foi fornecido


pendurado em um dos meus ombros. Na minha frente estão cinco
mulheres, cada uma segurando um par de vestidos para eu olhar. Um
mais lindo do que o outro.

“Você escolhe um,” Carlotta diz, gesticulando com a mão. Quando


entramos no que eu acreditava ser o quarto principal, Carlotta me
empurrou em direção ao banheiro para tomar banho. Fiz o que me foi
dito. Parece que os velhos hábitos são difíceis de morrer.

Podia ouvi-la ao telefone ligando para lojas de vestidos, estilistas e


costureiras. Quando saí do banheiro, parecia que todos vieram
correndo. Claro que sim. Sou a noiva do chefe da família DaVinci. Não
existe um designer louco o suficiente para recusar este pedido.

Pressionando a mão na minha bochecha, fico olhando para os


vestidos enquanto Carlotta afofa suas saias. Acho que ainda estou em
choque por tudo isso estar acontecendo. Nunca tinha visto Nick
DaVinci antes de hoje. Já ouvi falar dele, principalmente porque meu
pai o odiava. Se tivesse que adivinhar o motivo, diria que é porque
Lorenzo o teme. Isso deveria me assustar, mas estou menos assustada
com a ideia de me casar com Nick do que quando acordei esta manhã
pensando que teria que passar o resto dos meus dias com Antônio.

Devo ficar triste? Não estou. Não sinto remorso por Nick ter
matado Antônio. Isso me colocou em posição de estar com um homem
mais poderoso, que pode proteger a mim e a Marco, e que, até agora,
tem me tratado com mais respeito do que minha própria família jamais
tratou. A disposição de Nick em oferecer proteção ao meu irmão foi o
que me fez concordar em ser dele. Sua aparência e a atração do meu
corpo por ele são um bônus adicional, e me pergunto se essa faísca de
calor pode se transformar em algo mais. Realmente nunca pensei sobre
o amor por mim mesma. Não quando sabia que qualquer casamento
que tivesse seria arranjado para fins estratégicos. Mas com Nick, quase
parece que tudo é possível.

Ainda tenho que cumprir meus votos. Um porto seguro não é


gratuito e pode parecer que estou tendo uma escolha, mas todos nós
sabemos que a realidade é que não tenho uma. Antônio já desapareceu
no meu passado. Nick é meu futuro.

“Posso escolher o que eu quiser?” Olho dos vestidos para Carlotta.


A mulher tem sido doce comigo desde o segundo em que a conheci.

“Claro. É o seu casamento. DaVinci disse que você poderia comer o


que quisesse.”
Olho de volta para os vestidos. Todos são versões diferentes de
beleza. Alguns são simples, com cristais que você pode dizer que
alguém levou horas para costurar. Existem longos, curtos e tudo o mais
entre eles. O rendado em algumas das peças é de tirar o fôlego.

“Você não gosta de nenhum deles? Podemos pedir mais.” Carlotta


começa a puxar o telefone.

“Há realmente tempo para isso?” Pergunto. Já está ficando tarde e


estou trabalhando no meu segundo casamento. Quero acabar com isso.
Digo a mim mesma que é porque estou farta dessa merda, mas minha
cabeça ainda está girando com o que Nick sussurrou para mim. Temia
esta noite quando acordei esta manhã, mas agora estou me
perguntando se sexo com Nick seria algo parecido com aquele beijo.
Aquele. Beijo. Foi... Minha mente fica em branco tentando encontrar a
palavra certa para o que aconteceu.

Carlotta interrompe minha linha de pensamento. “Este é o seu dia.


Todos vão esperar até que você esteja pronta. Até encontrar o vestido
que seu coração deseja. É o que DaVinci quer para você.” Ela sorri
suavemente.

Percebi que Nick a trata com respeito. Meu pai nunca tratou
nenhuma mulher com respeito. Se você era mulher na minha família,
você estava lá para servir ao seu propósito. Tinha visto outras famílias
poderosas tratarem suas mulheres de maneira diferente, mas em nossa
casa as mulheres não tinham uma palavra a dizer e faziam o que era
ordenado.

Um sorriso puxa meus lábios com a satisfação que sinto quando


penso na raiva que meu pai e meu avô devem estar sentindo esta noite.
Seus grandes planos de fundir famílias com os toscanos foram
arruinados, e agora vou sentar à frente da família DaVinci. A família
que eles temem. As costureiras ainda oferecem seus vestidos, seus
olhos expectantes em mim. Carlotta não estava brincando quando disse
que me esperariam. Entretanto, será que todo mundo esperará?

“Nick DaVinci é um homem que espera?” Pergunto.

Se alguém pode me dar mais informações sobre meu futuro


marido, é Carlotta.

“Ponto justo.” Ela sorri. “Para isso, acho que ele dará um pouco
mais de tempo, mas devemos acelerar o ritmo.”

Mesmo assim, continuo olhando para os vestidos. Não é que não


goste de nenhum deles, é que estou acostumada com as pessoas
sempre me dizendo o que devo vestir. Nunca houve escolha. Não ousei
reclamar de algo que recebi, a menos que quisesse lidar com meu pai.

“Aquele.” Aponto para o mais simples de todos os vestidos. Pelo


menos é o que parece. Quando a luz o atinge, você pode ver todos os
pequenos cristais que foram tecidos à mão e correm ao longo da parte
superior do vestido. É elegante, mas não chamativo ou exagerado.
“O resto pode ir.” Carlotta faz um gesto para que as outras
mulheres saiam. As portas duplas do quarto se abrem para elas saírem.
Percebo dois homens de terno parados ali. Só os vejo de relance antes
que as portas se fechem novamente.

“Não acho que você pode usar sutiã com este, mas trouxe algumas
roupas íntimas,” disse a mulher que ficou de pé, com uma pitada de
orgulho em sua voz. Suponho que seja uma honra ser escolhida para
servir à família DaVinci. “Posso fazer as alterações em um momento,
então o vestido ficará perfeito para você.”

Ela vira o vestido e meu queixo cai de surpresa. Praticamente não


há volta para isso. É impressionante, mas pode ser um pouco mais
dramático do que pensei. Ela caminha até a cama gigante e coloca o
vestido no chão antes de voltar e pegar uma bolsa. Ela vasculha,
tirando novas roupas íntimas. Estou chocada pela segunda vez em
questão de minutos. As roupas consistem em uma tonelada de renda e
não são simples de forma alguma. São sexys. Sinto minhas bochechas
esquentarem apenas de olhar para as peças.

“Todas essas?” Se conseguir escolher, e parece que vou,


definitivamente colocarei toda essa porcaria rendada para Nick.

Certifiquei-me de não usar nada que fosse nem remotamente sexy


sob meu primeiro vestido de noiva antes. Não queria dar a Antônio
essa satisfação. Usei a calcinha branca mais simples porque não queria
excitar aquele homem. Não posso deixar de sentir o oposto em relação
a Nick. Quero que ele tire a minha roupa e encontre o presente da
minha virgindade para desembrulhar em seguida. Deslizo a calcinha
pelas minhas pernas sob o roupão e prendo as ligas. Sinto-me linda,
como uma mulher. Esta é a primeira vez na minha vida que me sinto
assim. É a primeira vez que quero que alguém pense que sou sexy.
Borboletas enchem meu estômago enquanto me pergunto o que Nick
vai pensar de mim.

“Cabelo e maquiagem,” Carlotta grita enquanto a costureira tira


minhas medidas rapidamente. Ela sai correndo com o vestido e,
novamente, as portas duplas se abrem e duas novas mulheres entram.

“Posso fazer sozinha?” Pergunto. Não quero tirar tudo de novo.


Odeio ter maquiagem endurecida no rosto e meu cabelo coberto com
spray.

“Claro,” Carlotta diz e se vira para as mulheres. “Deixe suas coisas


para ela usar. Vocês podem pegá-las mais tarde.”

Elas fazem o que lhes é dito. Virando-se na minha direção, ela


pergunta: “Você precisará de algumas horas?”

Balanço a cabeça. “Não vai demorar muito.”

“Você é tão querida.” Carlotta inclina a cabeça para me olhar.


“Posso ficar e ajudá-la? Certamente você precisará de ajuda com o
vestido quando a costureira terminar.”
Meus olhos vão em direção ao telefone na mesa de cabeceira.
Percebi isso quando saí do banheiro. Não me importaria que ela ficasse,
mas quero usar esse telefone.

“Você pode usar o telefone, doce menina.” Ela dá um passo para


trás, apontando em direção a ele. “Eu aconselharia, porém, que esteja
eu aqui ou não, o que quer que você diga ou use o telefone chegará aos
ouvidos do Sr. DaVinci.”

“Claro que vai.” Luto para não revirar os olhos, só porque não
quero ser rude com ela. Nick é um chefe, ele sabe tudo o que se passa
sob seu teto. Mas ele também é diferente, me lembro. Estou começando
a deixar pequenas coisas rastejarem em minha mente. Nick me
chamando de sua rainha. Então me deixando escolher meu vestido. Não
me dizendo como devo me vestir ou parecer.

Minha mente continua tentando transformá-lo em algo que ele


não é. Estou tentando torná-lo um cara bom quando o conheço melhor.
O vi matar alguém apenas algumas horas atrás. E se isso for apenas um
jogo para ele? E se ele estiver me dando a ilusão de ter controle sobre
as coisas para me tornar mais dócil? Odeio o quão cansada esse
pensamento me faz sentir. Além disso, ele não precisava ir tão longe.
Ele terá a minha lealdade enquanto mantiver meu irmão seguro. Se ele
quebrar esse voto, quebrarei o nosso em troca, porque então eu não
terei nada a perder.
Capítulo Seis
Nick

Meu alfaiate sai correndo, o terno de risca de giz em suas mãos


enquanto se apressa em direção a sua máquina de costura.

Sento-me no sofá de couro perto da lareira e conduzo Gio para a


sala. “Então?”

“Todas as famílias estão vindo.” Ele balança a cabeça. “Todos,


exceto uma.”

“Deixe-me adivinhar.” Inclino-me para trás e sorrio para o fogo


crepitante. “Os Scalingis.”

“Você acertou.” Ele se inclina contra o batente da porta, seu terno


escondendo um assassino por baixo. É por isso que ele é meu associado
mais confiável. Ele já matou por mim muitas vezes, e provavelmente
fará isso de novo antes que esta noite acabe.

Encontro seu olhar. “Esse desprezo não pode ficar impune, é


claro.”

“O que você está pensando? Raptar alguns de seus caras, estripá-


los, deixá-los na porta deles?”
Gosto dessa ideia. É um movimento DaVinci clássico, mas isso
pode exigir um pouco mais de sutileza. “Quem é a amante de Lorenzo?”

“Vamos ver.” Gio se vira e liga para Dante.

Ele entra, sua arrogância quase igual à minha, mas não


exatamente.

“Quem está namorando com Lorenzo Scalingi hoje em dia?” Gio


pergunta.

“Ah, a última vez que verifiquei era a garota que trabalha em sua
padaria de merda na rua 11.”

“Vá buscá-la para o casamento.” Preciso que o pai de Sophia saiba


que não sou um homem que pode ser negado. “Mas não a machuque.
Basta trazê-la aqui.”

“Farei isso.” Dante sai.

“Você está pronto?” Gio se aproxima e se senta na beirada da


mesa.

“Casamento ou assumir a família Tuscani?”

“Ambos, mas principalmente casamento.” Gio encolhe os ombros.


“Quero dizer, este é um movimento perfeitamente estratégico, mas há
mais do que isso. É como se você... Tivesse se apaixonasse por ela,
embora tenha acabado de conhecê-la. É mesmo possível?”
“Para um homem como eu, pensei que não. Não.” Hesito, porque
apenas o pensamento dela aquece meu sangue até derreter. Ela está lá
em cima agora experimentando vestidos e calcinhas rendadas que vou
arrancar com meus dentes? Porque eu vou. Vou arruiná-la esta noite.
Ela nunca vai querer outro homem depois de eu ter tomado sua cereja
e fazê-la gozar no meu pau. Esse corpo delicioso é um deleite por si só.
Mas o fogo secreto que dança sob sua superfície é uma atração ainda
maior. Uma princesa da máfia, que foi espancada até a submissão por
anos. O que ela pode ser quando estiver livre? Assim que ela estiver
fora de sua gaiola e amarrada por nada além meus braços? Já sei. Vi nos
olhos dela apenas algumas horas atrás. Ela será uma rainha.

“Chefe?”

Volto para Gio. “Ela é tudo para mim. Não sou um homem
impulsivo. Você sabe disso.”

Ele concorda. “Definitivamente não.”

“Mas há algo sobre ela. Não posso explicar. Quando você encontra
a segunda metade de sua alma, isso deixa uma marca.”

“Você tem uma alma?” Gio levanta uma sobrancelha.

Estalo meus dedos. “Eu também tenho vontade de chutar a merda


pra fora de você, para aliviar um pouco a tensão.”
“Podemos fazer isso, chefe. Mas te aviso, eu puxo o cabelo.” Ele
sorri.

Levanto-me e aponto para a porta. “Dê o fora daqui. Você precisa


se arrumar. Não posso permitir que meu padrinho apareça parecendo
cinco quilos de merda em um saco de dois quilos.”

“Bruto.” Ele agarra o peito como se estivesse ferido e sai com


passos largos.

Sigo e fico olhando para o segundo andar, onde minha noiva


espera. Os operários já estão colocando cadeiras e flores em todo o piso
de mármore. A cerimônia será pequena, mas extravagante. As grandes
famílias estarão aqui. Scalingi pode ter recusado meu convite, mas
assim que tiver sua mulher aqui, ele vai aparecer.

Meu celular vibra no bolso. Pego e verifico a mensagem. “Porra.”

Sigo para a porta da frente enquanto Tony corre.

“Você ouviu?”

“Sim.” Saio na noite que se aproxima e encontro meus guardas.

“Peguei ele tentando pular a cerca.” Vin me entrega uma pistola.


“Tinha isso com ele.”

“Qual é o seu nome, garoto?” Pego a pistola e removo o


carregador, em seguida, esvazio a câmara. As balas rolam, mas um dos
meus homens vai e as apanha. Inclino a cabeça para o lado e olho nos
olhos raivosos do garoto. “Por que você apareceu na minha casa com
uma arma carregada?” Uso o cabo para golpeá-lo levemente no topo da
cabeça. Não quero machucá-lo a menos que seja necessário. Ele é
jovem, mas um cara grande ao mesmo tempo. Provavelmente foram
necessários os dois guardas para prendê-lo, e ele tem um lábio partido
para mostrar isso. “Você tem um desejo de morte? É isso?”

“Estou aqui pela minha irmã.” Ele cospe sangue nos meus pés.

Irmã dele. Sophia. Porra. Ela me pediu para proteger esse garoto,
mas aqui ele está tentando fazer violência contra mim e contra os
meus.

“Você é Marco.” Entrego sua arma para Gio.

“Deixe-a ir.” Ele se esforça contra meus soldados, seus dentes


cerrados.

“Ela não vai a lugar nenhum. E nem você.” Direciono meu queixo
para Tony. “Leve-o para cima.”

Meus soldados o puxam passando por mim, mas então me viro.


“Espere. Limpe o lábio antes de você subir. Não preciso de nenhum
calor vindo da minha rainha.” Pergunto para o menino. “Você vai se
comportar?”

Ele me encara.
“Se concordar, vou deixar você andar livremente. Mas se
continuar neste curso desastroso, meus guardas vão arrastar você
como uma cadela.”

Seus lábios se curvam em um rosnado, mas ele diz: Vou me


comportar.”

“Bom. Minha rainha ficará satisfeita em vê-lo.”

“Rainha?” Os olhos de Marco se arregalam. “Você fica dizendo isso.


Você está falando sério sobre se casar com ela?”

“Tão sério quanto estava falando sobre matar seu ex-noivo.”


Coloquei um toque de aço em meu tom. “Deixarei essa pequena
incursão passar, embora, em outras circunstâncias, isso seria uma
declaração de guerra entre nossas famílias.”

Ele faz uma pequena careta com isso. A guerra não é uma piada,
não quando as ruas ficam vermelhas de sangue e fazem os homens
caírem como dominós.

“Mas, para sua sorte, concedi a você minha proteção.”

Ele não poderia parecer mais confuso. “Proteção?”

Viro meu olhar para Tony. “Limpe-o. Tenho o suficiente com que
me preocupar, sem estar no lado ruim de Sophia por causa de seu
irmão ansioso.”
“Claro, chefe.” Tony caminha à frente dos guardas. “Vou ficar de
olho nele.”

Volto para a casa e subo as escadas correndo. Algo se agita dentro


de mim quanto mais perto chego das portas do quarto. Ela está lá.
Posso sentir sua respiração, quase posso provar sua doçura na minha
língua.

Devo ir embora. Meu alfaiate deve ter terminado com meu terno.
Mas o sentimento cresce, e percebo que é fome por ela. Ela será minha
em apenas algumas horas, mas quero uma amostra do meu prêmio
agora.

Meus homens a protegem, com os olhos fixos à frente enquanto


olham pelo corredor.

“Ninguém entra.” Não tenho que dizer as palavras. Eles já sabem,


mas falo assim mesmo.

“Sim senhor.” Eles acenam com a cabeça.

Levanto os dedos e bato suavemente.

“Sim?” Sua voz vibra através da madeira.

Balanço as portas abertas. E sou atingido, como um raio foi


enviado do céu. Ela está vestindo apenas um robe enquanto senta na
frente de um espelho.
“Fora,” digo a uma Carlotta assustada.

Ela sai correndo da sala enquanto caminho em direção ao meu


prêmio.

Sophia levanta, seus olhos de corça arregalados, seus lábios


entreabertos. “O que?”

A puxo para perto e reivindico sua boca. Nada no céu ou no


inferno pode parar a necessidade que sinto por ela, a fome que corre
solta em meu sangue. Esse tipo de desejo parece impossível, perigoso e
devorador. E quero mais.

Inclinando sua cabeça, mergulho minha língua em sua boca. Ela


faz um som baixo e agudo e agarra minha camisa com suas pequenas
mãos.

Eu a provo, passando as mãos pelo manto, sentindo suas curvas


exuberantes enquanto assalto sua boca. Pegando uma de suas mãos, a
pressiono contra a frente da minha calça. Ela merece saber o que faz
comigo. Um fio de medo, algo estranho para mim, corre pela minha
espinha quando percebo o quão profundamente envolvido nela já
estou. Afinal, ela é minha rainha.

Mesmo assim, pretendo possuir este corpo e dominá-la em todos


os sentidos até que ela grite meu nome e desmorone embaixo de mim.
Sua mão hesitante desliza pelo meu pau e sobe novamente. Meus
quadris se movem em direção a ela, e quero tanto estar entre suas
coxas que gemo em sua boca doce. Afastando-me, olho para seus lábios
machucados, seus olhos semicerrados. “Eu precisava provar, cara mia.”

