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Centro Universitário Newton Paiva

Úlcera de Martorell

Lesões Cutâneas - Grupo 4


Discentes
Ariani Aparecida da Silva
Gabriela Batista Rocha
Laryssa Flávia A. Batista
Letícia dos Santos Batista
Letícia Guimarães S. Rodrigues
Nubia Silva Maia
Tacyana S. Bernardes Damasceno

Docente
Thiago Gomes Gontijo

Lesões Cutâneas - Grupo 4


ÚLCERA DE MARTORELL

A Úlcera de Martorell (UM) é uma úlcera isquêmica dolorosa de membros inferiores,


mais comum em mulheres, com dor desproporcional a seu tamanho e associada à
hipertensão arterial sistêmica grave.

Foi descrita primeiramente em 1945 pelo Mais comum no sexo feminino


cardiologista espanhol Fernando Martorell
como “Úlceras supramaleolares por
arteriolite em grandes hipertensos”.

Difícil diagnóstico e tratamento

Fernando Martorell
(1906-1984)
SANAR MED - Rafael Nôvo Guerreiro, 202
Lesões Cutâneas - Grupo 4
EPIDEMIOL Incidência

De quatro a seis novos casos por 1.000


OGIA habitantes por ano.
Cerca de 15 a 18% de incidência, de 20 a
25 novos casos por 1.000 habitante por
Causa rara entre as úlceras de membros ano.
inferiores;
Afetam pacientes de 40 a 85 anos, com controle Prevalência
deficiente de sua hipertensão arterial.
Varia entre 0,5 e 1% de úlceras de
Representam 3 a 4% das úlceras de membros extremidade inferior;
inferiores.
Aumenta no sexo feminino, em maiores de
65 anos com Hipertensão arterial.

FONTE: SERVIÇO GALEGO DE SAÚD


Lesões Cutâneas - Grupo 4
FISIOPATOLO
GIA
Base Fisiopatológica
Causando um suprimento
Alterações histológicas sanguíneo ineficiente para as
provocadas pela hipertensão extremidades dos membros
arterial arrastada, associada ao inferiores, acarretando em
controle ineficiente dos níveis isquemia e necrose tecidual.
pressóricos

Fator Desencadeante
Ocorrência de algum dano na
pele, como arranhões e
pequenos cortes. Esses, muitas
das vezes, são inadvertidos e
não recordados pelo paciente.

FONTE: SANAR, 2O21.


Lesões Cutâneas - Grupo 4
Prolongando o tempo de
cicatrização da lesão e servindo
Em consequência do inadequado como porta de entrada para
suprimento de sangue oxigenado infecções secundárias.
nessas regiões, o organismo se
torna incapaz de estabelecer a boa
recuperação da pele.

Vascularização normal: Arteriopatia Subcutânea Isquêmica:

Infecção que se instala em um


paciente quando o mesmo está
debilitado e em tratamento por
uma infecção mais antiga
(primária).

FONTE: SANAR, 2O21.


Lesões Cutâneas - Grupo 4
CARACTERÍSTIC
AS
Área lívida e dolorida; Eritema cutâneo perilesional;

Aspecto arredondado, superficial;


Região maleolar;

Pequena com margem necrótica e Evolução progressiva de necrose


cianótica; cutânea.

FONTE: REVISTA NURSING, 2021


Lesões Cutâneas - Grupo 4
IMAGEM 2: Úlcera de Martorell em
região dorsolateral de membro inferior.
Lesão superficial com pontos de necrose
e tecido de granulação.

IMAGEM 1: Úlcera dolorosa em


membro inferior com 10cm de diâmetro,
com bordas eritematosas, presença de
esfacelo e pontos de granulação. Ferida
com aprox. 6 meses de evolução.

Lesões Cutâneas - Grupo 4


SINAIS E
SINTOMAS Caracteriza-se por lesões maleolar-lateral
(anterolateral ou supramaleolar), com aspecto
arredondado e superficial, com margens
necróticas ou cianóticas, associado a eritema
Pode iniciar com lesões papulares ou maculares. perilesional.
Além disso, alguns pacientes relatam traumas
cutâneos;

Podem ser observadas áreas de contração das


arteríolas, fazendo com que a pele fique com
aspecto de "Pele marmorizada" - Livedo Reticular;

Um dos principais sintomas relatados por 90% dos


pacientes com UHM, está a dor. A graduação da dor é
intensa e desproporcional ao tamanho da lesão.

Lesões Cutâneas - Grupo 4


DIAGNÓST
ICO

Clínico e de exclusão;

Realizado de acordo com as características da lesão;


Anatomopatológico serve como exclusão de diagnóstico de Vasculites Necrotizantes,
Arteriopatia Periférica e de Calcifilaxia.

Ultrassonografia Doppler pode ser utilizada para afastar demais patologias, como a
presença de comprometimento macrovascular (Insuficiência Arterial ou Venosa),
indicativo de úlceras decorrentes de outras etiologias;

FONTE: SANAR, 2O2


Lesões Cutâneas - Grupo 4
Critérios diagnósticos descritos por
Martorell em 1945 Hipertensão arterial;

Ausência de oclusão de grandes


artérias e pulsos palpáveis em
todas as artérias dos MMII;
Ausência de distúrbio
na circulação venosa;

Maior prevalência em
mulheres;
Úlcera superficial na face lateral
de MMII, na união do terço Simetria de lesões (úlceras em
ambos os lados ou úlcera de um
médio com o lado e cicatrizes hipercrômicas no
inferior; lado oposto); Ausência de
calcificação arterial.

