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ARTROSCOPIA DE QUADRIL

LORRAINE ARIEL DUARTE


R1 – ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
HEAPA
Introdução
• Tornando-se mais comum desde a última decada
• Tecnicamente difícil
– Esfericidade da cabeça
– Cápsula densa
– Musculatura ao redor da articulação
• Garante acesso ao compartimento central e aos periféricos
Compartimentos
• Compartimento central:
– superfícies articulares da cabeça do fêmur e acetábulo
– labrum
– ligamento redondo

• Compartimento periférico:
– colo do fêmur
– cápsula
– sinóvia

Pode ser acessado o espaço peritrocantérico


Compartimento Central
• Fossa acetabular
– Se estende para inferior, cercada pela
superficie articular semilunar
• Superficie art semilunar
– Coberta por cartilagem hialina, que tem
continuidade com o labrum fibrocartilaginoso
• Ligamento transverso
– Forma o recesso inferior
• Ligamento redondo
– Se origina postero inferior
– Frouxo na RI e tenso na RE
Compartimento Central
• Pulvinar
– Recobre os 2/3 inferiores da fossa acetabular
• Crista estrelada
– Edentação correspondente ao ápice ant ou
post da fossa acetabular. Não é lesão!
• Labrum acetabular
– Continuidade com a cart hialina
– Continuidade com o lig transverso
• Divide em quadrantes: AS, AI, PS, PI
Compartimento Periférico
• Estruturas fora do labrum, mas ainda
intraarticulares
• Limitado pela cápsula
• Sulco perilabral
• Pregas sinoviais
– Medial e lateral
• Zona orbicularis
– Fibras circunferenciais densas no limite distal
da cápsula
• Junção cabeça-colo
Indicações
• Lesão labral é a indicação mais comum
• Remoção de corpos livres
• Impacto femoro acetabular = principal indicação
• Lesões condrais
• Anormalidades sinoviais
• Ruptura do ligamento redondo
• “Snapping hip”
• Artrite séptica
Contra-indicações
• Obesidade mórbida:
– Dificuldade em alcançar a distração adequada
– Instrumentais com dimensões limitadas
• Sepse + osteomielite ou formação de abscesso
– Requer cirurgia aberta
• Osteonecrose, displasia moderada e sinovite na ausência de
sintomas mecânicos
• Anquilose, ossificação heterotópica densa ou protrusão
• Na opinião do autor, artrose avançada é uma contra-
indicação...
Posicionamento
• Supina – BYRD
– Facilidade de posicionamento
– Familiaridade cirurgião
– Mesa de tração

• Lateral – GLICK
• Mais fácil em pacientes obesos
– Acesso mais fácil a articulação do quadril (osteófitos acetábulo)
– Exige dispositivos de distração
– 10º de flexão e 20º abdução
Posicionamento
• Ambas as técnicas exigem algum tipo de distração
* 10 a 12 mm para cânulas 4,5 ou 5,5 mm

• Sinal do vácuo

• Cerca de 50 lb da força
– (25 a 200 lb / 11 a 90 kgf)

• Tempo < 2h para reduzir a


possibilidade de neuropraxias
Posicionamento
• Poste perineal
• Adaptar lateralmente para melhorar o vetor da força de tração,
menor risco de neuropraxia
Posicionamento
• Confeccionar portais com auxílio de fluoroscopia

• Paciente tracionado  compartimento central


• Retirar tração  fletir MI  compartimento periférico

• Materiais
– Artroscópio de 30 e 70 graus
– Dilatadores
– Cânulas
– Instrumentais (mais longos)
Portais
1°: Anterolateral
Portal Anterior
Portal Posterolateral
Complicações
• Ocorrem em 5% dos casos
• Maioria foi causada por tração ou por trauma direto aos nervos
cutâneos
• Neuropraxia transitória tanto para o nervo pudendo e o nervo
ciático
• Necrose de pressão do pé, escroto ou períneo
• Risco de acelerar a necrose avascular da cabeça femoral
Complicações
• Desgaste e extravasamento de líquidos são as complicações mais
freqüentes, mas raramente causam dano permanente
- Sd Compartimental Abdominal
• Quebra de instrumental
• Desgaste da cabeça femoral pode ocorrer em graus variáveis, com
ou sem distração.
• Infecção
• Osteonecrose da cabeça femoral
• Instabilidade  excesso de ressecção

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