Ela solta um pequeno suspiro sexy. “Você beija como você mata.
Perfeito.”

Fode-me. Agarro sua bunda e a levanto até que ela esteja montada
em minha cintura. Prendendo-a contra a parede, tomo sua boca
novamente, trabalhando minha vontade nela enquanto esfrego meu
pau contra o calor entre suas pernas.

Se não parar, vou transar com ela aqui e agora. Mas é muito bom,
seus seios pressionados contra meu peito, suas mãos agarrando meus
ombros. Não vou possui-la até hoje à noite, até que ela seja totalmente
minha. Então tenho que deixá-la ir, colocá-la de pé e recuar. É preciso
cada grama de força que possuo, mas me viro e caminho até as portas.
“Esteja pronta para esta noite, cara mia. Porque uma vez que você for
minha, não pararei. Nunca pararei onde você estiver em causa.”

Abro as portas e, antes que elas fechem, ouço sua palavra falada
suavemente. “Bom.”
Capítulo Sete
Sophia

Ouço a porta fechar segundos depois de sussurrar meus


pensamentos em voz alta. Estou com o manto em desordem, o cheiro
do meu futuro marido em cima de mim. É rico com um toque de uísque
esfumaçado e poder. Alguém pode realmente cheirar a poder? Porque
ele cheira. Isso rolou para fora dele em ondas. Estava consumindo.

Estendo a mão e pressiono meus dedos nos lábios. Eles parecem


machucados e inchados pela maneira como Nick reivindicou minha
boca. Pude provar seu desejo por mim em seu beijo, podia sentir em
minha mão enquanto o acariciava através de suas calças enquanto ele
pressionava sua dureza entre minhas pernas enquanto eu estava presa
à parede. Meu próprio prazer cobre a linda calcinha de renda que
escondi sob meu robe para ele. Não posso evitar minha atração. Quero
acreditar que é apenas por causa de sua promessa de manter meu
irmão seguro, mas esse raciocínio está rapidamente se esvaindo. É algo
mais profundo.

Quero a ele. O mesmo homem que matou meu marido poucas


horas atrás. O mesmo homem que exigiu que eu me casasse com ele. O
mesmo homem que é o mais temido em nosso mundo. Desejo-o mais
do que imaginei ser possível. Estou contando os minutos até que ele
deslize seu anel no meu dedo e, em seguida, deslize seu pau dentro de
mim, me tornando dele. Mas e se doer? Coloco a unha do polegar entre
os dentes da frente e me preocupo com isso por um momento. Então
paro. Porque isso vai acontecer. E talvez doa, mas depois? Sei que Nick
pode fazer isso ser bom. A maneira como ele me beijou garantiu isso.

Sinto-me atraída por ele, embora ele seja um assassino. Mesmo


que ele seja tudo o que eu disse, que nunca poderia amar. Nick está tão
envolvido nesta vida quanto eu. Estou sendo ingênua por pensar que
ele é diferente dos homens com quem cresci? Pode ser. Ainda assim,
algo nele é diferente. Tem que ser. Por que mais me sentiria assim?
Nunca senti uma atração por alguém como sinto por ele. Claro, meu pai
me manteve trancada, mas muitos de seus homens iam e vinham.
Nenhum deles chamou minha atenção. Eles nunca me fizeram pensar
ou desejar as coisas que quero que Nick faça comigo.

Minhas bochechas ficam vermelhas com a sujeira que gira em


minha mente. Talvez eu não seja a boa menina que meu pai criou, mas
tenho um espírito selvagem como minha mãe.

Mordo meu lábio. Seu pau estava tão grosso na minha mão. Fecho
os olhos e tento imaginar como será, como se encaixaria na minha
boca. Meus pensamentos são interrompidos quando a porta se abre
novamente. Olho para cima para ver Nick parado na porta.
“Cara mia. Esqueci uma coisa,” ele diz enquanto caminha
abruptamente em minha direção. Levantando meu queixo com o dedo,
me beija suavemente e sussurra em meu ouvido: “Não toque em sua
doce boceta. Quero que seu primeiro orgasmo seja na minha língua ou
no meu pau.” Suspiro, percebendo que estava me tocando. Tiro meus
dedos da calcinha e do meu robe.

“Você tem câmeras aqui?” Empurro meu queixo para longe dele e
olho ao redor da sala. Ele provavelmente tem. Torço meu nariz, e
espero que ele agarre meu queixo em seu aperto, mas não agarra. Ele
apenas me observa com aqueles olhos avaliadores que sei que podem
ler mais do que outros.

Limpo a garganta. “Grosseiro. Não gosto dessa porcaria


pervertida.” Eu não gosto. Certo? Gostaria que ele me observasse
dando prazer a mim mesma? Minhas coxas pegam fogo com o
pensamento, e engulo em seco.

“Não há câmeras aqui,” ele diz friamente.

Já estive perto de homens suficientes para saber as coisas que eles


fazem. Vi as mulheres entrando e saindo do quarto do meu pai. Meus
olhos voam para a cama onde a costureira colocou meu vestido, mas
então observo seus olhos novamente. Provavelmente é estúpido, mas
acredito nele. Ele está dizendo a verdade, o que é um alívio.
Sua mão volta ao meu queixo, seu toque impossivelmente gentil.
“Mas vou colocar câmeras aqui se descobrir que você está se tocando.
Posso nem sempre ser capaz de impedi-la de fazer isso, mas pelo
menos teria o prazer de assistir você.”

Meus mamilos enrijecem sob o robe de seda só de pensar nele me


observando me despir. É como se ele pudesse ler minhas fantasias
sujas. Duvido que ele pudesse me observar de outra maneira do que
olhando para isso em uma tela. Caso contrário, ele estaria em cima de
mim. Posso ver em seus olhos agora. Ele está lutando contra o desejo
de me jogar na cama e fazer o que quiser comigo. Aposto que Nick está
lutando contra si mesmo desde que chegamos aqui. Mais cedo, ele
quase cedeu, depois foi embora. Mas ele voltou, o mesmo fogo em seus
olhos. Ele me quer tanto que quase posso sentir o gosto. O pensamento
me faz sentir mais poderosa do que jamais me senti em minha vida.

Estreito os olhos. “Quantas mulheres você já teve nesta sala? Não


tenho certeza se quero deitar na mesma cama em que você colocou
outras. Prefiro que você mantenha suas amantes em outro lugar.”
Afasto-me de seu aperto mais uma vez.

Sou uma criança testando meus limites. Sei disso, mas me sinto
poderosa pela primeira vez, e quero ver o quanto posso me safar. Vou
até a cama e pego meu vestido.

“Só de pensar em você com outra pessoa aqui está estragando o


vestido. Esse é o meu segundo vestido que você destruiu em um dia,”
repreendo. Então espero por isso. Estou pronta para que sua raiva se
desencadeie, mas um sorriso surge em seus lábios. Quase parece não
natural em seu rosto.

“Só você e Carlotta podem entrar no meu quarto,” ele diz


friamente.

“Oh.” Largo o vestido de volta. Sei que ele está falando a verdade.
Ele não tem motivo para mentir. Seu sorriso cresce, como se ele tivesse
vencido a batalha que estávamos travando. Mas não posso deixar que
ele diga a última palavra. “Bem, você e Carlotta precisarão fazer isso em
outro lugar de agora em diante. Eu também não gosto de sexo a três,”
digo amargamente, sabendo que minhas palavras são totalmente
ridículas.

Ele faz a última coisa que espero que faça. Joga a cabeça para trás
e ri. “Você acha que estou fodendo Carlotta?” Ele continua a rir.

O rico som vibra pelo meu corpo. Viro de costas para ele para que
ele não veja o ciúme que está escrito em meu rosto. Não, não acho que
ele está dormindo com Carlotta, mas era a ideia de Nick dormir com
alguém agora que ele será meu marido que me incomoda. Ele não disse
nada sobre o comentário da amante. Sei que é idiota e sem esperança
querer a fidelidade de um homem como Nick, mas quero do mesmo
jeito.
Sinto-o se aproximar. Sua mão agarra meu quadril e ele me vira
para encará-lo. Olho em seus olhos aquecidos.

“Cara mia.” Seus lábios roçam levemente os meus. “Carlotta é


como uma mãe para mim. Ela está com minha família há muito tempo.”

“Uma mãe?” Pela centésima vez hoje, meus pensamentos vão para
minha própria mãe.

“Sim, minha mãe morreu quando eu era muito jovem. Carlotta


tem estado comigo desde então.” Ele se afasta um pouco, seus olhos
ainda intensos, embora agora um pouco tristes. “E a sua?”

“Ela se foi.” Odeio o som dessas palavras. “Quando eu era


pequena, ela me deixou. Um dia ela estava lá, no próximo ela se foi.”

“Ela saiu sem dizer uma palavra?”

“Sim.” Não posso acreditar que ainda sinto a velha mágoa. “Mas
sei que ela me amava.”

“Seu pai não sabe para onde ela foi?”

“Não, ou pelo menos ele não me deixa perguntar ou falar sobre


isso.” Encolho os ombros. “Então, ou ele não sabe ou sabe, mas não
quer me dizer.”

“Mmm.” Ele parece ter um pensamento, um que não passa por


seus lábios.
“O que?”

“Nada.” Ele se aproxima novamente. “Conte-me mais sobre como


você acha que estou fodendo a doce Carlotta,” diz ele com um sorriso
diabólico.

“Eu estava brincando. Na maior parte.” Minhas palavras estão


murchas agora. Vejo que ele vai ter um tipo diferente de poder sobre
mim. Ciúmes. Esperava que meu último marido tivesse muitas
amantes, então ele me incomodaria menos, talvez até se esquecesse de
mim.

“Não haverá amantes. Posso te prometer isso.” Ele me lê tão


facilmente. Ele não está sorrindo agora, no entanto. Ele não encontra
diversão em minha dor ou ciúme. Falei que conheço homens, e
conheço. Maus como meu pai. Mas agora percebo que nunca conheci
um homem como Nick DaVinci.

Seus lábios vêm aos meus mais uma vez, e o deixo tomar minha
boca. As coisas que ele pode fazer com a língua enrolam meus dedos
dos pés, e acho difícil pensar quando me segura com força e me domina
com tanta facilidade.

Termino o nosso beijo antes que isso vá longe demais e eu acabe


nesta cama. “Preciso me preparar se você quiser que esse casamento
aconteça esta noite.”

Ele recua um pouco, levando minhas duas mãos à boca.


“Posso cheirar seu doce perfume na ponta dos dedos,” ele diz
antes de colocar um em sua boca. Um rosnado baixo vem de dentro
dele. “Lembre-se do que eu disse, cara mia. Não se toque.” Com essas
palavras, ele solta minhas mãos e se vira, deixando-me para ficar
pronta.
Capítulo Oito
Nick

Marco se aproxima pelo corredor, seus olhos em mim, apenas


uma sugestão de assassinato neles. Pelo menos seu lábio foi reparado, a
fenda quase imperceptível.

“Ela está se preparando para esta noite,” o advirto. “Bata


primeiro.”

Virando-me, digo aos meus homens: “Ele pode ir e vir quando


quiser. Para vocês, ele é parte da família.”

“Sou um Scalingi.” Ele estufou o peito.

“Olha, garoto.” Mantenho a voz o mais uniforme que posso.


“Tenho certeza de que você é durão pra caralho na casa dos Scalingi.
Mas aqui, você é um convidado. Espero que você aja de acordo.”

“Estou livre para sair?” Ele desafia.

Droga, esse garoto está cheio de mijo e vinagre. Eu provavelmente


era muito parecido com ele quando tinha sua idade, mas isso foi há
mais de uma década. “Quantos anos você tem, 17, 18?”
“Quinze.” Seu orgulho pode sufocar um elefante, e seu desafio me
lembra de sua irmã.

A inclinação de sua cabeça, o olhar em seus olhos, talvez ele tenha


herdado essas características da minha Sophia. Mesmo assim, ele
precisa saber quem é o dono desta casa.

“Tudo bem, 15. Comporte-se. Todo mundo sabe conhece como


funciona. Você é irmão da minha noiva. Mantenha sua merda
controlada e tudo ficará bem.”

“Você não pode simplesmente tomá-la assim.” Ele dá um passo em


minha direção. Não no meu espaço, não exatamente implorando para
eu bater nele, mas perto.

“Você fez essa objeção quando seu pai a vendeu para Antônio
Tuscani?” Aproximo-me dele. Em seu espaço. Implorando para ele fazer
um movimento. Porque não sou a vadia de ninguém. Quero que esse
garoto goste de mim, eventualmente me veja como um irmão, mas não
aceito merda. Nem mesmo dele.

Seu olhar se desvia e depois volta para os meus olhos. “Falei ao


meu pai para deixá-la em paz, para deixá-la fazer o que ela quisesse.”

Agora, há uma noção. “O que ela queria?”

“Quero dizer.” Ele encolhe os ombros e me olha com desconfiança,


mas continua: “Ela sempre gostou de escrever. Não livros, mas ela tinha
um milhão de revistas e adorava ler coisas culturais. Roupas e merdas.
Arte. Quaisquer que sejam as tendências mais recentes.”

“Ela escreviz?” A ideia desperta meu interesse. Pretendo passar


muito tempo aprendendo sobre minha noiva, examinando cada
pedacinho dela para tentar entender essa necessidade insaciável por
ela e a conexão rápida que temos, mas ter uma vantagem nunca é
demais.

“Sim.” Ele parece relaxar um pouco, seus ombros não tão altos,
seu temperamento enfraquecendo.

Recuo. “Histórias?”

“Tipo, acho que meio que fingir que trabalha para aquelas revistas
ou sites? E ela escreveria seus próprios pequenos ensaios.”

“Você os leu?”

“Pfft. Não leio essa merda.” Ele olha para os guardas corpulentos
do lado de fora da porta dela. “Muito, hum, feminina. Não gosto disso.
Só pornografia para mim. E revistas de mecânica. Motos. Coisas assim.”

Sorrio. Ele leu o trabalho dela.

Ele continua: “Mas sei que ela é uma boa escritora. Você pensaria
que ela estava em alguma cobertura em Nova York ou indo para aquela
merda de semana da moda. Isso é o quão boa ela é. Mas ela não tinha
permissão para fazer o que queria.” Ele franze a testa, seu rosto jovem
momentaneamente se transformando em um muito mais velho. “Nosso
pai teria pirado se soubesse. Então ela escondeu e, eventualmente, ela
parou.”

“Por que?”

“Porque meu pai decidiu que ela seria melhor como noiva para os
toscanos do que qualquer outra coisa. Quando ela descobriu que ele a
prometeu a Antônio...” Ele encontra meu olhar. “Ela simplesmente
parou.”

Interessante. Arquivei essas informações com a intenção de


retirá-las e examiná-las mais tarde. Há ainda mais em Sophia do que eu
imaginava, e isso só me faz desejá-la mais. Mas prometi a ela, e a mim
mesmo, que esperaria. Não importa o quanto queira entrar lá e falar
com ela, beijá-la, fodê-la, fazê-la gemer, não vou. Esta união será
sagrada, e então vou tornar nosso vínculo tão sólido que nada vai
abalá-lo.

“O que você acha que vai ganhar dela com isso?” A arrogância está
de volta, como se Marco acabasse de lembrar que ele deveria estar
jogando pesado.

“Um rainha.” Não posso colocar de forma mais direta.

“Você quer dizer um brinquedo.”


“Não. Quero dizer que ela será minha igual, que governaremos
esta família e os toscanos, e que buscaremos sangue e retribuição
contra qualquer um que nos cruzar.”

“Por que?” Ele passa a mão pelo cabelo escuro. “Você matou o
marido dela e depois a roubou. Isso nunca vai funcionar.”

“Os impérios foram construídos com menos.” Sorrio, mas sei que é
frio. A única que parece capaz de me aquecer está atrás da porta do
meu quarto, com a calcinha molhada e as bochechas rosadas.

“Ela não é um espólio de guerra.” Ele coloca mais força em sua


voz.

“Eu concordo. E acho que você vai descobrir que...”

As portas do quarto se abrem e Sophia sai, seus olhos indo para o


irmão. “Marco!” Ela corre em sua direção, e ele a pega nos braços.

A onda de ciúme está errada. Primeiro, porque não sou um


homem ciumento. Em segundo lugar, porque é o irmão dela. Mas estou
começando a pensar que o primeiro ponto é falso quando se trata de
Sophia. Nunca tive ciúme antes, mas ela traz isso à tona em mim. Quase
quero ordenar aos meus homens que mantenham a porra dos olhos
baixos sempre que ela passa. Porque ela é minha. Minha para amar,
minha para segurar, minha para observar e, definitivamente, minha
para foder. Ela tem esse poder sobre mim como se estivesse lá minha
vida toda, e só estava esperando para encontrá-la. Agora que fiz, nunca
vou desistir.

“Oh meu Deus, Marco, você está aqui.” Ela o abraça. “Você
realmente está aqui e está seguro.”

“Estou bem. Você está bem?”

“Estou bem. Como você chegou aqui? O pai sabe?” Ela se afasta e
inspeciona seu rosto. “Ei, o que aconteceu com o seu lábio?”

“Vou deixar vocês dois conversarem.” Digo as palavras apesar do


fato de que quero arrancá-la dele e trancá-la no meu quarto para que
possa deixar minha marca nela. É o irmão dela, me lembro.

“Você está indo embora?” Ela pergunta.

A inocência em seu tom, a confiança e o desejo, foda-me. Estou


acabado. Dante foi direto ao ponto quando disse que estou fora do
mercado para sempre, porque quando ela me pergunta assim, como se
ela quisesse que eu ficasse para sempre, não consigo encontrar
palavras.

Então, em vez de falar e me denunciar, simplesmente aceno e


desço as escadas. Ela precisa de um tempo com o irmão e preciso
garantir que o casamento corra conforme o planejado.

Meu alfaiate corre até mim, o smoking enrolado em seus braços


magros. “Por favor senhor. Mais uma vez.”
“Tudo bem.” Aceno para o escritório assim que Dante entra pela
porta da frente com uma loira rechonchuda em seu braço.

“Chefe, gostaria que conhecesse Ava Carnegie.”

“Sra. Carnegie?” Ando até ela e aperto sua mão quente. “Bem-
vinda.”

“Ah, obrigada?” Ela olha em volta. “Mas não sei por que estou
aqui.”

