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ESTRATÉGIA DE

PRODUÇÃO

MÁRCIA REGINA NEVES GUIMARÃES


Os Cegos e o Elefante

“Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no
pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em
seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem.
Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas.
Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme , o príncipe ordenou que cada um
explicasse aos outros como era o elefante, então, o que tinha apalpado a barriga, disse que o
elefante era como uma enorme panela.
O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se
parecia mais com uma vassoura. "Nada disso ", interrompeu o que tinha apalpado a orelha. "Se
alguma coisa se parece é com um grande leque aberto". O que apalpara a tromba deu uma risada e
interferiu: "Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma
mangueira de água...". "Essa não", replicou o que apalpara a perna, "ele é redondo como uma
grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um
poste...". Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os
outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia.
Evidentemente cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os
demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um
acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras
experiências, ordenou que se calassem. "O elefante é tudo isso que vocês falaram.", explicou.
"Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não devem negar o que os
outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que
cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante."
Escolas para a formulação de estratégias

“Somos os cegos e a formulação de estratégia é


nosso elefante. Como ninguém teve a visão
para enxergar o animal inteiro, cada um tocou
uma ou outra parte e “prosseguiu em total
ignorância” a respeito do restante. Somando as
partes, certamente não teremos um elefante. Um
elefante é mais que isso. Contudo, para
compreender o todo também precisamos
compreender as partes” (MINTZBERG;
AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.13).
Fonte da figura: Disponível em:
<https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F
%2Fwww.amlm.org.br%2F2019%2F04%2Fos-7-
cegos-e-o-
elefante.html&psig=AOvVaw3pIuRT8aTCqVWjhdit_
w0Q&ust=1599314594344000&source=images&cd=v
fe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJCnza3Vz-
sCFQAAAAAdAAAAABAO> Acesso em 04set2020.
As dez escolas
(Segundo MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000)

A partir de uma revisão intensiva da literatura,


foram observados dez diferentes pontos de
vistas que, em sua maioria, se reflete nas
práticas gerenciais. Cada um destes pontos de
vista tem uma perspectiva única que focaliza
um aspecto importante do processo de
formulação de estratégia. Fonte da figura: Disponível em:
<https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A
%2F%2Fwww.praticadapesquisa.com.br
%2F2011%2F04%2F&psig=AOvVaw2g83Pc6O31
59oBEotayHwV&ust=1599315004209000&source
=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPD52O
3Wz-sCFQAAAAAdAAAAABAD> Acesso em 04
set 2020.
Dos diferentes pontos de vista, surgem as 10 ESCOLAS DO PENSAMENTO
ESTRATÉGICO, apresentadas no quadro abaixo.

Escola Formulação da estratégia como um


processo de
Do Design Concepção
Do Planejamento Formal
Do Posicionamento Analítico
Empreendedora Visionário
Cognitiva Mental
De Aprendizado Emergente
Do poder Negociação
Cultural Coletivo
Ambiental Reativo
De Configuração Transformação
Fonte: (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.13-14).
Os autores agrupam as 10 escolas segundo sua natureza. Para eles:

• As três primeiras escolas são consideradas prescritivas , ou seja, possuem maior


ênfase em como as estratégias devem ser formuladas e não em como são
formuladas;

• As seis seguintes consideram aspectos específicos do processo de formulação de


estratégia. Preocupam-se mais com a descrição da maneira como as estratégias
são formuladas do que com a prescrição do comportamento estratégico ideal;

• A última escola (da configuração), por sua vez, preocupa-se com a integração.
Busca agrupar o processo de formulação de estratégias, o conteúdo das
estratégias, as estruturas organizacionais e os contextos.
A Escola do design
A escola do design propõe um modelo (como mostra o slide a seguir) que busca a
adequação entre as capacidades internas e as possibilidades externas.
AVALIAÇÃO EXTERNA
Ameaças e oportunidades
do ambiente AVALIAÇÃO INTERNA
(Fatores –chave de sucesso) Forças e fraquezas da
organização
(competências distintivas)

CRIAÇÃO DE
ESTRATÉGIA

Responsabili Valores
dade social gerenciais
AVALIAÇÃO E
ESCOLHA DA
ESTRATÉGIA

IMPLEMENTAÇÃO
DA ESTRATÉGIA

Figura: modelo básico da escola do design.


