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Método Halliwick

PROF. JEAN CHARLES


RECURSOS III
Histórico

• James McMillan desenvolveu o conceito Halliwick desde 1950


• Halliwick Scholl for girls
• A proposta inicial era auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para
nadar.
• A ênfase inicial do método era recreacional com o objetivo de independência na água.
Diferença entre método e conceito

• MÉTODO HALLIWICK descreve o que é ensinado na piscina.

• CONCEITO HALLIWICK é usado para a filosofia e a prática do


Halliwick.
Conceito

• Técnica de facilitação neuro-


terapêutica que segue o principio
do desprendimento.
Filosofia

• Ensinar: "felicidade de se estar na água"; afinal todo mundo é


um nadador
• Dar ênfase na habilidade não na deficiência
• Dar ênfase no prazer, colocando atividades em forma de jogos
• Trabalhar em grupo, de forma que os nadadores se encorajem 
uns aos outro
Benefícios

• Ganhar confiança
• Autorrespeito (é incentivado e elas adquirem um benefício social, porque na água são
capazes de competir com seus companheiros normais).
• Ganho motores
• Ganhos psicológicos
Benefícios

 A água oferece a experiência de encontrar-se o corpo sendo atuado por duas forças principais – gravidade
ou impulso para baixo, e flutuação ou impulso para cima.
 Há estimulação maciça para treinamento perceptual visualmente, auditivamente e através dos receptores
da pele, devido aos efeitos da turbulência, calor e pressão hidrostática.
 Há também respiração melhorada, controle do equilíbrio e controle rotacional, os quais são críticos na
água devido à flutuação e efeitos metacêntricos, e efeitos psicológicos.
Fundamentos básicos

Porquê flutuadores não são utilizados???

• Flutuadores mantêm face fora d’água – controle respiratório não é dominado


• Flutuador inibe a aprendizagem e execução de algumas atividades: submergir, rolar, controle de equilíbrio

• Flutuador não corrige assimetria


• Leva à um falso senso de segurança e dependência excessiva
• Flutuador pode ser perigoso, como, por exemplo, pode escorregar
• Pessoas que dependem de DAM em terra, experimentam liberdade na água
• Flutuador não é adaptável tanto quanto o terapeuta:
- Apoio de acordo com necessidades
- Variação de apoio
- Apoio pode variar durante atividade
Fundamentos básicos

• Adicionalmente, a tensão pode alterar a forma, e a tensão pode ser criada por ações tais como
“agarrar”, “prender a respiração” ou “fechar os olhos”.
• Expressões negativas, como essas e “afundar” e “afogar” nunca devem ser usadas.
• Uma abordagem positiva deve ser elaborada.
• Frases como “deitado na cama”, “cabeça no travesseiro”, “rolando”, “sentado em sua cadeira”,
estão associadas com hábitos e segurança em terra e auxiliam o ajustamento mental.
Fundamentos básicos

Os exercícios e atividades devem construídos segundo as seguintes linhas:

 uma atividade primária na qual a pessoa é apresentada, e, se necessário, auxiliada na criação de um


movimento ou uma forma;
 uma atividade de segmento requerendo a criação do movimento ou forma contra o efeito e peso da
água em movimento;
 uma atividade que pode sugerir um objetivo diferente, porém que ainda contenha atividade primária –
o movimento é então observado para assegurar de que pode ser produzido quando necessário, sem
solicitação
Princípios da hidrodinâmica e do
desenvolvimento humano

O conceito baseia-se no conhecimento sobre fluidos mecânicos


e a conceitos teóricos e observacionais sobre as reações do
corpo humano no ambiente aquático.