FONTE: Úlcera hipertensiva de Martorell: relato de caso. Anais Brasileiros de Derm


2006.
Lesões Cutâneas - Grupo 4
DIAGNÓSTICOS
DIFERENCIAIS
Pioderma Gangrenoso

Alguns sinais clínicos os diferenciam, porém muitas vezes essa distinção é difícil e requer a realização
de biópsia;
Pacientes apresentam antecedentes de doença inflamatória intestinal, ulcerações menos dolorosas e mais
profundas, além de não apresentarem a localização e o formato típicos da Úlcera de Martorell;
O tratamento é drasticamente diferente;
O protocolo imunossupressor, pode colocar os pacientes que não se beneficiam dele em risco de sepse.

FONTE: SANAR, 2O2


Lesões Cutâneas - Grupo 4
TRATAMENTO
S Evitar desbridamento se a pressão não
estiver controlada pois pode ocasionar em
Controle da HAS; um sangramento de difícil controle.
Medicamentos;
Curativos;
Procedimentos cirúrgicos;
Controle da dor com a prescrição de medicações Esquema anti-hipertensivo
analgésicas para o conforto do paciente. É recomendado medicamentos que
diminuem a vasoconstrição, como
bloqueadores do canal de cálcio e
Alguns estudos recomendam: inibidores da ECA, enquanto os
beta-bloqueadores devem ser
Desbridamento e enxerto de pele para melhorar a cicatrização; evitados.
Oxigenoterapia hiperbárica;
Espuma de poliuretano com ibuprofeno;
Simpatectomia lombar pode ajudar no controle da dor.

FONTE: REVISTA NURSING, 2021.


Lesões Cutâneas - Grupo 4
ATUAÇÃO DO
ENFERMEIRO Consulta de
Enfermagem

Acolhimento do paciente;
Historia do paciente;
Historia do surgimento da ferida;
Causa da lesão;
Avaliação da Ferida Fatores de risco.

Localização;
Tamanho e profundidade;
Tipo de tecido presente no leito da lesão; Coberturas
Sinais que indicam presença de infecção;
Realiza a limpeza da ferida; Para os curativos recomendam-se
Escolha do tratamento a ser utilizado e o coberturas interativas capazes de favorecer
acompanhamento até a regressão; a regeneração do tecido lesado com
Orientação sobre os medicamentos prescritos; manutenção ideais de umidade,
temperatura e neoangiogênese.

FONTE: REVISTA NURSING, 2021.


Lesões Cutâneas - Grupo 4
REFERÊNCIAS
MED, Sanar. Rafael Nôvo Guerreiro 16 mai.
2021: Ulera Hipertensiva de Martorell: Colunistas. In: Úlcera Hipertensiva de Martorell | Colunistas. [S. l.], 16 maio 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/ulcera-hipertens
iva-de-martorell-colunistas. Acesso em: 1 jun. 2023.

FILHO, Helio Martins do Nascimento 2020 et al..DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ÚLCERA HIPERTENSIVA DE MARTORELL. [S. l.], 2 dez. 2020. Disponível em:
https://www.even3.com.br/anais/jornadasobratafeonline/276022-diagnostico-e-tratamento-de-ulcera-hipertensiva-de-martorell/. Acesso em: 1 jun. 2023.

Michele N. Brajão Rocha 29 mar. 2022: DIA Mundial do Coração: o manejo das úlceras hipertensivas de Martorell. [S. l.], 23 mar. 2022. Disponível em:
https://saudedebate.com.br/noticias/dia-mundial-do-coracao-o-manejo-das-ulceras-hipertensivas-de-martorell/?amp=1. Acesso em: 29 maio 2023.

Nascimento Filho, H. M. do ., Ferreira, F. A. ., Reis, E. S. da S. ., Borges, D. T. M. ., Cavichioli, F. C. T. ., & Costa, L. M. C. R. 2021 : DIAGNOSTICO e tratamento de ulcera hipertensiva de
Martorell : Artigo de revisão. [S. l.], 2022. Disponível em: https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2006/2451. Acesso em: 30 maio 2023.

Bruna Malburg Freir, Nurimar Conceição Fernandes, Juan Piñeiro-Maceira 13 jun. 2006: CLINICO, Caso. Úlcera hipertensiva de Martorell: relato de caso* Martorell’s hypertensive
ulcer: case report. [S. l.], 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/GPQgHbBzKBMQZt3wSngqhjs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 28 maio 2023.

MESQUITA DE ARRUDA1, ARNO VON BUETTNER RISTOW1, BENONI SILVESTRI RINALDI2, ANTONIO LUIZ DE MEDINA:
CONSENSOSOBREDIAGNÓSTICOETRATAMENTODASÚLCERASCRÔNICASDEPERNA---SOCIEDADEBRASILEIRADEDERMATOLOGIA. [S. l.], 20 maio 2020. Disponível em: htt
p://www.anaisdedermatologia.org.br/en-pdf-S266627522030312X. Acesso em: 29 maio 2023.

ÚLCERA HIPERTENSIVA: USO DA COBERTURA DE ESPUMA DE POLIURETANO COM IBUPROFENO. [S. l.], 2016. Disponível em:
http://revistapellesana.com.br/Revistas/V03_N01_2016/RPS03-1-2016_RE%20Ulcera%20hipertensiva.pdf. Acesso em: 31 maio 2023.

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Obrigada!
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