cancerosas frequentemente crescem no organismo e que em geral são eliminadas pelo sist imune + do que qualquer outra célula invasora vigilância imunológica. Postulava-se que o sist. imune celular teria surgido para combater as células cancerosas e que um crescimento canceroso representava uma falha do sistema.
Esse conceito é amparado pela observação de que o
câncer ocorre mais frequentemente em pessoas mais velhas ou mais jovens e indivíduos imunossuprimidos por meio natural ou artificial. Uma célula se torna cancerosa qdo sofre transformação e começa a se proliferar sem controle. As superfícies das células tumorais adquirem antígenos associados aos tumores, que as marcam como não próprias do sistema imune. Macrófagos ativados também podem destruir células cancerosas. Ataque de células Tc a uma célula cancerosa Embora um sistema imune saldável sirva para prevenir a maioria dos cânceres…
Em alguns casos não há epítopo antigênico que
seja alvo do sistema imune. As células tumorais podem até mesmo se reproduzir tão rapidamente que exedem a capacidade do sistema imune de lidar com elas.
Finalmente, se a célula tumoral começa a se
reproduzir nos tecidos e se torna vascularizada (conectada ao suprimento sanguíneo do organismo), em geral torna-se invisível ao sistema imune. Imunoterapia do câncer
A hipótese de que o câncer representa uma falha
do sistema imune tem levado ao pensamento de que o sistema poderia ser usado para prevenir ou curar o câncer – imunoterapia. Na virada século XX William B. Coley (médico de NY) observou que os pacientes com câncer que contraissem febre tifóide tinham uma melhora impressionante do câncer.
Após essa descoberta ele fez misturas de estreptococos
mortos (Gram +) e Serratia Marcescens (Gram -) toxinas de Coley foram injetadas em pacientes com câncer para estimular uma infecção bacteriana. Parte desse trabalho era promissora mas inconsistente e os avanços nos tratamentos cirúrgicos e com radiação deixaram-no quase no esquecimento.
Hoje sabe-se que as endotoxinas dessas bactérias
são estimulantes potentes para a produção do fator de necrose tumoral (TNF, de tumor necrosis factor) pelos macrófagos. O TNF é uma pequena proteína que interfere com o suprimento sanguíneo dos tumores em animais. Outra pesquisa determinou há muitos anos que, se animais fossem injetados com células tumorais mortas, como se fosse uma vacina, não desenvolveriam tumores quando injetados com células vivas provenientes desses tumores. De modo semelhante, os cânceres algumas vezes sofrem remissão espontânea, provavelmente devido ao sistema imune. Tratar ou prevenir o câncer pelos meios imunológicos será uma abordagem importante no futuro.
Um aspecto atraente é que ele evita o dano às células
sadias causado pelos tratamentos quimioterápicos e por radiação.
Já existe uma vacina bem-sucedida para a doença de
Marek, um câncer em galinhas. As vacinas para proteger os gatos de leucemia felina também tem proporcionado proteção considerável.
As vacinas contra o câncer poderiam ser tanto
terapêuticas como profiláticas (existe).
O vírus da hepatite B é causa comum de câncer de
fígado, e uma vacina contra a infecção por esse vírus é usada. Uma vacina recomendada para meninas e meninos >12anos (gardasil) reduz ao mínimo a chance de desenvolvimento de câncer cervical futuro por linhagens de um vírus que tb. causa verrugas genitais. Embora trabalhos com vacinas contra o câncer existam há quase um século, é uma área que está apenas começando
Os anticorpos monoclonais são uma ferramenta
promissora para o tratamento do câncer. O antic. momoclonal Herceptina está sendo utilizado para tratar uma forma de câncer de mama. Neutraliza o fator de crescimento HER2, que promove a proliferação das células cancerosas. Outra abordagem é combinar um anticorpo monoclonal com um agente tóxico, formando uma imunotoxina.
Em teoria, uma imunotoxina poderia ser usada para
atingir e matar especificamente células de um tumor, causando pouco dano às células sadias. Existem alguns resultados promissores nos ensaio clínicos, mas não com grandes massas de tumores.