Modulo Nocoes de Economia

Módulo de Noções Economia
Formadora:
Cláudia Fernandes
(claudiafernandes@anpme.pt ou clf@iol.pt)
Curso de Formação de Empresários
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS PME´S

O que é a Economia?

Noção de Economia: Surge quando temos que fazer

escolhas pelo facto de não
podermos ter tudo o que
queremos….
Estudo da forma como as sociedades utilizam RECURSOS

ESCASSOS na produção de bens para satisfação das
necessidades múltiplas, e de como os distribuem pelos
vários indivíduos.

Questão da ESCASSEZ:
Ponto de partida da Ciência Económica
constatação de que os recursos disponíveis são

escassos – oferta é limitada
Então, Bens Económicos são Bens Escassos

Problema Económico:
Resulta do facto de as necessidades dos indivíduos

excederem amplamente os recursos disponíveis. O desafio
colocado ao Economista é assegurar que os recursos
(escassos) sejam utilizados da melhor forma possível:
Bens Escassos & Necessidades Múltiplas dos Indivíduos =>
EFICIÊNCIA
(TENTAR SATISFAZER O MAIOR CONJUNTO POSSÍVEL DE
NECESSIDADES)

EFICIÊNCIA
Boa utilização dos recursos sem

desperdícios (dinheiro, m.prima,
tempo, …).
Economia funciona de modo

eficiente quando o bem-estar de
um agente económico não pode
aumentar sem prejudicar o bem-
estar de outro agente.

AGENTES ECONÓMICOS:
A) Famílias/Consumidores: pessoas singulares.
• Função: detentores dos factores de produção que

oferecem às empresas em troca de determinado
rendimento; o rendimento é usado para comprar bens
finais (consumo) ou para poupança;
• Objectivo: maximizar a utilidade – ao decidirem as
famílias preocupam-se em maximizar o bem-estar;

B) Empresas/Produtores: pessoas colectivas que existem
para realizar produção de bens e serviços.
• Função: adquirem factores de produção - bens de capital e

bens de consumo intermédio – e organizam-os para
produzir bens e serviços;
• Objectivo: maximizar o valor da empresa, visando o
aumento do bem-estar dos seus proprietários;

C) Estado e Outras Entidades Públicas: entidades que agem

em nome colectivo quando a acção individual das famílias
e empresas não é suficiente para assegurar o bem-estar
social.
• Função: obter receitas (voluntárias ou coercivas) para

financiar as despesas indispensáveis à prossecução do seu
objectivo;
• Objectivo: maximizar o bem-estar social;

Produzem o resultado que melhor

contribui para alcançar o
objectivo.
Em suma, TODOS OS AGENTES ECONÓMICOS ACTUAM

RACIONALMENTE, OU SEJA, DE MODO A TOMAR AS DECISÕES
ÓPTIMAS,
ÓPTIMAS DADAS AS RESTRIÇÕES EXISTENTES.

CUSTO OPORTUNIDADE:
As decisões têm custos de oportunidade, porque escolher

num mundo de escassez, significa prescindir de outra coisa.
Assim, o CUSTO DE OPORTUNIDADE DE UMA DECISÃO É O

VALOR DO BEM E/OU SERVIÇO DE QUE SE PRESCINDE.
p.e., o custo de oportunidade de um MBA é a soma de: financiamento (c. directo)+tempo de

deslocacão+bem-estar de que se abdica, eventualmente, para fazer o curso+…

Relembrando que …
as necessidades dos indivíduos (PROCURA)

excedem amplamente os recursos disponíveis
(OFERTA), convém abordar, então, os seus
DETERMINANTES.

Determinantes da PROCURA:
Teoria do Consumidor: ramo da Economia que estuda as
escolhas dos agentes económicos que procuram bens finais:
Consumidores ou Famílias.
Diz que os consumidores escolhem a quantidade que

pretendem consumir de determinado bem, de modo a
maximizar a sua utilidade, tendo por base as suas
preferências, limites orçamentais e os preços desse bem e de
outros.

