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Doenças do ouvido

OBSTRUÇÃO DO CANAL AUDITIVO EXTERNO

A obstrução do canal auditivo externo constitui uma das principais causas de


atendimento de foro ORL no serviço de urgência.
Etiologia
As causas mais frequentes de obstrução do canal auditivo externo (CAE)
incluem:
Cerúmen.
Corpos estranhos (CE): sólidos podem ser pedaço de lápis, pauzinho seco,
ervilhas, missangas, partes de brinquedos, areia.
vivos podem ser moscas, baratas, pulgas,
 líquidos óleos industriais, soluções ácidas ou alcalinas.
Secreções infecciosas do ouvido médio misturada a cerúmen
Localização da obstrução

No canal auditivo em vários níveis, geralmente o cerúmen (cera) é localizada


perto do tímpano. No caso de corpos estranhos a localização depende do seu
tamanho.
No ouvido médio, se ultrapassa o tímpano: em caso de trauma grave com
perfuração do tímpano.
Quadro Clínico

A sintomatologia depende da natureza da obstrução. No caso de obstrução


por corpos estranhos vai depender do tipo de corpo estranho e da lesão
consequente.

Obstrução por cerúmen : hipoacúsia, autofonia (ressonância da própria voz


do doente) e esporadicamente, otalgia e vertigem.

Corpo estranho (CE) líquido: plenitude auricular, hipoacúsia e otalgia intensa

CE vivo: sensação desagradável até dor lancinante


Conduta
Consiste na remoção do cerúmen , do corpo estranho com ou sem irrigação.
Somente os CE vivos e os cáusticos são casos de urgência.
Transferir imediatamente o paciente ao médico de referência, se:
Suspeitar uma lesão grave na cabeça;
Presença de perda de líquido transparente pélo ouvido com ou sem sangue,
que é suspeita de fractura da base craniana
Sangramento grave através do ouvido externo, que é suspeita de fractura da
base craniana
Os métodos de primeiros socorros não tiveram êxito e o paciente estiver com
forte dor, estiver perdendo audição ou estiver com sensação de alguma coisa
estar ainda dentro do ouvido.
OTITE EXTERNA, INCLUINDO A SINDROME DE RAMSAY HUNT
As infecções do ouvido podem afectar as estruturas do ouvido externo, nesse
caso fala-se de otite externa ou podem afectar as estruturas do ouvido médio
nesse caso fala-se de otite média, a otite externa e média podem co-existir.
Otite Externa (OE)
Definição a otite externa é definida como sendo uma infecção ou inflamação
do canal auditivo externo e pavilhão auricular.
Factores Predisponentes
Micro traumas causados por um cotonete ou outros instrumentos usados
para limpar o canal auditivo externo.
Humidade, que pode alterar o microclima do canal auditivo externo e
predispor ao crescimento de patógenos
Irritação por substâncias como tinturas para cabelos, spray, creme.
Corpos estranhos que impedem a aeração do CAE e produzem irritação local
Imunodepressão (HIV, diabetes, neoplasias malignas, quimioterapia,
corticóides) que predispõe a otite externa maligna ou fúngica.
Desportos aquáticos: como a natação, predispõe a otite externa, a chamada
otite externa dos nadadores às vezes chamado ‘ouvido de nadador’.
Classificação
OE Aguda Difusa Conhecida como “swimmer’s ear” – ouvido do nadador, consiste num
processo infeccioso e inflamatório do ouvido externo.
Causada por
P. aeruginosa ++++
Staphylococcus spp +
Quadro clinico.
Otalgia que se irradia para região temporal e mandibular,
eritema,
otorreia,
prurido,
hipoacusia de condução e hipersensibilidade à palpação
Febre e linfadenopatia em casos mais graves
Diagnostico.
 Anamnese e exame físico.
 Otoscopia do CAE ( geralmente a membrana timpânica é normal)
Tratamento.
Cuidados locais: limpeza atraumática do CAE por aspiração e desbridamento de restos celulares.
Pode se usar água oxigenada para facilitar a remoção e limpeza de fragmentos e crostas aderidas,
com completa secagem do CAE.
Analgesia: AINEs – ibuprofeno 200-400 mg oral ou diclofenac 25 a 50 mg oral, de 8 em 8 horas
por 3-5 dias
Antibioticoterapia:
Tópica - Cloranfenicol gotas auriculares a 5%, 3-5 gotas 2-3 x/dia
Hidrocortisona gotas para reduzir a inflamação: 5 gotas 3 vezes ao dia durante 7 dias
Casos graves com manifestações gerais, infecção disseminada ao redor do CAE, linfadenite,
estado tóxico.
Ciprofloxacina 500 mg oral de 12 em 12 horas durante 7 dias ou se mais grave, Gentamicina 80
mg EV de 8/8 h + Ampicilina 1 grama EV de 6 em 6 horas
Classificacao Etiologia Quadro clinico Diagnostico Tratamento
Staphylococc Prurido, otalgia Anamnese e O mesmo que o anterior,
us (s.aureus + localizada, edema, exame físico no entanto nos casos
OE Aguda +++) eritema do CAE, graves usar drogas
Localizada pontos de antiestafilocócicas:
(Furunculose) Streptococcus flutuação.
++ Amoxicilina (500 mg) com
É uma OE Aguda Hipoacúsia (se ácido clavulâmico (125),
limitada a uma oclusão do CAE) oral, 500 mg de 8 em 8
área do CAE, horas por 7 dias ou
geralmente no 1/3 flucloxacilina
externo, onde
existem glândulas

