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MULTIDISCIPLINARES NA
SAÚDE
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UFCD 6561 –
Formadora: Fanny Fernandes
“ Não podemos viver isolados,
porque as nossas vidas estão
ligadas por mil laços invisíveis.”
Herman Melville
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O QUE É UM GRUPO?
Seráo conjunto de pessoas que,
ocasionalmente, se juntou ao redor de um
acidente de viação?
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GRUPO
propuseram.
Possuir um objectivo comum, representa algo
de essencial para que um grupo exista, no
entanto não é suficiente para o caracterizar.
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A que Grupo pertencemos ?
Desportivos
Sociais
Família
Trabalho
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…
Um grupo não é um aglomerado de pessoas (caso
dos passageiros de um avião, dos espectadores de
um jogo de futebol, dos espectadores numa sala de
cinema ou das pessoas que esperam pela abertura
de um banco)
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O QUE É UM AGLOMERADO DE
PESSOAS ?
Um aglomerado de pessoas é um conjunto de
pessoas, que embora possam interagir por alguns
momentos, têm como característica essencial a
proximidade física ou estarem espacialmente
juntas.
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É de salientar que a interacção esporádica e
ocasional não faz nenhum conjunto de pessoas um
grupo.
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EM QUE ASPECTOS SE DIFERENCIAM
OS GRUPOS?
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Duração: as famílias são grupos que sobrevivem a
muitas gerações, adquirindo novos membros
através do casamento e perdendo outros devido a
falecimentos e a divórcios.
Os membros de uma associação de estudantes
formam um grupo que, habitualmente, se desfaz
um ou poucos anos depois de constituído.
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Valores e objectivos: Existência de objetivos e
valores comuns diferem de organização para
organização a Associação ajuda de Berço difere
nitidamente dos membros de um clube recreativo
basquetebol.
O GRUPO DE PESSOAS
TEM :
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O GRUPO EXISTE PARA:
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A COESÃO OU UNIÃO
AS PESSOAS NO GRUPO :
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A COESÃO PODE SER MEDIDA:
Avaliando até que ponto cada um dos membros do
grupo se identifica com os restantes;
Avaliando o grau de envolvimento de cada um com
as actividades do grupo
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O QUE FACILITA A COESÃO:
A proximidade física;
Trabalho igual ou semelhante;
Características comuns – raça, idade, valores;
A comunicação.
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COMPORTAMENTOS DE UM BOM
PARTICIPANTE NO GRUPO:
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Servir o grupo sem perder a individualidade: O
bom participante, o que é útil ao grupo, sabe
escutar, sabe fazer-se ouvir, está disponível para
os outros, tenta compreender os seus pontos de
vista, não julga as pessoas, consegue colocar-se
no lugar do outro e possibilita a comunicação no
grupo. 23
BARREIRAS AO BOM FUNCIONAMENTO
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A diferença não deve ser sinónimo de barreira!;
A diferença é uma riqueza para o grupo, por isso
é importante que se conheça o outro, que se o
respeite e valorize.
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Juízos de valor
grupo.
Comportamento obsessivo – o indivíduo
preocupa-se com pequenos detalhes que não
contribuem para o bom funcionamento do
grupo (posição na mesa, atraso de 2 minutos).
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OS TIPOS DE PESSOAS QUE
PODEMOS ENCONTRAR
HABITUALMENTE NUM GRUPO SÃO:
“O Sabe-tudo"
O que faz ?
Impõe as suas ideias aos outros.
Não ouve as opiniões dos colegas
Defende-se com grande convicção
Interrompe incessantemente os outros
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O que fazer ?
Desarmá-lo, fazendo-lhe perguntas.
Concordar com a sua opinião mas ouvir o resto
do grupo.
o “O Bocas"
O que faz ?
Destabiliza e esta sempre pronto a “disparar”.
Diz comentários desagradáveis ao grupo.
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O que faz ?
Fala muito e sem interrupção.
Interrompe muitas vezes os outros.
Cansa o grupo e brinca muito.
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Precisa constantemente de atenção.
O que fazer ?
Cortar o seu monólogo.
Alertá-lo que os outros elementos também
querem participar.
“0 Tímido”
O que faz?
Participa pouco porque tem medo de errar.