“Você é uma convidada.” Sorrio e ela recua um pouco. Sei que sou
um homem bonito, mas também tenho algo a mais, uma frieza que
parecia ter se instalado quando cometi minha primeira morte aos
quatorze anos. Sou um predador e sempre que há uma presa por perto,
isso pode ser sentido. A propósito, a Sra. Carnegie está me olhando
boquiaberta, posso ver que ela é uma presa. Do tipo fácil. Não admira
que Lorenzo Scalingi tenha ido atrás dela.

“Uma convidada?” Ela engole em seco.

“Claro.” Aceno para ela em direção à sala da frente. “Por favor


sinta-se em casa. A cerimônia começará em cerca de uma hora. Carlotta
cuidará de suas necessidades.”

Como se convocada pela menção de seu nome, Carlotta aparece


do corredor dos fundos. “Venha agora, Sra. Carnegie, sentarei com você
um pouco. Ouvi dizer que seus pãezinhos quentes são o assunto da
vizinhança quando a Páscoa chega.”

A Sra. Carnegie está visivelmente aliviada, os pés de galinha nos


cantos dos olhos suavizando enquanto ela se agarra ao calor de
Carlotta. “Bem, sim, é uma receita de família.”

Puxo Dante de lado. “Alguém viu você levá-la?”

Ele sorri. “Todo mundo.”

Dou um tapa nas costas dele. “Bom. Diga aos homens que o
problema está a caminho. Estejam preparados.” Paro e olho para as
escadas para onde minha doce noiva espera. “Mas não me importo se a
Terceira Guerra Mundial estourar, vou me casar com Sophia Scalingi
esta noite.”
Capítulo Nove
Sophia

Seguro meu irmão perto. Ele está aqui. “Você está realmente
bem?” Estendo a mão, segurando seu rosto e olhando para seu lábio
recém-cortado.

“Soph, estou bem,” diz ele, puxando minha mão para baixo.

Mordo meu lábio para não sorrir, tendo esquecido que ainda
estamos no corredor e os guardas estão aqui. Ele não me quer
mimando-o na frente de todos. Não posso me ajudar. Ele sempre será
um bebê aos meus olhos.

“Venha.” Aceno para ele entrar no quarto.

Seus olhos vagam ao redor, absorvendo tudo. Nossa própria casa


não é nada para você torcer o nariz, mas a de Nick é algo
completamente diferente. É uma liga própria. Isso me lembra de um
castelo gigante. Tudo nela é elegante, mas não exagerado. É de tirar o
fôlego sem ser arrogante. Estive muito envolvida em Nick para me
preocupar com qualquer coisa ao meu redor até agora, quando vejo
meu irmão processando tudo.
As portas se fecham atrás de nós, e me viro e aponto para sua
boca. “Quem fez isso com o seu lábio?”

“Foi obra minha.”

Levanto uma sobrancelha para ele.

Ele encolhe os ombros. “Realmente foi. Posso ter tentado escalar o


muro deste lugar,” diz ele timidamente.

“Marco!” Bato em seu peito. É então que vejo que ainda tenho a
aliança de casamento do meu primeiro marido. Eu deveria tirar. Estou
surpresa que Nick não a tenha arrancado do meu dedo. Parece um peso
indesejado, um lembrete de que minha vida poderia ter tomado um
rumo diferente se não fosse por Nick. Mesmo que não tenha certeza de
para qual caminho ele planeja me levar, sei que será melhor do que o
anterior. Tem que ser. Não vou me permitir pensar de outra forma
agora.

“Eu tinha que tentar chegar até você.” Suas sobrancelhas se


juntam. “Para te salvar daquele monstro. Sua reputação é ainda pior do
que a de Antônio. Ele faz coisas ruins, Soph. Ele é um homem mau. Não
podia simplesmente deixar ele te levar.”

Tiro minha mão de seu peito. Sabia que ele tentaria me encontrar.
É uma das razões pelas quais imediatamente me acalmei assim que
Nick fez sua promessa de proteger Marco. Sem isso, estremeço ao
pensar no que teria acontecido a Marco se ele viesse para esta
propriedade sem o voto de proteção de Nick.

“Fazer coisas estúpidas te fará ser morto,” o lembro. O propósito


da minha vida estaria acabado. É por Marco que faço todos esses
sacrifícios. Quero que ele seja capaz de levar a vida que deseja. Era
mais fácil quando ele era mais jovem porque não tinha idade suficiente
para minha família começar a usá-lo. Tenho saudades desses tempos.
Depois que Marco atingiu sua adolescência, comecei a me preocupar
constantemente. Vivia temendo por sua vida. Tenho que me sacrificar
para mantê-lo seguro. Pelo menos foi o que disse a mim mesma esta
manhã.

Está começando a parecer que a vida poderia ter mais para mim,
mas também não posso deixar minha mente ir por aí. Aprendi que a
esperança não serve para nada quando você está cercada por homens
como esses. A questão de que tipo de homem Nick é ainda permanece
indeterminada.

Ele acabará sendo como Antônio? Talvez ele aja da mesma forma
que meu pai e meu avô assim que conseguir o que quer de mim. Ele não
parece ser assim, mas só se passaram algumas horas desde que nos
conhecemos. Pelo que eu sei, Nick está dando um show para que ele
não tenha uma noiva chutando e gritando no corredor.

Mais uma vez, isso não faz sentido, já que eu já garanti a ele que
me casaria com ele se mantivesse meu irmão seguro. Não há razão para
ele continuar fazendo todas essas coisas extras agradáveis para mim, a
menos que ele queira. Posso até me referir à maneira como Nick está
me tratando como doce, mas essa palavra nunca parece certa em
lugares como este.

“Eu sinto muito. Fiquei apavorado quando soube o que


aconteceu.” Marco passa as mãos pelo cabelo desgrenhado que precisa
de um corte. Ele sempre faz a mesma coisa quando está nervoso.

“Você demonstra.” Empurro meu queixo em seu cabelo


despenteado. Ele abaixa a mão com o lembrete. Não é que me importe
se ele tem algo a dizer, mas em nosso estilo de vida isso não é uma
opção. Não quero que outros percebam.

“Lorenzo não estava fazendo merda nenhuma, mas


enlouquecendo. Não podia esperar.” Ele se ergue mais alto ao dizer
‘Lorenzo’, recusando-se a chamá-lo de pai.

Tenho tentado ser severa com ele, mas me separo e o abraço


novamente. Terei que me lembrar de agradecer a Nick por me dar este
tempo com meu irmão e por manter sua palavra.

“Você não deveria ter se colocado em perigo. Posso cuidar de mim


mesma, ok? Posso ser uma princesa de uma torre trancada, mas
aprendi muito apenas assistindo e ouvindo todos os negócios sujos que
Lorenzo estava fazendo. Não sou ingênua... Bem, não tanto quanto você
pensa. Eu me casei com Antônio com meus olhos bem abertos, e estou
fazendo o mesmo agora. Mas talvez, desta vez, pode haver mais.”

“Mais? Com Nick DaVinci?” Seus olhos se estreitam. “Eles têm


medo dele. Eles não dizem isso, mas vi nos rostos de Pasquale e
Lorenzo.”

Engulo em seco. É difícil imaginar as pessoas de quem você teme


estar com medo de alguma coisa. Se os Scalingis estão com medo, então
há uma razão por trás disso. Estarei casada com esse motivo até o final
da noite. O pensamento deveria me assustar, mas Nick não me mostrou
nada que me deixasse com medo.

“Ele tem sido bom para mim.” Não digo a ele que concordei em me
casar com Nick se ele prometesse manter Marco seguro. “Tenho que
me casar. É assim que é. Você sabe disso e eu sei disso.”

“Porra. Odeio essa merda!” Ele grita a última parte.

“Sra. DaVinci?” Uma batida forte soa na porta antes que ela se
abra. Um dos guardas está do lado de fora. “Você está bem?” Seus olhos
passam de mim para meu irmão.

“Não é Sra. DaVinci ainda.” Meu irmão se vira para enfrentar o


guarda.
Agarro seu ombro para puxá-lo de volta. Ele vai se machucar se
não parar. Marco apenas dá um passo para trás por conta própria.
Realmente não acho que poderia movê-lo a menos que ele permitisse.

“Fora,” digo ao guarda, gesticulando com a mão. Fico surpresa


quando tudo que ele faz é acenar com a cabeça e fechar a porta, na
verdade seguindo minha ordem. Ficamos ali por um momento em
silêncio.

“Ele ouviu você. Isso é... Inesperado.” Marco solta um longo


suspiro. Acho que pode ser um alívio. “Olha, Soph, todo mundo tem
medo de Nick DaVinci.” Ele se vira para me olhar. “Não consigo que
ninguém me diga detalhes. Eles apenas se benzem ou sussurram sobre
todos os homens que ele matou. Ele não é um bom homem. Você
precisa saber no que está se metendo.”

Espero um arrepio percorrer meu corpo, mas tudo que sinto é


calor. Não sei se devo ser grata por isso ou não. Estou abaixando minha
guarda com muita facilidade? Pode ser. Mas o que há a perder? Seu
coração, minha mente sussurra.

“Você me levaria até o altar?” Pergunto com um brilho apenas


ligeiramente forçado.

De que adianta ficar pensando em todas as coisas ruins que vêm


com meu noivo? A realidade é que isso vai acontecer. Só sei que não
preciso me cobrir de entorpecimento como fazia antes de me casar
com Antônio. Com Nick, não me sinto como uma prisioneira do
corredor da morte caminhando para a minha execução. Isso tem que
significar alguma coisa.

“Você quer que eu te acompanhe? Isso seria cuspir no rosto de


nosso pai...” Ele para e se corrige. “No rosto de Lorenzo.”

“Nick disse que eu poderia ter o que quisesse.” Encolho os


ombros. “E quero que você me acompanhe até o altar.”

Uma batida soa na porta. “Sim?” Chamo. Carlotta empurra a porta.

“Devo ajudá-la a vestir o seu vestido?” Ela pergunta.

“Sim, por favor.” Olho para meu irmão. “Espere lá fora um


momento.” Ele se inclina e beija minha bochecha.

Sussurro: “Mantenha sua boca fechada. Não estrague o dia do meu


casamento.” Nós dois sorrimos com o duplo sentido literal.

“Seria uma honra acompanhá-la até o altar, Soph. Rezo para que
seja para um homem que nunca vai machucar um fio de cabelo da sua
cabeça.” Ele se vira e sai.

Observo ele sair entendendo suas reservas. Marco quer estar ao


meu lado, mas não quer ser o único a me entregar a um homem que vai
me machucar. Uma coisa é ele ver isso acontecer, do jeito que ele fez
esta manhã com Antônio. Outra é ser a pessoa que faz isso.
“Gosto de você assim. É mais adequado.” Carlotta se ocupa com o
vestido. “Você não precisa de toda essa maquiagem.”

“Obrigada.” Deixei o roupão escorregar enquanto Carlotta me


ajudava a vestir meu vestido. Ele se encaixa como um sonho. O material
sedoso se molda ao meu corpo me fazendo sentir bonita. Carlotta sorri
muito, parecendo uma mãe orgulhosa. Meus olhos lacrimejam
pensando em minha própria mãe.

“Bela.” Ela aperta as mãos na frente dela.

Viro para olhar no espelho gigante que fica no canto da sala. Desta
vez, realmente me sinto linda para o meu casamento. Meu coração
acelera enquanto me pergunto o que Nick vai pensar quando me ver.

Carlotta dá um passo atrás de mim. “Estes servirão?”

Solto um pequeno suspiro quando vejo os saltos que ela tem


pendurados em seus dedos. Cada centímetro deles está coberto de
diamantes. Levanto o vestido e ela me ajuda a colocá-los. Deixo cair o
vestido de volta para baixo e olho no espelho para ter certeza de que só
vejo pequenos vislumbres dos saltos. Eles são tão exagerados que não
quero que tirem o vestido lindo que Nick me deixou escolher. Tudo
combina bem, e estou animada para me casar desta vez. É uma
sensação estranha dadas as circunstâncias. Uma que eu nem mesmo
entendo.
“Você desce quando estiver pronta.” Carlotta dá um pequeno
aperto na minha mão antes de sair da sala. Meu irmão está parado na
porta.

“Você está maravilhosa.” Ele estende a mão. Eu pego. “Nós


poderíamos fugir.” Ele levanta uma sobrancelha.

Os dois guardas na minha porta não parecem tão divertidos com


sua piada. Pelo menos acho que é uma piada.

“Nunca faria isso com esses saltos,” provoco e deslizo meu braço
no dele.

Ele me guia escada abaixo.

“Você sabe para onde estamos indo ou como isso está


acontecendo?” Pergunto quando chegamos ao fundo. Percebo que os
dois guardas estão nos seguindo, mas eles mantêm uma boa distância.

“Nem uma porra de uma pista.”

“Você e essa boca.” Balanço a cabeça.

Marco murmura um pedido de desculpas. Ficamos parados por


um momento, sem saber para onde ir. Olho para duas portas duplas
onde acho que posso ouvir vozes. Sigo naquela direção e agarro a
maçaneta.

“Talvez você não devesse apenas...”


Abro a porta.

“Abrir portas aleatórias,” Marco termina a última parte em voz


baixa.

Seis homens, todos de terno, se viram para olhar na minha


direção. Meu futuro marido está sentado atrás de uma mesa, e sei que
interrompi uma reunião. Posso sentir todo o sangue sumir do meu
rosto. Sei que não devo abrir portas fechadas quando ouço vozes atrás
delas. Você nunca interrompe uma reunião. Nunca. Aprendi essa lição
ainda jovem. Foi uma que minha mãe arraigou em mim.

Meus olhos encontram os de Nick enquanto ele se levanta. Seu


olhar viaja pelo meu corpo, o sorriso maroto em seu rosto me dizendo
que ele gosta do vestido.

“Cara mia.”

A sala inteira está silenciosa quando ele contorna a mesa. “Venha


até mim.” Ele estende a mão e faz um gesto para que eu entre em seu
escritório.

“Eu deveria ter...”

Ele fixa seus olhos escuros em mim. “Você não precisa bater em
nenhuma porta em seu próprio reino, minha rainha.”

Sorrio e entro em seu escritório. De repente, me sinto mais leve.


“Venha até mim.” Ele faz um gesto com os dedos novamente.

Sei que todo mundo está nos observando. Se fôssemos apenas nós
dois, eu fingiria ser tímida e forçaria as falas, mas com todos olhando,
vou até lá e coloco minha mão na dele. Se serei sua rainha, terei que
escolher sabiamente quando quero jogar esses jogos. Por enquanto, os
deixo para outra hora.
Capítulo Dez
Nick

Nunca me considerei um homem de sorte. Não com um passado


como o meu. Corpos se alinham em meu caminho até o topo, e vou
matar quantos homens forem necessários para ficar aqui. Mas quando
vejo minha noiva em seu vestido, os olhos brilhando, seu cabelo escuro
caindo sobre os ombros e seu corpo fazendo o vestido branco cantar,
minha boca fica seca.

Eu me importo se ela interrompeu uma reunião? Porra, não. Eu a


quero de costas com meu rosto entre suas pernas? Com certeza.

Mas devo ser paciente. Então, peço para ela sentar no meu colo.

“Prossiga.” Inclino-me para trás para que ela possa se acomodar


nas minhas pernas.

Ela empoleira-se como um pássaro no início, mas então a puxo


para mais perto. Depois de envolvê-la em meus braços, ela se acomoda
contra mim.

Gio pigarreia e olha para todos os lados, menos para minha noiva.
Bom.
“Encontramos a remessa perdida no armazém dos Tuscani na
Water Street.”

“Toda?” Pergunto.

“Toda, exceto o que quer que Antônio tenha bufado antes de seu
casamento.” Dante sorri.

Ela endurece com a menção de seu nome. Passo a mão pelo braço
dela e pego sua mão, mas sinto algo duro. Algo que não pertence ali.
Puxando seus dedinhos para o meu rosto, vejo uma faixa de ouro em
seu dedo anelar.

Algo dentro de mim rosna e cerro os dentes. Apesar da minha


explosão de raiva, puxo suavemente o anel de seu dedo, em seguida,
seguro contra a luz.

“Você gostou deste anel, cara mia?” Olho em seus olhos castanhos
caramelo.

“Não.” Ela abaixa o olhar, seu cabelo se move.

Percebo uma cicatriz em sua testa. É pequena, branca e bem na


linha do cabelo. “O que aconteceu aqui?”

Ela abaixa o queixo ainda mais. “Isso foi há um tempo. Meu pai,
hum, Lorenzo. Ele não gostou quando perguntei sobre minha mãe,
então ele...” Ela para, mas não precisa dizer mais. Sei o que aquele
bastardo fez e ele pagará por isso. Carinhosamente.
“Não se esconda de mim.” Gentilmente levanto seu queixo para
cima. “Você é uma rainha. Nunca esqueça isso.”

“OK.” Ela aperta os lábios e respira fundo. “Eu deveria ter tirado
este anel, sinto muito.”

“Não há nada para se desculpar.” Ela tem medo de mim? É


engraçado, quero que todos tenham medo de mim. Não tive que ler O
Príncipe, embora tenha lido, para saber que é muito melhor ser temido
do que amado. Mas esse desejo mudou no momento em que a vi
sentada naquela mesa fria de Tuscani, pronta para seu destino, mas
sem esperar que aparecesse em minha forma. “Você nunca precisa ter
medo de mim. Você entendeu?”

“Eu...” Suas sobrancelhas se juntam.

“Eu juro, aqui na frente de todos os meus homens, que nunca


levantarei minha mão para você. Você não precisa ter medo de mim,
cara mia. Prefiro arrancar meu coração do que causar uma gota de
dano ao seu.”

Sua boca se abre em um 'o' surpreso, o que me dá muitas ideias


sujas. Logo, Cara mia.

Espalhei minha mão em suas costas, amando cada centímetro de


sua pele quente. “Você foi vendida por seu pai. Este anel era uma faixa
destinada a prendê-la, para mantê-la na linha, para mostrar domínio.
Você concordaria?”
“Sim,” ela responde rapidamente.

“Como tal, devemos destruí-lo.”

“Sim,” diz com mais força. “Por favor.”

“Está feito.” Jogo o anel para Tony. “Leve isso diretamente para a
loja de metais de Caravagio. Faça com que ele derreta. Em seguida,
pegue-o e jogue-o no rio, onde ficará para sempre, coberto de lama e
esquecido, assim como o homem indigno que pensou que poderia usá-
lo para prender minha rainha.”

“Sim chefe.” Ele sai apressado.

Acomodo-me e continuo correndo os dedos ao longo de sua pele


quente. “Agora, quais outras notícias?”

Gio pega seu telefone e sorri. “Adivinha quem acabou de aparecer


no portão da frente.”

Inclino-me e pressiono os lábios no ouvido de Sophia. “É o seu


pai.” Correndo a mão até sua nuca, a coloco lá, possuindo-a, mas não a
sufocando. “Ele acha que pode tirar você de mim. Ele pode, cara mia?”

