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Miringite Aguda
Antibióticos sistêmicos se
houver infecção secundária
(amoxicilina com ácido
clavulâmico ou eritromicina)
OM com derrame. Geralmente é a Hipoacúsia, autofonia Clínico e otoscopia que Antibioticoterapia:
consequência de uma (ressonância da própria voz além das características do Amoxicilina (500 mg) e
Pode ser: infecção viral das vías do doente), otalgia variável, derrame, mostra: ácido clavulâmico (125
Seroso – fluido seroso e superiores, ou otite aguda sensação de pressão no mg): 500 – 1000 mg de
OM serosa: tímpano de cor Amoxicilina de 8 em 8
transparente já tratada ou de uma ouvido. Se MT perfurada, o
obstrução da Trompa de derrame pode ser visível. amarelada, que contrasta horas. Alternativamente
Purulento – pús, e pode Eustáquio por inflamação, com cor branca do cabo do pode-se usar a Eritromicina
ficar espesso como cola alergias, hipertrofias das martelo. 500 mg de 6 em 6 horas.
(glue ear) glândulas adenóides. OM purulenta: MT Corticóides: prednisolona
Há infecção bacteriana hiperemiada, espessada, oral ou hidrocortisona em
comprovada sem translucidez. Pode se gotas como na OE
encontrar abaulamento da
MT (nestes casos a cor da Descongestionantes
MT pode ser branca e nasais: soro fisiológico,
opaca, por isquémia). gotas nasais de efedrina,
ou fenilefrina (1 a 2 gotas
Pode haver derrame em cada narina, 3-4 x/dia)
serosanguinolento e a MT
adquir um tom azul escuro Anti-alérgicos:
(hemotímpano). clorfeniramina 4 mg de 8/8
horas
OMA Pode advir de uma Sensação de ouvidos Otoscopia: Limpeza e aspiração
obstrução tubária, intupidos, otalgia do CAE
Existe um processo Hiperémia intensa e
com ou sem variável, hipoacúsia.
inflamatório agudo da edema da MT, não se Antibióticos orais por
participação de
mucosa do ouvido Dor a pressão da visualiza o cabo do 10 dias como na OM
agente infeccioso
médio, porém sem ponta da mastóide, martelo, nem com derrame.
bacteriano ou viral
formação de zumbidos sincrónicos triângulo luminoso.
Descongestionantes
nenhuma coleção com o
Pode ser visível o nasais: soro
líquida na cavidade pulso/batimento
orifício que fisiológico, gotas
timpânica. cardíaco
corresponde a nasais de efedrina,
perfuração da MT. ou fenilefrina.
OMC OMA de repetição, Hipoacúsia (de História de otorréias Limpeza do CAE com
obstrução crónica da condução), sem dor, recidivantes. soro fisiológico.
É a inflamação
Trompa de otorréia muco- Otoscopia que Antibióticos locais:
crónica da mucosa
Eustáquio, trauma. A purulenta não fétida mostra: perfuração cloranfenicol,
do ouvido médio
imunodepressão tem central irregular e gentamicina.
um papel na sua alargada, com
Antibióticos
patogenia. mucosa do ouvido
sistêmicos em casos
médio edemaciada
Bacteriologia variada, graves: amoxicilina
ou granulosa.
com predomínio de com ácido
Gram negativos clavulâmico, ou
(Proteus, ciprofloxacina.
Pseudomonas, E.
Referir/transferir para
coli). Dos Gram
cirurgia:
negativos ressaltam
mastóidectomia e
os estafilocos e
timpanoplastia
estreptococos. Pode
reconstructiva e
haver flora bacteriana
protectora.
mista.
Mastoidite
Definição é a infecção bacteriana do osso mastóide, geralmente devida a
extensão do processo infeccioso de uma otite média não tratada
adequadamente ou atempadamente.
Etiologia é o agente bacteriano causador da otite média. Geralmente os mais
agressivos são o Estreptococco e o Pneumococco.
Quadro Clínico
os sintomas aparecem 2 ou mais semanas após a sintomatologia de uma otite
média aguda não tratada.
A febre é alta e persistente, há dor na região do ouvido e retro auricular, que
irradia para a região temporal e occipital , existência de otorreia purulenta e
fétida com diminuição da audição.
Exames auxiliares e Diagnóstico
O hemograma mostra leucocitose e VS elevada. É aconselhável fazer a colheita
da secreção e cultura com antibiograma.
A tríade de otorreia, tumefacção retro auricular com protrusão do pavilhão e
dor à compressão da Mastóide deve levantar a suspeita diagnóstica!
Conduta.
O paciente deve ser referido/transferido para uma US de nível superior. Antes
da transferência Inicie antibióticos E.V. com Penicillina G 2 a 3 milhões de UI
pré-transferência/referêcnia.
Colesteatoma do Ouvido Médio
E uma tumoração benigna, similar a um quisto, composta de lâminas epiteliais,
sobrepostas umas as outras como folhas de cebola, esbranquiçada, geralmente
infectada, que pode crescer no ouvido médio.
Colesteatoma é o acúmulo de epitélio escamoso e detritos de queratina que
geralmente compromete a orelha média e o processo mastoide.
Embora benigno, pode aumentar e invadir o osso adjacente.
Classificação
Adquiridos, o crescimento se dá através de perfuração ou de invaginação da
membrana timpânica. É o tipo mais comum, usualmente resultante de uma
infecção no ouvido médio não resolvida adequadamente.
Congénitos, o tumor cresce dentro do ouvido médio, com a membrana
timpânica intacta. Não se conhece a sua causa.
Patogénese.
E consequência de um processo de reparação de uma perfuração timpânica,
após uma otite média aguda grave, por parte do epitélio do ouvido médio.
O epitélio começa a descamar se e a acumular-se ou fica hipertrófico dentro
do ouvido médio. A decomposição destas células e das enzimas produzidas
pelas celulas(colagenases) têm uma evolução constante e crescimento
contínuo da massa tumoral podendo levar a corrosão das partes do ouvido
médio e dos seus ossículos (martelo, bigorna e estribo) invadindo a mastóide.
Quadro Clínico:
Otalgia
febre na fase aguda .
Hipoacusia progressiva e por vezes vertigens.
Otorréia purulenta fétida.
Cefaléia profunda ou sensação de pressão cefálica.
Exames auxiliares e Diagnóstico
o diagnóstico é feito com base no quadro clínico e o exame otoscópico.
Com o otoscópio é visível uma formação de células brancas e erosão do osso
do canal auditivo perto da perfuração timpânica.
Conduta: O tratamento é cirúrgico, portanto é necessário referir o paciente
para uma unidade sanitária de nível superior com especialista.