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URETROSTOMIA

A lexan d re F ra n c isc h eto N a sc im e nto


M ate u s Gregó rio P iro la
Le id ma ra C orreia D o s A n io s
R afa el B ati sta D e S o u za
We rik Pia n n a D o s S a nto s
Conceito
Abertura cirúrgica de uma fístula permanente em um segmento uretral
Técnica empregada em cães e gatos como uma das opções terapêuticas para
desordens do sistema urinário
Característica anatômica canina
• Fêmea:
◦ O orifício uretral eleva-se sobre um tubérculo que se estende sobre o
assoalho vestibular, ladeado por depressões bem delimitadas.
• Macho:
◦ A parte inicial da uretra é circunscrita pela próstata seguida por uma parte
remanescente da uretra pélvica provida de uma fina camada de tecido
esponjoso estriado. Seu lúmen se alarga caudalmente à próstata, mas se
estreita novamente ao sair da pelve, na altura do arco isquiático.
Característica anatômica felina
• Fêmea:
◦ A uretra origina-se na parte cranial da pelve e segue a sínfise, para abrir-se no
assoalho do vestíbulo, imediatamente caudal à junção vestibulovaginal. A
uretra das fêmeas é larga e uniforme e sua entrada no vestíbulo é mais
discreta.
• Macho:
◦ A uretra corre de forma longa e estreita, onde seu diâmetro interno torna-se
progressivamente menor desde sua origem na bexiga até o orifício externo.
Técnicas cirúrgicas de uretrostomia
• Dependendo do segmento uretral aberto, este poderá ser classificado em:
◦ Pré-escrotal
◦ Escrotal
◦ Perineal
◦ Pré-púbica
• Em todas as técnicas acima citadas, deve ser empregado o uso de fios
absorvíveis.
Uretrostomia pré-escrotal e escrotal
• As técnicas são similares em relação à localização e suas possíveis
complicações.
• A uretrostomia escrotal é a de eleição para a espécie canina porque a uretra é
mais extensa, superficial e, nesse segmento, envolvida por menos tecido
cavernoso.
• Deve-se realizar a orquiectomia do animal, se o mesmo não for castrado.
Uretrostomia perineal
• Trata-se da técnica mais indicada para a espécie felina
• Como o segmento uretral peniano é a região de menor diâmetro nesta espécie
e, consequentemente, local de maior índice obstrutivo, devesse realizar
penectomia e fistulizar a próxima porção de maior diâmetro, no caso, porção
perineal.
Uretrostomia pré-púbica
• Procedimento cirúrgico realizado quando o dano à uretra membranosa e
peniana é irreparável ou quando a remoção desses tecidos é necessária.
• O animal poderá se tornar incontinente em casos de lesões nervosas.
• A uretrostomia em cadelas e gatas fica limitada à localização pré-púbica
Pós-operatório
• Administração correta de analgésicos e antibióticos, assim como troca de
curativo
• Evitar sonda de permanência
◦ Sonda de no máximo 4 dias
◦ Jamais usar sonda rígida
Pós-operatório
•Devem ser instruídos ao tutor os cuidados de limpeza e o mínimo contato
possível
◦ Recomenda-se a limpeza com solução fisiológica com seringa de 5 ou 10 ml
• Uso de cone cirúrgico
• Retirada dos pontos com 14 dias
Referências
DA SILVA, Guilherme Lopes. COMPLICAÇÕES A CURTO PRAZO NO PÓS-OPERATÓRIO DE
DIFERENTES TÉCNICAS DE URETROSTOMIA EM CÃES E GATOS: REVISÃO SISTEMÁTICA. 2017. 27
p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araçatuba/SP, 2017. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/88b2ef47-1882-4b59-b8f1-
ddcb10ff40c5/content. Acesso em: 15 out. 2023.

MONTANHIM, G. L.; MARANGONI, J. M.; PIGOSSI, F. O.; DEL BARRIO, M. A. M.; FERREIRA, M. A.;
CARVALHO, M. B.; MORAES, P. C. Protocolo emergencial para manejo clínico de obstrução
uretral em felinos / Emergency protocol for clinical management of urethral obstruction in
felines. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP /
Journal of Continuing Education in Animal Science of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de
Medicina Veterinária, v. 17, n. 3, p. 22-28, 2019

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