Sebáceas 250 mg, oral, 250 mg de 6


em 6 horas por 7 dias.
e folículos pilosos
Os furúnculos não devem
ser mexidos, deve-se
aguardar pela sua
maturação, fistulização e
cura espontânea. Só em
casos excepcionais o
especialista deve recorrer
à incisão do furúnculo.
OE Fúngica Aspergillus Prurido é a Anamnese e Limpeza do CAE e
spp e Candida manifestação clínica exame físico.
(Otomicose) spp principal.Presença Otoscopia: secagem, aplicação de
de Otorréia fungos de violeta de genciana
espessa. coloração (1-2x/dia) e antifúgicos
negra,
acinzentada, tópicos como
verde
escuro, clotrimazol (creme, 2-3
amarela ou x/dia) por 7-10 dias.
branca, com Antifúngicos sistêmicos
fragmentos não são eficazes.
celulares no
CAE

OE Maligna (OE P.aeruginosa Otalgia com mais de Suspeita em Transferência para o


Necrotizante) +++ 1 mês, otorréia qualquer médico
purulenta paciente
É uma infecção Aspergillus, S. persistente, diabético  
grave do OE e epidermidis, acometimento dos com OE ou
base do crânio, S.aureus, nervos cranianos otalgia Administrar pré-
tipicamente vista Proteus Spp, (paralisias intensa e transferência Gentamicina
em diabéticos Salmonella relacionadas com os persistente. 160-240 mg EV/IM
idosos e Spp nervos facial, vago e
imunocomprometid acessório – Otoscopia:
os (HIV, rouquidão, disfagia, tecido de
neoplasias, aspiração e granulação
quimioterapia, alterações no assoalho
corticoterapia) respiratórias) do CAE
próximo à
junção
ósseo-
cartilaginosa.
OE Herpética Viral (herpes Por Herpes Zóster: Clínico: Síndrome de Ramsey Hunt:
simplex e zoster) paralisia facial periférica, Síndrome de
O Herpes Zoster Oticus otalgia, zumbidos, Ramsey Hunt: Prednisolona oral, 40mg/dia
ou Síndrome de erupção cutânea paralisia facial durante 2 dias, 30mg/dia
Ramsay Hunt é a vesicular no pavilhão e periférica, durante os seguintes 7-10 dias;
infecção dos gânglios CAE ipsilateral, otalgia e seguir diminuindo
do nervo acústico e do hipoacúsia: Síndrome de erupção progressivamente a dose,
gânglio geniculado do Ramsey Hunt cutânea associado a:
nervo facial pelo Vírus vesicular
do Herpes Zoster Por Hérpes simplex: Aciclovir 800 mg oral 5x/dia
semelhante ao H. zóster Herpes Simplex: durante 7 dias.
  sem afecção do nervo clínica.
facial. OE por herpes simplex:

