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Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas – FACE

Programa de Pós-Graduação em Governança e Inovação em Políticas Públicas


Conteúdo: Design de projeto de intervenção interdisciplinar
Pesquisa-Ação: modelagem

Pesquisa-Ação: características de modelos


Um modelo é especificado a partir das variáveis que o compõe.
Variáveis são atributos mensuráveis com características especificas no contexto de
uma pesquisa, classificadas como quantitativas e qualitativas.
As variáveis também podem ser discretas ou contínuas.
Uma variável discreta é um número qualquer como quantidade de processos,
quantidade de máquinas, quantidade de colaboradores.
Uma variável contínua é também um número que tem uma quantidade infinita de
valores entre dois pontos quaisquer, como por exemplo altura e tempo.

Professores Doutores: José Antonio de França – Eduardo Tadeu Vieira – Sérgio Ricardo Miranda Nazaré
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Pesquisa-Ação: modelagem

Pesquisa-Ação: características de modelos


As variáveis quantitativa ou qualitativa são caracterizadas como:

Variável quantitativa é representada por um número. Ex.: quantidade de alunos,


quantidade de professores.

Variável qualitativa é representada por um atributo ou por uma categoria, como cor
dos cabelos, nacionalidade, nível de escolaridade.

A partir das variáveis é que se especifica um modelo.

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Pesquisa-Ação: modelagem

Pesquisa-Ação: características de modelos


Um modelo pode ser determinístico ou aleatório.
Um modelo é determinístico quando há um único conjunto de entradas (variáveis)
produzindo um único conjunto de saída (resultado), é definido analiticamente, e o
resultado é exato.
Um modelo é dito aleatório quando ele é especificado, analiticamente, com variáveis de
entrada aleatórias e o resultado é uma estimativa.
Uma variável é dita aleatória quando sua expressão numérica depende de fatores como
chances de ocorrer ou oportunidades, como por exemplo, o lançamento de uma moeda
que apresenta como resultado cara ou coroa, o lançamento de um dado que pode
apresentar uma de 6 possibilidades. Esses resultados são denominados espaço amostral.

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Uma pesquisa pode adotar modelagem quantitativa ou qualitativa ou ainda quanti-
qualitativa.
Em modelagem qualitativa as variáveis denotam características.
Na modelagem quantitativa, necessariamente, as variáveis são numéricas e o seu
conteúdo informacional deve ser descrito.
Um modelo quantitativo pode ser determinístico ou probabilístico.
O modelo determinístico é exato, enquanto que o modelo probabilístico admite
variável aleatória (estocástica)

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Especificação de modelo: Modelo determinístico


Modelo de mensuração do Lucro (): .
Em que R é a receita e D é a despesa. O modelo é determinístico porque não necessita de
condição aleatória. Assim, são as variáveis dependente e independentes do modelo.
 
Modelo de acumulação de valores (VA):
 
Em que VA são valores acumulados; é o saldo anterior; REC são os recebimentos; PAG são
os pagamentos.

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Especificação de modelo: Modelo aleatório

Modelo de mensuração da felicidade (F): .


 
Em que é um coeficiente de probabilidade; BE é bem-estar; S é saúde; A é amor; D é
dinheiro; e  são observações não especificadas no modelo. são as variáveis dependente e
independente do modelo.
 
Modelo de mensuração do Custo Variável Total (CVT):

Em que é um coeficiente; RLV é a receita líquida de vendas; DC é a despesa comercial; são


observações não especificadas no modelo.
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Modelagem estatística: foco quanti-qualitativo
Uma das modelagens estatísticas utilizada com foco quanti-qualitativo é a análise da
variância (ANOVA), por meio do teste de médias, que exige comparação com a
estatística “crítica”, para testar hipótese.
A caracterização em quantitativa aplica-se às variáveis numéricas quantificáveis,
capturadas dos atributos qualitativos definidos como de interesse, normalmente em
questionário, que são capazes de oferecer as respostas exigidas pela questão de pesquisa.
Neste contexto, o teste de médias permite concluir, de forma comparativa, se os
estimadores de médias são ou não diferentes, ao nível de significância desejado, podendo
com base neles inferir sobre o comportamento da população a partir dos dados amostrais.

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Modelagem quanti-qualitativa: teste de médias
A resposta do teste de médias produz um valor teórico que é confrontado com a estatística
crítica que permite validar a significância do teste, em nível de confiança de 90% e 95%.

Em que é a média da amostra total (variável quantitativa); é a média da amostra da variável


de interesse (quantitativa) ; é a variância da amostra total; é variância da amostra variável de
interesse; n1 é o tamanho da amostra total; e n2 é o tamanho da amostra da variável de
interesse.

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Estimadores de tendência central
Modelo do estimador da média :
Em que “n” é o número de observações (quantidade de “x”); e “i” é o sequencial de “x”.
O que a média representa? A média representa o centro das observações e não a metade.
Em distribuição assimétrica a não compreensão dessa característica pode induzir a tomada
de decisão inadequada.
Exemplo de distribuição “x” simétrica: 1, 2, 3, 4, 5.
Média:
Exemplo de distribuição “x” assimétrica: 5, 20, 80.
Média:

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Estimador da mediana (md):
Para identificar a mediana a distribuição deve ser ordenada de forma sequencial crescente.
Na distribuição com quantidade impar de observações, md é igual ao número que divide a distribuição ao
meio (metade da distribuição abaixo do estimador de mediana e a outra metade acima).
Exemplo de mediana na distribuição com quantidade impar: 1, 10, 11 a mediana é igual a 10.
Observação que divide a distribuição ao meio é o número 10.
Modelo de mediana na distribuição com quantidade impar:
Toma-se a média dos dois números centrais da distribuição:
Em que é a sequência anterior ao meio; é a sequência posterior ao meio.
Exemplo: 1, 2, 3, 4, 5, 6.
Compreensão do estimador de mediana. O estimador de mediana deve ser analisado em conjunto com o
estimador de média para sinalizar o grau de assimetria da informação que se aproxima ou se distancia da
distribuição normal.

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Estimadores de dispersão
 Os estimadores de dispersão são também conhecidos como estimadores de risco.
Neste estudo utilizaremos três estimadores de dispersão: variância, desvio padrão e
coeficiente de variação.
Estimador da variância ():
A diferença entre a observação e a média da distribuição deve ser uma medida
quadrática para tornar todas as distancias positivas ou em módulo, pois se assim não
for a soma das diferenças será igual a zero e não permitirá avaliar o risco. A variância
é apenas o ponto de partida para avaliar a dispersão com relação à média. É um
número neutro.

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 Estimador do desvio padrão ():
O desvio padrão é um estimador neutro cujo quadrado é a variância ou, em outras
palavras, é a raiz quadrada da variância.
A magnitude do desvio padrão está intimamente relacionada à distancia entre o
estimador da média e cada observação da distribuição.
A distancia entre os dois sinaliza o grau de dispersão ou de risco da distribuição a ser
confirmado pelo Coeficiente de Variação (CV).

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Estimador do coeficiente de variação (CV):
O CV é o estimador de dispersão ou de risco efetivo porque avalia, em termos unitários, a distancia entre o
posicionamento da média e as observações da distribuição.
Exemplo: X = 2, 6, 7.

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