Exemplificando:
- se o preço do bem (ida ao cinema) aumentar, a sua
procura vai diminuir
- se o preço do bem substituto (aluguer dvd/video)

diminuir, a procura de “idas ao cinema” pode diminuir

Exemplificando:
- se o rendimento dos consumidores diminuir, a procura de

“idas ao cinema” pode diminuir
- expectativas quanto aos preços futuros (se espero o seu
aumento/diminuição, vou antecipar/adiar a compra)
-…

Curva da Procura:
Preço
(Relação Preço Bem,
Quant. Procurada Bem)
Quantidade

Nota: A variação da quantidade procurada face a variações no

preço do bem dependem da sensibilidade face ao factor
preço.
Caso dos bens de luxo (carros de luxo)

Caso dos bens 1ª necessidade (alimentação)
Caso dos bens investimento (ouro)
…

Determinantes da OFERTA:
A oferta de bens é assegurada pelos agentes económicos

designados como EMPRESAS ou PRODUTORES.
Os ramos da economia que estudam o que determina as

escolhas destes agentes económicos são:
Teoria da Produção e Teoria dos Custos

(como produzir?) (o quê e quanto produzir?)

Teoria da Produção: diz que as empresas escolhem a

combinação de factores de produção (recursos naturais,
trabalho, capital) mais eficiente (ou seja, que permita obter
determinado nível de produção ao menor custo possível),
tendo em conta a tecnologia existente e os preços dos
factores de produção.
Teoria dos Custos: respeita às decisões relativas a QUE BENS e

QUANTO PRODUZIR.

Factores de produção (inputs):
• Recursos Naturais:tudo o que existe na natureza em estado

bruto (minérios, ar puro, água potável, …)
• Trabalho: a aplicação do esforço humano na produção.
• Capital:recursos produzidos pelo homem (máquinas, estradas,
…)

O que determina, então, a oferta de um bem X:

Exemplificando:
- se o preço do bem (calças) aumentar, a sua produção vai
aumentar
- se o preço do bem substituto na produção (saias) aumentar, a
oferta do bem (calças) diminuir
- se o preço dos factores de produção (salários, mp, …)
aumentar, a oferta do bem (calças) diminuir
-…

Preço
Curva da Oferta:
(Relação Preço Bem,
Quant. Produzida Bem)
Quantidade

Equilíbrio do Mercado: existe quando a quantidade oferecida é igual

à quantidade procurada, a determinado preço.
Preço
Oferta
Pequil.
Procura
Quantidade
Qequil.

Estruturas de Mercado

O modelo da oferta e da procura antes apresentado

refere-se à procura por um bem e à oferta da INDÚSTRIA
PRODUTORA DESSE BEM.
Mas, esse modelo também pode ser aplicado à oferta de uma
empresa específica e à procura do produto dessa empresa.
empresa
Convém, então, analisar a forma como a empresa se relaciona

com as outras empresas da mesma indústria:

Conjunto das características de uma indústria que

afectam directamente as decisões de preço e
quantidade de produção das empresas.
Indústria = conjunto de empresas que produzem o

mesmo bem (exemplo: indústria do café,indústria do turismo; indústria
do calçado, …).

Estruturas de Mercado:
• MERCADOS DE CONCORRÊNCIA PERFEITA => ocorrência de 4

condições:
• Muitos compradores e vendedores (ninguém consegue influenciar
significativamente o preço de mercado);
• O produto é homogéneo (o produto da empresa é visto pelos consumidores
como igual ao produto das outras empresas dessa indústria);
• A entrada e saída da indústria é livre (não há restrições à criação de
empresas ou ao abandono);
•A informação é perfeita (todos os participantes no mercado dispõem de toda
a informação necessária e correcta à tomada de decisão);

• MERCADOS DE CONCORRÊNCIA PERFEITA
Perante estas características, qualquer variação no preço,

mesmo que muito pequena, leva a grandes variações nas
quantidades procuradas.
O lucro das empresas deve-se à sua EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO,
ou seja, capacidade de PRODUZIR COM O CUSTO MÉDIO MAIS
BAIXO POSSÍVEL.

• MERCADOS DE CONCORRÊNCIA IMPERFEITA => pelo menos 1

das condições da concorrência perfeita não ocorre nestes
mercados.
Assim, as empresas não têm que se sujeitar passivamente ao

preço e algumas podem ter alguma capacidade de escolher o
preço do seu produto: algum poder de mercado (por via das
características dos produtos, de economias de escala,…).

