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Jornada Pedagógica 2023:

“Educação Antoniomartinense em movimento:


planejamento articulado para o sucesso da
Professor: Iure Coutre
aprendizagem .
OBJETIVOS:

● Compreender a relação entre a frequência dos estudantes e a


aprendizagem escolar.
● Realizar a análise dos dados da escola, disponibilizados por meio do
INEP e sua relação com o resultado do IDEB.
● Elaborar o Plano de Ação da Escola para o ano letivo de 2023 -
estratégias e ações com foco na melhoria da aprendizagem e na
permanência do estudante na escola;
Eu tenho um sonho
Martin Luther King

Impactar o maior nú mero de


educadores possível.
Esse é o meu sonho

Qual o seu sonho?


O ano letivo de 2023 está começando e com ele, novas
oportunidades.

O que trazemos para este novo ano, em nossa nossa


“mala de 2022?”
Chegamos ao momento tão esperado: o ano em que o
desafio se amplia, a esperança se renova e a expectativa
aumenta!
Era um jovem professor que carregava uma mala muito pesada.
Quando perguntavam o que tinha dentro dela, respondia que eram as
ferramentas necessárias para ser um bom docente. Algumas pessoas
se surpreendiam quando pediam para que o professor abrisse a mala,
porque nada havia lá. Então ele afirmava que era necessário despir-
se do passado e conhecer a realidade presente para enxergar o
momento futuro. Todos os professores que abriam a mala do jovem
professor estavam presos a conceitos antigos, assumiam posturas
ultrapassadas em sala de aula e não procuravam entender os anseios
da nova geração de estudantes. Portanto, o futuro significava, para
esses profissionais, algo muito distante e imprevisível.
O jovem professor, observando a dificuldade que os seus colegas de profissão tinham de enxergar o
conteúdo daquela mala tão pesada, resolveu apresentá-lo. Disse que iria começar a retirar da bolsa as
ferramentas que traçam o novo perfil do professor. O primeiro instrumento de trabalho exposto foi a
boa formação, o aperfeiçoamento e a atualização. Alguns docentes chegaram a demonstrar fadiga só
em olhar para esse componente que deve existir na mala de um mestre qualificado. A segunda
ferramenta se refere ao uso das novas tecnologias como um recurso a favor dos conteúdos. Nesse
momento, muitos resmungaram, imaginando o trabalho que teriam para aprender a usar o
computador nas aulas e alguns outros eletrônicos. Um professor chegou a dizer que aquela mala já
estava ficando pesada demais para um docente que não consegue sustentar nem a si mesmo com o
péssimo salário que ganha. O jovem professor rebateu afirmando que, por ser uma mala tão pesada,
não cabem mais lamentações, arrependimentos ou reclamações. É preciso carregá-la com otimismo,
força e esperança em um futuro melhor. Quem faz o caminho é quem passa por ele. A profissão pode
ser um peso para alguns docentes, mas um exercício fortalecedor para outros. Depende da visão de
futuro de cada profissional da Educação.
O jovem professor continuou a retirar as ferramentas da sua bagagem. O terceiro
instrumento mostra que é necessário conhecer as novas didáticas para ensinar cada
disciplina com eficiência. Nesse instante, muitos professores coçaram a cabeça e
cochicharam, lembrando-se da tarefa de realizar leituras constantes para aprofundar
os conhecimentos sobre as didáticas específicas. Os próximos elementos da mala, o
jovem professor decidiu jogar nos braços de seus colegas docentes e pediu que eles
abraçassem as seguintes ideias para o cotidiano escolar: planejar e avaliar sempre,
trabalhar bem em equipe, ter atitude e postura profissionais. Este último elemento
deixou curiosos alguns professores, e um deles questionou o que, mais
especificamente, significava pensar e agir como um verdadeiro profissional. O jovem
professor respondeu que representa ter a convicção de que todos os alunos podem
aprender, independentemente de como sejam ou em que contexto social vivam.
Depois de ter apresentado o conteúdo da mala pesada que carregava
diariamente com satisfação, o jovem professor perguntou quem gostaria de se
unir a ele para carregá-la também, e apenas alguns aceitaram o desafio. Então, o
docente parabenizou os colegas e os qualificou como os professores do futuro,
explicando que o amanhã é tempo presente e o passado já ficou para trás.
É hora de sintonizar os métodos de trabalho com o novo perfil de estudante que chega às escolas
brasileiras. O professor do futuro é agente transformador da Educação atual, a fim de que ela dê
passos largos rumo à melhoria da qualidade de ensino. Docente sem bagagem é mala vazia, sem
conteúdo que enriqueça seu trabalho. É preciso ir além do salário que se ganha, valorizando a
profissão que se escolheu e abraçando novas formas de exercê-la. O professor do futuro é você que
não desanima diante das dificuldades do dia a dia escolar e sempre encontra maneiras criativas de
contornar a falta de recursos, a indisciplina dos alunos e a escassez de funcionários que trabalham
apoiando o docente. Poucos querem carregar a mala de um mestre qualificado, pronto para
promover uma mudança significativa na Educação, pois exige esforço e coragem para vencer as
adversidades da vida e seguir educando. Porém, você, professor do futuro, faz a diferença quando
diz sim à sua profissão e não se importa com os obstáculos agregados ao seu trabalho de docente,
mas trabalha para retirar a pedra do caminho. O jovem professor que abriu sua mala como quem
abre o coração tinha 60 anos, mas o espírito e a mente que acompanham a evolução do mundo e as
transformações do ser humano. Poderia ter solicitado a aposentadoria, mas preferiu continuar
inovando na sua nobre missão de educar.
Que Escola queremos???
Uma Escola em que o processo de ensino-aprendizagem se torne
um ato coletivo ( Nóvoa);
-Uma Escola que tem como ponto de partida o trabalho coletivo;
-Uma instituição que prepara para a vida, articulado conhecimento-
tecnologia, ciência e a capacidade de um aprendizado em comum,
para uma sociedade em comum ( Nóvoa)
-“Transbordamento da Escola”. Há hoje [na escola] um excesso de
missões.
Que Escola queremos???
Escola
centrada na Nada substitui o
aprendizagem;
bom professor

