Este documento relata o caso de uma gestante com Arterite de Takayasu que desenvolveu edema agudo de pulmão após extubação. A paciente recebeu anestesia geral para cesariana de emergência e, após 15 minutos da extubação, apresentou sinais de congestão pulmonar, sendo necessário suporte ventilatório. Após tratamento, a paciente melhorou e foi encaminhada à UTI. O documento discute os riscos da doença em gestantes e a importância do planejamento anestésico para evitar complicações no
Descrição original:
Relato de Caso sobre Anestesia Geral em Gestante portadora de Arterite de Takayasu
Este documento relata o caso de uma gestante com Arterite de Takayasu que desenvolveu edema agudo de pulmão após extubação. A paciente recebeu anestesia geral para cesariana de emergência e, após 15 minutos da extubação, apresentou sinais de congestão pulmonar, sendo necessário suporte ventilatório. Após tratamento, a paciente melhorou e foi encaminhada à UTI. O documento discute os riscos da doença em gestantes e a importância do planejamento anestésico para evitar complicações no
Este documento relata o caso de uma gestante com Arterite de Takayasu que desenvolveu edema agudo de pulmão após extubação. A paciente recebeu anestesia geral para cesariana de emergência e, após 15 minutos da extubação, apresentou sinais de congestão pulmonar, sendo necessário suporte ventilatório. Após tratamento, a paciente melhorou e foi encaminhada à UTI. O documento discute os riscos da doença em gestantes e a importância do planejamento anestésico para evitar complicações no
gestante portadora de Arterite de Takayasu - Relato de Caso
Autores: Gabriela Meireles Linhares de Araújo, João Lucas Pereira Rodrigues, Thales Resende Damião, Beatriz Lemos da Silva Mandim, Paulo Ricardo Rabello de Macedo Costa Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.
Após 15 minutos da extubação a
INTRODUÇÃO paciente iniciou quadro de pico hipertensivo com queda de saturação, A Arterite de Takayasu (AT) é uma tosse leve, desconforto respiratório e doença idiopática inflamatória crônica estertores demonstrando congestão à que compromete a aorta e seus ausculta pulmonar. principais ramos causando estenose e Iniciado suporte ventilatório (máscara à obstrução. É associada à hipertensão 2L/min, CPAP), furosemida 40mg, arterial, insuficiência aórtica e maior hidrocortisona 200mg e hidralazina incidência de evento coronariano agudo. 20mg, com elevação da cabeceira em 45 graus e monitorização de diurese em sonda vesical de demora. RELATO DE CASO Paciente apresentou melhora con- siderável e foi encaminhada à UTI para Paciente feminino, 21 anos, G3P2A0 (2 manutenção de cuidados intensivos. partos normais), IG 32 semanas e 3 dias, portadora de AT em atividade, hipertensão arterial controlada e DISCUSSÃO hemoglobinopatia C. Paciente em internação hospitalar devido amnior- A AT é uma doença rara que associa-se à rexe prematura, evoluiu com alteração complicações graves, especialmente nas na cardiotocografia sendo indicada gestantes. É preciso planejamento cesariana de urgência. Como havia anestésico focado na perfusão orgânica recebido enoxaparina 40mg há 8 horas e, de preferência, realizando-se optou-se por anestesia geral com bloqueios neuroaxiais. A anestesia geral indução em sequência rápida. é alternativa para casos de con- Foi administrado remifentanil em bomba traindicação ao bloqueio, como nesta de infusão alvo controlada, lidocaína situação, e pode ser realizada de forma 80mg, propofol 150mg e succinilcolina segura à mãe e ao feto. 80mg, seguido de intubação orotraqueal Complicações hipertensivas no pós sem intercorrências, ventilação operatório, como EAP hipertensivo, são mecânica e manutenção anestésica com possíveis e o manejo apropriado sevoflurano 1,5%, remifentanil alvo depende da atenção do anestesiologista controlado. preparando a sala para intercorrências, Analgesia pós-operatória por infiltração prestando cuidados na recuperação pós de sítio cirúrgico feita pelo obstetra com anestésica e orientando cuidados 40ml ropicavacaína 0,5%. intensivos à paciente nas 24h de pós operatório imediato. Referências 1. Leal, P.C; Silveira, F.F.M.S; Sadatsune, E.J. et al. Takayasus's arteritis in pregnancy. Case report and literature review. Rev. Bras. Anestesiol, 2011; 61(4): 479-485].