• MERCADOS DE CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
Tipos de concorrência imperfeita:
1. Monopólio: existe apenas uma empresa produtora de um

bem sem substitutos próximos (os consumidores não podem
optar por “bens” de outros produtores);

2. Oligopólio: existem poucas empresas produtoras de bens

idênticos ou substitutos próximos; o elemento central que
define a natureza do oligopólio é a relação estratégica entre
as empresas da indústria.

-> Oligopólio onde exista cooperação entre empresas

CARTEL: os membros do cartel combinam entre si a quantidade a
produzir por cada um, de modo a maximizar o lucro total das
empresas do cartel. Podemos dizer que, perante o mercado, o
cartel actua como um monopolista. (ver caso indústria
farmacêutica)

-> Oligopólio onde não exista cooperação entre empresas
Geram-se interacções estratégicas que podem levar a diferentes

equilíbrios, alguns deles “explosivos” (guerra de preços/preços
predatórios e falência das empresas, p.e. -> apostar noutro tipo
de características do produto: qualidade, marca, …).


3. Concorrência Monopolística: existem muitas empresas
produtoras de uma classe de bens, que embora diferenciados,
são substitutos muito próximos.


o
Características da Concorrência Monopolística: c ad
e r
m
de
er
• Muitos compradores e muitos vendedores, po
d
u m
al g
• Fácil entrada e saída da indústria, =>
• Produtos de cada empresa são diferenciados, embora

substitutos muito próximos.
Ex. leites, telemóveis, hotelaria Algarve, …

Questão:
Porquê Regulamentar o Mercado?
3 razões podem ser apontadas:
1. Regular o comportamento das empresas para evitar os abusos de poder

de mercado dos monopólios e dos oligopólios (falha de mercado: falta
de concorrência);
2. Externalidades: imposição de custos ou benefícios a terceiros que não

entram na transacção (não participantes). Podem ser negativas ou
positivas. Aqui o Estado tem de reflectir os custos ou benefícios nos
participantes.

Questão:
Porquê Regulamentar o Mercado?
3 razões podem ser apontadas:
3. Solucionar deficiências de informação que dificultam as tomadas de

decisão => efeitos negativos sobre a eficiente afectação de recursos.
O Estado intervém promovendo a transparência (x: rótulos nos alimentos,
fiscalização para evitar publicidade enganosa, informação nos
medicamentos,…)

PAPEL DO ESTADO NA ECONOMIA:
1.FOMENTAR A EFICIÊNCIA NO FUNCIONAMENTO DA

ECONOMIA, INTERVINDO QUANDO O MERCADO NÃO FUNCIONA
BEM (FALHAS DE MERCADO)
2. PROMOVER EQUIDADE SOCIAL ATRAVÉS DA REDISTRIBUIÇÃO

DA RIQUEZA
NOTA: MESMO PERANTE INEFICIÊNCIAS, O ESTADO SÓ DEVE INTERVIR SE DESSA

ACTUAÇÃO RESULTAR UMA SITUAÇÃO MELHOR (OU SEJA, GANHOS > PERDAS).

Macroeconomia

Conceitos Macroeconómicos Fundamentais
MACROECONOMIA é o ramo da Economia que estuda o

comportamento da economia Global/Nacional/Regional.
Preocupa-se com a prosperidade de um País/Região a Longo

Prazo -> estudar o nível global do PRODUTO, EMPREGO,
PREÇOS nesse espaço.

MICROECONOMIA: Estuda o comportamento dos agentes

económicos individuais e mercados onde se inserem.

A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE UMA ECONOMIA implica a

definição de objectivos e a utilização de instrumentos de
política macroeconómica. As variáveis determinantes são:
PI B
TAXA DE DESEMPREGO
TAXA DE INFLAÇÃO

Questão: Como medir a actividade económica de determinado

País/Região?
Produto Interno Bruto – PIB: valor dos bens e serviços

produzidos numa economia (território) em determinado
período de tempo.

Forma de cálculo do PIB:
Óptica da DESPESA
PIBpm = CONSUMO PRIVADO (C) + CONSUMO PÚBLICO

(G) + INVESTIMENTO DAS EMPRESAS (I) +
EXPORTAÇÕES (X) – IMPORTAÇÕES (M).