Essa combinação de fluidos mecânicos com respostas


neurobiológicas do corpo conduziram para uma sequência de
aprendizado sensório-motor, chamado de Programa de Dez
Pontos.
Fases do programa de 10 pontos

As atividades são planejadas considerando os princípios gerais delineados em um programa de 10 pontos:

 Fase 1 – Ajustamento a água


 FASE 2 – Recuperação do equilíbrio ( habilidades do controle rotacional)
 FASE 3 – Inibição do movimento
 FASE 4 – Facilitação do movimento
Fase 1 – Ajustamento na água

1 – Ajuste mental
Desenvolvimento do
conforto do paciente na
água (manuseio e educação
dos efeitos na água).
Fase 1 – Ajustamento na água

2 – Desprendimento
• Planejar e executar todas as
atividades;
• Atividades na posição vertical
( sentado e de pé);
Fase 2 – Recuperação do equilíbrio
( habilidades do controle miccional

3 – Controle da rotação vertical


• Da posição supina para ereta e prona;

4 – Controle da rotação lateral


• Movimentos em planos longitudinais( rolamento da posição supina para prona);

5 – Controle da rotação combinada


• Rolamento de prona para supina assumindo posição ereta ( movimento chave de fenda)
Fase 3 – Inibição do movimento

6 – Uso do empuxo
• Ensina o paciente a controlar a

quantidade de suporte que a água oferece.


 Paciente com braços estendidos com

retenção da respiração;
 Paciente com braços próximo ao corpo

expirando;
Fase 3 – Inibição do movimento

7 – Equilíbrio estável
• Paciente é ensinado a assumir e

manter-se em posição estática na água,

enquanto a turbulência desafia a

posição.
Fase 3 – Inibição do movimento

8 – Deslizamento turbulento
• Pacientes aptos a assumir e

manter-se me posições

horizontais(supina);
Fase 4 – Facilitação do movimento

9 – Progressão simples
• Encorajamento para o paciente mover-se através da água da maneira mais fácil possível;
 movimentos bilaterais simétricos;
 movimentos bilaterais assimétricos;

10 – Progressão da natação
ABORDAGEM DE TREINAMENTO DO TIPO TAREFA -
ATTT

1- Trabalho mais raso possível (remover sistematicamente o efeito da flutuação);

2 - Pratique atividade funcional como um todo;

3 - Remova sistematicamente a estabilização externa do paciente ( borda de piscina e assistência manual);

4 -Encoraje as contrações de estabilizações nas posições eretas, com movimentos de partes selecionadas do corpo);

5 - Encoraje os movimentos rápidos e recíprocos;

6- Encoraje as soluções ativas e problemas de movimento;


AJUSTE MENTAL E DESPREENDIMENTO

METAS TERAPÊUTICOS
1.Desenvolver controle da cabeça anterior e posteriormente;
2.Encorajar o movimento do corpo;
3.Melhorar o equilíbrio e a coordenação;
4.Melhorar a respiração e o controle da respiração;
5.Melhorar a marcha e o controle de cabeça;
6.Melhorar a adaptação mental;
AJUSTE MENTAL E DESPREENDIMENTO

1- saltos;
2 – ciranda, cirandinha;
3 – assoprando objetos ao longo da superfície;
4 – aqui é o mar;
5 – caranguejo azul;
6 - trenzinho;
7 – passos de gigante;
ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO
CONTROLE ROTACIONAL

Metas terapêuticas
• Controle rotacional vertical;
• Controle rotacional lateral nos planos vertical e horizontal;
• Controle rotacional combinado;
• Controle da flutuabilidade e dos efeitos do empuxo;
• Desenvolver o controle de cabeça;
• Melhorar a consciência espacial e corporal;
• Estimular o relaxamento;
• Melhorar a flexão e extensão do corpo como um todo;
• Melhorar e/ou fornecer estimulação perceptiva;
• Desenvolver coordenação olho-mão;
ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO
CONTROLE ROTACIONAL

A – ROTAÇÃO VERTICAL: B - ROTAÇÃO LATERAL: C-ROTAÇÃO COMBINADA: D - EMPUXO:


• Sinos; • Saltando No Lugar; • Flutuação cogumelo; Sentando no fundo;
• Bonecas De Trapo; • Alô; • Rolando embaixo de um
• Bicicletas; • Algas marinhas; arco;
• Canarinho Amarelo;
HALLIWICK - PRÁTICA
Controle da rotação sagital: trabalhando com reações de
endireitamento e alongamento do tronco
Atividades para o equilíbrio e a coordenação

1 – Fazendo ondas;
2 – Lanchas;
3 – Turbulência Colocada ao redor do nadador;
ATIVIDADES DINÂMICAS

1 – Cambalhotas para frente e para trás;


2 – Nadando entre as pernas;
3 – Natação;
4 – Nado de costas
FIM

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