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JACQUES ALAIN-
MILLER
SABINE, 18 ANOS LUCIANA ROMAGNOLLI
Miller
“Então, diga-me o que a atormenta...”
Sabine
“O que me atormenta é que não consigo ter uma vida normal. Estou
deprimida o tempo todo. No teria razões válidas. Não sei por que me
deprimo. Escuto coisas. Vejo coisas.”
Miller
O que escuta e o que vê?
Sabine
“Escuto vozes que me dizem que me destrua, que me machuque (“haga
daño), e vejo gente que também me diz que me machuque”.
Miller pede algumas precisões: “insultos, censuras, ordens que me
obriguem a fazer certas coisas que, se não, não me animaria a fazer”
01/03/20XX 4
VISÕES
Sonia Marie Jack
• A vozinha • Um fantasma feminino • Homem, cabelos escuros, vestido
de preto
• “Zomba de mim” (burlona) • Fuma uma cigarrilha
• Faz palhaçadas o tempo todo
• Pulôver vermelho e saia preta • Cor pálida e cabelo escuro
• “Quando estou um pouco triste o
• “É como se fosse uma parte de • “Me observa, é tudo”
vejo aparecer, depois trata de me
mim mesma que tivesse saído o
fazer rir”
meu corpo e que estivesse frente a
mim”
• “Se parece muito comigo, mas não
sou eu” + impressão de ouvir menina chorando
• “Me empurra a me autodestruir” (ela mesma pequena)
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Sabine fala que obedeceu as ordens de autodestruição duas vezes e, quando aparece o
sangue, “é como se tivesse uma prova de que estou viva”, “me dá a impressão de existir”.
Ela sente necessidade de ver sangue e a voz de Sônia lhe dá coragem para o ato.
Tentativas de suicídio (“mais além dos cortes”): “Sobretudo à noite, quando estou só. Não
sei, isso cai sobre mim.” [...] “É estranho, de repente meu coração bate muito rápido. Não
posso respirar (asfixia). Só tenho uma ideia na cabeça. É uma vozinha em minha cabeça que
me diz que tome coisas para me machucar, rasgar-me a pele, ver sangue, coisas assim”.
Atos suicidas foram premeditados. “Era toda uma estratégia”, organizava o “cenário”.
“Sobretudo à noite, quando estou só. Não sei, isso cai sobre mim.” [...] “É
estranho, de repente meu coração bate muito rápido. Não posso respirar
(asfixia). Só tenho uma ideia na cabeça. É uma vozinha em minha cabeça
que me diz que tome coisas para me machucar, rasgar-me a pele, ver
sangue, coisas assim”.
Atos suicidas foram premeditados. “Era toda uma estratégia”, organizava o
“cenário”.
Laurent: As paredes
“Na psicose [...] o corpo passa ao exterior”.
Medicamento: algo do exterior que adentra
Miller não faz pergunta sexual porque não vem dela e é situação
pública: custo ético