Aciclovir 200 mg 5x/dia ou 400


mg de 8/8 horas por 10 dias

Analgésicos para a dor. Se não


melhora, referir ao Médico

OE Bolhosa Não clara, sugere- Vesículas ou bolhas Fundamentalme Eritromicina 500 mg de 6 em 6


se Mycoplasma hemorrágicas na porção nte clínico horas por 10 dias.
É uma das otites mais spp, e ou causa óssea do CAE (quadro clínico)
dolorosas viral Analgésicos para a dor. Limpeza e
Otorréia secagem do CAE
serossanguinolenta
Pericondrite e Polimicrobiana Dor e sensação de Fundamental Debridamento, drenagem de
Condrite obstrução e plenitude mente clínico pontos flutuantes e
P.aeruginosa, do CAE. Pele é (quadro antibioticoterapia tópica
Pericondrite – Gram + descamativa, com clínico) e/ou sistêmica.
inflamação do crostas e secrecção
pericôndrio. S.aureus, seropurulenta. A Tópica: Cloranfenicol gotas
Condrite – Proteus, Gram - orelha fica auriculares a 5%, 3-5 gotas 2-
inflamação da eritematosa, 3 x/dia. Hidrocortisona
cartilagem. endurecida e dolorosa creme (2-3x/dia) para reduzir
à manipulação. a inflamação.
Podem acompanhar
ou complicar Sistêmica (caso não melhore
infecções do CAE ou ou casos graves): oral –
resultam de trauma ciprofloxacina; ou se mais
acidental ou grave – ampicilina 1 gr EV de
cirúrgico do pavilhão 6 em 6h + Gentamicina 160 a
auricular. 240 mg EV 1x/dia
Analgésicos para dor

Erisipela do Pavilhão S.aureus Edema da pele do Fundamental Amoxicilina (500mg) e ácido


pavilhão, com eritema mente clínico clavulâmico (125 mg) – 500
Geralmente e aspecto áspero, (quadro mg de 8 em 8 horas por 7 dias
secundária à OE lembrando “casca de clínico) ou
aguda ou trauma laranja”. É comum
acometimento da face Flucloxacilina 250 mg de 6 em
e manifestações 6 horas por 7 dias
sistêmicas: febre,
calafrios, taquicárdia Analgésicos para dor
OE Eczematosa Reacções Variável, sendo o Anamnese e Variável dependendo do
hipersensibilida prurido a exame físico. diagnóstico.
Inclui: dermatite de; auto- manifestação mais
atópica, seborréica, imunidade; comum, associado a Pode haver
de contacto, idiopáticas eritema, edema, eosinofilia no
psoríase, Lúpus, descamação, crostas, hemograma
entre outras. vesículas ou fissuras
na pele do CAE.

Otohematoma Traumática Perda do contorno Clínico, feito Incisão e drenagem do


normal da superfície pela história hematoma, seguida de
É o hematoma Sobreinfecção: lateral do pavilhão de trauma e limpeza cuidadosa dos
traumático do auricular, equimose, exame físico coágulos. Após a drenagem,
pavilhão auricular. S.aureus e parestesia e dor local. aproximam-se os retalhos
Comum sem suturá-los e coloca-se um
S. epidermidis penso compressivo.
em praticantes de Associam-se antibióticos de
boxe e artes amplo espectro (amoxicilina
marciais. com ácido clavulâmico,
ciprofloxacina, nas doses já
O sangue se acumula acima mencionadas)
entre o pericôndrio e
a cartilagem na face
externa do pavilhão
auricular, mais
comumente no terço
superior.
Otite Média
Otite média é a inflamação do ouvido médio.A disfunção da Trompa de
Eustáquio dificulta a drenagem normal de secreções, sendo o factor causal
básico.
É geralmente secundária a uma infecção das vias aéreas superiores, como a
faringite ou a rinite.
Etiologia:
Streptococcus pneumoniae, Hemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis,
Streptococcus pyogenes.
 Outros agentes: estafilococos, coliformes e vírus.
• Classificação clinica e temporal das otites medias.
Clínica Temporal

