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Escola de Líderes

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2 Liderança 4.0: Liderança Ágil em Tempos Velozes # Aula 14 — Inteligência Intrapessoal II

Sumário
Inteligência Intrapessoal ............................................................................................... 4
Medo................................................................................................................................5
Amor................................................................................................................................6
Raiva...............................................................................................................................6
Tristeza............................................................................................................................6
Alegria.............................................................................................................................7
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Em nossa última aula, começamos


nossa conversa sobre inteligência
intrapessoal, que é a capacidade de olhar
para dentro de nós e reconhecer as
próprias emoções e sentimentos.
Falamos também das quatro dimensões
do ser humano — a fisiológica, a racional,

Na a emocional e a espiritual — dimensões


essas que convivem e se interpõem a

aula todo momento.

Para ampliar a consciência sobre cada

anterior uma dessas dimensões, começamos um


exercício bastante simples de autoanálise
e anotação de algumas características
que pensamos ter nas dimensões
fisiológica e racional.

Hoje vamos continuar nosso exercício,


explorando nossa dimensão emocional.
Vamos viajar mais um pouco para dentro
de nós.
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Inteligência Intrapessoal

Assim como nosso corpo físico e nossos pensamentos, as emoções precisam


igualmente ser investigadas. Então, para continuar suas anotações, agora na
dimensão emocional, reflita:

Quais as emoções que você mais sente? Você se pega mais constantemente
sentindo raiva? Amor? Tristeza?

Como você lida com essas emoções? Como lida com a ansiedade e com a
angústia?

Quais emoções mais o ajudam? Quais as que o prejudicam? Por exemplo,


quando você está com raiva, continua sendo produtivo, mas quando está
ansioso sente que seu rendimento cai?

Quais os seus mecanismos de defesa? Quais são os seus vícios emocionais?


Pode não ser tão fácil identificá-los, mas, para fazer isso, pense em reações
que você tem sempre que sente dada emoção. Por exemplo, sempre que
alguém lhe faz uma crítica você faz piada dessa crítica? Se sim, o humor pode
ser um mecanismo de defesa para não entrar em contato com aquela crítica.
Ou então, você trabalha muito e se autoengana, convencendo-se de que o faz
porque gosta, quando, na verdade, o faz porque não encontra prazer em outras
áreas de sua vida. Mecanismos de defesa podem acabar se tornando vícios
emocionais que o afastam de sua essência.

Como suas emoções são impactadas por seus pensamentos? Por exemplo,
você está tranquilo e bem-humorado, mas quando alguém começa a
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manifestar uma opinião política que lhe parece equivocada você perde o bom-
humor.

Também faz parte da inteligência intrapessoal entender nossas emoções — orgulho,


vaidade, medo, raiva, ansiedade, alegria e amor são exemplos de emoções que fazem
parte de todos nós; essas perguntas são importantes para entendê-las, e entendê-las
é fundamental para desenvolvermos a inteligência intrapessoal. Há algumas emoções
que são chamadas de primárias: medo, amor, raiva, tristeza e alegria. É bom
pensarmos sobre elas e descobrirmos quando aparecem em nós. É interessante
também enxergá-las de forma mais ampla.

Falemos, então, da primeira emoção primária, o medo. Quando falamos


MEDO

em medo, estamos falando em ansiedade, preocupação, desconfiança,


incerteza e insegurança. O medo é a emoção geradora dessas outras
emoções.

Nenhuma dessas emoções são boas ou más. Apenas precisamos observá-las e


entendê-las, aproveitando o que elas nos trazem de melhor. O medo, por exemplo,
ajuda-nos a não correr riscos desnecessários, mas pode também evitar
excessivamente a possibilidade de arriscar-nos em algo importante.

