UC 9 Bioestatística e

Epidemiologia
Professora Danielle L. de Lemos Oliveira
Epidemiologia e Bioestatística
 Objetivos de
Aprendizagem

UC9
Compreender os conceitos de:
 Endemia e características
 Diagrama de controle.
 Epidemia: duração e abrangência;
 tipos (explosiva, lenta, progressiva e propagada por fontes -
comum e persistente e autóctones e alóctones).
 Introdução

https://m.youtube.com/watch?feature=share&v=7VDAJLZyFW8
Dinâmica das doenças infecciosas

Lei de Ação de Massas (LAM) aplicada à Epidemiologia:

Dinâmica das doenças infecciosas

Características Idade, sexo, raça

do hospedeiro

Tempo Localidade Distribuição geográfica

Dinâmica das doenças infecciosas

Objetivos das informações sobre distribuição

geográfica dos agravos à saúde:

• Indicar os riscos
• Acompanhar a disseminação dos eventos
• Subsídios para explicações causais
• Definir prioridades de intervenção
• Avaliar o impacto das intervenções
Dinâmica das doenças infecciosas

Doença esporádica:
• Ocorre raramente e sem regularidade em uma
determinada população
• Questão: “Onde estará o agente infeccioso quando a
doença aparentemente desapareceu de uma
população?”
 Dinâmica das doenças infecciosas

Surto:

Acontece quando há um aumento inesperado do número de

casos de determinada doença em uma região ou localidade
muito específica.

Exemplos de surto: varicela em uma creche.

Dinâmica das doenças infecciosas

Epidemia:

 Quando a ocorrência da doença em um dado intervalo

de tempo está “claramente” em excesso em relação à
frequência esperada
 Implica em um agrupamento de doença no espaço e no
tempo
 Dinâmica das doenças infecciosas

Endemia:

Ocorre com regularidade previsível (incidência habitual) em

uma população, com pequenas flutuações na frequência ao
longo do tempo.

Exemplos de doenças endêmicas na região: febre amarela,

dengue.
Dinâmica das doenças infecciosas

Pandemia:

 Epidemia em larga escala em uma extensa região

geográfica (mundial).

Exemplos: H1N1, HIV, COVID19.

Dinâmica das doenças infecciosas
Padrões* de endemicidade da infecção por hepatite A,
mundialmente
 Dinâmica das doenças infecciosas

Padrão de curva epidêmica: o que você compreende?

 Dinâmica das doenças infecciosas

Evolução da doença no indivíduo:

 Séries históricas

Objetivos do estudo das séries históricas (ou séries

temporais):

Descrição: descrever o comportamento de determinada

doença
Explicação: compreender causas desse comportamento
Previsão: inferir sobre possibilidades de novos casos,
por exemplo
Controle: decidir sobre medidas de controle da doença
ou agravo
 Séries históricas

Tendência temporal (geral, histórica, secular):

Mudanças:
 Bruscas / graduais
 Nas características do lugar e da população (crescimento
populacional)
 Séries históricas

Exemplos de Tendência temporal (geral, histórica,

secular):
 Séries históricas

Exemplos de Tendência temporal (geral, histórica,

secular):
 Séries históricas

Flutuações sazonais:
Oscilações periódicas das frequências, cujos ciclos
apresentam ritmo sazonal

 Exemplos:
 Doenças infecciosas (infecções por influenza)
 Ocorrências relacionadas a períodos chuvosos e não
chuvosos (dengue, malária, febre amarela, picadas de
cobras e escorpiões, infecções de pele)
 Oscilações de curto prazo (1 ou 2 dias, com frequência mais
elevada na semana ou no mês)
 Séries históricas

Flutuações sazonais:

 Usos da informação sobre flutuações sazonais:

 Perigo de desidratação nas épocas mais quentes do ano
 Extremos de temperatura (relacionados a ataques
cardíacos)
 Levantar hipóteses:
 Variação concomitante dos agentes e dos fatores de risco
 Ocorrência relacionada a períodos de migração de
trabalhadores ou festas populares
 Séries históricas

Flutuações sazonais:
 Séries históricas

Variações cíclicas:

Oscilações periódicas das freqüências

 Variações cíclicas no número de casos podem estar
relacionadas à presença de suscetíveis
Exemplos:
 Sarampo na região Centro-Oeste de 1980 a 1991 (ciclos de ~
3 anos)
 Raiva no Chile de 1950-60 (~ 5anos)
 Febre aftosa no Paraguai de 1972-79 (~ 3-4 anos)
 Séries históricas

Variações cíclicas:
 Séries históricas

Variações cíclicas:
 Séries históricas

Variações irregulares:

Alterações na frequência de agravos à saúde devidas a

acontecimentos não previsíveis ou não enquadrados nas
categorias anteriores

Exemplos:
 Catástrofes naturais (terremotos, enchentes) ou
artificiais (guerras, revoluções)
 Séries históricas

Variações irregulares:

Alterações na frequência de agravos à saúde devidas a

acontecimentos não previsíveis ou não enquadrados nas
categorias anteriores

Exemplos:
 Catástrofes naturais (terremotos, enchentes) ou
artificiais (guerras, revoluções)
Apresentação em tabela de séries
históricas
Apresentação em tabela de séries
históricas
 Diagrama de controle

Método quantitativo para diferenciar epidemia de endemia

Objetivo: estabelecer a faixa de endemicidade

Determinar:
Limite superior das frequências endêmicas (limiar
epidêmico)
Valor central (índice endêmico)
Limite inferior das frequências endêmicas
 Diagrama de controle

Determinação da Linha Central do Canal Endêmico:

• A partir do cálculo da média ou da mediana (dos casos

notificados / incidência), considerando vários anos de
ocorrência endêmica.