n t ra da na
ão c e
Formaç rática.
p
or
Escola como Profess eflexivo
espaço de ui s a d or/r
pesq
autoformação
O Planejamento como caminho para
construção de uma Educação de Qualidade
O Planejamento como caminho para
construção de uma Educação de Qualidade

O QUE É? POR QUE?


PLANEJAMENTO
PARA QUANDO?
QUEM?
13
Que Escola queremos???

O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a


previsão das atividades didáticas em termos da sua organização
e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O
planejamento é um meio para se programar as ações docentes,
mas é também um momento de pesquisa e reflexão
intimamente ligado à avaliação. (LIBÂNEO,2001)
O que é preciso levar em conta na hora do
planejamento???

“O Planejamento é uma ferramenta que possibilita a organização de


todos os passos necessários para que possamos alcançar nossos
objetivos” (Rosemary de Ross)
Não podemos mais pensar no PLANEJAMENTO como uma atividade
burocrática ou sem sentido, para não cairmos no “espontaneísmo”
que a falta de planejamento gera.
Que Escola queremos???
O PLANEJAMENTO dá uma direção ao nosso trabalho , contribui para a realização
de um trabalho “intencional” , formando alunos com maior domínio de
conhecimentos, principal tarefa da escola, a qual nunca teve ao longo da sua
história um número tão grande e diversificado de alunos.
Que Escola queremos???

O PLANEJAMENTO dá uma direçã o ao nosso trabalho , contribui para a realizaçã o de um trabalho