Tem dificuldade em expressar as suas ideias.
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"O Zé Marreta”
O que faz?
É agressivo e de ideias fixas.
Não gosta de trabalhar em grupo.
É critico e actua muito na defensiva. 39
O que Fazer ?
Aproveitar algumas boas ideias dele de forma a
tentá-lo inserir no seio do grupo.
Não deixá-lo criar conflitos.
"O Animador"
O que faz ?
É bastante participativo e extrovertido
É alegre e amigo do grupo
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“0 Trabalhador"
O que faz ?
Participa activamente no trabalho de grupo.
É seguro de si e tem boas ideias.
O que Fazer ?
Assegurar e reforçar a sua contribuição. 41
"O Preguiçoso”
O que faz ?
Não actua no grupo e esta regularmente
distraído
É pouco participativo e dinâmico
Gosta de se aproveitar do trabalho dos outros
O que Fazer ?
Intervir de forma a ele assumir algumas
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responsabilidades no grupo.
“O Excluído”
O que faz ?
Coloca-se ou é colocado fora do grupo.
Sente-se ou é excluído.
O que fazer ?
Descobrir as causas da exclusão.
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TIPOLOGIAS DE GRUPOS
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TIPOS DE GRUPOS :
Grupos Primários
Grupos Secundários
Grupos Formais
Grupos Informais
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GRUPOS PRIMÁRIOS
São unidades sociais cujos membros comunicam
directamente, sendo a relação entre eles presencial;
baseada mais em veículos afectivos do que funcionais;
caracterizada por intimidade e convivencialidade
os grupos primários são normalmente pequenos e o
contacto entre os seus membros é frequente.
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Exemplo: Uma turma, uma família, um grupo de
amigos.
Grupos Secundários :
são unidades sociais cujos membros comunicam
mais indirecta do que directamente entre si
(podendo alguns nunca virem a conhecer-se);
sendo escassa a vinculação afectiva
limitando-se a um campo de interesses
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normalmente de natureza laboral e funcional.
Os grupos secundários, de maiores dimensões
do que os grupos primários,
são tendencialmente mais hierarquizados do
que os grupos primários.
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A COMUNICAÇÃO NO GRUPO
O funcionamento do grupo depende da
comunicação que nele se faz;
Comunicando, cada elemento transmite as suas
ideias e sentimentos (cada um fá-lo de maneira
particular);
Ambos, emissor e receptor, se devem esforçar
para que a mensagem seja compreendida; 52
O emissor deve colocar-se no lugar do receptor
e falar a linguagem que ele compreende;
O participante que não é ouvido, ou que não
compreende as mensagens do grupo, sente-se
rejeitado, podendo isolar-se ou reagir
violentamente;
Um grupo em que a comunicação seja
deficiente não é PRODUTIVO;
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Quando existe verdadeira COMUNICAÇÃO o
grupo torna-se coeso, progride para atingir os
seus objectivos e os elementos enriquecem as
suas capacidades e personalidade.
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CARACTERÍSTICAS DO GRUPO
PRODUTIVO E MADURO
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Resolver os problemas que surgem e fazer as
mudanças necessárias;
Solidariedade e coesão, sem anular a
individualidade;
Equilíbrio entre a cooperação e competição;
Equilíbrio entre o racional e emotivo.
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DEPOIS DISTO SÓ ESPERO
PODER
CHAMAR-VOS DE
GRUPO
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TRABALHO EM EQUIPA
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TRABALHO EM EQUIPA
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TRABALHO EM EQUIPA
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TRABALHO EM EQUIPAEM SAÚDE
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BENEFÍCIOS E CONSTRANGIMENTOS DO TRABALHO EM EQUIPA
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BENEFÍCIOS E CONSTRANGIMENTOS DO TRABALHO EM EQUIPA
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IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES HUMANAS NUMA ORGANIZAÇÃO
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Liderança é a capacidade de fazer com que alguém
ou um grupo faça uma actividade, de livre vontade,
que não faria se não fosse a interferência de um
líder.
Um líder só funciona quando os restantes
elementos do grupo o aceitam e sentem como tal.
Após este reconhecimento ele poderá ser seguido
pelo grupo. E só nestes casos, em que o líder é
aceite e seguido, é que se pode falar de um
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verdadeiro líder.