“Não.” Sua voz ofegante dispara uma onda de calor no meu pau, e
movo meus quadris para que ela possa sentir o que faz comigo.
“Você quer voltar para ele?” Deslizo a mão por sua saia lisa até
chegar à bainha, em seguida, passo os dedos da sua panturrilha até a
sua coxa.

“Não.” Ela faz um pequeno som doce em sua garganta.

Movo os dedos mais para cima, provocando a ponta de sua cinta


liga de renda, aquela que terei em meus dentes esta noite. “Você quer
ficar comigo?”

Seus olhos se arregalam e lambo a concha de sua orelha. Quando


meus dedos se movem mais alto e roçam sua calcinha, ela agarra meu
braço. “Sim.”

“Molhada para mim, cara mia?” Sussurro em seu ouvido, em


seguida, acaricio ao longo da renda até chegar ao ponto ideal entre suas
coxas, que é feito para o prazer.

Seu corpo aperta quando pressiono a ponta do meu dedo contra


ele, em seguida, arrasto-o lentamente para frente e para trás. Ela fecha
os olhos, a cabeça pendendo para trás enquanto beijo sua garganta,
meus dedos trabalhando contra sua calcinha encharcada enquanto meu
pau exige ser liberado apenas para mergulhar na virgem apertada em
meu colo. Preciso parar, para acabar com essa tortura, mas não.
Continuo esfregando seu ponto doce até que ela se contorce no meu
colo, seus quadris se movendo em pequenas explosões enquanto a
provoco e sua bunda tensa provoca meu pau duro.
Corro os dentes por seu pescoço gracioso, então mordo sob sua
orelha. Ela engasga, seu corpo balançando na borda, então me afasto.
Não é uma tarefa fácil, mas paro e retiro os dedos, em seguida, aliso sua
saia.

Lambendo os dedos, volto minha atenção para meus homens. Eles


parecem estar muito interessados no teto em caixotões acima de nós,
embora o sorriso malicioso de Dante seja um belo pedaço de
honestidade.

Quando Sophia abre os olhos, suas bochechas ficam vermelhas em


um flash. Quase a fiz gozar na frente dos meus homens? Sim. Eu me
importo? Não. Eles precisam saber que ela é minha, e que tocá-la não
está apenas fora dos limites, é mortal. Mas confio nesses homens. Eles
são leais e inteligentes. O mesmo não se pode dizer dos convidados do
casamento que começam a chegar.

“Esses homens morrerão por você, Sophia. Você nunca precisa


temê-los. Eles vão guardar nossos segredos.” Pressiono minha testa na
dela. “Não seja tímida. Não comigo.”

“Tudo bem.” Ela balança a cabeça, embora sua voz ainda esteja
trêmula. Talvez de nervosismo, talvez de desejo. Dado o estado
delicioso de sua calcinha, eu diria o último.
“Agora, preciso ter uma breve palavra com seu pai antes da
cerimônia.” Coloco Sophia em seus pés e me levanto, em seguida, pego
meu smoking e coloco-o. “Dante, traga Carlotta.”

Sophia sorri, uma mão indo ao meu peito. “Você está


maravilhoso.”

“Não afague muito o ego dele.” Dante abre a porta do corredor e


faz Carlotta entrar.

Não adianta bater na boca dele. Ele nunca aprendeu e nunca


aprenderá. E ele provavelmente adoraria chamar a atenção.

“Carlotta, cuide da minha noiva. Por favor, acompanhe-a até a sala


dos fundos para se preparar junto com seu irmão. “

“Sim senhor.”

“Cara mia?”

Sophia se vira, seus lábios entreabertos. “Sim?”

“Na próxima vez em que eu te ver, estaremos prometendo diante


de Deus e de todos os outros aqui que pertencemos um ao outro. Você
está pronta?”

Ela não abaixa o olhar, mantendo os olhos fixos nos meus. “Estou
pronts.”
“Essa é minha rainha.” Beijo sua mão e a expulso com Carlotta. As
costas expostas de Sophia exigem que eu lamba cada centímetro dela. E
eu vou. Mas primeiro, negócios. Mais tarde, prazer. E tanto que minha
doce virgem pode me implorar para parar. Mas não vou. Não até que eu
a prove em todos os lugares e a enche com minha semente.

Ela será minha, de corpo e alma, e nossa família governará esta


cidade.
Capítulo Onze
Sophia

“Eu comprei um véu para você.” Carlotta entrega. É um lindo laço


com um clipe coberto de diamantes que combina perfeitamente com
meus sapatos. Sei que os diamantes são reais sem ter que perguntar,
mas não quero cobrir meu rosto desta vez. Andarei pelo corredor com
a cabeça erguida e meu irmão ao meu lado. Quero ver a expressão no
rosto do meu pai enquanto faço isso. Antes que possa expressar essas
palavras, Carlotta reprime esse pensamento.

“Ele está tendo um problema com a parte de trás do vestido. Isso


pode cobrir um pouco.” Ela estende a mão, prendendo o véu em meu
cabelo. Ela não o empurra para frente para cobrir meu rosto, mas o
coloca para trás para cobrir algumas partes das minhas costas. Admito
que fiquei um pouco desconfortável com a quantidade de pele que
tenho mostrado. Não é algo a que estou acostumada, mas sentir as
mãos de Nick subindo e descendo pela minha espinha me fez esquecer
de todo o resto. Bem, principalmente tudo o mais, exceto o fato de que
meu pai tinha aparecido. Um arrepio percorre meu corpo, embora
saiba que Nick nunca deixaria Lorenzo fazer nada comigo. Não é que
esteja com medo por mim, não realmente. É mais uma preocupação
sobre o que acontecerá com Nick. Meu pai vai tentar matá-lo? Esse
pensamento fica pesadamente em meu peito. Agora, não preciso me
preocupar apenas com Marco, mas também com Nick. Resisto à
vontade de esfregar os olhos.

Ainda estou surpresa com a forma como Nick falou sobre seu
negócio na minha frente. Sei que não devo falar das coisas que ouvi,
mas meu pai e meu avô nunca saíram falando abertamente sobre
negócios. Não como Nick. É como se ele quisesse que eu soubesse o que
está acontecendo. Ou talvez não seja tanto que ele queira que eu saiba,
mas sim que ele iria compartilhar comigo se demonstrasse interesse. É
revelador e estranhamente revigorante ser incluída, mas tenho a
sensação de que haverá muitas coisas sobre as quais preferirei não
saber. Chame-me de tola, mas esta é a vida que ganhei. Isso não
significa que tenho que deixar toda a feiura que vem com isso me
revestir.

Quando ouço gritos vindos do corredor, viro em direção à porta.


Conheço a voz. Um arrepio se instala profundamente em meus ossos. O
calor que Nick colocou lá se desvanece. Meu pai está realmente aqui. A
facilidade com que ele controla meu humor causa medo dentro de mim.
É um poder que acho que ele sempre terá sobre mim, não importa o
quanto eu tente e lute contra ele.

“Onde está meu irmão?” Pergunto a Carlotta. Ele não tinha


entrado no escritório comigo e quando saí, não o tinha visto.
“Ele está aqui. Esperando para levá-la até o altar. É isso que você
quer, não é?”

“Sim.” Tinha esquecido de perguntar a Nick sobre isso. “Podemos


fazer isso?”

“Claro.” Ela me dá um daqueles grandes sorrisos. “Você ainda não


entendeu.” Ela aperta meu braço. “Você irá.”

Ela é meu principal recurso quando se trata de Nick. Só não tenho


certeza se vai responder a todas as minhas perguntas. A lealdade é
profunda e sou praticamente uma estranha para eles, apesar de estar a
momentos de me juntar à família. Pela maneira como Nick está agindo,
sou parte disso aos olhos dele. O pensamento envia outro daqueles
arrepios quentes pelo meu corpo. Minha mente volta para como ele me
tocou na frente de seus homens. Ele não tinha me mostrado totalmente,
mas mostrou que eu era dele, e se ele quisesse me dar prazer, ele o
faria.

Ele não se importava com quem estava por perto. É tão diferente
do que estou acostumada. Ele até mostra afeto por seus homens de
alguma forma, deixando-os falar com ele com uma familiaridade que
meu pai odiaria.

Na família Scalingi, as mulheres são usadas para sexo, nada mais.


Mas os olhos de Nick brilham com calor sempre que ele vê o desejo que
pode puxar de mim. Ele gosta de me deixar excitada, continuamente me
levando ao limite apenas para me deixar com uma promessa de seu
prazer. Ele está tentando me conquistar. Pode ser mais um dos meus
pensamentos tolos e ingênuos, mas estou começando a realmente
sentir que ele quer me ganhar, não apenas me ter como garantido. Ele
deixou claro que serei dele, mas ele ainda está me facilitando nisso. Ele
quer que me entregue a ele, e estou achando isso surpreendentemente
fácil de fazer.

“Nick foi casado antes?” A pergunta simplesmente surge. Quer


dizer, Nick é mais velho do que eu. Ele provavelmente está em seus
trinta e poucos anos. É muito tempo gasto neste mundo sem mim. Eca.
Essa porcaria de ciúme está me consumindo. Deveria ser a coisa mais
distante da minha mente, mas aqui estou eu cutucando mais uma vez.

Carlotta levanta uma sobrancelha. “Não. Para um DaVinci, o


casamento é para toda a vida. Não haverá divórcio. Não acho que essa
palavra esteja no vocabulário deles.”

Hmm. Não admira que ele atirou no meu ex, tornando-me uma
viúva.

A maneira como ele matou Antônio e ficou ali me olhando com


olhos escuros e famintos. Era como se eu fosse uma surpresa para ele
tanto quanto ele era para mim.

“Ele não planejava trazer uma noiva para casa hoje, não é?”

Isso só fez Carlotta sorrir ainda mais.


“Não, fiquei chocada ao vê-la aqui. Nick sempre foi discreto. Nunca
vi nenhuma mulher que ele pudesse ter tido em seu passado, e eu
saberia, mas aqui está você. Quase caí em choque, para ser honesta. Ele
declarando que ia se casar com você e me dizendo para levá-la ao
quarto dele quase me matou.” Ela ri e balança a cabeça, seu cabelo
grisalho preso em um coque elegante. “Os homens DaVinci vão atrás do
que querem. É por isso que ele vai tão longe. Mais do que seu próprio
pai. Ele sabe em segundos qual deve ser a decisão certa. Suponho que
ele deu uma olhada em você e seu destino foi selado.”

“Meu destino foi selado há muito tempo.” Suspiro e me viro para


dar uma última olhada no espelho com o véu agora no lugar. De alguma
forma, Nick conseguiu tirar o vestido dos meus sonhos. O homem
realmente é bom em ler as pessoas.

Outro berro ecoa pelo corredor. Meu pai está além de nervoso. De
repente, estou com medo de que esse casamento não aconteça. Claro,
meu destino sempre foi definido, mas meu pai poderia parar com isso?
Ele poderia tentar fazer um negócio melhor com Nick. No final das
contas, o poder é sempre o que esses homens mais desejam. Estou um
pouco chocada por nem mesmo temer pela vida do meu pai. Estou tão
endurecida por aquele homem que não me importo com o que
acontecerá com ele, desde que Marco esteja seguro.

Pelo baque forte que ouço e pelo estrondo que se segue, sei que
alguém foi atingido e sem dúvida atingiu o chão. A comoção cresce, e
não posso confundir os sons de armas sendo puxadas e engatilhadas.
Corro para a porta e abro. Marco está parado bloqueando meu
caminho.

“O que está acontecendo?” Tento espiar em torno de seu corpo


grande, mas ele dá um passo mais para dentro da sala, bloqueando
minha linha de visão. “Seu futuro marido está colocando nosso pai em
seu lugar.” Marco tem o maior sorriso no rosto que eu já vi. Sua
presunção me deixa à vontade pela primeira vez.

“Você está gostando um pouco demais.” Estico-me, arrumando


seu smoking.

“Nick deu um tapa nele.”

Suspiro um pouco, desculpe por ter perdido. Adoraria ver meu pai
sendo um pouco maltratado. Ok, muito.

Marco estende a mão, movendo meu cabelo para mostrar a


pequena marca que meu pai deixou há muito tempo. “Agora ele vai
usar sua própria marca.” Nick pode não ter dito por que bateu nele,
mas eu sei por quê.

Fico lá em estado de choque por um momento. Uma violência


como essa não deveria me excitar, mas excita. A cada vez, Nick está
provando sua devoção por mim.

“Ele fez isso por mim.” Toco a cicatriz. “Por isso.”


“As coisas são diferentes aqui. Nick não é como Lorenzo ou
Antônio,” meu irmão admite. Ele olha ao redor e vejo alguns guardas
nos observando. Pergunto-me se eles temem que eu fuja, ou se estão
estacionados aqui para minha segurança.

“São mesmo,” eu concordo. “Nick pode ter matado meu marido


esta manhã, mas acho que ele salvou nossas vidas.”

Meu irmão balança a cabeça enquanto me oferece o braço. “Acha


que nosso pai vai assistir à cerimônia?”

“Não acho que ele realmente tenha escolha.” Desta vez sou eu
quem sorri. Não me incomodaria se meu pai não estivesse no meu
casamento, mas pensar nele sendo forçado a fazer algo que não quer
me dá grande prazer. Sorrio ao perceber que ele finalmente saberá
como é estar sob o controle de outra pessoa. Adoro que seja Nick quem
o está colocando lá.

Também estou ansiosa para estar sob o controle do meu marido


esta noite. Meu pai pode odiar, mas tenho a sensação de que vou adorar
cada segundo.
Capítulo Doze
Nick

Os convidados estão aqui. Todas as famílias estão representadas,


até mesmo os Scalingis. Lorenzo está sentado na primeira fila, sua
amante ao seu lado. Ela parece ter percebido o perigo, talvez seja o
sangue escorrendo do corte na testa de Lorenzo que o denunciou, e se
aproxima dele com os olhos arregalados.

Ela não será prejudicada. Mas não me incomoda que ela teme por
sua vida. Foder Lorenzo foi uma péssima escolha de vida. Agora é hora
de pagar.

Os outros chefes sentam-se com suas esposas, seus rostos


principalmente estoicos. Tenho certeza de que eles ficaram mais do
que um pouco surpresos por assistir a um segundo casamento hoje,
especialmente um com a mesma noiva, mas eles estão escondendo,
esperando para ver como essa situação vai se desenrolar. Eles não
precisam se perguntar. Ao final da cerimônia, controlarei os DaVincis,
os Tuscanis e terei um forte ponto de apoio com os Scalingis. No
mínimo, eles deveriam se preocupar, porque se eles me cruzarem, não
demorará muito para que eu apareça para pegar seu pedaço da torta.
“Nick.” Padre Rantini toma seu lugar na frente da sala, suas vestes
formais dando o tom certo. Este não é um casamento falso ou um
pagamento de uma família para outra na forma de uma noiva relutante.
Este é um casamento, uma união de almas, um encontro de mentes, e é
o primeiro passo verdadeiro em direção à minha dinastia. Com Sophia
ao meu lado, esta cidade será nossa. Que isso irrite Lorenzo é um
bônus.

O quarteto de cordas começa a tocar uma música que ouvi em


casamentos toda a minha vida, e os convidados parecem relaxar um
pouco. A música acalma os animais selvagens, aparentemente.

Ajusto minha gravata enquanto Gio se aproxima de mim, seu


smoking quase tão bom quanto o meu.

“Está pronto?”

Ele dá um tapinha no bolso. “Tudo pronto.”

“O joalheiro seguiu minhas instruções?”

“Para o 't'.” Ele balança a cabeça e olha para a pequena


assembleia. “Eles estão em um casamento ou funeral?” Sussurra.

“Se alguém sair da linha, podem ser os dois.”

“Nick, se você estiver pronto, podemos prosseguir.” O padre


Rantini sorri, seus velhos olhos lacrimejantes não perdem nenhum
detalhe. É um casamento da máfia, mas ele fez muito disso ao longo dos
anos.

Carlotta paira na entrada do corredor oeste. Empurro meu queixo,


e ela sorri e sai correndo para pegar minha noiva.

“É isso. Fora do mercado.” Gio me olha de esguelha. “A menos que


você pretenda estar pegando garotas nas laterais.”

“Não está acontecendo. Sophia é a minha única.” A ideia de outra


pessoa se torna nojenta.

“Estava apenas explodindo suas bolas. Você acha que não sei
como você fica quando coloca sua mente em algo? Vi como você olha
para ela. Ela é a única.”

“Nunca pensei que isso fosse acontecer.” Não posso acreditar que
a encontrei. Durante todo esse tempo, outras famílias tentaram me
vender suas filhas, criaturinhas inocentes de olhos arregalados e
cabeças vazias. Mas Sophia é diferente. Há fogo nela e, com o tempo,
pode queimar o suficiente para formar nossa família. “Mas um rei
conhece uma rainha quando a vê.”

“Pode apostar.” Ele revira os ombros. “Acho que ela está quase
aqui. Ei, você acha que Lorenzo vai explodir ou o quê?”

Olho para ele. Seu rosto está vermelho e ele agarra a mão de sua
pobre amante como se fosse uma bola antiestresse.
“Se ele fizer, eu cuido disso.”

Dante está parado na porta de entrada, sua cabeça girando


enquanto olha os convidados. Estamos todos armados até os dentes,
apesar de nossos smokings, meu alfaiate sabe para que tipo de homem
ele trabalha e sempre deixa espaço apenas para uma arma e algumas
facas.

A música muda para a marcha nupcial, e prendo minha respiração


quando Dante abre as portas.

Minha mente para meu coração tropeça e fico completamente


imóvel quando ela aparece. Uma visão em elegância discreta, ela trava
os olhos em mim enquanto Marco a acompanhada pelo corredor. Os
convidados se levantam, todos menos Lorenzo, enquanto ela caminha
entre eles como uma deusa por entre uma multidão de camponeses.
Meu amor, meu coração, a metade de minha alma que estava faltando
até eu entrar na casa de Tuscani, matar seu marido e tomá-la para mim.
Mas era assim que deveria ser. Vou matar quantos forem necessários
para reclamá-la, porque somos um.

Ela mantém os olhos em mim, cada passo a trazendo para mais


perto. Quando Marco a passa para mim, não consigo parar de sorrir. Ela
olha para baixo, recatada por um momento, então olha nos meus olhos.
A alegria dela coincide com a minha quando viramos para o Padre
Ratini.
Ele começa sua introdução, uma versão resumida do mesmo
serviço que prestou esta manhã. Eu continuo olhando para ela, a beleza
ao meu lado. Seu véu flutua por suas costas, e estou satisfeito por ela
ter escolhido não cobrir o rosto. Ela nunca deve se esconder, nem de
mim, nem de ninguém. Uma rainha deve ser vista, desejada, cobiçada,
mas apenas verdadeiramente dominada por seu rei. E, oh, como
pretendo dominá-la assim que esta cerimônia for concluída.