Forma de cálculo do PIB:
Óptica da DESPESA
C+G+I= PROCURA INTERNA
C= consumo privado (procura bens e serviços pelas famílias)
G = consumo público: remunerações func.públicos, juros dívida
pública, aquisição de bens e serviços para funcionamento dos
diferentes organismos, investimento público)
I = Investimento das Empresas

Produtividade:
“versão comum”:
Produtividade do Trabalho: quantidade de produto (VAB) por

unidade de trabalho.
Perspectiva do Crescimento Económico:

Produtividade Global dos Factores: quantidade de Produto por
unidade ponderada de todos os factores de produção. É A
CAPACIDADE DOS FACTORES DE PRODUÇÃO PARA CRIAR
PRODUTO.

Inflação:
Subida generalizada dos preços.
IPC – Índice de Preços no Consumidor: mede o custo de um

cabaz fixo de bens que representa as despesas de um
consumidor urbano típico.

Desemprego: Problema de existirem indivíduos que querem

trabalhar mas não encontram emprego.
Desemprego => não ter emprego E procurar emprego.
População Activa = Empregados + Desempregados

(disponibilidade para o trabalho)

Taxa de Actividade = Pop.Activa / Pop.total
Taxa de Desemprego = Activos Desempregados / Pop.Activa

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO: AUMENTO SUSTENTADO E

IRREVERSÍVEL DO RENDIMENTO REAL POR HABITANTE.
O PNB MEDE O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E A
RIQUEZA DE UM PAÍS. PERMITE FAZER COMPARAÇÕES À ESCALA
INTERNACIONAL.
CRESCIMENTO ECONÓMICO: CRESCIMENTO DO PIB REAL

(PERMITE AVALIAR A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA AO LONGO DO
TEMPO). PERSPECTIVA DE LONGO PRAZO.

Factores de “Promoção” do Crescimento Económico:
-Infra-estruturas públicas
-Investimento em capital humano
-Actividades geradoras de externalidades positivas
-Eficiência dos mercados
-Poupança apropriada
-…

“DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL é aquele

que atende às necessidades presentes sem
comprometer a possibilidade de as gerações
futuras satisfazerem as suas próprias
necessidades.”
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) da Organização das Nações
Unidas
retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL baseia-se

na HARMONIZAÇÃO de três dimensões:
PROSPERIDADE ECONÓMICA
JUSTIÇA SOCIAL
QUALIDADE AMBIENTAL

APLICAÇÃO DOS CONCEITOS MICRO E MACRO ECONÓMICOS:
Texto: “COMO ANALISAR A INDÚSTRIA ONDE OPERA A

EMPRESA?”

ANÁLISE EXTERNA (OU ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE)
Qualquer empresa que pretenda entrar num novo mercado, seja

ao nível de produtos seja ao nível geográfico, deve fazer uma
análise profunda do sector de actividade, ou
indústria, de forma a avaliar as suas condicionantes e
a sua atractividade.

MEIO ENVOLVENTE às organizações:
• Contextual (macro):
(macro) Conjunto das características sociais,
culturais, éticas e económicas que definem o sistema social em
que a empresa se insere e que condicionam a sua actividade,
actual e futura.
Estas características afectam diversos sectores de actividade e

não apenas o da empresa em específico.

MEIO ENVOLVENTE às organizações:
• Transaccional (micro):
(micro) Conjunto de entidades, indivíduos ou
organizações que contactam directamente com a empresa,
geralmente através de uma relação que implica um determinado
tipo de permuta - transacção (clientes, fornecedores, credores,
trabalhadores actuais e potenciais, …).
Esta envolvente “micro” afecta particularmente a indústria

em que a empresa opera.

Meio Envolvente
Contextual
Contexto
Contexto Tecnológico
Meio Envolvente
Económico
Transaccional
Clientes
EMPRESA Comunidade
Concorrentes
Fornecedores
Contexto
Contexto Sócio Político - Legal
- Cultural

Variáveis Meio Envolvente Contextual

Contexto Económico Contexto Sócio – Cultural
• Produto Interno Bruto (PIB); • Estilos de vida;

• Taxa de inflação; • Valores sociais;
• Taxa de juros; • Taxa de natalidade;
• Taxa de câmbio; • Estrutura etária;
• Taxa de desemprego; • Taxa de analfabetismo;
• Balança comercial; • Distribuição geográfica;
• Custos energéticos; • Nível educacional;
• Taxa de poupança. • Composição étnica.