Sabemos que a ansiedade é o mal do século, que as pessoas têm um


nível de ansiedade muito grande e crescente, e que há toda uma
indústria de medicamentos desenvolvida em torno disso. No entanto,
uma dose de ansiedade é muito boa para que mantenhamos o foco e
nos preparemos da melhor forma. Muito possivelmente a ansiedade
só cresce porque não conseguimos entender o momento em que ela
começa; quando é percebida, já desencadeou doenças bastante
significativas.
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A inteligência intrapessoal nos ajuda a entender onde tudo começa e como acontece,
e a impedir que o quadro evolua para distúrbios mais severos.

A segunda emoção primária que vamos analisar é o amor. Ele traz


AMOR

consigo questões relacionadas à missão, à visão, aos valores, à


perpetuação e à reputação. O amor causa um movimento interno que
nos leva a ter mais interesse pela vida. Ele nos conecta ao nosso
propósito e à nossa essência.

Observe bem e verá que sempre que que dá sentido às coisas. Estamos
sentimos estar fazendo aquilo que falando focados na liderança, porque é
gostamos, sentimos mais alinhamento nosso tema, mas amor dá sentido a
com nossa missão, nossa visão e várias coisas. É importante frisar que o
nossos valores. Nesses momentos amor é uma emoção muito poetizada e
conseguimos fazer escolhas romantizada, mas, em essência, é uma
importantes na carreira e mesmo como emoção muito prática, que me conecta
líderes, porque o amor é uma emoção àquilo de que eu mais gosto.

A raiva, por usa vez, como terceira emoção básica, pode ser chamada
RAIVA

por vários nomes, como fúria, rancor, mágoa e ressentimento. Em


qualquer dos casos, pode ser uma força importante para nos motivar a
fazer algumas coisas. Então por que não reconhecer que sentimos raiva
e redirecioná-la para algo positivo? A inteligência intrapessoal nos ajuda
nisso.
TRISTEZA

Já a tristeza traz abatimento, decepção, descrédito, baixa energia para


decisões, baixa autoestima. Quando estamos tristes nos recolhemos e
ficamos mais quietos, e, apesar de não pensarmos nos momentos de
tristeza como positivos, há neles grande potencial para a reflexão. Mas,
para que isso aconteça, é necessário que reconheçamos a tristeza.
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O pior que pode acontecer à nossa dimensão emocional é ignorar as emoções e


varrê-las para debaixo do tapete, porque isso nos faz confundir o que sentimos e
tomar decisões erradas. Ou então nos faz tentar evitar as emoções. É o típico caso de
quem está triste e sai para beber, no intuito de ficar alegre. Isso não vai acontecer.
Entorpecer a tristeza não significa ficar alegre.

Por fim, vamos examinar a alegria. É uma emoção prazerosa, que nos
ALEGRIA

faz ficar eufóricos e energizados, mobiliza-nos e ajuda a tomar


decisões. Um líder que não leva alegria para sua equipe, que é triste e
pessimista a maior parte do tempo, tem dificuldades de cumprir o seu
papel de aprender, ensinar, influenciar as pessoas e fazer com que elas
caminhem para um objetivo.

Cultivar a alegria é fundamental, mas não é simples, pois inegavelmente todos


passamos por momentos difíceis. Nesse caso, precisamos cultivar o que chamo de
olho bom, que é o olho que vê as pequenas coisas boas de todas as situações. No
fundo, a alegria é a capacidade de enxergar as pequenas grandes coisas da vida e,
para o líder, é levar essa alegria para a equipe e se alegrar junto com ela.

A alegria é particularmente suscetível a padrões de pensamento repetitivos ou


negativos. Não é incomum estarmos alegres e sermos assaltados por um pensamento
que desencadeia preocupações desnecessárias e outras emoções, não produtivas
para aquele momento.
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Pois bem. Examinamos, nessa aula, as nossas emoções, mas ainda há uma última dimensão a ser

analisada, que é a dimensão espiritual, da qual trataremos na próxima aula.

Antes de terminar, no entanto, não esqueça de revisar todas as perguntas feitas no início dessa

aula. Escreva as respostas e se pergunte se é você que faz sua gestão emocional ou você a delega

para alguém, permitindo que suas emoções sejam manipuladas por outra pessoa ou situação.

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