“intencional” , formando alunos com maior domínio de conhecimentos, principal tarefa da escola, a qual
nunca teve ao longo da sua histó ria um nú mero tã o grande e diversificado de alunos.
Que Escola queremos???
Pensar no planejamento como um norte para o trabalho docente significa
reconhecermos que o movimento metodoló gico das atividades propostas, alé m
de permitir que todos avancem, possibilita uma mobilidade maior ao professor
dentro da sala de aula para atender os que precisam de mais ajuda.
O grande desafio para o professor diz respeito a propositura de situaçõ es de
aprendizagens que possam ser adequadas aos diferentes saberes em sala de
aula, pois devem propor desafios a todos os alunos que compõ em os mais
diferentes agrupamentos em sala. Nesse processo, é necessá rio se atentar a
algumas consideraçõ es que se fazem necessá rias, entre elas
Intercâmbio de ideias

a. os conhecimentos prévios dos alunos (diagnó stico inicial);


b. b. a organizaçã o dos grupos de trabalho a partir do diagnó stico inicial;
c. c. a seleçã o adequada de materiais considerando os diferentes agrupamentos e as adequaçõ es
necessá rias;
d. d. a importâ ncia de se dar vez e voz ao aluno nos agrupamentos e nas situaçõ es coletivas;
e. e. proposiçã o de situaçõ es de aprendizagens nas quais os alunos tenham problemas a resolver e sejam
desafiadoras;
f. f. o reconhecimento e o respeito aos saberes que os alunos constroem;
g. g. acompanhamento pontual em cada um dos agrupamentos, no sentido de potencializar a reflexã o
dos grupos;
Intercâmbio de ideias
a. h. iniciaçã o à pesquisa, mesmo quando os alunos ainda nã o sabem ler e
escrever convencionalmente;
b. i. auxílio aos alunos na prá tica do registro;
c. j. oferecimento da oportunidade de trabalho com textos longos e difíceis,
com o propó sito de aprender a estudar;
d. k. a pesquisa como uma das atividades fundamentais para o processo de
aprender a estudar.
e. l. o diagnó stico dos alunos pú blico alvo da educaçã o especial para que se
pense em agrupamentos, bem como a adaptaçã o curricular no que diz
respeito ao acesso desses alunos, bem como, em relaçã o ao conteú do.
“Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar elaborar um
roteiro pra empreender uma viagem de conhecimento, de interaçã o,
de experiência mú ltiplas e significativas para com o grupo de
crianças. Planejamento pedagó gico é atitude crítica do educador
diante de seu trabalho docente. Por isso nã o é uma fô rma! Ao
contrá rio, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar,
revisando, buscando novos significados para sua prá tica pedagó gica.”
(Ostetto, 2010)
Segundo Jussara Hoffmann (2005) “...todo processo avaliativo tem
por intençã o três momentos: conhecer o que os alunos sabem,
analisar e compreender suas estratégias de aprendizagem e planejar
boas situaçõ es de aprendizagem favoráveis a esse processo. Por isso,
quando assumimos uma turma, precisamos investigar o que cada
aluno sabe para planejar o que eles devem aprender.
“A observação do cotidiano é o primeiro passo para um
acompanhamento efetivo, mas ela não pode vir desacompanhada de
anotações, de registros, de descrições “qualitativas”, tais como: João
não respondeu o questionário sobre... e falou que não compreendeu
a noção. O segundo passo envolve reunir, após um período dessas
anotações, as informações feitas e atribuir-lhes significado. O que
esta em jogo, portanto, em termos dos registros em avaliação, é a
consistência da “memória” do professor sobre cada estudante que irá
lhe indicar ou não uma ação intencional e diferenciada sobre suas
manifestações de aprendizagem.” (HOFFMANN, 2013 p.91)
Por que é
importante
planejar o ensino?
Principal finalidade de planejar
• Desenvolver o ensino de modo intencional e
planejado; continuidade; previsão do trabalho;
escolha e seleção de atividades e materiais
adequados à aprendizagem e desenvolvimento
dos alunos.
Conteúdos relevantes:
Conhecimentos fundamentais
Conhecimentos priorizados
Sobre o que os alunos irão conhecer e se apropriar?
Quais conhecimentos serão introduzidos, aprofundados e
consolidados?
É importante explicitar os propó sitos dos conhecimentos mais
relevantes. O que é esperado que os alunos aprendam com as
atividades propostas. Os objetivos sempre têm foco na
aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos.
Metodologia de trabalho e materiais
utilizados

A explicitaçã o de como vamos conduzir as atividades


considerando seus diferentes aspectos:
•a organizaçã o do espaço e tempo;
•o trabalho proposto pelo professor;
•as açõ es e interaçõ es dos alunos;
•os materiais necessá rios.
Que intervençõ es e encaminhamentos serã o necessá rios prever
para que a aprendizagem ocorra?

