Você está na página 1de 16

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA

DA HEMODIÁLISE
Profª VALÉRIA DE AZAMBUJA LUIZ
PARA SE OBTER HEMODIÁLISE EFICIENTE
VÁRIOS FATORES DEVEM SER
CONSIDERADOS:

• Fluxo sanguíneo
• Fluxo de dialisato
• Escolha do dialisador
• Qualidade do acesso venoso
• Tempo de diálise
EFEITO DA VELOCIDADE DO FLUXO
DE SANGUE NA DEPURAÇÃO
• A uréia se difunde rapidamente para dentro e para fora
dos eritrócitos, pois encontra-se dissolvida na água do
plasma e na água dos eritrócitos.
• A redução do nível de uréia esperada é de 70%,
portanto, se o nível plasmático da uréia na saída é de
30 mg/dl, a sua concentração nos eritrócitos terá sido
reduzida para aproximadamente o mesmo nível.
• > do Ht, reduz a depuração de creatinina e P, pois
essas substâncias não se equilibram com facilidade.
EFEITO DA VELOCIDADE DO FLUXO DE SANGUE
NA DEPURAÇÃO

• Quanto maior o fluxo de sanguíneo, maior a


depuração, mas o dobro da velocidade não
significa dobrar a depuração, pois, se a
velocidade for muito aumentada, o dialisador
não terá capacidade de remover a uréia no
mesmo grau de eficiência.
EFEITO DA VELOCIDADE DO FLUXO
DE DIALISATO NA DEPURAÇÃO

• A depuração da uréia depende também da


velocidade do FD. Um aumento no fluxo da
solução dialítica, aumenta a eficiência da
difusão da uréia.
• Porém o aumento de 500ml/min para
800ml/min apenas aumentará a depuração em
12%,desde que utilize um dialisador de alta
eficiência e FS > de 350ml/min e agulhas de
FAV mais calibrosa 15G
EFEITO DA EFICIÊNCIA DO
DIALISADOR NA DEPURAÇÃO
• Um dialisador de alta eficiência é aquele cuja
membrana é fina, com grande área de
superfície, poros amplos e um design que
maximize o contato entre o sangue e a solução
de diálise.
• Depuração de 70% nos dialisadores normais e
95% nos dialisadores de alta performance.
• Peso molecular da uréia: 60
Peso molecular da creatinina: 113
EFEITO DA EFICIÊNCIA DO
DIALISADOR NA DEPURAÇÃO
• Atualmente existem membranas com
características de baixo e alto fluxo;
• As membranas de alto fluxo tem maior
permeabilidade à agua e apresentam poros
quase 3 x maiores do que as membranas de
baixo fluxo.
• As membranas de alto fluxo permitem a
depuração de moléculas grandes, como a da
beta-2 microglobulina, causadora de amiloidose
em pacientes em diálise.
EFEITO DA EFICIÊNCIA DO
DIALISADOR NA DEPURAÇÃO

• As membranas de alto fluxo apresentam maior


controle na hiperfosfatemia, na diminuição de
reações inflamatórias e na diminuição do perfil
lipídico e menor mortalidade.
QUALIDADE DO ACESSO
VASCULAR
• Para se ter uma diálise eficiente, o acesso
vascular deve permitir excelente fluxo de sangue.
• Cateter: Os orifícios de entrada e saída de sangue
situam-se muito próximos uns dos outros. Dessa
forma parte do sangue devolvido, que já foi
filtrado será novamente bombeado para o circuito
extracorpóreo, que prejudica a eficiência da
diálise. Isso chama-se Recirculação sanguínea,
que consiste na passagem do sangue que acabou
de ser dialisado mais uma vez.
QUALIDADE DO ACESSO
VASCULAR

• FAV: Quando as punções arteriais e venosas


forem muito próximas também ocorre a
recirculação.
• Existe teste para avaliar a recirculação do
acesso vascular, para a investigação e
reparação do acesso.
TEMPO DE HEMODIÁLISE

• A prescrição dialítica ideal é ainda um assunto


de grande controvérsia, mas a prescrição
mínima recomendada é de cerca de 4hs
3x/sem.
• Entretanto, atualmente existe diálise feita com
dialisadores de alta eficiência, e com fluxo
sanguíneo e de dialisato alto, podendo assim
fazer a “short dialyse.”
KT/V
• Avaliação da adequação da diálise
Onde K= parte do sangue completamente
depurado de um determinado soluto; t= tempo
efetivo do tratamento; V= volume de distribuição
de uréia. Dados que dependem de peso e
tamanho corporal, idade e sexo do paciente.
A dose de diálise deve garantir ausência de sinais
e sintomas de uremia e suficiente ingesta
proteica.
KT/V
• É considerado o valor de 1.4 como o objetivo a
ser alcançado para todos os pacientes, com um
valor inferior a esse, há aumento na
mortalidade dos pacientes em TRS.
Vários são os fatores que interferem no resultado
do Kt/V
• Baixo Fs
• Baixo Fd
• Diminuição do tempo de diálise
KT/V
• Inadequada anticoagulação do sistema;
• Recirculação do acesso vascular;
• Escolha de dialisador inadequado;
• Adesão do paciente ao tratamento;
• Características do paciente;
• Falta de conhecimento da função residual do paciente;
• Erros no procedimento da coleta de exames
• Etc...
KT/V
• Fórmula do Kt/V
Kt/V = (R – 0,008 x T) + (4 – 3,5 x R) UF/W

URR= 100 x (1 – Co/Ce)


• Co= amostra de uréia pré UF= volume de
ultrafiltração
• Ce= amostra de uréia pós
• R= Ce/Co W= massa corporal em Kg
• t = tempo efetivo do tratamento em horas
KT/V
• O Kt/V, apesar de ser um indicador da qualidade e
eficiência da diálise, não deve ser considerado o único
indicador, uma vez que é estabelecido com dados de
uma única sessão de diálise durante o mês do
tratamento.
• Além disso avalia somente a depuração da uréia.
• Temos pacientes com valores de Kt/V adequados mas
com sintomas clínicos de subdiálise.
• Atualmente, o conceito de eficiência de diálise é uma
consolidação dos resultados de todos os indicadores
associados ao estado clínico do paciente.

Você também pode gostar