Variáveis Meio Envolvente Contextual

Contexto Político – Legal Contexto Tecnológico
• Estabilidade politica; • Inovação;
• Politica económica e fiscal; • I&D;
• Enquadramento legal; • Protecção de patentes;
• Legislação laboral; • Normas de qualidade,
• Restrições comerciais; ambiente, higiene e
• Leis anti-monopólio; segurança no trabalho.
• Lobbying. • Incentivos/Investimentos
estatais e comunitários.

Variáveis Meio Envolvente Transaccional

Fornecedores: agentes
económicos que vendem produtos
ou prestam serviços à indústria. Intermediários: canais de
distribuição dos produtos
• nº de fornecedores
• estabilidade financeira dos • venda directa ao consumidor
fornecedores final?
• colocação através de
grandes cadeias de
distribuição?
•…


Clientes
Concorrentes
• dimensão do mercado
• sazonalidade • mercado dos produtos
• gostos e preferências idênticos/mercado produtos
• quem compra? O que substitutos
compra? Quando compra? • capacidade dos concorrentes
Onde compra? … •…

Comunidade: enquadramento na comunidade em que a

empresa opera
• grupos de pressão
• questões ambientais
• questões morais
• poder político

MAS, nem todas as “indústrias” são igualmente atractivas,

logo é importante analisar porquê dessa maior ou
menor atractividade.
 Análise atendendo às particularidades de cada segmento

para conhecer ATRACTIVIDADE DO SECTOR
MODELO DAS 5 FORÇAS (Michael Porter).

Modelo das 5 Forças
(Freire, Adriano, “Internacionalização – Desafios Para Portugal”, Vol. I, 1998)

Potencial de Novas Entradas

Avaliar a facilidade ou dificuldade de novas empresas entrarem no
mercado (existência ou não de barreiras à entrada):
•Economias de escala
•Diferenciação do produto
•Requisitos de capital
•Custos de mudança
•Acesso a canais de distribuição
•Economias de aprendizagem
•Política e legislação Modelo 5 Forças

MAIOR Potencial de Novas Entradas
=> MENOR RENDIBILIDADE ESTRUTURAL DO

NEGÓCIO
=> MENOR ATRACTIVIDADE
Modelo 5 Forças

Pressão dos Produtos Substitutos
Embora não sejam bens/serviços semelhantes, os “substitutos”

satisfazem as mesmas necessidades.
necessidades
Assim, se a pressão e a diversidade for elevada, a atractividade

do sector pode ser afectada => MENOR RENDIBILIDADE
ESTRUTURAL DO NEGÓCIO
Modelo 5 Forças

Pressão dos Produtos Substitutos
MAIOR pressão dos produtos substitutos =>

Limites política de preços, pois os clientes estão mais dispostos a
comprar os “substitutos” se a diferença de preço for maior.
Modelo 5 Forças

Poder Negocial dos Fornecedores

Quanto maior for o poder dos fornecedores de determinada
indústria, menos margem de manobra têm as empresas do sector.
• Nº de empresas fornecedoras :1 só fornecedor – monopólio -

=> poder quase total sobre os clientes
• Importância do fornecedores para o cliente: dificuldades de

mudança (ou custos elevados de mudança) de fornecedor
para o cliente => maior poder do fornecedor
Modelo 5 Forças

Poder Negocial dos Fornecedores

A pressão dos fornecedores pode ver-se através de:
• Preços de venda
• Prazos de entrega
• Qualidade dos produtos
• Condições de cobrança
Modelo 5 Forças

Poder Negocial dos Clientes

Quanto maior for o poder dos clientes de determinada indústria,
menos margem de manobra têm as empresas do sector.
O poder dos clientes pode exercido através de:
• Preço de compra
• Condições de pagamento
• Qualidade exigida do produto
• Serviços associados
Modelo 5 Forças

Rivalidade entre Concorrentes

Quanto maior for a rivalidade entre os concorrentes menor é a
rendibilidade estrutural do negócio.
• Mercados de competição feroz: guerras de preços frequentes,
campanhas publicitárias de forte impacto e caras
• Existência de barreiras à saída (por questões legais, económicas,

emocionais, …, pode ser difícil sair do negócio) => maior rivalidade entre
concorrentes (luta pela sobrevivência) => menor atractividade do
negócio
Modelo 5 Forças

