Você está na página 1de 4

CRIMINOLOGIA CRÍTICA – SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA (YOUTUBE)

QUANDO COMEÇA A CRIMINOLOGIA CÍRITCA E PORQUE ELA SE CHAMA CRÍTICA?


Pensamento de Marx, seguidores e diferentes correntes: fieis e/ou
renovadoras/reformadoras/inovadoras
Umas das linhas de pensamento de Marx: (Primeira/Primeira Fase) Escola de Frankfurt e teoria crítica; a
partir de 1930
Rusche e Kirchmaier: livre “Punição e Estrutura Social” (1939)
Livro inicialmente desconhecido e limitado na Alemanha, também em razão da ascensão do Nazismo
Final da segunda guerra não aflorava questões criminológicos, mas constitucionais e de Direito
Constitucional, pois se visava a reconstrução da ordem constitucional da Alemanha
Posteriormente, há uma redescoberta dessa arma
O primeiro livro que utiliza a expressão “criminologia crítica” é um livro de 1975, escrito por 3 autores:
Taylor, Walton e Young (Critical Criminology) – Considerado o marco da Criminologia Crítica
Teoria crítica recebe inúmeros nomes, inclusive CRIMINOLOGIA NOVA, até porque os mesmos 3
autores, escrevem 2 anos antes (1973) uma obra chamada “The New Criminology: For a Social Theory of
Deviance”
Então CRIMINOLOGIA CRÍTICA ou NOVA CRIMINOLOGIA permite se falar dos mesmo autores e objetos.
No Brasil, a obra de Criminologia Crítica é traduzida pelo professor Juarez Cirino dos Santos, e pouco
tempo depois lança seu livro “Criminologia Radical”, em 1981
Final dos anos de 1970 e início dos anos de 1980, temos os primeiros aportes teóricos sobre essa nova
criminologia extremamente crítica ao sistema capitalista
DIFERENÇA DA CRIMINOLOGIA CRÍTICA DA CRIMINOLOGIA ETIOLÓGICA
Criminologia etiológica (escola de chicago, teoria da anomia, subcultura delinquente, associação
diferencial): concebidas no início do século XX
Teoria que compreendem que para enfrentar o problema da criminalidade, não é necessária uma
transformação social
Com o advento da criminologia crítica esse pensamento é modificado, o enfrentamento da
criminalidade deve ser mais global, deve ser mudada a sociedade
Teoria etiológicas estão ligadas a um pensamento mais conservador e elas não partem da premissa do
dissenso/conflito, mas que de consenso
Todas as teorias Lombroso até a década de 1960, são teorias do consenso
Entre as teorias do consenso e a crítica, há uma teoria de passagem, que é o Labelling Approach
(Rotulação Etiquetamento
Labbeling Approach surge na década de 1960, nos EUA, e expõe um conflito existente no país, em
função do movimento contra-cultural
CONCEITO DE TEORIA CRÍTICA
Pode ter 2 abordagens: vinculado ao ideário Marxista (restritiva) ou amplo
Perspectiva ampla engloba outras teoria, a exemplo da teoria abolicionista e que teve 4 grandes
pensadores: Nils Christie, Louk Hulsaman, Thomas Mathiensen e Sebastian Scheerer
Forma reunidos uma única vez no Brasil, quando Sérgio Salomão Schecaira presidia o IBCCRIM no biênio
1997/1998. No final do ano de 1998, em novembro, foi organizado o Seminário Internacional chamado
“Conversações Abolicionistas”, o qual resultou em um livro com o mesmo nome.
A crítica abolicionista é igualmente radical ao sistema punitivo, mas não necessariamente de origem
Marxista, possuindo diferentes perspectivas
Louk Hulsman não é marxista (solidariedade Durkaminia – Émile Durkheim); Nils Christien e Thomas
Mathiensen tem visões mais vinculadas ao marxismo
Ao final das vidas de Nils Christien e Thomas Mathiensen revisam esse pensamento radicalizado e
pensam numa espécie de abolicionismo a longo prazo
O choque criativo entre teorias abolicionistas e teorias marxistas ortodoxas, há o nascimento de novas
