O documento discute a seletividade e não cumulatividade do IPI. Em suma: (1) A seletividade não necessariamente representa a capacidade contributiva, pois incide sobre bens essenciais; (2) A não cumulatividade permite a dedução de créditos de insumos nas saídas, independente de pagamento anterior; (3) Há entendimento que a lei que garante créditos em produtos isentos interpreta a não cumulatividade.
O documento discute a seletividade e não cumulatividade do IPI. Em suma: (1) A seletividade não necessariamente representa a capacidade contributiva, pois incide sobre bens essenciais; (2) A não cumulatividade permite a dedução de créditos de insumos nas saídas, independente de pagamento anterior; (3) Há entendimento que a lei que garante créditos em produtos isentos interpreta a não cumulatividade.
O documento discute a seletividade e não cumulatividade do IPI. Em suma: (1) A seletividade não necessariamente representa a capacidade contributiva, pois incide sobre bens essenciais; (2) A não cumulatividade permite a dedução de créditos de insumos nas saídas, independente de pagamento anterior; (3) Há entendimento que a lei que garante créditos em produtos isentos interpreta a não cumulatividade.
princpio da capacidade contributiva Jos Csalta Nabais, Klaus Tipke, Douglas Yamashita, Regima Helena Costa e Marciano Buffon, Veja-se a opinio de Costa: A seletividade de alquotas e a no cumulatividade do IPI e do ICMS [...] so expedientes que demonstram que, mesmo no sendo vivel considerar as condies pessoais dos contribuintes, possvel prestigiar a noo de capacidade contributiva. IPI - Seletividade Todavia, devemos refletir sobre esta associao. Inicialmente de se ressaltar que a capacidade contributiva somente se iniciaria acima de determinado rendimento, que garantisse um mnimo existencial ao indivduo. Assim, o consumo de bens essenciais, sujeitos a seletividade, no poderia se consistir em concretizao da capacidade contributiva, porque nesta faixa de consumo esta ainda no existiria. Assim, estamos com Carrazza e Humberto vila, quando afirmam que a seletividade no seria concretizao da capacidade contributiva. Veja-se as palavras de vila: A seletividade seria, neste sentido, a concretizao tributria da igualdade de tratamento de acordo com o parmetro da dignidade humana. Ela no seria, assim, nenhuma consequencia do princpio da capacidade contributiva. IPI No cumulatividade A no cumulatividade no se confunde com a tributao do valor agregado; nesta, a alquota do imposto incide sobre a diferena entre o preo de aquisio e o de revenda, sobre o valor agregado; naquela, pela sistemtica adotada no direito ptrio, deduz-se do IPI/ICMS calculados sobre as sadas o montante j pago nas entradas de insumos imposto sobre imposto. indiferente, pela sistemtica em vigor, se o crdito foi efetivamente pago na etapa anterior, bastando que haja o destaque na nota fiscal de aquisio. No h vinculao entre as sadas e o imposto creditado em funo das matrias primas utilizadas nos produtos sados. Matrias primas no tributadas pelo IPI ou sujeitas alquota zero no geram direito a creditamento. (RE n 370.682 ). Resta sem soluo, contudo, os casos de insumos isentos. IPI No cumulatividade So garantidos os crditos decorrentes da aquisio de matrias primas, produtos intermedirios e materiais de embalagem, nos casos em que o produto final esteja submetido alquota zero ou seja isento Lei n 9.779/99 art. 11. H entendimento do Poder Judicirio de que a lei em questo seria apenas interpretativa, podendo-se deduzir a regra em questo do prprio princpio da no cumulatividade. IPI no cumulatividade Os crditos, em princpio, no se submetem correo monetria; Esta, contudo, ocorrer nos casos de denegao administrativa do direto ao crdito por parte da administrao, quando o contribuinte for obrigado a recorrer ao Poder Judicirio.