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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS

E INTRODUÇÃO AO ESTUDO
DO DIREITO
PROFª. ESP. SUELMA DIAS SILVEIRA
Plano de ensino:
Oficial 01 – 10 a 14 de ABRIL
Oficial 02 – 01 a 07 de JUNHO
O que é direito?
Conjunto de normas/leis estabelecidas por um poder
soberano, que disciplinam a vida social de um povo
(Dicionário Aurélio)

O Direito é processo de adaptação social, que consiste


em se estabelecerem regras de conduta, cuja incidência
é independente da adesão daqueles a que a incidência
da regra jurídica possa interessar (Pontes de Miranda)
O Direito está em função da vida social. A sua
finalidade é a de favorecer o amplo
relacionamento entre as pessoas e os grupos
sociais, que é uma das bases do progresso da
sociedade (Paulo Nader)
Mas o direito vem antes disso.
Voltando no tempo!!
DIREITO HABRAICO
Segundo PALMA (2019, p. 109), “o Direito
hebraico (Mischpat Ibri) é o conjunto de regras e
preceitos religiosos que se alicerça no dogma
monoteísta arvorado pelos antigos israelitas, povo
de origem semita que outrora habitou a terra
bíblica de Canaã.”
Mas o direito vem antes disso.
Voltando no tempo!!
DIREITO HABRAICO
Os estudos empreendidos por Karl Loewenstein
identificaram as primeiras demonstrações do
constitucionalismo, na Idade Antiga, no povo hebreu,
especialmente por meio da conduta dos profetas, nos
quais eram encarregados por verificar se os atos do
poder público eram compatíveis com o texto sagrado.
(LOEWENSTEIN apud MARTINS, 2020, p. 39)
Lei no direito hebraico
Os 10 mandamentos.
Normas de cunho jurídico (não matarás, não
roubarás, não darás falso testemunhos);
Normas de cunho moral (não terás outros deuses
diante de mim, não pronunciarás em falso o nome
de lahweh teu Deus);
E cunho jurídico que se tornou moral (não
adulterarás)
na cultura judaica, somente Deus, em sua
grandeza infinita, representa a plenitude da ideia
de “justiça” (tsedaká), o que significa dizer que
somente Ele é, na perfeita acepção do termo,
justo. Destarte, a própria noção de “justiça
absoluta” está muito além da capacidade de
compreensão humana (PALMA, 2019)
De qualquer modo, a noção hebraica de
justiça esteve sempre associada à caridade
e amor ao próximo (hessed). Nesse ínterim,
“ser justo” é dar o melhor de si para o
progresso da humanidade (PALMA, 2019)
OS TRIBUNAIS:
a) o Tribunal dos Três, no qual julgava alguns
delitos e algumas causas de interesse
pecuniário;
b) Tribunal dos Vinte e Três: recebia as
apelações e os processos criminais referente com
a sanção por morte;
c) Tribunal dos Setenta (Sinédrio): era a
magistratura suprema dos hebreus, sendo
composto por setenta juízes.
DIREITO HINDU
Por volta de 1500 a.C., um povo de origem
ariana, vindo por meio do hoje Estado do
Irã, na época chamado de Pérsia, chegou a
Índia e deparou-se com uma sociedade de
diversas origens, em diferentes níveis de
evolução. Passou, portanto a comandá-los
por meio do Direito e pela religião.
(MACIEL, 2019, p. 83)
DIREITO HINDU
O Direito, assim como ocorreu com outras
culturas, assume características sagradas,
visto que os indianos, utilizou-se de lendas,
da tradição e cosmogonia para elucidar as
fontes de suas leis (PALMA, 2019)
DIREITO HINDU
Com a extensão do princípio da
territorialidade do direito, clama-se cada
vez mais por um direito nacional, cuja
aplicação esteja desassociada da filiação
religiosa. Chamado de direito indiano, em
oposição ao direito hindu, passa a ter
característica cada vez mais laica, ou seja,
autônomo em relação à religião.
DIREITO CHINÊS
Segundo Lao-Tsé, a necessidade de uma
“ordem jurídica” é o reflexo imediato da
perda da inocência humana, que exigiu que
fossem fixados novos fundamentos para o
funcionamento da sociedade (PALMA,
2019, p. 142).
DIREITO CHINÊS
Ademais, para Lao-Tsé há diferença entre
o “Direito (Lei)” e a “Justiça”. Naquele
caso, em cerne, as leis derivam da vontade
humana, exprimindo a obrigatoriedade da
força, por parte do Estado e de seus
governantes (PALMA, 2019, p. 142).
DIREITO CHINÊS
A justiça resigna-se à singeleza própria a sua
natureza imutável, uma virtude ligada à
generosidade no agir e no falar, na modéstia e
simplicidade no parecer, no desapego àquilo que é
perecível, na condenação às ambições causadoras
de diversos males que atormentam a sociedade,
no rechaço à busca desenfreada e egoística pelo
acúmulo de bens materiais, e, também, de tudo o
que pode ser considerado supérfluo
DIREITO CHINÊS
Os chineses, começaram a perfilhar a
“concepção do direito sem caráter divino”.
E mais, com relação ao Direito Penal, este
trazia penas cruéis, tais como a empalação,
as marcas a ferro em brasa, os açoites e até
mesmo a castração. (PALMA, 2019, p. 146)
DIREITO JAPONÊS
A doutrina assenta que existia três épocas
da história do Direito nipônico,
denominado de “direito nativo”. As origens
são dois antigos livros sobre a história do
Japão: o Koiji (680 a.C.) e o Nihonshoki
(720 a.C.). Ambos os livros têm influência
chinesa. (PALMA, 2019, p. 148)
DIREITO JAPONÊS
A doutrina assenta que existia três épocas
da história do Direito nipônico,
denominado de “direito nativo”. As origens
são dois antigos livros sobre a história do
Japão: o Koiji (680 a.C.) e o Nihonshoki
(720 a.C.). Ambos os livros têm influência
chinesa. (PALMA, 2019, p. 148)
DIREITO JAPONÊS
A doutrina reza, entre 701 e 702, criou-se uma
legislação, denominada de o Taiho. Esta, tem
fundamento no ordenamento jurídico proferido
pela dinastia chinesa Tang e estava partindo em
duas seções: o Ryo (11 artigos) e o Ritsu (6
artigos). O Ryo continha mormente regras
jurídicas civis e administrativas, enquanto o
Ritsu trazia em seu cômputo toda a matéria
criminal. (PALMA, 2019, p. 149)
DIREITO JAPONÊS
No âmbito do Direito, tendo em vista esse
movimento realizado pelo imperador
Mutsuhito foi necessária uma melhor
organização jurídica de seu país. Neste ponto,
o ordenamento jurídico nipônico teve
influência direta do sistema civil law – Sistema
Romano-Germânico de Direito – de sorte que
houve uma massiva codificação de suas
normas

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