matizações do que hoje poderíamos chamar de Criminologia Crítica
CONSEQUÊNCIAS
Diminuição da proteção de bens jurídicos individuais e aumento/início da proteção de bens jurídicos
supraindividuais/coletivos
Defendiam alguns crimes que deveriam ser punidos: imperialismo; crimes ecológicos; crimes do
colarinho branco.
PRINCIPAL: repensar dos bens jurídicos que colocam em risco um número indeterminado de pessoas
(Ulrich Beck e sociedade do risco).
Edwin Sutherland e os crimes de colarinho branco (1920/1930/1940): operários usavam macacão azul e
os empresários/CEOs ternos pretos constratando com a camisa branco; olhava com uma perspectiva de
penas não privativas de liberdade
Criminologia crítica demanda a pena de prisão do Colarinho Branco
Aprofunda a discussão trazido pelo Labeeling Approach que é a ideia de um direito penal mínimo em 2
mãos: mínimo quando o bem jurídico é violado pelo desprovido de poder contra o patrimônio e em
contrapartida e punir aquele que tem o poder e atinge a comunidade como um todo
Crimes de colarinho branco atingem a coletividade
Criminologia crítica muda a percepção de quais bens jurídicos deveriam ser protegidos na esfera penal
PRIMEIRA GERAÇÃO DE CRIMINÓLOGOS CRÍTICAO: 1970/1980
Queda do Muro de Berlim e do mundo bipolar traz uma grande crise para a criminologia crítica
Socialismo perde o poderio da Europa Oriental
ALESSANDRO BARATA
Teoria crítica poderia acabar, mas não, ela se modifica para umas perspectivas distintas
A primeira delas é para um sistema de ultima ratio, nascendo aí um pensamento caudatário do
pensamento de Luigi Ferrajoli (Direito Penal como direito de mínima intervenção)
Segunda matriz: abolicionismo a longo prazo (já que não é possível a abolição imediata por razões
jurídica/políticas, começo a diminuir a punição: ex. direito penal juvenil e medidas socioeducativos)
Atualmente está em curso um sistema de abolicionismo ligado às drogas
Medidas mitigadoras
Terceira perspectiva (Inglaterra): Neorrealismo de Esquerda (professores da década de 1970 que
chegam ao poder na década de 1990 com o Partido Trabalhista.
Começam a enfrentas algumas questões objetivas do poder e grande contradição: mulher estuprada em
razão de um problema decorrente da luta de classes?
Poder é desgastante: deixa de ser estilingue e passa a ser janela
Começam a fazer uma autocrítica dos valores concebidos de uma maneira mais utópica na década de
1970
ANOS 2000 E SEGUINTES
Novo Caminho
Zygmunt Bauman
Cria uma dualidade: “pós modernidade ou modernidade líquida”
Diferencia o que vivenciamos após a Segunda Guerra, que era um Estado de Bem Estar Social, em que
conseguimos entender e saber a nossa classe social com mais clareza (identidade de grupo)
Passagem de uma modernidade sólida para liquida
“LIQUIDEZ”: perda de certeza sobre uma série de valores
Transversalidade da Teoria Crítica: teorias surgidas no século XX se transformam no século XXI:
Ex: Feminismo e Patriarcado (retira a discussão de classes e coloca o foco na questão de gênero: mulher
não nasce mulher, mas se transforma mulher)
A referência não é mais uma igualdade de classe, mas igualdade em termos de raça, gênero,
sexualidade, etc...
Mudança da perspectiva de criminalidade
Ex: Raça (socialismo não resolve o problema do racismo)
Ex: Comunidade LGBT+ (Alan Turing, inventou computador para descobrir códigos nazistas, suicidou, foi
condenado e castrado por pederastia; até 40/50 anos a homossexualidade era punida; OMS até uns
30/40 anos atrás dizia que “homossexualismo” era doença)
Criminologia Queer é trazida para o pensamento crítico
Criminologias Alternativas (Livro - Pat Carlen)
Criminologia Cultural

Você também pode gostar