Fonte: MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL (2000, p.30).
Premissas da escola do design

• a formação da estratégia deve ser um processo deliberado de pensamento consciente. Neste caso, as
estratégias surgem do pensamento humano rigidamente controlado;
• o estrategista (executivo principal) deve fazer esse controle;
• o modelo de formação da estratégia deve ser simples e informal;
• as estratégias devem ser sob medida para um caso individual;
• o processo de design está completo quando as estratégias encontram-se plenamente formuladas como
perspectiva;
• as estratégias devem ser explícitas, portanto, simples;
• a implementação das estratégias só ocorre depois de totalmente formuladas.
A Escola do planejamento
“(...) procedimento formal, treinamento formal, análise formal, muitos números” (MINTZBERG;
AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.44).

Fonte da figura: Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmaysaweippert.jusbrasil.com.br%2Fnoticias%2F519443547%2Fstj-


retificacao-de-erros-de-calculo-nao-esta-sujeita-a-preclusao%3Fref
%3Dtopic_feed&psig=AOvVaw1rtTFDtG0keVkVaL925KCf&ust=1599315540590000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMCfnOvYz-
sCFQAAAAAdAAAAABAT> Acesso 04 set 2020.
Premissas da escola do planejamento

• as estratégias devem ser resultado de um processo controlado e consciente de planejamento formal,


decomposto em diferentes etapas, cada uma delineada por checklists e apoiada por técnicas;
• o executivo principal, em princípio, é o responsável por todo o processo. Os planejadores, na prática, são quem
tem a responsabilidade pela execução;
• deste processo, surgem as estratégias prontas. Devem ser explicitadas para serem implementadas por meio da
atenção detalhada a objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais de vários tipos.
A Escola do posicionamento

Embora a escola do posicionamento aceite grande parte


das premissas das escolas do design e do planejamento, ela
afirma que poucas estratégias-chave são desejáveis em
uma determinada indústria. Ela fixa um número de
estratégias ou categorias de estratégias, chamadas
genéricas (por exemplo, diferenciação de produtos e
escopo focalizado no mercado).

Fonte da Figura: Disponível em: <https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/41A-IEJ6owL._SX344_BO1,204,203,200_.jpg> Acesso em 04 set


2020.
Premissas da escola do posicionamento
• “Estratégias são posições genéricas, especificamente comuns e identificáveis no
mercado.
• O mercado é econômico e competitivo.
• O processo de formação de estratégia é, portanto, de seleção dessas posições
genéricas com base em cálculos analíticos.
• Os analistas desempenham um papel importante neste processo, passando os
resultados dos seus cálculos aos gerentes que oficialmente controlam as opções.
• Assim, as estratégias saem deste processo totalmente desenvolvidas para serem
articuladas e implementadas; de fato, a estrutura do mercado dirige as estratégias
posicionais deliberadas, as quais dirigem a estrutura organizacional”
(MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.70).
A Escola empreendedora

A escola empreendedora “(...) não só focalizou o processo de formação de


estratégia exclusivamente no líder único, mas também enfatizou o mais inato dos
estados e processos – intuição, julgamento, sabedoria, experiência, critério. Isso
promove uma visão da estratégia como perspectiva, associada com imagem e
senso de direção, isto é, visão” (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000,
p.98).

Fonte da figura: Disponível em: <https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fchiptronic.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F11%2FVoc%25C3%25AA-tem-esp


%25C3%25ADrito-empreendedor.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fchiptronic.com.br%2Fblog%2Fvoce-tem-espirito-empreendedor&tbnid=m--
6XjdRV0tAqM&vet=10CBEQMyhwahcKEwiY6pvu28_rAhUAAAAAHQAAAAAQAg..i&docid=IhhFXA-
1NTpcyM&w=810&h=456&q=empreendedor&ved=0CBEQMyhwahcKEwiY6pvu28_rAhUAAAAAHQAAAAAQAg> Acesso em 20 set 2020.
Premissas da escola empreendedora

•A estratégia existe na mente do líder como perspectiva (senso de direção em longo prazo, visão do
futuro da organização).
•A formação da estratégia ocorre de maneira semi-consciente, a partir da experiência e intuição do
líder.
•O líder promove a visão de forma decidida (ou mesmo obsessiva), mantendo o controle pessoal da
implementação para poder reformular, se necessário, aspectos específicos.
•Portanto, a visão estratégica é maleável. A estratégia, nesse caso, tende a ser deliberada na visão
global e emergente na forma pela qual os detalhes da visão se desdobram.
•A organização também é maleável. Uma estrutura simples e sensível às diretivas do líder, na qual
muitos procedimentos e relacionamentos de poder são suspensos para conceber ao líder uma ampla
liberdade de manobra.
•A estratégia empreendedora tende a assumir a forma de nicho, ou seja, um ou mais bolsões de
posição no mercado protegidos contra as forças da concorrência direta.
A Escola cognitiva
A escola cognitiva busca sondar a mente do estrategista, ou
seja, procura chegar ao que o processo estratégico significa
na esfera da cognição humana, utilizando em especial o
campo da psicologia cognitiva.