Miringite Aguda

OM Aguda (OMA) Sub aguda

OM com derrame Crónica

OM Crónica (OMC) Crónica


Classificação e Aspectos Etiologia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento
Conceptuais
Miringite Geralmente bacteriana Otalgia intensa, edema, Clínico, com otoscopia Antibioticoterapia tópica:
eritema e opacificação da Cloranfenicol (doses da
É a inflamação da membrana do tímpano à OE)
membrana do tímpano, só otoscopia. Hipoacúsia
ou em associação com otite ligeira Analgésicos: Procaina com
externa ou otite média Fenazona – 2 a 4 gotas em
intervalos variáveis (6/6h ou
8/8h) conforme natureza e
gravidade da afecção.
Corticóides tópicos
(Hidrocortizona como na
OE)

Antibióticos sistêmicos se
houver infecção secundária
(amoxicilina com ácido
clavulâmico ou eritromicina)
OM com derrame. Geralmente é a Hipoacúsia, autofonia Clínico e otoscopia que Antibioticoterapia:
consequência de uma (ressonância da própria voz além das características do Amoxicilina (500 mg) e
Pode ser: infecção viral das vías do doente), otalgia variável, derrame, mostra: ácido clavulâmico (125
Seroso – fluido seroso e superiores, ou otite aguda sensação de pressão no mg): 500 – 1000 mg de
OM serosa: tímpano de cor Amoxicilina de 8 em 8
transparente já tratada ou de uma ouvido. Se MT perfurada, o
obstrução da Trompa de derrame pode ser visível. amarelada, que contrasta horas. Alternativamente
Purulento – pús, e pode Eustáquio por inflamação, com cor branca do cabo do pode-se usar a Eritromicina
ficar espesso como cola alergias, hipertrofias das martelo. 500 mg de 6 em 6 horas.
(glue ear) glândulas adenóides. OM purulenta: MT Corticóides: prednisolona
  Há infecção bacteriana hiperemiada, espessada, oral ou hidrocortisona em
comprovada sem translucidez. Pode se gotas como na OE
encontrar abaulamento da
MT (nestes casos a cor da Descongestionantes
MT pode ser branca e nasais: soro fisiológico,
opaca, por isquémia). gotas nasais de efedrina,
ou fenilefrina (1 a 2 gotas
Pode haver derrame em cada narina, 3-4 x/dia)
serosanguinolento e a MT
adquir um tom azul escuro Anti-alérgicos:
(hemotímpano). clorfeniramina 4 mg de 8/8
horas
OMA Pode advir de uma Sensação de ouvidos Otoscopia: Limpeza e aspiração
obstrução tubária, intupidos, otalgia do CAE
Existe um processo Hiperémia intensa e
com ou sem variável, hipoacúsia.
inflamatório agudo da edema da MT, não se Antibióticos orais por
participação de
mucosa do ouvido Dor a pressão da visualiza o cabo do 10 dias como na OM
agente infeccioso
médio, porém sem ponta da mastóide, martelo, nem com derrame.
bacteriano ou viral
formação de zumbidos sincrónicos triângulo luminoso.
Descongestionantes
nenhuma coleção com o
Pode ser visível o nasais: soro
líquida na cavidade pulso/batimento
orifício que fisiológico, gotas
timpânica. cardíaco
corresponde a nasais de efedrina,
perfuração da MT. ou fenilefrina.

