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Atendimento à criança vítima

de violência sexual

R1 de pediatria Janaina
Teotonio
Preceptora: Dra Vilma Hutim
TIPOLOGIA DA VIOLÊNCIA

1- Violência física
2- Violência psicológica
3- Violência sexual
4- Violência institucional
VIOLÊNCIA SEXUAL

Qualquer forma de gratificação sexual praticada por um adulto sobre


criança ou adolescente;
Carícias, Manipulações, Exploração sexual; Voyeurismo; Pornografia;
Exibicionismo; Ato sexual- Estupro
(Lei nº 12.015-07/08/09)

ESTUPRO:
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso
EPIDEMIOLOGIA

• 1/3 das vítimas são menores de 6 anos


• Prevalência
-meninas > meninos
• Agressor
- 97% homens
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Pré-escolar
- crianças tendem a revelar o abuso de forma acidental e através de
circunstâncias externas ao evento
• Escolar
- revelação tende a ser proposital
• Maioria dos abusadores são conhecidos
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Maioria dos casos de abuso não ocorre com lesões corporais  danos
psicológicos
• Ocorre em locais afastados ou perto do lar
• Abuso sexual não limita-se ao estupro ( Voyerismo, Manipulações.)
• Renda familiar e educação não são indicadores
• Só em 6% dos casos os relatos são fictícios.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

- Efeitos psicológicos
Medo(40 a 80%), ansiedade, hostilidade frente ao agressor(13 a 50%), culpa(25
a 64%), depressão(25%), baixo auto-estima(58%), conduta sexual anormal(27 a
40 %)
- Efeitos sociais
Mudanças súbitas de comportamento, fuga (33%), condutas antissociais
- Efeitos tardios
Fobias, pânico, personalidade múltipla, depressão, risco de suicídio, isolamento
social, revitimização , repetição do padrão abusivo
COMPORTAMENTO DAS FAMÍLIAS

- Abuso de poder pelo


abusador, dificuldade
de comunicação verbal
(mentiras, segredos,
discurso confuso)
- Rejeição, ignorância,
negação, isolamento,
descrição da vítima
como má ou muito
diferente
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO
ENFERMARIA
CASO SUSPEITO
PEDIÁTRICA

ANAMNESE +
EXAME FÍSICO

INICIAR
MEDICAMENTOS

ACIONAR SERVIÇO
PARAPAZ
SOCIAL
FLUXO DO PARAPAZ
RECEPÇÃO
SERVIÇO
SOCIAL
PSICOLOGIA

DELEGACIA
PARAPAZ

MÉDICO

ENFERMAGEM MEDICINA
LEGAL
FLUXO DO PARAPAZ
ABORDAGEM MÉDICA

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO MÉDICO:


Objetiva o atendimento integrado a partir de escuta de cada tipo de
violência contra criança e adolescentes, caracterizado por:
1-Atendimento de emergência, quando e feito atendimento no momento
de flagrante;
2-Atendimento em situação de risco/vulnerabilidade;
3-Acompanhamento durante o tratamento integrado no programa
(aprazamentos).
ATUAÇÃO MÉDICA

a) Internação, se necessário;
b) Em caso de gravidez: Encaminhamento para aborto legal.
c) Notificar as autoridades competentes;
d) Observar a privacidade da criança;
e) Solicitar avaliação especializada.
ATUAÇÃO MÉDICA

• Anamnese detalhada do caso


- História clínica;
- Queixas e sintomas;
- Antecedentes Pessoais;
- Observar o comportamento da criança;
- Doenças anteriores;
- História vacinal;
ATUAÇÃO MÉDICA

• Privacidade: espaço físico adequado e evitar exposição desnecessária.

• Registro dos dados: anotar o mais fielmente possível, transcrevendo o


que foi dito, evitando traduzir tecnicamente.
ATUAÇÃO MÉDICA

• Exame físico completo


ATENÇÃO PARA: hematomas, edemas, fissuras, lacerações, sangramentos,
marcas de mordidas, queimaduras.
- Ginecológico
- Urológico
DIFERENCIAL COM SINAIS CLÍNICOS DE QUEDA
A CAVALEIRO
• Os traumas podem ser classificados em grupos, de acordo com a
extensão das lesões:
• I- Laceração vulvo-perienal e himenal.
II – laceração vulvo-perineal e himenal com hematoma.
III – laceração vulvo-perineal, himenal e vaginal (paredes e fórnices)
IV – laceração de órgãos genitais e de órgãos vizinhos.
QUEDA A CAVALEIRO

• DIAGNÓSTICO
• Anamnese cuidadosa
• Exame físico cuidadoso:
• Sondagem vesical, toque retal , vaginoscopia poderá ser feita com
colpovirgoscópio;
• Abordagem Multiprofissional
ATUAÇÃO MÉDICA

• Exames :
- Hemograma completo
- Sorologias: VDRL, Hepatite B e C, Anti-HIV
- B-hCG (para mulheres em idade fértil)
- EAS e Urocultura
- Caso sejam utilizados antirretrovirais, acrescentar provas de função
hepática e renal
- Secreção vaginal
- Pesquisa de Gonococo em orofaringe e ânus.
ATUAÇÃO MÉDICA

PROFILAXIAS

• A profilaxia das IST não virais está indicada nas situações de exposição com risco de
transmissão, independentemente da presença ou gravidade das lesões físicas e
idade. Gonorreia, sífilis, infecção por clamídia, tricomoníase e cancroide podem ser
prevenidos com o uso de medicamentos de reconhecida eficácia.
• A administração profilática do metronidazol ou suas alternativas pode ser
postergada ou evitada em casos de intolerância gastrintestinal conhecida ao
medicamento, se houver prescrição de contracepção de emergência e de PEP. O
metronidazol não poderá ser utilizado no primeiro trimestre de gestação
PROFILAXIAS
PROFILAXIAS
Sempre vacinar ou completar a vacinação.

• Imunoprofilaxia da Hepatite B
Checar esquema vacinal
• Pessoas vacinadas:
• Não precisam de doses de reforço ou de tomar a Imunoglobulina Humana Anti-
Hepatite B.

• Pessoas não vacinadas:


• Receber a 1ª dose da vacina e completar o esquema.

• Receber uma DU de IGHAHB na dosagem de 0,06ml/kg IM na região glútea até


14 dias após a exposição.
vítima for suscetível e o responsável pela violência seja HBsAg reagente ou
pertencente a um grupo de risco (pessoas que usam drogas, por exemplo).
PROFILAXIA PARA HIV (PEP)

• Uso de atiretrovirais por 28 dias


• Tem limite de 72 horas após exposição
PROFILAXIA PARA HIV (PEP)
PROFILAXI
A PARA HIV
(PEP)
PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE
ALTA

1-Alta para
acompanhament 2-Alta por
3-Alta por óbito; 4-Alta definitiva.
o em outra abandono;
instituição;
OBRIGAD
A!

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