O líder de um grupo pode ser imposto, quando
é nomeado para essa função por uma hierarquia
superior ao grupo (professor, chefe, formador),
ou pode ser natural, quando surge
espontaneamente no seio do grupo (amigos,
grupos informais).
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O bom líder deve possuir algumas
características que o distingam dos restantes
elementos, para que este possa servir de
exemplo, interno e externo, ao grupo.
Os líderes são peças fundamentais no
desenvolvimento, caminho escolhido e
identidade de cada grupo.
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UM BOM LÍDER DEVE SER:
Honesto
Inteligente
Comunicativo
Eficiente
Organizado
Carismático
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Etc.
O LÍDER DEVE CONSIDERAR E
PRESERVAR:
As opiniões dos outros
A sua postura e atitudes
A situação interna e externa do grupo
A imagem do grupo
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DO MESMO MODO DEVE EVITAR
SER:
Parcial e injusto
Intolerante e agressivo
Ausente e desleixado
Egocêntrico e narcisista
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CARACTERÍSTICAS DO LÍDER
Traços pessoais versus situação
Durante bastante tempo, os estudos sobre
liderança aceitavam o facto de que os líderes
tinham certas características, tais como a
amabilidade, a força física, a inteligência, etc. que
se consideravam fundamentais para o exercício da
liderança.
Deste modo considerava-se que as qualidades
inerentes aos líderes eram pessoais, o que supunha
que, desde muito cedo seria possível determinar
os potenciais líderes.
CARACTERÍSTICAS DO LÍDER
Traços pessoais versus situação
A teoria dos traços de personalidade, considerava que o líder
possuía traços e características que o identificavam e que o
tornavam o “grande homem”, tal como acentuou, em 1910,
Carlyle.
Sendo assim, parecia estar em causa o papel do treino e da
formação na aprendizagem da liderança.
Obter um Evitar um
resultado resultado
desejável indesejável
Autoritária
Democrática
Liberal
EXISTEM 3 TIPOS DE LÍDERES :
Nota Importante :os 3 tipos de líderes tem
vantagens e desvantagens. Mas como o grupo é
uma entidade em permanente evolução, poderá
passar por vários tipos de lider.
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A TEORIA DOS TRÊS ESTILOS DE
LIDERANÇA
O estudo foi feito com crianças de 10 anos que foram
distribuídas em 4 grupos e que, de 6 em 6 semanas, eram
submetidas a um estilo - um destes três estilos tem
características próprias e provoca reações diferentes no
seio de um grupo.
CONSEQUÊNCIAS NO GRUPO:
A produtividade do grupo não é satisfatória apesar dos
membros terem uma actividade intensa;
As tarefas desenvolvem-se ao acaso com oscilações e ocorrem
muitas discussões pessoais que resultam numa perda de tempo.
Abordam mais os problemas pessoais do que os assuntos
relativos ao trabalho;
Verifica-se um certo individualismo e pouco respeito pelo líder.
ÊNFASE
Estilo autocrático – líder – subordinado
– ênfase no líder
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EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES
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EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES
Nas equipas multidisciplinares existe uma inter-relação
entre os diferentes profissionais envolvidos, os quais devem
considerar o doente como um todo, numa atitude
humanizada e uma abordagem mais ampla e resolutiva do
cuidado.
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Impõe-se, assim, a crescente formação de equipas
multidisciplinares que sistematizem os conhecimentos
das diferentes áreas para melhorar a efetividade das
intervenções e aprimorar os serviços a serem prestados.
Nas equipas multidisciplinares existe uma inter-relação
entre os diferentes profissionais envolvidos, os quais
devem considerar o doente como um todo, numa atitude
humanizada e uma abordagem mais ampla e resolutiva
do cuidado.