Que perguntas e intervençõ es sã o necessá rias para promover


avanços na aprendizagem dos alunos?
Instrumentos importantes para
monitoramento da avaliação:
• observaçã o;
• planilha de acompanhamento da aprendizagem;
• caderno de plano;
• atividades propostas e produzidas pelos alunos (situaçõ es de
avaliaçã o);
• exercícios e provas;
• relató rios.
Atividades Permanentes
• Sã o situaçõ es propostas com regularidade diá ria, semanal ou
quinzenal, que podem durar meses ou todo o ano escolar. Sã o
atividade habituais que reiteram de forma sistemá tica e
previsível um conhecimento priorizado.
Sequências de Atividades
• É um conjunto de propostas com ordem crescente de
dificuldades.  Sã o situaçõ es articuladas que possuem um
objetivo educativo comum relativo a um ou mais conteú dos
de aprendizagem. Seu tempo de duraçã o varia de acordo com
os conteú dos e com os objetivos estabelecidos.
Situações Independentes
• Sã o aquelas que, geralmente, correspondem as necessidades
didá ticas surgidas no decorrer do processo de ensino e
aprendizagem. Sã o situaçõ es que podem ocorrer de modo
independente, podendo ser situaçõ es ocasionais que garante a
sistematizaçã o de um determinado conhecimento.
Sequências de Atividades
• É um conjunto de propostas com ordem crescente de
dificuldades.  Sã o situaçõ es articuladas que possuem um
objetivo educativo comum relativo a um ou mais conteú dos
de aprendizagem. Seu tempo de duraçã o varia de acordo com
os conteú dos e com os objetivos estabelecidos.
Projetos Didáticos
Sã o formas organizativas do ensino cuja principal característica
é ter início em uma situaçã o-problema e se articular em funçã o
de um propó sito, um produto final, que pode ser um objeto, uma
açã o. É oferecer um contexto no qual o esforço de estudar tenha
sentido, no qual os alunos realizem aprendizagens com alto grau
de significaçã o.
FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO
• Assegurar a racionalizaçã o, organizaçã o e coordenaçã o do
trabalho docente, permitindo ao professor e escola um
ensino de qualidade, evitando a improvisaçã o e a rotina;
• • Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do
trabalho docente que assegurem a articulaçã o entre as
tarefas da escola e as exigências do contexto social e do
processo de participaçã o democrá tica.
• Expressar os vínculos entre o posicionamento filosó fico,
político,pedagó gico e profissional e as açõ es efetivas que o
professor irá realizar na sala de aula, através de objetivos,
conteú dos, métodos e formas organizativas do ensino.

• Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, inter-


relacionando: os objetivos (para que ensinar), os conteú dos (o
que ensinar), os alunos (a quem ensinar), os métodos e técnicas
(como ensinar) e a avaliaçã o.
• Atualizar o conteú do do plano, aperfeiçoando-o em relaçã o aos
progressos feito no campo de conhecimentos e a experiência
cotidiana.

• Facilitar a preparaçã o das aulas: selecionar o material didá tico


em tempo há bil, saber o que professor e aluno devem executar,
replanejar o trabalho frente a novas situaçõ es que parecem no
decorrer das aulas.
ENFIM...
O planejamento não é ponto de chegada,
mas porto de partida e ‘portos de
passagens’. (OSTETTO, 2000, p.199)
FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO
• Assegurar a racionalizaçã o, organizaçã o e coordenaçã o do
trabalho docente, permitindo ao professor e escola um
ensino de qualidade, evitando a improvisaçã o e a rotina;
• • Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do
trabalho docente que assegurem a articulaçã o entre as
tarefas da escola e as exigências do contexto social e do
processo de participaçã o democrá tica.
“Sabemos também que mais importante do que formar é formar-se; que todo
conhecimento é autoconhecimento e que toda formação é autoformação. Por
isso, a prática pedagógica inclui os indivíduos, com suas singularidades e
afetos”. (Antonio Nóvoa)

ATÉ A PRÓXIMA! QUE TENHAMOS UM EXCELENTE ANO


LETIVO!

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