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FILOSOFIA MODERNA: KANT

Prof. Ms. Árife Amaral


Melo
IMMANUEL KANT – (1724-1804) – é considerado
um dos maiores nomes da Filosofia Moderna.
Tamanha é sua importância que o comparam
em sua época a Platão e a Copérnico.

No entanto, antes de analisar a obra de Kant, é


necessária uma contextualização para
entendermos qual era o cenário filosófico no
qual o filósofo se inseria.
• A discussão na qual Kant se insere é aquela na
qual encontram-se de um lado os
RACIONALISTAS, que acreditavam que a razão
era inata, ou seja, nós nascíamos racionais e
apenas desenvolveríamos a razão no decorrer
de nossa vida. De outro lado, encontravam-se
os EMPIRISTAS, que acreditavam que a razão
era fruto da experiência, ou seja, se não
passássemos por experiências, não
desenvolveríamos nossa razão.
• Até então, Kant demonstrava certa simpatia pela
corrente racionalista, mas isso iria mudar após
seu encontro com o filósofo escocês David Hume,
que acreditava que “tudo era experiência”, ou
seja, não existe um conhecimento verdadeiro,
mas sim conclusões que tiramos após passarmos
pela mesma experiência diversas vezes. Por
exemplo: não existe uma certeza absoluta que o
sol nascerá amanhã. Apenas chegamos a essa
conclusão por passarmos por essa experiência
durante toda a nossa vida.
• O pensamento radical de Hume levou Kant a
afirmar que “havia despertado de seu sono
dogmático”.
• Kant então percebeu que tanto racionalistas
quanto empiristas possuíam vantagens em
suas reflexões. Era necessário então formular
algo que resolvesse esse impasse. E o filósofo
consegue:
• Para Kant, o conhecimento se constrói a partir
de dois processos: a priori e a posterori
• O conhecimento a priori é aquele que
trazemos conosco desde o nascimento, ou
aquele tipo de conhecimento que adquirimos
mas que não é fruto da experiência. É aquela
capacidade que temos de interpretar algoa
penas recorrendo ao pensamento.
• Já o conhecimento a posteriori, é aquele tipo
de conhecimento que se constitui apenas com
a experiência, ou seja, apenas o pensamento
não é suficiente para constituirmos algo.
• Nesse sentido, kant afirma que possuímos
juízos sintéticos e analíticos.
• Os juízos analítcos são aqueles de fundo
estritamente racional, como por exemplo:
“todos os corpos são extensos”, ou 1+1=2.
• Já os juízos sintéticos são aqueles que
necessitam de alguma forma, de uma
influência da experiência, como “João é
gordo” ou “esta rosa é vermelha”.
• No sentido ainda daquilo que Kant acredita
ser a priori e a posteriori, ele amplia sua
refelxão acerca da moral.

• Para Kant, o homem desenvolve sua ocnduta


a partir de imperativos, que podem ser
categóricos ou hipotéticos.
• O imperativo hipotético é aquela no qual
vivem a maioria das pessoas que vivem sob
influência do Estado, onde as normas já estão
estabelecidas e já temos um padrão de
comportamento formado pelas instituições
constituídas.
• Ele ocorre quando agimos com uma
determinada intenção, ou seja, quando temos
algum objetivo em uma determinada forma
que julgamos ser correta, desde que seja
externa a nós.
• Exemplos: quando jogamos um papel de bala
num cesto de lixo quer seja porque a lei
manda ou porque não queremos ser julgados
mal-educados, estamos agindo segundo uma
hipótese, que é a de sermos julgados.
• No entanto, se jogarmos um papel de bala no
chão sem nos preocuparmos se isso está
dentro da lei, ou porque vamos salvar a
natureza ou qualquer outro objetivo, estamos
agindo segundo um imperativo categórico.
• Por que? Quando agimos seguindo um
comportamos que julgamos ser positivo em
qualquer lugar do mundo, ou seja, quando
agimos segundo uma máxima que nãoprecise
nos ser imposta por ninguem e traga beneficio
para toda a humanidade, estamos agindo de
uma forma que isso se aplique em qualquer
categoria.
• Apesar de parecer ser algo impossível de
acontecer, é isso que Kant almeja para uma
humanidade, que plena de sua racionalidade,
não necessite de mecanismos coercitivos para
lhe determinar o que é certo ou errado. A
própria razão trará o juízo necessário para
essa conclusão.
• Nesse sentido é que Kant é considerado o
“filósofo do Iluminismo”. Pois nenhum outro
filósofo acreditou tanto na potencialidade
humana de desenvolver sua razão do que
Kant.

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