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IMPORTÂNCIA DAS EQUIPAS
MULTIDISCIPLINARES
No exercício do trabalho, os profissionais destas equipas
têm como ponto fulcral de intervenção - o ser humano,
cujo processo de vida envolve diversas dimensões
complementares (biológica, psicológica, social, cultural,
ética e política) (Matos, Pires e Campos, 2009). A
abordagem integral dos doentes/família é, desta forma,
facilitada pelos olhares dos distintos profissionais que
compõem as equipas multiprofissionais que atuam na
dinâmica do trabalho em saúde (Paula, 2009)
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Neste contexto, o doente, alvo e centro da atenção dos
profissionais, passou igualmente a necessitar da
intervenção destas equipas, em permanente interação
entre diferentes áreas do saber como: a Neurologia,
Cirurgia Vascular, Cirurgia Cardíaca, Medicina Interna,
Nefrologia, Oncologia, Medicina Geral e Familiar, entre
outras.
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A compreensão e a definição clara dos papéis profissionais
associados à determinada tarefa são indispensáveis nas
instituições de saúde. Principalmente porque a indefinição ou
a ambiguidade relativa ao papel profissional pode gerar
conflitos na equipa, ao acumularem-se expetativas
inadequadas ou mal delimitadas entre os seus membros.
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Para além da noção de papéis, a equipa deve funcionar de
maneira uniforme e colaboradora, respeitando as normas e
valores que devem prevalecer entre os vários profissionais.
Neste contexto, salienta-se que algumas caraterísticas pessoais
dos profissionais parecem favorecer este tipo de
funcionamento. As atitudes diante do trabalho, delineadas pela
disposição de partilhar o seu saber, a flexibilidade, a vontade
de aprender e a disposição para aceitar as decisões em
conjunto, são fundamentais. Devem estar presentes, além
disso, o respeito e a confiança nos colegas, bem como
qualidades pessoais de cada componente (autoconfiança, alto
grau de capacidade de comunicação, competência e respeito
profissional).
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INFLUENCIA SOCIAL E PAPEL SOCIAL
As profissões do universo hospitalar, tal como de outras
áreas profissionais, constituem-se como microcosmos da
vida social, impregnadas das principais componentes do
meio social onde se encontram inseridas.
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INFLUENCIA SOCIAL E PAPEL SOCIAL
O papel profissional é uma construção histórico-social em
permanente evolução, antevendo uma diversidade de
construções que são formuladas em função dos atributos da
prática do técnico que são socialmente aceites e esperados, quer
pelos seus pares, outros profissionais de saúde e da comunidade
em que o papel está incorporado.
Moscovici
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NORMAS SOCIAIS
Representações sociais.
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Representações sociais
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Tendo as representações sociais um papel fundamental
na dinâmica das relações sociais, elas respondem a
quatro funções:
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A segunda é a função de identidade: elas permitem definir e
salvaguardar as identidades específicas dos grupos. Ou seja, situam os
indivíduos num dado campo social. A referência às representações
sociais define a identidade do grupo e vai ter um papel importante no
controle social exercido pelo coletivo sobre qualquer um dos seus
membros;
situação.
Hoje em dia, os saberes da Enfermagem evoluíram no
sentido de se criar um quadro conceptual, uma estrutura
da prática que lhes seja própria, isto é, a necessidade de
explicar qual a natureza dos cuidados de enfermagem, a
sua função específica e a autonomia da profissão.
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No entanto, as sociedades atuais exigem que, para que uma
profissão exista, tenha de clarificar, justificar e provar o que
faz de específico.
“Que teorize sobre a prática que realiza, que utilize essa
teorização na formação, na prestação de cuidados diretos, na
gestão de cuidados e na investigação sobre os próprios
cuidados”.
É através das várias teorias e modelos teóricos, apoiados na
investigação, que a enfermagem como profissão se tem de
afirmar, explicando o que é o cuidar em Enfermagem. Só
desenvolvendo investigação sobre as práticas de enfermagem,
utilizando por base quadros conceptuais conhecidos, podemos
evidenciar o que é cuidar. Só avaliando de forma
sistematizada o que é cuidar se podem melhorar os cuidados
de Enfermagem, ensinar e ampliar o conhecimento próprio da124
profissão.
ATITUDES E COMPORTAMANTOS
Atualmente e segundo a OMS, todos os profissionais de
saúde devem ter oportunidade de aprender a trabalhar em
conjunto, dando-se tanta importância às competências
relacionais, como às instrumentais e cognitivas.
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ATITUDES E COMPORTAMENTOS
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ATITUDES E COMPORTAMENTOS
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ATITUDES E COMPORTAMENTOS
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