“Sophia.” O padre Ratini sorri. “Você aceita este homem para ser
seu marido, para ter e manter, a partir de hoje, para melhor, para pior,
para mais rico, para mais pobre, na doença e na saúde, até que a morte
os separe?”

Ela morde o lábio por um segundo, e todo o meu mundo se


equilibra nas próximas palavras de sua doce boca. Respirando fundo,
ela diz: “Sim.” O sorriso que se segue é um que nunca esquecerei.

Padre Ratini repete a mesma pergunta para mim, e não hesito.


Não quando minha Sophia está na linha.

“Eu aceito.” Aperto suas mãos quentes nas minhas.

“O anel?” Padre Ratini olha para Gio.

“Oh.” Ele enfia a mão no bolso. “Estou com eles.”

Ele me entrega os dois anéis. Um é uma banda de platina simples,


embora eu tenha o nome de Sophia gravado no interior, então ela está
sempre em minha mente sempre que eu olho para ela. O dela é
exatamente o que eu exigi do meu joalheiro, uma pulseira cheia de
diamantes com uma base de platina. Ele emite reflexos cintilantes
quando eu o seguro, cada pedra lapidada em esmeralda uma
combinação perfeita com a próxima a ela. É pesado, mas também é meu
compromisso com minha rainha.

Os olhos de Sophia se arregalam e ela estende a mão trêmula.

Eu a estabilizo, como sempre farei, e coloco o anel. Ela pega meu


anel e faz o mesmo. Vinculados. Não pelas expectativas da família. Não
por qualquer tipo de aliança. Estamos ligados de coração e alma, e
vamos esmagar qualquer um que queira nos destruir.

“Você pode...”

Não deixo o padre Ratini terminar. Em vez disso, a puxo em meus


braços e a reivindico com um beijo esmagador. Seu grito assustado é
mel na minha língua, e eu a inclino para trás, apoiando-a
completamente enquanto a faço minha para que todos vejam.

Ela agarra meu bíceps, seu corpo ficando lânguido em meus


braços enquanto confia em mim para segurá-la. Nosso beijo se
aprofunda em níveis certamente inadequados até que eu a puxo de
volta e me afasto dela.

“Em breve, cara mia,” sussurro em seu ouvido. “Provarei tudo de


você.”
Ela estremece quando viramos o rosto para a sala.

“Posso apresentar a vocês o Sr. e a Sra...”

“Sua puta!” Lorenzo se levanta e aponta para minha noiva. “Você


se casa com Antônio, e o cadáver dele nem está frio, e agora você se
casa com esse bastardo!”

Todo o ar sai da sala quando Lorenzo começa a xingar Sophia em


italiano, cada palavra perversa de seus lábios como um veneno que a
faz se dobrar sobre si mesma, seus ombros se curvando, sua cabeça
caindo.

“Uma prostituta igual a sua mãe! Estou feliz por tê-la matado.” Ele
dá um passo em direção a ela, com as mãos estendidas. “Eu a
estrangulei com essas mãos, como todas as prostitutas como você
merecem, e você é a próxima, sua filha da puta de merda...”

O tiro o corta, o buraco em sua testa escorrendo sangue enquanto


ele cai de costas sobre sua patroa. Os convidados se levantam, alguns
deles correndo em direção à porta. Mas Dante está na frente deles,
arma na mão.

Ninguém está saindo. Não até eles me ouvirem.

“Sophia DaVinci é minha.” Levanto a voz e guardo minha pistola


ainda fumegante. “Ninguém levará minha esposa. Ninguém insultará
minha esposa.” Aponto para o corpo de Lorenzo. “Isso é o que vai
acontecer com qualquer pessoa que procurar machucar a mim, minha
família ou minha rainha.” Pego a mão trêmula de Sophia na minha
enquanto a amante de Lorenzo começa a gritar, sangue manchando seu
vestido. “Este casamento está encerrado.” Aponto para Dante abrir a
porta para que os convidados possam sair.

A maioria deles sai apressada, embora alguns dos outros chefes


de família não tenham pressa. Eles já viram esse tipo de violência e
sabem que Lorenzo estava fora da linha. Mesmo assim, eles me
lançaram olhares de esguelha. Sorrio de volta para eles. Marco fica, os
olhos em Lorenzo. A criança pode ser um problema. Só o tempo irá
dizer. Mas ele tem minha proteção e não vou quebrar minha palavra
para Sophia.

Uma vez que a sala está limpa, pego minha noiva em meus braços
e a carrego escada acima. Se ela quiser ficar de luto pela mãe, nós o
faremos. Se ela quiser falar sobre nosso futuro e o que a morte de
Lorenzo significará, nós o faremos. Mas só depois de eu tê-la
reivindicado de todas as maneiras que importam.
Capítulo Treze
Sophia

Meu coração bate forte quando Nick sobe as escadas de dois em


dois em direção ao nosso quarto. Ninguém segue atrás de nós. Minha
mente tenta se atualizar com tudo o que acabou de acontecer.

Meu pai está morto. Penso de novo, as palavras são tão definitivas.
Meu pai está morto.

Ele admitiu ter assassinado minha mãe antes que meu marido
colocasse uma bala em seu crânio. Fiquei tão chocada com sua explosão
sobre minha mãe quanto com a rapidez com que Nick reagiu. Assim
que as ameaças deixaram a boca de Lorenzo, Nick o abateu
suavemente. Não houve hesitação em seus movimentos. Ele já fez isso
antes, e agora sei que ele fará de tudo para proteger minha honra. Meus
dedos cavam em seu paletó enquanto me agarro a ele, nunca querendo
me soltar. Como é que me sinto segura com ele quando o testemunhei
assassinando duas pessoas em 12 horas? Acho que é o conhecimento
de que eles eram homens maus que me ajuda a não me sentir culpada.
Meu pai assassinou minha mãe, então não tenho pena dele. Ele a tirou
de mim, e agora Nick retribuiu o favor tirando sua vida.
Ela não me deixou. Não por sua própria vontade. Meus olhos
lacrimejam com a justificativa desse pensamento. Marco e eu não
fomos abandonados. Mesmo que ela tenha ido. Mesmo que não mude
nada, isso significa muito para mim. Ela nos amou e foi roubada de nós.
Agora o ladrão de sua vida pagou com sangue.

“Você está com medo, cara mia?” Nick pergunta.

“Sim,” admito. Estou com medo de muitas coisas agora. Uma delas
é o que vai acontecer a seguir e o que vai acontecer com meu irmão
Marco. Nick me prometeu sua segurança, então tenho que confiar
nisso. Perguntar novamente agora seria um sinal de desrespeito. Ele
não fez nada para me fazer pensar que ele quebraria seu voto para
mim. Definitivamente haverá consequências das outras famílias sobre
isso, mas eu sei no meu coração que Nick protegerá Marco do pior.

“Tem medo de mim?” Ele entra em nosso quarto e fecha a porta


com um chute.

Balanço a cabeça. Pensando nisso, acho que nunca tive. Não


quando ele atirou no meu marido e não quando ele me tomou para si.
Tudo o que eu senti então foi alívio. Eu ainda sinto isso. “Não tenho
medo de você.”

“Minha rainha corajosa. Muitas pessoas não diriam isso para


mim.” Ele me coloca na cama e eu o solto para poder olhar em seus
olhos escuros. Não, eu não tenho medo dele.
“Estou com medo de que você se machuque,” admito. Essa é a
verdade. Só conheço o homem há algumas horas, e nesse pouco tempo
me apaixonei por ele. O pensamento de algo ruim acontecendo com ele
faz minha alma doer. Mas haverá consequências. Ele matou dois
homens. Não apenas dois casuais quaisquer na rua, homens poderosos.
Aqueles que eram os chefes de suas famílias. Famílias que procuram
vingança. Quando meu avô Pasquale descobrir... Engulo em seco. Isso é
o que mais me assusta.

“Você vai tentar me deixar?” Ele inclina a cabeça, um pequeno


sorriso nos lábios, e pousa a mão no meu busto.

“O que? Não, claro que não.”

“Bom. Você não estar aqui comigo é a única coisa que poderia me
machucar. Além disso, eu não iria deixar você ir. Eu te seguiria aonde
quer que você fosse.” Ele rasga meu vestido bem no meio.

Suspiro com a violência disso, com o calor que se acumula em


meu núcleo por causa de sua agressão.

“Nick.” Levanto-me, precisando tocá-lo. Como um homem pode


ser tão mortal, mas tão doce, nunca vou entender. “Haverá guerra.”

“Como deveria ser. Ele matou sua mãe.” Ele parece tão bravo
quanto eu. Fecho meus olhos por um momento, apenas pensando nela.
Ele move seu corpo, inclinando-se em cima de mim. Sua boca roça
suavemente a minha. “Qualquer um que machucar você conhecerá a
morte. Provei esse ponto hoje. Você não vai viver com medo.”

“Tenho medo de perder você,” respiro contra sua boca.

“Confie em mim, cara mia. O próprio diabo não poderia me tirar


de você.” Sua língua desliza em meus lábios. Os separo em um convite.
Ele avidamente toma minha boca. Há muito a ser dito. Tanto isso está
acontecendo, mas agora tudo que eu quero é estar conectada a ele.
Deslizo as mãos por seu peito e pescoço, em seguida, cavo meus dedos
em seu cabelo curto enquanto envolvo minhas pernas em torno dele,
puxando-o para perto.

Ele rosna em minha boca.

“Muitas roupas,” digo enquanto tento puxar o terno de seu corpo.

Ele empurra para trás com um grunhido e fica ao lado da cama. Eu


me levanto nos cotovelos para assistir enquanto ele tira suas roupas,
seus olhos nunca deixando meu corpo. Meu rosto esquenta com o
pensamento de meu peito nu sendo totalmente exibido para ele. Toda a
renda que estou usando coça para ser arrancada pelos dedos dele. Eu
me concentro nele enquanto cada camada de sua roupa cai no chão. Ele
está na minha frente em toda a sua glória nua. Mesmo sem um pedaço
de roupa, ele exala confiança e poder. Meus mamilos endurecem
enquanto meu corpo clama por ele para dar prazer. A umidade
acumula-se entre minhas coxas, fazendo a seda grudar em mim.
Meus olhos percorrem seu corpo. “Nick.” Sento-me, estendendo a
mão para correr meu dedo por uma das muitas cicatrizes que cobrem
seu torso. “Você vê por que estou com medo?” Digo antes de me
inclinar e beijar uma.

Ele puxa o véu, jogando-o fora antes que seus dedos cavem em
meu cabelo. “Esta é a vida que levamos.”

Beijo outra marca.

“Não sou mais jovem e burro. Vou ter cuidado e ter certeza de
voltar para casa para você. Não corro pelas ruas. É aqui que eu
pertenço.” Ele me beija suavemente uma vez antes de deslizar sua
língua na minha boca. Suas mãos exploram meu corpo. Suas pontas dos
dedos alcançam e provocam meus mamilos até que estou ofegante de
necessidade. Antes que eu possa me inclinar para trás, ele interrompe
nosso beijo e se afasta mais uma vez.

“O que está errado?” Encontro seus olhos, me perguntando se algo


que eu fiz o fez se afastar de mim.

“Cara mia, nada poderia estar errado quando se trata de você.


Você é perfeita.”

Minhas bochechas parecem estar em chamas.

Ele aponta o dedo para mim. “Fique de pé. Quero ver você toda.”
Saio do lado da cama hesitantemente porque nunca estive nua na
frente de um homem antes. Nick me faz sentir sexy embora. A
necessidade que ele tem de mim transparece em seus olhos, me
fazendo querer me apresentar a ele.

“Você usou isso para tentar me matar, Cara mia?” Diz com um
sorriso no rosto. “Muitos homens tentaram e falharam, mas com esse
traje você quase conseguiu.”

Balanço minha cabeça. Estou ficando mais confiante quanto mais


ele me encara.

Ele lambe os lábios. “Você me deseja, Cara mia?”

“Eu quero você, Nick. Você inteiro.”

Ele rosna enquanto rapidamente me aperta e leva minha boca


mais uma vez, desta vez me beijando sem fôlego. “Você já tem a maior
parte de mim, cara mia. No final desta noite, cada centímetro de mim
será seu.” Sua mão desce para esfregar minha calcinha de renda. “Eu
posso sentir seu desejo através da seda e da renda. Tenho a intenção de
lamber toda essa doçura de você quando você gozar na minha língua.
Mas, primeiro, quero que você a tire para mim devagar.” Ele dá um
passo para trás, seus olhos nunca me deixando. É como se ele estivesse
reconhecendo que muitas das minhas escolhas nas últimas 24 horas
não foram minhas, e ele quer que isso seja diferente. Ele quer que eu
escolha dar meu corpo a ele.
Eu me viro, dando a ele minhas costas. Então deslizo meus dedos
no topo da minha calcinha enquanto eu olho por cima do meu ombro
para ele, antes de me curvar completamente para tirá-la das minhas
pernas. Dou a ele um pequeno show enquanto faço isso. Quero dar ao
meu rei o que ele está pedindo. Para mostrar a ele que quero estar aqui.
Começo a me virar para jogá-los de lado, mas ele está em mim. Minhas
costas batem na cama enquanto ele desce sobre mim. Ele me beija e,
em seguida, trilha seus lábios até meus seios. Sua língua aparece para
lamber meu mamilo atrevido antes que ele o chupe em sua boca. Gemo
seu nome e cavo meus dedos em seus cabelos.

Nunca experimentei uma sensação de prazer como a que Nick


está me dando agora. Meu corpo arqueia em direção a ele. Ele libera
meu mamilo e continua sua jornada pelo meu corpo, sugando e
lambendo enquanto segue. Meu estômago treme quando ele puxa a
língua para baixo.

Seu dedo roça levemente sobre a pequena mecha de cabelo entre


as minhas pernas.

“Sua boceta está tão molhada para mim, cara mia. Ela sabe que me
pertence? Que sou seu rei?” Antes que eu possa responder, ele cai de
joelhos e me puxa para ele. Sua boca pousa em mim e eu sinto a
primeira lambida elétrica de sua língua no meu clitóris.
Capítulo Quatorze
Nick

Ela está exposta a minha frente como um banquete, um banquete


que levarei meu tempo para desfrutar. Uma lambida lenta me dá seu
sabor doce, e enterro meu rosto entre suas coxas enquanto ela agarra
os lençóis.

“Sou o único que conhecerá essa doçura.” Lambo com o lado largo
da minha língua todo o caminho até sua carne tenra.

Ela engasga. “Nick!”

“Nenhum outro.” Lambo de novo e de novo. “Diga-me, cara mia.


Você é minha?”

“Sua.” Ela arqueia enquanto pressiono minha língua dentro de sua


boceta virgem. Chupo e lambo, devorando cada pedacinho dela,
cobrindo minha boca com sua umidade e mergulhando dentro dela por
mais.

Pressionando minhas mãos contra o interior de suas coxas, eu a


abro o mais longe que ela pode ir, em seguida, concentro-me em seu
clitóris. Suas pernas tremem enquanto chupo aquele local e dou amor
com a ponta da minha língua.
Corro meus dedos por sua coxa, em seguida, coloco um dentro
dela. Ela aperta em torno de mim, seu corpo fica tenso.

“Relaxa, cara mia.” Lambo seu clitóris mais rápido. “Você vai
adorar isso, mas preciso deixar você pronto para mim.”

Meu pau se contrai em concordância enquanto eu a acaricio com


minha língua, meu dedo empurrando mais fundo dentro dela. Ela fica
tensa novamente, mas acalmo a incerteza, lambendo-a enquanto
mantenho a pressão dentro dela. Uma vez que meu dedo está revestido
e suas paredes me aceitam, eu deslizo outro dedo.

Ela se abaixa e agarra meu cabelo, suas unhas arranhando meu


couro cabeludo enquanto entro e saio, minha língua chicoteando seu
clitóris enquanto ela se contorce. Eu a estou aprendendo, gravando
cada pequeno som que ela faz, o que faz suas pernas tremerem, o que a
faz mover seus quadris no meu ritmo. Sempre vou agradá-la, sempre
dar a minha rainha a liberação de que ela precisa.

Virando meus dedos para cima, os enrolo e ela estremece. Sorrio


contra sua boceta molhada, em seguida, vou atrás de seu clitóris a
sério. Ela joga a cabeça para trás, seu corpo arqueando, seus seios
perfeitos implorando para serem chupados e, em seguida, seus quadris
param, sua respiração para e sua boceta aperta meus dedos. Com um
gemido baixo, ela se desfaz, seu corpo sob meu controle enquanto eu
torço seu primeiro orgasmo, lambendo e empurrando enquanto ela
puxa meu cabelo e sacode em pequenas ondas. Quando ela respira de
novo, dou-lhe uma lambida final e, em seguida, rastejo por seu corpo.

Compartilhando seu gosto com ela, eu beijo seus lábios doces, e


ela estende a mão e agarra meus ombros. Meu pau repousa contra sua
entrada molhada, e tudo que posso fazer para não empurrar em sua
boceta apertada e possuí-la implacavelmente. Mas esta é sua primeira
vez. Devo me controlar.

Ela não está facilitando as coisas, não quando cava as unhas em


meus ombros e balança os quadris contra mim. “Por favor.”

Essa palavra em seus lábios iria quebrar qualquer homem. Posso


ser forte, muitos diriam implacável, mas essa mulher me domina e eu
nunca quero que isso pare.

“Fique quieta por mim, cara mia.” Pressiono uma mão em seu
ombro, prendendo-a enquanto coloco meu pau em sua abertura
apertada.

Ela fica tensa, fechando os olhos.

“Olhe para mim.” Continuo facilitando dentro dela, meu aperto em


seu ombro nunca vacilando, mesmo enquanto ela se contorce. “Segure
firme. Porra, você é tão apertada.” Mordo de volta um gemido quando
meu pau fica coberto com seu mel, a pressão de suas paredes lisas
como nada que eu já conheci.
Ela arregala os olhos. “Isso aperta.”

“Eu vou consertar isso.” A beijo enquanto deslizo o mais longe que
posso para dentro, meus músculos tremendo com o controle que estou
exercitando.

Nunca senti tanta perfeição, seu corpo tomando tudo de mim tão
confortavelmente que minhas bolas exigem liberação. Mas eu não vou
ceder. Não até que ela goze com tanta força que eu tenha arranhões nas
costas.

Sua boca se abre e eu a indico enquanto ela lentamente relaxa.


