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Recife
Luciana Romagnolli*
Z Quando a câmera digital chega às mãos de quem vive na periferia, abre-se a janela para que
um grupo muito mirado pelo cinema brasileiro, mas constantemente visto de fora, se expresse
por si mesmo. Cinema de Guerrilha, novo documentário de Evaldo Mocarzel apresentado na
Mostra Competitiva do 14º Cine PE Festival do Audiovisual, se volta para um grupo de
estudantes de cinema morador da periferia de São Paulo, atuantes na região realizando
oficinas de audiovisual e mostras de vídeo.
A surpresa para a classe média espectadora pode ser despertada ao ouvir da boca dos
cineastas da periferia referências a Tarkóvski, a filmes como Edukators, O Cão Andaluz ou Os
Sonhadores. Nas oficinas que eles ministram, as garotas e garotos criam roteiros sobre
terrorismo poético. Confabulam atentados contra janelas da classe média, quebrando seus
vidro com pedras embrulhadas em poemas, para dar um recado de insubordinação
intelectualizada.
Mocarzel se interpõe ao que ele define como “uma visão estereotipada dos movimentos
sociais, que são considerados invasores pela mídia”. “A gente tem sempre essa intermediação
midiática e nunca vai diretamente à fonte.”
Sampistas , opinião
Cinema de Guerrilha não deixa de ser um filme de classe média sobre a periferia, um olhar
estrangeiro. Como um dos estudantes de cinema de quem se ouve as idéias enquanto a
câmera fecha em seu rosto no trajeto de uma van (o que torna o documentário mais
discursivo do que imagético), é ilusão que o documentarista ou cineasta de ficção, que seja,
possa se misturar na realidade da “perifa” e se imiscuir a tal ponto daquele modo de vida que
passe a fazer parte do cenário. Afinal, câmera desligada, o diretor volta ao seu quarto
confortável de classe média.
É nesse sentido que, por mais atuantes que sejam, o estudante de cinema chame a atenção
para o fato de que o grupo é atuante e produtivo, mas não aparece até que um outro vindo de
um cenário não marginalizado, no caso Mocarzel, lhes confira visibilidade mostrando-os em
seu filme. “Espero que meu curta esteja na seleção do Cine PE ano que vem”, diz o ?.
* A repórter viajou a convite do Cine PE.
Vcs não chegam até a gente mas a gente chega ate vcs, a gente assiti filme no centro a gente
assite filme brasileiro.
Na impossibilidade de
A gente faz muito, não aparece e precisa o Evaldo mocarzel ir La para que a gnete apareça.
(garoto) Vcs não chegam até a gente mas a gente chega ate vcs, a gente assiti filme no centro a
gente assite filme brasileiro.
9854-7846 simone
A rigpr [e um filme de classe m[edia, não seria um filme de classe m[edia se o diretor fosse
o ?, espero ano que
Pop pobre
Os garotos
Sampistas
“O fato de vc não ter gostado é uma coisa normal, filme é empatia. Com relação a produzir,
realmente tenho procudzido muito, mas tem determinadas coisas q se não fizer a vida passa.
Odigital possibilit€a fazer coisas
A gente faz muito, não aparece e precisa o Evaldo mocarzel ir La para que a gnete apareça.
(garoto) Vcs não chegam até a gente mas a gente chega ate vcs, a gente assiti filme no centro a
gente assite filme brasileiro.