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DE KANT
A ética do dever
O que é a lei moral?
▪ Lei da consciência do ser racional que lhe diz como se cumpre corretamente o dever.
▪ Agimos segundo princípios que se exprimem em máximas - que são adotadas quando
realizamos as nossas ações
▪ o valor moral das ações reside nos motivos e estes revelam-se nas máximas
▪ por isso, para avaliar a ação devemos conhecer a máxima que esteve na sua origem.
subjetivos da ação.
⮚ éMáximas
nelas que se erevelam
açõesos
motivos dos agentes.
⮚ por isso, é decisivo conhecer as
máximas das ações para
podermos concluir se os agentes
têm uma motivação moral ao
realizá-la e, assim, avaliar
moralmente a ação. ▪ Perante uma regra como «Sê
honesto», a vontade respeita-
⮚ A avaliação moral das máximas a sem qualquer outra
baseia-se no imperativo intenção.
categórico.
A questão essencial é esta:
Como cumprir de forma moralmente correta o dever?
▪ O cumprimento da regra está associado ▪ Diz-nos que devemos ser honestos porque
a uma condição.
esse é o nosso dever e não porque é do
nosso interesse.
▪ Se queres ser compensado deves ser
honesto.
▪ Exige que ultrapassemos os nossos
▪ Ao cumprir o dever, estamos a fazê-lo por interesses e ajamos de forma
interesse. desinteressada.
A fórmula da lei universal (imperativo categórico): como uma máxima se pode
tornar lei universal
Age apenas segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal
▪ Como posso saber que a máxima da minha ação é moralmente correta ou incorreta?
▪ Submetendo-a a uma prova que teste a possibilidade de a universalizar: de a fazer valer não só para
mim, como para todos os seres racionais.
▪ Uma máxima é moralmente aceitável se puder ser universalizada: que possa valer para todos
transformando-se em princípio universal de conduta: «todos devem agir assim»
▪ Textos das pág. 140-142
O imperativo categórico
A fórmula do dever, o «imperativo categórico», manda obedecer à lei, sem
qualquer condição, e implica que a máxima que orienta a conduta possa ser
transformada em lei universal.
Situação:
■ Imagina que recebeste dinheiro inesperado que te permite viver bem e ter tudo o que queres.
■ Passas na rua por um jovem que está a pedir com um cartaz “Por favor, ajude-me! Preciso
de pagar as propinas do meu último ano de curso.”
■ Ponderas dar-lhe algum dinheiro. Porém, pensas: nada lhe tirei e nada lhe invejo, porque hei
de contribuir para o seu bem-estar?
■ Decides, então, continuar o teu caminho e não partilhar algum do teu dinheiro com o jovem.
Poderá esta ação ser moralmente boa?
a) «Deves ser honesto se quiseres ficar bem visto perante os vizinhos do teu
bairro.»
a) «Deves ser honesto se quiseres ficar bem visto perante os vizinhos do teu
bairro.»
⮚ Esta máxima é um imperativo hipotético: apresenta-se uma regra (deves ser honesto) e a
razão pela qual deve ser seguida (para ficar bem visto pelos vizinhos) – tem a seguinte
forma: “Se A então B” – o cumprimento da regra está associado a uma condição.
2. «Não mintas por melhores que possam ser as consequências desse ato.»
2. «Não mintas por melhores que possam ser as consequências desse ato.»
É particular (vale apenas em determinadas É uma lei universal (válida para todos os seres
condições e para alguns indivíduos) e racionais, quaisquer que sejam as circunstâncias)
contingente (de um ponto de vista lógico, pode e necessária (de um ponto de vista lógico, tem de
ser verdadeiro ou falso) ser verdadeira)
Rege as ações conforme ao dever (legalidade) Rege as ações por dever (moralidade)
É a lei da moralidade, dado o seu caráter
É o enunciado típico das éticas materiais.
exclusivamente formal. A obediência a este
Traduz uma moral heterónoma (imposta a
princípio apodítico (que vale por si mesmo) deriva
partir do exterior).
apenas da autonomia da vontade.