Com um movimento rápido, eu puxo para fora, em seguida, embuti-me
bem no fundo. Sua boceta tem espasmos e engulo seu grito de dor.
Estou coberto por sua umidade escorregadia e deslizo para dentro e
para fora em movimentos lentos. A euforia de estar dentro dela embaça
minha mente, e quero que ela se sinta tão bem quanto eu.

Ela relaxa ainda mais e eu solto seu ombro. Apoiando-me nos


cotovelos, beijo sua dor. “Vai se sentir bem, cara mia. Você vai gozar de
novo. Desta vez, vou sentir cada pedacinho de sua felicidade.”

Ela balança a cabeça enquanto me inclino para seu pescoço e


chupo o ponto abaixo de sua orelha. Ela estremece e abre as pernas um
pouco mais. Não preciso mais de um convite. Começando um ritmo
lento e suave, eu fodo minha noiva como um cavalheiro... Inicialmente.
A coloco nele, adorando-a com meu pau e minha boca enquanto a faço
minha.

Uma vez que ela está solta, seu corpo flexível, sua respiração
difícil, acelero. Ela arqueia, seus seios pressionando contra meu peito.
Não consigo resistir, então eu me inclino e chupo um em minha boca.
Seu gemido envia uma explosão agradável de calor através de mim, e
mordo suavemente. Quando suas unhas arranham minhas costas, eu
mordo com mais força.

Ela engasga, sua boceta aperta em torno de mim.

“Você está perto, cara mia?” Encontro seus olhos novamente,


nossos corpos escorregadios de suor deslizando um contra o outro
enquanto o tapa erótico de nossa carne ricocheteia ao redor da sala.
“Você vai gozar no meu pau?”

“Tão, tão imundo.” Ela não está repreendendo. Em vez disso, me


aperta ainda mais forte.

“Você gosta de sujo, não é, minha esposa?” Sussurro em seu


ouvido. “Você gosta de ser preenchida com meu pau e revestida com
meu gozo, não é?”

“Oh, Nick,” ela geme enquanto puxo seu cabelo e chupo sua
garganta, prendendo sua pele macia entre meus dentes.
Descendo, coloco minha mão entre nós e pressiono meu polegar
em seu clitóris.

Ela congela, seus quadris travam, e enquanto eu giro aquele


pequeno ponto doce, ela desmorona, sua boceta me agarrando
enquanto ela cava suas unhas em minhas costas, segurando em mim
enquanto ela cavalga sua onda de prazer. A pressão é demais, ela soa
como um afrodisíaco por conta própria, e não posso impedir minha
liberação. Empurro dentro dela, pressionando contra seu útero, e gemo
enquanto caio junto com ela, dando a ela minha semente, meu amor. Eu
me esfrego contra ela, puxando até a última gota de seu orgasmo até
que ela se esgote.

Vou até meus cotovelos e a beijo, despejando meu amor nela


enquanto nossas almas se unem como uma. Ela é minha assim como eu
sou dela, e ninguém jamais se colocará entre nós.

Se alguém tentar? Eles terão o mesmo destino de seu pai.

****

Ela dorme no meu peito, sua respiração fácil fazendo cócegas na


minha pele. Pego meu telefone e verifico. Gio e Dante estão me
explodindo, embora suspeite que eles sabiam que eu não verificaria até
que eu tivesse tirado a virgindade de minha noiva e deixado minha
marca. Missão cumprida.
Os textos estão todos na mesma linha. Pasquale, o avô de Sophia,
se juntou aos Fulmaris e mobilizou um exército para me derrubar. Eu
suspiro.

“Hmm?” Ela olha para cima, seus olhos de anjo sonolentos e


saciados.

“Vá dormir, cara mia.” Puxo seus dedos para meus lábios e os
beijos. Quando me movo para me levantar, ela me agarra.

“Onde você está indo?”

“Ao negócio.” Acaricio seu cabelo macio. “Você conhece essa vida.”

“Por favor, seja cuidadoso.”

“Se minha rainha mandou, então serei.” Beijo seus lábios, dando-
lhe um adeus suave enquanto deslizo o resto do caminho para fora da
cama.

“Preciso que você volte para mim. Vivo.” Ela se senta agora, o
lençol apertado contra o peito.

Corro para o meu armário e visto algumas roupas. Meus homens


precisam se mexer e uma estratégia já está se formando em minha
mente. No final desta noite, terei a maior parte dos negócios do
submundo nesta cidade e o sangue de Pasquale em minhas mãos.
“Eu vou.” Volto para ela e a beijo novamente, desta vez
lentamente, saboreando sua boca enquanto meu corpo aquece
novamente. “Eu não posso deixar você sem vigilância. Não quando o
tesouro entre suas pernas merece outra boa lambida e uma foda
especialmente completa.”

Ela cora lindamente. “Você tem uma boca suja.”

“Apenas para você.” A beijo novamente, em seguida, afasto-me da


cama antes de ficar tentado a voltar para ela e cumprir minhas
palavras.

“Por favor se cuide.” Seus olhos estão arregalados, a preocupação


girando neles.

“Durma, Cara mia. Vou voltar antes do amanhecer e fazer você


gemer.” Saindo pelas portas duplas, peço que meus homens as fechem,
depois coloco minha cara de jogo. “Nenhum de vocês deve sair do lado
dela. Compreende? Ela deve ser protegida a todo custo. Se vocês
falharem, eu terei suas cabeças. Estamos entendidos?”

“Sim chefe.”

Bato em seus ombros. “Bons homens.”

Virando, encontro Gio no corredor, seu cabelo mais comprido


uma bagunça e seu rosto contraído. “Eles se mudaram para um de
nossos armazéns.”
“Qual deles?”

“Carter Street.” Ele me segue escada abaixo.

Eu sorrio quando encontro uma boa parte dos meus homens


reunidos abaixo. Abrindo meus braços, eu sorrio. “Quem está pronto
para derramar sangue esta noite?”

Um rugido se ergue de meus soldados e eu caminho entre eles,


preparando-os para a guerra.
Capítulo Quinze
Sophia

Deito na cama olhando para o teto. Meu coração está cheio e


pesado. Tento dormir, mas não consigo parar de pensar em Nick.
Mesmo que seja no meio da noite, eu não posso ficar nesta cama mais
um segundo. Me sento e balanço minhas pernas para o lado. Estou
dolorido de Nick me levar, mas o prazer que ele me deu superou a dor
dez vezes. Meu corpo se ajustou e se abriu para ele, como se soubesse
que fomos feitos para ser um. A memória envia um flash de calor por
mim.

Saio correndo da cama e vou em busca de algo para vestir, porque


não há nenhuma maneira de eu voltar a dormir enquanto Nick está lá
fora se colocando em perigo.

É uma espada de dois gumes. Não queria que ele fosse, mas sabia
que ele tinha que ir. É a única maneira e é como nossas famílias cuidam
das coisas. Não há como pará-lo e, no final, isso nos manterá seguros.
Marco também. Deveria ir procurá-lo, ter certeza de que ele não está se
metendo em algo. Ele tende a ser imprudente às vezes. O fato de ele
aparecer aqui apenas reforça o fato de que ele pode ser descuidado.
Minha esperança é que ele aprenda a não reagir tão rapidamente à
medida que envelhece.

Paro quando vejo uma pequena arma na mesa de cabeceira. Não


me lembro de ter estado lá antes. Acho que teria percebido, mas estava
meio que envolvida em outras atividades, então posso ter perdido.
Quando minhas costas bateram na cama, todo o meu foco estava em
meu marido. Eu me permiti esquecer todo o resto por um tempo. Sem
luto, sem dor, apenas nós. Mas agora o mundo volta ao foco nítido.

Ele deixou uma arma para mim. Estendo a mão e pego. Cresci com
elas, mas estranhamente, nunca toquei em uma antes. As princesas da
máfia não deveriam saber como manusear uma arma. Mas as vi por aí e
sei como funcionam. É que ninguém nunca colocou um na minha mão.
Não até Nick. Esteja ele aqui ou não, ele se certificou de que eu esteja
protegida com os homens na porta e esta arma. Um sentimento
caloroso percorre meu corpo com o nível de preocupação que ele tem
por mim. Não sei por que estou chocada por ele ter feito tanto esforço
para me proteger. Ele já me disse tantas vezes, desde que nos
conhecemos, que sou sua rainha. Pego a arma comigo enquanto vou em
direção ao armário. É então que percebo que não tenho roupas aqui.

Coloco a arma na ilha no closet gigante. Parece que um lado já foi


completamente limpo para mim. Meus dedos roçam ao longo da fileira
de roupas de Nick até encontrar uma camisa do meu gosto. É um botão
branco simples. Eu a levo ao nariz para ver se consigo sentir o cheiro
do meu marido nela. Sim. Isso me conforta, e a deslizo sobre minha
cabeça antes de pegar a arma e voltar para o quarto. Encontro minha
calcinha no chão. A agarro quando entro no banheiro para tentar me
fazer parecer um pouco apresentável antes de sair para perambular
pela minha nova casa.

Bato na porta antes de abri-la, sabendo que dois homens estão lá


fora, protegendo-a com suas vidas.

“Estou abrindo a porta,” digo a eles enquanto abro. Um guarda se


vira para me encarar enquanto o outro vigia o corredor. Os olhos do
guarda me observam e então se voltam para o meu rosto. É então que
percebo que não tenho coragem de tirar apenas a camisa de Nick na
frente de seus homens.

“Precisa de algo, Sra. DaVinci?” Seus olhos não estão mais nem em
mim, mas focados em algo atrás de mim.

“Não. Já volto,” digo enquanto recuo e fecho a porta na cara dele.

Minhas bochechas esquentam de vergonha enquanto eu caminho


de volta para o armário para tentar encontrar um moletom ou algo
para vestir. Espero que meu novo marido tenha alguns. Nick DaVinci
não parece ser o tipo que usa roupas casuais. Ele parece que nasceu
para usar um terno. Portanto, não tenho muita esperança de encontrar
algo útil, mas verifico mesmo assim. Sem sorte. Olho no espelho. A
camisa quase bate nos meus joelhos. É quase um vestido. Isso é o que
raciocino comigo mesmo antes de decidir dizer que se dane com isso.

Abro a porta novamente. Ambos viram seus olhos em minha


direção antes de se concentrarem de volta no corredor. Acho que devo
ser invisível para eles? Eles foram instruídos a dar suas vidas por mim,
mas a não me olhar? Quase rio de como essas ordens soam ridículas.
Então acho que não importa o que visto, afinal.

“Meu irmão?” Questiono, esperando que um deles possa ter


informações sobre onde ele está.

“Vou localizá-lo para você, Sra. DaVinci,” diz o da direita.

“Ah. Obrigada?” Não quero que pareça uma pergunta, mas vai
demorar um pouco para me acostumar com a forma como os homens
me tratam aqui. É tão diferente do que estou acostumada. Eles têm
respeito pelas mulheres nesta casa.

“Qualquer coisa que você precise.” Ele acena com a cabeça,


pegando seu telefone. Preciso de um desses também.

“Sophia, você está com fome?” Viro e vejo Carlotta parada no final
do corredor. “Venha, farei algo para comer. Em breve, terá um DaVinci
dentro de você e precisará de todo o peso extra que puder conseguir.”

Quer dizer, eu tinha um DaVinci dentro de mim uma hora atrás,


mas... Oh. Oh, ela quer dizer um bebê. Minhas bochechas esquentam.
Minha mão vai para o meu estômago. “Você acha...” Reviro os
olhos.

Por que não pensei nisso? É tudo o que me preocupava antes. Fiz
questão de me proteger da gravidez quando me casei com Antônio. Eu
tinha esquecido das minhas pílulas quando Nick colocou as mãos em
mim. Em minha defesa, não tive exatamente tempo de empacotar meus
pertences antes de Nick me levar embora. Terei que conseguir mais.
Tenho certeza de que se eu ligar para Marco, ele poderia recebê-las em
uma hora se eu pedisse. Mas talvez eu não os queira. Talvez queira ter
um pedaço de Nick dentro de mim. É precipitado, repentino e
inesperado, mas sim, quero ter uma família com ele.

“Sim, um bebê.” Olho para cima para ver que Carlotta está agora
na minha frente. Ela segura meu rosto com uma das mãos suavemente.
É um toque de mãe, suave e doce. “Você vai encher esta grande casa de
risos e amor. Já começou.” Ela dá um aceno firme, seu rosto ficando
sério. “DaVinci vai acabar com a guerra esta noite. Ele sabe o que está
em jogo.” Seus olhos encontram os meus, garantindo-me que Nick
voltará para mim. “Chega de falar sobre guerra. Devíamos comer.” Ela
se vira com um passo seguro e caminha pelo corredor. Não sabendo
exatamente o que fazer em minha nova casa, eu a sigo.

Ela mostra as coisas para mim, dando-me um pequeno tour à


medida que avançamos. Não perco quantas vezes ela diz “e este pode
ser um quarto de criança”. Ela é como uma avó ansiosa por ter netos.
Sorrio e ouço tudo o que ela tem a me dizer. Se alguém sabe mais sobre
a casa do que Nick, é Carlotta.

“Marco!” Digo quando entro na cozinha e o vejo andando de um


lado para o outro. Corro até ele.

“Onde você conseguiu isso?” Ele tenta pegar a arma que ainda
tenho na mão. Nem Carlotta ou os dois guardas disseram uma palavra
sobre eu tê-la. Puxo minha mão de volta.

“Meu marido me deu.”

A mandíbula de Marco fica apertada. Ele quer dizer algo sobre a


arma, mas não o faz. Espero que seja porque ele respeita a decisão de
Nick de me dar uma arma e não vai questioná-la.

“Tenha cuidado com essa coisa, Soph,” diz antes de se sentar no


balcão. “Você não teve nenhum treinamento.”

“Este é o lado perigoso, certo?” Aponto para o cano.

Ele torce o nariz e balança a cabeça enquanto reviro os olhos. “Oh,


Soph.”

Viro e olho para a grande cozinha. É elegante e moderna, com


bancadas de mármore lisas. Eu me aproximo, me sento em um
banquinho ao lado de Marco e coloco a arma na bancada. Corro o dedo
pelo mármore branco e cinza, sonhando acordada com o pequeno
DaVincis correndo por todo este lugar. A cozinha pode ser uma parte
integrante de nossas vidas. É onde as famílias se reúnem. Eu quero isso
com Nick.

“Você está feliz, Soph?” As palavras do meu irmão me separam


dos meus pensamentos.

“Mais feliz do que jamais pensei ser possível. Eu o amo, Marco. Sei
que parece rápido, mas posso sentir na minha alma. Isso não parece
uma transação, como se eu estivesse sendo vendida. Não como
aconteceu com Antônio. Com Nick, parece mais um acordo, uma
promessa que realmente significa algo.”

Meu irmão olha nos meus olhos e depois me olha para baixo por
um longo tempo, como se estivesse processando o que acabei de dizer.
Depois de um tempo, ele acena com a cabeça em aceitação.

“Então, você vai me dizer por que estava andando de um lado para
o outro?” Pergunto enquanto Carlotta começa a aquecer a comida.

“Nick não me deixou ir com eles,” admite, fazendo-me amar meu


marido ainda mais.

“Você queria ir?” O acotovelo levemente. “Para lutar pelos


DaVincis?”

Ele encolhe os ombros. “Você é minha família. E se você escolher


os DaVincis,” ele aperta minha mão, “então eu escolho também.”
“Mangia,” diz Carlotta enquanto termina de colocar a comida na
bancada. A tensão em Marco se quebra um pouco enquanto seu
estômago ronca.

Nós devoramos, apreciando a comida. Carlotta preparou uma


burrata simples, e nós a devoramos como se nunca tivéssemos visto a
delícia que é muçarela antes.

“Tão bom.” Roubo a última mordida de Marco.

Ele tenta deslizar para pegá-lo. “Ei, isso é...”

Meu coração para quando um pop alto soa, seguido por um


alarme tocando. Minha mão vai para a arma, meus dedos envolvendo o
aço frio.

“Sophia!” Carlotta agarra meu pulso e me puxa da cozinha.

Marco segue meus calcanhares.

“O que está acontecendo?” Não sei por que faço a pergunta. Eu sei
a resposta. Guerra.

“Lá em cima.” Carlotta, surpreendentemente ágil, me conduz


escada acima quase correndo e me mostra um cômodo na extremidade
oposta do quarto. Mais tiros soam e os homens gritam.

Alguém na porta da frente grita: “São os homens de Pasquale.


Leve-os para fora!”
Meus guardas se posicionam no corredor atrás de nós, suas armas
em punho.

Carlotta abre uma porta pesada e me puxa para dentro de uma


sala forrada com telas planas.

“O que é isso?”

“Sala segura.” Ela faz um gesto para que Marco entre.

Ele me olha, resolução em seu rosto.

O pânico floresce em meu coração. “Marco, não saia...”

“Eu preciso sair.”

“Não!” Corro para a porta, mas ele a fecha na minha cara. “Marco!”
Grito e bato na porta resistente. O painel de madeira é apenas um
folheado. Posso dizer que há metal embaixo dele. Girando, peço a
Carlotta. “Por favor, abra. Ele será morto.”

“Eu não posso.” Ela balança a cabeça.

“Por que não?” Procuro uma alça, um botão, qualquer coisa. Mas a
parede e a porta são completamente lisas.

“Nick deixou ordens estritas para sua segurança. E esta é a única


maneira que ele pode fazer o que precisa fazer. Você é uma
responsabilidade.”
“O que?” Choro.

Seu rosto suaviza um pouco enquanto ela me puxa para as telas.


“Só quero dizer que você é o coração dele. Se ele achar que você pode
estar em perigo, não será capaz de se concentrar em fazer o que precisa
ser feito. Ele ficaria muito preocupado com você.”

Engulo em seco e tento pensar com calma. Ainda não cheguei lá,
mas o que ela diz faz algum sentido. “Acho que entendi.” Mesmo assim,
a preocupação com Marco e Nick corrói a pouca compostura que tenho.
“Mas Marco é apenas uma criança.” Vejo quando ele desce as escadas e
um dos homens de Nick dá a ele uma arma. “Não, não, não.”

“Nick está vindo. Tente confiar que ele manterá todos nós
seguros.” Ela aponta para uma tela que mostra o portão da frente
quebrado e os SUVs pretos acelerando a longa viagem. “E, por favor,
tenha em mente que esta não é a primeira vez que idiotas vêm para os
DaVincis.” Ela se vira e abre um armário ao longo da parede sem
janelas. Puxando um rifle semiautomático, ela o engatilha como uma
profissional e o coloca na ampla mesa de mogno sob as telas. “Se eles
vierem atrás de nós, estaremos prontas.”

Minha arma parece um brinquedo em comparação com a dela.