Fonte da figura: Disponível em < https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmedium.com%2F%40jeffersonalex%2Fentender-cogni%25C3%25A7%25C3%25A3o-%25C3%25A9-


essencial-para-um-designer-de-produto-80fc66b40174&psig=AOvVaw0LoCFs_KqNOpCnxMzbZS1O&ust=1599317021839000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMjz9rbez-
sCFQAAAAAdAAAAABAQ> Acesso 04 set 2020.
“Assim, os estrategistas são, em grande parte, autodidatas: eles desenvolvem
suas estruturas de conhecimento e seus processos de pensamento, principalmente
através de experiência direta. Essa experiência dá forma àquilo que eles sabem,
que, por sua vez, dá forma ao que eles fazem, moldando assim sua experiência
subsequente” (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.116).
Premissas da escola cognitiva

• A formação de estratégia é um processo cognitivo que ocorre na mente do estrategista.


• Dessa forma, as estratégias emergem como perspectivas (na forma de conceitos, mapas,
esquemas e molduras) que dão forma à maneira pela qual as pessoas lidam com informações
que vem do ambiente.
• Essas informações fluem por meio de todos os tipos de filtros deturpadores, antes de serem
decodificadas pelos mapas cognitivos, ou são meramente interpretações de um mundo que
existe somente em termos de como é percebido. Assim, o mundo visto pode ser modelado, pode
ser emoldurado e pode ser construído.
• Como conceito, as estratégias são difíceis de realizar em primeiro lugar. Quando são realizadas,
ficam abaixo do ponto ótimo e, subsequentemente, são difíceis de mudar quando não são mais
viáveis.
A Escola de aprendizado
De acordo com a escola de aprendizado, as estratégias emergem quando as
pessoas, atuando de maneira individual ou coletiva, aprendem a respeito de
uma situação tanto quanto a capacidade da sua organização de lidar com ela.
Finalmente, elas convergem sobre padrões de comportamento que funcionam.

Fonte da figura: Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F


%2Fblog.wagglbrasil.com%2Fsaiba-como-criar-uma-cultura-de-aprendizagem-na-sua-
empresa
%2F&psig=AOvVaw2ojT_jRjQmClw6WGvTkOVl&ust=1599317620979000&source=imag
es&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKDAvN3gz-sCFQAAAAAdAAAAABAD> Acesso em
04 set 2020.
Premissas da escola de aprendizado

• A formação da estratégia precisa assumir a forma de um processo de


aprendizagem ao longo do tempo.
• Embora o líder também deva aprender, em geral, é o sistema coletivo que
aprende.
• Este aprendizado procede de maneira emergente, por meio do comportamento
que estimula o pensamento retrospectivo para que se possa compreender a ação.
Nesse caso, quem tiver capacidade e recursos para poder aprender toma
iniciativas estratégicas. As iniciativas bem sucedidas criam correntes de
experiência que convergem para padrões que se tornam estratégias emergentes.
Uma vez reconhecidas, elas podem se tornar formalmente deliberadas.
• Assim, a gerência ao invés de preconceber estratégias deliberadas, gerencia o
processo de aprendizado estratégico, pelo qual podem surgir novas estratégias.
A Escola do poder
“(...) A escola do poder abre o jogo e caracteriza a formação de estratégia como um processo
aberto de influência, enfatizando o uso de poder e política para negociar estratégias favoráveis a
determinados interesses” (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.174).

Fonte da figura: Disponível em<https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.docbiz.com.br%2Faprenda-4-tecnicas-de-negociacao-e-aumente-suas-vendas


%2F&psig=AOvVaw0HobXKN1xP28PHswa8vENh&ust=1599322819371000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJDk_P_zz-sCFQAAAAAdAAAAABAD> Acesso
em 04 set 20202
Premissas da escola do poder
• “A formação da estratégia é moldada por poder e política, seja como um processo dentro da
organização ou como o comportamento da própria organização em seu ambiente externo.
• As estratégias que podem resultar desse processo tendem a ser emergentes e assumem mais a
forma de posições e meios de iludir do que de perspectivas.
• O poder micro vê a formação de estratégias como interação, através de persuasão, barganha e, às
vezes, confronto direto, na forma de jogos políticos, entre interesses estreitos e coalizões
inconstantes, em que nenhum predomina por um período significativo.
• O poder macro vê a organização como promovendo seu próprio bem-estar por controle ou
cooperação com outras organizações, através do uso de manobras estratégicas bem como de
estratégias coletivas em várias espécies de redes e alianças” (MINTZBERG; AHLSTRAND;
LAMPEL, 2000, p.191).
Escola cultural
A escola cultural se preocupa em grande parte com a influência da cultura na
manutenção da estabilidade estratégica e, em alguns casos, resistindo às mudanças
estratégicas que podem ser necessárias.