Caso prático
Modelo 5 Forças

(Freire, Adriano, “Internacionalização – Desafios Para Portugal”, Vol. I, 1998)



FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Após análise do meio envolvente e atractividade da

indústria é necessário identificar:
VARIÁVEIS sobre as quais a empresa pode actuar, que proporcionam

mais valor ao cliente e que diferenciam a empresa da concorrência.
Devem ser:
RELEVANTES
CONTROLÁVEIS PELA EMPRESA
APLICABILIDADE GERAL

Factores Críticos de Sucesso =
Factores-Chave de Compra
(valor para os clientes)
Factores de Competição
(variáveis de competição/diferenciação)


Apesar de as tendências do meio envolvente serem idênticas

para todas as empresas a operar numa indústria, algumas
conseguem obter sistematicamente melhores desempenhos
que outras. Porquê?
Análise Interna da Empresa …

Análise da Empresa
Diagnóstico completo da realidade histórica da empresa

e do seu momento actual.

Análise da Empresa
1. Análise dos Recursos da Empresa
. recursos humanos (nº pessoas, qualificações e competências do

pessoal e da gerência, grau de motivação e empenho, …)
. recursos financeiros (situação económico-financeira =>

capacidade da empresa se auto-financiar e angariar capitais
alheios,…)
. recursos organizacionais (sistema de gestão e o saber-fazer

acumulado, processos funcionais, controlo de gestão,…)

Análise da Empresa
O valor de uma empresa resulta da

sua capacidade de gestão e de
integração dos diferentes
recursos.

Análise da Empresa
Integração dos recursos na empresa:
recursos humanos
recursos financeiros recursos

organizacionais
A qualidade e quantidade dos recursos da empresa é

determinante para o seu desempenho competitivo.

2.Competências Centrais (core competences)
São as que a empresa sabe fazer melhor e que representam

um maior valor percebido pelo cliente. São os pontos fortes
mais diferenciadores da empresa.
As competências centrais devem criar valor, ser difíceis de

imitar e permitir a entrada em novos mercados.

Análise da Empresa
2.Competências Centrais (core competences)
=> Adequação Estratégica => Competências Centrais versus

Factores Críticos de Sucesso
Alinhamento da empresa com o mercado e concorrência.
(Caso Lisboa)

Análise da Empresa
3.Análise SWOT
Baseia-se em contrapor os pontos fortes e fracos da

empresa (Strengths & Weaknesses) face às oportunidades
e ameaças do meio envolvente (Opportunities & Threats)


Sites de interesse:
www.negocios.pt
www.gee.min-economia.pt
www.min-economia.pt
www.iapmei.pt
www.ine.pt
www.portaldocidadao.pt
www.bportugal.pt
www.europa.eu.int
www.pmelink.pt

Bibliografia:
Freire, Adriano, “Estratégia – Sucesso em Portugal”, Verbo
Freire, Adriano, “Internacionalização – Desafios para Portugal”, Verbo
Samuelson, Paul et al., “Economia”, Mc GrawHill
Landes, David S., “A Riqueza e a Pobreza das Nações”, Gradiva

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• Função: detentores dos factores de produção que

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• Função: adquirem factores de produção - bens de capital e

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C) Estado e Outras Entidades Públicas: entidades que agem

• Função: obter receitas (voluntárias ou coercivas) para

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Em suma, TODOS OS AGENTES ECONÓMICOS ACTUAM

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Assim, o CUSTO DE OPORTUNIDADE DE UMA DECISÃO É O

p.e., o custo de oportunidade de um MBA é a soma de: financiamento (c. directo)+tempo de

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as necessidades dos indivíduos (PROCURA)

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Diz que os consumidores escolhem a quantidade que

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- se o preço do bem substituto (aluguer dvd/video)

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- se o rendimento dos consumidores diminuir, a procura de

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Nota: A variação da quantidade procurada face a variações no

Caso dos bens de luxo (carros de luxo)

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A oferta de bens é assegurada pelos agentes económicos

Os ramos da economia que estudam o que determina as

Teoria da Produção e Teoria dos Custos

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Teoria da Produção: diz que as empresas escolhem a

Teoria dos Custos: respeita às decisões relativas a QUE BENS e