“Droga, Carlotta.” Eu tenho um novo apreço por ela, e não acho que
meus olhos já se arregalaram em minha vida.
Ela dá um tapinha no meu braço com seu jeito de avó. “Ninguém
vai te machucar. Não no meu turno.”

Eu olho para outra vista e vejo quando Nick sai de um dos SUVs.
Mais carros avançam pelo caminho, e então a verdadeira guerra
começa.
Capítulo Dezesseis
Nick

Quantos homens abati hoje? Não consigo contar, provavelmente


não deveria. Quando São Pedro me afastar dos portões perolados,
tenho certeza de que ele terá esse número em mãos. Por enquanto,
tenho que lidar com a morte para manter minha família segura.

Paro na frente da casa de pedra que os DaVincis chamam de lar há


quase um século e pulo do meu SUV. Uma trilha de sangue atravessa o
caminho e um corpo ainda está no paisagismo. Um dos homens de
Pasquale.

“Mais estão vindo!” Assobio e soldados saem da frente da minha


casa e pelas laterais.

Pneus cantando anunciam a chegada de mais bandidos


encarregados de me derrubar. Pasquale não estará entre eles. Ele é
cagão demais para sujar as mãos. Mas isso termina hoje. Ele não joga
xadrez. Não do jeito que eu faço. Porque agora tenho uma rainha, que
governa o tabuleiro. Seus peões não podem me impedir, porque com
Sophia ao meu lado, sou o rei mais poderoso que esta cidade já
conheceu, e meus cavaleiros? Bem, vamos apenas dizer que sua
lealdade é igualada apenas por sua sede de sangue.
Um SUV branco corre em minha direção, um passageiro
pendurado na lateral com uma submetralhadora disparando a esmo
para mim. Me escondo atrás do meu carro enquanto as balas atingem
seu metal e algumas janelas atrás de mim se quebram. A preocupação
faísca dentro de mim, depois desaparece, porque sei que Carlotta
puxou Sophia para um lugar seguro ao primeiro sinal de problema.

Uma vez que o SUV branco derrapa e quase bate em um carvalho


que cobre minha garagem, eu saio e atiro nas janelas. Meus soldados
me seguem, vários deles correndo pela estrada em direção ao portão
quebrado. Eles dispararam uma saraivada de tiros contra os invasores
que se aproximavam, gritos e gritos de dor subindo pela noite.

Olhando para cima, me certifico de que Gio está pronto. Eu mal


consigo vê-lo, mas não preciso. Vejo a arma Gatlin calibre cinquenta
elevar-se de seu esconderijo para uma plataforma de aço.

Marco sai pela porta da frente e fica ao meu lado.

“A merda está prestes a ficar real.” Aponto o polegar para Gio no


telhado. “Você está pronto para isso?”

Ele puxa sua pistola. “Eu sou um DaVinci.”

“Você está certo?” Estou surpreso, mas incrivelmente orgulhoso,


por ele ter escolhido o meu lado.
Ele dá um aceno duro. “Se Sophia confia em você, eu também
confio.”

Não tenho tempo de dizer que ele será como um príncipe aqui,
que um dia será meu igual e será livre para começar sua própria
família, sua própria operação. Mas tudo isso e muito mais se agita em
minha mente enquanto penso no futuro, sobre o que Sophia e eu
podemos construir com ele e para ele.

O garoto chegou na hora certa, porque outra carga de soldados de


Pasquale atropelou alguns dos meus homens enquanto eles tentavam
nos esmagar com números absolutos. Caminhão após caminhão cheio
de aspirantes a capos destroem meu gramado e profanam meus
soldados caídos. Tiros jorram de cada janela, flashes de cano
iluminando a noite enquanto enchem meu carro e minha casa com
balas de metal. Marco devolve o fogo, abaixando-se atrás do SUV
comigo.

A raiva ferve dentro de mim com a porra do desrespeito neste


ataque, e fica ainda mais quente quando penso na minha Sophia por
dentro, provavelmente apavorada enquanto nossas vidas são
ameaçadas. Eu alcanço dentro do meu SUV e retiro minha grande arma,
uma arma que pertence ao campo de batalha. Está carregada. Estou
pronto. Eu atiro quando o ataque vem.

Gio toca um único tom agudo através do sistema de PA da


propriedade. Os invasores não saberão o que isso significa. Mas meus
homens, sim. Eles se espalham de volta para a casa, correndo para
salvar suas vidas. Quando ouço o calibre cinquenta começar a zumbir,
eu sorrio. O sangue já mancha minha camisa e minhas mãos. Nada
disso meu.

O baque pesado de cada bala enorme da arma calibre cinquenta é


como uma explosão de fogos de artifício bem ao meu lado. A vegetação
voa, galhos de árvores caem e nossos inimigos desmoronam sob o
ataque inevitável. Eu me juntei à briga, matando qualquer soldado que
tentasse correr em direção à minha casa. Eles nem mesmo colocam os
pés na rotatória antes de eu cortá-los. Meus homens fervilham atrás de
mim, ansiosos para matar qualquer um que ameace nossa
superioridade.

Um dos SUVs explode e as chamas se projetam na noite enquanto


a carnificina total pontilha meu gramado. Uma vez satisfeito, levanto
minha mão. A barragem para e a noite se enche de gemidos, gritos e
sirenes.

Isso vai ter uma grande recompensa para o chefe de polícia


Vanridge, mas ele já varreu muitos crimes para debaixo do tapete para
mim antes.

“Senhor?” Tony espera ao meu lado, seus olhos em movimento em


meu terreno destruído.
Eu me viro para meus homens e bato no peito com um punho.
“DaVinci!”

“DaVinci!” Gritam de volta.

“Acabem com eles.” Aceno

Eles correm para o campo como um enxame de gafanhotos, e logo,


não há mais gemidos ou gritos de dor. Apenas as sirenes agora.

Gio sai correndo de casa e examina os danos. “Você não estava


brincando quando disse que o calibre cinquenta valeria a pena.”

Bato em seu ombro. “Prometa ao chefe Vandridge qualquer


quantia que ele quiser quando ele aparecer.” Voltando-me para a casa,
pulo os degraus da frente.

“Onde você está indo?” Ele grita.

Limpo uma das mãos no rosto e ela sai ensanguentada. “Para ver
minha esposa.”

“Chefe.” Meus guardas se separam enquanto caminho para a sala


segura.

Puxando um painel escondido, digito o código e a porta clica.

Antes que possa pegá-la, balança para fora e Sophia pula em meus
braços.
“Pensei que eles iam matar você.” Ela treme enquanto a seguro. “E
tem sangue. Oh meu Deus, você está ferido?”

“Não.” Me viro e a carrego para o meu quarto principal. “Este


sangue não é meu.”

“Está acabado? Nós estamos...”

“Ainda não.” Entro no banheiro principal, coloco-a no balcão,


depois tiro a roupa, jogando minhas roupas ensanguentadas de lado.

Seus olhos se arregalam quando chego ao chuveiro e ligo a água


quente. Em seguida, seu olhar viaja para o meu pau duro como uma
rocha. Matar por ela deixou meu sangue tão alto que não consigo
pensar em mais nada, não posso dar outro passo até estar dentro dela,
onde pertenço.

“Tira, cara mia.” Pego a frente de sua camisa, minha camisa, acho
presunçosamente, e a rasgo. Botões saltam no azulejo conforme suas
curvas atraentes são reveladas. Meu pau está duro, pronto para
reivindicar minha rainha, assim como qualquer conquistador faria.
Porque essa guerra pode não ter acabado, mas eu já ganhei.

Inclinando-me, pego um mamilo em minha boca. Seu grito de


surpresa é cheio de inocência, mas a maneira como ela passa as mãos
pelo meu cabelo, ela é uma megera.
Eu tiro sua calcinha, em seguida, levo-a para o chuveiro. O sangue
escorre pelo ralo enquanto a água quente flui sobre nós.

Pressionando suas costas contra o azulejo, beijo sua garganta. “Eu


vou matar por você, Cara mia. Qualquer um que vier ameaçar seu trono
ficará morto aos seus pés.”

“Deus, Nick.” Ela puxa meu rosto para o dela e nós trocamos um
beijo ardente.

Quando pressiono meu pau em sua boceta, ela geme um pouco. Eu


sei que ela está dolorida, mas minha necessidade por ela não pode ser
negada. Com golpes lentos, eu provoco seu clitóris, correndo meu pau
ao longo de sua pele quente e úmida. Em pouco tempo, ela está
agarrando meus ombros e arqueando contra mim, seu corpo é meu
para comandar.

“Cada vida que eu levo, eu dou a você. Vou me banhar no sangue


de qualquer homem que tentar vir por você, por nossa família.” Quero
dizer cada palavra.

“Eu sei.” Ela pressiona uma palma na minha bochecha.

Sua respiração está irregular, seus olhos selvagens enquanto


mergulho nela. Engolindo seu grito, empurro todo o caminho para
dentro, enchendo minha rainha com meu pau enquanto o sangue de
seus inimigos escorre pelo ralo.
Capítulo Dezessete
Sophia

A água quente escorre pelo meu corpo enquanto Nick empurra


em mim com uma urgência faminta. Estamos conectados não apenas
fisicamente, mas em todos os aspectos de nossas vidas agora. Empurro
seu pau para baixo, levando-o totalmente. Seu corpo está cheio de
adrenalina de todo o sangue que ele derramou para proteger o nome
DaVinci, para me proteger. É meu nome agora, minha família. Um que
terei com orgulho.

“Sinto muito, cara mia, se estou sendo rude com você,” diz ele
enquanto seus olhos encontram os meus. Traço meu dedo pelo seu
rosto bonito e beijo seus lábios com uma fome combinada, querendo
que ele saiba que estou lá com ele. Nós dois precisamos disso. Meu
corpo não se importa com a pequena dor de perder minha virgindade
apenas algumas horas atrás. O desejo de estar conectado a ele da
maneira mais primitiva é maior.

“Leve-me com mais força, meu rei.” Sussurro as palavras contra


seus lábios, deixando-o saber que eu preciso dessa liberação tanto
quanto ele. Ele rosna com minhas palavras e começa a me penetrar
mais profundamente. Nós dois deixamos o momento nos levar,
esquecendo tudo ao nosso redor.

“Eu nunca vou negar a você qualquer coisa que você pedir, cara
mia.” Uma de suas mãos agarra minha bunda, seus dedos cavando em
mim enquanto eu continuo a empurrar para baixo em seu pau. “Isso vai
ser rápido. Em outra ocasião, passarei horas te adorando do jeito que
você merece, mas temos coisas de família para cuidar esta noite.” Ele
estende a mão livre para esfregar meu clitóris. Ele já me tem no limite,
meu corpo enrolado firmemente em torno dele. Seu toque é o que me
leva ao limite. Eu grito seu nome enquanto gozo em todo o seu pau.
Meu corpo bloqueia em torno dele com força, nunca querendo deixar
seu domínio. Eu me apego a ele porque este homem se tornou meu
tudo. Eu sei que ele sempre será.

“Isso mesmo, venha para mim.” Ele continua a trabalhar comigo.


“Vou derramar até a última gota de mim nesta boceta apertada. Nosso
reino se expandirá mais cedo ou mais tarde. É isso que você quer, Cara
mia? Para ficar por perto com meu filho?”

Minha respiração estremece com suas palavras. Seu calor se


derrama dentro de mim, e gemo seu nome enquanto meu corpo inteiro
fica relaxado em seu aperto. Eu não preciso me preocupar em me
segurar. Ele faz isso por mim enquanto lava meu corpo com ternura.
Quando ele começa a fazer o seu próprio, eu o interrompo, querendo
cuidar dele. Exploro seu corpo com minhas mãos. Meus dedos traçam
cada músculo, cada cicatriz, até que finalmente chego ao seu pau, que
está duro novamente. Ele gentilmente agarra minha mão, segurando-a
na sua.

“Mais tarde, minha cara mia.” Ele desliga a água e me leva para
fora do chuveiro. Ele nos seca antes de me sentar no balcão ao lado da
pia. Entregando-me uma escova, ele sai e volta um momento depois
com roupas. Ele pega a escova da minha mão e começa lentamente a
mexer no meu cabelo. Minha respiração engata. Aqui está um homem
cujas mãos mataram tantos homens poucos minutos antes, mas comigo
ele é suave e doce.

“Nossas meninas vão arrumar o seu cabelo.” Ele diz isso como se
exigisse que essas coisas fossem verdade. Estou começando a acreditar
que ele pode.

Eu lambo meus lábios.

“O que é, cara mia?” Ele coloca a escova para baixo, varrendo meu
cabelo para o lado para beijar meu ombro nu. “Você quer me dizer
algo?”

Com que facilidade ele me lê. Ao mesmo tempo, isso teria me


assustado, mas não com Nick. Eu amo isso em tão pouco tempo, ele já
me conhece tão bem. Eu amo-o. Coloco minhas mãos em seu peito.

“Eu tenho feito controle de natalidade,” admito. Não tenho certeza


de como ele vai reagir.
Ele parece prender a respiração. “Mas não está mais?”

Eu balanço minha cabeça negativamente. “Não desde que eu saí.”


Paro, não querendo chamar a casa onde morei de lar.

“Você deseja fazer?” Posso sentir seu corpo ficar tenso sob meus
dedos.

“Não.”

Ele relaxa sob meu controle.

Eu olho para cima para encontrar seus olhos. “Eu amo você.” Não
importa quanto tempo conheço este homem, ele estava disposto a me
dar algo que não queria neste momento. Eu sei que se tivesse dito a ele
que sim, ele teria pegado os comprimidos. Ele pode ter odiado fazer
isso, mas por mim ele teria. Ele realmente é meu rei.

“Eu também te amo, esposa.” Ele se inclina, beijando-me


profundamente. Quando ele se afasta, ele pressiona sua testa na minha.
Corro minhas mãos por suas costas largas e nuas.

“Eu só estava nisso porque...”

“Porque minha rainha não é apenas inteligente, mas astuta,” ele


termina por mim antes de colocar outro beijo em meus lábios. “Você
sabia que pertencia a outro e não concederia um filho a um homem
como Antônio.”
“Mas a você eu daria qualquer coisa.”

Ele sorri, uma coisa rara, tenho certeza, para um homem assim.
Isso faz minhas entranhas derreterem.

Tento puxá-lo para mim, querendo que ele me leve de volta para a
nossa cama.

“Você me tenta, esposa.” Ele me levanta do balcão. “Vamos nos


vestir e terminar isso depois do expediente. Então eu sou todo seu.” Ele
me dá uma piscadela brincalhona que não ajuda a esfriar minha luxúria
por ele. Especialmente quando ele está me mostrando seu lado
brincalhão, mas eu sei que ele está certo. Precisamos terminar de
proteger o futuro de nossas famílias antes que eu possa ter isso e cada
parte de Nick para o resto de nossas vidas. Se quisermos crescer como
uma família, devemos limpar as consequências desta guerra.

“Isso vai servir por agora?” Ele pergunta, pegando as roupas que
trouxe para mim. “Nós vamos conseguir mais. Tenho a sensação de que
você não quer as do Lorenzo.”

“Não.” Concordo. Eu não. “Tenho algumas coisas que quero de lá.


Coisas que pertenciam à minha mãe. Elas já estão encaixotadas.”

“Vou pegá-las para você.” Ele me dá outro beijo antes de se virar


para sair. Eu não posso deixar de vê-lo ir. Mesmo nu, ele caminha com
uma confiança superior. O poder sai dele. Não posso acreditar que
minha família tentou desafiá-lo. Isso significava morte. Eles tinham que
saber disso.

Eu pego as roupas, deslizando na calcinha antes de puxar a calça


branca de perna larga que está combinada com um top rosa rendado
em forma de pétala. Eu me pergunto se Carlotta saiu para comprar isso
para mim. É bonito e mais meu estilo. Isso me faz lembrar de quando
eu costumava fazer meus diários e blogs cheios dos estilos e tendências
mais recentes.

Nick surge atrás de mim um momento depois, enquanto me olho


no espelho. “Elas funcionaram?” Ele me entrega um par de sapatilhas
prateadas que têm um anel no dedo do pé para os seus pés deslizarem
e segurarem no lugar.

“Adoro elas.” Eu me viro, pegando-os de sua mão. inclino minha


cabeça para trás para lhe oferecer um beijo. Ele se inclina, me dando o
que eu peço.

“Você está linda.”

“Você me faz sentir bonita. Você me faz sentir como eu


novamente.” Ele faz. Ele está vestido com seu par normal de calças e
camisa de botão. É quase cômico. Ele parece que está vestido para a
sala de reuniões. Eu acho que esta é uma espécie de reunião. Negócios
serão tratados. O nosso é um pouco diferente do resto do mundo, mas
normal para nós. Esta é a nossa vida. Eu odiava há uma semana, mas
agora acolho bem porque com isso, eu fico com Nick. Ele faz toda a
diferença nesta vida. Eu sei que com ele, será um tipo diferente de
mundo.

“Bom.” Curvo-me, colocando os sapatos em meus pés.

Nick segura minha mão. Ele me leva para fora do quarto e pelo
corredor. Descemos as escadas. Eu vejo todos os seus homens se
demorando. Muitos ainda estão manchados de sangue. Ele me guia com
ele por um corredor que ainda não me aventurei. Meu irmão fica na
frente de uma porta e sai do caminho.

Nick lhe dá um aceno de cabeça enquanto abre a porta que leva ao


porão. Quando eu olho escada abaixo, tudo é concreto. Não é nada
parecido com o resto da casa. Está frio e vazio. Um arrepio sobe pela
minha espinha, porque eu sei quem estará no final da escada. Será o
fim da família Scalingi, mas o início de minha nova vida como DaVinci.
A quem sempre pertenci. Eu estava apenas esperando meu rei me
encontrar. Agora vamos terminar o que ele começou - mas comigo ao
seu lado.
Capítulo Dezoito
Nick

Para crédito de Sophia, ela gerencia as escadas sem pestanejar.


Cada passo a aproxima de uma decisão que definirá o curso de nossa
família, mas ela não vacila.

Eu a conduzo mais fundo no porão, para os fundos, onde o chão


está manchado de escuridão permanente, as primeiras manchas
datando da fundação desta família. O nome DaVinci foi construído com
base no sangue de seus inimigos. Esse sangue deve ser continuamente
derramado para nos manter fortes, para proteger o que é nosso.

Caminhamos pelo concreto escurecido até chegarmos a uma sala


de blocos de concreto com uma pesada porta de aço. Dante e Gio estão
em cada lado dela, seus olhos em mim.

Sophia agarra minha mão.

“Seja forte, cara mia.” Empurro meu queixo para Gio, e ele abre a
porta.