 
OMC OMA de repetição, Hipoacúsia (de História de otorréias Limpeza do CAE com
obstrução crónica da condução), sem dor, recidivantes. soro fisiológico.
É a inflamação
Trompa de otorréia muco- Otoscopia que Antibióticos locais:
crónica da mucosa
Eustáquio, trauma. A purulenta não fétida mostra: perfuração cloranfenicol,
do ouvido médio
imunodepressão tem central irregular e gentamicina.
um papel na sua alargada, com
Antibióticos
patogenia. mucosa do ouvido
sistêmicos em casos
médio edemaciada
Bacteriologia variada, graves: amoxicilina
ou granulosa.
com predomínio de com ácido
Gram negativos   clavulâmico, ou
(Proteus, ciprofloxacina.
Pseudomonas, E.
Referir/transferir para
coli). Dos Gram
cirurgia:
negativos ressaltam
mastóidectomia e
os estafilocos e
timpanoplastia
estreptococos. Pode
reconstructiva e
haver flora bacteriana
protectora.
mista.
Mastoidite
Definição é a infecção bacteriana do osso mastóide, geralmente devida a
extensão do processo infeccioso de uma otite média não tratada
adequadamente ou atempadamente.
Etiologia é o agente bacteriano causador da otite média. Geralmente os mais
agressivos são o Estreptococco e o Pneumococco.
Quadro Clínico
os sintomas aparecem 2 ou mais semanas após a sintomatologia de uma otite
média aguda não tratada.
A febre é alta e persistente, há dor na região do ouvido e retro auricular, que
irradia para a região temporal e occipital , existência de otorreia purulenta e
fétida com diminuição da audição.
Exames auxiliares e Diagnóstico
O hemograma mostra leucocitose e VS elevada. É aconselhável fazer a colheita
da secreção e cultura com antibiograma.
A tríade de otorreia, tumefacção retro auricular com protrusão do pavilhão e
dor à compressão da Mastóide deve levantar a suspeita diagnóstica!
Conduta.
O paciente deve ser referido/transferido para uma US de nível superior. Antes
da transferência Inicie antibióticos E.V. com Penicillina G 2 a 3 milhões de UI
pré-transferência/referêcnia.
Colesteatoma do Ouvido Médio
E uma tumoração benigna, similar a um quisto, composta de lâminas epiteliais,
sobrepostas umas as outras como folhas de cebola, esbranquiçada, geralmente
infectada, que pode crescer no ouvido médio.
Colesteatoma é o acúmulo de epitélio escamoso e detritos de queratina que
geralmente compromete a orelha média e o processo mastoide.
Embora benigno, pode aumentar e invadir o osso adjacente.
Classificação
Adquiridos, o crescimento se dá através de perfuração ou de invaginação da
membrana timpânica. É o tipo mais comum, usualmente resultante de uma
infecção no ouvido médio não resolvida adequadamente.
Congénitos, o tumor cresce dentro do ouvido médio, com a membrana
timpânica intacta. Não se conhece a sua causa.
Patogénese.
E consequência de um processo de reparação de uma perfuração timpânica,
após uma otite média aguda grave, por parte do epitélio do ouvido médio.
O epitélio começa a descamar se e a acumular-se ou fica hipertrófico dentro
do ouvido médio. A decomposição destas células e das enzimas produzidas
pelas celulas(colagenases) têm uma evolução constante e crescimento
contínuo da massa tumoral podendo levar a corrosão das partes do ouvido
médio e dos seus ossículos (martelo, bigorna e estribo) invadindo a mastóide.
Quadro Clínico:
Otalgia
febre na fase aguda .
Hipoacusia progressiva e por vezes vertigens.
Otorréia purulenta fétida.
Cefaléia profunda ou sensação de pressão cefálica.
Exames auxiliares e Diagnóstico
o diagnóstico é feito com base no quadro clínico e o exame otoscópico.
Com o otoscópio é visível uma formação de células brancas e erosão do osso
do canal auditivo perto da perfuração timpânica.
Conduta: O tratamento é cirúrgico, portanto é necessário referir o paciente
para uma unidade sanitária de nível superior com especialista.

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