QUANDO COMEÇA A CRIMINOLOGIA CÍRITCA E PORQUE ELA SE CHAMA CRÍTICA?
Pensamento de Marx, seguidores e diferentes correntes: fieis e/ou renovadoras/reformadoras/inovadoras Umas das linhas de pensamento de Marx: (Primeira/Primeira Fase) Escola de Frankfurt e teoria crítica; a partir de 1930 Rusche e Kirchmaier: livre “Punição e Estrutura Social” (1939) Livro inicialmente desconhecido e limitado na Alemanha, também em razão da ascensão do Nazismo Final da segunda guerra não aflorava questões criminológicos, mas constitucionais e de Direito Constitucional, pois se visava a reconstrução da ordem constitucional da Alemanha Posteriormente, há uma redescoberta dessa arma O primeiro livro que utiliza a expressão “criminologia crítica” é um livro de 1975, escrito por 3 autores: Taylor, Walton e Young (Critical Criminology) – Considerado o marco da Criminologia Crítica Teoria crítica recebe inúmeros nomes, inclusive CRIMINOLOGIA NOVA, até porque os mesmos 3 autores, escrevem 2 anos antes (1973) uma obra chamada “The New Criminology: For a Social Theory of Deviance” Então CRIMINOLOGIA CRÍTICA ou NOVA CRIMINOLOGIA permite se falar dos mesmo autores e objetos. No Brasil, a obra de Criminologia Crítica é traduzida pelo professor Juarez Cirino dos Santos, e pouco tempo depois lança seu livro “Criminologia Radical”, em 1981 Final dos anos de 1970 e início dos anos de 1980, temos os primeiros aportes teóricos sobre essa nova criminologia extremamente crítica ao sistema capitalista DIFERENÇA DA CRIMINOLOGIA CRÍTICA DA CRIMINOLOGIA ETIOLÓGICA Criminologia etiológica (escola de chicago, teoria da anomia, subcultura delinquente, associação diferencial): concebidas no início do século XX Teoria que compreendem que para enfrentar o problema da criminalidade, não é necessária uma transformação social Com o advento da criminologia crítica esse pensamento é modificado, o enfrentamento da criminalidade deve ser mais global, deve ser mudada a sociedade Teoria etiológicas estão ligadas a um pensamento mais conservador e elas não partem da premissa do dissenso/conflito, mas que de consenso Todas as teorias Lombroso até a década de 1960, são teorias do consenso Entre as teorias do consenso e a crítica, há uma teoria de passagem, que é o Labelling Approach (Rotulação Etiquetamento Labbeling Approach surge na década de 1960, nos EUA, e expõe um conflito existente no país, em função do movimento contra-cultural CONCEITO DE TEORIA CRÍTICA Pode ter 2 abordagens: vinculado ao ideário Marxista (restritiva) ou amplo Perspectiva ampla engloba outras teoria, a exemplo da teoria abolicionista e que teve 4 grandes pensadores: Nils Christie, Louk Hulsaman, Thomas Mathiensen e Sebastian Scheerer Forma reunidos uma única vez no Brasil, quando Sérgio Salomão Schecaira presidia o IBCCRIM no biênio 1997/1998. No final do ano de 1998, em novembro, foi organizado o Seminário Internacional chamado “Conversações Abolicionistas”, o qual resultou em um livro com o mesmo nome. A crítica abolicionista é igualmente radical ao sistema punitivo, mas não necessariamente de origem Marxista, possuindo diferentes perspectivas Louk Hulsman não é marxista (solidariedade Durkaminia – Émile Durkheim); Nils Christien e Thomas Mathiensen tem visões mais vinculadas ao marxismo Ao final das vidas de Nils Christien e Thomas Mathiensen revisam esse pensamento radicalizado e pensam numa espécie de abolicionismo a longo prazo O choque criativo entre teorias abolicionistas e teorias marxistas ortodoxas, há o nascimento de novas matizações do que hoje poderíamos chamar de Criminologia Crítica CONSEQUÊNCIAS Diminuição