Ela engasga, talvez com o cheiro, mas me segue para dentro. Uma
lâmpada nua está pendurada no alto, a luz dura no pequeno espaço.
Uma mesa de metal enferrujada está à direita, os implementos
dispostos em cima cobertos de sangue, alguns velhos, outros novos.
Não nos concentramos muito na limpeza desta sala, principalmente
porque aqueles que acabam aqui não saem vivos.

Pasquale Scalingi está sentado no centro, com os braços e as


pernas amarrados a uma cadeira, o olho esquerdo fechado e inchado.
Fora isso, um lábio partido, um nariz arrebitado e um dedo mindinho
faltando, ele está em boa forma. Dante ainda não chegou ao
equipamento de energia.

Normalmente, Pasquale já estaria morto. Seu sangue estaria se


misturando com todo o resto. Este piso absorve seu pagamento ano
após ano, aumentando a dívida que terei quando meu bilhete for
eventualmente perfurado. Mas isso não virá até que eu esteja velho e
grisalho, e virá nos meus termos. De mais ninguém.

Mas hoje é diferente. Hoje, não serei juiz, júri e carrasco. Afinal,
um rei não pode tomar essas decisões sem consultar sua rainha.

Eu a estabilizo, segurando-a na minha frente, segura em meus


braços, enquanto enfrentamos seu avô. “Tem algo a dizer, Pasquale?”

Ele cospe um punhado de sangue no chão. “Para você?”

“Para sua neta.”

“Não vejo neta aqui.” Ele olha direto para ela.

“Fale com cuidado, velho. Ela é quem vai decidir o seu destino.”
Ela fica ainda mais tensa e se vira para olhar para mim. “Eu?”

“Você.” Afirmo. “Você foi a que mais sofreu nas mãos dos homens
Scalingi. Você decidirá o que deve ser feito com seu avô.”

Ela volta seu olhar para Pasquale. “Não tenho avô, segundo
Pasquale. Então, por que eu deveria me importar com o que acontece
com ele?”

“Sophia.” O tom de Pasquale muda, suaviza, fica bajulador. “Por


favor, minha querida. Não...”

“Conte-me sobre minha mãe.” O gelo em sua voz envia uma


necessidade latejante direto para o meu pau.

“O que você quer dizer, Sophia?”

“Quero dizer...” Ela dá um passo à frente, “O que aconteceu com


ela?”

“Eu não a machuquei.” Ele tenta encolher os ombros. Isso é difícil


de fazer quando você está preso com fita adesiva a uma cadeira de
metal.

“Mas você sabe o que aconteceu, não é?”

Ele desvia o olhar com seu único olho bom.

“Diga-me!” Seu grito reverbera nas paredes de blocos de concreto.


Agora ele começa a tremer e uma nova poça de mijo escorre dele.

“Ela, ela queria ir embora. Para levar você e Marco. Mas Lorenzo,
ele não a deixaria, então...”

“Você sabia?” Ela dá mais um passo à frente e eu a sigo,


mantendo-a pressionada contra mim, mostrando o quanto sua força
me excita.

“Eu sabia o quê?”

“Você sabia que ela queria ir embora?”

Ele desvia o olhar novamente. Seja qual for a cara de pau que ele
teve, agora se foi. Só o medo vive nele, sem trapaça, sem astúcia.
Patético.

“Você sabia, não é?” Suas palavras são como um chicote atingindo
o velho. “Você sabia, e você e Lorenzo concordaram em matá-la, não é?
É assim que funciona. Os homens decidem e as mulheres sofrem?”

Ele treme tanto que a cadeira balança. “Não, eu nunca faria. Não,
Sophia, você sabe que eu nunca...”

“Todas aquelas vezes que chorei por ela, perguntei sobre ela...” Ela
leva a mão à delicada cicatriz em sua testa. “Você sabia que ela estava
morta. Você sabia. E você ajudou a matá-la. Meu pai pode ter cometido
o crime, mas você estava nisso. Você deu o sinal verde.” Com um
movimento rápido, ela pega uma chave de fenda da mesa e se aproxima
dele. “Você é a razão pela qual ela está morta. Você é a razão de eu ter
isso.” Ela move o cabelo para que ele veja a cicatriz. Segurando a chave
de fenda, ela o golpeia.

Ele grita e o sangue escorre por sua testa. “Não, Sophia, e-eu tentei
salvá-la. Sim. Eu...”

“Conte suas mentiras para outra pessoa.” Ela joga a chave de


fenda no chão e se afasta enquanto Pasquale chora como o pedaço de
merda fraco e insignificante que ele é.

Eu beijo o cabelo dela. “Minha rainha,” sussurro em seu ouvido.


“Minha rainha feroz.”

“Eu sinto muito.” Ele soluça. “Não me mate. Sua mãe conhecia os
riscos. Ela escolheu se casar com ele. Ela...”

“Ela foi vendida para ele. Da mesma forma que você me vendeu
para Antônio.”

Ele gagueja, agora completamente sem desculpas. “Sophia, por


favor. Eu sou o seu sangue.”

“Não.” Ela se vira e envolve os braços em volta do meu pescoço,


então me dá um beijo que deixa minha alma em chamas. “Este é o meu
sangue. Eu sou DaVinci.” Com um olhar que poderia incendiar uma
cidade, ela se vira para ele. “E vamos matar todos aqueles que
procuram nos destruir.”
“Cara mia.” Eu tomo sua boca novamente, saboreando a doce
vingança em sua língua. Levantando-a, eu a carrego para fora do
quarto.

Gio e Dante sabem o que fazer. O edito da minha rainha é final.


Não vou dar a Pasquale a honra de matá-lo eu mesmo. Não quando
quero me empanturrar com minha beleza rara e maldosa.

Eu a carrego escada acima, entro em meu escritório, batendo a


porta atrás de mim.

“E as outras famílias?” Ela está sem fôlego quando a sento na


mesa.

“Vamos jantar com eles esta noite.” Eu agarro sua calça e puxo
para baixo, em seguida, pego sua calcinha rosa rendada. “E você não
precisa disso.” Com um puxão forte, eu os arranco, então caio de
joelhos.

“Nick!” Ela grita enquanto eu lambo sua boceta apertada e, em


seguida, chupo seu clitóris.

Pasquale está morrendo sob nossos pés, a velha família se


desintegrando enquanto construímos nossa nova. Eu a lambo,
chupando seu cerne até que ela esteja ofegante, com as mãos no meu
cabelo. Então eu me levanto, puxo meu pau e a reivindico.
Ela agarra meu pescoço, sua boca uma coisa selvagem na minha
enquanto eu a fodo com força. Ela aguenta. Ela pode aceitar qualquer
coisa que eu der a ela. A mesa raspa no chão enquanto puxo sua bunda
para frente, ficando tão profundo nela que ela vai me sentir pelo resto
do dia.

Envolvendo as pernas em volta de mim, ela pede: “Mais”. Eu dou a


ela, cada golpe de punição me deixando mais duro, me deixando louco
por ela.

Quando ela chega entre nós e se toca, eu não consigo entender, a


forma como seus pequenos dedos esfregam contra aquela carne úmida
e rosada. Empurrando fundo, eu gozo forte, cobrindo-a comigo
enquanto ela geme e sua boceta tem espasmos ao meu redor. Nosso
amor é explosivo, o desejo queimando tudo o que veio antes. Ninguém
pode ficar contra nós.

Somos um, minha rainha e eu. E vamos governar. Com amor um


pelo outro. E com medo de todos os outros.
Epílogo
Sophia

Quase 3 anos depois

“Cara mia.” Levanto os olhos do meu computador quando ouço a


voz de Nick. Estou empoleirada no topo de sua mesa, embora eu tenha
meu próprio escritório. Gosto de trabalhar em seu espaço quando ele
está fora. Fica perto da frente da casa. Normalmente posso ouvir as
pessoas entrando e saindo, mas devo ter perdido a atenção enquanto
trabalho no artigo mais recente para o meu blog.

Nosso gato, Fredo, pula da mesa e se enrola nas pernas do meu


marido.

Ele se inclina e acaricia sua cabeça. “Por que há um esquilo morto


nos degraus da frente?”

Fredo ronrona. Nick sorri, seu humor mortal em exibição.

“Eu sei que foi você, Fredo.”


“Essa é a única boceta1 que você sentiu falta?” Mordo meu lábio
quando minha linguagem salgada o atinge.

Ele me olha, fogo em seus olhos. Sorrio e me afasto da mesa para


cumprimentá-lo. Ele tira o paletó, jogando-o fora antes que chegue até
ele. Ele me levanta, meus pés balançando enquanto ele me beija. Senti
falta dele. Sua boca em mim sempre me lembra de estar em casa.
Quando ele está fora, nossa casa não parece a mesma.

“O que você tem feito?” Pergunto, mas o beijo novamente antes


que ele possa responder.

Ele sorri contra meus lábios. “Verificando as coisas. O normal. Mas


senti sua falta. Sempre sinto quando estou fora. Como tem sido seu dia,
minha rainha?”

Rio em seu aperto. Nick odeia ficar longe de mim, e toda vez ele
age como se estivéssemos separados por dias, em vez de meras horas.

Olhando para cima, para o quarto, digo: “Peguei Nikolai para tirar
uma soneca e estou trabalhando em uma nova postagem no blog.”

“Trouxe algo para você, mas pode esperar até que termine, se
desejar.” Ele me coloca de volta no chão. Sua mão chega à minha
barriga, onde ele esfrega a pequena protuberância que é a nossa
menina.

1 A autora faz um trocadilho com a palavra “pussy”, que significa gatinho ou boceta,

depende do contexto.
Mal estou no segundo trimestre, mas a tecnologia é uma loucura
hoje em dia, e eles já nos disseram que vamos ter uma menina. Quando
nos deram a notícia, foi uma das únicas vezes que vi medo nos olhos do
meu marido. Ele vai ser tão superprotetor. Terei que ter certeza de que
estamos equilibrados, mas sempre fazemos. Cada um de nós tem uma
palavra a dizer sobre como nossa casa é administrada. Levei algum
tempo para me acostumar com isso, mas agora não sei como alguém
vive sem isso. Nick perguntar e respeitar minhas opiniões só me faz
amá-lo mais. Ele é o que um homem realmente deve ser, suave comigo,
duro com qualquer um que me contrarie.

Aceno minha mão em direção ao computador. “Tudo isso pode


esperar. O que você comprou para mim?” Eu me movo para tentar ver
além dele. Gio está parado na porta da frente, que ainda está aberta
para o dia claro.

Nick sorri com indulgência. “Achei que seria mais fácil trazer as
opções para cá. Você disse que queria comprar um carro para Marco no
aniversário de dezoito anos dele.”

“Você trouxe uma concessionária aqui?” Sorrio. Quando seu rosto


não muda, eu sei que acertei na mosca. “Quantos carros você tem aí?”
Levanto uma sobrancelha para ele.

“Seis.” Ele envolve um braço em volta de mim, me puxando para


perto. “Você escolhe rapidamente, e talvez terei tempo para comer sua
doce buceta antes que nosso pequeno acorde e roube você de mim.”
Reviro os olhos. Nick está tendo sua própria batalha interna com
toda a questão da amamentação. Ele quer que eu faça isso, mas ele
também odeia que eu nunca possa me afastar muito do bebê. Eu
detesto aquela coisa estúpida da bomba tira leite. Mas falta apenas
mais um mês e eu estarei acabado. Bem, até a nossa filha chegar e
começarmos tudo de novo. Mas nunca vou reclamar de nada que tenho.
O caminho para chegar aqui nem sempre foi fácil, mas Nick mudou
minha direção e minha vida. Agradeço todos os dias por tudo o que ele
me deu e pelo amor que compartilhamos.

Ele me leva para fora, onde há de fato seis veículos novos


estacionados. Não sei nada sobre carros. Quero que Marco tenha algo
bom, mas seguro. Ele está indo muito bem na escola. Não acho que a
formatura estaria em seu radar se Nick não tivesse aparecido. Agora,
Marco está sempre falando sobre faculdade. Quase deixei cair o garfo
na outra noite, quando ele disse que Direito era algo que estava
considerando. Suas palavras me deram muito orgulho.

Outro homem de terno está parado ao lado do vagão central. Acho


que ele é o vendedor de carros, porque não o reconheço e conheço todo
mundo que vai e vem. Nick começa a me contar sobre os carros e SUVs,
um por um.

“Este tem a melhor classificação de segurança?” Eu me viro para


olhar para o vendedor. “De todos eles?” Todos são carros lindos,
honestamente. Mas tenho certeza de que se Marco estivesse aqui, ele
provavelmente iria querer um carro esporte.

O homem não responde a mim, mas se vira para Nick. “Este aqui
tem vidro à prova de balas.” Ele bate na janela do Mercedes. Acho que é
chamado de G-wagon.

“Olhe para minha esposa quando ela lhe fizer uma pergunta. Não
eu,” Nick se encaixa.

Os olhos do homem voltam para os meus antes de irem para o


chão. Não tenho que olhar para o meu Nick para saber que ele está
chateado. Ele odeia quando estou falando, mas as pessoas olham para
ele para responder e falar por mim. Eu coloco minha mão na dele,
sabendo que meu toque irá acalmá-lo. O vendedor não é do nosso
mundo. Sangue suficiente foi derramado neste gramado da frente, e o
jardineiro estava aqui esta manhã para fazer nosso paisagismo.

“Obrigada, mas isso é tudo.” Eu me viro, voltando para a casa.

“Você ouviu minha esposa. Vá embora,” diz Nick, gesticulando


para que eles saiam.

“Não quis desrespeitar, senhor DaVinci,” gagueja o homem.

“Você não deveria se dirigir a mim, mas à minha esposa com suas
desculpas.”
Sorrio enquanto subo os degraus da frente. Eu amo aquele
homem com tudo que tenho.

“Nick,” digo da porta da frente. “Acho que devemos ligar para


nossos outros contatos para ver que seleção eles têm disponível.” Nem
tenho certeza se temos outros contatos, mas parecia bom quando falei.

Alguns podem dizer que sou cruel, mas não tolerarei desrespeito
em minha casa. Esses dias já se foram. Para ganhar respeito neste
mundo, você tem que saber seu valor. E graças a Nick, eu conheço o
meu. Viro-me e entro, mas não antes de perceber o sorriso malicioso
que enfeita o rosto do meu marido.

Corro para o nosso quarto, excitada por aquela pequena


demonstração de força. Ouço os passos de Nick, deixando-me saber que
ele está logo atrás. Mal dou alguns passos para dentro da sala quando
suas mãos me envolvem, puxando-me suavemente para seu corpo. Ele
começa a dar beijos abertos ao longo do meu pescoço, e sua mão
desliza para baixo na minha calcinha para sentir a maciez que se
formou entre as minhas pernas. Ele rosna de satisfação quando começa
a esfregar meu clitóris.

“Minha rainha fica excitada com seu poder?”

Balanço a cabeça negativamente. Não é o meu poder que me


excita, mas o respeito que Nick exige que os outros me deem.
“É você. Tudo sobre você. Sempre você,” digo. Eu me viro, fazendo
com que sua mão escorregue por entre minhas pernas para que eu
possa olhar em seus olhos.

“Cara mia, só peço a eles que deem a você o que você merece.” Ele
se inclina para pegar meus lábios. Eu nunca vou me cansar de como sua
boca se sente quando encontra a minha.

Abaixo-me e desabotoo suas calças, em seguida, alcanço e agarro


seu pau duro, permitindo que ele salte para fora de sua cueca boxer.
Antes que Nick perceba o que estou fazendo, eu quebro o beijo e caio
de joelhos na frente dele.

“Não, cara mia, não quando você está grávida de meu filho. Você
não deveria estar de joelhos na minha frente.”

Eu o acaricio, deixando-o saber que eu não vou recuar. “Meu rei,


você disse que sempre daria a sua rainha tudo o que ela desejasse.”

Ele rosna enquanto eu lambo a umidade da ponta de seu pênis. Eu


não paro por aí, eu o levo em minha boca totalmente. Ele geme
enquanto eu o chupo tão profundamente quanto posso levá-lo.

“Olhos em mim, cara mia. Quero que veja o prazer que essa sua
doce boca me traz.”

Faço o que ele diz. Sua mão envolve meu cabelo, segurando-o com
força enquanto ele começa a tomar minha boca. “É isso que você
queria, minha rainha? Dá prazer a você levar meu pau em sua boca?
Para me ter à sua mercê?”

Gemo um sim em torno dele, meu núcleo apertando porque ele


está certo. Eu amo agradá-lo, deixá-lo louco de luxúria. Ele sempre me
faz sentir forte, mas quando estamos em nosso quarto, dar e receber é
o jogo de poder final. Ele coloca seu pau na minha boca, minha língua
cumprimentando cada golpe, antes de ele se afastar e me levantar de
meus joelhos.

Minhas costas batem na cama enquanto ele sobe em cima de mim,


seus joelhos afastando minhas coxas. Ele se inclina para frente,
beijando levemente minha boca antes de agarrar seu pau e alinhá-lo
até a minha entrada. Eu levanto meus quadris, implorando a ele para
me dar o que preciso. Ele empurra dentro de mim até que esteja
totalmente acomodado.

“Você é tão linda, Ccra mia”, diz ele enquanto se move dentro de
mim. “Meu amor, minha rainha. Minha.”

Eu me espalho mais, levando tudo dele, deleitando-me com seu


toque e seu amor. “Para sempre, meu rei. Para sempre DaVinci.”
LIVRO 02

Ir para o instituto como herdeiro de uma família mafiosa não é tão fácil
quanto parece.

O estilo de vida do colégio me deixa frio, e não quero fazer parte do time de
lacrosse ou sair com garotas idiotas que acham que estar comigo é dar um passeio
pelo lado selvagem.
Estou bem na minha bolha até ver a nova garota pela janela. Tímida,
inteligente e com curvas de dar água na boca, Evangeline é uma boa menina,
inesperada no meu mundo de bad boy. Sua inocência deveria me fazer dar
meia volta, mas eu não dou. Afinal, sou um Davinci. Quando vejo algo que
quero, eu pego.

Uma oportunidade de ir para a faculdade é tudo de que preciso, e esta nova


escola é a maneira de fazer isso. Minha avó conseguiu um emprego como cozinheira
em uma fazenda local para que eu pudesse frequentar a Brightwood School, e não
vou decepcioná-la. Estou determinada, focada ..... até encontrar Marco. Ele tem
"perigo" escrito nele e senta no fundo da sala de aula, enquanto me come com os
olhos.

E isso é apenas o começo.

Marco não é apenas ruim, ele está determinado a me tornar sua, custe o
que custar.
MODERADORAS

JESS E. / KAMY B. / MARIA BEATRIZ

BAD GIRLS

LOLA ARNOS / JESS E. / LIS WOLF

2023

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