Fonte da figura: Disponível em <https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.rhjr.com.br%2Fpost%2Fvoc%25C3%25AA-sabe-o-


que-%25C3%25A9-cultura-
organizacional&psig=AOvVaw2hMJnt_p1sAwM072IwPWnf&ust=1599323175404000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLjI-6P1z-
sCFQAAAAAdAAAAABAD> Acesso em 04 set 2020.
Premissas da escola cultural
• A formação de estratégia ocorre por meio da interação social, com base nas
crenças e interpretações comuns aos membros da organização.
• O indivíduo adquire estas crenças através do processo de aculturação ou
socialização.
• Portanto, as pessoas da organização podem descrever apenas de forma parcial as
crenças que sustentam sua cultura, ao passo que as origens e explicações podem
permanecer obscuras.
• Em consequência disso, a estratégia assume a forma de uma perspectiva, com
raízes nas intenções coletivas e refletida nos padrões pelos quais os recursos ou
capacidades da organização são protegidos e usados para obtenção de vantagem
competitiva.
A Escola ambiental
A escola ambiental vê o ambiente como um ator. Como consequência, considera a
organização passiva, ou seja, ela apenas reage ao que o ambiente determina.
Reduz-se, portanto, a geração de estratégia a uma espécie de processo de
espelhamento.
Premissas da escola ambiental
• O ambiente é agente central no processo de geração de estratégias.
• A organização deve responder ao ambiente para não ser eliminada.
• O papel da liderança passa a ser ler o ambiente e garantir uma adaptação adequada
à ele.
• As organizações se agrupam em nichos distintos, e permanecem em tais posições
até que os recursos se tornem escassos ou as condições demasiado hostis. Então
elas declinam até a morte.
A Escola de configuração
“Existem dois lados principais desta escola (...) Um descreve estados – da organização e do contexto
que a cerca – como configurações. O outro descreve o processo de geração de estratégia – como
transformação. (...) a escola da configuração faz isso: descreve a estabilidade relativa da estratégia
dentro de determinados estados, interrompida por saltos – ocasionais e mesmo enormes – para
novos estados” (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.222).

Fonte da figura: Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.creativante.com%2Fnew%2Findex.php%2F2013-02-03-19-36-05%2F2015%2F252-o-que-e-estrategia-


nos-dias-de-hoje&psig=AOvVaw0TWWXCQm7vEOj3uXhGJ8zc&ust=1599323706354000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCODP-KX3z-sCFQAAAAAdAAAAABAS> Acesso em 04
set 2020.
Premissas da escola de configuração

• Uma organização, em geral, pode ser descrita em termos de algum tipo de configuração estável de suas
características: num período de tempo, ela adota determinada estrutura adequada ao contexto, o que faz
com que ela se engaje em determinados comportamentos que dão origem a determinadas estratégias.
• Esses períodos de estabilidade são interrompidos por algum processo de transformação, ou seja, um salto
para outra configuração.
• Esses estados sucessivos de configuração e períodos de transformação podem se ordenar ao longo do
tempo em sequências padronizadas.
• Portanto, a chave para a administração estratégica é reconhecer a necessidade de transformação e ser
capaz de gerenciar o processo sem destruir a organização.
Premissas da escola de configuração (cont.)

• “Assim sendo, o processo de geração de estratégia pode ser de concepção conceitual ou


planejamento formal, análise sistemática ou visão estratégica, aprendizado cooperativo ou
politicagem competitiva, focalizando cognição individual, socialização coletiva ou a simples
resposta às forças do ambiente; mas cada um deve ser encontrado em seu próprio tempo e
contexto. Em outras palavras, as próprias escolas de pensamento sobre formação de estratégia
representam configurações particulares.

• As estratégias resultantes assumem a forma de planos ou padrões, posições ou perspectivas ou


meios de iludir: porém, mais uma vez, cada um a seu tempo e adequado à sua situação”
(MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000, p.224).
REFERÊNCIA

MINTZBERG, HENRY; AHLSTRAND, BRUCE; LAMPEL, JOSEPH. Safári de estratégia: um


roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

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