da proteção de bens jurídicos individuais e aumento/início da proteção de bens jurídicos supraindividuais/coletivos Defendiam alguns crimes que deveriam ser punidos: imperialismo; crimes ecológicos; crimes do colarinho branco. PRINCIPAL: repensar dos bens jurídicos que colocam em risco um número indeterminado de pessoas (Ulrich Beck e sociedade do risco). Edwin Sutherland e os crimes de colarinho branco (1920/1930/1940): operários usavam macacão azul e os empresários/CEOs ternos pretos constratando com a camisa branco; olhava com uma perspectiva de penas não privativas de liberdade Criminologia crítica demanda a pena de prisão do Colarinho Branco Aprofunda a discussão trazido pelo Labeeling Approach que é a ideia de um direito penal mínimo em 2 mãos: mínimo quando o bem jurídico é violado pelo desprovido de poder contra o patrimônio e em contrapartida e punir aquele que tem o poder e atinge a comunidade como um todo Crimes de colarinho branco atingem a coletividade Criminologia crítica muda a percepção de quais bens jurídicos deveriam ser protegidos na esfera penal PRIMEIRA GERAÇÃO DE CRIMINÓLOGOS CRÍTICAO: 1970/1980 Queda do Muro de Berlim e do mundo bipolar traz uma grande crise para a criminologia crítica Socialismo perde o poderio da Europa Oriental ALESSANDRO BARATA Teoria crítica poderia acabar, mas não, ela se modifica para umas perspectivas distintas A primeira delas é para um sistema de ultima ratio, nascendo aí um pensamento caudatário do pensamento de Luigi Ferrajoli (Direito Penal como direito de mínima intervenção) Segunda matriz: abolicionismo a longo prazo (já que não é possível a abolição imediata por razões jurídica/políticas, começo a diminuir a punição: ex. direito penal juvenil e medidas socioeducativos) Atualmente está em curso um sistema de abolicionismo ligado às drogas Medidas mitigadoras Terceira perspectiva (Inglaterra): Neorrealismo de Esquerda (professores da década de 1970 que chegam ao poder na década de 1990 com o Partido Trabalhista. Começam a enfrentas algumas questões objetivas do poder e grande contradição: mulher estuprada em razão de um problema decorrente da luta de classes? Poder é desgastante: deixa de ser estilingue e passa a ser janela Começam a fazer uma autocrítica dos valores concebidos de uma maneira mais utópica na década de 1970 ANOS 2000 E SEGUINTES Novo Caminho Zygmunt Bauman Cria uma dualidade: “pós modernidade ou modernidade líquida” Diferencia o que vivenciamos após a Segunda Guerra, que era um Estado de Bem Estar Social, em que conseguimos entender e saber a nossa classe social com mais clareza (identidade de grupo) Passagem de uma modernidade sólida para liquida “LIQUIDEZ”: perda de certeza sobre uma série de valores Transversalidade da Teoria Crítica: teorias surgidas no século XX se transformam no século XXI: Ex: Feminismo e Patriarcado (retira a discussão de classes e coloca o foco na questão de gênero: mulher não nasce mulher, mas se transforma mulher) A referência não é mais uma igualdade de classe, mas igualdade em termos de raça, gênero, sexualidade, etc... Mudança da perspectiva de criminalidade Ex: Raça (socialismo não resolve o problema do racismo) Ex: Comunidade LGBT+ (Alan Turing, inventou computador para descobrir códigos nazistas, suicidou, foi condenado e castrado por pederastia; até 40/50 anos a homossexualidade era punida; OMS até uns 30/40 anos atrás dizia que “homossexualismo” era doença) Criminologia Queer é trazida para o pensamento crítico Criminologias Alternativas (Livro - Pat Carlen) Criminologia Cultural
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições