CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA

EDUCAÇÃO FÍSICA

EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA: desafios e

perspectivas nas praticas para alunos com TEA

Discente: Dykson Max Castro Ferreira

Orientador: Me. Evelyn Feitosa
Rodrigues Vieira

BACABEIRA 2022
 INTRODUÇÃO

A inclusão escolar é um dos pilares para construção do saber e de uma educação

igualitária e satisfatória. Nesse aspecto, é necessário que a empreitada a essa jornada
inclusiva envolva não apenas crianças com alguma deficiência física, visual, auditiva ou
intelectual, mas também incluir as crianças com TEA. Assim o presente estudo tem por
finalidade identificar os desafios que o professor de Educação Física encontra em
desenvolver atividades para alunos com TEA e quais os meios que possibilitam sanar as
problemáticas apresentadas.
OBJETIVOS DO ESTUDO

1. OBJETIVO GERAL 2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Identificar os desafios e as práticas do • Comentar sobre variadas abordagens de ensino que permite
professor de educação física em uma ao professor de educação fisica adotá-las.
perspectiva inclusiva para promoção da • Apontar as metodologias, mais recentes desenvolvidas pelos
qualidade de vida, fomentando uma especialistas da area como também, mostrar os aspectos
educação inclusiva nos moldes adequados históricos sobre os primeiros teóricos que desenvolveram
aos alunos com TEA. estudos e diagnósticos sobre tal transtorno.
 METODOLOGIA
METODOLOGIA

O presente trabalho ocorreu por meio de pesquisa de revisão bibliográfica. Os arquivos

encontrados somaram para melhor desenvolvimento do assunto, recorrendo a livros físicos e
eletrônicos adquiridos pela Biblioteca do CESBA (Centro de Ensino Superior de Bacabeira ).
Outros recursos de material foram os cursos “Autismo e suas particularidades". Curso
desenvolvido de forma EAD pela instituição Moderniza cursos.

O trabalho desenvolvido teve uma duração de 4 meses, entre as pesquisas e revisões

bibliográficas e as conclusões dos cursos EAD.
 o REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Bibliográfica

Principais Autores
TOMAZELI, Luciane. Educação inclusiva aplicada às deficiências [recurso eletrônico]: visual,
auditiva, física e intelectual. Inetersaberes, 1.ed. p. 91. 2020.

TOMÉ, Maycon Cleber. A educação física como auxiliar no desenvolvimento cognitivo e

corporal dos autistas. 2007. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/67338907/educacao-fisica-como-auxiliar-no-desenvolvimento-
cognitivo-e-corporal-de-autista. Acesso em: 01 dez. 2022.

SIQUEIRA, Monica Frigini. Educação física, autismo e inclusão: ressignificando a prática

pedagógica. 1. ed. Várzea Paulista [SP]: Fontoura, 2020.

 
TÓPICOS PRINCIPAIS

1 Aspectos Históricos da Inclusão

Educação Inclusiva para alunos com TEA

2

Autismo
3

Educação Física inclusiva para aluno TEA

4
 AUTISMO CONCEITO
Para Júnior (2015) o autismo é um transtorno que afeta pessoas que
possuem dificuldade no desenvolvimento no que diz respeito aos atrasos, assim
como dentre outros aspectos, comprometimentos nas áreas da interação social e
linguagem do indivíduo, isto é, uma extensa gama de sintomas que envolvem
áreas emocionais, cognitivas, motoras e sensoriais.
JÚNIOR, Assumpção 2015
Cunha (2012, p. 20), “a terminologia da palavra refere-se a fuga da realidade e das
bases comportamentais do cérebro que determinam os comportamentos da criança
autista destacando os aspectos biológicos nos fatores do transtorno”. Sendo assim, é
importante destacar que o autismo era visto como uma doença esquizofrênica, que é
caracterizada pelo processo mental da perda da realidade e de falhas cognitivas,
como delírios do comportamento antissocial.
CUNHA, Eugênio 2012
Segundo a American Psychiatric Association (2014, p. 97), o transtorno do espectro
autista engloba transtornos antes chamados “de autismo infantil precoce, autismo
infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico,
transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno
desintegrativo da infância e transtorno de Asperger”.
AMERICAN PSYCHITRIC ASSCIATION 2014
O autismo é uma condição neurobiológica de origem genética, o que significa que as
alterações no código genético do feto em desenvolvimento no útero da mãe fazem
com que ocorra uma cadeia de reações químicas que modificam a qualidade, a
produção, a forma, a organização e o número de células e alteram a expressão
químicas desses neurônios.
GAITO, Mayara 2018
 PRINCIPAIS TEÓRICOS

LEVI VIGOTSKY INTERÇÃO COM O MEIO

PROGRESSÃO
JEAN PIAGET

LÉO KANNER 11 CASOS KANNER

 CID (CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS INTERNACIONAIS )

Autismo na CID-11
Autismo na CID-10  
6A02 Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
F84 Transtornos globais do desenvolvimento (TGD)
 
6A02.0 Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual
F84.0 Autismo infantil; (Dl) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;

6AO2.1 Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual

F84.1 Autismo atípico;
(Dl) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
 
F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância;
6AO2.2 Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual
F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental (Dl) e com linguagem funcional prejudicada;
e a movimentos estereotipados;  
6AO2.3 Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual
F84.5 Síndrome de Asperger; (Dl) e com linguagem funcional prejudicada;
 
F84.8 6AO2.5 Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual
Outros transtornos globais do desenvolvimento;
(Dl) e com ausência de linguagem funcional;

F84.9  
Transtornos globais não especificados do 6AO2.Y Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
desenvolvimento. 6AO2.Z Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.
   
EDUCAÇÃO FISICA INCLUSIVA PARA ALUNOS COM TEA

Um dos maiores desafios para o professor de educação física de alunos com

TEA é entender certos comportamentos, tais como agressividade, raiva, e medo. A
educação física pode tornar-se muito útil no processo de desenvolvimento da
criança com TEA, aprimorando desde aspectos motores a elementos cognitivos.
Contribuições da EF em alunos com TEA

Tomé (2007, p. 145), afirma que: “com o objetivo de obter um melhor desenvolvimento social
e condição física do autista a educação física auxilia também outros aspectos muito importantes
para um avanço significativo no convívio social e comportamental”, beneficiando uma melhora
no estado emocional, diminuição das estereotipias, melhora na atenção (diminuição na
hiperatividade) e diminuição da agressividade. Isso ocorre devido ao aumento da substância B-
endorfina e adrenalina plasmática, aumentando o apetite, melhora do sono e aumenta a
sensibilidade dos agentes farmacológicos
 METODOLOGIAS E PRÁTICAS DE EF PARA ALUNOS COM TEA

MÉTODO ABA LUDOTERAPIA

A metodologia ABA possui plano especifico para o processo de
ensino- aprendizagem envolvendo várias etapas com controle A ludoterapia tem se apresentado nos últimos anos como uma
do que será executado e com o aluno com TEA no início, no das alternativas de intervenção precoce no universo das crianças
desenvolvimento e na conclusão de todo processo de com autismo.
planejamento com a supervisão de um psicólogo e o auxílio de
um determinado acompanhante terapêutico (AT)

MÉTODO INTEGRAÇÃO SENSORIAL PSICOMOTRICIDADE

e Há atividades ou exercícios feitos em aula de psicomotricidade
O método é interessante porque o autista vai desenvolvendo que são elaborados para desenvolverem os movimentos do
várias habilidades pelo simples ato do brincar, aguçando seus estudante (sua coordenação motora ampla como andar, correr,
sentidos, atentando-se as cores e texturas. sentar, como também a coordenação motora fina com
movimentos de pinça, para segurar o lápis e de fazer
movimentos circulares na hora de escrever), assim por diante.
 Quadro 3 - ATIVIDADES E BRINCADEIRAS DE PSICOMOTRICIDADE USADAS
PARA CRIANÇAS COM TEA.
 

PINTURA: além da coordenação motora da criança, também exerce sua criatividade. A pintura também estimula sistema tátil, fazendo com que a
criança perceba o corpo através da pele.

PULAR CORDA: os movimentos realizados durante este jogo são responsáveis para estimular a coordenação motora grossa onde os braços, as
pernas e os pés são os que mais terão movimento com a brincadeira.

AMARELINHA: a atividade promove o desenvolvimento dos movimentos, raciocínio lógico, refina a coordenação viso motora, bilateral,
equilíbrio, noção espacial, entre outros.

JOGO DA CORRIDA DO SACO COM OU SEM OBSTÁCULOS: trabalha orientação espacial, esquema corporal e equilíbrio.

EMPILHAR COPOS: é bom para melhorar a coordenação motora fina e global, e identificação corporal.

ANDAR SOBRE UMA LINHA RETA DESENHADA NO CHÃO: trabalha o equilíbrio, coordenação motora e identificação corporal e muito
mais.

COLORIR: quando a criança desenha e colore uma imagem, seu lado criativo fica ativo.

CIRCUITOS PSICOMOTORES: Para considerar um circuito é preciso ter várias atividades dentro de uma só, ou seja, estimular diferentes
áreas cerebrais de acordo com a faixa etária. Pode-se usar bambolês, cones, cordas, arcos, linhas tracejadas e muito mais.

JOGO DA ESTÁTUA: é muito bom para orientação espacial, esquema corporal e equilíbrio.
Faixa Etária alunos com TEA

Segundo Labanca (2000 apud TOMÉ, 2007), “as atividades para o grupo de
autista devem ser preparadas de acordo com a idade cronológica e montadas de
acordo com uma cultura social”. Atividades como circuito, saltos, arremessos,
agarrar, rolar, quicar, dentro outros, devem ser indicados com começo, meio e fim
pensando em contribuir na aquisição de habilidades motoras.
Considerações Finais
• A pesquisa foi de grande valia pois através dela foi identificado os desafios que o professor
de EF tem ao desenvolver atividades com alunos com TEA no entanto e ignorar tais
desafios é manter velhos paradigmas da exclusão no âmbito escolar

• Todas as possibilidades de desenvolvimento da criança com TEA depende do

compromisso e em conhecer as limitações do aluno.

• - Responda cada um dos objetivos específicos e as metodologias bem aplicadas e

direcionadas de forma individual ou coletiva que farão o trabalho inclusivo e singular com
essas crianças .
Referências

TOMAZELI, Luciane. Educação inclusiva aplicada às deficiências [recurso eletrônico]:

visual, auditiva, física e intelectual. Inetersaberes, 1.ed. p. 91. 2020.

TOMÉ, Maycon Cleber. A educação física como auxiliar no desenvolvimento cognitivo

e corporal dos autistas. 2007. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/67338907/educacao-fisica-como-auxiliar-no-
desenvolvimento-cognitivo-e-corporal-de-autista. Acesso em: 01 dez. 2022.

SIQUEIRA, Monica Frigini. Educação física, autismo e inclusão: ressignificando a prática

pedagógica. 1. ed. Várzea Paulista [SP]: Fontoura, 2020.