Determinação do Canal Endêmico:

• Média ± 2 desvios padrões; ou
• Frequências máxima e mínima; ou
• Quartis (limite inferior: 1º quartil, limite superior: 3º quartil)
 Diagrama de controle

Interpretação do Diagrama de Controle:

• Quando a linha superior do diagrama de controle é

ultrapassada:
• Sinal de alerta para o profissional de saúde (epidemia)
• Vigilância de doenças transmissíveis agudas, de
caráter sazonal
Diagrama de controle
 Indicação de leitura

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, ENDEMIAS, EPIDEMIAS E

PANDEMIAS Expedito J. A. Luna Jarbas Barbosa da Silva Jr.
Ano: 2013.
http://
books.scielo.org/id/8pmmy/pdf/noronha-9788581100166-06.p
df
 Exemplos práticos de sucesso

O Brasil vem apresentando um notável desempenho em

relação ao controle das doenças preveníveis por vacinas.
Especialmente a partir da segunda metade da década de
1990 vem se observando uma tendência de redução da
incidência desse grupo de doenças, em paralelo ao
aumento das coberturas vacinais.
 Programa Nacional de Imunização

Criado em 1973, no momento dos esforços finais para a

erradicação da varíola, porém o grande marco na ampliação do seu
escopo e visibilidade deu-se com a implantação da estratégia dos
Dias Nacionais de Vacinação contra a Poliomielite, em 1980.
Redução de 90% na incidência de poliomielite entre 1980 e 1981.
Em 1989 foram registrados os últimos casos de poliomielite
paralítica pelo poliovírus selvagem no Brasil,
Em 1993 o país recebeu da Organização PanAmericana de Saúde
(OPAS/OMS) a certificação da interrupção da transmissão no
país.
 Programa Nacional de Imunização

Como etapa final no processo de erradicação da doença, o País

iniciou a substituição da vacina oral de vírus vivos atenuados
(VOP ou vacina Sabin) pela vacina de vírus inativados (também
conhecida como vacina Salk), pois com esta vacina será
eliminado o risco, ainda que muito baixo, da ocorrência de
casos de poliomielite induzidos pelo vírus vacinal, bem como a
possibilidade de circulação de vírus derivados dos vírus vacinais
em populações não vacinadas, o que pode levar a reversão à
virulência dos vírus vacinais, como já relatado no Haiti, Egito,
Indonésia, etc.
 Sarampo

Em 1994 foi estabelecida a meta de interrupção da transmissão

do sarampo no Continente Americano.
O Brasil implantou gradativamente, entre 1992 e 2000, a vacina
tríplice viral (SRC – sarampo, caxumba e rubéola), tendo
realizado em 1992 a primeira campanha de vacinação contra o
sarampo, o que produziu uma queda importante na incidência
da doença.
2000 ocorreram os últimos casos de sarampo de transmissão
autóctone no país.
Em 2018 a doença voltou a circular no Brasil, tendo como fatores
a imigração de pessoas com o vírus e a baixa vacinação local.
 Sarampo

https://www.youtube.com/watch?v=lmG7vOAVALs
 Referências

Prof. Dr. Ricardo Augusto Dias Laboratório de Epidemiologia e

Bioestatística VPS-FMVZ-USP. Séries históricas Diagramas de controle.

Doenças transmissíveis, endemias, epidemias e pandemias. Link: http://

books.scielo.org/id/8pmmy/pdf/noronha-9788581100166-06.pdf

Salk versus Sabin: dois personagens e suas estratégias contra a pólio.

Link:
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1736-salk-versus-sabin-
dois-personagen-e-suas-estrategias-contra-a-polio#:~:text=O%20novo
%20esquema%20indica%20a,4%20anos)%20e%20campanhas%20anuais.
 Exercícios

1. Quais fatores interagem na dinâmica das doenças

infecciosas?
2. Quais os objetivos das informações sobre
distribuição geográfica dos agravos à saúde?
3. Defina: surto, endemia, epidemia e pandemia.
4. Quais os objetivos de se estudar a série histórica de
uma doença?
 Exercícios

5. O que você pode observar nos gráficos a seguir?

 Exercícios

6. Considerando a série histórica de uma doença, o que

podemos chamar de variações cíclicas?
7. O que são flutuações sazonais? Cite um exemplo:
8. O que podemos chamar de variações irregulares? Cite
um exemplo:
9. O que é um diagrama de controle e qual seu objetivo?